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Carlos Eduardo Campos Mendes | TVC Medicina UNINOVE | Campus São Bernardo do Campo 01.09.2021, quarta-feira g Estudos de Coorte f epidemiologia analítica e1 Estudo de Coorte 11L • Seleção de participantes sem o desfecho no iní- cio da pesquisa, que são acompanhados ao longo do tempo, possibilitando a observação da inci- dência da doença ou de outro desfecho de in- teresse: permite a medição da incidência; • As mesmas pessoas são observadas ao longo do estudo.; • É o estudo observacional mais adequado para estabelecer causalidade. • Ao contrário do estudo transversal, os indivíduos da amostra não possuem o desfecho desde o início, mas são acompa- nhados para saber se eles sofreram ou não a exposição; ⤷ Como os indivíduos não possuem o desfecho no início, será mensurada a incidência e NÃO a prevalência; ⤷ Além disso, enquanto no estudo transversal, não há necessidade de se entrevistar um mesmo indivíduo várias vezes, no coorte isso é mandatório; • Diferentes tipos de exposição podem ser estudadas, como ambientais de natureza física ou química (radiação, exposi- ções ocupacionais), comportamentos de saúde (tabagismo, dieta, at. física), características biológicas (P.A., colesterol sérico) e fatores socioeconômicos (escolaridade, renda) en- tre outros. e1 População do Estudo 11L e1 Segmentos do Estudo 11L • A coleta de dados é realizado em segmentos, que são rea- lizados dado um espaçamento de tempo; • A análise em segmentos permite avaliar também o fator tempo, bem como outras exposições: Amostra no início do estudo Segmentos Coletar informação sobre a ex- posição no presente Avaliar presença do desfecho em cada segmento Desenvolveram o desfecho Não desenvolve- ram o desfecho Expostos Não expostos Desenvolveram o desfecho Não desenvolve- ram o desfecho Desenvolveram o desfecho Não desenvolve- ram o desfecho Expostos Não expostos Desenvolveram o desfecho Não desenvolve- ram o desfecho POPULAÇÃO DA AMOSTRA E X P O S T O S N Ã O E X P O S T O S SEGMENTO 1 Incidência do desfecho nos grupos até o momento; SEGMENTO 2 Incidência do desfecho nos grupos; SEGMENTO 3 Incidência do desfecho nos grupos. Carlos Eduardo Campos Mendes | TVC Medicina UNINOVE | Campus São Bernardo do Campo e1 Tipos de Coorte 11L • Coorte prospectiva → Esse tipo de coorte é baseado em uma análise de dados que começa após a população ser definida sofre uma exposição, realizando o acompanha- mento dessa população durante em busca do desfecho; ⤷ A população sofreu uma exposição no presente, e o estudo vai avaliar se haverá presença do desfecho no futuro. Amostra no início do estudo Segmentos Coletar informação sobre a exposição no presente Aguardar a ocorrência do desfecho no futuro • Coorte retrospectiva → Já esse tipo de coorte é feito pela obtenção de dados do investigado a partir de prontuários e registros prévios de doença e exposição, buscando um des- fecho ocorrido no presente. Amostra no início do estudo Segmentos Coletar informação sobre a exposição ocorrida no passado Coletar informação sobre a ocorrência do desfecho no presente e1 Medida de Associação: RR 11L • A medida de associação no estudo de coorte é o risco re- lativo (RR); Desenvolveram o des- fecho Não desenvolveram o desfecho Expostos a b Não expostos c d • Exemplo → Em um estudo de coorte realizado no municí- pio de Mauá no período de 2019 investigou se o tempo de internação hospitalar afetava o tempo de aleitamento ma- terno exclusivo (AME) após a alta. Foram selecionados 200 recém nascidos (RNs) com alta normal (48h), e 200 RNs que ficaram internados por um período superior a 48h, que foram acompanhados por seis meses. Após seis meses, 120 dos RNs com alta normal estavam em AME e 80 haviam sido desmamados, enquanto apenas 80 RNS que tiveram alta adiada estavam em AME, e 120 tiveram desmame pre- coce. Calcule o risco relativo (RR) para desmame precoce segundo alta hospitalar. 200 Desmamados precocemente Aleitamento materno exclusivo Alta adiada 120 80 Alta normal 80 120 RP = 1,5 ou 50% maior risco de desmame precoce Desenvolveram o desfecho Não desenvolve- ram o desfecho Expostos Não expostos Desenvolveram o desfecho Não desenvolve- ram o desfecho Desenvolveram o desfecho Não desenvolve- ram o desfecho Expostos Não expostos Desenvolveram o desfecho Não desenvolve- ram o desfecho RR = Incidência do desfecho entre os expostos Incidência do desfecho entre os não expostos RP = expostos com desfecho total de expostos não expostos com o desfecho total de não expostos RP = a a + b c c + d RR = Incidência do desfecho entre os expostos Incidência do desfecho entre os não expostos RP = Bebês com alta adiada desmamados Total de bebês com alta adiada Bebês com alta normal desmamados Total de bebês com alta normal RP = 120 200 80 200 RP = 0,6 0,4 Carlos Eduardo Campos Mendes | TVC Medicina UNINOVE | Campus São Bernardo do Campo e1 Risco Atribuível 11L • O risco atribuível é a diferença entre a incidência nos indi- víduos expostos e nos indivíduos não expostos; RA = Incidênciaexpostos - Incidêncianão-expostos • Exemplo → Utilizando os mesmos dados anteriores, pode- se calcular a incidência de desmame em alta adiada e em alta normal: Idesmame (alta adiada) = 0,6 ou 60% Idesmame (alta normal) = 0,4 ou 40% RA = 0,6 – 0,4 RA = 0,2 ou 20% e1 Vantagens da Coorte 11L • Vantagens: ⤷ Indicado para análise de inci- dência; ⤷ Possibilita identificar fatores de risco na população; ⤷ Maior controle na aferição das variáveis, inclusive possibili- tando ajustes. ⤷ Possibilidade de medir múlti- plos desfechos. • Desvantagens: ⤷ É necessário aguardar a ocorrência do desfecho, sendo assim pode inviabilizar a pesquisa de desfechos de curso longo ou desfechos raros; ⤷ As perdas de segmento podem prolongar, encarecer ou mesmo inviabilizar o estudo; ⤷ Alto custo (quanto mais longo, mais caro); ⤷ Os sujeitos podem viver mais que o pesquisador. Idesmame (alta adiada) = 120 200 Idesmame (alta normal) = 80 200
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