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MIP TEENS AGOSTO (1)

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MIP TEENS
Lição 01: Sacrificado? Eu?
Objetivos
Levar os alunos o confiar em Deus; Crescer na fé; Crer no poder de Deus.
TEXTO BÍBLICO: Gênesis 22.1-19
LEITURA DEVOCIONAL
Segunda – Gn 21.4 – 6
Terça – Hb 11.18
Quarta – Gn 22.2
Quinta – Gn 22.5
Sexta – Gn 22.14
Sábado – Is 53.7
Domingo – Gl 4.28
Material Didático
Use o notebook e o Datashow para expor a aula; busque imagens que têm a função de atrair a atenção dos adolescentes; caso não disponha de material tecnológico, use figuras de revistas que representam os objetos e animais utilizados no sacrifício.
Quebrando a Rotina
Frequentemente, somos colocados em situações adversas. Deparamo-nos com provações repentinas. No início, elas parecem insuportáveis, mas com o tempo é revelado o propósito de alcançarmos uma vida cristã frutífera. As provações independem das etapas da nossa existência: se na juventude ou na maturidade ou na velhice. Quando somos provados por Deus, a nossa vida torna-se uma caminhada de sacrifício (Rm 12.1), fazendo parecer que não temos vontade própria, sonhos particulares e projetos futuros. Só depois é que entendemos que fazer a vontade de Deus, sonhar o seu sonho e viver os projetos dEle é o melhor para nossa vida.
A provação nos faz crescer, alcançar a retidão e a justiça divina. Em meio às provas, somos chamados a entregar a própria vida em sacrifício vivo e agradável a Deus (Rm 12.1).
Nesta lição, veremos o quanto a fé e a obediência são essenciais para a vida cristã e o quanto podemos ser provados em nossa fé. Isaque sendo apenas um adolescente, o filho da promessa do velho Abraão, foi pedido em sacrifício a Deus. Sim, o único filho deveria ser sacrificado ao Senhor. Já pensou se Deus pedisse aos seus pais a sua vida em sacrifício, meu caro adolescente? Vamos aprender com Isaque hoje sobre submissão e confiança em Deus.
A Promessa de ter um Filho
Abraão já era velho quando recebeu a promessa de Deus de que seria o pai de uma grande nação (Gn 12.2; 15.5). Sara, sua esposa, não podia ter filhos, era estéril e também avançada em idade (Gn 16.1). Porém, o Senhor fez uma promessa ao seu servo Abraão e mesmo que Sara, algumas vezes, tivesse desacreditado da potente mão de Deus, que faz coisas impossíveis, o Senhor cumpriu cada uma das palavras proferidas a Abraão: “Ela ficou grávida e, na velhice de Abraão, lhe deu um filho. O menino nasceu no tempo que Deus havia marcado, e Abraão pôs nele o nome de Isaque” (Gn 21.2,3).
A alegria do nascimento de um filho finalmente havia chegado à casa de Sara, sua felicidade era imensa, pois ela jamais se via amamentando um bebé na idade que tinha. Você também é filho da promessa, sabia disso? Com certeza Deus traçou um plano e fez uma promessa aos seus pais para que você viesse a este mundo. £ hoje você está aprendendo mais da Palavra de Deus na Escola Dominical, e isso também não é por acaso, faz parte do plano divino. Creia, porque você é como Isaque para Deus, o filho da promessa.
Demonstração convincente do amor por Deus.
Aqui está retratada uma das experiências mais tremendas registradas em Gênesis. Toca às raias mais profundas da certeza que o crente tem de que o Deus que promete é fiel, ainda que dê ordens para destruir a prova de que suas promessas estão sendo cumpridas. Abrão se manteria fiel a Deus embora seu mais precioso tesouro na terra fosse eliminado?
Para os leitores modernos, a tradução ‘tentou’ gera confusão. Insinua muita coisa, levantando as perguntas: Deus estava instigando este homem a cometer pecado?, e: Deus queria mesmo humilhar e ferir seu mais dedicado adorador?
A palavra hebraica (nissah) significa ‘testar’ ou ‘colocar em prova’, e há traduções que preservam este significado (ARA). Neste exemplo, Deus estava testando a suprema lealdade espiritual de Abraão tocando na vida física de Isaque, a quem amas.
Havia aspectos da ordem que eram racionalmente inexplicáveis. Uma comunidade pagã justificaria o sacrifício humano dizendo que a vida dos sacrificados servia para fortalecer os deuses da comunidade em tempos da adversidade severa. Matar Isaque não seria de nenhum proveito óbvio para a vida do rapaz, a vida de Abraão ou a vida coletiva do clã. Até pior, contradizia as promessas de Deus.
[…] Para Abraão, o monte Moriá era um novo lugar, em honra da revelação da graça de Deus na hora da provação, deu ao lugar outro nome, O SENHOR proverá (v. 14 Jeová-Jiré, que significa ‘o Senhor vê’ e proverá). Podemos estar certos de que a volta para casa foi bem diferente da viagem ao monte Moriá. Abraão enfrentou a ameaça devastadora da morte e venceu seu poder pela confiança plena na integridade de Deus. Por outro lado, Deus demonstrou claramente que o sacrifício que Ele deseja é inteireza de coração, , rendição às suas ordens” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 1. CPAD, 2005, pp.72,73).
Pedido em Sacrifício
Chega um momento nessa história em que o Senhor pediu algo inesperado a Abraão. Isaque era o filho tão aguardado, tão querido, amado, e agora, estava sendo pedido em sacrifício pelo próprio Deus. Um pouco complicado de entender, não é verdade? Como Deus faz a promessa de dar um filho, e depois, Ele mesmo pede esse filho para ser morto em sacrifício? Mas Deus sempre sabe o que faz e o que pede. Imagine você, o coração do velho Abraão, nessa hora, deveria estar apertado, angustiado e em pedaços. Seu maior tesouro seria entregue à morte porque Deus o estava pedindo em sacrifício a Abraão. Como ele diria tais coisas a Sara, sua esposa?
Isaque seria sacrificado tão jovem, sua vida seria interrompida precocemente, porém, em nenhum momento, Abraão questionou a Deus por esse pedido, e também não o negou. O velho pai tinha plena confiança em seu Deus e sabia que Ele cumpriria a sua promessa de alguma forma. Por mais difíceis que sejam os “sacrifícios“, é por meio deles que o Senhor aperfeiçoa a nossa fé. Aqui, Abraão estava sendo provado em todos os sentidos. Nós também seremos provados por Deus ao longo da vida, e com certeza, alguns “sacrifícios” precisarão ser feitos.
Obediente, não Questionou
Pela madrugada, Abraão se levantou com seu filho Isaque; juntamente com alguns servos, tomaram os jumentos e os demais itens para o holocausto (Gn 22.3). Ele estava diferente dessa vez, não era como das outras ocasiões que iam juntos oferecer sacrifícios a Deus. Calado, olhando ao longe, talvez as mãos trémulas, mas caminhavam juntos em direção ao local que Deus mostrara. Embora não entendesse algumas coisas, também não questionou nada.
O silêncio só foi quebrado quando o jovem percebeu que algo estava faltando para o sacrifício: “Daí a pouco o menino disse: — Pai! Abraão respondeu: — Que foi, meu filho? Isaque perguntou: — Nós temos a lenha e o fogo, mas onde está o carneirinho para o sacrifício?” (Gn 22.7). Com certeza, neste momento o coração do velho Abraão estremeceu, mas disse ele confiante: “— Deus dará o que for preciso; ele vai arranjar um carneirinho para o sacrifício, meu filho. E continuaram a caminhar juntos” (Gn 22.8) — essa foi a resposta.  
Quando finalmente chegaram ao local do sacrifício, Abraão começou os preparativos, aparelhou o altar, arrumou a lenha, preparou o fogo e amarrou Isaque. O quê? Amarrou Isaque? £ ele permitiu que seu pai fizesse isso? Provavelmente muitas coisas se passaram rapidamente pela mente de Isaque, e Abraão o colocou amarrado e deitado sobre o altar (Gn 22.9). Isaque não questionou, não brigou, não se debateu e muito menos tentou fugir. Aqui, Isaque é para nós um dos maiores exemplos de submissão e obediência à vontade de Deus. Ele confiava totalmente em seu pai Abraão que, por sua vez, confiava profundamente em Deus.
COMPLEMENTO
Aprendemos da prova de Abraão e Isaque que:
1. Deus, às vezes, prova a fé de seus filhos. Tal prova deve ser considerada uma honra no reino de Deus; 
2. O crente deve confiar em Deus, que Ele estará presente, concederá, sua graça e tudo quanto for necessário, em qualquer circunstancia dentro da vontade divina.
3. Deus constantemente realiza seu propósito redentor, restaurador, através da morte de uma visão; Ele pode deixaracontecer em nossa vida, coisas que parecem destruir nossas esperanças e sonhos;
4. Depois de uma provação da fé, Deus confirmará, fortalecerá, estabelecerá e recompensará o crente;
5. Para se achar a verdadeira vida em Deus é preciso sacrificar tudo quanto Ele requer;6. Depois de um teste de sofrimento e de fé, o resultado final da parte do Senhor para com o crente é que Ele é ‘muito misericordioso e piedoso'” (Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995, p.64- Nota).
A Plena Confiança é Recompensada
Quando Abraão levantou a sua mão e o cutelo, isto é, uma espécie de faca, para imolar seu próprio filho, ouviu um brado dos céus que dizia: “Abraão! Abraão! […] O Anjo disse: — Não machuque o menino e não lhe faça nenhum mal. Agora sei que você teme a Deus, pois não me negou o seu filho, o seu único filho” (Gn 22.11,12).Imagino que Abraão tenha desamarrado rapidamente seu filho e o abraçado bem forte, e depois, ambos louvaram a Deus. Abraão não negou em nenhum momento o seu único filho, pois o patriarca tinha convicção das promessas de Deus em sua vida, assim como Isaque, que mesmo jovem, confiou e obedeceu em tudo a seu pai e a Deus. E essa atitude foi honrada.
Abraão levantou os olhos e viu um cordeiro em meio aos arbustos, tomou-o na mesma hora e ofereceu-o em sacrifício no lugar de seu filho (Gn 22.13). As promessas de Deus na vida do velho Abraão foram mais uma vez renovadas e confirmadas (Gn 22.15-18). Por isso, podemos confiar que o Senhor recompensa quem lhe é fiel.
Fidelidade – O significado básico de ‘emûnãh‘ é ‘certeza’ e ‘fidelidade’. O homem pode se mostrar ‘fiel’ em sua relações com os membros da raça humana (1Sm 26.23). Mas, geralmente, a Pessoa a quem se é fiel é o próprio Senhor: ‘Assim, andai no temor do SENHOR com fidelidade e com coração inteiro’ (2Cr 19.9)” (Dicionário Vine. CPAD, 2009, pp.128,29).
Conclusão:
Abraão confiou em Deus com uma fé única, tanto que ele é chamado de o “pai da fé”. Se observarmos no capítulo 22, o versículo 5, ele disse aos seus servos antes de subir ao sacrifício: “Fiquem aqui com o jumento. Eu e o menino vamos ali adiante para adorar a Deus. Daqui a pouco nós voltamos”. Ele tinha certeza de que não voltaria sozinho, ele ti nhã fé que Isaque não seria morto. Deus provou a fé de Abraão, e Isaque se mostrou humilde, obediente e cheio de fé também, nenhum jovem se comportaria dessa forma diante de um pai já com idade avançada, porém, Isaque sabia da importância de um sacrifício quando este era requerido pelo próprio Deus.
 Lição 02: Fui Injustiçado
OBJETIVOS
Estimular a fidelidade a Deus, mesmo diante de circunstâncias adversas; Conscientizar sobre o perdão e a importância de ter um coração limpo; Explicar os sonhos de Deus para o aluno.
TEXTO BÍBLICO
Gênesis 37.12-36 
LEITURA DEVOCIONAL
Segunda – Gn 37.9
Terça – Gn 37.20
Quarta – Gn 39.5
Quinta – Gn 39.12
Sexta – Gn 41.39
Sábado – Gn 41.42
Domingo – Gl 45.15
ESTUDANDO A BÍBLIA
O cristão precisa entender que, para alcançar os seus objetivos e realizar os sonhos é necessário enfrentara sofrimento, esperar o tempo certo de Deus agir e confiar em sua providência. O sofrimento nos faz alcançar a maturidade, o crescimento pessoal e espiritual, principalmente quando entendemos os propósitos de Deus para a nossa vida. Por isso, devemos compreender que não há vitória sem luta, alegria sem sofrimento e sonho sem o tempo de espera. A história de José é uma das narrativas mais famosas da Bíblia. Muitos jovens e adolescentes identificam-se com essa história, não é mesmo? Talvez sua luta não seja tão difícil quanto a de José, que foi vendido por seus irmãos e também trabalhou como escravo na casa de Potifar, sendo cobiçado por sua mulher e depois levado preso. Mas você deve enfrentar outras dificuldades e desafios do nosso tempo todos os dias. O importante é que Jesus Cristo está conosco sempre (Mt 28.20).
Um Jovem Sonhador
Os sonhos que esse jovem de apenas 17 anos tinha não eram comuns, eram sonhos que o próprio Deus dera para sua vida (Gn 37.5-11). £ isso causava inveja em seus irmãos. Além disso, Israel amava mais a José do que a todos os seus filhos, pois este era o filho da sua velhice (Gn 37.3). Jacó, também conhecido como Israel, era filho de Isaque, neto de Abraão, ou seja, José era bisneto de Abraão. Jacó teve filhos com outras mulheres, e com as servas delas, sendo isso comum naqueles tempos (Gn 37.2).
A maneira como Deus falava com José, através de sonhos, incomodava seus irmãos e algumas vezes até seu próprio pai (Gn. 37.7-10). Porém, os sonhos que Deus dava a José eram proféticos e anunciavam um tempo que ainda estava por vir na vida do jovem e de sua família. Ninguém imaginava o que estava preparado para a vida de José, nem Jacó, nem seus irmãos e nem mesmo ele. Assim são muitas vezes os planos que Deus tem para sua vida, caro adolescentes.
Desde cedo, coloque os seus sonhos nas mãos de Deus em oração, para que tudo venha a se cumprir de acordo com a soberana vontade divina. Esteja no centro da vontade de Deus, permanecendo fiel ao Senhor, pois no tempo certo, como ocorreu na vida de José, El e virá ao seu encontro.
Um jovem com um sonho
A história de José começa de forma agourenta: E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice’ (37.3). É um prenúncio de problemas, a exemplo do que ocorre com ‘amava Isaque a Esaú […] mas Rebeca amava a Jacó’ (Gn 25.28). Talvez a expressão ‘amava mais que’ nos faça lembrar de ‘era mais astuta que’ (3.1), outra expressão que também anunciava problemas. O pai deu ao filho ‘uma túnica de várias cores’ ou ‘uma túnica talar de mangas compridas’, conforme o que lemos em 37. Os irmãos reagiram com inveja.
[…] Como podemos avaliar aquilo que motivava José naquele momento? Será que ele, nas palavras de G. W. Coats, ‘tinha sonhos grandiosos e espontaneamente se gabava deles e de seu óbvio significado perante todos os membros da família’? Ou, como afirma W. L. Humpheys, devemos ler os sonhos de José e o fato de ele contá-los como ‘algo entre uma bravata de um adolescente mimado com dezessete anos de idade e sinais dados por Deus a respeito do futuro de sua família‘?
O comportamento de José não foi diferente do comportamento do jovem Davi, que se dispôs a enfrentar Golias (l Sm 17.26,31) apesar dos protestos de Saul e de seus irmãos mais velhos. Os sonhos provêm de Deus. Para o José adolescente, a revelação teve ao menos um significado: Deus tinha um plano para sua vida, e esse plano envolvia algum tipo de liderança. Temos aqui um adolescente com senso de destino divino. Ele compartilha esse fato em virtude do entusiasmo que sentia, não por insolência. ‘Eis-me aqui, Senhor, envia-me a mim’. Seus irmãos, no entanto, não puderam tolerar isso.
Decerto, não é a primeira vez que Gênesis chama a atenção para o sonho de alguém. Entre sonhos anteriores, estão os de Abraão (15.12-16), Abimeleque (20.3), Jacó (28.10-16) e Labão (31.24). O que diferencia o sonho de José dos anteriormente apresentados é que, em todos os outros, Deus fala de modo claro com o que sonha. Em contrapartida, nos dois sonhos de José, nada lhe é dito. Os dois sonhos, sucedidos por sua viagem ao Egito (uma viagem que no devido tempo redundaria na salvação de Israel [45.5; 50.20]), são certamente análogos aos sonhos do José do Novo Testamento. Ele também seguiu para o Egito após dois sonhos (Mt 1.20,21; 2.13) em circunstâncias difíceis, levando consigo Maria e a criança que ‘salvará o seu povo dos seus pecados’ (Mt 1.21)” (HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. CPAD, 2007, pp.137,38).
Injustiçado dentro de sua Própria Casa
Jacó fez uma túnica de várias cores para seu filho José (Gn 37.3), uma túnica colorida que era diferente de todas as outras. Isso aborreceu ainda mais os irmãos de José, que viviam cansados dos sonhos do jovem. Certo dia, José estava procurando seus irmãos no campo e quando de longe os avistou, eles logo conspiraram contra o jovem dizendo uns aos outros: “Lá vem o sonhador! Venham, vamos matá-lo agora. Depois jogaremos o corpo num poço secoe diremos que um animal selvagem o devorou. Assim, veremos no que vão dar os sonhos dele” (Gn 37.19,20).
Os sonhos de José diziam que, atando feixes de trigo no campo, o feixe de José se levantava e ficava de pé enquanto os de seus irmãos o rodeavam e se inclinavam a ele. Assim como também outro sonho que dizia que o sol, a lua e onze estrelas se inclinavam para José (Gn 37.7-9), ou seja, simbolicamente isso dizia que todos eles um dia iriam se prostrar diante de José (veremos que realmente todos esses sonhos vieram a se cumprir). Por isso os irmãos dele sentiam tanta inveja, raiva e zombavam dele e de seus sonhos.
Contudo, naquele dia, em vez de matá-lo ali no campo como planejado inicialmente, os irmãos de José resolveram apenas jogá-lo numa cova vazia sem água e quando avistaram uma caravana de ismaelitas que iam para o Egito, decidiram vendê-lo como escravo (Gn 37.26-28). Os irmãos de José esconderam o fato de Jacó, e mentiram para ele, alegando que o jovem havia sido morto por um animal feroz e mancharam sua túnica colorida com sangue de cabrito.
A Bíblia nos fala que Jacó chorou a morte de José por muitos e muitos dias (Gn 37.32-35). Diante de tudo isso que aconteceu, podemos imaginar que José se sentiu injustiçado, desprezado e odiado pelos seus irmãos e certamente pensara que seus sonhos haviam morrido.
O Casaco Colorido de José
José ganhou uma túnica feita de muitas peças. As peças adicionais eram, provavelmente, mangas compridas que atrapalhavam quando havia serviço a fazer. (Quando as mulheres usavam mangas longas e largas, elas as amarravam atrás do pescoço para que os braços ficassem livres). Isso indicava que José não devia fazer trabalho pesado; ele era o herdeiro escolhido para governar a família (Gn 37.3)”.
Deus honra José no Egito
Deus foi com José em cada momento difícil que ele passou, enquanto estava naquela cova. Deus o livrou, enviando a caravana para que fosse vendido como escravo. No Egito, foi para a casa de Potifar, um egípcio, capitão da guarda de Faraó. Ali, José logo se destacou e se tornou próspero, tanto que Potifar achou confiança no jovem, entregando toda sua casa nas mãos dele (Gn 39.3-6). A Bíblia relata que José era muito bonito e logo chamou a atenção da mulher de Potifar, que o desejou (Gn 39.7).
Como ele era temente a Deus, recusou-a, que indignada, armou uma emboscada para o jovem que logo foi enviado para a prisão (Gn 39.8-20). Mesmo assim, José prosperava, e o carcereiro da prisão entregou as chaves nas mãos dele para que cuidasse de tudo ali (Gn 39.21-23).
José poderia ter cedido aos desejos daquela mulher que certamente “se atirou” em cima dele, mas o jovem resistiu, pois sabia que desagradaria a Deus ao deitar-se com a mulher de seu senhor. Por esses e tantos outros motivos, Deus abençoava a José no Egito. Deus também quer se agradar da nossa vida e nos abençoar!
O relacionamento do crente com a providência divina
O crente, para usufruirás cuidados providenciais de Deus em sua vida, tem responsabilidades a cumprir, conforme a Bíblia revela.
1. Ele deve obedecer a Deus e à sua vontade revelada. No caso de José, por exemplo, fica claro que, por ele honrar a Deus, mediante até sua vida de obediência, Deus o honrou ao estar com ele (39.2,21,23). Semelhantemente, para o próprio Jesus desfrutar do cuidado divino protetor entre as intenções assassinas do rei Herodes, seus pais terrenos tiveram de obedecer a Deus e fugir para o Egito (cf. Mt 2.13). Aqueles que temem a Deus e o reconhecem em todos os seus caminhos têm a promessa de que Deus endireitará as suas veredas (Pv 3.5-7).
2. Na sua providência, Deus dirige os assuntos da igreja e de cada um dos seus servos. O crente deve estar em constante harmonia com a vontade de Deus para sua vida, servindo-o e ajudando outras pessoas em nome dEle (At 18.9,10; 23.11; 26.15-18; 27.22-24).
3. Devemos amar a Deus e submeter-nos a Ele pela fé em Cristo, se quisermos que Ele opere para o nosso bem em todas as coisas (cf. Rm8.28).Para termos sobre nós o cuidado de Deus quando em aflição, devemos clamar a Ele em oração e fé perseverante. Pela oração e confiança em Deus, experimentamos a sua paz (Fp 4.6,7), recebemos a sua força (£f 3.16; Fp 4.13), a misericórdia, a graça e ajuda em tempos de necessidade (Hb 4.16; Fp 4.6). Tal oração de fé, pode ser em nosso próprio favor ou em favor do próximo (Rm 15.30-32; Cl 4.3)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995, p.106).
O Poder do Perdão
Na prisão, José interpretou dois sonhos que se cumpriram na íntegra, o sonho do padeiro, que depois foi morto, e o sonho do copeiro, que foi restituído ao seu cargo junto a Faraó (Gn 40.5-22). Certo dia, quando Faraó teve sonhos que o perturbaram fortemente, o copeiro lembrou-se de José, que interpretava sonhos na prisão, e avisou a Faraó de tal feito (Gn 41.1-13). José foi logo chamado para estar ã presença do rei, e interpretou sabiamente seus sonhos (Gn 41.14-36). Impressionado com o rapaz, Faraó o instituiu governador de todo o Egito (Gn 41.38-40).
Depois de tanto sofrimento e humilhação, finalmente, José foi honrado por Deus diante de Faraó e todo o Egito, cumprindo-se assim a promessa de Deus. Os sonhos que Faraó tivera, anunciavam um período de 7 anos de fome que viria sobre o Egito. Porém, antes, haveria 7 anos de fartura, e com uma boa administração, seria possível guardar mantimento suficiente para suprir os anos de fome.
Quando José interpretou os sonhos de Faraó, também deu a ele uma solução. Por conta disso, o jovem hebreu foi designado a governador, para administrar os mantimentos. E chegado os anos da fome, a família de José desceu ao Egito para comprar alimento (Gn 42.1,2).
Quando os irmãos de José chegaram à sua presença, ele os reconheceu imediatamente, porém, eles, não. E José se lembrou de seus sonhos quando viu seus irmãos prostrados diante dele. Ele os acusou de serem espiões e, a fim de que eles provassem o contrário, pediu para que um deles ficasse preso e os demais voltassem trazendo o irmão mais novo, Benjamim.
Assim, José testou seus irmãos, e percebeu que havia grande arrependimento por tudo que fizeram a ele quando o venderam para o Egito (Gn 42.1-44.24). No texto de Gênesis 45, José tem a atitude mais nobre que um ser humano pode ter: Perdoar. Ele os perdoou e ainda tirou o peso da culpa de seus irmãos: “Agora não fiquem tristes nem aborrecidos com vocês mesmos por terem me vendido a fim de ser trazido para cá. Foi para salvar vidas que Deus me enviou na frente de vocês” (Gn 45.5,7-8).
AUXILIO DIDÁTICO
Caro professor, nesse momento da aula você pode enfatizar as possíveis causas do sofrimento na vida das pessoas. E importante que seus alunos saibam que Deus não deseja o nosso sofrimento, mas existem pessoas que desobedecem a Palavra de Deus, e por conta disso, as consequências advêm. Enfatize também que, embora sirvamos a Deus, muitas vezes passamos por injustiças, mas ainda assim, devemos amar o Senhor e confiar em sua providência.
Olhando mais perto:
a) Algumas vezes, sofrimentos acontecem não porque Deus permitiu, mas por causa de nosso próprios erros.
b) Quando uma pessoa bebe muito álcool, dirige e causa um acidente que mata alguém a ação dessa pessoa causa sofrimento. Não podemos culpar Deus.
c) Algumas vezes, sofremos por nossa própria opção. Se uma criança fica de castigo por desobedecer, ela está sofrendo as consequências de sua própria desobediência.
d) Às vezes, nossa própria ignorância causa sofrimento nos outros. Nós podemos acidentalmente machucar os sentimentos de alguém falando alguma coisa que não é verdade.
e) Algumas vezes, Deus permite o sofrimento como uma punição para ajudar pessoas ase arrependerem e a se voltarem para seus pecados. Ele quer que elas aprendam com suas punições.
f) Deus pode transformar qualquer tipo de sofrimento em algo bom.
g) Satanás é o inimigo de Deus. Ele se satisfaz ao fazer coisas más e ama quando pessoas sofrem. Ele é sórdido, mesquinho e odeia quando coisas boas acontecem” 
Conclusão
Aprendemos com a história de José que apesar de tudo quanto passou viveu, não sedeixou contaminar pela raiva ou pela vingança contra seus irmãos. Em vez disso, foi nobre em perdoá-los e reconheceu que tudo que Deus permitiu que acontecesse foi preciso para que chegasse ao Egito e se tornasse governador a fim de livrar o seu próprio povo no tempo oportuno. Por isso, José sempre foi abençoado e próspero, pois temia a Deus desde muito jovem e confiava em seus desígnios acima de qualquer coisa. Seja você também, um “José” desse tempo moderno!
José é um grande exemplo de humildade e de esperança em Deus. Longe dos seus familiares e convivendo com um povo diferente, passou por humilhações, mas foi abençoado. Honrava seus superiores e demonstrou integridade quando recusou se deitar com a mulher de Potifar. Foi levado preso injustamente, mas não desistiu de confiar em Deus. Manteve-se fiel ao Senhor sem recuar. Também na prisão foi novamente abençoado, dando um bom testemunho, tornando-se conhecido. Logo, Deus o colocou como governador de todo o Egito.
E quando teve a oportunidade de reencontrar-se com seus irmãos que o venderam, em vez de pensar em vingança, perdoou-os com amor e ainda os levou para gozar de uma vida próspera com ele no egito. Quantas lições podemos aprender com a vida desse jovem sonhador, não é mesmo?
Que você também, meu caro adolescente, possa ser um exemplo de integridade, humildade, compaixão e perdão, a fim de adquirir maturidade para um dia entender que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28). José entendeu que tudo fazia parte de um plano para que Deus o abençoasse, o ensinasse e transformasse o caráter de seus irmãos.
Refletindo
1. O que eu posso fazer para ser semelhante a José? Honrar a Deus, temê-lo de coração e confiar nas suas promessas.
2. A quem devemos honrar com a nossa vida? Deus.
3. Como tenho testemunhada de minha fé em Cristo diante dos meus colegas? Resposta pessoal.
Lição 03: Usando a Sutileza a Favor de Meu Povo
OBJETIVOS
Mostrar que Deus usa crianças e adolescentes que o buscam;
Afirmar que Deus tem projeto grandioso na vida de cada um;
Estimular os alunos a agirem como Miriã
TEXTO BÍBLICO
Êxodo 2.1-10
Destaque”
Então a irmã da criança perguntou à princesa: — Quer que eu vá chamar uma mulher israelita para amamentar e criar esta criança para a senhora?” (Êx 2.7).
LEITURA DEVOCIONAL
Segunda – Êx 1.17
Terça – Êx 1.12
Quarta – Êx 2.4
Quinta – Êx 2.7
Sexta – Êx 2.10
Sábado – Êx 15.20
Domingo – Êx 15.21
Quebrando a rotina
Além de sutil, Miriã foi iluminada por Deus. A jovem irmã de Moisés o protegeu da morte e cuidou para que ele fosse instruído nos costumes do seu povo, bem como nos do Egito. Afinal de contas, Moisés seria educado para ser um príncipe egípcio. Elabore uma dinâmica com os alunos, apresentando diversos problemas sociais e espirituais em tópicos; jovens usando drogas, se prostituindo, pais se separando, depressão, suicídio, etc. Permita aos alunos pensarem numa solução estratégica e espiritual para esses problemas. Separe um tópico (problema), para cada um. Em seguida, explique que deverão escrever a solução do problema para apresentá-la na próxima aula. Como incentivo aos alunos, você poderá premiá-los pelo desempenho
AUXILIO DIDÁTICO
Caro professor, ao iniciar a lição, é interessante que seus alunos compreendam o significado real da “sutileza” de Miriã. A palavra sutileza, aqui, não possui um sentido pejorativo, e sim apreciativo. De acordo com o Dicionário Houaiss, a palavra sutileza significa “qualidade ou caráter do que é sutil; agudeza de inteligência, de espírito; de maneira suave de ser; brandura, delicadeza”. Nesse caso, Miriã se comportou de maneira sábia, afim de livrar seu irmão mais novo do mal designado sobre os meninos que nasciam naquele período. Portanto, caro professor, explique a turma com clareza que a nossa inteligência deve ser usada para aquilo que é proveitoso para o Reino de Deus.
Vou ficar Vigiando
Naqueles dias, uma mulher hebreia por nome de Joquebede, tornou a engravidar de Anrão, da tribo de Levi, e lhe nasceu um menino. Sua mãe vendo que o bebé era bonito e sadio, o escondeu por três meses. Quando não o podiam mais esconder, Joquebede preparou uma pequena “arca” (ou cesto), vedou-a para que não entrasse água, e a colocou para ser levada pelas águas do rio (Êx 2.3). A Bíblia diz que a “irmã do menino ficou de longe, observando para ver o que aconteceria” (Êx 2.4). A “irmã” aqui apresentada é a personagem principal da nossa lição.
Neste texto de Êxodo 2, não sabemos o seu nome, que só será citado após a travessia do Mar Vermelho. Mas de acordo com a história bíblica, sabemos que o nome da nossa protagonista é Miriã, e Deus usou a sua sutileza como estratégia para libertar o seu povo do Egito. A pequena Miriã sabia que seu irmão não podia morrer, pois Deus faria grandes coisas através da vida daquela criança. Miriã, sendo ainda uma adolescente, acreditou num futuro melhor para seu irmãozinho e, por isso, não descuidou de sua vida. Ainda hoje, Deus usa meninas corajosas,’ como usou Miriã. Queridos adolescentes, vocês também são parte da estratégia de Deus para libertar essa geração dos males desse mundo.
 
E certo supor que Moisés foi criado como príncipe egípcio e recebeu a melhor educação possível para um jovem daqueles dias. O nome Moisés era lembrança constante de sua origem, pois o significado hebraico é ‘tirado para fora’ e o significado egípcio é ‘salvo da água’. Pelo que deduzimos, as primeiras palavras da mãe produziram frutos que se mantiveram vivos no coração do rapaz. Em seu interior desenvolveu-se um senso de justiça e um ódio da injustiça que acabaram brotando em suas ações posteriores” 
 
A Filha de Faraó
A filha de Faraó estava naquele momento se lavando, e suas donzelas passeavam às margens do rio, quando avistou a arca no meio dos juncos (Êx 2.5). Juncos são plantas que crescem em lugares úmidos formando uma vegetação sobre as águas. Uma das donzelas imediatamente pegou aquela arca e levou à sua senhora (Êx 2.5,6).Na mesma hora, a pequena Miriã se apresentou à filha de Faraó, e perguntou se queria que chamasse uma das hebreias para criar o menino e a princesa ordenou que sim (Ex 2.7). Neste momento, Miriã foi estrategista, visto que a princesa queria o menino para si. Sendo ainda um bebé, a criança necessitava de cuidados. Foi aí, então, que Miriã chamou a própria mãe do menino para criá-lo (Êx 2.8).
Moisés deve ter sido ensinado pelo ‘professor dos filhos do rei’, na corte real, e aprendido a escrever os hieróglifos egípcios com tinta sobre os papiros. Ele provavelmente aprendeu também a escrita cananita, porque Canaã era sócia do Egito na época. Quando Moisés recebeu ordem de ensinar a lei ao povo, isso foi feito por repetição e exemplo (Dt 11.19), leitura pública (Dt 31.10-13), e uso de música escrita (Dt 31.19). Desde que era comum no Egito cantar as lições, isso reflete provavelmente a maneira como Moisés foi ensinado. Pode ser importante notar que Deus chamou Moisés para a liderança com base num forte ambiente educacional […]” (GOWER, Ralph. Novo Manual de Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. CPAD, 2012, pp.73,74).
Cuidaremos do Menino
Quando o Senhor tem um projeto a realizar com o seu povo, Ele prepara tudo. O Senhor livrou aquela criança de ser morta no parto, uma vez que sua mãe o escondeu por três meses. Depois o livrou dos perigos do rio e cuidou para que a filha de Faraó o tomasse como seu próprio filho, e ainda permitiu que Moisés fosse criado por Joquebede, sua própria mãe: “Aia princesa lhe disse: — Leve este menino e o crie para mim, que eu pagarei pelo seu trabalho. A mulher levou o menino e o criou” (Ex 2.9).
Assim, Moisés foi criado por sua família. Miriã era temente a Deus e aos costumes dos hebreus, do mesmo modo que era obediente aos seus pais. Miriã sabia da importância da criação de Moisés junto à sua família, sobretudo pelo carinho, e também por causa dos costumes, sendo fiel ao Deus de seus pais. Quando o menino cresceu foi levado ao palácio afim de ser adotado pela filha de Faraó. Ela é quem lhe deuo nome de Moisés, que significa: “eu o tirei da água” (Êx 2.10).
Conclusão
A mãe de Miriã deve ter ficado muito orgulhosa, visto que sua filha salvou Moisés da morte e ainda conseguiu que o menino fosse criado pela sua família. Miriã, usada por Deus, cuidou e salvou a vida do maior líder que Israel viria a ter. A sutileza dessa jovem nos prova que Deus usa seus filhos a qualquer tempo, independentemente de conhecimento ou idade. Ele usa a todos quantos desejam ser usados.
Quando lemos a história do nascimento de Moisés, muitas vezes não percebemos os atos de sua irmã Miriã, que foram essenciais na trajetória do maior líder de Israel no Antigo Testamento. O nascimento, o escape da morte, sua adolescência, a criação no Egito e, depois, o tempo no deserto, tudo fazia parte do plano divino para a vida de Moisés. E Miriã teve participação em muitas conquistas do povo hebreu. Desde o livramento de morte no Rio Nilo, em que entregou Moisés para ser filho da princesa do Egito, até o momento de alegria e dança que entoou ao Senhor, após a travessia do povo de Israel no Mar Vermelho.
Desse modo, Miriã se destacou em cada uma das profecias que ela proferiu. Deus traçou um plano para sua serva desde pequena. Caro adolescente, nunca despreze seus atos ou seus feitos; cada um deles, por menores que pareçam, tem um grande valor para Deus. Que esta lição fique gravada em nossas mentes para que nunca venhamos a desprezar as coisas de Deus, tanto as pequenas ações como as pessoas mais simples, pois odos têm igual valor e importância para Ele em Seu Reino.
Refletindo
1. Em que a nossa história é semelhante ao cuidado de Miriã para com o seu irmão, Moisés?
Resposta pessoal. O aluno deve ser levado a se identificar com o relato contado na lição.
2. Cite um exemplo pessoal em que Deus usou a sua habilidade para ajudar outras pessoas. Resposta pessoal. O aluno deve ser levado a se lembrar de um ato que ele fez em que o Senhor usou sua habilidade para ajudar o próximo.
3. Qual característica de Miriã chamou mais a sua atenção?
Lição 04: Como Pude Desperdiçar os Meus Talentos
Objetivos
Expor ás consequências da desobediência a Deus;
Fazer a reflexão sobre as escolhas que fazemos;
Estimular a obediência à vontade de Deus.
TEXTO BÍBLICO
Juízes 16.15-22
Destaque” […] — O meu cabelo nunca foi cortado! — disse ele. — Eu fui dedicado a Deus como nazireus desde que nasci, Se o meu cabelo for cortado, perderei a minha força, ficarei fraco e serei como qualquer um” (Jz 16.17).
LEITURA DEVOCIONAL
Segunda – 1 Jo 2.17
Terça – Tg 1.15
Quarta – 1 Jo 2.15
Quinta – 2 Tm 1.9
Sexta – Sl 55.22
Sábado -1 Pe 1.16
Domingo – 2 Co 5.7
 “Quebrando a rotina” Elabore e leve pronto para os alunos um roteiro em tópicos. Distribua para cada grupo a fim de nortear os alunos na dinâmica sugerida.
Quebrando a Rotina
Professor, ao final da lição, promova uma dinâmica com os alunos. Divida q sala em dois grupos e simule um tribunal, onde você será o juiz. Os dois grupos serão nomeados acusadores e defensores de Sansão. O orador do grupo do acusadores, escolhido previamente pelos alunos, levantará às acusações contra Sansão e afirmará que ele não terá perdão. Semelhantemente, o grupo dos defensores defenderá o jovem juiz.
Dê 10 minutos para os alunos se organizarem. Imprima os tópicos dos argumentos de ambos os grupos, e leve-os para que os alunos acusem e defendam Sansão. Essa atividade despertará o senso crítico deles, e você, professor, como o juiz da brincadeira, poderá orientá-los à luz da Bíblia. Para isso, planeje cuidadosamente a aula, conciliando o tempo para ministrar a lição com a dinâmica. 
 ESTUDANDO A BÍBLIA
O assunto desta lição é importante para os nossos adolescentes refletirem acerca de seus atos. Alguns temas como “escolhas profissionais”, “vida sentimental”, “obediência aos pais”, “vida cristã”, “consequências do pecado” precisam ser tratados com os adolescentes à luz das Escrituras Sagradas. A presente lição é uma boa oportunidade para isso. Sansão foi escolhido desde o ventre de sua mãe. Ele fora uma promessa da parte de Deus para seus pais, pois sua mãe era estéril. Embora o Altíssimo tenha exigido separação completa de Sansão, através do voto de nazireu, o jovem juiz fez escolhas erradas ao longo da vida.
Foi uma pessoa de um futuro brilhante pela frente, mas que morreu precocemente. O motivo: a consequência dos seus pecados. Por isso, professor, o seu papel é fundamental na vida dos seus alunos. Você é um formador de opinião, e como professor da Escola Dominical, Deus o chamou para zelar pela vida dos adolescentes de sua igreja local. Portanto, ensine-os, oriente-os e acompanhe-os quanto às escolhas certas para uma vida reta diante de Deus e diante dos homens.
Sansão foi escolhido por Deus antes mesmo de nascer. Dado como promessa a seus pais, visto que sua mãe era estéril e não podia ter filhos, Sansão foi um grande líder e juiz do povo de Israel para combater os filisteus. Porém, seus erros e sua desobediência a Deus refletiram diretamente em seu destino que, infelizmente, não foi dos melhores. Aprenderemos nessa lição que devemos ter cuidado com nossas escolhas e levar a sério o chamado que Deus colocou em nossas mãos. 
O Menino será Nazireu
Havia em Israel um homem chamado Manoá, cuja esposa era estéril (Jz 13.2). Certo dia, o Anjo do Senhor apareceu à esposa de Manoá e lhe prometeu um filho (jz 13,2-5). Como Manoá não estava com ela, orou ao Senhor, pedindo que Deus enviasse o Anjo novamente (Jz 13.9-11). Apesar de o Anjo já ter dado várias informações acerca de como o filho do casal deveria ser criado, Manoá solicitou e Ele as repetiu (Jz 13.12-14). Na verdade, as recomendações acerca da criação do menino, do voto que deveria fazer de não se contaminar com algumas coisas e viver uma vida separada e consagrada a Deus, diziam respeito ao fato de ele ser um nazireu, ou seja, alguém consagrado exclusivamente a Deus (cf. Nm 6.1-21).
Porquanto, havia um plano divino para que Sansão se tornasse Juiz em Israel e libertasse o povo das mãos dos filisteus em cujo domínio estava há quarenta anos (jz 13.1). O tempo passou, Sansão cresceu e Deus o abençoou. O Senhor era com ele de forma diferente, pois o jovem Sansão era dotado de grande força.
O Segredo da força de Sansão
A Bíblia nos conta uma grande história de um herói incomparável. Ele não tinha superpoderes alienígenas, recursos secretos ou armas ultra tecnológicas como os heróis dos filmes americanos. Porém, Sansão tinha o Espírito de Deus e sua força vinha dEle. Desse modo, Sansão rasgou um leão ao meio (Jz 14.5,6), matou mil homens com apenas a queixada de um jumento (Jz 15.15), carregou as portas de uma cidade nos ombros (Jz 16.3) e derrubou o templo de Dagom, o deus dos filisteus (Jz 16.30).
Todavia, ao longo da história de Sansão, encontramos vários fatos que mostram que o jovem agia por conta própria, por seus impulsos, a fim de satisfazer seus desejos. Andava “por vista”, e não por fé (2 Co 5.7). Como um nazireu, Sansão jamais poderia tocar num morto como fez com o leão que havia matado, para pegar mel de um enxame de abelhas que se alojou na carcaça do animal (Jz 14.8,9). Também bebia e participava de banquetes (Jz 14.10), desobedecendo à ordem divina de que não poderia beber vinho ou qualquer bebida forte. Deitava-se com prostitutas (Jz 16.1) e era fraco com as mulheres, pois tudo quanto pediam, ele fazia, até mesmo confessar um segredo que pertencia somente a Deus (Jz 14.17; 16.17).
TEXTO DO PROFESSOR 
O Fracasso Espiritual de Sansão
O Senhor abençoou a Sansão e o revestiu do poder do Espírito (13.24,25; 14.6,19; 15.14), mas ele cometeu erros fatais que o levaram ao fracasso espiritual e à morte física. Entre esses erros estão os seguintes:
1. Não se firmou na Palavra de Deus. Demonstrou falta de interesse e de respeito para com os mandamentos de Deus, e desprezou totalmente a lei de Deus quanto ao casamento misto (Êx 34.16; Dt 7.3; Gn 24.3,4; 26.34,35).
2. Não fez caso do ensino que seus pais lhe transmitiramda parte de Deus, e abandonou os princípios bíblicos de vida, para fazer a sua própria vontade (13.5,8,14,24,25).]
3. Diferentemente de Moisés, que escolheu sofrer adversidades com o povo de Deus, ao invés de desfrutar dos prazeres passageiros do pecado (Hb 11.25), Sansão decidiu liberar suas emoções e atender seus desejos de maneira desagradável a Deus (14.3; 16.1,4; 15.7).
4. Visando ao proveito e à vantagens pessoais, menosprezou os dons e o poder que Deus lhe concedera” (Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995, p.407 – Nota).
Dalila: sua Grande Ruína
Como já foi dito, Sansão era um jovem que vivia por “vista”. Quando foi escolher uma esposa, embora seus pais o tenham aconselhado, o jovem escolheu pela aparência: “Mas o seu pai e a sua mãe responderam: — Por que é que você foi procurar mulher no meio dos filisteus, aquela gente que não pratica a circuncisão? Será que você não podia achar mulher no meio dos nossos parentes ou entre o nosso povo? Mas Sansão disse ao seu pai: — E aquela a moça que eu quero. £ dela que eu gosto” (Jz 14.3). E então casou-se com a jovem filisteia, pertencente aos inimigos do seu povo.
Posteriormente, Sansão conheceu Dalila, por quem se apaixonou (Jz 16.4). Como os filisteus temiam muito a Sansão, incansavelmente eles tentavam descobrir o segredo de sua força. E Dalila foi uma das principais aliadas dos filisteus para derrubar Sansão. A missão de Dalila era descobrir o segredo da força de Sansão, e assim, amarrá-lo, a fim de que os filisteus o capturassem. Sansão enganou Dalila por três vezes conforme narrado em Juízes 16. Porém, a mulher fez um apelo emocional (Jz 16.15,16), até que Sansão declarou a ela o segredo de que nunca havia cortado o seu cabelo (Jz 16.17).
Com isso, ele foi amarrado por ela, e suas tranças cortadas. Tendo Dalila imediatamente comunicado aos príncipes dos filisteus (Jz 16.18,19). Sansão não imaginava que o Espírito do Senhor já havia se retirado dele, e assim foi levado preso por seus inimigos (Jz 16.20,21). A questão não é que a força de Sansão estava em seu cabelo, e, sim, o fato de ser um nazireu, e de ter sido consagrado a Deus antes mesmo de nascer, sendo o voto de não cortar o cabelo, parte desse compromisso (Nm 6.5). Por isso, devemos servir a Deus verdadeiramente, vigiando para não cometermos os mesmos erros que Sansão.
AUXÍLIO DIDÁTICO
Caro professor, este é o momento da aula que você pode realizar um diálogo mais aberto com seus alunos e aconselhá-los acerca do risco que correm ao iniciarem um relacionamento amoroso tão cedo. Embora comecem namorar nesta fase da vida, é necessário que seus alunos entendam que “Tudo neste mundo tem o seu tempo” (Ec 3.1).
Geralmente, nesta etapa, o adolescente deve se preocupar com os estudos, a fim de alcançar uma profissão melhor. Sem contar o zelo pela vida espiritual. Nesta fase, o adolescente deve encher-se do Espírito Santo, a fim de não ceder às propostas que Satanás traz ao seu encontro, objetivando desviá-lo do Caminho da Verdade. Além disso, um namoro prematuro pode ocasionarem responsabilidades que o adolescente ainda não está preparado para assumir, como por exemplo, uma gravidez inesperada.
 
Portanto, amigo professor, além da questão do pecado, enfatize aos seus alunos com respeito ao risco que correm, caso antecipem a prática sexual em uma fase da vida que é de crescimento e amadurecimento. Após mencionara assunto, deixe que eles expressem o que pensam a respeito, e em seguida, aconselhe-os de acordo com a Palavra de Deus, citando o exemplo da indisciplina de Sansão e as consequências que lhe sobrevieram.
Tarde dentais para fazer as escolhas certas
Os filisteus promoveram uma festa a fim de que pudessem finalmente zombar de Sansão (jz 16.23). Levado prisioneiro ao templo do deus Dagom, Sansão agora estava fraco, e com os cabelos cortados, sem sua força, humilhado e, principalmente, sem o seu Deus. Talvez, neste momento, um filme passou em sua mente e ele se lembrou de todos os seus atos, suas escolhas erradas, e todas as vezes que não zelou e não levou a sério o voto feito a Deus. E então, arrependido de tudo, Sansão clamou ao Senhor que lhe desse forças naquele momento para que pudesse derrubar as colunas daquele templo, e matar os filisteus pagãos ali reunidos. E assim aconteceu (Jz 16.28-30).
Conclusão
Aprendemos que Sansão, embora fosse escolhido e separado por Deus desde o ventre de sua mãe, não valorizou os talentos que o Senhor lhe deu. Além do mais, não foi obediente quanto ao voto do nazireado, não consagrou sua vida, viveu mais pelos desejos da carne do que pelo Espírito de Deus, e teve que morrer para conquistar sua honra novamente diante do Senhor e dos homens. Dessa forma, Sansão é o exemplo de que nunca devemos brincar com as coisas de Deus. Precisamos nos consagrar e viver longe do pecado, deixando que o Espírito Santo dirija nossas vidas em vez de agirmos por conta própria, para que o nosso fim não seja como o de Sansão e, com isso, venhamos a colher as consequências do pecado.
RECAPITULANDO
Como observamos na Palavra de Deus, a vida do jovem Sansão, que foi escolhido e separado antes mesmo de existir, é um exemplo para nós. Sansão nasceu, cresceu, foi um adolescente como você, depois jovem e finalmente se tornou um adulto, e em todas as etapas da vida deste jovem, podemos aprender algo de Deus. Seja com o bom ou com o mau exemplo, aprendemos muitas coisas. Sansão não foi obediente à vontade do Senhor, não viveu uma vida separada e reta como Deus lhe havia determinado. Isso nos serve de lição para que jamais venhamos a cometer este grande erro de querer viver no mundo, no pecado, sem a direção divina e escravo de nossos próprios desejos.
DICAS PARA PROFESSORES CLIQUE AQUI
Refletindo
1. O que a vida de Sansão nos ensina? Que não podemos brincar com o pecado, pois sua consequência pode ser fatal.
2. Por que devemos nos separar para Deus? Porque fomos escolhidos por Ele para pregar o Evangelho. Somos salvos em Cristo Jesus e novas criaturas. 
3. E possível o Espírito Santo afastar-se da nossa vida? Sim, se fizermos o que o desagrada, entristecemos o Espírito Santo e a terrível consequência: Ele se afastará de nós.
Lição 05: Ouvi o Teus Chamado
OBJETIVOS
Compreender que Deus tem um chamado especial para cada um de seus servos;
Adquirir intimidade com Deus
TEXTO BÍBLICO
1 Samuel 3.1-21 
Destaque
“Então o SENHOR veio e ficou ali. E, como havia feito antes, disse: — Samuel, Samuel! — Fala, pois o teu servo está escutando! — respondeu Samuel” (1Sm 3.10).
LEITURA DEVOCIONAL
Segunda – Gn 12.1;22.11
Terça – Êx 3.2-4
Quarta – Is 6.1-13
Quinta – At 9.10
Sexta – Ef 1.18
Sábado – Ef 4.1
Domingo – 1 Ts 2.12
ESTUDANDO A BÍBLIA
Caro professor, a adolescência é uma fase muito dinâmica e, ao mesmo tempo, de mudanças significativas, inclusive no comportamento. É uma fase de descobertas, de influenciar e ser influenciado. Nessa etapa, muitos adolescentes aderem a um determinado grupo a que chamam de “tribo”. Cada Tribo possui um estilo específico de vestir, andar, enfim, eles se identificam por gostos diferentes entre si.
Por esta razão, é indispensável que os seus alunos aprendam a importância de estar na casa de Deus, de servir ao Senhor, de entender que Deus tem um chamado para a vida de cada um de nós, e que ser um instrumento de Deus é um privilégio, mas também uma grande responsabilidade. O cristão também tem um estilo específico: ele deve ser parecido com Jesus. Enfatize que, assim como Deus chamou a Samuel, e este ouviu o chamado do Senhor, nós também devemos estar atentos ao chamado de Deus para nossas vidas.
 
Estamos vivendo numa época em que as pessoas estão mantendo relacionamentos à distância. A internet, as redes sociais, grupos de mensagens instantâneas, enfim, são formas de dinamizar o tempo que as pessoas não têm para conversar. No entanto, para o adolescente, tudo acontece em uma velocidade bem maior. Por isso, estimule os seus alunos a gastarem mais tempo em oração e leitura da Palavra.
Samuel ainda era um menino quando o Senhoro chamou. Naqueles dias, poucas eram as mensagens que vinham do Senhor, e as visões também eram muito raras. Certa noite, o Senhor falou ao ouvido de Samuel quando este se preparava para dormir; porém, ele ainda não conhecia a voz do Senhor. Então, o sacerdote Eli compreendeu que Deus estava chamando o menino. O sacerdote orientou o menino a que se prontificasse a ouvir a voz do Senhor. Quando Samuel tornou a ouvir a voz do Senhor, então lhe respondeu: — Fala, pois o teu servo está escutando! (1Sm 3.10).
A partir daquele momento, Samuel se tornou um grande profeta usado por Deus (1Sm 3.19-21). Nesta lição, aprenderemos com Samuel que o Senhor também tem um chamado para cada um de nós. Mesmo ainda adolescentes, podemos ouvir a voz de Deus e sermos usados por Ele. Que possamos ouvir e também dizer para o Senhor: Fala Senhor, pois estamos escutando!
Deus aparece a Samuel
O sacerdote Eli já era de idade, e seus filhos não queriam mais obedecer à voz do Senhor. Porém, o menino Samuel era fiel e obediente a Deus. Ele dormia na Tenda Sagrada, onde ficava a arca da Aliança. Certa noite, Samuel estava se preparando para dormir, quando ouviu uma voz suave chamando: “— Samuel, Samuel! —Estou aqui! —respondeu ele. Então, o menino correu até Eli e disse: — O Senhor me chamou? Estou aqui. Mas Eli respondeu: Eu não chamei você. Volte para sua cama. E Samuel voltou” (1Sm 3.4,5). Isso ocorreu por duas vezes.
Samuel ainda não conhecia a voz do Senhor, pois Ele ainda não tinha ouvido Deus falar de uma maneira tão gloriosa. Em seguida, “o Senhor tornou a chamá-lo pela terceira vez, e o menino novamente foi até Eli e disse-lhe: — O Senhor me chamou? Estou aqui. Então, o sacerdote Eli entendeu que era a voz do Senhor chamando a Samuel. Então, o sacerdote Eli orientou o menino e disse-lhe: — Volte para a cama e, se Ele chamar você outra vez, diga: “Fala, ó Senhor, pois o teu servo está escutando!” Depois disso, o menino voltou para sua cama, e o Senhor tornou a falar com ele” (1Sm 3.9,10).
 
Da mesma maneira, Deus também quer falar com você, querido adolescente! Muitas vezes você não entende o porquê e perde o sono, deita e não consegue dormir. Se esse é o seu caso, levante-se de sua cama, coloque-se de joelhos e ore a Deus, pois Ele também quer se revelar a você, assim como fez com Samuel. Embora você também nunca tenha ouvido a voz de Deus, não tenha medo, pois o Senhor quer que você tenha intimidade com Ele. Além disso, Ele também quer que você seja um profeta para a sua geração.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
O Tabernáculo Além dos lugares sagrados onde Deus se revelara, um lugar central de adoração passou a existir. Durante o período do Êxodo, ele podia ser melhor descrito como uma tenda-templo, que era a estrutura mais conveniente para o povo que estava viajando ou acampado na região de Cades-Barneia (Nm 13.26; 14.38). Atenda-templo era conhecida como Tabernáculo.
O santuário central era feito de tábuas revestidas de ouro, apoiadas por um sistema de encaixes e pesadas bases de prata firmadas no chão. Isso formava uma estrutura de três lados com trinta cavados (quinze metros) de comprimento e quinze cavados (sete metros) de largura, aberta para o céu em sua extremidade mais estreita a leste. O teto era provido por cortinas de linho branco, bordadas com figuras de querubins, protegidas por várias camadas de pano de saco, peles vermelhas de carneiro e peles de cabra (Êx 26.1-30).
 
No interior, o aposento de 30 cavados (I5m) era dividido em dois por uma cortina pendurada em pilares dourados, a fim de criar o Santo dos Santos (5x5x5m) em um Lugar Santo comprido. Uma cortina do mesmo material era pendurada sobre a entrada para impedir que os olhos curiosos vissem o interior (Êx 26.31-36).
A Arca da Aliança (Êx 25.10-22) ficava no Santo dos Santos, e a mesa dos pães da proposição (25.23-30), o castiçal de ouro (25.31-40), e o altar do incenso (30.1-10) no Lugar Santo. Do lado de fora da entrada ficava um altar para o sacrifício (27.1-8) e uma pia de bronze para a purificação cerimonial (30.12-21).
Uma característica da religião na área daquela época era que o espaço em volta do santuário ou altar central era santo, assim como o próprio santuário (Êx 3.5). O santuário era então separado do mundo exterior por um grande pátio. O pátio do Tabernáculo tinha cem cavados (50m) de comprimento e cinquenta (25m) de largura, sendo formado levantando uma parede de linho de cinco cavados (2,5m) de altura, suspensa entre colunas douradas.
As colunas eram presas por cordas e pregos, e as bases firmadas por pesadas bases de bronze. Na entrada para o pátio havia cortinas finamente bordadas na extremidade estreita a leste (Êx 27.9-19).
O Templo
Quando os judeus se instalaram no território de Canaã, o tabernáculo tomou uma forma mais permanente em Silo (Js 18.1; Jz 18.31). Passou a ser permanente o bastante para que viessem a chamá-lo de templo, para que Samuel e Eli morassem nele e para que portas de entrada fossem abertas e fechadas (1Sm 3.2,15). Mesmo depois dos filisteus terem destruído Silo, se apossado da Arca da Aliança e a devolvido aos judeus via Be-te-Semes (l Sm 6.1-10) e Quiriate-Jearim (1Sm 7.2), ele continuava sendo uma espécie de tenda-templo (2 Sm 6.17); e ficou ali até que Salomão construísse um templo permanente” (GOWER, Ralph. Novo Manual de Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. CPAD, 2012, pp.296-300).
Fala, ó Senhor, que o teu servo está escutando!
Assim que o sacerdote Eli instruiu o menino, Samuel foi se deitar, e o Senhor o chamou como das outras vezes. Então, o menino respondeu e disse: “— Fala, pois o teu servo está escutando! E o Senhor disse ao menino: — Eu vou fazer com o povo de Israel uma coisa tão terrível, que todos os que ouvirem a respeito disso ficarão apavorados!” (1Sm 3.10,11). Naquela noite, o Senhor revelou ao menino tudo quanto Ele estava planejando fazer com a família de Eli, e isso iria deixar todo o povo de Israel apavorado. Pois, com isso, todo o Israel saberia que Deus não se esquecera do seu povo e que Ele vê tudo o que acontece em oculto, inclusive, observava as coisas más que os filhos de Eli diziam contra o Senhor (1Sm 3.12-14).
Mesmo sendo ainda adolescente, o Senhor também quer falar coisas grandiosas e maravilhosas que você não conhece. Por isso, não tenha medo de ouvir a voz do Senhor. Quando Ele chamar você, diga: “Eu estou aqui, Senhor! Fala que o seu servo ouve!” Ainda que seja algo que você tenha de falar a alguém que não está agradando ao Senhor. A Palavra de Deus diz que o Senhor corrige e castiga todos os que ama (Ap 3.19). Assim, o Senhor Deus ama os seus filhos e quer que todos nós andemos em obediência e santidade na sua presença.
AUXÍLIO DIDÁTICO
Professor, nesse momento da aula, você poderá perguntar aos seus alunos, se eles já tiveram alguma experiência de ouvir a voz de Deus. Mostre a eles que Deus não olha para aparência de ninguém, ou mesmo considera a capacidade humana, a fim de escolher alguém para sua obra. Antes, Deus observa o que se passa dentro do coração do ser humano. Portanto, eles devem estar atentos a voz de Deus, e se o Senhor revelá-los uma Palavra de repreensão, eles não devem temer em falar, pois o Senhor “repreende a todos quanto ama” (Ap 3.19).
Explique que ser um profeta de Deus é uma grande responsabilidade, mas também um grande privilégio ser usado pelo Todo-Poderoso. E, para isso, devemos nos manter consagrados a Deus e comprometidos com a verdade. Deus espera que da mesma maneira que somos usados por Ele, também não sejamos encontrados em falta perante Deus. Além disso, é importante que entendam que o propósito da mensagem de Deus é a edificação e o arrependimento. Por isso, devemos tratar nossos irmãos com amor e respeito quando falarmos tudo aquilo que o Senhor nos ordenar.
Samuel, um profeta respeitado em Israel
Tudo quanto Samuel profetizava, o Senhor fazia acontecer porque Deus estava com ele. Assim, o menino cresceu e o Senhor continuou a aparecer a ele em Silo, onde havia falado pela primeira vez, e todo o Israel respeitava a palavra de Samuel,pois todos sabiam que ele era um grande profeta chamado por Deus (cf. l Sm 3.19-21). Do mesmo modo, o Senhor também quer fazer de você um profeta conhecido, seja na sua igreja, na sua família, na sua escola ou, até mesmo, no seu bairro. Ele deseja usá-lo para que muitos outros adolescentes creiam na Palavra de Deus e se convertam ao Senhor Jesus.
Seja como Samuel, busque a presença de Deus, pois “Ele está perto de todos os que pedem a sua ajuda, dos que pedem com sinceridade” (SI 145.18). Peça a Deus que conceda a você mais intimidade com Ele, pois somos seus filhos amados e Ele quer que cresçamos em sua presença, e anunciemos a sua Santa Palavra, aonde quer que Ele nos mandar. Querido adolescente, ouça você também o chamado de Deus!
 Conclusão
Que possamos aprender com a vida de Samuel que, mesmo sendo um menino, procurou ouvir a voz de Deus. Embora o temor da responsabilidade de ser um profeta de Deus venha ao nosso coração, podemos ser confiantes em dizer: “Fala, ó Senhor, pois o teu servo está escutando!” Creia, pois Ele também tem um chamado em sua vida e quer usá-lo poderosamente. Mesmo que pareça difícil, e a mensagem que Deus lhe mostrar não seja tão agradável assim, seja corajoso; Ele é fiel para cumprir o que diz e, certamente, o honrará se você também for fiel e obediente em tudo quanto o Senhor ordenar. Querido adolescente! Ouça você também o chamado de Deus!
Recapitulando
Samuel era apenas uma criança quando o Senhor o chamou. Ele morava na Tenda Sagrada, onde estava a Arca da Aliança. Todos os dias, ele ajudava Eli na adoração a Deus, o Senhor. Certa noite, Deus apareceu a Samuel e o chamou pelo nome. Embora Samuel não conhecesse o Senhor, grande era o chamado de Deus para aquele menino. Vemos nessa história que Samuel aprendeu muitas coisas com o sacerdote Eli; porém, quando o Senhor lhe apareceu e revelou o que faria com a família do sacerdote, mesmo com medo, o menino contou a Eli toda a verdade vinda da parte de Deus.
Desse modo, aprendemos que ser profeta de Deus é uma grande responsabilidade, mas também um privilégio, pois Deus nos honra e faz cumprir tudo aquilo que Ele nos ordena a dizer. Caro adolescente, não despreze o chamado de Deus, seja você também um canal de bênçãos para a vida de muitas pessoas, não tenha medo, “Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles a quem ele chamou de acordo com o seu plano” (Rm 8.28). Obedeça ao chamado de Deus!
Refletindo
1. O que fez Samuel quando Deus o chamou pela primeira vez? R: Samuel correu até Eli e o perguntou se havia lhe chamado.
2. O que fez Samuel ao se levantar pela manhã, quando Eli o chamou? R: Samuel declarou ao sacerdote Eli que sua família seria castigada por causa das coisas más que os seus filhos disseram contra o Senhor.
Lição 06: Fui Escolhido
Objetivos
Estimular a comunhão e a intimidade com Deus;
TEXTO BÍBLICO
1 Samuel 16.1-13 
Destaque
“Samuel pegou o chifre cheio de azeite e ungiu Davi na frente dos seus irmãos. E o Espírito do SENHOR dominou Davi e daquele dia em diante ficou com ele. E Samuel voltou para Rama” (1Sm 16.13).
LEITURA DEVOCIONAL
Segunda – 1 Sm 16.7
Terça – Pv 3.32
Quarta – Sl 4.3
Quinta – 1Sm 16.23
Sexta – 1Sm 17.45
Sábado – Sl 7.10
Domingo – Rm 8.33
ESTUDANDO A BÍBLIA
As vezes, nós somos escolhidos para funções as quais nem imaginávamos fazer um dia. Todavia, quando fazemos a vontade de Deus, tudo o que aprendemos e vivemos faz sentido em nossa existência. Então, vemos as experiências da vida cooperarem para que chegássemos onde estamos hoje. Por exemplo, talvez você nunca pensou que a faculdade que, pela bondade do Pai, você fez, pudesse ser usada no Reino de Deus. Além do mais, o Senhor utilizou meios para capacitá-lo às coisas maiores e colocá-lo em lugares que jamais imaginou chegar.
Caro professor, o dom de ensinar é exclusivo! Não é qualquer um que Deus escolhe para exercer tão nobre função. Você foi escolhido sim, não despreze o dom que há em ti! Antes, plante sementes para florescer um lindo jardim por intermédio de suas mãos. Seus alunos serão as flores que desabrocharão mundo afora, pois a água que você usa para regá-los vem de uma fonte eterna e transbordante. 
Vamos aprender com mais essa história, que Deus quando escolhe alguém para sua obra, não considera a aparência, a força, a beleza, ou mesmo os conceitos humanos. Antes, Deus olha para o coração, uma vez que somente o Senhor conhece o que há dentro de cada um de nós. Foi desse modo que Ele escolheu Davi.
A Necessidade de um Novo Rei para Israel
O rei que estava governando Israel nesse período era Saul. Ele foi ungido pelo profeta Samuel (1Sm 10). Entretanto, com o passar do tempo, não permaneceu fiel aos preceitos de Deus. Por muitas vezes, o Senhor mandava o profeta Samuel repreendê-lo, mas de nada adiantava. A Bíblia afirma que “o SENHOR Deus se arrependeu de ter colocado Saul como rei de Israel” (1Sm 15.35b). Com isso, surge a necessidade de outro rei para governar o povo de Deus. Alguém que fosse justo e obediente em tudo ao Senhor. Em razão disso, Deus escolheu um jovem pastor a quem todos desprezavam para ungir rei.
Assim, Davi foi escolhido bem cedo e, somente quando adulto, após alguns anos, é que veio a se tornar rei de Israel. Do mesmo modo, você também foi escolhido para servir sua geração, meu caro adolescente! Embora muito jovem, o Senhor escolheu você para um propósito específico em sua obra. E se Deus o escolheu, tudo quanto Ele falou há de se cumprir em sua vida.
AUXÍLIO TEOLÓGICO”
O nome Davi pode significar ‘amado’, do hebraico do dodi (cf. Jedidias, ‘por amor do Senhor’ ou ‘porque o Senhor o amava’, 2 Sm 12.25). Algumas décadas atrás, alguns estudiosos pensavam que esse nome poderia ser um título, como ‘capitão’. […] Davi nasceu em Belém de Judá, uma cidade cerca de 10 quilômetros ao sul de Jerusalém. Era a cidade de Boaz e Rute, que tornou-se mais conhecida como cidade natal de um filho de Davi, o Messias de Israel.
Davi era o caçula de uma família de dez filhos (1Sm 16.10,11; 1Cr 2.13-16 relacionam apenas nove, talvez um filho tivesse morrido na infância). Os nomes de seus irmãos eram Eliabe (Eliú), Abinadabe, Siméia, Natanael, Radai e Ozém. Os nomes de suas irmãs eram Abigail e Zeruia. De acordo com 2 Samuel 17.25, essas meninas eram filhas de Naás.
 O Menor de seus Irmãos
Deus ordenou ao profeta Samuel ir até a casa de Jessé, o belemita, pois dentre os seus filhos, Ele havia escolhido um rei. Para que Saul não desconfiasse, o Senhor instruiu o profeta a dizer ao rei que iria oferecer sacrifícios em Belém. Junto com ele, estaria Jessé e seus filhos (Sm 16.1-3).Tendo chegado ao locai, Samuel viu Eliabe, um dos filhos de Jessé, e achou que estava diante do “escolhido”: “Mas o SENHOR disse: — Não se impressione com a aparência e nem com a altura. Eu o rejeitei porque não julgo como as pessoas julgam. Elas olham para a aparência, mas eu vejo o coração” (1Sm 16.7).
E Jessé apresentou todos os demais filhos, e a todos o profeta dizia: “O Senhor não tem escolhido estes” (1Sm 16.10). Por fim, Samuel perguntou a Jessé se havia acabado todos os moços, e ele respondeu: “Tenho mais um, o caçula, mas ele está fora, tomando conta das ovelhas” (1Sm 16.11). Imediatamente, o profeta mandou chamá-lo. Davi se apresentou a Samuel e, diz a Bíblia, era “um belo rapaz, saudável e de olhos brilhantes” (1Sm 16.12). No mesmo instante, o Senhor mandou Samuel levantar e ungir o moço, pois era este o escolhido (1Sm 16.12,13).
Assim, Deus não vê como o homem. O Senhor escolheu a Davi porque era um jovem segundo o coração de Deus. Quantas vezes você já se menosprezou ou se intitulou pequeno demais para ser escolhido por Deus? O Criador não hesita em trabalhar contra a regra geral. Ele escolhe os humildes e desprezados para exaltá-los, colocando-os em um lugar de honra, como fez com o pequeno Davi.
A Unção de Deus na Vida de Davi
Após Samuel ungir a Davi, o Espírito de Deus se apoderou dele de tal maneira que o jovem passou a ter uma comunhão ainda mais especialcom Deus. Certa vez, Saul estava atormentado por um espírito mau (1Sm 16.15) e era necessário trazer alguém que soubesse tocar harpa para que o rei se acalmasse (1Sm 16.17,18). E Saul deu ordem para que buscassem a Davi. O jovem pastor tornou-se seu pajem de armas e o rei o amou muito, a ponto de pedir a Jessé, seu pai, que deixasse Davi perante ele. Assim, todas as vezes que o espírito mau vinha sobre Saul, Davi tocava sua harpa e o rei se acalmava.
A história nos lembra ainda que Davi enfrentava ursos e leões para defender suas ovelhas (1Sm 17.34-37). Do mesmo modo derrotou o gigante Golias quando todo o exército israelita o temeu (1Sm 17.23-58). A unção de Deus sobre a vida do jovem enchia-o de coragem e ousadia. Mas ele não deixava de ser um adorador sensível e sincero que expulsava o mal ao tocar sua harpa. 
Querido adolescente, certamente você também tem a unção de Deus em sua vida. Talvez, você ainda não saiba, mas o Senhor quer que você o busque intensamente a cada dia. Pois Ele o ungirá para a realização de grandes coisas em seu reino.
1. Davi tinha seu coração entregue a Deus (16.7), e assim buscava continuamente a Deus e a sua face (cf. 1Cr 16.10,11; SI 27.8).
2. Davi tinha um carinhoso e profundo zelo pela honra e reputação do Senhor Deus de Israel (vv.26.36,46). Ele percebeu que Golias estava afrontando não somente os exércitos de Israel, mas o próprio Senhor Deus.
3. A confiança de Davi no poder do Senhor foi fortalecida pela sua lembrança das ocasiões anteriores em que ele clamara a Deus por livramento e o recebera (vv. 34-37; cf. SI 29.3,4).
4. Davi confiava, não em si mesmo, mas em Deus, para obter a vitória sobre Golias e os filisteus (vv.37.45-47; SI 33.16,17; 44.6,7; Os 1.7).
5. O Espírito do Senhor veio poderosamente sobre ele (16.13;Zc 4.6).
Sempre que os filhos de Deus enfrentarem problemas e situações parecendo intransponíveis, esses gigantes podem ser derrotados, se exercermos fé como Davi, e se dependermos do poder do Espírito Santo (Ef 3.20,21; Fp 4.13)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995, p.459).
Um Homem Segundo o Coração de Deus
Davi era um homem segundo o coração de Deus, pois ele agradava ao Senhor em tudo. Não foi à toa que Deus o escolhera para ser rei de Israel. Davi era sincero com Deus, até mesmo em suas fraquezas e necessidades. Além de temente e obediente à vontade divina, o jovem era fiel, corajoso e confiante, tanto que a maioria dos Salmos que compôs relata suas fraquezas e confiança plena no Senhor. No entanto, o jovem Davi não deixava de louvar a Deus reconhecendo a grandeza do Criador.
Os feitos de Davi eram justos perante o Senhor, e ele reinou em Israel por 40 anos. Embora tenha sido ungido muito novo, somente com 30 anos a promessa veio a se cumprir em sua vida. Claro que, na época, Saul sentiu ciúmes e raiva pelo fato de Deus tê-lo abandonado e escolhido a Davi, de quem se tornou um inimigo mortal. No entanto, essas coisas eram consequências dos próprios atos de Saul.
Apesar de ter sido fortemente perseguido por Saul e outros inimigos, Davi não desistiu de sua chamada para governar o povo do Senhor, nem de lutar contra os seus opositores. Que possamos aprender com Davi a viver uma vida de comunhão com o Senhor e não temer as hostilidades. Antes, devemos vencer as batalhas diárias para glória do Senhor Jesus.
AUXÍLIO DIDÁTICO
Caro professor, nesse momento da aula, é importante que você converse com seus alunos a respeito da intimidade deles com Deus. Ser uma pessoa honesta, que fala a verdade e faz o que é justo, é agradável ao Senhor. Embora ainda sejam adolescentes, é importante que saibam, desde cedo, que Deus ama a justiça no íntimo, e, como seguidores de Cristo, eles devem dar um bom testemunho da Palavra de Deus entre as pessoas que ainda não conhecem o Caminho da Verdade, seja na escola, na família, na vizinhança, no seu bairro etc.
Destaque também que, assim como Davi foi escolhido e se tornou um grande homem de Deus, o Senhor também os escolheu para uma grande obra, e tudo o que Deus espera é que eles sejam humildes, sinceros e obedientes à voz de Deus. Davi enfrentou muitas batalhas, a fim de que Deus o colocasse como rei de Israel, mas o Senhor foi com ele em todos os momentos. Do mesmo modo, o Senhor também é conosco em todas as adversidades que enfrentamos durante a nossa adolescência.
Conclusão
A história do jovem pastor Davi nos ensina muitas lições. Além de ter se tornado o maior rei de Israel, conquistou muitas vitórias para o povo de Deus. Seu coração sincero e humilde agradava ao Criador. Embora tenha cometido alguns erros irreparáveis, Davi se arrependeu de coração e Deus nunca o desamparou. Caro adolescente, Deus também te escolheu! Não duvide da sua chamada e da sua capacidade, pois o Senhor deseja realizar grandes coisas através da sua vida!
Refletindo
1. Fale sobre a importância de Deus chamar alguém para sua obra. Resposta livre. Entretanto, após a lição você deve ter munido o aluno de todas as informações necessárias para ele dissertar sobre a importância de Deus chamar pessoas para sua obra.
2. Você já julgou alguma pessoa pela aparência? Resposta pessoal.
3. Você é um adolescente segundo o coração de Deus? Resposta pessoal.
 Lição 07: Pagarei o Mal com o Bem
Objetivos
Levar ao entendimento de que devemos amar e perdoar os inimigos;
Produzir um sentimento de humilhação e obediência a Deus.
TEXTO BÍBLICO
2 Reis 5.1-19 
Destaque
Façam aos outros o que querem que eles façam a vocês; pois isso é o que querem dizer a Lei de Moisés e os ensinamentos dos Profetas” (Mt 7.12).
LEITURA DEVOCIONAL
Segunda – Rm 12.21
Terça – Mt 6.12
Quarta – Lc 6.26
Quinta – Pv 29.23
Sexta – 2 Rs 5.14
Sábado – 2 Rs 5.15
Domingo – Sl 107.15
Material Didático
Folhas de papel A4 com 7 frases escritas na forma como sugere a atividade da seção abaixo
Sete atitudes para uma vida espiritual saudável:
1. Confessar seus erros e pecados diante de Deus com sinceridade;
2. Reconhecer que você não é ninguém sem Deus;
3. Conversar com o Espírito Santo sobre como se faz um amigo;
4. Ler a Palavra de Deus todos os dias, pois ela deve fazer parte de sua rotina;
5. Dedicar um momento de oração todos os dias;
6. Confiar e acreditar nas promessas do Senhor, para sua vida;
7. Viver em santidade, na presença e no centro da vontade de Deus.
Quebrando a Rotina
Tente aplicar na classe uma espécie de jogo de quebra cabeça usando estes 7 itens. Por exemplo, repitam todos os itens numa folha de A4, mas apenas com a primeira palavra e a última ideia: “Reconhecer… sem Deus”. Deixe um espaço entre frases e distribua essas folhas para os alunos. Peça para eles as completarem. Se for necessário, você pode dar dicas das palavras, vendo se eles conseguem criar novas frases.com palavras diferentes.
ESTUDANDO A BÍBLIA
Perdão é um grande remédio para a maioria das doenças de ordem psíquica e espiritual. Guardar mágoas do passado, remoer fatos antigos, relembrar as más – ações de pessoas contra você, reter sentimentos de ódio ou raiva, ou mesmo culpa, falta de perdão próprio, enfim; quando essas coisas não são resolvidas por nós é como se fosse um veneno na corrente sanguínea que, pouco a pouco, vai contaminando e matando o nosso corpo. Precisamos aprender a perdoar todos os dias, esquecer os maltratas e não guardar mágoas nem ressentimentos em nosso coração, pois só assim viveremos em paz.
Segundo a Bíblia, a mágoa escurece os olhos e torna o corpo como sombra (Jó 17.7). Mas Cristo nos ensina que devemos amar os nossos inimigos. Isto significa dizer que, além de amarmos aqueles que nos causaram mal, também devemos perdoá-los. A falta de perdão só faz um único prisioneiro: você. Portanto, liberte-se e perdoe; esqueça, releve, não guarde mágoas e viva em paz!
Nesta lição, vamos conhecer uma história muito linda acerca do perdão, da cura e da retribuição ao mal com o bem. A Síria era inimiga mortal de Israel, e ambas as nações viviam em guerra. Mas veremos o quanto o perdão e o amor podem fazer diferença na vida de uma pessoa e o quanto, às vezes, é preciso se humilhar a fimde alcançar a bênção de Deus.
Levada como Escrava
O episódio que narra a história de Naamã é bastante conhecido. Entretanto, na maioria das vezes, não damos a devida importância para a personagem principal dessa história. Não se trata do general Naamã, ou mesmo do profeta Eliseu, e, sim, da menina israelita que a Bíblia não menciona o nome. Uma adolescente muito especial que foi levada como escrava para servir na casa do general sírio. O histórico de conflitos entre Israel e Síria tornou essas nações grandes inimigas. E Naamã era chefe do exército sírio, um homem de muita honra e respeito entre os seus pares (2 Rs 5.1). Entretanto, de acordo com alguns historiadores, os sírios eram bárbaros e sanguinários. Nas guerras, eram extremamente cruéis e impiedosos. Já pensou na possibilidade de essa menina ter presenciado a morte dos próprios pais quando os sírios invadiram as terras israelitas, como também de seus amigos e demais familiares? Nas lutas, os sírios não poupavam ninguém. Raras eram as exceções. Normalmente, mulheres e crianças eram sequestradas e levadas como escrava, igual ao caso da nossa jovem heroína. Imaginemos que eles tenham poupado sua vida por apenas ser uma menina, porém, a levaram como escrava (2 Rs 5.2). Agora, longe de sua terra, do seu povo, sem os seus pais, a menina não tinha muita escolha, pois vivia na casa de estranhos e em condições precárias, como era a vida de uma escrava. Provavelmente, ela sofreu muitos traumas, alguns até irreparáveis, sendo humilhada por ser israelita no meio de um povo inimigo. As Escrituras não mencionam, mas os fatos históricos nos permitem pensar assim.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
A notícia de um profeta. Os milagres do nosso Salvador foram planejados para as ovelhas perdidas da casa de Israel, mas um, como migalha de pão, caiu da mesa para uma mulher de Canaã. Assim ocorreu com esse milagre que Eliseu realizou para Naamã, um sírio. Pois Deus faz o bem a todos, e quer que todos os homens sejam salvos. […] A notícia foi dada a Naamã, a respeito do poder de Eliseu, por uma pequena serva que atendia a sua esposa (2 Rs 5.2,3). Essa serva era israelita de nascimento, providencialmente levada cativa para a Síria e ali entregue à família de Naamã, onde divulgou a fama de Eliseu para a honra de Israel e do Deus de Israel. A infeliz dispersão do povo de Deus à vezes tem sido a feliz oportunidade de difusão do conhecimento de Deus (At 8.4). 
Essa pequena serva:
1. Como convém a uma legítima israelita, considerou a honra do seu país, e, embora fosse apenas uma criança, pôde dar um relatório do famoso profeta que eles tinham. [Os adolescentes] devem aprender cedo a respeito das maravilhas de Deus, para que, a qualquer lugar que forem, possam falar delas (SI 8.2).
2. Como convém a uma boa serva, ela desejou a saúde e o bem estar de seu senhor, embora fosse uma cativa, forçada a ser uma serva. Muito mais devem os servos por escolha, buscarem o bem de seus senhores. Os judeus na Babilônia deviam buscar a paz da terra em que estavam cativos (Jr 29.7).
Eliseu não purificou nenhum leproso em Israel (Lc 4.27), mas essa pequena serva, a partir de outros milagres que ele tinha operado, inferiu que ele podia curar o seu senhor, e da sua beneficência geral, que Eliseu o curaria, embora Naamã fosse um sírio. Os servos podem ser bênçãos às famílias onde eles estão, ao falarem o que sabem da glória de Deus e da honra de seus profetas” (Texto adaptado do Comentário Bíblico Matthew Henry; Antigo testamento – Josué a Ester. CPAD, 2010, pp.562,63).
Um General Leproso
Naamã era leproso, e a lepra era uma doença que gerava muitos preconceitos nos tempos bíblicos. As pessoas leprosas viviam isoladas da sociedade. Apesar disso, Naamã era considerado um general de muita importância e respeito.
A Compaixão da Menina
A menina teve compaixão de seu senhor e lembrou-se do profeta Eliseu, um grande homem de Deus, conhecido entre o povo de Israel. Em vista disso, ela manifesta a sua intenção à sua patroa: “— Eu gostaria que o meu patrão fosse falar com o profeta que mora em Samaria, pois ele o curaria da sua doença” (2 Rs 5.3). Aqui está o ápice da história! Ela certamente tinha motivos para não mencionar nada a respeito do profeta, ou mesmo por vingança, devido a tudo que sofrera, deixá-lo morrer aos poucos pela doença. No entanto, sua atitude foi diferente. Ela teve compaixão de seu senhor, mesmo após todo o mal que ele lhe causara. É importante lembrar que naquele período ainda predominava a chamada “Lei de Talião”, que dizia que os relacionamentos deveriam ser pautados na ideia de “olho por olho, dente por dente”. Todavia, a jovem israelita estava muito à frente do seu tempo e reuniu características próprias do caráter cristão, encontradas apenas no Evangelho. Ela “devolveu” o mal com o bem, amou e perdoou seu inimigo, independentemente de qualquer atitude dele no passado. Nesse episódio, aprendemos a importante lição: jamais devemos ter o sentimento de vingança sobre as pessoas que nos fizeram mal. Caro adolescente, nossa heroína era como você, jovem e cheia de sonhos. O seu passado era de dor, mas ela não permitiu que o ódio e o rancor entrassem em seu coração. Inspire-se nessa menina! E lembre-se: a identidade do cristão é o amor (Jo 13.34,35).
AUXÍLIO DIDÁTICO
Professor, seus alunos estão passando por uma fase muito sensível. Geralmente, adolescentes se preocupam muito com o que as pessoas pensam a seu respeito. Seja o comportamento, a aparência, o estilo, com quem andam, o que falam e o que pensam. Enfim, para eles tudo é motivo de observação. Em razão disso, há muitos adolescentes magoados com o que ouviram a seu respeito ou consigo mesmo, por não se aceitarem do jeito que são. Compartilhe com eles que a Palavra de Deus nos ensina que o amor de Deus nos leva a perdoar aqueles que nos ofendem. Explique que a ausência de perdão faz mal a própria pessoa que não perdoa, pois é um mal que corrói o coração e gera problemas emocionais que mais cedo ou mais tarde, resultarão em problemas na saúde.
Ensine-os a contar para Deus em oração, tudo aquilo que tenha entristecido o coração, pois isso contribuirá para que mantenham as suas emoções saudáveis. Eles não devem se preocupar com a crítica de pessoas que não valorizam o ser humano como a mais especial obra da criação de Deus. O Criador nos fez à sua imagem e semelhança e somos muito importantes para Ele. A menina da história, cujo nome não é revelado, demonstrou humildade e compaixão ao mencionar o profeta Eliseu naquela ocasião, a fim de que Naamã fosse curado. Assim, também, não devemos fazer acepção de pessoas, pois todas são criaturas de Deus e precisam ter a oportunidade de encontrar–se com o Senhor e servi-Lo.Há pessoas que carregam marcas emocionais por toda a vida que geram problemas nos relacionamentos, baixa autoestima, timidez excessiva, dificuldades no raciocínio e muitos outros problemas que afetam o psicológico. Portanto, essa etapa da vida é muito delicada, pois adolescentes expressam pouco sobre o que se passa no seu mundo juvenil. Se concordarem, peça que compartilhem alguma experiência que tiveram de algo que tenha magoado o coração.Nesse momento, você, professor, deve estar preparado para responder o que a Palavra de Deus ensina a respeito. Tenha cuidado para não expor a particularidade de seus alunos de forma indevida. Fale com amor e prudência. Ao final, ore com sua classe, pedindo a Deus que dê a todos um coração puro.
A Humilhação e a Cura
Quando as palavras da menina chegaram aos ouvidos do general, ele se levantou e foi falar com o rei, afim de pedir permissão para ira Israel (2 Rs 5.4). O rei sírio escreveu uma carta ao rei de Israel e sugeriu que Naamã levasse ofertas e vestes, pedindo-lhe que o restaurasse de sua lepra (2 Rs 5.5,6). O rei sírio e o seu oficial humilharam-se perante um dos seus maiores inimigos, isto é, Israel, a ponto de Naamã ir até Somaria suplicarão rei israelita pela cura (2 Rs 5.6,7). Este ficou indignado com tal pedido, acreditando ser uma afronta contra o seu povo. Todavia, Eliseu pediu ao

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