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CONTENTS Introdução Princípios Básicos O MITO DA ALMA GÊMEA A REGRA CARDINAL DOS RELACIONAMENTOS DA VERDADE AO PODER A DINÂMICA DO DESEJO IMAGINÇÃO ESQUEMAS DE ENCONTROS AMORTECEDORES COMPENSAÇÃO ALFA DEFININDO ALFA A ORIGEM DO ALFA O ALFA CONTEXTUAL Teoria dos Pratos TEORIA DOS PRATOS I: Abundância e Escassez TEORIA DOS PRATOS II: Não-Exclusividade TEORIA DOS PRATOS III: Transição TEORIA DOS PRATOS IV: Monogamia Como Objetivo TEORIA DOS PRATOS V: O Jogo das Senhoritas TEORIA DOS PRATOS VI: Escassez e Abundância Conectado PATETA MÉDIO FRUSTRADO JOGANDO COMO AMIGOS DISPENSANDO OS AMIGOS INVISÍVEIS ENTRA O CAVALEIRO BRANCO O SISTEMA DE HONRA O ESQUEMA DO SALVADOR AMIZADE INTERGÊNERO Desconectando DISSIPANDO A MÁGICA CRISE DE IDENTIDADE GAROTAS DOS SONHOS E CRIANÇAS COM DINAMITE MATE O BETA APRECIAÇÃO MATADORAS DE SONHOS TENHA UM ESTILO OS 5 ESTÁGIOS DA DESCONEXÃO O GOSTO AMARGO DA PÍLULA VERMELHA O Jogo A EVOLUÇÃO DO JOGO REESCREVENDO AS REGRAS EXAME FINAL: NAVEGANDO NO MERCADO SEXUAL APENAS SEJA VOCÊ MESMO O ESPECTRO BONZINHO-BABACA O JOGO BETA O BETA FEROMONAL JOGOS DE PAVOR O META JOGO Comunicação O MEIO É A MENSAGEM APENAS ENTENDA DIJO SIN HABLAR DIRETAMENTE DA FONTE AS QUALIDADES DO PRÍNCIPE Convenções Sociais CONVENÇÕES SOCIAIS OPERATIVAS AS CONVENÇÕES SOCIAIS DO PMF O PARADOXO DO COMPROMISSO MISÓGINOS AMARGOS Hipergamia OS DESCARTÁVEIS NOIVAS DE GUERRA SENHORITA HYDE A HIPERGAMIA NÃO SE IMPORTA EQUIDADE RELACIONAL A CONSPIRAÇÃO HIPERGÂMICA MULHERES E ARREPENDIMENTO O BICHINHO DE ESTIMAÇÃO As Regras de Ferro de Tomassi REGRA DE FERRO I REGRA DE FERRO II REGRA DE FERRO III REGRA DE FERRO IV REGRA DE FERRO V REGRA DE FERRO VI Regra de Ferro VII REGRA DE FERRO VIII REGRA DE FERRO IX Mitologia O MITO DO VELHO SOLITÁRIO O MITO SOBRE MULHERES E SEXO O MITO DA BOA MENINA O MITO DO RELÓGIO BIOLÓGICO O MITO DA APARÊNCIA MASCULINA O MITO DO VALOR DE MERCADO SEXUAL FEMININO SOBRE AMOR E GUERRA O Imperativo Feminino A REALIDADE FEMININA A MÍSTICA FEMININA O MURO A AMEAÇA PÓSFÁCIO INTRODUÇÃO Em janeiro de 2001, eu estava entrando em uma universidade pública pela primeira vez na minha vida, na idade madura de 32 anos. Minha matrícula relativamente tardia foi o resultado do que eu acreditava ser um jovem desperdiçado e eu estava expiando as indiscrições do que eu chamo de meu ‘rock star’ dos 20 aos 30 anos. Tinha muito que fazer, graças às decisões que tomei nos meus vinte e tantos anos e um sentimento de incompletude que senti na época. Em retrospecto, estou feliz por ter retornado à escola, antes tarde do que nunca, porque estava aprendendo o valor intrínseco de uma formação. Lembro-me de ouvir os resmungos de caras da minha turma que eram dez anos mais jovens do que eu dizendo: “Por que diabos eu preciso aprender essa merda? Não vai me ajudar no trabalho para o qual estou estudando.” Acho que eu poderia ter me sentido da mesma maneira aos 22 anos, se não estivesse mais preocupado em fazer o próximo show na próxima banda em que estava em um fim de semana em Hollywood. Eu poderia nunca ter apreciado o valor de ser uma pessoa letrada. Embora um bom emprego seja, definitivamente, um objetivo concreto de aperfeiçoamento pessoal, ser letrado em muitas matérias e aprender a aprender é uma recompensa em si. Embora eu não tenha frequentado uma ‘universidade de artes liberais’, minha graduação é em belas artes. No entanto, depois de ter trabalhado em design, publicidade, marketing e branding ao longo da minha vida profissional, eu sabia que o meu diploma (ou uma pós-graduação) tinha que ser em psicologia. Meu interesse inicial em psicologia foi devido à falta de um melhor entendimento das personalidades, muitas vezes difíceis, com as quais fui forçado a lidar em minha carreira, de modo que os estudos de personalidade e o behaviorismo[1] eram um ajuste natural para mim. Muito do que eu compilei neste livro é o resultado direto de mais de uma década de aplicação dessas escolas de psicologia à dinâmica de gênero que vivenciei pessoalmente, bem como as experiências coletivas de milhões de homens em todo o mundo. Ligando os Pontos Enquanto estudava psicologia, senti uma atração natural pelo behaviorismo. Como a maioria das pessoas, eu estava vagamente familiarizado com os ramos mais delicados da psicologia, como a psicanálise, e as aplicações de “sentar no sofá e falar sobre sentimentos” que a maioria das pessoas associa à psicologia. O behaviorismo era uma abordagem muito mais concreta, baseada em comportamentos e seus motivadores. Um dos principais fundamentos do “despertar para o Jogo” é basear sua estimativa de uma mulher em suas ações e comportamentos, no lugar de suas palavras ou intenções implícitas. Esse fundamento é baseado no princípio cardeal do behaviorismo – o comportamento é a única evidência confiável de motivação. Mesmo as motivações não conscientemente reconhecidas pelo agente podem influenciar o comportamento, independentemente de um motivo conscientemente racionalizado. Em outras palavras, às vezes não percebemos por que somos hipócritas ou santos, conforme o caso. Chegar a um acordo com essa base comportamental foi o primeiro ponto que conectei entre a psicologia básica e a dinâmica intergênero. Por cerca de um ano ou dois antes de me matricular, eu estava escrevendo ativamente em alguns fóruns online tentando ajudar alguns jovens com seus “problemas com garotas”. Inicialmente, esses fóruns não estavam de forma alguma relacionados ao que mais tarde se tornaria a “comunidade” ou o “Jogo orientado pela natureza”. Eu tinha ouvido falar dos primeiros Pick Up Artists[2] (PUA’s, daqui em diante) como Mystery e alguns outros, mas eles não estavam promovendo nada que eu já não soubesse dos meus anos de rockstar mais libertinos. Eu estava mais interessado em ajudar esses caras a não cometerem os mesmos erros (pelas mesmas razões) com as mulheres que eu cometi. No entanto, eu simplesmente não conseguia afastar a sensação de que havia uma conexão distinta entre o que esses caras estavam passando, o que os PUAs da época defendiam e a psicologia comportamental com a qual eu me envolvia cada vez mais. Os caras Betas médios que estavam agonizando com os problemas de suas namoradas e as bases comportamentais sobre as quais as técnicas de PUA eram baseadas tinham uma raiz comum na psicologia. Mais ou menos nessa época, eu havia ingressado na comunidade on-line do fórum SoSuave.com. Este fórum se tornaria meu campo de testes para conectar os pontos dos quais eu estava começando a tomar conhecimento. Devo dizer que fiz um esforço para propor para colegas e professores que as relações intergênero se baseassem em um behaviorismo às vezes severo. Eu ficava meio surpreso quando os mesmos professores que estavam promovendo a psicologia comportamental como uma ciência pura eram os críticos mais sinceros do que eu estava trazendo para eles. Eu não conseguia entender, então, o que possivelmente os impediria de ligar os pontos e chegar às conclusões desconfortáveis a que eu cheguei. Eu sei agora, e você também vai saber até o final deste livro, mas naquele momento eu não havia descoberto a influência que o idealismo imperativo e romântico feminino exercia sobre a disposição deles de aceitar o que eu estava propondo, apesar da adesão deles ao behaviorismo puro. Minhas investigações e discussões de teorias e ideias teriam que ser feitas em um fórum onde eu poderia procurar informações, ou talvez descobrir que outros homens tinham conceitos que eu não havia considerado, em um local de encontro de ideias similares. O SoSuave foi esse fórum para mim por mais de doze anos. A maioria dos conceitos que você lerá neste livro é o resultado de mais de uma década de debate, investigação crítica e refinamento. No entanto, na maioria dos casos eu ainda encorajo seu questionamento, e nenhum conceito é imutável ou está acima de um melhor refinamento. O que você está prestes a ler é um refinamento das principais ideias e conceitos que eu formalizei em meu blog – The Rational Male (therationalmale.com). Comeceio The Rational Male a pedido de meus leitores em vários fóruns masculinos e comentários em blogs na ‘machosfera’ em 2011. Depois que a popularidade do blog explodiu em um ano, tornou-se evidente que uma forma de livro dos princípios básicos era necessária para novos leitores, quando eu passei por eles e construí os conceitos anteriores. Na maioria das vezes eu reescrevi e editei para publicar os posts do primeiro ano no Rational Male. Eu deixei a maioria das gírias e acrônimos que são característicos do blog (por exemplo, VMS é valor de mercado sexual) e são comumente usados na machosfera, no entanto eu fiz todos os esforços para defini-los enquanto eu prossigo. Além disso, muitos dos conceitos que explorei neste livro vieram de uma pergunta de um de meus leitores. Tal como acontece com a maioria dos comentaristas, o seu anonimato é presumido na forma do seu ‘identificador’ on-line. O importante é se lembrar do conceito que está sendo discutido e não tanto a importância de quem o está propondo ou contradizendo. Antes de começar a ler A principal razão pela qual decidi codificar o Rational Male em um livro veio de uma leitora chamada Jaquie. Jaquie era uma mulher mais velha e casada, que realmente aceitou o que eu propus sobre a dinâmica intergênero no Rational Male. Jaquie não era exatamente uma leitora típica para mim, mas ela me pediu para ajudá-la a entender melhor alguns conceitos, para que pudesse ajudar seu filho prestes a se casar com uma mulher que sabia ser prejudicial para sua vida. Jaquie disse: “Eu gostaria que você tivesse um livro com todas essas coisas para que eu pudesse dar a ele. Ele é muito Beta e submisso, mas se eu tivesse um livro para colocar nas mãos dele, ele leria”. Por isso, é pelos filhos de Jaquie que decidi pôr este livro para fora. E nesse espírito que preciso pedir a você, leitor, que limpe a mente de algumas ideias antes de começar a digerir outras. O Rational Male literalmente tem milhões de leitores em todo o mundo, então há uma forte probabilidade de você ter comprado este livro para mantê-lo na prateleira e emprestar a amigos, porque você já conhece seus conceitos. Há um certo poder e legitimidade que a palavra impressa tem que falta a um blog ou a algum artigo on-line. Portanto, se você já é um leitor do Rational Male, trate de emprestar o livro ou incentive a quem estiver conectado a lê-lo e discuti-lo. Se você está pegando este livro pela primeira vez, ou se ele foi entregue a você por um amigo ou ente querido, e nunca ouviu falar do Rational Male ou da machosfera, ou nunca teve alguma exposição às ideias que apresento aqui, peço humildemente que leia com a mente aberta. Isso soa como um clichê – abra sua mente –, como algo com que um culto religioso prefacia sua literatura. Todos gostamos de pensar que já temos mentes abertas e somos perfeitamente racionais e capazes de exercer pensamento crítico. Peço que você limpe seus preconceitos de gênero, porque o que você está prestes a ler aqui são conceitos muito radicais; conceitos que desafiarão sua perspectiva sobre mulheres, homens, como eles interagem entre si e como as estruturas sociais evoluem em torno dessas relações. Você discordará violentamente de alguns desses conceitos e para outros você dirá “ahá! eu já desconfiava”. Alguns desses conceitos se baseiam no investimento que seu ego tem em certas crenças sobre como homens e mulheres devem se relacionar, enquanto outros validam exatamente as experiências que você pode ter tido pessoalmente com eles. Alguns são feios. Alguns não são elogiosos para mulheres e outros não são para homens, você pensará que sou misógino à primeira vista, porque é a resposta padrão com a qual você aprendeu a reagir. Para outros, você pode sentir algum tipo de reivindicação por se queimar por sua ex e perceber o que estava em jogo quando aconteceu. Sei que é uma tarefa difícil, mas luto para não deixar seus sentimentos pessoais distorcerem o que eu trago para você aqui. Você vai me amar e vai me odiar. Você pensará “bem, não no meu caso, e aqui está o porquê ...” ou “uau, isso é algo realmente inovador”. Não sou psicólogo, nem PUA, nem ativista dos direitos dos homens, nem palestrante motivacional. Eu sou apenas um cara que conectou alguns pontos. “Por que meus olhos doem?” “Porque você nunca os usou antes.” PRINCÍPIOS BÁSICOS O MITO DA ALMA GÊMEA NÃO EXISTE ÚNICO OU ÚNICA UNIQUite: Uma obsessão romântica doentia por uma única pessoa. Geralmente acompanhado por afeto não correspondido e idealização completamente irrealista da referida pessoa. UNIQUite é paralisia. Você deixa de amadurecer, deixa de se mexer, deixa de ser você. Não existe ÚNICA ou ÚNICO! Este é o mito da alma gêmea. Existem Alguns bons e Algumas boas, Alguns ruins e Algumas ruins, mas não há ÚNICA ou ÚNICO. Qualquer um que lhe disser algo além disso está lhe vendendo alguma coisa. Existem muitas pessoas especiais por aí, basta perguntar à pessoa divorciada/viúva que se casou novamente depois que sua “alma gêmea” morreu, ou seguiu em frente com outra pessoa que eles insistem ser sua verdadeira alma gêmea. É isso que desencadeia nas pessoas o mito da alma gêmea, é essa fantasia de que todos nós, pelo menos de alguma forma, compartilhamos uma idealização – de que existe UMA parceira perfeita para cada um de nós. E assim que os planetas se alinharem e o destino tomar seu curso, saberemos que somos “destinados” um ao outro. Embora isso possa contribuir para um enredo de comédia romântica gratificante, dificilmente é uma maneira realista de planejar sua vida. De fato, é geralmente paralisante. O que eu acho ainda mais fascinante é o quão comum é a ideia (especialmente entre os homens) de que uma percepção básica da vida seja superada por essa fantasia na área de relações intersexuais. Homens que, de outra forma, reconheceriam o valor de compreender psicologia, biologia, sociologia, evolução, negócios, engenharia etc, homens com uma consciência concreta das interações nas quais vemos esses aspectos ocorrerem em nossas vidas diariamente, são alguns dos primeiros a se oporem violentamente à ideia de que talvez não haja “alguém para todos” ou que haja muito mais ÚNICAs por aí que possam atender ou exceder os critérios que subconscientemente estabelecemos para que elas sejam a ÚNICA. Acho que parece niilista, ou esse pavor de que talvez o investimento do ego nessa crença seja inútil – é como dizer “Deus está morto” para os profundamente religiosos. É simplesmente terrível demais contemplar que talvez não haja a ÚNICA, ou talvez várias ÚNICAs com quem passar a vida. Essa mitologia romantizada ocidental baseia-se na premissa de que existe apenas UM companheiro perfeito para qualquer indivíduo e o máximo de uma vida pode e deve ser gasto em constante busca dessa ‘alma gêmea’. Tão forte e tão difundido é esse mito em nossa consciência coletiva que se tornou semelhante a uma declaração religiosa e, de fato, foi integrado a muitas doutrinas religiosas à medida que a feminização da cultura ocidental se espalhava. Eu acho que houve uma descaracterização da UNIQUite. É necessário diferenciar entre um relacionamento saudável baseado em afinidade e respeito mútuos e um relacionamento desigual baseado na UNIQUite. Houve mais do que alguns caras buscando meu conselho ou desafiando minha opinião sobre a UNIQUite, essencialmente pedindo-me permissão para aceitar a UNIQUite como monogamia legítima. “Mas Rollo, está tudo bem para um cara ter UNIQUite por sua esposa ou namorada. Afinal, ela é a pessoa certa para ele, certo?” Na minha opinião, UNIQUite é uma dependência psicológica doentia que é o resultado direto da socialização contínua do mito da alma gêmea em nossa consciência coletiva. O que é realmente assustador é que a UNIQUite se tornou associada a um aspecto normativo saudável de um relacionamento de longo prazo (RLP) ou casamento. Concluo que a UNIQUite se baseia em raízes sociológicas, não apenas por ser uma declaração de crença pessoal, mas também pelo grau em que essa ideologia é disseminadae comercializada em massa na cultura popular através da mídia, música, literatura, cinema etc. Serviços de namoro como o eHarmony descaradamente fazem marketing e exploram exatamente as inseguranças que essa dinâmica gera nas pessoas que procuram desesperadamente pelo ÚNICO ou ÚNICA “para o qual foram planejadas”. A ideia de que os homens possuem uma capacidade natural de proteção, aprovisionamento e semi-monogamia merece méritos do ponto de vista social e biopsicológico, mas a doença da UNIQUite não é um subproduto dela. Em vez disso, eu o diferenciaria dessa dinâmica saudável de protetores/provedores, já que a UNIQUite basicamente sabota o que nossas propensões naturais filtrariam. A UNIQUite é uma insegurança que fica descontrolada enquanto uma pessoa é solteira e potencialmente paralisante quando se relaciona com objeto dessa UNIQUite em uma RLP. O mesmo desespero neurótico que leva uma pessoa a se contentar com o seu ÚNICO ou sua ÚNICA, saudável ou não, é a mesma insegurança que os impede de abandonar um relacionamento prejudicial – esta é sua ÚNICA, como poderiam viver sem? Ou, ela é minha ÚNICA, tudo que preciso é me consertar ou consertá-la para ter meu relacionamento idealizado. Essa idealização de um relacionamento está na raiz da UNIQUite. Com uma abordagem binária limitadora de tudo ou nada para procurar uma agulha no palheiro e investir esforço emocional ao longo da vida, como amadurecemos para uma compreensão saudável do que esse relacionamento realmente implica? O próprio relacionamento idealizado da Poliana – o “felizes para sempre” – que a crença em um ÚNICO promove como um fim último, é frustrado e contrariado pelos custos da busca constante do ÚNICO pelo qual eles se contentam. Depois que a maior parte da vida é investida nessa ideologia, quão mais difícil será chegar à conclusão de que a pessoa com quem ela está não é a ÚNICA? Até que ponto uma pessoa irá para proteger a vida inteira desse investimento no ego? Em algum momento do relacionamento da UNIQUite, um participante estabelecerá o domínio com base na impotência necessária para a UNIQUite. Não existe um artifício maior para uma mulher do que saber além da dúvida de que ela é a única fonte da necessidade de um homem por sexo e intimidade. A mentalidade da UNIQUite apenas cimenta isso no entendimento de ambas as partes. Para um homem que acredita que o relacionamento emocional e psicologicamente prejudicial no qual ele investiu é com a única pessoa em sua vida com quem ele será compatível, não há nada mais paralisante em seu amadurecimento. É claro que o mesmo vale para as mulheres, e é por isso que sacudimos a cabeça quando vemos uma mulher excepcionalmente bonita correndo atrás de seu namorado idiota abusivo e indiferente, porque ela acredita que ele é o ÚNICO, a única fonte de segurança disponível. A hipergamia pode ser a sua raiz imperativa para continuar com ele, mas é o mito da alma gêmea, o medo do “ÚNICO que escapou” que contribui para o investimento emocional, quase espiritual. A definição de poder não é sucesso financeiro, status ou influência sobre os outros, mas o grau em que temos controle sobre nossas próprias vidas. Submeter-se à mitologia da alma gêmea exige que reconheçamos nossa impotência nesta arena de nossas vidas. Acho que seria promover um entendimento saudável de que não há ÚNICO ou ÚNICA. Existem Alguns bons e Alguns ruins, mas não há ÚNICO ou ÚNICA. A Religião da Alma Gêmea O que você acabou de ler foi uma das minhas primeiras postagens nos fóruns do SoSuave, por volta de 2003-04. Eu estava terminando minha graduação na época e tive a Falácia do ÚNICO desenhada para mim em uma aula de psicologia um dia. Eu estava na sala de aula, cercado (principalmente) por estudantes muito mais jovens do que eu, todos muito astutos e intelectuais como eles vêm em meados dos vinte e poucos anos. A certa altura, a discussão chegou à religião e grande parte da classe se declarou agnóstica ou atéia, ou “espiritual, mas não religioso”. A lógica era, é claro, que religião e crença poderiam ser explicadas como construções psicológicas (medo da mortalidade) que foram expandidas para a dinâmica sociológica. Mais tarde nessa discussão, surgiu a ideia de uma “alma gêmea”. O professor na verdade não usou a palavra ‘alma’, mas expressou a ideia pedindo que levantassem as mãos os membros da turma que acreditavam “haver alguém especial para eles” ou se eles temiam que “Aquele escapasse”. Porra, quase toda a turma levantou as mãos. Por todo seu empirismo racional e apelo ao realismo em relação à espiritualidade, eles (quase) expressaram por unanimidade uma crença quase cármica em se conectar com outra pessoa idealizada em um nível íntimo por toda a vida. Até os caras da Fraternidade e as garotas que sabidamente não estavam procurando nada a longo prazo em seus hábitos de namoro ainda levantaram as mãos em concordância com a crença no ÚNICO. Mais tarde, alguns explicaram o que esse ÚNICO significava para eles, e a maioria tinha definições diferentes dessa idealização – alguns até admitiram que ela era uma idealização à medida que a discussão progredia –, mas quase todos eles ainda tinham o que seria chamado de crença irracional na “predestinação” ou, mesmo entre os menos espirituais, que faz parte da vida unir-se a alguém importante e haver “alguém para todos”. Essa discussão foi o catalisador de uma das minhas epifanias – apesar de todas as probabilidades, as pessoas se sentem em grande parte no direito ou merecedoras de um amor da sua vida. Estatística e pragmaticamente, isso é ridículo, mas existe. A ficção feminizada da Disney desse conceito central foi romantizada e comercializada a ponto de se tornar uma religião, mesmo para os expressamente não religiosos. O desejo shakespeariano pelo ÚNICO, a busca por outra alma (gêmea) que estava destinada a ser nosso par foi sistematicamente distorcida além de qualquer razão. E, como descreverei mais adiante, os homens tiram suas próprias vidas na ilusão de terem perdido sua alma gêmea. Homens e Almas-Gêmeas Essa perversão do mito da alma gêmea é atribuível a grande parte das convenções sociais feminizadas com as quais lidamos hoje. O medo de estar longe da nossa alma gêmea imaginada, ou o medo de ter perdido irrecuperavelmente aquele alguém ‘perfeito’ para nós, alimenta muitas das neuroses pessoais e sociais que encontramos na matriz contemporânea de nossa sociedade. Por exemplo, grande parte do medo inerente ao Mito do Velho Solitário tem suas pernas quebradas sem uma crença central no Mito da Alma Gêmea. O medo da perda e as ilusões da Igualdade Relacional só importam realmente quando a pessoa que o homem acredita que essa igualdade deveria influenciar é sua ÚNICA predestinada. O imperativo feminino reconheceu o poder avassalador que o Mito da Alma Gêmea tinha sobre homens (e mulheres) desde o seu surgimento até a ascensão como o principal imperativo social de gênero. Praticamente todas as distorções da dinâmica principal da alma gêmea evoluíram como um esquema de controle para os homens. Quando as mulheres almas-gêmeas são a principal recompensa para um homem necessitado, há muitas oportunidades para consolidar esse poder. Para ser claro, não pense que isso é algum plano diabólico de uma cabala centrada nas mulheres que projeta socialmente esse medo da alma gêmea em homens. Gerações de homens, criados para serem alheios a ela, voluntaria e ativamente ajudam a perpetuar o Mito da Alma Gêmea. Mulheres e Almas Gêmeas Embora a hipergamia tenha um papel importante na determinação do que faz uma alma gêmea idealizada para as mulheres, elas não são imunes às explorações desse medo central. Embora seja mais um subproduto lamentável do que uma manipulação direta, eu argumentaria que, de certa forma, a hipergamia intensifica essa neurose. Uma Viúva Alfa conhece muito bem a lentidão associada ao anseio pelo Alfa que escapou – especialmente quando ela se une a longo prazo com o respeitável provedor Beta depois que seu valor de mercado sexual (VMS) diminui. Para asmulheres, a alma gêmea representa aquela combinação quase inatingível de despertar o domínio Alfa, combinada com uma provisão leal de sua segurança a longo prazo, do homem que só ela pode domar. A hipergamia odeia o princípio da alma gêmea, porque a alma gêmea é uma definição absoluta, enquanto a hipergamia deve sempre testar a perfeição. A hipergamia pergunta: “Ele é o ÚNICO? Será ele?” e o mito da alma gêmea responde: “Ele tem que ser o único, ele é sua alma gêmea, e só há um deles”. Construindo o Mistério Devido a esse conceito central e à mitologia da alma gêmea, ambos os sexos procurarão aperfeiçoar essa idealização para si mesmos – mesmo sob as condições e expressões menos favoráveis. Queremos construir nossas relações íntimas nesse idealismo de alma gêmea, a fim de aliviar o medo e resolver o problema, e na maioria das vezes é tão forte que ignoraremos habilmente os avisos, abusos e consequências de fazê- lo. Para as mulheres, o impacto do macho Alfa mais significativo é o que define inicialmente essa idealização da alma gêmea. Para os homens, pode ser a primeira mulher a se tornar sexual com ele ou a que melhor exemplifique uma mulher que ele (erroneamente) acredita que pode amá-lo em uma orientação de amor definida por homens. No entanto, esses são os pontos de origem para a construção desse ideal de alma gêmea. Esse ideal é então composto por camadas de investimentos, na esperança de que essa pessoa “possa realmente ser o destino que lhes foi prescrito”. Investimentos e sacrifícios emocionais, pessoais e financeiros, que podem durar uma vida, seguem-se em um esforço para criar uma alma gêmea. Na ausência de um ideal, ele deve ser criado a partir dos recursos disponíveis. Esse processo é o motivo pelo qual eu digo que o Mito da Alma Gêmea é ridículo – é psicologicamente muito mais pragmático construir outra pessoa para se encaixar nesse ideal do que sempre será “esperar o destino seguir seu curso”. As pessoas que aderem ao mito preferem construir uma alma gêmea, não importam as consequências. Portanto, as mulheres tentam criar uma versão Beta melhor ou domar um Alfa, enquanto os homens tentam transformar uma prostituta em dona de casa, ou vice-versa. Um dos gostos mais amargos de ter despertado para a verdade da pílula vermelha[3] é abandonar velhos paradigmas para novos. Já descrevi isso antes como matar um velho amigo, e um amigo que precisa ser morto é exatamente essa mitologia. Desapegar-se desse medo central é vital para se desconectar completamente do velho paradigma, porque muito do condicionamento social centrado nas mulheres depende dele. Abandonar o mito da alma gêmea não é o niilismo que muitas pessoas podem fazer você acreditar que é. De qualquer forma, isso o libertará para ter um relacionamento futuro melhor e mais saudável com alguém que é realmente importante para você – um relacionamento baseado em desejo genuíno, respeito mútuo, compreensão complementar entre si e amor, em vez de um baseado no medo de perder sua ÚNICA representação de contentamento nesta vida. A REGRA CARDINAL DOS RELACIONAMENTOS Em qualquer relacionamento, a pessoa com mais poder é a que menos precisa do outro. Este é o fundamento de qualquer relacionamento, não apenas os intersexuais, mas também os familiares, os negócios etc. É uma dinâmica que está sempre em vigor. Para o meu bem-estar e o da minha família, preciso mais do meu empregador do que ele de mim, logo me levanto de manhã para trabalhar para ele. E embora eu também seja uma parte vital para a continuidade ininterrupta de sua empresa e empreendimentos, ele simplesmente precisa de mim menos do que eu preciso dele. Agora eu poderia ganhar na loteria amanhã ou ele pode decidir cortar meu salário ou limitar meus benefícios, ou posso concluir meu mestrado e decidir que posso fazer melhor do que me manter puxando sua carroça indefinidamente. Assim, através de alguma condição, iniciada por mim ou não, sou colocado em uma posição de precisar dele menos do que ele precisa de mim. Nesse ponto, ele é forçado a decidir o quanto valho para suas ambições e se separar de mim ou negociar um prolongamento de nosso relacionamento. O mesmo vale para os relacionamentos intersexuais. Se você deseja basear seu relacionamento em ‘poder’ ou não, não é o problema; já está em jogo desde o seu primeiro momento de atração. Você é aceitável para ela por atender a qualquer número de critérios e ela também atender aos seus. Se não fosse esse o caso, você simplesmente não iniciaria um relacionamento mútuo. Em qualquer relacionamento, a pessoa com mais poder é quem menos precisa do outro. Esta é a primeira comparação que fazemos com outro indivíduo – podemos chamar de ‘dimensionamento’, se você quiser –, mas fazemos comparações inatas (e muitas vezes inconscientes) sobre tudo e, no caso de atração inicial, decidimos se a outra pessoa é aceitável para a nossa própria intimidade. Esse princípio não é tanto sobre ‘poder’, mas também sobre controle. Isso pode parecer semântica, mas faz a diferença. É muito fácil entrar em argumentos binários e pensar que o que quero dizer com regra fundamental dos relacionamentos é que um participante deve absolutamente dominar o outro – um dominador dominante em um capacho submisso. O problema com nossa interpretação moderna do poder é pensar em termos extremos e absolutos. O controle em um relacionamento saudável passa de um lado para o outro conforme o desejo e a necessidade ditam para cada parceiro. Em um relacionamento doentio, você tem uma manipulação desequilibrada desse controle por um parceiro. Embora o controle nunca esteja em equilíbrio total, ele se torna manipulação quando um parceiro, em essência, chantageia o outro com o que de outra forma seria um reforço para os manipulados em uma circunstância saudável. Isso acontece por uma infinidade de razões diferentes, mas a condição ocorre de duas maneiras: o participante submisso se condiciona para permitir que a manipulação ocorra e/ou o dominante inicia a manipulação. Nos dois casos, a regra ainda é verdadeira – quem menos precisa do outro tem mais controle. Em nenhum lugar isso é mais evidente do que nos relacionamentos interpessoais. Muitas pessoas que aconselhei no meu blog presumem que esta regra significa que estou advogando a manutenção de uma posição de domínio à custa dos melhores interesses de seus parceiros; longe disso. No entanto, defendo que as pessoas – principalmente os jovens – desenvolvam um melhor senso de autoestima e uma melhor compreensão de sua verdadeira eficácia em seus relacionamentos (supondo que você decida se envolver em um). Não me interpretem mal, ambos os sexos são culpados da manipulação; mulheres agredidas voltam a seus namorados/maridos abusivos e homens chicoteados comprometem a si mesmos e suas ambições de modo a servir melhor as inseguranças de suas namoradas. Minha intenção em promover esta Regra é abrir os olhos dos jovens que já estão predispostos a se desvalorizar e colocar as mulheres como o objetivo de suas vidas, em vez de se verem como o prêmio a ser procurado. O compromisso sempre fará parte de qualquer relacionamento, mas o importante é perceber quando esse compromisso se torna o resultado de manipulação, o que está acontecendo e desenvolver a confiança para ser inflexível nessas situações. É aqui que um entendimento firme da regra fundamental dos relacionamentos se torna essencial. Não há nada errado em recuar de uma discussão que você tem com sua namorada, mas há algo errado quando você se submete continuamente a fim de ‘manter a paz’, com o entendimento de que ela reterá a intimidade como resultado de você se manter firme. Isso é um jogo de poder, também conhecido como ‘teste de merda’. Ela inicia, tornando-se a parte controladora. A intimidade de nenhuma mulher (ou seja, sexo) vale esse compromisso porque, ao fazer isso, você se desvaloriza para ela. Uma vez que esse precedente seja estabelecido, ela terá progressivamente menos respeito por você – exatamente oposto à concepção popular de que ela apreciarásua submissão a ela e o recompensará por isso. E realmente, o que você está comprometendo para alcançar essa estabilidade? Situado nessa condição, você está apelando pela intimidade dela. Isso não é desejo genuíno ou interesse real em você, é um teste psicológico sutil (o qual muitos homens desconhecem) destinado a determinar quem precisa mais do outro. Não existe maior confiança superior para um homem do que a compreensão de que ele não se comprometerá pelas reconhecidas manipulações de uma mulher, e a coragem de se afastar sabendo que teve no passado e terá no futuro uma perspectiva melhor do que ela. Este é o homem que passa no teste de merda. Chama-se “interesse próprio esclarecido”, e é um princípio que eu totalmente apoio. DA VERDADE AO PODER Negar a utilidade do poder, difamar seus usos, é em si um meio de usar o poder. Mudanças reais funcionam de dentro para fora. Se você não mudar de ideia sobre si mesmo, não mudará mais nada. As mulheres podem mudar a cor do cabelo, a maquiagem, as roupas, o tamanho dos seios e qualquer número de alterações cosméticas por capricho ou como puderem pagar, mas o descontentamento constante, as inadequações constantes das quais reclamam estão enraizadas em suas percepções, e não como os outros realmente os percebem. Essa é uma mentalidade de fora para dentro, esperando que o externo mude o interno, e é exatamente essa mentalidade que os homens inferiores aplicam a si mesmos. A única diferença é a aplicação. O Pateta Médio Frustrado (PMF, por falta de um termo melhor) tem o mesmo problema que a mulher vaidosa (OK, na verdade qualquer mulher) – uma falta de verdadeira compreensão do seu próprio problema. É muito difícil fazer autoanálise e autocrítica, principalmente quando se trata de questionar nossas próprias crenças e as razões pelas quais nossas personalidades são o que são. É como dizer a alguém que eles não estão vivendo suas vidas “corretamente” ou que estão criando seus filhos “errado”; só que é mais difícil porque estamos falando sobre nós mesmos. A autoestimativa (não a autoestima) nunca acontece espontaneamente, sempre tem que haver alguma crise para desencadear isso. Ansiedade, trauma e crise são catalisadores necessários para estimular a autoconsciência. Um rompimento, uma morte, uma traição; tragicamente, é nesses momentos de nossas vidas que fazemos nossa melhor introspecção, temos nossos ‘momentos de clareza’ e, sim, descobrimos em que buracos abismais e tristes nos permitimos ser moldados. Negação O primeiro passo para realmente desconectar nosso pré-condicionamento (ou seja, a Matrix feminina) é reconhecer que esse condicionamento levou às crenças que pensamos serem parte integrante de nossas personalidades. O termo psicológico para isso é chamado de “investimento do ego”. Quando uma pessoa interioriza um esquema mental de maneira tão completa e fica condicionada a ele por tanto tempo, ela se torna parte integrante de sua personalidade. Então, atacar a crença é, literalmente, atacar a pessoa. É por isso que vemos uma reação violenta às expressões políticas, religiosas, intersociais/intersexuais, intergênero etc da crença – elas a percebem como um ataque pessoal, mesmo quando apresentadas com evidências empíricas irrefutáveis que desafiam a veracidade dessas crenças. Uma frustração comum que os homens conhecedores do Jogo expressam é como é difícil abrir os olhos dos PMFs sobre por que ele não está tendo encontros, por que ele não está namorando (ou é o segundo encontro se ele estiver), por que está constantemente recebendo ‘vamos apenas ser amigos’ (VASA) etc, e todas as falhas que na verdade são internalizações do investimento no ego. Como gosto de dizer, é um trabalho sujo desconectar os idiotas da Matrix, e isso fica ainda mais difícil quando uma pessoa está em um estado categórico de negação. As pessoas recorrem à negação ao reconhecer que a verdade destruiria algo que consideram precioso. No caso de uma parceira traidora, a negação permite evitar o reconhecimento de evidências de sua própria humilhação. Antes de pegar um cônjuge na cama com seu melhor amigo, a evidência de infidelidade é geralmente ambígua. É ceticismo motivado. Você é mais cético em relação às coisas que não quer acreditar e exigem um nível mais alto de comprovação. A negação é inconsciente ou não funcionaria: se você sabe que está fechando os olhos para a verdade, uma parte de você sabe o que é a verdade e a negação não pode desempenhar sua função protetora. Uma coisa que todos lutamos para proteger é uma autoimagem positiva. Quanto mais importante for o aspecto da sua autoimagem desafiado pela verdade, maior a probabilidade de você negar. Se você tem um forte senso de autoestima e competência, sua autoimagem pode sofrer impactos, mas permanece praticamente intacta; se você é cercado de dúvidas (uma marca do pensamento do PMF), qualquer reconhecimento de falha pode ser devastador e qualquer admissão de erro dolorosa a ponto de ser impensável. A autojustificação e a negação surgem da dissonância entre acreditar que você é competente e cometer um erro, o que colide com essa imagem. Solução: negue o erro. Atribua-o a um elemento externo (as mulheres não jogam pelas “regras”) em vez de recorrer à introspecção (será que eu estou errado sobre “as regras”?). Portanto, vemos os PMFs se agarrarem tenazmente a um senso de propósito moralista em seus métodos, o que é apenas reforçado pela cultura popular em nossa mídia, nossa música, eHarmony, nossa religião etc. Artigos de Poder O termo Poder tem muitas conotações mal aplicadas. Quando pensamos em pessoas poderosas, pensamos em influência, riqueza, prestígio, status e na capacidade de ter outras pessoas fazendo nossa vontade – nada disso é poder. Por mais que gostaríamos de nos convencer de que as mulheres são atraídas por essa definição de poder, isso é falso. Porque o que descrevi como aspectos do poder aqui são realmente manifestações do poder. Aqui está um segredo cósmico revelado para você: Poder real é o grau em que uma pessoa tem controle sobre suas próprias circunstâncias. Poder real é o grau em que realmente controlamos as direções de nossas vidas. Quando permitimos que nosso pensamento, nossos transtornos de personalidade e nossos esquemas mentais, combinados com os comportamentos que os acompanham, determinem o curso de nossas decisões, abandonamos o Poder real. O homem que sucumbe, por força ou por vontade, às responsabilidades, sujeições legais e prestações de contas exigidas pela sociedade, casamento, compromisso, família, paternidade, carreira, exército etc deixa muito pouca influência no curso de sua própria vida. O pintor Paul Gauguin é um dos homens mais poderosos da história. Na meia-idade, Paul era um banqueiro “bem-sucedido”, com esposa e filhos. Aparentemente, um homem de grande mérito e riqueza considerável. Então, um dia, Paul decidiu que já tinha o suficiente e queria pintar. Ele deixou sua esposa, filhos e dinheiro, e decidiu que se tornaria um pintor. Ele abandonou sua vida anterior para viver a vida que escolheu, porque tinha o poder de assumir o controle dela. Eventualmente, ele morreu no Taiti, mas não depois de ter uma vida das mais interessantes e se tornar um pintor de renome mundial. Você pode pensar que homem horrível ele foi por abandonar suas responsabilidades ao buscar egoisticamente seus próprios desejos, mas o fato é que ele tinha o poder dentro de si para fazer, de um modo que a maioria dos homens estremeceria ao considerar. Estamos tão presos às nossas limitações de expectativa autoimpostas que deixamos de ver que sempre tivemos as chaves de nossas próprias prisões – só temos medo de usá-las. Esse poder é a raiz do termo tão importante ‘confiança’ que jogamos fora toda vez que contamos a um virjão de 19 anos o que as mulheres realmente querem para que ele possa transar. É essa capacidade de tomar nossas próprias decisões, certas ou erradas, e possuí-las com confiança que nos separam de “outros caras”. É esse Poder autoguiado que evoca uma confiança aparentementeirracional para trocar os pratos[4], para encontros não exclusivos, para afirmar a nós mesmos e não ter medo de fazer de nós mesmos o prêmio, e é apenas esse Poder ao qual as mulheres querem se associar. A falta desse poder é exatamente o que faz com que os Pick Up Artists (PUAs) regridam para alguns dos PMFs mais patéticos quando se envolvem em um RLP. Eles vendem as mulheres nessa idealização e na percepção de que possuem esse Poder apenas para descobrir as inseguranças do PMF que esses comportamentos pretendiam encobrir uma vez que entrassem no papel. Isso não desvaloriza as habilidades do PUA como conjuntos de comportamentos eficazes, mas serve para ilustrar os comportamentos que devem se manifestar como resultado de efetuar uma mudança pessoal real. A adoção de um esquema mental masculino positivo estimula essas habilidades de PUA como resultado. Em vez disso, temos a carroça diante dos bois em uma corrida louca para conseguir aquela boceta tão importante de que estamos privados há tanto tempo, mascarando nosso déficit em poder real e compreensão com técnicas memorizadas de PUA, esperando que, praticando- as, se transformem em um “jogo natural”, e que amadureceremos o suficiente para iniciar uma mudança pessoal duradoura. Voltaremos ao assunto adiante. A DINÂMICA DO DESEJO Você não pode negociar o Desejo genuíno. Este é um princípio muito simples, o qual a maioria dos homens e a grande maioria das mulheres ignora deliberadamente. Um dos problemas pessoais mais comuns pelos quais me pediram conselhos nos últimos 10 anos é uma variação de “como faço para recuperá-la?” Geralmente isso se resume a homens procurando alguma metodologia para retornar seu relacionamento a um estado anterior, no qual uma mulher anteriormente apaixonada não conseguia tirar as mãos dele. Seis meses em uma familiaridade confortável e a emoção se foi, mas na verdade é o desejo genuíno que se foi. É frequentemente nesta fase que um homem recorre à negociação. Às vezes, isso pode ser tão sutil quanto ele, progressiva e sistematicamente, fazer coisas por ela na esperança de que ela retribua com o mesmo fervor sexual/íntimo que costumava ter. Outras vezes, um casal em um relacionamento de longo prazo ou casado pode procurar terapia de casal para “resolver seus problemas sexuais” e negociar termos para sua conformidade sexual. Ele promete lavar a louça e lavar a roupa com mais frequência em troca de seu fingido interesse sexual por ele. No entanto, não importa quais termos sejam oferecidos, não importa quão grande seja um esforço externo que ele faça tão merecedor de recompensa, o desejo genuíno não existe para ela. Na verdade, ela se sente pior por não ter o desejo depois que tais esforços foram feitos para sua conformidade. Seu desejo se tornou uma obrigação. O desejo negociado apenas leva ao cumprimento obrigatório. É por isso que a resposta sexual pós-negociação é muitas vezes tão desanimadora e a fonte de frustração ainda maior da parte dele. Ela pode estar mais disponível sexualmente para ele, mas a experiência tímida nunca é a mesma de quando eles se conheceram quando não havia negociação, apenas um desejo espontâneo um pelo outro. Do ponto de vista masculino, e particularmente do Beta masculino não iniciado, a negociação do desejo parece uma solução dedutiva e racional para o problema. Os homens tendem a confiar inatamente no raciocínio dedutivo; também conhecido como um fluxo lógico “se-então”. O código geralmente é algo como isto: eu preciso de sexo + mulheres têm o sexo que eu quero + consulto mulheres sobre suas condições para o sexo + atendo aos pré- requisitos para o sexo = o sexo que eu quero. Faz sentido, certo? É um simples pragmatismo dedutivo, mas construído sobre uma base que se baseia nas autoavaliações precisas de uma mulher. O desejo genuíno que eles costumavam experimentar no início de seu relacionamento era baseado em um conjunto completamente desconhecido de variáveis. Comunicar abertamente a intenção de desejo recíproco cria obrigação e, às vezes, até ultimatos. O desejo genuíno é algo que uma pessoa deve buscar – ou ser levada a – por sua própria vontade. Você pode forçar uma mulher por ameaça a cumprir o comportamento desejado, mas não pode fazê-la querer se comportar dessa maneira. Uma prostituta vai foder com você por uma troca, isso não significa que ela queira. Seja em um casamento monogâmico, RLP ou sexo casual, lute pelo desejo genuíno em seus relacionamentos. Metade da batalha é saber que você quer estar com uma mulher que queira agradá-lo, e não com quem se sente obrigada. Você nunca extrairá esse desejo genuíno dela por meios evidentes, mas pode secretamente levá-la a esse desejo genuíno. O truque para provocar o desejo real é mantê-la ignorante da sua intenção de provocá-lo. O desejo real é criado por ela pensar que é algo que ela quer, não algo que ela tem que fazer. IMAGINÇÃO A imaginação de uma mulher é a ferramenta mais útil no seu arsenal de jogos. Toda técnica, toda resposta casual, todo gesto, intimação e subcomunicação depende de estimular a imaginação de uma mulher. A ansiedade da competição depende disso. A Demonstração de Valor Mais Alto (DVMA) depende disso. O estímulo da tensão sexual depende disso. Pode chamá-lo de “dar cafeína ao hamster”, se desejar, mas estimular a imaginação de uma mulher é o talento mais potente que você pode desenvolver em qualquer contexto de um relacionamento. Esta é a maior falha de patetas médios frustrados; eles vomitam tudo sobre si mesmos, divulgando a verdade completa a si mesmos às mulheres, na crença equivocada de que elas desejam essa verdade como base para se qualificar para sua intimidade. Aprenda isso agora: as mulheres nunca querem divulgação completa. Nada é mais autossatisfatório para uma mulher do que pensar que ela imaginou um homem baseado apenas em sua intuição feminina mítica (isto é, imaginação). Quando um homem confirma abertamente seu caráter, sua história, seu valor etc, para uma mulher, o mistério é dissipado e a onda bioquímica que ela desfruta de suas imaginações, suspeitas e autoconfirmações sobre você desapareceu. A maioria dos caras com uma mentalidade Beta masculina faz exatamente isso no primeiro encontro e se pergunta por que recebem “vamos apenas ser amigos” (VASA) imediatamente após isso – é por isso. A familiaridade é antissedutora. Nada mata o jogo, a paixão orgânica e a libido como a familiaridade confortável. Apesar de suas táticas comuns de flibustaria[5], as mulheres não querem se sentir confortáveis com um parceiro sexual em potencial (ou comprovado), elas precisam que sua imaginação seja alimentada para que ela fique excitada, disposta e ansiosa por sexo com um parceiro em potencial. Em uma RLP, há uma necessidade ainda mais crítica de continuar estimulando essa imaginação. Eu chegaria ao ponto de dizer que é imperativo um relacionamento saudável, mas então você pergunta: como você faz isso quando sua namorada de longo prazo ou esposa já conhece sua história e a familiaridade se torna cimentada? A resposta fácil é nunca deixar a coisa degringolar desde o início – a saúde de qualquer RLP que você possa manter depende e sobrevive da estrutura com a qual você entra. As bases de uma RLP saudável são estabelecidas enquanto você está solteiro e namorando de forma não exclusiva. Ainda não encontrei o cara que me disse que está fazendo sexo mais frequente e intenso depois que sua situação de RLP/casamento/residência foi estabelecida. A principal razão para isso é o relaxamento da ansiedade competitiva que fez da urgência de transar com você com um abandono lascivo em sua fase de namoro um imperativo para que você se comprometa com a estrutura dela. Esse é o cerne da questão em que muitos caras falham, eles renunciam à estrutura antes de se comprometerem com um RLP. Eles acreditam (graças ao seu condicionamento feminino) que o compromisso exige e é sinônimo de aquiescer com o controle de estrutura por parte dela. Combine isso com familiaridade antissedutora e a crescente comunhãode seu próprio valor por causa disso, e você pode ver exatamente por que o interesse sexual dela diminui. Então, o que você faz para evitar isso? Em primeiro lugar, entenda que a estrutura na qual você entra em um RLP define a base desse RLP. Se você se encontra comprando uma mentalidade do tipo “é o mundo das mulheres e nós apenas vivemos nele”, onde sua presunção padrão é que o compromisso significa que ela vence por definição, que você perde e é assim mesmo, nem sequer considere um RLP. Ela entra no seu mundo, e não o contrário. Em segundo lugar, você precisa cultivar um elemento de imprevisibilidade sobre si mesmo antes e dentro de um RLP. Lembre-se sempre, perfeito é chato. As mulheres choram por quererem o Sr. Confiável e depois vão foder com o Sr. Excitante. Em um RLP, é necessário ser ambos, mas não um à custa do outro. Muitos homens casados têm pavor de agitar o barco da empolgação com suas esposas ou parceiras de longo prazo, porque suas vidas sexuais estão no equilíbrio por acalmar a ela e sua estrutura já predefinida. Ela deve ser lembrada diariamente por que você é divertido, imprevisível e emocionante, não apenas para ela, mas também para outras mulheres. Isso requer demonstrar disfarçadamente, com tato, implicitamente, que outras mulheres o acham desejável. As mulheres anseiam pela onda química que surge da suspeita e da indignação. Se você não fornecer, eles o receberão com prazer de tabloides, romances, The View, Tyra Banks ou de outra forma vivendo indiretamente através de suas namoradas solteiras. Por sagazmente manter a fonte dela fora desse fluxo, você se mantém estimulando a imaginação dela. Os homens casados, que foram derrotados antes de se comprometerem, não acham que os elementos do Jogo se aplicam ao casamento por medo de perturbar a estrutura de suas esposas, quando na verdade ser um arrogante metido a engraçado (N.T.: no original, “Cocky & Funny”, uma técnica PUA), se fazer de difícil e muitos outros aspectos do Jogo funcionam maravilhosamente. Apenas vencê-la ou aborrecê-la, de brincadeira, às vezes é suficiente para enviar a mensagem de que você não tem medo da resposta dela. Você pode quebrar a estrutura dela com arrogância e as imaginações que a acompanham. Romper com uma familiaridade estabelecida e previsível geralmente é uma ótima maneira de despertar a imaginação dela. Caras casados relatam como suas esposas se tornam sexuais depois deles irem à academia e começarem a ficar em forma após um longo hiato (ou pela primeira vez). É fácil entender isso pela ótica de que parecer melhor deixa as mulheres mais excitadas (o que é verdade), mas por trás disso está a quebra de um padrão. Você é controlável e previsível, desde que seja gordinho e apático – que outra mulher iria querer você? Mas comece a mudar seus padrões, entrar em forma, ganhar mais dinheiro, obter uma promoção, melhorar e demonstrar seu valor mais alto de alguma maneira apreciável, e a imaginação e a ansiedade da concorrência retornam. ESQUEMAS DE ENCONTROS Existem métodos e convenções sociais que as mulheres usam há séculos para garantir que os melhores genes masculinos sejam selecionados e protegidos com o melhor aprovisionamento masculino que ela é capaz de atrair. Idealmente, o melhor Homem deveria exemplificar os dois, mas raramente os dois existem no mesmo homem (particularmente nos dias de hoje), portanto, no interesse de alcançar seu imperativo biológico e motivado por uma necessidade inata de segurança, o feminino como um todo teve que desenvolver convenções e metodologias sociais (que mudam conforme o ambiente e as condições pessoais) para efetuar isso. Não apenas os homens enfrentam um imperativo genético feminino, mas também convenções sociais femininas centenárias estabelecidas e adaptadas desde muito tempo antes que os seres humanos pudessem determinar com precisão as origens genéticas. Eu detalhei em muitos dos meus posts no blog que a seleção de parceiros é uma função psicobiológica que milênios de evolução entrelaçaram nas psiques de ambos os sexos. Tão internalizado e socializado é esse processo em nossa inconsciência coletiva que raramente reconhecemos que estamos sujeitos a esses motivadores, mesmo quando manifestamos repetidamente os mesmos comportamentos solicitados por eles (por exemplo, mulheres que tiveram um segundo filho com o Alfa Bad Boy). É uma lógica dedutiva simples concluir que, para que uma espécie sobreviva, ela deve fornecer à sua prole as melhores condições possíveis para garantir sua sobrevivência – tanto isso quanto se reproduzir em quantidade que garanta a sobrevivência. A aplicação óbvia disso para as mulheres é compartilhar o investimento dos pais com o melhor parceiro possível que elas podem atrair e que pode fornecer segurança a longo prazo para ela e para qualquer filho em potencial. Assim, as mulheres são biológica, psicológica e sociologicamente os filtros de sua própria reprodução, enquanto a metodologia reprodutiva dos homens deve espalhar o máximo de seu material genético humanamente possível para o maior número de fêmeas sexualmente disponíveis. É claro que ele tem seus próprios critérios para selecionar e determinar o melhor par genético para sua reprodução (ou seja, “ela tem que ser gostosa”), mas o critério dele é certamente menos discriminador que o das mulheres (ou seja, “ninguém é feia depois das duas da manhã”). Isso é evidenciado em nossa própria biologia hormonal; homens saudáveis possuem entre 12 e 17 vezes a quantidade de testosterona (o hormônio primário na excitação sexual) que as mulheres, e elas produzem substancialmente mais estrogênio (instrumental na cautela sexual) e ocitocina (estimulando sentimentos de segurança e carinho) do que os homens. Dito isso, ambas as metodologias entram em conflito na prática. Para que uma mulher garanta melhor a sobrevivência de seus filhos, um homem deve necessariamente abandonar seu método de reprodução em favor dos dela. Isso, então, estabelece um imperativo contraditório para ele se unir a uma mulher que satisfará sua metodologia. Um macho deve sacrificar sua programação reprodutiva para satisfazer a da mulher com quem ele se une. Assim, com tanto potencial genético em risco por sua parte, ele quer não apenas garantir que ela seja a melhor candidata possível para a procriação (e futura criação), mas também saber que sua progênie se beneficiará do investimento de ambos os pais. Nota: Um resultado interessante dessa dinâmica psicobiológica é a capacidade dos homens de identificar seus próprios filhos em uma multidão de outras crianças mais rapidamente e com maior acuidade do que suas mães. Estudos mostraram que os homens têm a capacidade de identificar com mais rapidez e precisão seus próprios filhos em uma sala cheia de crianças vestidas com os mesmos uniformes que as mães da criança. Novamente, isso enfatiza a importância subconsciente dessa troca genética. Esses são os rudimentos da seleção e reprodução sexual humana. Obviamente, existem muitas outras complexidades sociais, emocionais e psicológicas associadas a esses fundamentos, mas essas são as motivações e considerações subjacentes que subconscientemente influenciam a seleção sexual. Convenções Sociais Para combater essa dinâmica subconsciente em benefício próprio, as mulheres iniciam convenções sociais e esquemas psicológicos para facilitar melhor suas próprias metodologias de criação. É por isso que as mulheres sempre têm a “prerrogativa de mudar de ideia” e os comportamentos mais volúveis se tornam socialmente desculpáveis, enquanto o comportamento dos homens é limitado a um padrão mais alto de responsabilidade de “fazer a coisa certa”, o que é invariavelmente a vantagem da estratégia reprodutiva da mulher. É por isso que caras que são ‘Jogadores’ e pais que abandonam as mães para seguir seu método de reprodução inato são vilões e pais que se sacrificam de maneira abnegada financeira e emocionalmente, abrindo mão de seus projetos pessoais, mesmo para o benefício de crianças que não geraram, são considerados heróissociais por cumprir os imperativos genéticos das mulheres. Essa também é a motivação principal das dinâmicas sociais específicas das mulheres, como “vamos apenas ser amigos” (VASA), a propensão das mulheres à vitimização (à medida que elas descobriram que isso gera esquemas mentais de ‘salvador’ para homens provedores – o famoso “eu vou tirar você desse lugar”[6]) e até o próprio casamento. Bons Pais vs. Bons Genes As duas maiores dificuldades para as mulheres superarem em sua própria metodologia é que elas estão apenas em um pico sexualmente viável por um curto período de tempo (geralmente com 20 e poucos anos) e o fato de que as qualidades que tornam um bom parceiro de longo prazo (o Bom Pai) e as qualidades que contribuem para um reprodutor (Bons Genes) raramente se manifestam no mesmo macho. O aprovisionamento e o potencial de segurança são motivadores fantásticos para o pareamento com um Bom Pai, mas as mesmas características que o fazem são geralmente uma desvantagem quando comparadas com o homem que melhor exemplifica a atração genética, física e as qualidades de tomada de risco que imbuiriam seu filho com uma melhor capacidade de se adaptar ao seu ambiente (ou seja, mais forte, mais rápido, mais atraente do que outros para garantir a passagem de seu próprio material genético para as gerações futuras). Este é o paradoxo Babaca vs. Cara Bonzinho, escrito em escala evolutiva. Homens e mulheres inatamente (embora inconscientemente) entendem essa dinâmica; portanto, para que uma mulher tenha o melhor que o Bom Pai tem a oferecer, enquanto tira proveito do melhor que o homem dos Bons Genes tem, ela deve inventar e modificar constantemente as convenções sociais para manter a vantagem em seu favor biológico e de acordo com sua estratégia sexual pluralista. Agendas Reprodutivas Esse paradoxo exige que as mulheres (e, por padrão, os homens) se submetam a agendas de relacionamentos de curto e longo prazo. Cronogramas de curto prazo facilitam a procriação com o macho dos Bons Genes, enquanto a procriação a longo prazo é reservada para o macho Bom Pai. Essa convenção e os esquemas psicossociais que a acompanham são precisamente o motivo pelo qual as mulheres se casam com o Cara Bonzinho, estável, leal, (de preferência) médico e ainda transam com o limpador de piscina ou o surfista fofo que ela conheceu nas férias de primavera. Em nosso passado genético, um homem com bons genes implicava a capacidade de ser um bom provedor, mas a convenção moderna frustrou isso, de modo que novos esquemas sociais e mentais tiveram que ser desenvolvidos para as mulheres. Traição Para essa dinâmica e a praticidade de aproveitar o melhor dos dois mundos genéticos, as mulheres acham necessário “trapacear”. Essa traição pode ser feita de maneira proativa ou reativa. No modelo reativo, uma mulher que já se pareou com seu parceiro de longo prazo se envolve em uma relação sexual extraconjugal ou extramarital com um parceiro de curto prazo. Essa é a esposa ou namorada infiel. Isso não quer dizer que essa oportunidade de curto prazo não possa se transformar em um segundo companheiro de longo prazo, mas a ação da infidelidade é um método para garantir um melhor estoque genético do que o fornecedor masculino comprometido é capaz de fornecer. Traição proativa é o dilema da mãe solteira. Essa forma de ‘traição’ se baseia na mulher que procria com um macho dos Bons Genes, tendo seus filhos e depois o abandonando, ou fazendo com que ele a abandone (novamente através de convenções sociais inventadas), a fim de encontrar um homem Bom Pai para sustentá-la e aos filhos de seus parceiros de Bons Genes para garantir sua segurança. Quero enfatizar novamente que (a maioria) as mulheres não têm algum plano mestre conscientemente construído e reconhecido para encenar esse ciclo e deliberadamente aprisionar homens nele. Em vez disso, as motivações para esse comportamento e as razões sociais que os acompanham, inventadas para justificá-lo, são um processo inconsciente. Na maioria das vezes, as mulheres desconhecem essa dinâmica, mas estão sujeitas à sua influência. Para uma fêmea de qualquer espécie, para facilitar uma metodologia de procriação com o melhor parceiro genético que ela é capaz de atrair e garantir a própria sobrevivência e a de seus filhos com o melhor parceiro provedor é uma loteria evolutiva. Cornice Em algum nível de consciência, os homens sentem inatamente que algo está errado com essa situação, embora possam não ser capazes de identificar por que a sentem ou entendê-la mal na confusão das justificativas das mulheres. Ou ficam frustrados com as pressões sociais para “fazer a coisa certa”, são envergonhados pelo martírio/síndrome do salvador e comprometidos com uma responsabilidade fingida por essas convenções. No entanto, alguns veem bem o suficiente para evitar mães solteiras, seja por experiência anterior ou observando outros cornos masculinos com a responsabilidade de criar e prover – não importa o quão envolvido – em função dos esforços bem- sucedidos de reprodução de outro homem com essa mulher. Os homens geralmente caem no papel do corno proativo ou reativo. Ele nunca desfrutará dos mesmos benefícios que os parceiros de curto prazo de seu cônjuge no mesmo grau, na forma de desejo sexual ou de imediatismo, ao mesmo tempo em que suporta as pressões sociais de ter que prover a prole desse pai de Bons Genes. Pode-se argumentar que ele pode contribuir minimamente para o bem-estar deles, mas em algum nível, seja emocional, físico, financeiro ou educacional, ele contribuirá com algum esforço para o estoque genético de outro homem em troca de uma forma mitigada de sexualidade/intimidade da mãe. Até certo ponto (mesmo que apenas por sua presença), ele está compartilhando o custo dos pais que deve ser custeado pelo parceiro de curto prazo. Se nada mais, ele contribui com tempo e esforço por ela, os quais ele poderia investir melhor em encontrar uma parceira sexual com a qual possa perseguir seu próprio imperativo genético por sua própria metodologia. No entanto, desnecessário dizer que não há escassez de homens sexualmente privados o suficiente para “enxergar através” das desvantagens do longo prazo, e não apenas gratificar, mas reforçar as más decisões de uma mãe solteira (más da perspectiva de seu próprio interesse) em relação à sua seleção e agendamento de provedores em troca de gratificação sexual de curto prazo. Além disso, reforçando o comportamento dela, ele reforça a convenção social para homens e mulheres. É importante ter em mente que, nessa idade, as mulheres são, em última instância, as únicas responsáveis pelos homens com quem decidem se acasalar (excetuando o estupro, é claro) e dando à luz seus filhos. Os homens assumem a responsabilidade por suas ações, não há dúvida, mas é por fim a decisão da mulher e seu julgamento que decide o destino dela e de seus filhos. AMORTECEDORES Rejeição é melhor que Arrependimento. Enquanto vasculhava algumas das minhas postagens anteriores no fórum SoSuave, isso me ocorreu; mais de 90% do que eu defendo lá pode ser reduzido a superar o medo de rejeição. 90% dos dilemas nos quais os PMFs se encontram, e a maioria das preocupações dos homens com o sexo oposto, encontra suas raízes nos métodos e meios que eles usam para reduzir a exposição à rejeição feminina. Estes são amortecedores destinados a reduzir o potencial dessa rejeição de intimidade. É claro que os homens não são os únicos que usam amortecedores – as mulheres também têm sua parte –, mas acho que seria muito mais produtivo para os homens reconhecerem essa propensão em si mesmos e verem os métodos que usam, e muitas vezes investem em suas psicologias pessoais, para se protegerem da rejeição. Praticamente todos os problemas comuns enfrentados por pessoas encontram sua base nesses amortecedores: RLDs – Relacionamentos a Longa Distância. Um cara engendrará um RLD porque se baseou em uma aceitação anterior de intimidade e, não sendo mais conveniente (devido à distância), ele se apegará ao “relacionamento”porque é um amortecedor contra a potencial rejeição de novas mulheres, em vez de aceitar o relacionamento como finalizado e voltar a entrar com maturidade na praça de namoro. É uma “coisa certa” percebida, mesmo que raramente recompensadora. Brincar de Amigos – geralmente após uma rejeição do tipo VASA, em que a percepção é de que o potencial interesse amoroso “pode” mais tarde se tornar íntimo com tempo e qualificação. Não importa o quão equivocado, o tempo e o esforço despendido por um sujeito para provar a si mesmo como o “namorado perfeito” é um amortecedor contra a rejeição adicional por novas mulheres em potencial, que depois é agravada por um senso moralista de dever de ser um amigo de verdade para sua garota VASA. Em essência, sua proteção contra novas rejeições é sua dedicação equivocada à garota VASA. Outra variação disso é a dinâmica “eu vou tirar você desse lugar”. E-mails, mensagens instantâneas e textos – eu também devo adicionar longas conversas telefônicas a essa lista, mas qualquer tecnologia que aparentemente aumente a comunicação serve como um amortecedor (para ambos os sexos) na medida que limita a comunicação interpessoal. A racionalização é que isso mantém em contato constante com seu interesse sexual (o que por si só é um erro), mas serve apenas como um amortecedor contra a rejeição dela. A percepção latente é que é mais fácil ler uma rejeição (ou ouvir uma) do que potencialmente ser rejeitado pessoalmente. Muitos caras vão contestar isso dizendo que textos e mensagens instantâneas são apenas como esta geração joga o Jogo. A diferença que eu argumentaria é que, quando a comunicação digital se torna seu método preferido de interação com as mulheres, é um amortecedor. Facebook e namoro on-line – este deve ser bastante óbvio pelas mesmas razões acima – o namoro on-line é talvez o melhor amortecedor já concebido – especialmente para mulheres com menos do que o ideal fisicamente. De fato, é tão eficaz que as empresas podem se basear nas inseguranças comuns e no medo da rejeição de ambos os sexos. Objetificação de gênero – isso pode ser menos óbvio, mas ambos os sexos se objetificam. Naturalmente, quando pensamos nisso, a noção popularizada é de que os homens objetificam as mulheres como objetos sexuais, mas as mulheres tendem a objetificar os homens como “objetos de sucesso” pela mesma razão. É mais fácil aceitar a rejeição de um objeto do que tomá-la de um ser humano vivo, respirando. É por isso que nos referimos à comunicação intergênero como um “jogo”. Nós “pontuamos” ou somos “abatidos”, não pessoalmente ou emocionalmente rejeitados; o amortecedor está na linguagem e na abordagem mental. Idealização de gênero – esse é o mito da “mulher de qualidade”. O amortecedor opera em autolimitações percebidas com base na busca de um parceiro ideal. Assim, desenvolve-se uma tendência a se fixar em uma mulher (UNIQUite) ou em um tipo de mulher (arquétipo de gênero). Ao limitar e/ou se fixar em uma mulher (ou tipo), o potencial de rejeição diminui, enquanto garante que qualquer rejeição real virá apenas daquilo que mais tarde será considerado mulher não qualificada. Rejeição = ‘Mulher de baixa qualidade’ e, portanto, é desclassificada. Isso funciona de maneira semelhante ao amortecedor de objetivação, na medida em que a mulher que entrega a rejeição é reduzida a um objeto. Mentalidade de escassez – A mentalidade “Pego o que posso e fico feliz por ter conseguido” atua como um amortecedor, pois funciona oposto ao do idealizador. Privação é motivação e, mantendo a “coisa certa” como a “única coisa”, o potencial para nova rejeição é eliminado. Mulheres mais velhas, mulheres mais jovens – Eu também deveria incluir certos tipos de corpo nessa categoria, mas o amortecedor está em certos tipos de mulheres com menor probabilidade de rejeitar um homem devido a suas circunstâncias pessoais. O debate dinâmico da Cougar[7] está sendo irrelevante agora, mas o problema é que as mulheres mais velhas, agindo de acordo com suas condições, estarão mais inclinadas a aceitar os avanços dos homens mais jovens. Na mesma linha, meninas muito jovens estarão mais aptas a aceitar os avanços dos homens mais velhos devido à ingenuidade e as mulheres gordas são mais fáceis de se tornar íntimas devido à privação sexual. Por si mesmas essas preferências não são amortecedores, mas uma preferência internalizada por mulheres específicas se desenvolve associando esse tipo específico de mulher à minimização de possíveis rejeições. Classificações – É o oposto de um amortecedor de “alto padrão” que pode ser agrupado com o de escassez. Existe a mulher que alguns caras realmente temem, porque ela é percebida como muito mais valiosa socialmente do que o homem comum se avalia. Pense em um diretora corporativa gostosa e escultural que corre maratonas, viaja muito, tem bons amigos, se veste bem etc. O pateta médio frustrado diz a si mesmo: “uau, ela está fora da minha categoria, eu seria logo abatido porque precisaria possuir A, B e C para estar em igual status social/status físico para ela se interessar”. Logo, a ideia internalizada de classificações é um amortecedor de racionalização útil contra rejeição. Pornografia – percebo que isso atrairá um pouco de atenção do cenário NoFap, mas a pornografia (como os homens a usam) é um amortecedor contra a rejeição. A pornografia não responde, a pornografia não precisa de algumas bebidas para relaxar, nem exige habilidades sociais para produzir recompensas. É uma liberação sexual conveniente, imediata, que requer nada mais que um PC e uma conexão à Internet (ou uma revista, se você preferir os meios analógicos). Podemos argumentar o aspecto obsessivo-compulsivo ou a justificativa “minha namorada e eu gostamos de pornô juntos”, mas para o homem solteiro a justificativa é a sua facilidade como amortecedor. Devo acrescentar também que é essa facilidade que faz as mulheres odiarem (quando eles fazem). A pornografia dá a um cara sua recompensa de graça; uma recompensa que deveria ser o melhor recurso dela é desprovida de valor quando um homem pode ter uma variedade infinita de experiências sexuais com o clique de um mouse. É acesso ilimitado a disponibilidade sexual ilimitada, sem o estresse dos métodos de aprendizado para conquistá-la das mulheres como recompensa. Esses são realmente apenas alguns exemplos notáveis, mas depois que você perceber como os amortecedores se manifestam, começará a ver como e por que eles são úteis contra a rejeição. Amortecedores são geralmente os caminhos de menor rejeição que se tornam “preferências” investidas pelo ego. Os amortecedores não são tanto sobre essas “preferências” quanto as motivações de aversão à rejeição por trás deles. Nesse ponto, você deve estar pensando: “Bem, que diabos, eu não quero sentir rejeição, por que não empregar amortecedores contra isso?” A principal razão para adotar a rejeição é que ela é melhor que o arrependimento. Faça uma varredura nesta lista curta de amortecedores; quantos deles se tornaram problemas maiores e de longo prazo para você do que uma rejeição brevemente dolorosa teria sido? Os amortecedores também tendem a se recompor, pois um tende a se encaixar em outro, ou mais, até que você não perceba mais que eles eram originalmente metodologias de prevenção de rejeição e gradualmente se associam à sua personalidade genuína. Após um período suficientemente longo, o amortecedor se torna “exatamente como eu sou”. Por fim, a experiência ensina duramente, mas ensina melhor. Rejeição real, crua, em seu rosto, arde como uma mordida. Deve ser algo tão intolerável que os seres humanos planejem inúmeras construções sociais e psicológicas para evitá-la. No entanto, não há professor melhor do que ser queimado pelo fogão. Como homem, você enfrentará a rejeição em muito mais facetas da sua vida do que apenas lidar com uma mulher. Os amortecedores que você aprende em um aspecto da sua vida serão onerosos quando transferidos para outro aspecto da sua vida. Todos esses amortecedores listados e muitos mais se tornamindicadores de com quanta confiança você lida com a adversidade. Alguns fazem você parecer um macho Beta afrescalhado, outros são partes sutis e irritantes de uma personalidade internalizada, mas a dependência deles revela cada vez mais seu caráter real para uma mulher. Você é Alfa o suficiente para tomar no queixo, sorrir e voltar com confiança para mais? Ou você vai correr, vai se bloquear, vai se esconder com amortecedores convenientes? COMPENSAÇÃO Uma das ordens mais altas de padrões físicos que as mulheres mantêm para os homens é a altura. Existem incontáveis tópicos na comunidade da machosfera que abordam isso, mas acho que, na melhor parte, não é difícil observar isso no ‘mundo real’. Devo acrescentar também que essa é uma característica central da Teoria do Social dos Encontros, na medida em que os seres humanos são sensíveis a assimetrias e desequilíbrios. Agora, antes que me digam de tantas maneiras que nem sempre é esse o caso ou “nem todas as meninas são assim”, deixe-me começar dizendo que esse não é o objetivo desta seção. Não quero discutir a logística de por que as mulheres preferem um parceiro mais alto ou a tendência de gostar de atrair o mesmo a esse respeito. O que estou falando é realmente a raiz da infame “doença do homem baixo”. É isso mesmo, você sabe de quem estou falando; o máximo em compensação pela inferioridade, a temida “doença do homem baixo”. Você conhece o cara. Cerca de 1,68 m, levantando o próprio peso no supino. Atitude badass, conversa com os caras maiores (que são praticamente todos eles) e joga seu ego ao por aí. Que achado, hein? Mas se você acha que isso é limitado apenas a homens baixos, está cometendo um erro. Veja bem, de muitas maneiras, todos compensamos as deficiências. Certa vez, li uma thread em outro fórum “não comunitário” que achou oportuno iniciar um tópico perguntando por que os homens mentem e isso me fez pensar por que qualquer um mente, homem ou mulher. Naquela época, eu também vinha respondendo muitas perguntas sobre questões que meio que tomamos como garantidas depois de discuti-las até a morte na machosfera; sendo uma delas a natureza da personalidade e a capacidade de alguém de mudar a própria ou tê-la mudada pelas circunstâncias, ou frequentemente ambos. Acho que é um erro de cálculo trágico de nossa parte pensar na personalidade como estática, imutável, ou questionar a ingenuidade dessa mudança, mas mais trágica é a dúvida de nós mesmos sobre essa mudança. Um truísmo simples que muitas pessoas adoram usar como cláusula de fuga conveniente é a noção SVM (seja você mesmo). É claro que isso é exatamente o que se diz como conselho quando realmente não sabem mais o que dizer. Dado isso, o que faz com que uma mudança de personalidade seja “genuína”? Muitos de nós provavelmente conhecem um indivíduo que começou a agir de maneira diferente em algum momento de sua vida. Isso pode ser o resultado de algum tipo de tragédia ou trauma (pense na Síndrome de Estresse Pós-Traumático) ou pode ser que o indivíduo tenha necessidade de mudar seu modo de pensar fundamental e faça a mudança por conta própria. Normalmente, nesses casos, pensamos neles como posers ou teimosos, tentando ser algo que não são. Eles refletem essa mudança na aparência, nas práticas regulares, nos amigos ou nas pessoas com quem se associam, atitudes, comportamentos etc. E é isso que choca as pessoas que conheciam sua personalidade anterior. O que nos faz duvidar da sinceridade de uma mudança pessoal é o que está em questão. Se a mudança deles é algo com o qual concordamos ou geralmente pensamos positivo, estamos menos inclinados a duvidar da ingenuidade dessa mudança. Mas quando a mudança deles entra em conflito com nossos próprios interesses, quando se choca dramaticamente com o que esperamos daquele indivíduo, é aí que duvidamos de sua sinceridade. Nós dizemos “cara, pare de tentar ser algo que você não é”, detonamos o cara, caímos nas banalidades do SVM porque entra em conflito com nossas interpretações. E, nessa dúvida, procuramos por razões pelas quais uma pessoa desejaria essa mudança; essencialmente, o que eles estão compensando? Pode ser engraçado presumir que alguém dirigindo um caminhão monstro pela estrada está compensando um pênis pequeno, mas a raiz dessa “compensação” é o que nos faz sentir desconfortáveis em nossa própria compensação interna. É uma tarefa bastante difícil para um indivíduo avaliar criticamente sua própria personalidade e, mais ainda, efetuar uma mudança nela, mas o insulto final é fazer com que os outros duvidem da veracidade dela. O que os outros deixam de ver é que, em algum momento do desenvolvimento de suas próprias personalidades, eles próprios tiveram que compensar deficiências, descontentamentos e estímulos para crescer e amadurecer. Este é um obstáculo gigantesco para a maioria dos homens comuns que desejam fazer a transição para algo mais. Gosto do termo masculinidade positiva, mas o ponto crucial de tudo isso é a ingenuidade da mudança real. Por que você está mudando? Há um ditado que diz que os patetas médios frustrados (PMFs) são como um monte de caranguejos no barril. Assim que alguém está prestes a sair, sempre há meia dúzia pronta para puxá-lo de volta. Adicione a isso uma dúvida de condicionamento social que diz para ele permanecer o mesmo, para não aspirar a mais, e ele estará fazendo o certo. E é incrível que qualquer PMF progrida além do que era. Isso tem sido denominado “bloqueio social”; dizem que ele está compensando e, de certa forma, estão certos, mas pelo motivo errado. As habilidades de PUA, psicologia e masculinidade positiva são todas compensações por deficiências. Eles vão além da modificação de comportamento – essa é a resposta fácil. Os PUAs ensinam um conjunto de comportamentos e scripts a serem imitados para mascarar um déficit. Essas são escolhas fáceis para os apologistas do SVM, porque são ações que geralmente não correspondem à personalidade anterior de uma pessoa. Eles não são “realmente” assim, então eles são posers, ou pior, foram enganados por caras que vendem a marca PUA de ferramentas de autoajuda. O que eles não veem é o desejo genuíno de mudar e as razões para isso. Quando compensamos, improvisamos, fingimos até conseguirmos; mas quem determina quando paramos de fingir? Você determina. Li todos os tipos de artigos duvidando da capacidade percebida que uma pessoa tem para adotar o ‘jogo natural’ em sua personalidade. É um processo de internalização com certeza, mas deve chegar a um ponto de transição onde a resposta padrão de um homem é a sua resposta de Jogo. É quem ele é agora. ALFA O que você está prestes a ler aqui não vai me fazer novos amigos. Eu sei porque qualquer discussão sobre o que constitui as características de Macho Alfa em um homem sempre fica obscurecida pelas percepções de quão bem pensamos que estamos alinhados com eles. A ‘comunidade’, a ‘machosfera’, o novo entendimento das relações de gênero que ganhou força nos últimos 12 anos sempre geraram suas próprias terminologias para conceitos mais abstratos. O perigo disso é que esses termos carecem de definição real e universal. Com o objetivo de ilustrar um conceito, esses termos geralmente são úteis – temos uma compreensão geral do que faz um ‘Beta’ ou um Herb[8], ou um homem que cai na mentalidade sublimada de ‘provedor’. Mesmo ‘Alfa’ em um contexto específico é útil como uma ferramenta ilustrativa, quando o assunto não é diretamente sobre ‘Alfaísmo’. É quando tentamos definir universalmente o que constitui as qualidades e os atributos de um macho Alfa que as faíscas começam a voar. Portanto, antes de continuar lendo, pense no que você acredita que faz um homem Alfa. Está na sua cabeça agora? Bom, agora deixe tudo isso de lado, limpe isso da sua cabeça e leia os próximos parágrafos da perspectiva de que você não sabe nada sobre Alfa. O Buda Alfa Fui apresentado pela primeira vez a Corey Worthington, o Buda Alfa, cortesia de Roissy e seu post “Umm, desculpe?” Você pode ir em frente, procurar e ler isso da perspectiva
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