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DRENAGEM LINFÁTICA UNIASSELVI

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Prévia do material em texto

2019
Drenagem Linfática
Profa. Greica Priscila Zanatta Furtado
Profa. Liliani Carolini Thiesen
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Profa. Greica Priscila Zanatta Furtado
Profa. Liliani Carolini Thiesen
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
F992d
 Furtado, Greica Priscila Zanatta
 Drenagem linfática. / Greica Priscila Zanatta Furtado; Liliani 
Carolini Thiesen. – Indaial: UNIASSELVI, 2019.
 198 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0251-8
1.Massagem terapêutica – Brasil. 2.Drenagem linfática – Brasil. I. Thiesen, 
Liliani Carolini. II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 615.822
III
apresentação
Caro acadêmico, seja muito bem-vindo a nossa disciplina! Este livro 
auxiliará você em seus estudos e a compreender melhor a drenagem linfática. 
O conteúdo deste livro e as orientações contribuirão positivamente para o 
direcionamento do processo de ensino e aprendizagem. 
A elaboração deste livro de estudos tem como finalidade direcionar 
você a ordenar os conteúdos e aspectos práticos e teóricos que o auxiliarão 
no desenvolvimento global do seu estudo, agregando conhecimento e 
possibilitando, no final do curso, sua inserção no mercado de trabalho, 
através do seu mérito e dedicação.
Assim, convidamos você a conhecer, brevemente, cada unidade que 
será abordada neste livro de estudos.
Na Unidade 1, você compreenderá os aspectos relacionados à 
Biossegurança e Anatomia e Fisiologia aplicada ao sistema linfático. Na 
Unidade 2, você estudará a fisiopatologia do sistema linfático, as indicações, 
contraindicações, cuidados que devem ser tomados e os principais métodos 
utilizados na drenagem linfática. Na Unidade 3, você compreenderá os 
recursos e as aplicações da drenagem linfática. 
Nesse contexto delineamos os assuntos importantes a serem conhecidos 
e, dessa forma, convidamos você para se inteirar e assimilar este conhecimento.
 
Desejamos a você uma ótima leitura! 
Bons estudos!
IV
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui 
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
V
VI
VII
UNIDADE 1 – ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO ..................................1
TÓPICO 1 – BIOSSEGURANÇA E HISTÓRIA DO SISTEMA LINFÁTICO .............................3
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................3
2 BIOSSEGURANÇA APLICADA À ESTÉTICA ..............................................................................3
3 HISTÓRICO DO SISTEMA LINFÁTICO .......................................................................................10
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................13
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................14
TÓPICO 2 – HISTÓRICO ......................................................................................................................15
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................15
2 ANATOMIA DO SISTEMA LINFÁTICO .......................................................................................15
2.1 TOPOGRAFIA DO SISTEMA LINFÁTICO .................................................................................16
2.1.1 A linfa – transporte e circulação ...........................................................................................20
3 VIAS LINFÁTICAS ..............................................................................................................................23
4 LINFONODOS ......................................................................................................................................25
5 ÓRGÃOS LINFÁTICOS ......................................................................................................................31
6 SISTEMA LINFÁTICO E SUA RELAÇÃO IMUNOLÓGICA .....................................................38
7 SISTEMA LINFÁTICO E DRENAGEM ..........................................................................................41
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................42
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................43
TÓPICO 3 – ANATOMIA DO SISTEMA LINFÁTICO ...................................................................45
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................45
2 SISTEMA LINFÁTICO ........................................................................................................................45
2.1 FORÇA DE STARLING ...................................................................................................................46
2.2 FILTRAÇÃO E REABSORÇÃO .....................................................................................................47
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................................50
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................52
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................53
UNIDADE 2 – DRENAGEM LINFÁTICA ..........................................................................................55
TÓPICO 1 – FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO .......................................................57
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................57
2 EDEMA E LINFEDEMA ......................................................................................................................57
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................67AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................68
TÓPICO 2 – INDICAÇÕES, CONTRAINDICAÇÕES E CUIDADOS ........................................69
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................69
2 GESTANTES ..........................................................................................................................................70
3 PÓS-OPERATÓRIO DE MASTECTOMIA .....................................................................................72
4 FIBROEDEMA GELOIDE ...................................................................................................................75
sumário
VIII
5 PERÍODO MENSTRUAL – TPM .....................................................................................................77
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................81
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................82
TÓPICO 3 – PRINCIPAIS MÉTODOS DA DRENAGEM LINFÁTICA .....................................83
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................83
2 VODER .................................................................................................................................................83
3 LEDUC ..................................................................................................................................................87
4 FÖLDI ....................................................................................................................................................90
5 GODOY .................................................................................................................................................94
6 COMPARAÇÃO DAS TÉCNICAS ..................................................................................................103
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................106
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................113
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................114
UNIDADE 3 – RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA ......115
TÓPICO 1 – RECURSOS UTILIZADOS NA DRENAGEM LINFÁTICA ..................................117
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................117
2 DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL ...........................................................................................117
3 BAMBUTERAPIA ...............................................................................................................................119
4 COMPRESSÃO PNEUMÁTICA OU PRESSOTERAPIA ...........................................................120
5 BANDAGENS .....................................................................................................................................122
6 ELETROTERÁPICO ...........................................................................................................................123
6.1 LASERTERAPIA ...........................................................................................................................124
6.2 ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA DE ALTA VOLTAGEM (EVA) ..................................................125
6.3 ULTRASSOM ..................................................................................................................................125
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................128
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................129
TÓPICO 2 – APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA ...................................131
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................131
2 FACE .....................................................................................................................................................131
3 TRONCO ..............................................................................................................................................137
4 MEMBROS SUPERIORES ................................................................................................................143
5 MEMBROS INFERIORES .................................................................................................................146
6 GESTANTES ........................................................................................................................................153
6.1 DESCRIÇÃO DA TÉCNICA ........................................................................................................154
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................158
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................159
TÓPICO 3 – DRENAGEM LINFÁTICA NO PÓS-OPERATÓRIO ..............................................161
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................161
2 MAMOPLASTIA ................................................................................................................................162
3 MASTECTOMIA ................................................................................................................................165
4 ABDOMINOPLASTIA ......................................................................................................................171
5 LIPOASPIRAÇÃO ..............................................................................................................................174
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................176
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................179
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................180
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................181
1
UNIDADE 1
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO 
SISTEMA LINFÁTICO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• relembrar a biossegurança aplicada para a estética;
• estudar a história do sistema linfático;
• estudar o sistema linfático;
• conhecer a anatomia do sistema linfático;
• compreender a fisiologia do sistema linfático.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – BIOSSEGURANÇA E HISTÓRIA DO SISTEMA LINFÁTICO
TÓPICO 2 – HISTÓRICO
TÓPICO 3 – ANATOMIA DO SISTEMA LINFÁTICO
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
BIOSSEGURANÇA E HISTÓRIA DO SISTEMA LINFÁTICO
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, você já parou para pensar em todos os riscosa que está 
exposto no seu futuro ambiente de trabalho? Quais os cuidados que devem ser 
tomados? Quais EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) você futuramente 
terá que utilizar?
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (apud TEIXEIRA; VALLE, 1996), 
biossegurança é definida como o conjunto de ações voltadas para a prevenção 
e proteção do trabalhador, minimização de riscos inerentes às atividades de 
pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, 
visando à saúde do homem, a dos animais, à prevenção do meio ambiente e 
qualidade dos resultados. 
Para Costa e Costa (2002), a Biossegurança é ainda uma ação educativa, 
que através da agregação de conhecimentos técnicos, propicia a segurança da 
saúde do homem e do meio ambiente em âmbito geral através de um sistema de 
ensino-aprendizagem. 
2 BIOSSEGURANÇA APLICADA À ESTÉTICA
Na estética, a biossegurança consiste em ações de prevenção de doenças 
no ambiente de trabalho. Sabemos que quando se trata da relação de contato 
profissional-cliente, os riscos de serem transmitidas doenças que vão desde 
um simples resfriado, até uma micose, hepatite e AIDS, existem. Portanto, é 
fundamental a assepsia e antissepsia das mãos, a lavagem com sabonete líquido 
antes e depois de cada procedimento, antes de colocar luvas e depois de retirá-las 
e o uso de antissépticos que destroem as bactérias (CTSB, 2017).
A apresentação do profissional também é de extrema importância, não 
somente por questão visual, mas pela higiene, pois unhas compridas acumulam 
sujidades. Cabelos soltos são fontes de transmissão, sapatos abertos não protegem 
o profissional e o uso do avental é justamente para que haja uma separação 
entre o ambiente externo e o de trabalho, preservando a integridade higiênica 
do contato profissional-cliente. Além do uso imprescindível dos chamados EPIs 
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
4
(Equipamentos de Proteção Individual), que são as máscaras que protegem da 
inalação de aerossóis, protetores oculares, aventais e gorros que protegem de 
respingos, e as luvas que devem ser sempre usadas em procedimentos que entrem 
em contato com secreções, devendo ser descartadas após o uso (CTSB, 2017).
 A limpeza do ambiente é essencial e deve ser obrigatoriamente arejado, 
com toda estrutura organizacional, lixeiras de pedal, para que não se tenha contato 
com o lixo, mantendo os materiais perfurocortantes separados do lixo comum, 
além do uso de lençol, espátula e materiais de apoio descartáveis, e os que não 
forem, realizar a limpeza correta, com a desinfecção primeiramente com água e 
sabão, depois adequando a limpeza de acordo com o material, a esterilização com 
soluções como álcool a 70% ou autoclave (CTSB, 2017).
A visão da biossegurança é ampla, sendo ela um conjunto de normas 
e procedimentos estipulados através de Normas Regulamentadoras (NRs) 
e legislações orientadas pela ANVISA, o Ministério da Saúde e do Trabalho, 
Fundação Oswaldo Cruz, entre outras instituições. Veremos a seguir as principais 
normas a serem seguidas pelos profissionais tecnólogos-esteticistas, assim como 
os principais riscos encontrados em seu ambiente de trabalho (INACIO et al., s.d.).
De acordo com a Portaria n° 3.214, do Ministério do Trabalho do Brasil de 
1978, os riscos no ambiente laboral podem ser classificados em cinco tipos, riscos 
biológicos, bioquímicos e químicos, físico-acidentais e ergonômicos. 
Entende-se por risco biológico qualquer tipo de ser vivo que possa 
apresentar algum tipo de ameaça: bactérias, leveduras, fungos, parasitas e também 
outros seres humanos. O risco pode ficar em materiais usados pelos profissionais 
(alicates, espátulas, escovas, máscaras, luvas, touca, entre outros).
Risco químico é quando se envolve algum perigo ao manusear materiais 
químicos que podem causar danos físicos ou prejudicar a saúde, podemos dizer 
que substâncias tóxicas se encaixam nessa categoria.
Risco físico-acidentais envolvem riscos com equipamentos, máquinas 
usadas pelo profissional de estética, e também a infraestrutura e instalação da 
clínica. Essa categoria inclui temperaturas excessivas, vibrações, radiações, 
umidade, eletricidade e incêndio.
E os riscos ergonômicos que englobam a engenharia humana são fatores 
que também podem entrar na categoria de riscos físicos, inclui-se aqui o esforço 
físico, postura inadequada durante procedimentos, situação de estresse e 
monotonia/repetitividade (CTSB, 2017).
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) atuam como barreiras 
protetoras, a fim de evitar o contato do profissional com o material biológico. 
Segundo a definição de Brasil (1978, s.p.), “É todo dispositivo ou produto, de uso 
individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis 
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”. Dentre os principais estão:
TÓPICO 1 | BIOSSEGURANÇA E HISTÓRIA DO SISTEMA LINFÁTICO
5
• Luvas descartáveis – caracterizam-se por promover uma boa barreira mecânica 
para as mãos do profissional e para a pele do cliente. Devem ser usadas quando 
houver a possibilidade do profissional se contaminar ou entrar em contato com 
sangue, secreções, mucosas, tecidos e lesões sobre a pele (RAMOS, 2009). De 
acordo com Guandalini et al. (1998) e Andrade et al. (2008), as luvas devem ser 
usadas quando houver a manipulação de artigos ou superfícies contaminadas. 
Ressalta-se ainda que elas não devam ser reutilizadas por perderem sua 
efetividade na proteção, devendo posteriormente ser descartadas em lixo 
contaminado. O uso das luvas não substitui a lavagem das mãos, por este 
motivo as mãos devem ser lavadas de forma correta, antes e após a inserção 
deste equipamento de proteção individual (Figura 1) (ANDRADE, 2008).
• Máscara facial descartável – usa-se quando houver risco de respingo em mucosa 
oral e nasal, protegendo as vias aéreas superiores de micro-organismos contidos 
nas partículas de aerossóis, quando há um acesso de tosse, espirro ou fala 
(BRASIL, 2004; GUANDALINI et al. 1998). Em vista disso, nos procedimentos 
de estética facial, o uso desse EPI é de suma importância pela proximidade entre 
cliente e profissional, evitando a contaminação cruzada. Visa acrescentar que, 
durante o procedimento não se deve puxar a máscara para a região do pescoço 
(pois esta é considerada contaminada), além de trocá-la quando ficar úmida, no 
intervalo de cada cliente, e não ser reutilizada (BRASIL, 2004; GUANDALINI 
et al.1998). O profissional deve considerar algumas características ao comprar 
máscaras, as quais devem: ser confortáveis; ter boa adaptação aos contornos 
faciais; não tocar os lábios ou a ponta do nariz; não irritar a pele; não provocar 
o embaçamento dos óculos; ter boa capacidade de filtração; ser descartável 
(Figura 1) (CTSB, 2017).
• Touca ou gorro descartável - o emprego da touca pelo profissional previne 
contaminação cruzada de paciente/profissional (por micro-organismos ou 
até mesmo piolhos). A touca pode ser utilizada tanto por profissionais como 
clientes, devendo cobrir todo o cabelo deles (GUANDALINI et al,1998). O 
profissional deve prender os cabelos, sem deixar mechas aparentes, de forma 
que o gorro cubra todo o cabelo e orelhas, conforme demonstra a Figura 1. Ao 
retirar o gorro, esse deve ser puxado pela parte superior central e descartado 
no lixo, devendo ser trocado entre os atendimentos sempre que houver 
necessidade, devido ao suor e às sujidades. Gorros descartáveis não devem 
ser guardados, pois representam um meio bastante propício à proliferação de 
bactérias (CTSB, 2017).
• Jaleco - nos procedimentos de estética facial, utiliza-se o jaleco, pois poderá ocorrer 
risco de respingos de material orgânico ou o contato com líquidos. O uso do jaleco 
protege o profissional da exposição a sangue e fluídos corpóreos e de respingos 
de material infectado. Baseando-se nisso,a sua utilização evita a transmissão de 
doenças não fazendo o transporte de micro-organismos para outras localidades 
(BRASIL, 2004). Deve ser de manga longa com punho comprido, com tecido 
resistente, de preferência na cor branca, deve ser utilizado com todos os botões 
fechados durante os atendimentos e com o nome do tecnólogo em estética 
gravado na parte superior do avental, para identificação do trabalhador (Figura 
1) (INACIO et al. s.d.). Os aventais devem ser trocados sempre que apresentarem 
sujidades e contaminação visível seja por sangue ou por secreções orgânicas. 
Devem ser utilizados somente na área de trabalho e nunca devem ser guardados 
no mesmo local onde são guardados objetos pessoais (CTSB, 2017).
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
6
• Calçado fechado e calça comprida – o calçado fechado e a calça comprida são 
procedimentos de segurança adotados com o intuito de evitar que secreções 
orgânicas ou materiais de trabalho sejam lançados sobre os pés do profissional, 
evitando acidentes e a transmissão de doenças (GUANDALINI et al., 1998). 
• Proteção ocular – é indicado o uso de óculos de proteção a fim de evitar que respingos 
de sangue ou secreções atinjam os olhos do profissional (GUANDALINI et al., 
1998). Consideramos que os óculos adequados devem possuir barreiras laterais, 
ser leves e confortáveis e de transparência a mais absoluta possível, devendo ser 
de material de fácil limpeza (Figura 1). Quando os óculos apresentarem sujidades, 
devem ser lavados com sabonetes líquidos germicidas ou soluções antissépticas, 
enxaguados e enxugados com toalha de papel (CTSB, 2017).
FIGURA 1 – ILUSTRAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL, ÓCULOS, LUVAS, 
GORRO E MÁSCARA, JALECO OU AVENTAL, RESPECTIVAMENTE
FONTE: CTSB (2017)
Em face do exposto, considera-se que os EPIs são de suma importância na 
prática da estética, pois eles agem como barreiras mecânicas contra micro-organismos. 
Entretanto, apenas o emprego dos EPIs é suficiente para evitar a transmissão de 
doenças, faz-se necessário o emprego de procedimentos de higienização pessoal, dos 
utensílios utilizados e do ambiente de trabalho (INACIO et al., s.d.).
A higiene pessoal do profissional de estética consiste não apenas em manter uma 
boa aparência, mas também em evitar contaminações e transmissões de micro-organismos 
entre os clientes. Para isso, é imprescindível manter as mãos limpas, as unhas cortadas 
(curtas), e se estiver com esmaltes, utilizar cores claras ou translúcidas. Os cabelos devem 
TÓPICO 1 | BIOSSEGURANÇA E HISTÓRIA DO SISTEMA LINFÁTICO
7
estar presos durante toda estadia no local de trabalho e durante os procedimentos devem 
estar envolvidos pela touca descartável. A maquiagem pode ser utilizada de forma discreta. 
Em relação às bijuterias, é liberado o uso de brincos em tamanhos discretos, já anéis, pulseiras 
e relógios não podem ser usados durante os atendimentos (VIEIRA; ANDRADE, 2017).
A adequada higienização das mãos do profissional de estética se faz 
necessária e é essencial. Dentro do raciocínio de Brasil (2004), cerca de 80% das 
infecções hospitalares podem ser evitadas através da correta higienização das mãos.
O método de higienização das mãos também pode ser nomeado como 
antissepsia, a qual visa eliminar micro-organismos presentes em tecidos vivos através 
de agentes antimicrobianos (HIRATA; MANCINI, 2002; TEIXEIRA; VALLE, 1996).
Esse procedimento de higienização das mãos deve ser realizado antes e 
depois do atendimento ao cliente, visando assegurar “a eliminação do maior número 
de agentes microbianos contraídos da rua ou mesmo do trânsito” (GUIMARÃES, 
2007, p. 30). Entretanto, Brasil (1994) adverte que o uso das luvas não dispensa a 
lavagem das mãos antes e após procedimentos. Para Borges (2006), esse procedimento 
de higienização das mãos previne contra a infecção cruzada, que é desencadeada 
pela vinculação de microrganismos de um paciente para o outro, de paciente para 
profissional e também de utensílios e objetos para o profissional ou cliente.
De acordo com Guandalini et al. (1998), Oppermann e Pires (2003), 
o procedimento de higienização das mãos deverá ser realizado com as unhas 
aparadas, para não haver o depósito de resíduos ou micro-organismos. 
Corroborando com esses autores, Brasil (2004) e Guandalini et al. (1998) reforçam 
que durante o procedimento de higienização das mãos, o profissional não deverá 
utilizar acessórios como anéis, relógios e pulseiras, e aconselha-se também que 
não os utilize durante todo o atendimento estético.
Brasil (1994), Oppermann e Pires (2003) e Brasil (2004) recomendam a 
seguinte sequência para lavagem das mãos:
• sem tocar na pia, abrir a torneira;
• aplicar sabonete líquido;
• ensaboar as mãos, friccionando-as por aproximadamente 15 segundos, em 
todas as superfícies, como o dorso da mão, punhos e antebraços, a região 
palmar, entre os dedos e ao redor das unhas (Figura 2);
• enxaguar as mãos, retirando totalmente a espuma;
• secar as mãos com papel toalha descartável;
• fechar a torneira com papel toalha descartável;
• descartar o papel toalha na lixeira sem tocar na borda ou na tampa;
• realizar a antissepsia com álcool 70%, deixando-o secar naturalmente.
Conclui-se que a higienização das mãos do profissional é apenas um dos 
meios para a prevenção de doenças na cabine de estética, pois a utilização de 
todas as condutas de biossegurança não só garante uma postura profissional 
adequada, mas torna os procedimentos estéticos mais seguros para a saúde de 
clientes e profissionais (INACIO et al., s.d.).
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
8
FIGURA 2 – PROCEDIMENTO DA LAVAGEM DAS MÃOS
Molhe as mãos com água
Pronto, suas mãos estão
completamente limpas!
Use esta mesma toalha
para desligar a torneira
Enxugue as mãos com
uma toalha descartável
Enxague todo o sabãoEsfregue novamente as
palmas das mãos com
a ponta dos dedos
Limpe o polegar esquerdo
com a palma da mão
direita e vice-versa
Esfregue a base dos dedos
nas palmas das mãos
Lave as palmas com os
dedos entrelaçados
Esfregue o dorso com
a palma das mãos
Esfregue bem as palmasCubra as mãos com a
espuma do sabão
0
3
6 7 8
4 5
2
9 10 11
1
FONTE: CTSB (2017)
É importante ressaltar que em ambientes coletivos onde há convivência 
de pessoas com origem e costumes diversificados, faz-se necessário adotar 
procedimentos de higienização diferentes dos comumente utilizados em ambientes 
domésticos. De acordo com o Decreto nº 23.915 da Covisa (Vigilância Sanitária 
Municipal), os profissionais de beleza devem seguir as seguintes normas sanitárias: 
TÓPICO 1 | BIOSSEGURANÇA E HISTÓRIA DO SISTEMA LINFÁTICO
9
• possuir paredes e pisos lisos e impermeáveis para não acumular micro-
organismos, poeira ou resquícios de secreções; 
• deve ter: lixeira de pedal com saco plástico para descarte de material contaminado, 
lavatório com sabonete líquido e papel toalha; 
• maca com superfície lisa ou lavável, forrada de lençol TNT ou papel branco 
(resistente); 
• todos descartáveis devem ser trocados a cada cliente; 
• mesa auxiliar (carrinho) com superfície lisa e lavável, para acomodar bandeja 
forrada com papel toalha para os materiais de uso; 
• utilizar instrumentos esterilizados ou descartáveis (CTSB, 2017).
Na cabine de estética ou na clínica, o esteticista deve estar atento para 
higienização de materiais e do ambiente que consiste em remover materiais estranhos 
como sujidades e matéria orgânica de superfícies e objetos. Comumente é feita através 
da aplicação de água, detergente e ação mecânica (TEIXEIRA; VALLE, 1996).
Corroborando com Teixeira e Valle (1996), Brasil (1994) também enfatiza 
que a limpeza poderá ser realizada com o auxílio de esponjas, escovas, panos. 
Já na compreensão de Oppermann e Pires (2003)e Ramos (2009) alguns dos 
produtos que podem ser empregados para a limpeza são: detergente líquido 
comum ou detergente enzimático.
Salienta-se que a limpeza prévia é obrigatória anteriormente à desinfecção 
e esterilização, pois diminui resíduos de matéria orgânica e o número de micro-
organismos, auxiliando consequentemente na ação do desinfetante e no processo de 
esterilização, obtendo-se por fim melhor eficácia aos processos realizados (HIRATA; 
MANCINI, 2002; MASTROENI, 2005). Do mesmo modo, Oppermann e Pires (2003) 
também advertem que a limpeza deve ser sempre realizada como primeira etapa de 
desinfecção ou esterilização, garantindo assim a qualidade destes processos.
A desinfecção é um procedimento químico que destrói parcialmente 
micro-organismos presentes em objetos, mas não inibe todos por completo, os 
esporos bacterianos ainda ficam ativos com a desinfecção (TEIXEIRA; VALLE, 
1996; GUANDALINI et al., 1998). 
Existem vários agentes químicos utilizados como desinfetantes, no 
entanto, nos deteremos aos mais comuns como o álcool, hipoclorito de sódio 
(1%) e compostos quaternários de amônio, por possuírem baixo custo, alta 
disponibilidade, fácil manejo, e por possibilitarem uma desinfecção eficiente e 
com rápida ação para a prática na estética (INACIO, et al., s.d.).
• Álcool: é utilizado tanto como desinfetante de superfícies ou como antissépticos 
para a pele (GUANDALINI et al., 1998). De acordo com Brasil (1994), as 
aplicações em artigos e superfícies deverão ser realizadas com álcool a 70%, 
friccionando-o, logo após, deixando-os secar. Ele pode ser aplicado em vidros, 
artigos metálicos, macas etc. O álcool, por possuir baixo custo e disponibilidade, 
é um dos desinfetantes mais utilizados (TEIXEIRA; VALLE, 1996).
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
10
• Hipoclorito de sódio: a concentração indicada é de 1% por 30 minutos, 
entretanto esses agentes têm seu espectro de ação aumentado, quanto maior for 
sua concentração e tempo de contato. Esses agentes químicos por serem à base 
de cloro reagem rapidamente com a matéria orgânica, logo, a limpeza prévia 
dos artigos fornece maior eficácia e ação do desinfetante. Destaca-se, segundo 
Mastroeni (2005), que estes são os desinfetantes mais utilizados devido ao 
baixo custo e largo espectro de ação. Esse mesmo agente não deve ser utilizado 
em metais devido a sua ação corrosiva (HIRATA; MANCINI, 2002).
• Compostos quaternários de amônio: esses agentes são substâncias detergentes 
catiônicas com propriedade germicida, sendo utilizados a uma concentração 
de 0,2% (2.000mg/L) para superfícies não críticas como pisos, mobiliários e 
paredes (MASTROENI, 2005). Entretanto, estes agentes químicos são inativos 
por material orgânico, e por detergentes não iônicos e sabões.
O ambiente de trabalho, além de limpo e desinfetado, deve ser calmo e silencioso 
para proporcionar relaxamento ao cliente. A área de tratamento deve ter temperatura 
agradável, sendo climatizada em torno de 23°, sem correntes de ar. A maca de altura 
ajustável é a mais útil, do tipo que possui um mecanismo de elevação em cada extremidade 
e uma seção removível para acomodar o nariz quando o paciente está deitado em decúbito 
ventral. A maca deve ser recoberta por um lençol descartável que deve ser trocado a cada 
atendimento. Lençóis devem estar disponíveis caso o paciente refira sensação de frio. 
Cunhas e rolos de posicionamento, além de travesseiros de diferentes alturas para 
posicionar o paciente de maneira adequada e confortável e de forma que facilite o 
retorno linfático devem estar disponíveis (CTSB, 2017).
O ambiente terapêutico deve ser claro e sem muitos objetos e enfeites, que 
dificultem a higienização do local. Aromatizantes de ambientes como incensos 
e sprays devem respeitar o gosto do paciente, pois não são todas as pessoas que 
os apreciam. Música relaxante complementa satisfatoriamente um ambiente 
propício ao relaxamento (CTSB, 2017).
3 HISTÓRICO DO SISTEMA LINFÁTICO
A descoberta do sistema linfático tem uma história longa e fascinante. 
Hipócrates foi uma das primeiras pessoas que mencionou o sistema 
linfático no século V a.C. Em seu trabalho "Sobre as articulações", ele menciona 
brevemente os gânglios linfáticos (CHIKLY, 1998).
Rufus de Éfeso, um médico romano, identificou os gânglios linfáticos 
axilares, inguinais e mesentéricos, assim como o timo no início do século II d.C. A 
primeira menção dos vasos linfáticos ocorreu no século III d.C. por Herófilo, um 
anatomista grego que vivia em Alexandria (CHIKLY, 1998).
Até o século XVII, as ideias de Galeno foram as que mais prevaleceram. 
Acreditava-se que o sangue era produzido pelo fígado a partir do quilo, e que 
este sangue era consumido por todos os órgãos do corpo. Esta teoria exigia que o 
sangue fosse consumido e produzido muitas vezes (CHIKLY, 1998).
TÓPICO 1 | BIOSSEGURANÇA E HISTÓRIA DO SISTEMA LINFÁTICO
11
Nos tempos antigos, apenas os componentes macroscópicos do sistema linfático 
foram descritos, embora sejam mal interpretados, incluindo os linfonodos e lacteais, 
sendo estes últimos facilmente identificados devido ao seu conteúdo semelhante ao 
leite. Por cerca de 15 séculos, a aceitação dogmática das noções de Galeno não permitiu 
um progresso significativo na medicina. Após a revolução de Vesalius nos estudos 
anatômicos, novos conhecimentos foram acumulados, e o século XVII foi a idade de 
ouro para a investigação do sistema linfático com várias descobertas: lacteais intestinais 
(Gaspare Aselli), bursa cloacal (Hieronimus Fabricius de Acquapendente), reservatório 
de o quilo (Jean Pecquet), vasos linfáticos extraintestinais (disputa de Thomas Bartholin e 
Olaus Rudbeck), circulação da linfa hepática (Francis Glisson). No século do Iluminismo, 
Frederik Ruysch descreveu a função das válvulas linfáticas, e Paolo Mascagni forneceu 
uma magnífica iconografia da rede linfática em humanos (NATALE et al., 2017).
O século XVII viu várias descobertas emergentes e quase simultâneas no 
campo da linfologia. No entanto, Olof Rudbeck (1630-1708) da Suécia, um verdadeiro 
gênio científico, que dominou a botânica, química, física, matemática, astronomia, 
música, desenho, arquitetura e engenharia, e tornou-se o reitor da Faculdade de 
Upsala, foi provavelmente o primeiro anatomista a considerar corretamente a 
circulação linfática como um sistema integrado de todo o corpo (CHIKLY, 1998).
Nos últimos tempos, Leonetto Comparini realizou reconstruções tridimensionais 
dos vasos linfáticos do fígado, e Kari Alitalo descobriu o sistema de fator de crescimento 
linfático/receptor. Longe de uma compreensão completa de sua anatomia e função, o 
sistema linfático ainda precisa ser profundamente examinado (NATALE et al., 2017).
Em relação à drenagem linfática, de acordo com Giardini (1999), Emil Vodder 
(1896-1986), fisioterapeuta e biólogo dinamarquês e sua esposa Estrid Vodder, no ano 
de 1932, iniciaram seus estudos sobre o sistema linfático, dando origem à drenagem 
linfática manual (figura 3). Tal técnica baseou-se na longa experiência adquirida por 
Emil Vodder e sua esposa com técnicas de massagens em Cannes, Riviera Francesa. 
Eles observaram que muitas pessoas apresentavam quadros gripais crônicos nos 
quais se detectava um aumento dos linfonodos na região cervical. Obtiveram a 
melhora desses quadros com determinados tipos de movimento de estimulação 
física (massagem) realizados na região envolvida. A partir dessas observações, 
desenvolveu-se a técnica de drenagem linfática manual, com a sistematização de 
alguns tipos de movimentos e da orientação do sentido de drenagem (KURZ, 1997).
Em 1936, após profundos estudos e experiências, Dr. Vodder apresentou, em 
Paris (França), este novo e revolucionário método de massagem. Inicialmente, a técnica 
foi divulgada nos congressos de estética, sendo realizada por esteticistas,biólogos e 
outros profissionais adeptos. Nos últimos anos, com a incorporação da drenagem 
linfática manual como parte importante do tratamento do linfedema, os médicos 
passaram a estimular sua prática por parte de fisioterapeutas e outros profissionais 
afins, como terapeutas ocupacionais e enfermeiros (GODOY; GODOY, 2004).
Entre os médicos que iniciaram a utilização da técnica, destacam-se os trabalhos 
de Asdonk, em 1963, que incorporou a drenagem linfática como parte do tratamento 
médico, iniciando uma série de contribuições ao procedimento (PARTSCH, 2000).
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
12
Segundo Vinyes (2005), nos últimos anos de sua vida, Vodder cedeu a 
representação de seu método à escola de Walchsee, na Áustria e ao professor 
Foldi na Alemanha. A grande demanda de aprendizagem da drenagem linfática 
manual tem dado lugar a outras novas escolas que colocam em prática o método, 
compartilhando conceitos, simplificando e destacando o essencial da drenagem 
linfática manual, tornando-o mais compreensível e facilitando sua aprendizagem. 
Em meados de 1967, foi criada a Sociedade de Drenagem Linfática Manual, 
a qual, a partir de 1976, foi incorporada à Sociedade Alemã de Linfologia. Entre 
os principais grupos que utilizam a técnica estão: Földi, Leduc, Asley-Smith, 
Nieto, Ciucci, Beltramino, Mayall e outros. Devemos salientar que tais grupos 
acrescentaram suas contribuições individuais, principalmente no tratamento de 
pacientes portadores do linfedema, porém mantiveram os princípios preconizados 
por Vodder (GODOY; GODOY, 2004).
No Brasil, a esteticista Waldtraud Ritter Winter é a precursora da drenagem 
linfática manual Vodder. Ela fez o curso ministrado pelo próprio casal Estrid e Emil 
Vodder, na Alemanha, em 1969, na Escola de Estética Lise Stiébre. Após seu retorno 
ao Brasil, Waldtraud começou a colocar em prática seus novos conhecimentos em 
sua sala em um prédio comercial no centro de Belo Horizonte, onde tratava suas 
clientes de estética, incluindo a drenagem linfática em seus tratamentos. Ela pôde 
notar que suas clientes relaxavam com mais facilidade, conseguindo também 
resultados significativos no tratamento de stress e ansiedade (DEVILLA, s.d.).
FIGURA 3 – EMIL VODDER E SUA ESPOSA ESTRID
FONTE: <http://www.espacocorpocampinas.com/blog/estetica-corporal/conheca-a-origem-
da-drenagem-linfatica/>. Acesso em: 6 out. 2018. 
13
Neste tópico, você aprendeu que:
• A biossegurança consiste em ações de prevenção de doenças no ambiente de 
trabalho.
• A visão da biossegurança é ampla, sendo ela um conjunto de normas e 
procedimentos estipulados através de Normas Regulamentadoras (NRs) e 
legislações orientadas pela ANVISA, o Ministério da Saúde e do Trabalho, 
Fundação Oswaldo Cruz, entre outras instituições.
• Os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) são as máscaras que protegem 
da inalação de aerossóis, protetores oculares, jalecos que protegem de respingos, 
e as luvas que devem ser sempre usadas em procedimentos que entrem em 
contato com secreções, devendo ser descartadas após o uso. 
• Na cabine de estética ou na clínica, o esteticista deve estar atento à higienização 
de materiais e do ambiente que consiste em remover materiais estranhos como 
sujidades e matéria orgânica de superfícies e objetos.
• Hipócrates foi uma das primeiras pessoas que mencionou o sistema linfático.
• Emil Vodder e sua esposa Estrid Vodder, no ano de 1932, iniciaram seus 
estudos sobre o sistema linfático, dando origem à drenagem linfática manual.
• No Brasil, a esteticista Waldtraud Ritter Winter é a precursora da drenagem 
linfática manual Vodder.
RESUMO DO TÓPICO 1
14
1 As ações de biossegurança em saúde são primordiais para a promoção e 
manutenção do bem-estar e proteção à vida. A negligência quanto às normas de 
biossegurança nas clínicas de estética subestima a vulnerabilidade do ser humano 
às contaminações. Descreva os EPIs utilizados para o atendimento estético:
2 A descoberta do sistema linfático tem uma longa e fascinante história. Com 
relação ao histórico, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Desde antigamente todos os componentes do sistema linfático já foram 
descritos.
b) ( ) A esteticista Waldtraud Ritter Winter é a precursora da drenagem 
linfática manual Vodder, no mundo. 
c) ( ) A esteticista Waldtraud Ritter Winter é a inventora da drenagem linfática 
manual Vodder.
d) ( ) Os principais grupos que utilizam a técnica são: Földi, Leduc, Asley-
Smith, Nieto, Ciucci, Beltramino, Mayall e outros.
AUTOATIVIDADE
15
TÓPICO 2
HISTÓRICO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, quando falamos em drenagem linfática, é fundamental 
sabermos as funções, as estruturas, os conceitos, a fisiologia, a anatomia do sistema 
linfático, quais são fundamentais para a compreensão dessa e a aplicabilidade 
dos recursos estéticos. Por isso, é necessário aprofundar os estudos para que 
possa entendê-las e assim colocar em prática nos seus protocolos de atendimento.
Segundo Guirro e Guirro (2004), o sistema linfático está associado ao 
sistema sanguíneo, tanto anatomicamente quanto funcionalmente. Guyton 
e Hall (2006), relatam que o sistema linfático possui uma via em que os 
líquidos dos espaços intersticiais fluem para o sangue, independentemente 
do sangue transportar os materiais para as células, pois quem fará essa 
transmissão entre o sangue e o tecido é o sistema linfático. 
Para Goss (1988, p. 598.), “o sistema linfático é uma grande rede de 
capilares, que coletam a linfa nos variados órgãos e tecidos do organismo 
e a encaminham dos capilares linfáticos para a circulação sanguínea”.
2 ANATOMIA DO SISTEMA LINFÁTICO
O sistema linfático tem sua origem embrionária no mesoderma, 
desenvolvendo-se junto aos vasos sanguíneos. Durante a vida intrauterina, 
algumas modificações no desenvolvimento embrionário podem surgir, 
constituindo assim, características morfológicas pessoais, que variam entre 
os indivíduos (GARRIDO, 2000). Este sistema representa uma via auxiliar 
de drenagem do sistema venoso. Os líquidos provenientes do interstício são 
devolvidos ao sangue através da circulação linfática, que está intimamente ligada 
à circulação sanguínea e aos líquidos teciduais (RIBEIRO, 2004). 
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
16
De acordo com Guirro e Guirro (2004), o sistema linfático se assemelha ao 
sanguíneo, porém, existem diferenças entre esses dois sistemas, como ausência de 
um órgão bombeador no sistema linfático, além deste ser microvasculotissular. 
As artérias e veias do sistema de vasos sanguíneos formam uma circulação 
completa ou fechada, que é impulsionada pelo coração. O sistema de vasos 
linfáticos forma apenas uma meia circulação que se inicia cegamente no tecido 
conjuntivo e desemboca pouco antes do coração, nas veias. O fluxo linfático é 
impelido principalmente pela contração dos linfangions e também através das 
atividades musculares (HERPERTZ, 2006). 
É constituído de uma extensa rede de capilares e amplos vasos coletores, 
linfonodos e órgãos linfoides (linfonodo, tonsilas, baço e timo) (SPENCE, 1991). 
E tem como uma de suas funções, ação imunológica à ativação da resposta 
inflamatória e o controle de infecções. Através de sua simbiose com os vasos 
sanguíneos, regula o balanço do fluído tissular. Esse delicado balanço é possível 
pelo transporte unidirecional de proteínas do tecido para o sistema sanguíneo. 
Em conjunção com o trabalho dos vasos, o sistema linfático mantém o equilíbrio 
entre a filtração e a reabsorção dos fluídos tissulares (MILLER, 1994).
As moléculas de proteínas transportam oxigênio e nutrientes para as 
células dos tecidos, onde então removem seus resíduos metabólicos. Várias 
moléculas de proteínas que não conseguem ser transportadas pelo sistema 
venoso são retornadas ao sistemasanguíneo através do sistema linfático. 
Consequentemente, o líquido linfático se torna rico em proteínas, mas também 
transporta células adiposas, e outras macromoléculas. A circulação normal de 
proteínas requer um funcionamento adequado dos vasos linfáticos, caso contrário, 
os espaços intersticiais podem ficar congestionados (MILLER, 1994).
Veremos a seguir a topografia e as estruturas do sistema linfático.
2.1 TOPOGRAFIA DO SISTEMA LINFÁTICO
A linfa é recolhida por capilares próprios, mais irregulares que os 
sanguíneos. Esses capilares são tubos endoteliais que vão se anastomosando 
(unindo-se) cada vez mais, até formar coletores linfáticos maiores. Durante seu 
trajeto em direção ao sistema venoso central, os coletores linfáticos apresentam 
linfonodos interpostos, estes linfonodos, em forma e quantidade variável, podem 
estar presentes em grupos ou isolados. Entre os grupos, os principais são os 
cervicais, os axilares e os inguinais (Figura 4, 5, 6 e 7) (PITTA et al., 2003).
Os troncos coletores dos membros inferiores e pelve unem-se até formar 
os troncos lombares direito e esquerdo, estes troncos, juntamente com o tronco 
intestinal que traz a maior parte da linfa do sistema digestório terminam na 
cisterna do quilo, que é uma estrutura de forma variável, presente em cerca de 
54% dos indivíduos (Figura 6) (PITTA et al., 2003).
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
17
Quando presente, a cisterna do quilo está posteriormente à origem da artéria 
renal direita, ou muito próxima a ela, entre os pilares do diafragma, ou em alguns 
casos, junto ao pilar direito. O tronco intestinal pode ser único, duplo ou múltiplo e 
terminar na cisterna do quilo ou no tronco lombar esquerdo (PITTA et al., 2003).
 
De cada lado do tórax, desce um tronco intercostal, que termina diretamente 
no ducto torácico, sendo que o esquerdo frequentemente termina na cisterna do quilo.
Emergindo da cisterna do quilo em direção ao pescoço para terminar no 
ângulo entre as veias jugular interna e subclávia esquerda, temos o maior ducto 
linfático do corpo em calibre e em comprimento, que é o ducto torácico. Ao chegar 
ao pescoço, o ducto forma um arco antes de terminar no ângulo venoso, podendo 
também terminar na veia jugular interna esquerda. Essa terminação pode ocorrer de 
forma bastante variável, como um vaso único, em forma de plexo, de forma insular 
(quando o vaso se divide e depois se une novamente). O arco do ducto torácico pode 
ser facilmente lesado nesse ponto, durante procedimentos clínicos e cirúrgicos, como 
por exemplo, nas punções percutâneas da veia subclávia (PITTA et al., 2003).
A parte cervical do ducto torácico, normalmente recebe o tronco subclávio, 
que drena a linfa do membro superior esquerdo, o tronco jugular que recebe a linfa 
da metade esquerda da cabeça e pescoço e o tronco broncomediastínico, que drena 
a linfa da metade esquerda do tórax. Os homônimos dos três troncos mencionados, 
no lado direito, drenam para o ducto linfático direito (Figura 4) (PITTA et al., 
2003). Portanto, fica fácil imaginar que o território de drenagem do ducto torácico 
corresponde aos membros inferiores (Figura 8 e 9), todo abdome, metade esquerda 
do tórax, da cabeça e do pescoço e membro superior esquerdo (PITTA et al., 2003).
FIGURA 4 – VASOS LINFÁTICOS E LINFONODOS CERVICAIS
FONTE: Netter (2008)
Linfonodos parotídeos superfíciais
(linfonodos parotídeos profundos
na profundidade dacarótida)
Linfonodo subparotídeo
Linfonodos faciais
(linfonodos bucais)
Linfonodos mandibular
e submandibular
Linfonodos submentais
Linfonodo supra-hióiedo
Linfonodos tireóideos superiores
Linfonodos cervicais profundos
anteriores (pré-traqueias e tireóideos)
(profundamente aos músculos)
Linfonodos cervicais superficiais
anteriores (linfonodos jugulares
anteriores)
Linfonodo júgulo-omo-hióideo
Ducto torácico
Tronco subclávio e linfonodo
da cadeia subclávia
Tronco jugular
Cadeia de linfonodos
cervicais transversos
Linfonodo cervical profundo
inferior (escalênico)
Cadeia jugular interna de linfonodos
(linfonodos cervicais laterais profundos)
Linfonodo intermediário
Linfonodos laterais profundos
(linfonodos acessórios espinhais)
Linfonodo jugulodigástrico
Linfonodo jugular externo
(linfonodo cervical
superficial lateral)
Linfonodos
esternocleidomastóideos
Linfonodos occipitais
Linfonodos mastóides
Vasos Linfáticos e Linfonodos das Regiões Oral e Faringea
Linfonodos supraclaviculares
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
18
FIGURA 5 – VASOS LINFÁTICOS E LINFONODOS DO MEMBRO SUPERIOR
FONTE: Netter (2008)
Vasos Linfáticos e Linfonodos do Membro Superior
Linfonodo deltopeitoral
Linfonodos axilares (junto à veia axilar)
Veia cefálica
Veia basílica
Veia cubital intermédia (mediana)
Veia cefálica
Veia basílica
Linfonodos cubitais
Nota: as setas indicam a
direção da drenagem
FIGURA 6 – VASOS LINFÁTICOS E LINFONODOS DA PAREDE ABDOMINAL POSTERIOR
FONTE: Netter (2008)
Vasos Linfáticos e Linfonodos da Parede Abdominal Posterior
Tronco jugular direito
Tronco subclávio direito
Tronco broncomediastinal direito
Linfonodos traquibronquiais
Ducto torácico
Linfonodos frênicos inferiores
Cisterna do quilo
Tronco intestinal
Tronco lombar direito
Linfonodo mesentérico
inferior (parte dos
linfonodos pré-aórticos)
Linfonodos ilíacos comuns
Linfonodos sacrais laterais
Linfonodos epigástrico inferior
Linfonodos inguinais
profundos
Linfonodo de Cloquet ou
Rosenmüller (mais superior
linfonodo inguinal profundo)
Linfonodos sacrais medianos
Linfonodos ilíacos externos
Linfonodos inguinais superficiais
(grupos epigástrico superficial,
pudendo externo, circunflexo ilíaco
superficial e safeno magno)
Linfonodos ilíacos internos
Linfonodos mediastinais
Linfonodos intercostais
Ducto torácico
Tronco jugular esquerdo
Tronco subclávio esquerdo
Tronco broncomediastinal esquerdo
Linfonodos lombares
(linfonodos aórticos laterais)
Linfonodos celíacos (parte
dos linfonodos pré-aórticos)
Linfonodos mesentéricos superiores 
(parte dos linfonodos pré-aórticos)
Tronco lombar esquerdo
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
19
FIGURA 7 – VASOS LINFÁTICOS E LINFONODOS DA REGIÃO INGUINAL
FONTE: Netter (2008)
Vasos Linfáticos e Linfonodos do Membro Inferior
Nervo femoral
Ligamento inguinal
(de Poupart)
Ducto (vas) deferente
Bainha femoral
Canal femoral (aberto)
Artéria e veia temporais Veia safena magna
Linfonodos inguinais
profundos
Ligamento lacunar
(de Gimbernat)
Anel femoral
Linfonodos ilíacos externos
Região Inguinal
FIGURA 8 – VASOS LINFÁTICOS E LINFONODOS DO MEMBRO INFERIOR, VISTA ANTERIOR
FONTE: Netter (2008)
Vasos Linfáticos e Linfonodos do Membro Inferior
Fáscialata
Fáscia crural
Veia safena magna
Vasos linfáticos superficiais
Veia safena magna
Linfonodos inguinais
superficiais (grupo vertical)
Fáscia crivosa sobre a fossa oval
Linfonodos inguinais superficiais
(grupo horizontal)
Vista Anterior
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
20
FIGURA 9 – VASOS LINFÁTICOS E LINFONODOS DO MEMBRO INFERIOR, VISTA POSTERIOR
FONTE: Netter (2008)
Vasos Linfáticos e Linofodos do Membro Inferior
Veia poplítea
Linfonodos poplíteos
Veia safena parva
Vista Posterior
Durante seu trajeto, o sistema linfático apresenta reconhecidas 
comunicações com o sistema venoso, denominadas de comunicações linfático – 
venosas essas comunicações, se fecham ao nascimento, mas podem se recanalizar, 
no caso de obstrução patológica ao fluxo, ou necessidade de ligadura na parte 
cervical do ducto torácico, alguns vasos linfáticos podem terminar diretamente 
em veias (PITTA et al., 2003).
2.1.1 A linfa – transporte e circulação
Segundo Guyton e Hall (2002), a linfa é um líquido transparente,esbranquiçado (algumas vezes amarelado ou rosado), alcalino e de sabor salgado, 
derivada do líquido intersticial que flui para os vasos linfáticos. Cerca de dois 
terços de toda a linfa derivam do fígado e do intestino, e ao se misturarem no 
ducto torácico com o restante da linfa de outras partes do corpo, possuem em 
geral uma concentração de proteínas de 3 a 5 g/dL. Cerca de 100 mililitros de linfa 
fluem por hora pelo canal torácico no humano em repouso, e aproximadamente 
outros 20 mililitros fluem para circulação a cada hora através de outros canais, 
perfazendo o total de intensidade de fluxo de linfa estimado em cerca de 120 
mL/h, isto é, 2 a 3 litros por dia. 
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
21
A intensidade do fluxo da linfa é determinada pelo produto da pressão 
do líquido intersticial pela atividade da bomba linfática, e é relativamente lento, 
aproximadamente três litros de linfa penetram no sistema cardiovascular em 24 
horas. Esse fluxo é lento porque, ao contrário do sistema cardiovascular, o sistema 
linfático para fluir depende de forças externas e internas ao organismo, tais como: 
• A força da gravidade.
• As contrações musculares (movimentos corporais): o aumento da pressão 
força uma maior quantidade de líquido para dentro dos capilares linfáticos, 
modificando a pressão interna do capilar, desencadeando uma sequência de 
contrações, que também serão transmitidas para segmentos subsequentes. A 
intensa atividade muscular eleva também a temperatura da região, levando 
a um aumento das contrações da musculatura lisa dos capilares linfáticos. O 
sistema muscular é o grande impulsionador da linfa nos membros, pois no 
momento da contração muscular, os troncos linfáticos são comprimidos pelos 
músculos que os cercam e, graças ao sistema valvular, a movimentação da linfa 
é enormemente aumentada.
• A pulsação das artérias próximas aos vasos: Os vasos linfáticos se encontram 
quase sempre nas proximidades dos vasos sanguíneos, de modo que a 
pulsação das grandes artérias repercute também nos vasos linfáticos, fatos este 
coadjuvante na motricidade dos vasos linfáticos.
• O peristaltismo visceral (movimento dos órgãos).
• Os movimentos respiratórios: a respiração provoca uma mudança de pressão 
na caixa torácica, quando, na inspiração, se dilata e seu volume aumenta 
consideravelmente pela descida do diafragma, mudanças pelas quais estão 
acompanhadas por uma pressão negativa em relação à pressão atmosférica. 
Assim, o vácuo parcial que se forma na caixa torácica não somente impele o 
ar para dentro dos pulmões, como também facilita o avanço do fluxo linfático 
agindo sobre os canais torácicos direito e esquerdos e sobre os troncos linfáticos 
do tórax (CUNHA; BORDINHON, 2004).
A linfa absorvida nos capilares linfáticos é transportada para os vasos pré-
coletores, passando através de vários linfonodos, sendo aí filtrada e recolocada na 
circulação até atingir os vasos sanguíneos (Figura 10). Toda linfa do organismo 
acaba retornado ao sistema vascular sanguíneo através de dois grandes troncos: 
o ducto torácico e ducto linfático direito (GUIRRO; GUIRRO, 2002).
Sua composição é semelhante à do sangue, mas não possui hemácias, apesar 
de conter glóbulos brancos dos quais 99% são linfócitos. No sangue, os linfócitos 
representam cerca de 50% do total de glóbulos brancos. A linfa é transportada 
pelos vasos linfáticos em sentido unidirecional e filtrada nos linfonodos (também 
conhecidos como nódulos linfáticos ou gânglios linfáticos). Após a filtragem é 
lançada no sangue, desembocando nas grandes veias torácicas (CAMARGO, 2000).
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
22
O sistema linfático é também uma das principais vias de absorção 
de nutrientes vindos do trato gastrintestinal, em especial para absorção de 
praticamente todos os lipídeos dos alimentos (GUYTON; HALL, 2011). Portanto, 
a linfa desempenha importante papel no transporte de substâncias no organismo, 
ajuda a eliminar o excesso de líquido e produtos que deixaram a corrente 
sanguínea, tendo ação imunológica rica em anticorpos. Porém, mesmo grandes 
partículas, como bactérias, podem passar através das células endoteliais e entrar 
nos capilares linfáticos e desse modo chegar à linfa. À medida que a linfa passa 
pelos linfonodos, essas partículas são quase inteiramente removidas e destruídas 
(GUYTON; HALL, 2011). 
Quando o sistema circulatório e/ou linfático não cumpre corretamente 
suas funções, o corpo fica sobrecarregado por excesso de líquido que não 
consegue absorver. Na maioria dos casos, esse fenômeno se traduz por sintomas 
como celulite, retenção de líquidos, peso nas pernas e aparecimento de edema, 
mais conhecido como linfedema (CUNHA; BORDINHON, 2004).
FIGURA 10 – ESQUEMA CIRCULAÇÃO LINFÁTICA (LINFONODO)
FONTE: Netter (2008)
Linfonodo
Fluxo linfático
Fluxo linfático
Seio
Nódulo
Vaso
linfático
eferente
Vaso
linfático
aferente
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
23
3 VIAS LINFÁTICAS
As vias linfáticas são compostas de capilares, vasos e troncos. 
A rede linfática tem seu início nos capilares linfáticos, formando 
verdadeiros plexos que se entrelaçam com os capilares sanguíneos. Através dos 
vasos pré-coletores e coletores, a linfa prossegue até chegar ao canal linfático 
direito e ao ducto torácico, que desembocam na junção das veias subclávia e 
jugular interna (Figura 11) (CAMARGO, 2000).
Os capilares linfáticos possuem um endotélio mais delgado em relação 
ao sanguíneo. Suas células endoteliais sobrepõem-se em escamas, formando 
microválvulas que se tornam pérvias, permitindo sua abertura ou fechamento, 
conforme o afrouxamento ou a tração dos filamentos de proteção. Quando tracionados 
(conforme a pressão ou a movimentação dos tecidos), os filamentos permitem a 
penetração de água, partículas, pequenas células e moléculas de proteínas no interior 
do capilar, iniciando então a formação da linfa. O refluxo linfático não ocorre devido 
ao fechamento das microválvulas linfáticas (GARRIDO, 2000).
A rede capilar linfática é rica em anastomoses, sobretudo na pele, 
onde os capilares linfáticos estão dispostos de forma superficial e profunda, 
em relação à rede capilar sanguínea. O mesmo não ocorre nos vasos e ductos 
linfáticos. Nos capilares linfáticos, os espaços intercelulares são bem mais 
amplos, possuindo "fendas" entre as células parietais, permitindo que as trocas 
líquidas entre o interstício e o capilar linfático se façam com extrema facilidade 
não só de dentro para fora, como de fora para dentro do vaso (DUQUE, 2000).
Os vasos pré-coletores possuem uma estrutura bastante semelhante ao 
capilar linfático, sendo o endotélio coberto internamente por tecido conjuntivo, onde, 
em alguns pontos se prolongam juntamente com as células epiteliais, formando as 
válvulas que direcionam o fluxo da linfa. Suas estruturas são fortalecidas por fibras 
colágenas, e através de elementos elásticos e musculares, possuem também as 
propriedades de alongamento e contratilidade (CAMARGO, 2000). 
Os vasos ou coletores linfáticos correm longo percurso sem se anastomosar. 
Entretanto, em condições patológicas, as comunicações anastomóticas existem 
como vias alternativas de fluxo linfático. O vaso linfático quer superficial ou 
profundo, possui numerosas valvas bivalvulares, sendo os espaços compreendidos 
entre cada válvula chamada de linfangion (GARRIDO, 2000). 
Esses vasos são de maior calibre possuindo estrutura semelhante à das 
grandes veias. Na constituição do vaso linfático estão três camadas: íntima, 
média e adventícia. 
 
A túnica íntima é a mais interna, apresentando um revestimento endotelial 
e um retículo delicado, com fibras elásticas dispostas longitudinalmente. Seu 
lúmen possui projeções internas formando as várias válvulas.
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
24
A túnica média envolvea íntima, sendo composta de três a seis camadas 
de células de musculatura lisa arranjadas em espiral, circularmente, com 
algumas fibras dispostas no sentido longitudinal do vaso. Ela é responsável 
pela contratilidade do vaso e consequente propulsão da linfa. 
A túnica adventícia é a mais externa e espessa, sendo formada por 
fibras colágenas longitudinais, entre as quais existem fibras elásticas e feixes 
de musculatura. Possui também tecido conjuntivo, terminações nervosas e a 
vasa vasorum (que são pequenos vasos sanguíneos que servem para sua nutrição). 
Os vasos linfáticos assim constituídos são chamados de coletores linfáticos pré 
ou pós-nodais, conforme a sua relação com os linfonodos, sendo os pré-nodais 
linfáticos aferentes e, os pós-nodais, eferentes (CAMARGO, 2000).
Os troncos linfáticos, ou coletores terminais são vasos de maior calibre 
que recebem o fluxo linfático, e compreendem os vasos linfáticos lombares, 
intestinais, mediastinais, subclávios, jugulares e descendentes intercostais. A 
união dos troncos intestinais, lombares e intercostais forma o ducto torácico. 
FONTE: <https://portalteses.icict.fiocruz.br/transf.php?script=thes_chap&id=00004704&l-
ng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 4 out. 2018.
O ducto torácico recebe a linfa dos membros inferiores e dos órgãos 
abdominais. Dirige-se na direção pescoço – diafragma, sobe pelo tórax adiante 
da coluna vertebral, na altura da clavícula faz uma curva para o lado esquerdo, 
passando próximo à artéria carótida esquerda, do nervo vago e da veia jugular 
interna, inclina-se para baixo para desembocar no ângulo venoso esquerdo (junção 
da veia subclávia esquerda com a veia jugular esquerda) e recebe a linfa do ducto 
linfático esquerdo. O ducto esquerdo é formado pela junção do tronco jugular 
esquerdo, que traz a linfa da parte esquerda da cabeça, com o tronco subclávio 
esquerdo, provindo do braço esquerdo. Os dois troncos reúnem-se pouco antes 
de penetrarem no ducto torácico. O ducto direito consiste na junção do tronco 
jugular direito com os troncos subclávio direito e branco mediastinal ascendente, 
que traz a linfa da parte superior do tórax direito. A junção dos três troncos dá-se 
próxima à clavícula (CUNHA; BORDINHON, 2004).
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
25
FIGURA 11 – SISTEMA LINFÁTICO
FONTE: Netter (2008)
4 LINFONODOS
O linfonodo consiste em um aglomerado de tecido retículo-endotelial 
revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo. Desempenha importante papel 
imunológico, através da filtração da linfa proveniente dos vasos linfáticos e da 
produção de células linfoides e reticulares, que realizam a defesa do organismo 
através da fagocitose e da pinocitose. Variam em tamanho, forma e cor. Cada 
linfonodo apresenta um hilo que corresponde ao local de emergência, não 
apenas do vaso linfático, como da veia linfonodal, que acompanha a artéria e se 
destina ao suprimento sanguíneo para o linfonodo. A conexão entre o sistema 
linfático e o venoso é possível através da veia de drenagem do linfonodo 
Vasos linfáticos
profundos
Vasos
linfáticos
superfíciais
Linfonodos
popliteos profundos
Linfonodos
inguinais profundos
Linfonodos
popíteos
superfíciais
Linfonodos
inguinais
superfíciais
Veia Válvula
linfátiva
Linfonodo
Folículo
Vasos linfáticos eferentes (drenam
os linfonodos, conduzindo a linfa para
linfonodos ou ductos secundários)
B. Illustração esquemática
Para o
ducto
torácico
Artéria
Leito
capilarFluxo
linfáticoLinfonodos
cubitais
Vasos
linfáticos
profundos
Linfonodos
axilares
centrais e
posteriores
V, subclávia
direita
Ducto linfático direito
Área de drenagem
para o ducto linfático
direito (rosa)
Linfonodos cervicais
profundos
Área de drenagem
para o ducto torácico (cinza)
Linfonodos
iliacos
Válvula
linfátiva
TrabéculasLinfonodoslombrares
(cavais/aórticos)
Cisterna do quilo
Linfonodos
cubitais
(supratocleares)
Líquido
intersticial
Vaso linfático
aferente (para
o linfonodo)
Células
dos tecidos
Arteríola
Fluxo
sanguíneo
Capilares
linfáticos
Vasos linfáticos
superfíciais
Ducto torácico
Vênula
Ducto torácico
V, subclávia
esquerda
Fluxo
sanguíneo
V, jugular
interna esquerda
Linfonodos cervicais
superfíciais
Linfonodos aulares
anteriores
Linfonodos mediastenais 
posteriores
Veias
Superfíciais
Superfíciais
Profundas
Profundas
Vasos linfáticos e linfonodos
Vasos
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
26
(Figura 12). O número de linfonodos varia entre as regiões e os indivíduos, 
e seu volume também é variável, ocorrendo um importante aumento com a 
idade, em decorrência dos processos patológicos ou agressões que a área de 
drenagem tenha sofrido (BERGMANN, 2000).
Os linfonodos recebem de três a oito vasos linfáticos aferentes, saindo 
apenas um vaso linfático eferente. O número de vasos linfáticos, após a 
conexão com os linfonodos, diminui sensivelmente, porém seu calibre pouco 
se modifica, devido às conexões linfovenosas existentes, por onde ocorre a 
passagem gradual do fluxo linfático para o venoso (BERGMANN, 2000).
Os vasos linfáticos vão em direção à raiz dos membros, formando o 
grupo de linfonodos axilares e inguinais. Nas regiões do cotovelo e joelho, 
algumas vezes, existem pequenos linfonodos (de 1 a 3). Nos linfocentros, 
estão os linfonodos de maior importância, sendo que na região cervical eles se 
dispõem em cadeias (BERGMANN, 2000).
FONTE: <https://portalteses.icict.fiocruz.br/transf.php?script=thes_chap&id=00004704&lng=p-
t&nrm=iso>. Acesso em: 5 out. 2018.
Os linfonodos armazenam células brancas (linfócitos) que têm efeito 
bactericida, ou seja, são células que combatem infecções e doenças. Quando ocorre uma 
infecção, podem aumentar de tamanho e ficar doloridos enquanto estão reagindo aos 
microrganismos invasores. Eles também liberam os linfócitos para a corrente sanguínea. 
O termo popular “íngua” refere-se ao aparecimento de um nódulo doloroso. Quando 
uma parte do corpo fica infeccionada ou inflamada, os linfonodos mais próximos se 
tornam dilatados e sensíveis. Existem cerca de 400 gânglios no homem, dos quais 160 
encontram-se na região do pescoço (AULA DE ANATOMIA, 2001).
FIGURA 12 – LINFONODO
FONTE: <https://histologiaufam.wordpress.com/2016/04/21/tecido-linfoide-ii/>.
Acesso em: 6 out. 2018.
Trabécula
Seio trabecular
Leito capilar
Vênulas pós-capilares
Seio subcasular
Veia
Artéria
Vasos linfáticos
eferentes
Linfa
Sangue arterial
Linfa
Sangue venoso
Seio da medula
Medula
Córtex
Nódulo linfático
Cápsula
Paracórtex
Seio subcapsular
Vasos linfáticos aferentes
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
27
Para compreender melhor essa ação imunológica, veremos em seguida as 
principais células responsáveis por esse mecanismo de defesa.
Macrófagos: os monócitos constituem de 3% a 8% dos leucócitos circulantes 
e, no tecido conjuntivo ou parênquima de órgãos, dão origem a macrófagos e 
células dendríticas mieloides (ABBAS; LICHTMAN, 2003). Eles têm capacidade 
de fagocitose, podendo ingerir até 100 bactérias antes de eles mesmos morrerem, o 
que os tornam também importantes na eliminação de tecidos necrosados (Figura 
13) (ADA, 2001). Os macrófagos podem permanecer no tecido por meses e anos, 
atuando como verdadeiras sentinelas. Na inflamação, os macrófagos atuam 
como células apresentadoras de antígenos (APCs), potencializando a ativação 
de Linfócitos T e Linfócitos B pela expressão de moléculas coestimuladoras, e 
liberam citocinas pro-inflamatórias e quimiocinas (ABBAS; LICHTMAN, 2003).
FIGURA 13 – MACRÓFAGOS FAGOCITANDO ANTÍGENO
FONTE: <http://mural.uv.es/monavi/disco/segundo/histologia/Tema25.pdf>.
Acesso em: 6 out. 2018.
Linfócitos: são um tipo de glóbulo branco do sangue, constituindo 99% 
dos glóbulos brancos presentes na linfa. Produzem anticorpospara defender o 
organismo de infecções. Tal como outros tipos de células sanguíneas, os linfócitos 
se desenvolvem na medula óssea e se deslocam no sistema linfático (ADA, 2001). 
Células tronco da medula óssea dão origem às células progenitoras mieloides e 
linfoides. Os progenitores linfoides, por sua vez, dão origem aos linfócitos T, B e 
células Natural Killers (NK) (MESQUITA et al., 2010).
Células T: As células que vão se diferenciar em linfócitos T (LT) deixam 
a medula óssea e migram para o timo, onde ocorre todo o processo de seleção e 
maturação. Apenas os linfócitos T maduros deixam o timo e caem na circulação 
(Figura 14) (MESQUITA et al., 2010). Sua função é a de reconhecer e destruir células 
anormais do corpo (por exemplo, as células infectadas por vírus). Os linfócitos T 
aprendem como diferenciar o que é próprio do organismo do que não é ainda no 
timo. Os linfócitos T maduros deixam o timo e entram no sistema linfático, onde 
eles atuam como parte do sistema imune de vigilância (ADA, 2001).
Linfocito T
Receptor
de célula T
Fragmento
de antígeno
Linfocito T
Antígeno Receptor
de célula T
Célula processadora de antígenos (macrófago)
Fragmento de antígeno
adherido a moléculas
del complejo mayor
de histocompatibilidad
1 2 3 4 5
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
28
Células B: os Linfócitos B são inicialmente produzidos no saco vitelino, 
posteriormente, durante a vida fetal, no fígado e, finalmente, na medula óssea. 
As células que vão se diferenciar em linfócitos B permanecem na medula óssea 
durante sua maturação e os linfócitos B maduros deixam a medula e entram 
na circulação, migrando para os órgãos linfoides secundários (Figuras 14 e 15) 
(ABBAS et al., 2007; RUDIM; THOMPSON, 1998; JANEWAY et al., 2002).
As células B reconhecem células e materiais ‘estranhos’ (como bactérias 
que invadiram o corpo). Quando essas células entram em contato com uma 
proteína estranha (por exemplo, na superfície das bactérias), elas produzem 
anticorpos que ‘aderem’ à superfície da célula estranha e provocam sua destruição. 
Derivados de uma célula-tronco (célula-mãe) da medula óssea e amadurecem até 
se transformarem em plasmócitos, os quais secretam anticorpos (ADA, 2001). As 
moléculas responsáveis pelo reconhecimento de antígenos nos linfócitos B são as 
imunoglobulinas de membrana, IgM e IgD (ABBAS et al., 2007).
O quadro a seguir demonstra as diferentes propriedades dos linfócitos B e T.
QUADRO 1 – PROPRIEDADE DOS LINFÓCITOS B E Tt
FONTE: <http://www.scielo.br/pdf/rbme/v5n3/10.pdf>. Acesso em: 6 out. 2018.
PROPRIEDADES DOS LINFÓCITOS B E T
Propriedades Linfócito B Linfócito T
Local de diferenciação Medula óssea Timo
Resposta após a união ao 
antígeno (agente agressor)
Aumenta de tamanho e se 
multiplica repetidamente para 
produzir células plasmáticas, 
que liberam anticorpos 
específicos.
Aumenta de tamanho e se 
multiplica repetidamente, 
liberando citocinas.
Produção de anticorpos
Sintetiza e libera anticorpos 
específicos.
Estimula os linfócitos B 
para produzir anticorpos 
específicos.
Tipo de imunidade Produzida Mediada por anticorpos. Mediada por células.
Fator que influi na resposta ao 
antígeno Macrófagos e linfócitos T. Macrófagos.
Funções Básicas Liberação de anticorpos 
específicos (imunoglobulinas).
• Secreção de toxinas 
específicas.
• Estimula a produção de 
anticorpos específicos por 
células B.
• Estimula a atividade 
fagocítica dos 
macrófagos.
• Produz a imunidade 
mediada por células.
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
29
Todos os linfócitos passam por complexos estágios de maturação, durante 
os quais eles expressam receptores de antígenos e adquirem as características 
funcionais e fenotípicas de células maduras (Figura 14). Os locais anatômicos onde 
ocorrem os principais passos no desenvolvimento do linfócito são chamados de 
órgãos linfoides geradores. Estes incluem a medula óssea, onde precursores de 
todos os linfócitos surgem e as células B amadurecem, e o timo, onde as células T 
amadurecem. Estas células B e T maduras são chamadas de linfócitos imaturos. 
Os linfócitos imaturos são funcionalmeante quiescentes, mas, após ativação pelo 
antígeno (Figura 15), eles proliferam e sofrem dramáticas alterações na atividade 
fenotípica e funcional (MESQUITA et al., 2010).
FIGURA 14 - MATURAÇÃO DOS LINFÓCITOS
FONTE: <http://www.guiadoestudantefree.com/2017/09/>. Acesso em: 6 out. 2018.
Os linfócitos se desenvolvem a partir de células-tronco da medula óssea, 
amadurecem nos órgãos linfoides geradores (medula óssea e timo para células B e T, 
respectivamente) e, então, circulam através do sangue aos órgãos linfoides secundários 
(linfonodos, baço e tecidos linfoides regionais, tais como tecidos linfoides associados à 
mucosa). As células T completamente maduras deixam o timo, mas as células B imaturas 
deixam a medula óssea e completam seu amadurecimento nos órgãos linfoides secundários. 
Os linfócitos imaturos podem responder aos antígenos estranhos nestes tecidos linfoides 
secundários ou retornar pela drenagem linfática ao sangue e recircular através de outros 
órgãos linfoides secundários.
DICAS
Thymus
T
lymphocyte
lineage
Common
lymphoid
precursor
Bone marrow
Mature naive
T lymphocytes Mature naive
T lymphocytes
Recirculation
Immature
B lymphocytes
Recirculation
B
lymphocyte
lineage
Mature
B lymphocytes
Generative
lymphoid organs
Blood,
lymph
Peripheral
lymphoid organs
Lymph
nodes
Spleen
Mucosal and
cutaneous
lymphoid
tissues
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
30
FIGURA 15 – ETAPAS NA ATIVAÇÃO DO LINFÓCITO
FONTE: <http://www.guiadoestudantefree.com/2017/09/>. Acesso em: 6 out. 2018.
As células T imaturas que emergem do timo e as células B imaturas que emergem 
da medula óssea migram para órgãos secundários linfoides, incluindo linfonodos e baço. 
Nestas localizações, as células B completam sua maturação; células B e T imaturas ativadas 
pelos antígenos se diferenciam em linfócitos efetores e de memória. Alguns linfócitos efetores 
e de memória migram para tecidos periféricos, locais de infecção. Anticorpos secretados 
pelas células B efetoras nos linfonodos, no baço e na medula óssea (não mostrados) entram 
no sangue e são distribuídos aos locais de infecção.
DICAS
Células NK: ambos os linfócitos T e B desempenham papel importante no 
reconhecimento e destruição de organismos infecciosos como bactérias e vírus. As 
células assassinas naturais (do inglês, Natural Killers), discretamente maiores que 
os linfócitos T e B, são assim denominadas por matarem determinados micróbios 
e células cancerosas (Figura 16). O “natural” de seu nome indica que elas estão 
prontas para destruir uma variedade de células-alvo assim que são formadas, 
em vez de exigirem a maturação e o processo educativo que os linfócitos B e T 
necessitam. As células assassinas naturais também produzem algumas citocinas, 
substâncias mensageiras que regulam algumas das funções dos linfócitos T, dos 
linfócitos B e dos macrófagos (ADA, 2001).
Células B
imaturas
Mucosa/
pele
Baço
Linfonodo
Linfócitos T
efetores e
anticorpos
Células
T ima-
turas
Órgãos linfoides
secundários (periféricos)
Migração de células
efetoras e distribuição
sanguínea de anticorpos
aos locais de infeccção
Coleta de
antígenos
via sangue
Ativação de
linfócitos e início
das respostas
imunes adaptativas 
Coleta de
antígenos
dos tecidos
via linfa
Entrada de agentes
infecciosos e/ou
antígeneos
ambientais
Antígenos/
microrganismos
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
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FIGURA 16 – CÉLULA NK AGINDO SOBRE CÉLULAS CANCEROSAS E INFECTADAS
FONTE: <https://slideplayer.com.br/slide/10853828/>. Acesso em: 6 out. 2018.
5 ÓRGÃOS LINFÁTICOS
Como já vimos, o sistema linfático

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