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Alfabetização no Brasil - dos jesuítas ao pacto pela alfabetização na idade certa

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA-UFRA 
PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
CARMELIZA DA SILVA MONTEIRO 
MARIA AUXILIADORA ARAÚJO DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alfabetização no Brasil: 
dos jesuítas ao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Igarapé-Açu/PA 
2015 
 
 
 
 
CARMELIZA DA SILVA MONTEIRO 
MARIA AUXILIADORA ARAÚJO DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alfabetização no Brasil: 
 dos jesuítas ao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado como requisito avaliativo para 
obtenção do grau de Licenciatura Plena em 
Pedagogia, pela Universidade Federal Rural 
da Amazônia, sob a orientação da professora 
Msc. Syane Sheila Costa de Paula Lago 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Igarapé-Açu/PA 
2015 
 
 
CARMELIZA DA SILVA MONTEIRO 
MARIA AUXILIADORA ARAÚJO DA SILVA 
 
 
 
 
Alfabetização no Brasil: 
da alfabetização jesuítica ao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado e 
aprovado como requisito avaliativo para obtenção 
do grau de Licenciatura Plena em Pedagogia, pela 
Universidade Federal Rural da Amazônia, sob a 
orientação da professora Msc. Syane Sheila Costa 
de Paula Lago 
. 
 
 
 
 
Nota: _______________ 
 
Data: 02/07/2015. 
 
 
 
Banca Examinadora 
 
 
_____________________________________ 
Prof.ª MSc.Syane Sheila Costa de Paula Lago– UFRA 
(orientadora) 
 
 
_____________________________________ 
Prof. MSc José de Ribamar Oliveira Costa– UFRA 
(Examinador I) 
 
 
_____________________________________ 
Prof.MSc Elielza Moraes Anselmo Ferreira– UFRA 
(Examinador II) 
 
 
 
 
Igarapé-Açu/PA 
2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monteiro, Carmeliza da Silva 
Alfabetização no Brasil: da alfabetização jesuítica ao Pacto 
Nacional pela Alfabetização na Idade certa/ Carmeliza da Silva 
Monteiro, Maria Auxiliadora Araújo da Silva. – Igarapé-Açu, 2015. 
 
39 f.:Il. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura Plena em 
Pedagogia) – Plano Nacional de Formação de Professores, 
Universidade Federal Rural da Amazônia, 2015. 
Orientadora: Syane Sheila Costa de Paula Lago 
 
1. Alfabetização 2. Pacto pela alfabetização 3. Alfabetização 
- Brasil 4. Educação – ensino - método I. Silva, Maria Auxiliadora 
Araújo da II. Lago, Syane Sheila Costa de Paula, Orient. III. Título 
 
CDD – 372.21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho à minha família, 
especialmente as minhas filhas Larissa e 
Camilly e, ao meu esposo Júnior, aos 
meus pais e a minha avó Dolores, pelo 
incentivo, apoio e compreensão nestes 
quatro anos de estudos e, a todos que 
contribuíram para a consolidação desse 
trabalho. 
Dedico também a minha amiga Aurilene 
Braga (in memoriam). 
Carmeliza Monteiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a todos os 
professores que direto ou indiretamente 
contribuíram para o meu aprimoramento 
educacional. 
Aos meus filhos, neto, nora e amigos que 
torceram pelo meu sucesso. 
Ao meu eterno pai, que tinha o sonho de 
me ver formada. (in memoriam) 
A minha amiga “Aurilene Braga” que ao 
chamado de Deus, seu sonho foi 
interrompido. (in memoriam) 
Auxiliadora Araújo 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a Deus pelo Dom da Vida. 
A Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) pela oferta do curso. 
A minha família, em especial, as minhas filhas Larissa e Camilly, ao meu esposo e a 
minha mãe, pelo apoio, incentivo, compreensão e carinho. 
Agradeço ainda: 
A minha orientadora Syane Costa que tornou possível a realização desse trabalho. 
A todos os professores que ministraram aulas durante esses quatro anos de estudos 
no curso de Pedagogia, os quais trouxeram novas experiências e conhecimentos 
muitos importantes, os quais contribuíram para a minha carreira profissional como 
educadora. 
A todos meus colegas de classe, pela rica troca de experiências. 
A minha equipe de trabalho, que durante todo esse período de estudos estivemos 
sempre juntos e, em especial a minha parceira de TCC Maria Auxiliadora. 
A todos que, direta ou indiretamente contribuíram para a realização desse trabalho. 
 
Carmeliza Monteiro 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente á Deus por ter me dado a vida e, em segundo, a minha 
primeira educadora, minha eterna mãe Terezinha; 
A Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) pela oportunidade; 
Aos meus filhos Elias e Felipe que sempre me deram força nessa árdua caminhada; 
Ao pai dos meus filhos Darcy que sempre me apoiou nas horas mais difíceis; 
As minhas irmãs que me ajudaram a entender que o amor e o afeto é o caminho 
para uma educação; 
Aos professores e mestres que me deram um leque de conhecimentos para que 
pudesse continuar com essa missão tão digne e feliz, pois, ser professor é um 
privilégio; 
Aos colegas de faculdade pela coragem e determinação e, principalmente, a minha 
parceira de tcc Carmeliza monteiro, pela sua paciência, compreensão e dedicação 
ao longo desses quatro anos de faculdade; 
A minha orientadora Syane Costa que tornou possível a realização desse trabalho; 
Agradeço também aos meus amigos e professores que ao longo da minha trajetória 
educacional não me deixaram fraquejar pelas dificuldades encontradas nessa 
caminhada, e que, me encorajaram a seguir em frente para que eu pudesse galgar 
mais um degrau em busca dessa nova realização no ser educadora. 
 
Auxiliadora Araújo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Ensinar não é transferir conhecimentos, 
mas criar as possibilidades para a sua 
produção ou a sua construção. Quem 
ensina aprende ao ensinar e quem 
aprende ensina ao aprender” 
Paulo Freire 
 
 
RESUMO 
 
 
O presente trabalho é um estudo sobre a alfabetização no Brasil indo desde 1500 
com a chegada dos portugueses até a atualidade com o Pacto Nacional pela 
Alfabetização na Idade Certa implantado em 2012 em todo o território brasileiro. 
Este trabalho tem como objetivo estudar a atual política de alfabetização do Brasil, 
por meio da análise histórica das políticas públicas de alfabetização desde a 
ocupação do Brasil em 1500. Também trás como metodologia a análise comparativa 
das etapas evolutivas do processo de alfabetização. Esta pesquisa baseia-se em um 
estudo bibliográfico por meio da compreensão dos pensamentos de diversos 
autores, bem como, por uma análise de dados oficiais que descrevem a atual 
situação da alfabetização no país. 
 
Palavras chaves: Alfabetização. Pacto pela alfabetização. Alfabetização no Brasil.
 
 
Abstract 
 
 
This work is a study of literacy in Brazil going since 1500 with the arrival of the 
Portuguese to the present with the National Pact for Literacy in the Middle One 
deployed in 2012 throughout the Brazilian territory. This work aims to study the 
current literacy policy in Brazil, through historical analysis of public policies literacy 
since the occupation of Brazil in 1500. Also back as methodology the comparative 
analysis of the evolutionary stages of the literacy process. This research is based on 
a bibliographic study through understanding of the thoughts of several authors , as 
well as an analysis of official data describing the current status of literacy in the 
country. 
 
 
Key words: Literacy. Pact for literacy. Literacy in Brazil. 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
ABC - Avaliação Brasileira do final do Ciclo de alfabetização 
ANA - Avaliação Nacional da Alfabetização 
CAPS - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior 
CPC - Centro Popular de Cultura 
IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica 
INEP - InstitutoNacional de Estudos e Pesquisas Educacional Anísio Teixeira 
LDB - Lei de Diretrizes e Bases 
LDBEN - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
MCP - Movimento de Cultura Popular 
MEB - Movimento de Educação de Base 
MEC - Ministério da Educação 
MOBRAL - Movimento Brasileiro de Alfabetização 
PBA - Programa Brasil Alfabetizado 
PDE - Plano de Desenvolvimento da Educação 
PNAD - Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar 
PNAIC - Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa 
SECADI - Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade 
SEMED - Secretaria Municipal de Educação 
UFPA - Universidade Federal do Pará 
UFPE - Universidade Federal de Pernambuco 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO...........................................................................................................13 
1 HISTÓRIA DA ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL....................................................17 
1.1 A alfabetização dos Jesuítas no Brasil Colonial (1549-1759)..............................17 
1.2 A alfabetização no Brasil Imperial (1808-1889)...................................................18 
1.3 A alfabetização no Brasil Republicano (1890-1964)............................................20 
1.4 A alfabetização no Regime Militar (1964- 1985)...................................................22 
 
2 O PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA..................28 
2.1 Conhecendo o programa.....................................................................................28 
2.2 As Bases legais do programa..............................................................................29 
2.3 Ações do Pacto....................................................................................................30 
2.4 Compromissos com os entes governamentais com o Pacto ..............................31 
2.5 A implantação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa em Igarapé-
Açú.............................................................................................................................32 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................35 
 
REFERÊNCIAS.........................................................................................................37 
 
 
 
 
13 
 
INTRODUÇÃO 
 
Para melhor entendimento da história da alfabetização no Brasil, faz-se 
necessário fazer um estudo histórico acerca do processo de alfabetização do país, 
buscando os fatos desde o início desse processo, onde e como nasceu essa 
modalidade escolar de alfabetização, para assim entender porque este processo na 
educação brasileira que ainda é considerado tão complexo nos dias atuais, onde 
estão posicionados os indivíduos analfabetos ou alfabetizados. 
Num estumo epistemológico de acordo com o Dicionário Unificado da 
Língua Portuguesa (2009, p.69), a palavra analfabeto significa “aquele que não 
conhece o alfabeto, que não sabe ler e escrever”, e alfabetizado, “que ou aquele que 
foi alfabetizado, ou seja, aquele que aprendeu a ler e escrever”. Neste sentido, 
 
Alfabetização-analfabetismo é uma oposição historicamente construída que 
produz uma diferença - como efeito de sentido - constitutiva e constituinte 
do processo de escolarização. [...] O sujeito da escolarização é uma 
unidade submetida a uma divisão que é atravessada pela opacidade e 
ambiguidade da linguagem (SILVA 1998, p. 26). 
 
Schiochetti (2006) descreve que esse modelo de alfabetização escolar 
nasceu na França após a Revolução Francesa em 1789, devido ao modelo de 
ensino desenvolvido no país, cujo método de ensino era individualizado e distinto, 
onde o ensino da leitura antecedia o da escrita. Após a Revolução, o método de 
ensino sofre mudanças com relação à forma de alfabetizar, a partir de então, o 
processo de alfabetização deu-se de forma conjunta, onde, ler se aprende 
escrevendo. Diante disto, o ensino da escrita e leitura tornou-se aprendizagem 
escolar e, alfabetização tornou-se fundamento da escola básica. 
Mortatti (2010, p.330), em seus pressupostos ressalta que: 
 
[...] foi somente a partir da primeira década republicana, com as reformas da 
instrução pública, especialmente a paulista, que as práticas sociais de 
leitura e a escrita se tornaram práticas escolarizadas, ou seja, ensinadas e 
aprendidas em espaço público e submetidas à organização metódica, 
sistemática e intencional, porque consideradas estratégicas para a 
formação do cidadão e para o desenvolvimento político e social do país. 
 
No Brasil, nas décadas que antecederam a Proclamação da República 
brasileira, já havia uma preocupação com relação ao ensino e a aprendizagem 
iniciais da leitura e da escrita, porém, foi somente a partir de 1930 que a 
adm
Highlight
14 
 
alfabetização passou a integrar políticas e ações dos governos como áreas 
estratégicas para a promoção e sustentação do desejado desenvolvimento nacional, 
desde então, saber ler e escrever se tornou o principal índice de medida e testagem 
da eficiência das escolas públicas do país. Deste modo, compreende-se que, a 
alfabetização tornou-se fundamento da escola básica no país a partir do período 
Republicano (MORTATTI, 2010). 
 Neste contexto, ressalta-se que o termo alfabetização é abordado sob 
diferentes olhares e reflexões de diferentes teóricos, tal que: 
 
Alfabetização escolar é entendida como um processo de ensino e 
aprendizagem da leitura e escrita em língua materna, na fase inicial de 
escolarização da criança - é um processo complexo e multifacetado que 
envolve ações especificamente humanas e, portanto, políticas, 
caracterizando-se como dever do Estado e direito constitucional do cidadão 
(MORTATTI 2010, p.329). 
 
Para Soares (2006, p.31), “a alfabetização é a ação de alfabetizar, de 
tornar alfabeto”. Com base na autora compreende-se que, alfabetização é o 
processo que torna o individuo capaz de ler e escrever. Porém, a autora enfatiza 
ainda que “o processo de alfabetização é de natureza complexa”, pois, envolve 
muitas facetas no desenvolvimento desse processo. Essas facetas podem ser de 
natureza psicológica, social, cultural, político, metódica, etc. A autora prossegue 
afirmando que na alfabetização há diferença em “aquisição” da língua e 
“desenvolvimento” da língua. Para ela, aquisição da língua se dá de forma 
mecânica, ou seja, a criança faz somente a representação do grafema em fonema e 
vice versa. 
Entende-se neste sentido, que ao adquirir as habilidades da escrita e da 
leitura, a criança não consegue fazer uso das mesmas de forma significativa, pois 
ela aprende de forma isolada sem sentido. Diferente do desenvolvimento da língua, 
que de acordo com Soares (2006), quando a criança quando adquire essas 
habilidades da leitura e da escrita, ele passa a fazer uso constante no seu meio 
social, de forma significativa e prazerosa. A autora ainda prossegue afirmando que, 
o desenvolvimento da língua é um processo de aprendizagem indeterminada e 
nunca interrompida na vida do individuo. “Sem duvida a alfabetização é um processo 
de representação de fonemas em grafemas, e vice versa, mas é também um 
15 
 
processo de compreensão/expressão de significados por meio do código escrito” 
(SOARES 2005, p.16). 
Diante a reflexão de Soares (2005), entende-se que, essas facetas 
implicam no processo de ensino-aprendizagem dos alunos provocando diferença na 
aprendizagem da língua, quer escrita quer oral. Deste modo, constata-se que a “má” 
alfabetização de um indivíduo acaba provocando o seu fracasso escolar e, 
consequentemente, a evasão escolar e, nos casos mais extremos, a sua exclusão 
do meio social. 
Para Ferreiro (1995), a alfabetização não é um estado a qual se chega, 
por ser este, um processo continuo na vida do educando. A autora defende que o 
processo de alfabetização na vida da criançaantecede a sua entrada no ambiente 
escolar, ou seja, a criança ao adentrar na escola já leva consigo o conhecimento da 
escrita por meio dos rabiscos e juntamente a isso, a leitura de tudo que faz parte da 
sua vida social, e que, a escola vai dar continuidade ao processo de forma 
sistemática. A autora ainda enfatiza que, o processo de alfabetização não se dá por 
meios de métodos, e sim através das práticas pedagógicas desenvolvidas pelos 
professores. 
Neste contexto, não se admite que a criança seja uma tábua rasa onde se 
inscrevem as letras e as palavras como determina os métodos. O “fácil” e o “difícil” 
não podem mais ser definidos a partir da perspectiva do adulto, e sim, de quem 
aprende. Se aceitarmos que qualquer informação deve ser assimilada e 
transformada para ser operante, então, deveríamos aceitar que os métodos como 
sequencia de passos ordenados para chegar a um fim não oferecem mais do quer 
sugestões, incitações, quando não práticas rituais ou conjunto de proibições. “O 
método não pode criar conhecimento” (FERREIRO 1995, p.30). 
Assim, compreende-se que o processo de alfabetização não se inicia no 
ambiente escolar e sim fora dele, e que, as crianças ao adentrarem a escola já 
levam consigo uma bagagem de conhecimentos e que apenas irão desenvolver 
esses conhecimentos de forma sistemática, por meio das práticas pedagógicas 
desenvolvidas pelo professor, as quais são conducentes para o desenvolvimento do 
processo da alfabetização da criança (FERREIRO,1995). 
Desta forma, entende-se que o processo da alfabetização também se dá 
por meio da prática pedagógica em que o professor torna-se peça fundamental no 
qual precisa estar preparado e atualizado para exercer a função de alfabetizador, de 
16 
 
forma que, quanto mais preparado e disposto estiver, maior a possibilidade de seu 
trabalho apresentar resultados mais satisfatórios com as crianças. 
 Neste contexto, faz-se necessário investigar o processo de alfabetização 
na historia da educação no Brasil desde os períodos Colonial, Imperial e 
Republicano, até os dias atuais, com a implantação do Pacto Nacional pela 
Alfabetização na Idade Certa. 
Deste modo, este estudo apresenta como objetivo geral compreender a 
atual política de alfabetização no Brasil por meio da análise histórica das políticas 
públicas de alfabetização no Brasil desde 1500 até 2015. Tendo como objetivos 
específicos: Analisar as ações governamentais brasileiras para a alfabetização; 
conhecer as legislações brasileiras que normatizaram e normatizam a alfabetização 
e verificar os avanços ocorridos no processo de alfabetização ao longo da história. 
 Os métodos de pesquisa aplicados neste estudo foram bibliográficos e 
documentais. De acordo com Gerhardt e Silveira (2009), a pesquisa bibliográfica 
deve ser feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas e 
publicadas por meio escrito e eletrônico, como livros, artigos científicos, páginas da 
web site. Enquanto que a pesquisa documental consiste em recorrer à fontes mais 
diversificadas e dispersas, sem tratamento analítico, tais como: tabelas estatísticas, 
jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais, cartas, filmes, fotografias, pinturas, 
tapeçarias, relatórios de empresas, vídeos de programas de televisão, etc. 
Dessa forma, a pesquisa esteve baseada em um estudo bibliográfico por 
meio da compreensão dos pensamentos dos autores, bem como por uma análise 
dos dados oficiais acerca da alfabetização no Brasil. 
Este trabalho está estruturado em duas partes principais. Na primeira 
parte esboçamos a história da alfabetização no Brasil desde o período colonial até 
final do século XX perpassando pelas principais legislações acerca do tema. Na 
segunda, mostrando a implantação do programa Pacto Nacional pela Alfabetização 
na Idade Certa em nível de Brasil e no município de Igarapé-Açú. 
17 
 
1 – A HISTÓRIA DA ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL 
 
1.1 – A alfabetização Jesuítica no Brasil Colonial (1549-1759) 
 
De acordo com Oliveira (2005), o processo de alfabetização no Brasil teve 
início no período Colonial com a vinda dos padres Jesuítas em 1549. Silva (2011), 
afirma que essa modalidade de ensino foi desenvolvida para atender os interesses 
da Igreja e do Estado, de modo que, em 1549 foi criada a primeira escola de ler e 
escrever no Brasil. Nota-se que, primeiramente houve a necessidade de alfabetizar 
os indígenas na língua portuguesa, para então transmitir a doutrina católica, uma 
vez que, o objetivo do ensino jesuítico era catequizar e instruir os povos indígenas e 
filhos de colonos de modo que viesse a aumentar o número de fiéis naquela religião. 
 Nestas circunstâncias, foi criado um plano de estudos pelo padre Manoel 
da Nóbrega que compreendia o aprendizado da língua portuguesa, a doutrina cristã, 
a escola de ler e escrever, o cântico, a musica instrumental, o aprendizado 
profissional e agrícola, a gramática latina e viagem de estudos à Europa (SILVA, 
2011). 
Para Oliveira (2005), o processo de alfabetização no período Colonial não 
era prioridade a todos os cidadãos, pois, as meninas eram instruídas somente 
quanto aos afazeres domésticos e, as crianças negras não tinham acesso às 
escolas. Mesmo assim, o ensino jesuítico de caráter religioso perdurou por mais de 
dois séculos, tendo fim somente com a expulsão dos padres jesuítas em 1759 pelo 
Marquês de Pombal. 
Sob essa perspectiva, Ramos (2010) diz que os Jesuítas pensaram a 
alfabetização das crianças indígenas e Lusitanas como estratégia de conversão 
plena ao cristianismo e a cultura europeia ocidental. Os métodos de ensino 
desenvolvidos pelos Jesuítas se deram mediante as observações do cotidiano 
indígena. Assim, os jesuítas desenvolveram uma metodologia pedagógica pautada 
no lúdico através de jogos, brincadeiras, teatro e música. Neste sentido, 
compreende-se que as estratégias de ensino desenvolvidas pelos padres jesuítas 
foram necessárias para que houvesse a alfabetização dos povos indígenas no 
Brasil. 
 
18 
 
Neste período, o Marques de Pombal colocou os sargentos das milícias 
militares para substituir os jesuítas, tornando-os professores. Deste modo, o ensino 
no Brasil retrocedeu, assumindo um caráter autoritário, militarizado e 
magistrocêntrico. A alfabetização era realizada por meio de uma metodologia 
arcaica, pautada em decorar o alfabeto, assim a aprendizagem passou a ser forçada 
por castigos físicos cruéis, herdados por três séculos de escravidão africana 
(OLIVEIRA, 2005). 
De acordo com Brito (1997), a história da educação brasileira marcada 
fundamentalmente pela relação e divisão de classes sociais vem desde o Brasil 
Colônia, onde se priorizou uma educação para a elite, característica esta que excluía 
o povo do processo de ensino, ou seja, a grande massa da população ficou de fora 
do processo educativo ao mesmo tempo em que segue modelo oriundo da 
metrópole, distante da realidade local. 
 Com base neste contexto histórico educacional, vê-se realmente que, o 
processo de ensino no país de fato teve início no século XVI no período Colonial 
com os padres jesuítas, que de acordo com a história, esses, foram os primeiros 
educadores do país, e desenvolveram os primeiros métodos, metodologias e 
estratégias de ensino para alfabetizar. Mesmo que o ensino não fosse direito de 
todos os cidadãos e nem pensado para o desenvolvimento social da população, não 
se pode negar que o processo de alfabetização, ou seja, os primeiros ensinamentos 
da leitura e da escrita se deram pelos padres Jesuítas. 
Portanto, instruir para o trabalho, ensinar a doutrina cristã e civilizar os 
povos indígenas eram seus objetivos de ensino, de forma que o ensino não 
pretendia mudar politicamente a sociedade, e sim, aumentar o numero de féis 
cristãos, povoar o país e tomar posse de forma amigável das terras e das riquezas 
brasileiras. 
 
1.2 – A alfabetizaçãono Brasil Imperial (1808- 1889) 
 
Em 1808, a família Real junto com a Corte Portuguesa chegou ao Brasil, 
porém, o país não apresentava estruturas educacionais para atender a Corte que 
aqui se instalava, por essas razões houve a necessidade de estruturar a educação 
no país para atender os filhos da nobreza. Assim, foram feitas várias mudanças no 
sistema educacional do país para atendê-los. Diante a isso, foram criadas novas 
19 
 
escolas, e vários cursos foram implantados. O ensino consistia nos três níveis de 
ensino: primário, secundário e superior, de forma que este último teve mais atenção 
do Império. Todavia, o ensino era restrito aos filhos da nobreza (FRANÇA, 2008). 
Em 1821 D. João retorna para Portugal e D. Pedro I assume a 
administração do país. No dia 7 de setembro de 1822, o mesmo declara a 
Independência do Brasil. Após a Independência, foram feitas novas reformas no 
sistema educacional do país, uma delas foi a criação da 1ª Constituição Brasileira 
em 1824, que previa no Art. 179 educação primária gratuita a todos os cidadãos 
(BRITO, 1997). 
Porém, o período era de base escravocrata e poucos tiveram acesso ao 
ensino das primeiras letras. O acesso à alfabetização ficou restrito aos padres, 
freiras e aos descendestes das famílias que tinham condições financeiras e 
pagavam o ensino particular, por sua vez o catolicismo, arcava com os estudos 
daqueles que optavam por ser padre ou freira (BRITO, 1997). 
Em 1834, um ato adicionado à Constituição passou para as Províncias a 
responsabilidade do ensino primário e secundário. Com a descentralização do 
ensino, os resultados apresentados não eram positivos em todas as províncias, pois, 
as Províncias mais carentes de recursos financeiros não conseguiram apresentar 
resultados positivos, enquanto as Províncias mais estruturadas economicamente 
apresentavam bons resultados, desse modo, o ensino entrou em decadência 
causando o seu abandono. A partir de então, foram surgindo escolas particulares 
ofertando o ensino primário à população que podiam pagar por ela. Deste modo, a 
desigualdade social só aumentava no país, como se vê, somente àqueles quem 
tinham poder aquisitivo tinham o privilégio de serem alfabetizados, enquanto a 
grande massa da população ficava de fora desse processo de ensino, e como 
consequência desse descaso com a população carente, o numero de pessoas 
analfabetas crescia no país. (BRITO, 1997). 
A partir de 1840 iniciou-se um novo reinado no país por D. Pedro II, o qual 
se estendeu até a Proclamação da República em 1889. Foi um período marcado por 
manifestações políticas e sociais, e diante a essas manifestações, ocorreram várias 
mudanças no cenário nacional. Foi também nesse período que várias leis foram 
promulgadas em defesa dos escravos, como a lei Eusébio de Queiroz em 1850, que 
deu a extinção do tráfico de escravos para o Brasil, a lei do Ventre Livre em 1871, 
que deu liberdade aos filhos dos escravos que nasceram após a promulgação da lei, 
20 
 
a lei dos Sexagenários em 1885, que deu liberdade aos escravos que completavam 
65 anos de idade, e a lei Áurea em 1888, que aboliu a escravidão no país. Assim, 
com o fim da escravidão no Brasil, houve a necessidade de substituir a mão de obra 
escrava do país. Desta forma, começou a imigração no país, de onde vieram 
pessoas de vários países para trabalhar nas terras brasileiras substituindo o trabalho 
escravo, esses imigrantes trouxeram em suas bagagens novos anseios, culturas e 
religião (SILVA, 2011). 
Neste sentido, começaram a chegar ao país novos grupos religiosos 
apresentando uma nova doutrina cristã a população. Esses se propunham 
evangelizar na religião protestante. Assim esses novos grupos religiosos 
conseguiram alcançar um grupo de pessoas da classe menos favorecida, pois, para 
ler a bíblia precisavam ser alfabetizados. Assim se vê que, as escolas protestantes 
deram a uma pequena parte da população excluída, a oportunidade de se tornarem 
alfabetizadas. (SILVA, 2011). ”Para ensinar a Bíblia, consequentemente, eles 
precisavam alfabetizar as pessoas que frequentavam as aulas” (SILVA 2011, p.41). 
Diante ao exposto, fica claro que a educação não era prioritária nas ações 
dos monarcas, constata-se que no período Imperial, as mudanças ocorridas no 
sistema educacional não trouxeram mudanças significativas para o ensino básico, 
ou seja, para o processo de alfabetização da população, principalmente para a 
população menos favorecida. Percebe-se que, não havia preocupação com a alta 
taxa de pessoas analfabetas no país, Todavia, a atenção era voltada para o ensino 
superior. Somente com a Proclamação da República que o analfabetismo passou a 
ser motivo de preocupação do Estado, pois, a sociedade exigia mudanças no 
sistema educacional. 
 
1.3 – A alfabetização no Brasil Republicano (1890- 1964) 
 
 De acordo com Silva (2011), no período Republicano houve uma farta 
legislação e reformas no sistema educacional brasileiro. Após a Proclamação da 
República, o país passou a ser governado por presidentes, quando uma farta 
legislação e reformas foram realizadas no sistema educacional brasileiro com intuito 
de promover uma melhor educação que atendesse a grande demanda da 
população. Com as reformas educacionais os ensinos primários, normais e técnicos 
ficaram sob a competência dos Estados e o ensino Superior sob a competência da 
21 
 
União. Porém, cabe ressaltar que apesar das mudanças no ensino com as novas 
leis e reformas, o processo de alfabetização da população menos favorecida 
continuava deixado de lado, e como consequência desse descaso o analfabetismo 
no país aumentava. 
Ramos (2010) enfatiza que, foi somente a partir de 1930 que a 
alfabetização no país passou a ser motivo de preocupação devido às mudanças no 
cenário nacional com a Revolução Industrial. O país precisava de pessoas que 
soubessem ler, escrever e calcular para ocuparem funções no mercado de trabalho, 
portanto, exigia mão de obra qualificada da população para atender a demanda. 
“Nessa época foi criado o ensino supletivo para alfabetizar os trabalhadores que não 
tiveram oportunidade de estudar durante a infância e juventude” (SILVA 2011. P.53). 
Neste sentido, em 1930 foi criado o Ministério da Educação e Saúde 
Pública, onde foi efetivada uma série de decretos para a educação do país, 
priorizando o ensino unificado, sendo essa uma estratégia de ensino para a 
população. 
Em 1932, surge o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova que 
estabelece princípios para uma nova politica de educação. “Proclama a educação 
como direito de todos, sem distinção de classes e situação econômica, reivindica 
escola pública, gratuita, obrigatória e leiga, tratando a educação como problema de 
ordem social” (BRITO 1997, p.29). 
Segundo Brito (1997), no mesmo ano aconteceu a V Conferencia 
Nacional de Educação, nela foi discutido e aprovado um Plano Nacional de 
Educação (PNE) destinado à reconstrução do sistema educacional do país. Assim, 
se vê que essa conferencia teve um grande significado para a educação, pois, a 
partir desse acontecimento, o país passou a pensar em ações educacionais para 
melhorar o ensino no país. 
Neste sentido, em 1934, a Constituição Federal atribui à União a 
competência de traçar as diretrizes da educação de todo o país e de fixar o Plano 
Nacional de Educação em um regime democrático, porém, em decorrência do Golpe 
de Estado estes planos não foram consolidados. (BRITO, 1997). 
Mais a frente, a Carta Constitucional de 1937 aboliu todos os sistemas 
estaduais de educação, os conselhos de educação, o plano nacional de educação, o 
percentual para financiamento da educação, deu a maior ênfase ao ensino técnico-
profissional, o qual era destinado às classes menos favorecida. Diante desse 
22 
 
contexto, vê-se que, a carta Constitucional de 1937, tirou do estado toda e qualquer 
obrigação com o ensino no país. Desta forma, “a educaçãodeixa de ser um direito 
individual para se construir num dever paternalista” (BRITO 1997, p.30). Em 1946, 
surge uma nova Constituição que retoma as premissas da constituição de 1934. 
(BRITO, 1997). Essa Constituição foi um admirável instrumento de democratização 
do ensino e serviu de inspiração para a criação da Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (LDBEN) em 1948. Porém, ressalta-se que, esta lei tramitou 
durante 13 anos no Congresso Nacional, a qual foi promulgada somente em 1961, e 
que, diante da longa demora de tramitação acabou sendo considerada velha e 
caduca por não mais responder aos anseios da sociedade (BRITO, 1997). 
 
1.5 – A alfabetização no Regime Militar (1964- 1985) 
 
 O Regime Militar foi um triste recorte na história da república brasileira 
ocorrida de 1964 a 1985. Porém, este foi um período em que o país desenvolveu 
muito no contexto educacional. Com uma educação tecnicista, tinha como objetivo 
formar pessoas para o trabalho, e não para a vida social. Desta forma, os militares 
transformaram o sistema educacional do país em um centro de formação para o 
trabalho. As reformas feitas no sistema educacional brasileiro atendiam aos 
interesses econômicos e políticos do país. Nesse período, o governo militar reprimiu 
professores, por achar que esses seriam capazes de influenciar a sociedade a ir de 
contra as opiniões do governo. 
 
O período entre 1964 a 1985 foi, um dos mais significativos e 
transformadores da história educacional do Brasil. Uma época marcada pela 
intervenção militar, pela burocratização do ensino público, por teorias e 
métodos pedagógicos que buscavam restringir a autonomia dos educadores 
e educandos, reprimindo á força qualquer movimento que se caracterizasse 
barreira para o pleno desenvolvimento dos ideais do regime político vigente, 
conduzindo o sistema de instrução brasileiro a uma submissão até o 
momento inigualável (ASSIS, 2011, p.65). 
 
 
Conforme Silva (2011), nesse período foram promulgadas duas 
importantes leis educacionais como a “Reforma Universitária sob o decreto Lei nº. 
5.540/68 e a Lei nº. 5. 692/71, que fixou a Lei De Diretrizes e Bases para o Ensino 
de 1º e 2º graus” (SILVA 2011, p.67). Diante das mudanças ocorridas no sistema 
educacional, o modelo pedagógico também mudou, adequando à figura do professor 
23 
 
àquela prática pedagógica a qual intitulamos de “tradicional” como sendo aquele 
professor que se restringe apenas a transmitir conhecimentos, avaliar alunos através 
de provas e aplicar castigos como punição por seus atos. (SILVA 2011, p. 67). 
 Com o Golpe Militar em 1964, vários projetos como o MCP (Movimento de 
Cultura Popular) e o CPC (Centro Popular de Cultura) passaram a ser proibidos por 
não aderirem às mudanças que o governo militar impunha. Deste modo, a censura e 
a repressão política silenciaram os projetos que poderiam exercer qualquer ação 
conscientizadora a respeito da realidade brasileira. Somente o MEB (Movimento de 
Educação de Base) sobreviveu ao Golpe devido à proteção da Igreja. Porém, foi 
necessário alterar sua orientação teórico-metodológica quando, a partir de 1965, 
passou a integrar a ideologia oficial do Regime. 
Em substituição a essas iniciativas alfabetizadoras, foi planejado um novo 
programa de alfabetização que atendesse as normas do governo militar, de modo 
que foi criado em 1967, o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), cujo 
objetivo era proporcionar alfabetização e letramento às pessoas acima da idade 
escolar convencional. O Movimento Brasileiro de Alfabetização também foi 
idealizado com o propósito de erradicar o analfabetismo no país, porém, por trás 
desse ideal, estavam os fatores que fortaleceriam o regime impedindo que 
postulados contrários pudessem se sobrepor aos ideais militares, além do 
encaminhamento de mão-de-obra para o mercado de trabalho. (SANTOS, p.306) 
 Deste modo, percebe-se que o grande marco do período militar para a 
educação brasileira foi à educação de jovens e adultos, visando conduzir a pessoa 
humana a adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculo como meio de integrá-la ao 
mercado de trabalho e assim, promover-lhe melhores condições de vida. 
Criado e mantido pelo regime militar durante anos jovens e adultos 
frequentaram as aulas do Mobral. Porém, com a recessão econômica iniciada 
nos anos 80 ficou inviável a sua continuidade uma vez que demandava altos 
recursos para se manter. De certo modo, seus programas foram assim incorporados 
pela Fundação Educar em 1985, ano de seu fim. 
Todavia, Santos (2014) ressalta que a alfabetização dos jovens e adultas 
praticadas durante o regime militar esteve vinculada à construção de uma nação 
desenvolvida. Naquele momento acreditava-se que acabando o analfabetismo, 
solucionaria os demais problemas do país, visto que, este estava sempre posto 
como causa e não efeito dos problemas econômicos, sociais e políticos. Tudo isso 
http://pt.wikipedia.org/wiki/1967
http://pt.wikipedia.org/wiki/Letramento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ditadura_militar_no_Brasil_(1964-1985)
http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1980
http://pt.wikipedia.org/wiki/1985
24 
 
se deu por influência do pensamento do educador Paulo Freire que propondo uma 
educação corajosa, na qual o analfabeto seria sujeito de sua alfabetização. Uma 
educação que propiciasse ao educando uma reflexão sobre suas potencialidades, 
para isso cabia ao educador ajudar o homem a ajudar-se, e assim adquirir uma 
postura conscientemente crítica diante de seus problemas (SANTOS 2014, p.308). 
Contudo, vê-se que a educação nesse período seguia uma lógica de ensinar para 
aumentar a produção, ou seja, “aprender a fazer”, de forma que, as pessoas 
recebiam uma educação tecnicista a qual preparava o cidadão para o mercado de 
trabalho e não para a vida social. 
 Já no Inicio da década de 80 o pais iniciou um processo de 
redemocratização que repercutiu em todas as áreas inclusive na educação. Diante 
as mudanças ocorridas no país com o novo modelo político desenvolvido, houve a 
necessidade de trocar a legislação do país para acompanhar esse novo modelo 
politico. Neste sentido, após vinte meses de elaboração da nova Constituição do 
país, a nova Constituição Federal Brasileira é promulgada em 5 de outubro de 1988. 
Esta Constituição foi considerada a mais completa por garantir os direitos a 
cidadania para o povo brasileiro, no que diz respeito à educação, esta lei trouxe 
grandes avanços para a educação do país. Assim, com as mudanças no cenário 
nacional, um novo modelo político para educação foi pensado e discutido, com 
objetivo de ofertar um melhor ensino para a população. 
Conforme os pressupostos de Silva (2011), a Constituição Federal 
Brasileira de 1988 foi um marco na historia educacional do país. Pois, nela veio 
declarado o direito à educação gratuita e obrigatória a todos os cidadãos brasileiros. 
Direitos esses que são estabelecidos nos Artigos 205, 206, 208 e 214 da 
Constituição. Esta lei se tornou muito importante porque garantiu que todos os 
cidadãos brasileiros pudessem ter direitos à educação, direitos esses que foram 
negados nos períodos anteriores da história da educação no Brasil. 
Nesta perspectiva, o art. 205, afirma que, a educação é direito de todos e 
dever do estado e da família, e que, será promovida e incentivada com a 
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu 
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. No art. 206 
apresentam-se as finalidades a que se destina a educação brasileira. Os parágrafos 
I, II, III, IV deste artigo trazem os intuitos legais dessas finalidades. No art. 208, nos 
parágrafos I, II, III, IV, V, VI e VII apresentam-se os principais mecanismos que 
25 
 
reforçam o direito à educação. No art. 214 conta a meta de estabelecer o Plano 
Nacional deEducação visando a articulação e ao desenvolvimento do ensino em 
seus diversos níveis e a integração das ações do Poder Público. Nesta perspectiva, 
o Plano de Educação estaria responsável pela erradicação do analfabetismo. 
Pelo contexto exposto, entende-se que a Constituição de 1988, foi um 
grande avanço para a educação brasileira, pois, ela delegou ao Estado 
responsabilidades para questões antes deixadas de lado referentes à educação do 
país, principalmente com relação à alfabetização da população menos favorecida. 
Deste modo, após terem seus direitos garantidos na nova Constituição, a população 
passou a frequentar gradativamente as escolas buscando o seu desenvolvimento 
intelectual e social. 
Segundo Silva (2011), com a promulgação da Constituição de 1988, a Lei 
de Diretrizes e Bases de 1961 foi considerada em desuso. Por esta razão, outra lei 
precisava ser feita para atender os anseios do momento histórico presente. Neste 
sentido, em 1992 o senador Darcy Ribeiro apresentou um projeto de reformulação 
da educação brasileira, destinado a fixar diretrizes e bases para a educação 
nacional. Desta forma, em 20 de Dezembro de 1996, sob o nº. 9.394, a nova Lei de 
Diretrizes e Bases - LDB foi sancionada pelo Presidente da República Fernando 
Henrique Cardoso. 
Compreende-se então que, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
(LDB) é a lei que define e regulariza o sistema de educação brasileiro com base nos 
princípios presentes na Constituição. Portanto, esta lei veio reafirmar o direito à 
educação, garantido pela Constituição federal. Deste modo, ela estabelece os 
princípios da educação e os deveres do Estado em relação á educação pública do 
país. 
Com a LDB, a educação infantil foi incluída na educação básica, 
destinada às crianças de 0 a 5 anos, sendo esta, determinada como a primeira 
etapa do ensino básico do país, fixada nos Arts. 29, 30 e 31. Do mesmo modo, a lei 
garante a obrigatoriedade e gratuidade do Ensino Fundamental a todos os cidadãos 
a partir dos seis anos de idade, fixado nos Arts. 32 e 34. 
Diante do contexto exposto, compreende-se que foi a partir desse período 
que a educação no país passou a ser vista com novos olhares pelos governantes, 
principalmente com relação à alfabetização da população. Porém, cabe ressaltar 
26 
 
que as mudanças no cenário educacional brasileiro se deram devido às varias 
reformas e manifestos por uma educação mais digna. 
Nesta perspectiva, percebe-se que a educação começou a assumir sua 
verdadeira função, preparar o cidadão para desempenhar atividades nos setores 
públicos e privados no país, dando-lhes a oportunidade de viver de forma mais 
digna. “O século XX representou profundas transformações na educação brasileira, 
o ensino básico começou a ser ofertado gradativamente para a população e o 
analfabetismo começou a ser combatido”. (SILVA 2011, p. 73). 
Assim se vê que, após muitos fracassos no processo de ensino básico do 
país, principalmente no que diz respeito à alfabetização, finalmente a educação 
começa a mostrar mudanças significativas, garantindo a população o direito de ter 
educação obrigatória e gratuita em espaços escolarizados de forma sistemática. 
Segundo Silva (2011), a década de 1990 foi um período que o país foi 
pressionado a superar as altas taxas de analfabetismo, pois, o Brasil possuía um 
alto índice de cidadãos analfabetos, de forma que, esse quadro precisava ser 
mudado. Desta forma, houve a necessidade de desenvolver políticas públicas mais 
específicas e estratégicas no combate ao analfabetismo do país. 
Com base nos relatórios do Ministério da Educação, em 2000 o Brasil 
participou da Conferencia Mundial de Educação na capital da seleganesa, nela foi 
proposta a redução da taxa de analfabetismo para 6,7% em 2015. Mas, para a 
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da 
Educação, o MEC tem aumentado os esforços para que o país consiga uma taxa 
ainda menor do que os 5,6% previstos para 2015. 
Nesta perspectiva, o Brasil vem mostrando grandes esforços para 
combater o analfabetismo no país. Pois, vem constituindo uma política sistemática 
de enfrentamento ao analfabetismo, de forma que, ao longo da última década o 
Ministério da Educação construiu uma política sistêmica de enfrentamento do 
analfabetismo. Contribuiu significativamente para esta agenda o Programa Brasil 
Alfabetizado (PBA), desenvolvido em colaboração com os estados, Distrito Federal e 
municípios, os quais garantem recursos para as seguintes ações: formação dos 
alfabetizadores, aquisição e produção de materiais pedagógicos, alimentação 
escolar e transporte dos alfabetizandos. Prevê, ainda, bolsas para alfabetizadores e 
coordenadores voluntários do Programa. Nessa perspectiva, o PBA prevê a 
integração das políticas de alfabetização com as ações do Plano Brasil Sem Miséria, 
27 
 
do Projeto Olhar Brasil, do Plano Estratégico para a Educação no Sistema Prisional, 
para jovens em cumprimento de medidas socioeducativas e do Programa Pescando 
Letras. Em 2013, o PBA financiou o atendimento a 1.113.450 alfabetizandos, em 
97.408 turmas de alfabetização, contando com 90.164 alfabetizadores, 16.266 
alfabetizadores coordenadores e 204 alfabetizadores tradutores totalizando 106.634 
bolsistas. Cabe destacar que o analfabetismo vem sendo reduzido no Brasil, 
passando de 11,6% em 2003, para 8,7% em 2012, conforme dados da Pesquisa 
Nacional de Amostragem Domiciliar (PNAD) (BRASIL 2013, p. 1). 
Assim se vê que, os Programas de Alfabetização desenvolvidos com a 
colaboração do Distrito Federal, dos Estados e dos municípios, foi um ponto 
estratégico para diminuir o analfabetismo e que está surtindo efeitos positivos e 
satisfatórios para a educação. Portanto, entende-se que quando há 
comprometimento com a educação, os resultados são apresentados com mais 
rapidez de forma positiva. Do mesmo modo, a taxa de analfabetismo se reduz cada 
vez mais acompanhada dos bons resultados. 
Nesta perspectiva, os entes governamentais do país vêm juntando forças 
cada vez mais para combater o analfabetismo que persiste no país. Essa é uma 
problemática que dificulta a aprendizagem dos educandos nas séries iniciais do 
ensino fundamental. Pois, saber ler, escrever, compreender e calcular são 
habilidades que os educandos precisam adquirir e desenvolver para prosseguir na 
vida escolar, para assim, se tornarem cidadãos críticos, conhecedores de seus 
direitos e participativos no meio social. 
De acordo com o Censo (2010), o analfabetismo no país está diminuindo, 
pois, no Censo (2000), o analfabetismo da população era de 12,8%, e diminuiu para 
9 % conforme apresenta os dados do Censo (2010). Isto quer dizer que 91% da 
população estão alfabetizados, ou seja, sabem ler e escrever. Porém, apesar dos 
avanços, em algumas regiões do país ainda é grande o número de pessoa que não 
sabem ler e escrever, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Com base no 
último Censo, o analfabetismo na região Norte é de 27,3% e 25,4% no Nordeste. De 
acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad, 2012), essas 
regiões são as que mais apresentam dificuldades, devido estarem localizados os 
maiores índices de analfabetismo do país. Nesta perspectiva, o Índice de 
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) indica que estas regiões mostram os 
piores resultados no desenvolvimento de ensino do país. 
28 
 
Atualmente o país desenvolve um novo programa de enfrentamento ao 
analfabetismo com intuito de reduzir o alto índice de analfabetismo que ainda 
persistem em algumas regiões do país. Portanto, o novo programa de alfabetização 
conta mais uma vez com a participação dos entes governamentais do país (federal 
estadual e municipal). Estes estão mobilizando o melhor de seus esforços e 
recursos para erradicar o analfabetismo no país. 
Em 2007, foi criado o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE),neste Plano, os governos Municipal, Estadual e Federal firmaram o compromisso 
com a educação do país contra o analfabetismo. Nesta perspectiva, o Decreto nº 
6.094, de 24/4/2007, define, no inciso II do art. 2º, a responsabilidade dos entes 
governamentais de alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade. 
Deste modo, eles assumiram o compromisso de alfabetizar todas as 
crianças sem exceção até o final do terceiro ano do ensino fundamental, visando à 
articulação e o desenvolvimento do ensino no país. Assim, foi implantado o 
programa Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, “O Brasil do futuro com 
o começo que ele merece” (BRASIL, 2012). 
Ao longo da historia educacional do Brasil, nenhum plano de governo foi 
tão estratégico e desafiador para os estados e municípios de garantir a plena 
alfabetização para todas as crianças como este, implantado em 2012, pelo Ministério 
da Educação (BRASIL, 2012). 
Como se vê, a história da alfabetização no Brasil atravessou muitos 
percalços entre interesses escusos, descasos, retrocessos e recomeços, porém, 
observa-se que na atualidade é grande o interesse do poder público em erradicar 
esta chaga da educação, promovendo a escolaridade de todos os brasileiros como 
um todo, sejam elas, crianças, jovens ou adultos. Isto demonstra uma valorização da 
educação como meio de proporcionar o desenvolvimento do país.
29 
 
2 – O PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA 
 
2.1 Conhecendo o programa 
 
O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) é conhecido 
nacionalmente e comumente como o Pacto. Como o próprio nome diz, o programa 
foi constituído por meio de um compromisso formal - um pacto, assumido pelos 
governos federal, do Distrito Federal, dos estados e dos municípios de assegurar 
que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º 
ano do ensino fundamental, quando termina o ciclo de alfabetização (BRASIL 2012, 
p. 11). 
Este programa é uma ação inédita que conta com a participação 
articulada de todas as esferas governamentais do país, os quais se disponibilizaram 
formalmente a mobilizar o melhor dos seus esforços e recursos para valorizar e 
apoiar os professores e as escolas, com materiais didáticos de alta qualidade para 
todas as crianças e para os professores bolsas de estudos como forma de incentivo, 
além de implementar sistemas adequados de avaliação, gestão e monitoramento da 
aprendizagem dos alfabetizandos, bem como, do desempenho dos alfabetizadores 
(BRASIL, 2012). 
O PNAIC, ou simplesmente o Pacto, foi instituído em 5 de Julho de 2012 
pelo Ministério da Educação com suas atribuições voltadas para o Ensino 
Fundamental de Nove Anos, com foco centrado nos três anos iniciais onde se 
encontra o ciclo de alfabetização (BRASIL, 2009). 
O Pacto foi inicialmente pensado para dois anos (2013-2014), ele trata 
especialmente das relações entre formação, trabalho-docente e avaliação como 
estratégias para atingir melhores resultados nas avaliações nacionais, como é o 
caso da Prova Brasil, da Provinha Brasil e da Avaliação Nacional da Alfabetização 
(ANA), prova que seria aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas 
Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aos alunos do 3º ano do ensino fundamental a 
partir de 2014. Estas que se configuram como avaliação externa anual para verificar 
o percurso das aprendizagens dos alunos do 1º ciclo. De acordo com o MEC, o Pró-
Letramento também foi considerado um programa educacional exitoso que 
contribuiu como referência para o atual PNAIC (BRASIL, 2013). 
30 
 
Após o segundo ano de implantação, 5.421 municípios e todos os estados 
brasileiros aderiram ao Pacto, atendendo a uma totalidade de 7 milhões de 
estudantes dos três anos do ciclo de alfabetização, em 108 mil escolas (BRASIL, 
2012, p. 12). 
Atualmente, segundo dados da Prova ABC/Brasil/2013, 53,3% dos 
estudantes atingiram o conhecimento esperado em escrita e 56,1% em leitura para o 
3º ano do Ensino Fundamental (BRASIL, 2012, p. 12). 
Segundo dados fornecidos pela coordenação geral do pacto em Brasília, 
o número de município participante do PNAIC aumentou para 5.570 em 2014, ou 
seja, o Pacto envolveu a totalidade dos municípios brasileiros. Para este ano, a 
expectativa é manter esse número (BRASIL, 2012, p. 12). 
Assim, diante dos resultados positivos e otimistas que o Pacto vem 
apresentando com relação à alfabetização, o governo federal renova a parceria em 
2015 com os entes governamentais estaduais e municipais para continuação dos 
trabalhos por mais dois anos seguindo a mesma linha do início do programa. 
 
2.2 As Bases legais do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa 
 
O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), foi instituído 
pela portaria ministerial nº 867 de 4 de Julho de 2012. Por meio desta portaria, o 
Ministério da Educação (MEC) e as secretarias estaduais, distrital e municipais de 
educação reafirmam o compromisso previsto no Decreto no 6.094, de 24 de abril de 
2007, de alfabetizar todas as crianças até os oito anos de idade e, ao final do 3º ano 
do ensino fundamental. Devendo tal resultado se apresentado por meio dos exames 
periódicos específicos para aquele ciclo (BRASIL 2012, p. 10). 
Ressalta-se que tais avaliações anuais e universais desenvolvidas pelo 
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) 
devem abranger o desempenho em língua portuguesa e em matemática dos 
concluintes do 3º ano do ensino fundamental (BRASIL 2012, p. 10) 
Na mesma portaria encontra-se ainda que, a pactuação com cada ente 
federado deverá ser formalizada em instrumento próprio a ser disponibilizado pelo 
MEC, e as ações do Pacto devem alcançar às escolas rurais e urbanas 
simultaneamente e sem distinção (BRASIL, 2012). 
31 
 
O grande diferencial do Pacto em relação aos outros programas 
semelhantes desenvolvidos anteriormente encontra-se também nas bolsas de 
estudos que todos os professores participantes recebem como incentivo para 
engajamento no novo processo de alfabetização. A concessão dessas bolsas de 
estudo e pesquisa do Pacto está assegurado pela portaria nº 1.458 de 14 de 
Dezembro de 2012 (BRASIL, 2012). 
O valor das bolsas dos participantes da formação continuada do Pacto 
está assegurado pela portaria nº 90 de 6 de Fevereiro de 2013, e estão distribuídas 
na seguinte hierarquia: R$ 1.000,00 para o coordenador local, R$ 765,00 para os 
professores orientadores de estudos e R$ 200,00 para cada alfabetizador. As bolsas 
devem ser pagas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível 
Superior (Capes) e cai diretamente na conta do professor (BRASIL, 2012). 
 
2.3 As ações do Pacto 
 
O Pacto é um programa de alfabetização que segue um conjunto de 
ações, as quais formam um conjunto integrado de programas, materiais e 
referências curriculares e pedagógicas disponibilizados pelo Ministério da Educação 
e que contribuem para a alfabetização e o letramento, tendo como eixo principal a 
formação continuada dos professores alfabetizadores (BRASIL, 2012, p.11). Estas 
ações apoiam-se em quatro eixos de atuação, sendo ele: a formação continuada de 
professores alfabetizadores; fornecimento de materiais didáticos e pedagógicos; 
realização de avaliações e gestão, controle social e mobilização. 
Todos os alfabetizadores devem participar do programa de Formação 
continuada para habilitar os professores alfabetizadores para a Alfabetização na 
Idade Certa de forma presencial com duração de dois anos, com carga horaria de 
160 horas/ano, ministrados pelos orientadores de estudos, que, também são 
professores que fizeram a mesma formação anteriormente, com duração total de 
200 horas/ano, em turmas agrupadas por polos. As formações são realizadas pelas 
universidades públicas nacionais. O material para a capacitação vem sendo 
desenvolvido pela Universidade de Pernambuco(UFPE) com a colaboração de 11 
instituições de ensino superior de todas as regiões do Brasil. Ao final de cada ano 
são emitidos certificados de Curso de Qualificação aos participantes (BRASIL, 
32 
 
2012). Conforme a SECADI (2012), um total de 304.736 professores foram 
capacitados pelos cursos de formação realizados pelo PNAIC (BRASIL 2012, p. 13). 
Está previsto no pacto a disponibilização de materiais didáticos e 
pedagógicos. São livros, obras complementares, dicionários, jogos de apoio à 
alfabetização, entre outros materiais, para todos os professores e alunos (BRASIL 
2012, p. 13). 
São realizadas sistematicamente avaliações com os alfabetizados, 
processo pelo qual o poder público e os professores acompanham a eficácia e os 
resultados do Pacto nas escolas participantes. Por meio desta avaliação, poderão 
ser implementadas soluções corretivas para as deficiências didáticas detectadas de 
cada localidade ao longo do processo (BRASIL 2012, p. 14). 
Do mesmo modo a gestão, controle social e mobilização sistema de 
gestão e de monitoramento, é realizado com o intuito de assegurar a implementação 
das etapas do Pacto. O acompanhamento é feito pelo sistema de monitoramento 
(SisPacto) disponibilizado no Sistema Integrado de Monitoramento Execução e 
Controle no site do MEC (BRASIL 2012, p. 13). 
Com base no exposto, compreende-se que o Pacto se constitui numa 
política educacional mais aprofundada em que reúne vertentes indispensáveis para 
um bom resultado de desempenho como o processo de formação continuada, de 
avaliação, disponibilidade de materiais didáticos nas escolas para o uso do educador 
e do aluno e o monitoramento das atividades dos professores envolvidos no 
programa. 
 
2.4 Compromissos com os entes governamentais com o Pacto 
 
De acordo com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e 
Diversidade (SECADI), responsável pelo programa, ao aderir ao Pacto os entes 
governamentais comprometem-se a: 
 
I. Alfabetizar todas as crianças em língua portuguesa e em matemática; 
II. Realizar avaliações anuais universais, aplicadas pelo Inep, junto aos 
concluintes do 3º ano do ensino fundamental; 
III. No caso dos estados, apoiar os municípios que tenham aderido às ações do 
pacto, para a sua efetiva implementação (BRASIL, 2012, p.11) 
 
33 
 
Garantir o direito à alfabetização plena a todas as crianças até os oito 
anos de idade, não basta, esta alfabetização tem que se dar na perspectiva do 
letramento, ou seja, não basta saber ler e escrever faz necessário que a criança vá 
além, sabendo ler, escrever, ler e entender o que escreveu, compreender o que está 
lendo e que relação tem todo isso com o seu cotidiano. Atingindo este nível de 
aprendizagem ao final dos oito anos de idade o aluno estará alfabetizado e letrado. 
Sendo este, portanto, o grande desafio colocado pelo PNAIC aos entes 
governamentais. 
 
2.5 A implantação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa no 
município de Igarapé-Açu/PA 
 
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) do 
município, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa foi implantado em 
Igarapé-Açu/PA em janeiro de 2013, por meio da assinatura de um termo de 
compromisso entre o executivo municipal e a Universidade Federal do Pará (UFPA) 
que coordena as ações do pacto na Região Norte do Brasil (SEMED 2014, p.10). 
Como propõe o documento, o município se compromete a concentrar 
esforços e recursos para a consecução dos objetivos e metas mencionados 
anteriormente e que estão traçadas no bojo do programa. 
Para o desenvolvimento do programa, o município conta com 
infraestrutura de uma coordenadora local, quatro professores orientadores e 117 
professores alfabetizadores. A coordenação local conta com uma sala equipada com 
computadores conectados à internet e materiais didáticos para atendimento aos 
alfabetizadores. Por sua vez, os professores orientadores trabalham com dedicação 
exclusiva ao Pacto, o que facilita o monitoramento e acompanhamento aos 
alfabetizadores e às escolas (SEMED 2014, p.10). 
Para atingir a meta, o professor alfabetizador tem papel fundamental, por 
isso um dos eixos do Pacto é a formação continuada. Na primeira etapa do 
programa realizada em 2013, os professores receberam formação em Língua 
Portuguesa. Na segunda, em 2014, receberam formação em Matemática. Na 
terceira etapa para 2015, serão abordadas as demais áreas do conhecimento como 
Artes, Ciências Humanas e Ciências da Natureza (SEMED 2014, p.10). 
34 
 
De acordo com a SEMED, nos anos de 2013 e 2014 foram capacitados 
122 e 109 professores alfabetizadores respectivamente que participaram de dez 
formações mensais a cada ano e, no total foram beneficiando diretamente de 3.435 
alunos/ano da rede municipal (SEMED 2014, p.11). 
Em 2015, o município renovou o termo de compromisso para o biênio de 
2015-2016 e de acordo com a SEMED, há perspectiva de investimento para 
melhorar ainda mais os resultados da alfabetização nas avaliações externas. 
Um dado interessante que se observa no contexto educacional do 
município é a mudança na mentalidade dos professores capacitados em relação a 
alfabetização e como fazê-la dar certo. Tudo isso vem sendo alcançado porque, 
segundo a coordenação local do programa, o mesmo tem se desenvolvido por meio 
de ações que estimulam a prática reflexiva do professor sobre o tempo e o espaço 
escolar. Uma vez que cinco princípios centrais orientam o programa: currículo 
inclusivo, que defende os direitos de aprendizagem de todas as crianças, 
fortalecendo as identidades sociais e individuais; integração entre os componentes 
curriculares; foco na organização do trabalho pedagógico; seleção e discussão de 
temáticas fundantes em cada área de conhecimento; e ênfase na alfabetização e no 
letramento das crianças. 
De acordo com o Relatório Anual das Atividades do PNAIC no Município 
de Igarapé-Açu (2014), as ações do PNAIC estão sendo bem avaliadas pelos 
coordenadores, orientadores, formadores e professores que participam do 
programa, conforme descreve a coordenadora local em seu relatório entregue ao 
conselho Municipal de Educação: 
 
Nestes dois anos como coordenadora do PNAIC, pude notar claramente a 
transformação de muitos professores em sala de aula. Com a evolução dos 
encontros de formação, os docentes perceberam que o PNAIC tinha algo 
novo a oferecer e mergulharam no projeto, colocando em prática os 
conteúdos e as estratégias que aprendiam nos encontros. Antes do PNAIC, 
muitos professores não sabiam elaborar nem desenvolver uma Sequência 
Didática de aulas (SEMED 2014, p.13) 
 
Esta melhoria também pode ser comprovada pela fala de uma professora 
alfabetizadora mencionada em seu relatório anual: 
 
O PNAIC reaviva o debate sobre a alfabetização nos anos iniciais, que são 
a base da vida acadêmica dos alunos. Com o programa, pude ampliar meus 
conhecimentos sobre a prática de alfabetização e melhorar a atuação em 
35 
 
sala de aula, percebendo que o planejamento e as intervenções eram 
apropriados às dificuldades dos alunos. Isso me fez perceber que eu tinha 
muito o que aprender com eles e para eles, e que meu papel não é apenas 
ensinar, mas ter uma apreciação crítica sobre o meu trabalho e o 
desenvolvimento dos alunos ((SEMED 2014, p.14). 
 
Com isso, observa-se que o programa possibilitou a renovação de 
práticas pedagógicas em sala de aula e o desenvolvimento de atividades 
diferenciadas de letramento, ganhando como isso as crianças e o município. 
Outro ponto interessante refere-se aos recursos recebidos pelo município 
para o programa que vai diretamente para as escolas, para os professores e para os 
alunos. A metodologia do curso presencial do PNAIC propõe estudos e atividades 
práticas, como planejamento das aulas, processo de avaliação para 
acompanhamento da aprendizagem e uso dos materiais didáticos e pedagógicos 
distribuídos pelo MEC. A cada turma de alfabetização,o programa distribui materiais 
como livros didáticos e respectivos manuais do professor; obras complementares 
aos livros didáticos e acervos de dicionários; obras de referência, de literatura e de 
pesquisa; obras de apoio pedagógico aos professores e jogos pedagógicos de apoio 
à alfabetização, além de outros adquiridos pelo próprio município. 
Nos ciclos anteriores, cada professor recebeu um kit com 35 cadernos de 
Língua Portuguesa e 13 cadernos de Matemática, abordando diferentes conteúdos 
relacionados à alfabetização e ao numeramento na perspectiva do letramento, além 
de propostas de atividades e sugestões para ampliar os estudos e os materiais 
distribuídos. Neste ano de 2015, serão entregues mais 12 cadernos, a previsão de 
entrega do material impresso é entre junho e julho, enquanto a versão on-line 
poderá ser conferida na primeira semana de maio no site do Pacto (SEMED 2014, 
p.12). 
O município não recebe recursos financeiros. Todos os gastos com 
bolsas de estudos disponibilizados pela Caps vão diretamente para as contas dos 
alfabetizadores. 
 
36 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Como apresentamos no início desse trabalho, os nossos objetivos foram 
investigar o processo de alfabetização na história da educação no Brasil desde os 
períodos, Colonial até os dias atuais culminando com a implantação do Pacto 
Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, de forma que nos levasse a 
compreender a atual política de alfabetização no Brasil por meio da análise das 
ações governamentais brasileiras para a alfabetização, conhecendo as principais 
legislações que normatizam a alfabetização e, por fim, verificar os avanços ocorridos 
no processo de alfabetização ao longo da nossa história. 
 O método de pesquisa aplicado neste estudo foi a análise bibliográfica e 
documentais que relatasse a história acerca da alfabetização no Brasil. Assim, este 
trabalho se constituiu em esboçarmos a história da alfabetização no Brasil desde o 
período colonial até final do século XX perpassando pelas principais legislações 
acerca do tema, para, por fim, mostrarmos o impacto ocorrido na educação, 
especificamente, no primeiro ciclo do Ensino Fundamental por meio da implantação 
do programa Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, tendo como objeto 
de estudo as Ações deste programa no município de Igarapé-Açu - PA. 
Assim, pensamos ter alcançados os objetivos aqui propostos, tendo em 
vista que mostramos a história da alfabetização que, por sua vez, se confunde com 
a própria história do brasil. Concluímos apresentando o Pacto-PNAIC a nível de 
Brasil e como foi implantado e vem sendo desenvolvido no município de Igarapé-Açu 
que segue os mesmos moldes dos demais município brasileiros que aderiram ao 
programa. Os resultados deste programa tem se mostrado surpreendente, 
concluindo assim que de fato houve muita evolução no processo de alfabetização e 
que, desta vez, estamos no caminho certo. 
Contudo, apreendemos por meio deste estudo que as formações do 
PNAIC estão sendo realizadas de forma continuada e que buscam valorizar as 
experiências e os conhecimentos do professor, bem como suas experiências como 
leitor e produtor de textos. Outra estratégia que compreendemos interessante é a 
troca das experiências por seus pares, que também servem como referência, a 
valorização do trabalho coletivo e da ação autônoma dos professores, o estímulo ao 
envolvimento do professor em estudo individual e coletivo. A metodologia 
empregada nas formações é considerada exitosa, por se pautar em situações que 
37 
 
levem o professor a refletir sobre sua ação cotidiana, dialogando com os modelos 
teóricos que lhe servem de suporte. 
Como tivemos a oportunidade de conhecer por este trabalho, o objetivo 
principal do Pacto é de formar educadores críticos, que proponham soluções 
criativas para os problemas enfrentados pelas crianças em processo de 
alfabetização. Contudo, espera-se que as escolas dialoguem com a comunidade em 
que se encontram inseridas, aprofundando a relação entre ambas e criando um 
espaço colaborativo, no intuito de alfabetizar todas as crianças até o final do 3° ano 
do ciclo de alfabetização. 
 
38 
 
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