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Procedimento Operacional Padrão POP/NSP/001/2020 Higienização das Mãos Versão 2.0 Núcleo de Segurança do Paciente Procedimento Operacional Padrão POP/NSP/001/2020 Higienização das Mãos Versão 2.0 ® 2020, Ebserh. Todos os direitos reservados Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh www.ebserh.gov.br Material produzido pelo Núcleo de Segurança do Paciente / Ebserh Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins comerciais. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ministério da Educação POP: Higienização das Mãos – Núcleo de Segurança do paciente – Campina Grande: EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, 2020. 18p. Palavras-chaves: 1 – Protocolos; 2 – Higiene das mãos; 3 – Segurança do Paciente HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE ADMINISTRADO PELA EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES (EBSERH) Rua Carlos Chagas, S/N Bairro São José | CEP: 58400-398 | Campina Grande - PB Telefone: (83) 2101-5508 | E-mail: superint.huac@ebserh.gov.br HOMERO GUSTAVO CORREIA RODRIGUES Superintendente CONSUELO PADILHA VILAR SALVADORE Gerente de Atenção à Saúde DAISY FERREIRA RIBEIRO Gerente Administrativa ALANA ABRANTES NOGUEIRA DE PONTES Gerente de Ensino e Pesquisa ANDRÉIA OLIVEIRA BARROS SOUSA Chefe do Setor de Gestão de Qualidade e Vigilância em Saúde HISTÓRICO DE REVISÕES Data Versão Descrição Gestor do POP Autor/responsável por alterações 01/08/2019 1.0 Trata dos procedimentos operacionais de higienização das mãos Andréia Oliveira Barros Sousa Andréia Oliveira Barros Sousa 10/12/2020 2.0 Trata dos procedimentos operacionais de higienização das mãos Andréia Oliveira Barros Sousa Andréia Oliveira Barros Sousa Karina Araújo Tavares Vilar SUMÁRIO 1 DEFINIÇÕES.............................................................................................................................07 2 OBJETIVO..................................................................................................................................07 3 CARACTERÍSTICAS DOS AGENTES ANTISSÉPTICOS....................................................08. 4 MOMENTOS DA ASSISTÊNCIA QUE NECESSITAM DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS .......................................................................................................................................................08 5 RECOMENDAÇÕES: HIGIENIZAÇÃO COM SABONETE LÍQUIDO E ÁGUA...............09 5.1 Duração do procedimento....................................................................................................09 5.2 Quando realizar....................................................................................................................10 5.3 Técnica de higienização com sabonete líquido e água.......................................................10 6 RECOMENDAÇÕES: FRICÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS COM PREPARAÇÕES ALCOÓOLICAS ..........................................................................................................................12 6.1 Duração do procedimento ...................................................................................................12 6.2 Quando realizar 12 6.3 Técnica de higienização com preparação alcoólica 12 7 RECOMENDAÇÕES: HIGIENIZAÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS (ANTISSÉPTICO DEGERMANTE E ÁGUA)..........................................................................................................14 7.1 Duração do procedimento....................................................................................................14 7.2 Técnica de higienização com preparação alcoólica.............................................................14 8 RECOMENDAÇÕES ANTISSEPSIA CIRÚRGICA OU PRÉPARO PRÉ-OPERATÓRIO DAS MÃOS............................................................................................................................................14 8.1 Duração do procedimento....................................................................................................14 8.2 Quando realizar....................................................................................................................14 8.3 Técnica de antissepsia.........................................................................................................14 9 ASPECTOS QUE DEVEM SER OBSERVADOS PARA GARANTIR UM BOM ESTADO DA PELE DAS MÃOS.......................................................................................................................16 10 CUIDADOS COM O USO DE LUVAS ...............................................................................16 11 INDICAÇÃO DO USO DE AGENTES ANTISSÉPTICOS................................................. 17 12 ESTRATÉGIA MULTIMODAL............................................................................................17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................................18 EBSERH/NSP-HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS/2020 Versão 2.0 PROTOCOLO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Página 7 de 18 Hospital Universitário Alcides Carneiro UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS POP/NSP/HM 001/2020 VERSÃO 2.0 1. DEFINIÇÕES A ação de higienizar as mãos para prevenir a transmissão de micro-organismos e consequentemente evitar que pacientes e profissionais de saúde adquiram Infecções Relacionadas a Assistência à Saúde (IRAS) é considerado o método que isoladamente apresenta maior prevenção da propagação de infecções, contribuindo inclusive para a redução no tempo de hospitalização. O termo engloba a higiene simples, a higiene antisséptica, a fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica, e a antissepsia cirúrgica das mãos, definidas a seguir. o Higiene simples das mãos: ato de higienizar as mãos com água e sabonete comum, sob a forma líquida. o Higiene antisséptica das mãos: ato de higienizar as mãos com água e sabonete associado a agente antisséptico. o Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica: aplicação de preparação alcoólica nas mãos para reduzir a carga de microrganismos sem a necessidade de enxague em água ou secagem com papel toalha ou outros equipamentos. o Antissepsia cirúrgica das mãos: constitui uma medida importante, entre outras, para a prevenção dainfecção de sítio cirúrgico. o Preparação alcoólica para higiene das mãos sob a forma líquida: preparação contendo álcool, na concentração final entre 60% a 80% destinadas à aplicação nas mãos para reduzir o número de micro-organismos. Recomenda-se que contenha emolientes em sua formulação para evitar o ressecamento da pele. o Preparação alcoólica para higiene das mãos sob as formas gel, espuma e outras: preparações contendo álcool, na concentração final mínima de 70% com atividade antibacteriana comprovada por testes de laboratório in vitro (teste de suspensão) ou in vivo, destinadas a reduzir o número de microrganismos. Recomenda-se que contenha emolientes em sua formulação para evitar o ressecamento da pele. 2. OBJETIVOS Instituir medidas de higiene das mãos com o intuito de prevenir e controlar as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), visando à segurança do paciente, dos profissionais de saúde e de todos aqueles envolvidos nos cuidados aos pacientes. EBSERH/NSP-HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS/2020 Versão 2.0 PROTOCOLO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Página 8 de 18 Remover os microorganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de micro- organismos. Eliminar sujeiras, destruir a microbiota transitória e reduzir a microbiota residente. 3. CARACTERÍSTICAS DOS AGENTES ANTISSÉPTICOS GRUPO BACTÉRIAS GRAM + BACTÉRIAS GRAN - MICOBAC TÉRIAS FUNGOS VÍRUS VELOCIDADE DE AÇÃO COMENTÁRIOS ALCOOIS +++ +++ +++ +++ +++ Rápida Concentração ótima: 70% não apresenta efeito residual CLOREXIDINA (2% OU 4%) +++ ++ + + +++ Intermediária Apresenta efeito residual, raras reações alérgicas COMPOSTOS DE IODO +++ +++ +++ ++ +++ Intermediária Causa queimaduras na pele; irritantes quando usados na higienização antiséptica das mãos IODOFOROS +++ +++ + ++ ++ Intermediária Irritação de pele menor que a de compostos de iodo; apresenta efeito residual; aceitabilidade variável TRICLOSAN +++ ++ + - +++ Intermediária Aceitabilidade variável para as mãos 4. MOMENTOS DA ASSISTÊNCIA QUE NECESSITAM DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS o Antes de contato com o paciente: higienize as mãos antes de entrar em contato com o paciente, para a proteção do paciente, evitando a transmissão de microorganismos presentes nas mãos do profissional e que podem causar infecções. o Antes da realização de procedimento asséptico: higienize as mãos imediatamente antes da realização de qualquer procedimento asséptico, para a proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos das mãos do profissional para o paciente, incluindo os microrganismos do próprio paciente. o Após risco de exposição a fluídos corporais: higienize as mãos imediatamente após risco de exposição a fluidos corporais (e após a remoção de luvas), para a proteção do profissional e do ambiente de assistência imediatamente próximo ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou pacientes. EBSERH/NSP-HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS/2020 Versão 2.0 PROTOCOLO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Página 9 de 18 o Após contato com o paciente: higienize as mãos após contato com o paciente, com as superfícies e objetos próximos a ele e ao sair do ambiente de assistência ao paciente, para a proteção do profissional e do ambiente de assistência à saúde, incluindo as superfícies e os objetos próximos ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos do próprio paciente. o Após contato com as áreas próximas ao paciente: higienize as mãos após tocar qualquer objeto, mobília e outras superfícies nas proximidades do paciente – mesmo sem ter tido contato com o paciente, para a proteção do profissional e do ambiente de assistência à saúde, incluindo superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou pacientes. 5. RECOMENDAÇÕES: HIGIENIZAÇÃO COM SABONETE LÍQUIDO E ÁGUA 5.1 Duração do procedimento A higienização das mãos deve ter duração de 40 a 60 segundos. EBSERH/NSP-HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS/2020 Versão 2.0 PROTOCOLO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Página 10 de 18 5.2 Quando realizar Quando estiverem visivelmente sujas ou manchadas de sangue ou outros fluidos corporais ou após uso do banheiro Quando a exposição a potenciais patógenos formadores de esporos for fortemente suspeita ou comprovada Em todas as outras situações, nas quais houver impossibilidade de obter preparação alcoólica ATENÇÃO! Sabonete líquido e preparação alcoólica para a higiene das mãos não devem ser utilizados concomitantemente 5.3 Técnica de higienização com sabonete líquido e água o Retirar adornos (pulseiras, relógios e anéis); o Abrir a torneira e ajustar a água para um volume adequado; o Manter as mãos numa altura mais baixa que os cotovelos, molhar com cuidado as mãos; o Aplicar o sabão líquido; o Lave as mãos, dedos e unhas separadamente, seguindo as orientações de friccionar primeiro as palmas das mãos uma contra a outra; após lave o dorso de cada mão no sentido do proximal para o distal, incluindo os espaços interdigitais; siga posicionando as mãos em concha e acomodando uma entre a outra de forma a friccionar bem as junções das falanges proximais contra a palma da mão contrária e vice e versa; o Junte as pontas dos dedos de uma das mãos e passe a fricciona-los em movimentos circulares todos os espaços interdigitais e sulcos da mão contrária, proceda da mesma forma com a outra mão; por último friccione os punhos em movimentos rotatórios uniformes. Estes movimentos devem ser realizados de 5 a 10 vezes cada um deles, em ambas as mãos; o Enxague as mãos de modo que à água corra no sentido do punho para as pontas dos dedos, sem esfregar ou sacudir a mesma; o Seque as mãos separadamente, começando pela palma de uma das mãos, dorso da mão e por último punho. Após a secagem de uma das mãos utilize a mesma toalha de papel para fechar a torneira e em seguida despreze a toalha de papel no lixo comum, proceda então a secagem da outra mão com uma nova toalha de papel seguindo a mesma ordem citada acima, desprezando a toalha usada. EBSERH/NSP-HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS/2020 Versão 2.0 PROTOCOLO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Página 11 de 18 EBSERH/NSP-HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS/2020 Versão 2.0 PROTOCOLO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Página 12 de 18 6. RECOMENDAÇÕES: FRICÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS COM PREPARAÇÕES ALCOÓOLICAS 6.1 Duração do procedimento A higienização das mãos deve ter duração de 20 a 30 segundos 6.2 Quando realizar Quando as mãos não estiverem visivelmente sujas e antes e depois de tocar o paciente e após remover luvas Antes do manuseio de medicação ou preparação de alimentos 6.3 Técnica de higienização com preparação alcoólica o Aplique uma quantidade suficiente de preparação alcóolica em uma mão em forma de concha para cobrir todas as superfícies das mãos; o Friccione as palmas das mãos entre si; o Friccione a palma de mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos e vice-versa; o Friccione a palma das mãos entre si com os dedos entrelaçados; o Friccione o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento vai-e-vem e vice-versa; o Friccione o polegar esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, utilizando-se de movimento circular e vice-versa; o Friccione as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fazendo um movimento circular e vice-versa; o Quando estiverem secas, suas mãos estarão seguras. ATENÇÃO! Sabonete líquido e preparação alcoólica para a higiene das mãos não devem ser utilizadosconcomitantemente EBSERH/NSP-HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS/2020 Versão 2.0 PROTOCOLO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Página 13 de 18 EBSERH/NSP-HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS/2020 Versão 2.0 PROTOCOLO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Página 14 de 18 7 RECOMENDAÇÕES: HIGIENIZAÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS (ANTISSÉPTICO DEGERMANTE E ÁGUA) 7.1 Duração do procedimento A higienização das mãos deve ter duração de 40 a 60 segundos 7.2 Técnica de higienização com preparação alcoólica A técnica de higienização antisséptica é igual àquela utilizada para a higienização simples das mãos, substituindo-se o sabonete líquido comum por um associado a antisséptico, como antisséptico degermante. 8 RECOMENDAÇÕES: ANTISSEPSIA CIRÚRGICA OU PRÉPARO PRÉ-OPERATÓRIO DAS MÃOS 8.1 Duração do procedimento De 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subseqüentes (sempre seguir o tempo de duração recomendado pelo fabricante). 8.2 Quando realizar Antes, durante e após procedimento cirúrgico; Inserção e na manutenção de dispositivos como acessos vasculares, cateteres urinários, drenos, entre outros. 8.3 Técnica de antissepsia cirúrgica ou préparo pré-operatório das mãos o Abrir a torneira, molhar as mãos, antebraços e cotovelo; o Recolher, com as mãos em concha, o antisséptico e espalhar nas mãos, antebraço e cotovelo. No caso de escova impregnada com anti-séptico, pressione a parte da esponja contra a pele e espalhe por todas as partes; o Limpar sob as unhas com as cerdas da escova ou com limpador de unhas; o Friccionar as mãos, observando espaços interdigitais e antebraço por no mínimo 3 a 5 minutos, mantendo as mãos acima do cotovelo; o Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das mãos para cotovelos, retirando todo resíduo do produto. Fechar a torneira com o cotovelo, joelho ou pés, se a torneira não possuir fotosensor; o Enxugar as mãos em toalhas ou compressas estéreis, com movimentos compressivos, iniciando pelas mãos e seguindo pelo antebraço e cotovelo, atentando para utilizar as diferentes dobras da toalha/compressa para regiões distintas. EBSERH/NSP-HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS/2020 Versão 2.0 PROTOCOLO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Página 15 de 18 EBSERH/NSP-HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS/2020 Versão 2.0 PROTOCOLO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Página 16 de 18 9 ASPECTOS QUE DEVEM SER OBSERVADOS PARA GARANTIR UM BOM ESTADO DA PELE DAS MÃOS A fricção das mãos com preparação alcoólica contendo um agente umectante agride menos a pele do que a higiene com sabonete líquido e água; As luvas entalcadas podem causar irritação quando utilizadas simultaneamente com produtos alcoólicos; O uso de cremes de proteção para as mãos ajudam a melhorar a condição da pele, desde que sejam compatíveis com os produtos de higiene das mãos e as luvas utilizadas. Os seguintes comportamentos devem ser evitados: Utilizar sabonete líquido e água, simultaneamente a produtos alcoólicos; Utilizar água quente para lavar mãos com sabonete líquido e água; Calçar luvas com as mãos molhadas, levando a riscos de causar irritação; Higienizar as mãos além das indicações recomendadas; Usar luvas fora das recomendações. 10 CUIDADOS COM O USO DE LUVAS O uso de luvas não altera nem substitui a higienização das mãos, seu uso por profissionais de saúde não deve ser adotado indiscriminadamente, devendo ser restrito às indicações a seguir: Utilizá-las para proteção individual, nos casos de contato com sangue e líquidos corporais e contato com mucosas e pele não íntegra de todos os pacientes; Utilizá-las para reduzir a possibilidade de os micro-organismos das mãos do profissional contaminarem o campo operatório (luvas cirúrgicas); Utilizá-las para reduzir a possibilidade de transmissão de micro-organismos de um paciente para outro nas situações de precaução de contato; Trocar de luvas sempre que entrar em contato com outro paciente; Trocar de luvas durante o contato com o paciente se for mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo; Trocar de luvas quando estas estiverem danificadas; Nunca tocar desnecessariamente superfícies e materiais (tais como telefones, maçanetas, portas) quando estiver com luvas; Higienizar as mãos antes e após o uso de luvas. EBSERH/NSP-HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS/2020 Versão 2.0 PROTOCOLO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Página 17 de 18 ATENÇÃO!! Deixar punhos e dedos livres, sem a presença de adornos como relógios, pulseiras e anéis, etc. 11 INDICAÇÃO DO USO DE AGENTES ANTI-SÉPTICOS Estes produtos associam detergentes com antisépticos e se destinam à higienização anti-séptica das mãos e degermação da pele das mãos, descritas a seguir: Higienização anti-séptica das mãos • Nos casos de precaução de contato recomendados para pacientes portadores de microrganismos multirresistentes; • Nos casos de surtos. Degermação da pele das mãos No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico (indicado para toda equipe cirúrgica); • Antes da realização de procedimentos invasivos (e.x., inserção de cateter intravascular central, punções, drenagens de cavidades, instalação de diálise, pequenas suturas, endoscopias e outros). 12 ESTRATÉGIA MULTIMODAL A estratégia multimodal é conceituada como um conjunto de estratégias que visam identificar e resolver os diversos obstáculos e empecilhos comportamentais que dificultam a adesão da prática da higienização das mãos, dentro das instituições de saúde. Os componentes chave da Estratégia Multimodal da Organização Mundial de Saúde (OMS) são: 1. Mudança de sistema: assegurar que a infraestrutura necessária esteja disponível para permitir a prática correta de higiene das mãos pelos profissionais de saúde. Isto inclui algumas condições essenciais: Acesso a sabonete líquido e papel toalha, bem como a um fornecimento contínuo e seguro de água, de acordo com o disposto na Portaria GM/MS nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011; Acesso imediato a preparações alcoólicas para a higiene das mãos no ponto de assistência; Pias no quantitativo de uma para cada dez leitos, preferencialmente com torneira de acionamento automático em unidades não críticas e obrigatoriamente em unidades críticas. 2. Educação e treinamento: fornecer capacitação regular a todos os profissionais de saúde sobre a importância da higienização das mãos, com base na abordagem “Meus 5 Momentos para a Higiene das Mãos” e os procedimentos corretos de higiene das mãos. EBSERH/NSP-HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS/2020 Versão 2.0 PROTOCOLO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Página 18 de 18 Elaborado por: Nome: Andréia Oliveira Barros Sousa Função: Chefe do setor de GQVS Data: 20/11/2020 Assinatura: Revisado por: Nome: Karina Tavares de Araújo Vilar Função: Enfermeira da CCIRaS Data: 10/12/2020 Assinatura: Aprovado por: Nome: Consuelo Padilha Vilar Salvador Função: Gerente de Atenção a Saúde Data: 10/12/2020 Assinatura: 3. Avaliação e retroalimentação: monitorar as práticas de higiene das mãos e a infraestrutura, assim como a percepção e conhecimento sobre o tema entre os profissionais da saúde retroalimentando estes resultados. 4. Lembretes no local de trabalho: alertar e lembrar os profissionais de saúde sobre a importância da higienização das mãos e sobre as indicações e procedimentos adequados para realizá-la. 5. Clima de segurança institucional: criar um ambiente que facilite a sensibilização dos profissionais quanto à segurança do paciente e no qual o aprimoramento da higienização das mãos constitui prioridade máxima em todos os níveis, incluindo: A participação ativa em nível institucionale individual; A consciência da capacidade individual e institucional para mudar e aprimorar (auto eficácia); e Parcerias com pacientes, acompanhantes e com associações de pacientes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Brasília, 2013. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Segurança do paciente em serviços de saúde: Higienização das mãos. Brasília: Anvisa, 2009. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Higienização das Mãos em Serviços de Saúde. Brasília: Anvisa, 2007. OMS. Organização Mundial da Saúde. Guia para implementação da Estratégia Multimodal da OMS para a melhoria da higiene das mãos. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
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