Instituto Federal de Educação

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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba
Coordenação do Curso de Letras a Distância
Componente curricular: Literatura Portuguesa II
Professor: Antônio Rodrigues                          
Aluno: Adriana Maria da Silva Barbosa __Polo João Pessoa 
     
   REPOSIÇÃO DA AVALIAÇÃO ON-LINE - LITERATURA PORTUGUESA II (2002.2)1.       Comente, em no máximo dez linhas,  a seguinte afirmação sobre o simbolismo português( 3 pontos):
1. “O Simbolismo começa por ser a negação das tendências realistas em Arte”.
 O Simbolismo português está relacionado ao mundo subjetivo dos autores marcados pelo pessimismo, desilusão, uma linguagem com sentido fluida, imprecisa, o uso de figuras de linguagem, que passava a de misturas de sensações, nos seus versos poéticos repetições de sons consonantais e vocálicos, tem todo um contexto que nos leva ao misticismo, ao mistério, em suas obras, tem uma visão de religiosidade transcendente e tudo envolvendo metáforas e comparações. Essa subjetividade não pode ser vista com negação as tendências realistas. pois conforme bem destaca Moisés (2001) é preciso que: Entenda-se, porém, que tudo isso constituem forças estimuladoras da atmosfera literária em que António Nobre se formou, e não influência despersonalizadora: o poeta só aceitava os estímulos externos que lhe correspondiam às mais íntimas propensões de romântico por natureza e sensibilidade. 
2. Leia atentamente o texto abaixo.
 “Florbela surge na mediação entre o Orfismo(1915) primeiro movimento português moderno propriamente dito- e o Presencismo(1927). Nascida no final do século XIX, surgiu num momento em que a poesia feminina era considerada como “mera prenda doméstica, sem nenhum conhecimento da tradição poética e sem nenhuma finalidade artística”. Tal era a tônica da crítica literária em torno de sua obra poética, vista sob o signo de uma lírica ingênua, rotulada de “sorriso da sociedade”, em moda de salões e revistas culturais da época”.
 
- Destoando  do consenso da crítica literária da época sobre a poesia de Florberla Espanca, o crítico José Régio caracteriza a obra da poeta portuguesa como “ uma literatura viva”. Produza um pequeno texto, elencando os principais argumentos do crítico português para valorização da poesia florbeliana( 4 pontos).
  José Régio nos traz essas reflexões sobre a poeta Florbela através dos seus poemas vai em buscar da sua identidade ao mesmo tempo transborda de amor a si mesma, que estão bem representados nos seus sonetos e vai sempre em busca do pretexto de ser amada, eu lírico na poesia, contempla á dor á solidão, á saudade. Florbela transborda o limite de sua personalidade tinha uma postura de independência e questionadora, a autora viveu entre o simbolismo e o modernismo.
3. Menino e Moço (António Nobre) 
Tombou da haste a flor da minha infância alada.
Murchou na jarra de oiro o pudico jasmim:
Voou aos altos Céus a pomba enamorada
Que dantes estendia as asas sobre mim. 
Julguei que fosse eterna a luz dessa alvorada,
E que era sempre dia, e nunca tinha fim
Essa visão de luar que vivia encantada,
Num castelo com torres de marfim!
 
Mas, hoje, as pombas de oiro, aves da minha infância,
Que me enchiam de Lua o coração, outrora,
Partiram e no Céu evolam-se, a distância! 
Debalde clamo e choro, erguendo aos céus meus ais:
 Voltam na asa do Vento os ais que a alma chora,
Elas, porém, senhor! Elas não voltam mais... 
Identifique no poema acima duas características do Simbolismo português e comente-as.(3 PONTOS)
Mas, hoje, as pombas de oiro, aves da minha infância,
Que me enchiam de Lua o coração, outrora,
Partiram e no Céu evolam-se, a distância!
 Nesse momento o autor relembrar a sua infância onde as “pombas de ouro”, faziam parte da sua vida, está relacionado a sua infância onde ele vivia na sua inocência feliz e que tinha todo um sentimento envolvido de amor e que um certo dia ele teve que partir para um lugar distante dos seus entes queridos. Nesse momento tem todo um simbolismo diante da vida.
Debalde clamo e choro, erguendo aos céus meus ais:
 Voltam na asa do Vento os ais que a alma chora,
Elas, porém, senhor! Elas não voltam mais...
 Nesse momento da vida já moço a um clamor e choro um apelo ao passado, quando ele está de volta a sua terra natal, há um arrependimento de ter indo embora, como se ele quiser resgatar o tempo ela, porém, senhor! A vida não volta mais... Há toda uma melancolia diante da vida.