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Introdução à Mineração - Unidade 3 - UEMA

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Universidade Estadual do Maranhão - UEMA / e-Tec Brasil 35
Aula 2 - PERFIL MINERAL DO BRASIL
Objetivos
•	 Identiicar o peril da mineração no Brasil;
•	 Identiicar o peril Mineral no Estado do Maranhão;
•	 Explicar o mercado de trabalho, e atuação do proissional técnico de 
mineração.
1 ASPECTOS GERAIS
O Brasil por ser um país de dimensões continentais, possui uma grande 
diversidade geológica, o que lhe confere uma vocação mineral e um grande 
produtor de insumos básicos provenientes da mineração. Segundo, Filho e 
Marques (CPRM, 2008), atualmente, igura no cenário internacional ao lado de 
países com tradicional vocação mineira, tais como Canadá, Austrália, África do 
Sul e Estados Unidos. Para Filho e Marques (CPRM, 2008):
- A produção mineral brasileira tem sido crescente nas últimas décadas, 
devendo-se esse fato, pelo menos parcialmente, a signiicativos investimentos 
realizados por empresas de mineração em prospecção mineral, aliado ao 
esforço realizado pelos governos federal e estaduais na execução de extensos 
programas de levantamentos geológicos sistemáticos levados a efeito, 
principalmente, nas décadas de 1960 e 1970, e retomados nas décadas de 
1980, 1990 e 2000, pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais/Serviço 
Geológico do Brasil (CPRM/SGB), juntamente com o Departamento Nacional 
da Produção Mineral (DNPM) e universidades;
Aula 2 - PERFIL MINERAL DO BRASIL36
- Os programas mais recentes de levantamento geológico contam com o 
apoio de levantamentos geofísicos e geoquímicos, o que os tornam mais 
completos e efetivos no mapeamento e prospecção dos recursos minerais 
do território nacional. Desse esforço conjunto – governo e iniciativa privada – 
resultaram as descobertas de jazidas de minérios metálicos e não-metálicos, 
gemas, minerais energéticos. Muitas dessas jazidas estão em pleno processo 
de explotação, gerando riqueza para o país. Como consequência, a produção 
mineral do país tem crescido sistematicamente nos últimos anos, atingindo, 
em 2005, o total de R$ 85 bilhões, o que corresponde a algo em torno de 5% 
do Produto Interno Bruto (PIB), demonstrando o crescimento alcançado pelo 
setor mineral brasileiro.
No Brasil os principais minerais estão distribuídos entre: os metálicos (ferrosos 
e não ferrosos), metais preciosos, energéticos, gemas e diamantes, e água 
mineral, conforme os exemplos nos quadros 1 e 2, a seguir.
quadro 1 - Minerais Metálicos
Fonte: DNPM/IBRAM/PNM (2013)
Quadro 2 - Minerais preciosos, não metálicos, energéticos, gemas, diamantes e água mineral
Fonte: DNPM/IBRAM/PNM (2013)
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA / e-Tec Brasil 37
O Brasil possui acima de 4% da disponibilidade de matéria-prima mineral do 
mundo (BITTENCOURT; MORESCHI, 2013).
As reservas minerais do Brasil em 2012, quando comparadas mundialmente, 
mostraram-se signiicativas, se destacando como possuidor das primeiras 
reservas de nióbio (98,1%) e barita (64,4%), segunda reserva de terras raras 
(16,2%), tântalo (37,0%) e graita natural (36,2%), além de ter a terceira reserva 
mundial de estanho (14%) e níquel (9,9%). Outras importantes reservas 
minerais são representadas pelo minério de ferro, magnesita, manganês, 
zircônio, vanádio e vermiculita (DNPM, 2013). A Tabela 1, resume-se as 
principais reservas e produção mineral brasileira.
Tabela 1 - Principais reservas minerais do Brasil - 2012
Principais Reservas Minerais do Brasil - 2012
Substância Un. Brasil (%)Mundo
Alumínio1 106 t 590 2,3
Barita
2
10
3 
t 426.000 64,4
Bentonita
1
10³ t 36.109 nd
Berilio
2
t 6.000 7,0
Calcário Agrícola1 103 t nd nd
Carvão Mineral
1
10
6 
t 2.154 0,3
Caulim
1
10
6 
t 7.353 nd
Chumbo
2
10
3 
t 149 0,2
Cobalto
2
t 85.000 1,1
Cobre
2
10
3 
t 11.419 1,7
Crisotila
1
10
3 
t 10.516 nd
Cromo2 103 t 564 0,1
Diamante
1
10
6 
ct 13,8 2,3
Diatomita
1
10
3 
t 1.944 0,5
Estanho
2
t 684.587 14,0
Felspato
6
10
6 
t 317 nd
Ferro
1
10
6 
t 19.948 11,7
Fluorita
2
10
3 
t 1.120 0,5
Fosfato4 103 t 270.000 0,4
Gipsita
1
10
3 
t 288.490 nd
Graita Natural
1
10
3 
t 39.805 36,2
Lítio2 103 t 48 0,4
Aula 2 - PERFIL MINERAL DO BRASIL38
Magnesita
1
10
3 
t 239.342 9,4
Manganês
6
10
3 
t 53.500.000 9,3
Metais do Grupo da Platina3 kg 13.790 0,02
Nióbio2 t 10.565.750 98,1
Níquel
2
10
3 
t 9.056 9,9
Ouro
2
t 2.600 5,0
Potássio4 103 t 14.925 0,2
Prata2 t 3.910 0,7
Rochas Ornamentais
1
10
3 
t nd nd
Sal
7
10
3 
t 21.632 nd
Talco e Piroilita
1
10
3 
t 44.834 12,0
Tântalo
2
t 35.828 37,0
Terras Raras
2
10
3 
t 22.000 16,2
Titânio
5
10
3 
t 2.000 0,3
Tungstênio2 t 23.804 0,7
Vanádio
2
10
3 
t 175 1,3
Vermiculita
1
10
3 
t 13.126 19,5
Zinco2 103 t 2.079 0,8
Zircônio
1
10
3 
t 2.717 5,4
Fonte: DNPM/DIPLAM (DNPM, 2013). Informações reservas mundiais: USGS 1 - Reserva Lavrável de 
minério, 2 - Reserva Lavrável em metal contido, 3 - Reserva Lavrável em metal contido de Pt + Pd, 
4 - Reserva Lavrável em Equivalente P2O5 ou K2O, 5 - Reserva Lavrável de ilmenita + rutilo, em 
metal contido, 6 - Reserva Medida em metal contido, 7 - Reserva Medida+Indicada, nd: dado não 
disponível.
Segundo Bittencourt e Moreschi (2013), o nióbio confere ao Brasil a posição 
de maior detentor de reservas desse mineral e mantém essa posição 
há alguns anos no quadro mundial das reservas minerais. O deposito 
localizado no carbonatito do Barreiro (Araxá, MG) é o principal responsável 
pelas nossas e também pela produção. Outros bens minerais, destacados 
na Tabela 1 representam frações importantes da disponibilidade mundial. 
Importante, destacar, que o Brasil é o segundo maior produtor de ferro 
e este é também a principal mercadoria negociada, especialmente em 
função do papel da China com relação ao setor. O Quadro 3 demonstra as 
posições do país em termos de exportação de minerais, os tipos minerários 
Tabela 1 - (Cont.)
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA / e-Tec Brasil 39
dos quais há auto-suficiência e aqueles cuja demanda interna requer 
importação (IBRAM, 2013).
quadro 3 - Comportamento do Brasil em termos de exportação de minerais
Fonte: DNPM/IBRAM/PNM (2013)
Conforme o Quadro 3, entende-se, que no Brasil, atualmente, nióbio, 
ferro, bauxita, manganês, graita, vermiculita, níquel, caulim, entre outros, 
exempliicam o caso de bens minerais excedentes, ao passo que o fosfato, 
potássio, enxofre, combustíveis fósseis e chumbo, podem, entre outros, 
exempliicar a situação de bens minerais insuicientes, necessitando ser 
importados para o completo atendimento da demanda interna (BITTENCOURT; 
MORESCHI, 2013).
Desta forma, o Brasil vende e compra diversos produtos de origem mineral que 
são agrupados em quatro classes, Tabela 2, constituindo o denominado setor 
mineral, conforme sistematização do Departamento Nacional da Produção 
Mineral (DNPM).
Tabela 2 - Classiicação e exemplo de produção de origem mineral comercializados pelo Brasil
Classes Produtos - exemplos
Bens minerais primários
Minério bruto ou beneiciado, mas ainda substância mineral: minério de 
ferro (hematita), concentrado de minério de cobre (calcopirita)
Semimanufaturados
Produtos da indústria de transformação mineral; ferroligas, cátodos de 
cobre.
Manufaturados Produtos comerciais inais: tubos de aço, chapas de cobre.
compostos Químicos
Produtos especíicos da indústria de transformação mineral da área 
química: óxido férrico, cloreto de cobre.
Fonte: Bittencourt e Moreschi (2013)
Aula 2 - PERFIL MINERAL DO BRASIL40
Segundo Bittencourt e Moreschi (2013):
- O País possui uma pauta diversiicada de exportações de bens minerais 
primários, na qual destacamos o minério de ferro, além de bauxita, rochas 
ornamentais, manganês, caulim, amianto, diamantes e Magnesita. Por outro 
lado, o consumo doméstico depende em diferentes graus da importação 
de vários produtos de origem mineral, dos quais o petróleo tem sido o item 
mais oneroso, apesar dos avanços na produção interna com base emnovas 
descobertas realizadas pela Petrobras;
- Produção insuiciente ou ausência de recursos minerais economicamente 
viáveis implicam pesada dependência externa de outros bens minerais, tais 
como carvão metalúrgico, cobre, fertilizantes potássio, enxofre, gás natural, 
fosfato, titânio e chumbo. 
Conforme estudo realizado pelo IBRAM (2013):
- A mineração representa de 3% a 5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. 
O subsolo brasileiro é rico e apresenta minérios de classe mundial resultando 
em maior competitividade. O país tem forte dependência por minerais 
essenciais à sua economia e crescimento, como é o caso dos “argilominerais”, 
fundamentais para a indústria de fertilizantes;
- Entre 2012 e 2016 o setor deverá investir US$75 bilhões em projetos para 
ampliar a produção de metais. Só os investimentos em exploração de minério 
de ferro correspondem a quase US$ 45 bilhões deste total;
- O Plano Nacional de Mineração 2030 (PNM 2030) prevê US$ 270 bilhões 
em investimento em pesquisa mineral, mineração e transformação mineral. 
O crescimento também está atrelado a planos referentes a infraestrutura e 
logística;
- Os benefícios englobam a geração de empregos: em 2011, estavam 
empregados 175 mil trabalhadores na mineração, e 2,2 milhões na cadeia de 
transformação mineral;
- Segundo o Ministério de Minas e Energia (PNM 2030, 2008) o efeito 
multiplicador de empregos é de 1:13 (CNI, 2012) no setor mineral, ou seja, para 
cada posto de trabalho gerado na mineração, outros 13 são criados de forma 
direta ao longo da cadeia produtiva;
Agromineraissão minerais 
constituídos por silicatos 
hidratados de alumínio 
e ferro, podendo conter 
elementos alcalinos - sódio, 
potássio - e alcalinos 
terrosos - cálcio, magnésio.
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA / e-Tec Brasil 41
- O saldo na balança comercial gerado pelo setor mineral em 2001 foi de US$ 7,7 
bilhões. Em2012, o saldo foi US$ 29.550 bilhões e a produção mineral brasileira 
alcançou, o recorde de US$ 51bilhões, um crescimento de 550% em uma década;
- Além de ser uma indústria de base, a mineração promove indiretamente 
outras atividades econômicas. Há benefícios diretos como geração de 
emprego, renda, pagamento de tributos e compensações inanceiras, muitas 
vezes em lugares inóspitos ou de difícil acesso.
O Quadro 4 exempliica os municípios e seus respectivos IDH frente a 
investimentos realizados pelo setor mineral, ou seja, o município em que 
existe atividade mineral, possui um IDH muitas vezes superior ao seu Estado.
quadro 4 - Exemplos de municípios mineradores e seus respectivos IDH em comparação ao IDH do Estado
Fonte: DNPM/IBRAM/PNM (2013)
O Gráico 1, a seguir, mostra a evolução da produção mineral brasileira
Gráico 1 - Evolução da produção mineral brasileira
Fonte: IBRAM, (2013)
Aula 2 - PERFIL MINERAL DO BRASIL42
Os Gráicos 2 e 3 apresentam a distribuição das minas por Estado da federação, 
assim como o porte das minas.
Gráico 2 - Distribuição das Minas por Estado
SC
11,45%
MG
14,07%
SP
17,69%
Outras 
25,64%
ES
3,95%
GO
4,01%
RJ
5,70%
PR
7,60%
RS
9,91%
Fonte: DNPM (2010)
Gráico 3 - Porte das Minas (Distribuição Precentual)
Grande
4,7%
Média
24,7%
Pequena
70,5%
Fonte: DNPM (2010)
2 ÁREA DE ATUAÇÃO E MÃO DE OBRA NA MINERAÇÃO
O proissional técnico de mineração tem habilitação para atuar: na pesquisa 
mineral; na lavra de mina, com a extração do minério; no beneiamento, com 
a indústria de transformação, além de atuar em empresas de construção civil 
(construção de barragens, hidrelétricas, construção de túneis etc.).
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA / e-Tec Brasil 43
Especiicamente, o proissional técnico de mineração tem o peril para 
auxiliar:
- na execução de projetos de identiicação, qualiicação e quantiicação de 
jazimentos minerais;
 - na supervisão da estabilidade em minas subterrâneas e a céu aberto;
 - na supervisão das atividades especíicas de planejamento e lavra de minas; 
- nos levantamentos e confecção de mapas topográicos na fase de lavra;
- na operação de equipamentos de perfuração, amostragem e transporte;
 - nos métodos de análise mineralógica, fragmentação, classiicação, balanço 
de massa, bem como de separação física e físico-química no tratamento de 
minérios; 
- nas operações de beneiciamento de rochas ornamentais; 
- no manuseio e armazenamento de explosivos e seus acessórios;
- na caracterização de minérios sob os aspectos físico, físico-químico, 
mineralógico e granulométrico; - na operacionalização de equipamentos de 
análise mineralógica, granulométrica, de fragmentação e de separação; 
- na aplicação de medidas de controle e proteção ambiental para os impactos 
gerados pela lavra e tratamento de minérios.
Para melhor entendimento da atuação deste proissional, assim como 
conhecer a demanda por mão de obra nesta área, izemos um recorte 
do estudo realizado pelo Sumário Mineral Brasileiro (DNPM, 2013), 
destacando-se os seguintes pontos:
- Na análise por diferentes setores de atividade econômica, a indústria 
extrativa mineral teve um desempenho acima da média brasileira, uma vez 
que a mesma apresentou um crescimento da mão de obra de 4,5%. Ela foi, 
inclusive, a atividade econômica que apresentou melhor desempenho para o 
mercado de trabalho;
- Em 2012, contudo, houve uma redução na geração de empregos na economia 
brasileira, fruto do menor crescimento econômico no período. Os 868.241 
Aula 2 - PERFIL MINERAL DO BRASIL44
empregos gerados representaram uma queda de 44,5% no saldo de mão 
de obra, uma vez que em 2011 foram gerados 1.566.043 postos de trabalho. 
Apesar de a indústria extrativa mineral compreender apenas 0,6% do estoque 
de trabalhadores do Brasil, ela gera um efeito multiplicador na economia, 
já que os bens nela extraídos fornecem insumos tanto para a indústria de 
transformação quanto para o setor de construção civil (Gráico 4);
Gráico 4 - Distribuição do Estoque de Mão de Obra por Atividade Econômica
Construção Civil
8%
Ind. de 
Transformação
20,8%
Comércio
22,6%
Serviços
41%
Extrativa Mineral
0,6%
Serv. Ind. de Utilidade 
Pública
1%
Administração 
Pública
2,2%
Agropecuária
4%
Fonte: MET/CAGEO (DNPM, 2013)
- Ao analisar-se grupos de atividades que não incluem petróleo e gás natural, 
como: extração de carvão mineral, extração minério de ferro, extração de 
minerais metálicos não ferrosos, extração de pedra/areia/argila, extração de 
outros minerais não metálicos e atividades de apoio à extração de minerais, 
exceto petróleo e gás natural, durante o ano de 2012, a Indústria Extrativa 
Mineral, gerou 8.883 postos de trabalho, o que resultou num aumento de 
4,8% do estoque de mão de obra (Tabela 3).
Tabela 3 - Comportamento das atividades econômicas da indústria Extrativa Mineral, sem petróleo 
e gás natural (dez/2011 e dez/2012)
Estoque atividades 2011* 2012
Variação 
Absoluta
Variação 
Relativa
Extração de Pedra, Areia e Argila 68.303 70.801 2.498 3,7%
Extração de Minério de Ferro 47.664 52.148 4.484 9,4%
Extração de MInerais Metálicos Não Ferrosos 32.142 33.271 1.129 3,5%
Extração de Outros Minerais Não Metálicos 26.316 26.698 382 1,5%
Atividades de Apoio à Extração de Minerais, exceto petróleo e gás natural 4.508 4.784 281 6,2%
Extração de Carvão MIneral 4.918 5.027 109 2,2%
TOTAL 183.843 192.729 8.883 4,8%
Fonte: MET/CAGEO (DNPM, 2013)
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA / e-Tec Brasil 45
- Novamente, percebe-se que seu desempenho foi acima da média brasileira 
(2,2%) e ainda acima da própria atividade extrativa mineral com petróleo e 
gás (4,5%). Das atividades selecionadas, a que apresentou maior crescimento 
no estoque de mão de obra foi a extração de minério de ferro (9,4%), seguida 
das atividades de apoio à extração de minerais (6,2%). Apesar disso, o saldo de 
2012 foi 49,3% menor que o de 2011 (15.628);
- Dos 8.883 empregos gerados, a maior parte foi da extração de minério de 
ferro, com 4.484 postosde trabalho, seguida pela extração de pedra, areia e 
argila (2.498). Esse último grupo, que possui o maior estoque de mão de obra 
do setor, é composto pela extração e britamento de pedras e matérias para 
construção14 (34%) e pela extração de areia, cascalho ou pedregulho (26%) 
(Gráico 5A);
Gráico 5A - Extração de pedra, areia e argila
Argila
4%
Gesso e Caulim
2%
Ardósia
2%
Mármore
2%
Saibro
0,5%
Ext. e Britamento de Pedras 
e Materiais para Construção
34%Areia, Cascalho ou 
Pedregulho
26%
Granito
12%
Calcário e Dolomita
12%
Basalto
6%
Fonte: MTE/CAGED (DNPM, 2013)
- O grupo da extração de minerais não metálicos gerou saldo de 382, e seu 
estoque é composto pela extração de minerais não metálicos não especiicados 
anteriormente15 (45%), de minerais para fabricação de adubos, fertilizantes e 
outros produtos químicos16 (21%) e da extração de sal marinho e sal-gema 
(19%) (Gráico 5B);
Aula 2 - PERFIL MINERAL DO BRASIL46
Gráico 5B - Extração de outros minerais não metálicos
Sal Marinho e Sal-Gema
19%
Quartzo
4%
Grafita 
4%
Gemas (Pedra 
Preciosas e 
Semipreciosas)
4%
Amianto
3%Min. Não-Metálicos não 
específicados 
Anteriormente
45%
Min. p/ Fabr. de 
Adubos, Fert. e Prod. 
Química
21%
Fonte: MTE/CAGED (DNPM, 2013)
- O grupo da extração de minerais metálicos não ferrosos incrementou 
o estoque de mão de obra em 1.129 postos de trabalho, sendo que este é 
composto pela extração de minérios de cobre, chumbo, zinco e outros minerais 
metálicos não ferrosos não especiicados anteriormente17 (28%), assim como 
pela extração de metais preciosos (41%) e de alumínio (14%) (Gráico 5C);
Gráico 5C - Extração de minerais metálicos não ferrosos
Cobre, Chumbo, Zinco e Outros 
Min. Não Especificados
28%
Alumínio
14%
Níquel
12%
Estanho
2%
Manganês
2%
Tungstênio 
1%
Min. Radioativos
0,1%
Nióbia/Titânio
0,1%
Metais Preciosos
41%
Fonte: MTE/CAGED (DNPM, 2013)
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA / e-Tec Brasil 47
- Cabe destacar que alguns estados tiveram variações nos estoques acima da 
média brasileira para o período. Em uma análise geográica, percebe-se que 
16 Estados e o Distrito Federal cresceram mais do que a média do Brasil (4,8%). 
Tal aumento se deu principalmente em alguns Estados das regiões Norte (Pará, 
Tocantins, Amapá, Roraima e Amazonas), Centro Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso 
do Sul e Goiás) e Nordeste (Maranhão, Sergipe e Piauí), que estão expandindo suas 
áreas de produção mineral e de pesquisa geológica (Gráico 6);
Gráico 6 - Variação Relativa do Estoque de Mão de obra da Industria Extrativa Mineral, sem 
petróleo e gás natural
Fonte: MTE/CAGED (DNPM, 2013)
- Apesar dos Estados das regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste terem 
apresentado os maiores crescimentos percentuais no estoque, foi a região Sudeste 
a que gerou os maiores saldos19 de mão de obra em termos absolutos (Gráico7). 
Somados, os estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo 
foram responsáveis por 47,4% do saldo gerado em 2012. Em seguida vieram as 
regiões Norte (22,0%), Centro-Oeste (13,1%), Sul (10,0%) e Nordeste (7,5%).
Gráico 7 - Saldo da Movimentação da mão de obra da Indústria Extrativa Mineral, sem petróleo e 
gás natural (2012)
Fonte: MTE/CAGED (DNPM, 2013)
Aula 2 - PERFIL MINERAL DO BRASIL48
- Da mesma forma, os estoques de mão de obra estão localizados 
principalmente na região Sudeste, que representa 53,1% dos quase 193 mil 
trabalhadores do setor. Os maiores empregadores da atividade mineral são: 
Minas Gerais (64.445), São Paulo (20.004), Pará (18.808), Espírito Santo (10.796), 
Bahia (10.467), Goiás (9.972), Santa Catarina (7.978) e Rio de Janeiro (7.051);
- Pode-se veriicar, portanto, que o ano de 2012 foi positivo no que concerne 
ao desempenho da mão de obra na mineração. Apesar da desaceleração 
na geração de mão de obra, as taxas de crescimento foram maiores se 
comparadas com a média brasileira, o que é fruto tanto da demanda de outros 
setores econômicos por minérios quanto da abertura e expansão de projetos 
de extração mineral;
- Além disso, é importante ressaltar que a mineração fornece insumos para 
diversos ramos industriais, o que gera um efeito multiplicador sobre a mão de 
obra em outros setores. Assim, além de seu estoque de 192.729 trabalhadores, 
a Indústria Extrativa Mineral, sem petróleo e gás natural, gera um multiplicador 
de 3,5 para a indústria de transformação mineral, que possui um estoque de 
666.994 trabalhadores.
3 PERFIL MINERAL DO MARANHÃO
Segundo os estudos realizados pela Companhia de Pesquisa e Recursos 
Minerais do Brasil (CPRM, 2013, p.97), 
[...] o Estado do Maranhão possui minerais e rochas 
pertencentes às classes de industriais, de uso na construção 
civil e cerâmica, insumos para agricultura, gemas, recursos 
energéticos e água mineral/potável de mesa. Nos terrenos 
pré-cambrianos, o ouro é o recurso mineral largamente 
predominante. Na plataforma continental rasa, além de óleo 
e gás, são conhecidos depósitos de calcário agrícola e há 
potencial para fosfato, ouro, titânio e minerais pesados.
Iremos estudar então, um pouco dos minerais existentes no Estado do 
Maranhão.
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA / e-Tec Brasil 49
A partir de um recorte feito dos estudos realizados pela CPRM (2013), 
destacamos os principais minerais da classe dos metálicos, insumos agrícolas, 
rochas e minerais industriais, agregados para construção civil, gemas e 
recursos energéticos existentes no Maranhão.
MINERAIS METÁLICOS
Ouro
Os depósitos e ocorrências de ouro concentram-se, no Noroeste do Estado 
do Maranhão, próximo à costa atlântica, principalmente nos municípios 
de Godofredo Viana, Cândido Mendes, Luís Domingues, Centro Novo do 
Maranhão e Centro do Guilherme (Figura 1).
Figura 1 - Pepita de Ouro
Fonte: http://www.macacovelho.com.br/as-maiores-pepitas-de-ouro-do-mundo/
A descoberta de ouro nessa região ocorreu por volta de 1612 e religiosos 
jesuítas estabeleceram garimpos na região a partir de 1678. Ao longo do século 
XX, além da garimpagem, diversas companhias mineradoras executaram 
trabalhos exploratórios que culminaram na descoberta de vários depósitos de 
ouro primário. A primeira mina industrial do Maranhão, Piaba (município de 
Godofredo Viana), entrou em operação em 2010. 
Pepita de ouro, ou pedra 
de ouro: uma enorme 
“pedra” de ouro de 68 
quilos foi descoberta por 
um grupo de mineiros na 
região aurífera de Ballart 
em Victoria, Austrália, em 
9 de junho de 1858. Os 
dois primeiros mineiros 
que encontraram a pepita 
desmaiaram ao vê-la. Na 
época, foi o maior pedaço 
de ouro natural encontrado 
(Fonte: http://www.
macacovelho.com.br/as-
maiores-pepitas-de-ouro-
do-mundo/)
Aula 2 - PERFIL MINERAL DO BRASIL50
Zinco, Chumbo e Cobre
Ocorrências de esfalerita e galena, com ou sem pirita e barita, e associações 
geoquímicas anômalas de Zn-Pb-Cu-Ba em sedimentos de corrente, foram 
identiicadas em rochas da Formação Codó, na região de Codó. Indícios de 
mineralização (Figura 2) de cobre foram reportados para as regiões de Grajaú 
e de Carolina, sob a forma de cobre nativo em disseminações pontuais em 
nível amigdaloidal e/ou preenchendo cavidades de basaltos da Formação 
Mosquito.
Figura 2 - Minerais - Zinco, Chumbo e Cobre
Fonte: http://pt.wikipedia.org
Alumínio
Da classe dos metais não ferrosos (Figura 3), o alumínio se concentra em 
depósitos do Noroeste do Maranhão, nos municípios de Bom Jardim e Itinga 
do Maranhão. Os depósitos possuem reservas estimadas em 182,2 Mt de 
bauxita metalúrgica e 4,0 Mt de bauxita refratária. Indícios e ocorrências não 
explotadas existem ao longo da Rodovia BR-010, entre Itinga do Maranhão e 
Açailândia, e na Rodovia MA-006, próximo à Vila Faísa, em Santa Luzia.
Figura 3 - Metal não ferroso - Alumínio
Fonte: http://pt.wikipedia.org
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INSUMOS PARA A AGRICULTURA 
Fosfato
Jazimentos de fosfato (Figura 4) na regiãocosteira e em ilhas do Noroeste 
do Maranhão são conhecidos pelo menos desde o início do século XX, em 
localidades dos municípios de Godofredo Viana e Cândido Mendes. Reservas 
não oiciais são estimadas em 29 Mt, com teores de P2 O5 variando entre 0,8 
e 29%.
Figura 4 - Fosfato
Fonte: http://www.ujf.br/nugeo/banco-de-dados/banco-de-dados-de-geologia/minerais/fosfato/
fosfato-de-calcio/
Calcário Dolomítico e Dolomito Calcítico
Os jazimentos de calcário agrícola (Figuras 5a e Bb) se concentram, 
principalmente, no município de Riachão e distribuem-se também por Balsas 
e São José dos Patos.
Figura 5a - Calcário Dolomítico
Fonte: http://acritica.uol.com.br/
amazonia/Comunidade-interior-
Amazonas-exploracao-calcario-Manaus-
Amazonia_0_522547887.html
Figura 5b - Dolomito Calcítico
Fonte: http://comprar-vender.mfrural.com.
br/detalhe/calhidratada-chi-cal-virgem-
calcario-dolomitico-e-calcitico-125619.
aspx
Aula 2 - PERFIL MINERAL DO BRASIL52
ROCHAS E MINERAIS INDUSTRIAIS
Rocha Ornamental
O único polo produtor de rocha ornamental no Maranhão, no momento, é 
o do município de Rosário, que concentra reservas de 21,9 Mt de granitos 
(Figura 6) relacionados à Suíte Intrusiva Rosário. Contudo, ocorrências de 
rochas com potencial ornamental e associadas à Suíte Intrusiva Tromaí foram 
reportadas nas proximidades de Centro Novo do Maranhão.
Nas proximidades de Godofredo Viana, um aloramento apresenta matacões 
de granitoide, também da Suíte Intrusiva Tromaí, com coloração esverdeada 
a azulada. Foi sugerido para futura avaliação, visando à sua utilização, como 
rocha ornamental.
Figura 6 - Rocha ornamental - Granito
Fonte: http://pt.wikipedia.org
Caulim
As reservas de caulim (Figura 7) do Maranhão totalizam 2,5 Mt e se distribuem 
em dois depósitos localizados nos municípios de Caxias e Codó. Ocorrências e 
indícios associados ao Grupo Itapecuru são registrados na porção centro-norte 
do Estado, entre a várzea do rio Mearim e o rio Munim; ao longo da Rodovia 
MA-006, nas proximidades de Arame e Buriticupu, e na Rodovia MA- 245, em 
Encruzilhada; e Tuntum-Barra do Corda. Outras ocorrências, localizadas ao 
longo da Rodovia BR- 222, nas imediações do rio Pindaré, entre Açailândia e 
Verona, associam-se à Formação Ipixuna.
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA / e-Tec Brasil 53
Figura 7 - Caulim
Fonte:http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/conteudo/6849-usos-do-caulim-na-
industria/
Zeólita
O estado do Maranhão apresenta uma área relativamente vasta na Bacia do 
Parnaíba, com jazimentos de zeólita (Figura 8) associados à Formação Corda 
que se distribuem nos municípios de Governador Edison Lobão, Ribamar 
Fiquene, Montes Altos e Lajeado Novo.
Figura 8 - Mineral Zeólita
Fonte:http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Zeolitas&lang=3
A zeólita é um mineral 
com largo emprego nas 
áreas industrial, ambiental 
e agronômica. A adição de 
zeólita pode aumentar a 
eiciência agronômica dos 
fertilizantes e, se modiicada 
quimicamente, possui uso 
potencial como fertilizante 
de liberação lenta, com 
taxas de liberação de P e 
N comparáveis às obtidas 
com produtos comerciais 
similares. Na área ambiental, 
a eiciência na remoção 
de metais pesados em 
eluentes industriais é 
aumentada sobremaneira 
após modiicação química da 
zeólita, usando a propriedade 
de troca catiônica (Fonte: 
http://www.lookfordiagnosis.
com/mesh_info.
php?term=Zeolitas&lang=3)
Aula 2 - PERFIL MINERAL DO BRASIL54
Areias Especiais
As areias (Figura 9) oriundas da desagregação de arenitos da Formação 
Sambaíba são identiicadas na região sul do Maranhão, com potencial para 
uso no fraturamento hidráulico de poços de petróleo.
Argilas Especiais Argilas para cerâmica branca, argilas esmectíticas (bentonitas) 
e argilas refratárias, com uso industrial diferenciado, quando comparado ao 
das argilas para cerâmica vermelha, podem ser consideradas argilas especiais. 
Há várias ocorrências na região de Bacabal e municípios limítrofes, onde as 
argilas estão associadas ao horizonte mosqueado do peril laterítico imaturo 
que recobre ou se desenvolveu sobre rochas do Grupo Itapecuru.
Figura 9 - Areias Especiais
Fonte: http://www.mineracaonilson.com.br/produtos.php
Argila esmectítica
Ocorre a sudeste de Centro Novo do Maranhão, associada ao Grupo Serra 
Grande, mas não há informações sobre dimensões e real potencial da 
ocorrência. 
Várias ocorrências e indícios de argila esmectítica (Figura 10) são 
também conhecidos na porção ocidental do Maranhão, nos municípios 
de Governador Edison Lobão, Davinópolis, Porto Franco, Campestre do 
Maranhão, Ribamar Fiquene e Montes Altos, associados às formações 
Corda, Mosquito e Grajaú.
A argila, vulgarmente 
chamada de barro, por 
sua plasticidade enquanto 
úmida e extrema dureza 
depois de cozida a mais 
de 800ºC, é largamente 
empregada na cerâmica 
para produzir vários 
artefatos que vão 
desde os tijolos até 
semicondutores utilizados 
em computadores, além de 
possuir usos medicinais 
Fonte: http://www.
achetudoeregiao.com.br/
animais/argila.htm
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA / e-Tec Brasil 55
Há presença de esmectitas magnesianas na Formação Codó, na região de 
Codó, indicando seu uso como corretivo/condicionador de solos ácidos. Estas 
ocorrem preenchendo fraturas em pelitos da Formação Motuca, na região 
entre Riachão e Carolina.
Figura 10 - Argila Esmectítica
Fonte: https://mesozoico.wordpress.com/2009/03/25/caracterizacao-tecnologia-e-aplicacoes-das-
argilas-da-regiao-do-juncal/
Gipsita 
A gipsita (Figura 11), com uso na construção civil, agricultura e pecuária, possui 
ocorrências e depósitos nos municípios de Codó e Grajaú.
Em Balsas, na jazida da Mineração Vale do Araguaia, gesso agrícola é fabricado 
como subproduto da extração de calcário.
Figura 11 - Gipsita
Fonte: http://produto.mercadolivre.com.br
Aula 2 - PERFIL MINERAL DO BRASIL56
Calcário
As reservas oiciais de calcário (indiferenciado), Figura 12, no Estado do 
Maranhão totalizam 316,1 Mt. Mais de 95% dessas reservas estão concentrados 
nos municípios de Balsas e Codó e se associam à Formação Codó. Há, também, 
ocorrências nos municípios de Riachão, Imperatriz, Barra do Corda, Grajaú, 
Tuntum, Presidente Dutra, Timom e Caxias.
Figura 12 - Calcário
Fonte: http://tmacea.blogspot.com.br/2012/05/de-que-e-feito-o-cimento-por-que-e.html
AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL
Pedras Britadas e para Construção
São duas as principais unidades geológicas usadas na produção de pedras 
britadas no Maranhão. O polo Rosário Bacabeira, ao sul de São Luís, possui 
várias pedreiras ativas que explotam os granitoides da Suíte Intrusiva Rosário.
Argila para Cerâmica Vermelha
Os jazimentos de argila para cerâmica vermelha (Figura 13) estão distribuídos 
por todo o Maranhão, mas há uma concentração na porção centro-norte do 
Estado que é coincidente com as planícies de inundação dos grandes rios, 
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA / e-Tec Brasil 57
como Munim, Mearim e Itapecuru, que constituem a principal fonte de argilas. 
Também há concentração de jazimentos ao longo das rodovias BR-222, BR-226 
e BR-230, que ligam as maiores cidades do Estado. Há, também, jazimentos 
associados a pequenas lentes e camadas de argilito ou pelitos com laminação 
plano-paralela intercalados em arenitos do Grupo Itapecuru em Zé Doca, 
Vitória do Mearim, Miranda do Norte e Vargem Grande. Outras possibilidades 
são argilas relacionadas aos sedimentos da Formação Cujupena ilha de São 
Luís e Mirinzal, argila (mais areia e cascalho) da Formação Ipixuna e/ou Grupo 
Itapecuru em Açailândia e Verona, em Grajaú e norte de Barra do Corda. Ainda, 
lavras de argila, oriundas de alteração das rochas da Suíte Intrusiva Rosário, 
são relativamente abundantes em Bacabeira, município de Rosário, ao sul de 
São Luís.
Figura 13 - Argila Vermelha
Fonte: http://www.gpamineracao.com.br/obras/exibir/id/8
Cascalho, Seixo, Areia e Saibro
As coberturas lateríticas(Figura 14) maturas e imaturas, bastante distribuídas 
no Maranhão, são fontes de concreções ferruginosas, areia, cascalho, saibro 
e argila. Também o Grupo Barreiras e os Sedimentos Pós-Barreiras são fontes 
desses insumos. Em Centro Novo do Maranhão, ao longo da Rodovia MA-
306, há minas e ocorrências de seixo e areia; na porção sudoeste da ilha de 
São Luís, areia grossa é explorada mecanicamente em áreas onde aloram 
os sedimentos desse grupo e da Formação Cujupe; as extensas coberturas 
arenosas da Formação Grajaú fornecem areia em abundância, assim como 
leitos e paleoterraços dos rios Itapecuru, Mearim, Grajaú e Pindaré e a região 
dos lagos.
A laterita ou laterite é um 
tipo de solo muito alterado 
com grande concentração 
de hidróxidos de ferro e 
alumínio. Este processo 
de alteração do solo é 
designado por laterização e 
caracteriza-se pela ocorrência 
de lixiviação, que ocorre 
pelo excesso de chuvas ou 
irrigação, podendo vir a 
formar uma crosta constituída 
por nutrientes do solo, como 
Fe e Al, impedindo assim a 
penetração de água até níveis 
de profundidade superiores 
ao do laterito formado. Os 
solos originados por este 
processo são também 
chamados solos lateríticos. A 
laterização é um problema 
típico de solos ligado às 
regiões de clima úmido e 
quente. Quando a laterização 
é quase total, o solo se chama 
laterita, após desidratação 
originam-se crostas, cangas e 
concreções limoníticas (ricas 
em Fe2O3) e bauxitas (ricas 
em Al2O3). É muito usada em 
aquários, sendo enterrado 
para servir de fonte de ferro 
para as plantas.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/
wiki/Laterita
Aula 2 - PERFIL MINERAL DO BRASIL58
Figura 14 - Coberturas lateríticas – cascalho, seixo, areia e saibro
Fonte: http://pt.wikipedia.org
GEMAS 
Diamante 
Há referências, com localização imprecisa, à presença de diamante nas porções 
sul e sudoeste do Maranhão. Os indícios estariam relacionados a aluviões do 
rio Parnaíba, no limite com o Estado do Piauí, ao sul de Alto Parnaíba; a aluviões 
do rio das Balsas, em seu médio curso; e a aluviões do rio Sereno, próximo 
a sua foz no rio Manoel Alves Grande, que limita os Estados de Tocantins e 
Maranhão.
Minerais satélites do diamante (ilmenita e granada) foram identiicados 
em sedimentos ativos de drenagem e em solos ao norte de Centro Novo 
do Maranhão, em área de aloramento da Formação Igarapé de Areia e dos 
Sedimentos Pós-Barreiras, que ocorre sobre um dipolo magnético com eixo 
orientado segundo a direção N60°E, que indica a presença de intrusão em 
subsuperfície. Apesar da existência de mineralogia kimberlítica, a presença de 
intrusão kimberlítica associada a essa anomalia e, mesmo, da ocorrência de 
diamante, necessita de conirmação futura. A ocorrência de um kimberlitofoi 
apontada no município de Lajeado Novo.
Ametista e Cristal de Rocha
Ametista e Cristal de Rocha (Figuras 15a e 15b) existem ocorrências de cristal de 
rocha na região de Balsas-Riachão e de ametista entre Timões e São Francisco, 
ambas em áreas de aloramento da Formação Pedra de Fogo. Há ocorrência 
de opala na região de Porto Franco-Estreito, próximo à divisa com Tocantins, 
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA / e-Tec Brasil 59
associada ao vulcanismo básico da Formação Mosquito. Também cita uma 
ocorrência de ametista em Matões, em área de aloramento da Formação 
Codó. Supõe-se que também se associe ao vulcanismo básico.
RECURSOS ENERGéTICOS 
Urânio
Anomalias radiométricas de urânio (Figura 16), com valor em torno de 300 
cps, foram identiicadas na região de Coelho Neto, em algumas ocorrências 
de arenitos micáceos e argilosos, inos, intercalados com siltitos laminados, 
atribuídos à Formação Pedra de Fogo. Outra anomalia identiicada localiza-
se mais ao sul, no município de Barão do Grajaú, próximo ao rio Parnaíba, 
e associa-se a indício geoquímico de fósforo. Carvão e Linhito é baixa a 
favorabilidade à existência econômica de carvão na Bacia do Parnaíba.
Figura 16 - Urânio
Fonte: http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/uranio/
Figura 15a - Kimberlito 
Fonte: http://portaldenoticias.net/
aroldo/?7059
Figura 15b - Cristal de rocha ou quartzo
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/
Cristal_de_rocha; http://Ipminerais.
com.br/index.php?option=com_
wrapper&view=wrapper&Itemid=190
Kimberlito - É um mineral 
raro, que forma o manto da 
terra. Chega à superfície após 
uma erupção vulcânica.
Cristal de rocha ou 
quartzo - é uma variedade 
cristalina de quartzo, 
geralmente incolor e 
transparente, podendo 
em algumas vezes ter tons 
variados de roxo, e em raras 
ocasiões até azul.
Aula 2 - PERFIL MINERAL DO BRASIL60
Carvão Mineral
O Anuário Mineral Brasileiro (DNPM, 2010) reporta uma reserva de carvão 
mineral (Figura 17), ou turfa, no município de Balsas. Esse carvão está 
associado à Formação Poti, do Grupo Balsas. Além disso, próximo a Santa 
Helena, há registro da presença de diversos níveis carbonosos na Formação 
Codó, descritos como linhito.
Figura 17 - Carvão Mineral
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Carv%C3%A3o_mineral
Folhelho Betuminoso
Ocorrências de folhelho betuminoso (Figura 18) são descritas para as regiões 
de Codó, Barra do Corda e Tuntum. Turfa Turfeiras são comuns nas planícies 
de inundação de rios e lagos maranhenses e, secundariamente, na porção 
Nordeste do Estado.
Figura 18 - Folhelho Betuminoso
Fonte: http://www.geologo.com.br

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