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GENÉTICA FORENSE A genética forense é o ramo da biologia que utiliza técnicas de biologia molecular para determinar o perfil genético das amostras. As primeiras aplicações desta nova área ocorreram na década de 1980 no Reino Unido. O Ácido Desoxirribonucléico (DNA) propiciaram significativo impacto no campo da ciência forense, e foi pelas técnicas de identificação e análise do DNA, que foi verificado que esta era uma poderosa ferramenta para a identificação humana e para a investigação criminal. Sangue: O sangue é um dos vestígios biológicos mais comumente encontrados, especialmente em locais de crime. Saliva: É uma das amostras com menor risco de contaminação, além de poder ser coletada de maneira muito simples e não exigir grandes especificidades de armazenamento. Unhas: São mais úteis que os cabelos para extração de material genético, já que preservam uma quantidade maior de DNA mesmo quando cortadas. Cabelos: Os fios de cabelo precisam estar com a raiz para que haja material genético para análise. Restos mortais: Embora não seja uma empreitada fácil, ainda pode ser extraído material genético após anos da autópsia realizada. Preservativos: Costumam ser boa fonte de material genético, pois no caso de terem sido usados para relações sexuais, conterão fluídos biológicos de ambos os envolvidos no ato. Roupas intimas: As amostras só poderão ser utilizadas se houver presença de fluído corporal na peça. Outras amostras: Apesar de não poder afirmar de imediato se a amostra terá sucesso na análise, qualquer material que tenha entrado em contato com algum fluído biológico é fonte potencial de DNA. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), por ano cerca de um milhão de crianças em todo o mundo são vitimizadas sexualmente. O crime de estupro está previsto no Código Penal Brasileiro nos artigos 213, 217 e 226 com penas que variam de reclusão de 6 a 10 anos, podendo ser aumentadas para até 12 anos se a vítima for menor de 14 anos ou incapaz, e se resultar em morte podem chegar a 30 anos. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso” (Art. 213 do Código Penal Brasileiro) A mãe de uma criança de 11 anos, sexo masculino diagnosticado como autista, fez uma denuncia, pois desconfiava que seu filho havia sido vitima de violência sexual, tendo como autor seu vizinho. A vitima e o suspeito foram conduzidos a Pericia Forense do Estado do Ceará, pelas autoridades judiciais. RELATO DE CASO Swab oral e anal da vitima MATERIAIS E MÉTODOS Foi realizada a pesquisa de espermatozoides por técnica de microscopia óptica e exame presuntivo de esperma humano através da detecção de PSA (Proteína Prostática Especifica) utilizando técnica de imunocromatografia. EXTRAÇÃO DO DNA AMPLIFICAÇÃO DE DNA AmpF\STR(r)Yfiler da Applied Biosystems e Power Plex 16 HS da Promega Corporation totalizando 23 (vinte e três) loci gênicos e 16 (dezesseis) haplotípicos Os produtos de amplificação obtidos com os sistemas foram objeto de corrida eletroforética em capilar no aparelho ABI PRISM 3130 Genetic Analyzer da Applied Biosystems. A análise estatistica foi realizada utilizando-se o programa DNA MIX- versão 3.2 RESULTADOS O tempo entre a ocorrência do estrupo e a realização da perícia é determinante para o sucesso da identificação dos alelos. CONCLUSÃO Vale ressaltar que de acordo com a Lei 12.015 de 2009 o crime de atentado violento ao pudor foi fundido ao de estupro, levando com isso a uma profunda mudança no Codigo Penal Brasileiro. Baseado nesta mudança torna-se de extrema importância a identificação do material genético da vitima ao acusado e desta maneira podendo se caracterizar em estrupo. Gêmeos idênticos Cadáver carbonizado ou muito tempo submerso no mar Roupas coloridas e a ação PCR LIMITAÇÕES ROCHA, T. et al. A importância da coleta de material peniano do suspeito em casos de crimes sexuais: um relato de caso. Saúde, Ética & Justiça. IV Congresso Brasileiro de Genética Forense, v.18, n. spe, p. 45, 2013. LEITE, V. DA, S. et al. Uso das técnicas de biologia molecular na genética forense. Derecho y Cambio Social, v. 10, n. 34, p.1-21, 2013. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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