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Avaliação Econômica de Danos Ambientais - FACULDADE PROMINAS

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Núcleo de Educação a Distância
R. Maria Matos, nº 345 - Loja 05
Centro, Cel. Fabriciano - MG, 35170-111
www.graduacao.faculdadeunica.com.br | 0800 724 2300
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO.
Material Didático: Ayeska Machado
Processo Criativo: Pedro Henrique Coelho Fernandes
Diagramação: Ayrton Nícolas Bardales Neves
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira, Gerente Geral: Riane Lopes, 
Gerente de Expansão: Ribana Reis, Gerente Comercial e Marketing: João Victor Nogueira
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profi ssionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confi ança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, refl exiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas
pessoais e profi ssionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfi l profi ssional, objetivando o aprimoramento para sua atua-
ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualifi car ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! .
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profi ssional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professora: Larissa Danielle Melo Costa
O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especifi cadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profi sisional.
Esta unidade aborda um dos instrumentos da Política Nacional 
do Meio Ambiente: a avaliação de impacto ambiental. Especifi camente, 
foram enfocados: a) o papel do desenvolvimento sustentável nas políti-
cas públicas brasileiras; b) a regulamentação da avaliação de impacto 
ambiental; c) metodologias utilizadas para a identifi cação, medição e 
análise dos aspectos signifi cativos de impacto ambiental. Para tanto, 
foi considerando os conceitos ambientais, as vertentes do pensamento 
ambiental e as relações das atividades econômicas com o meio am-
biente. Além disso, Legislações e Resoluções específi cas para a con-
formidade legal, as quais fundamentam a necessidade de elaboração 
do EIA/RIMA. Espera-se que o aluno, por meio do conhecimento e da 
refl exão em torno da disciplina, consiga atuar na tomada de decisão, 
com a máxima efi ciência, tanto nas metodologias propostas, quanto na 
prática da gestão ambiental. Conhecer os requisitos legais aos quais os 
empreendimentos estão sujeitos, e as possíveis maneiras para minimi-
zar o impacto ambiental, facilitará o exercício do gestor ambiental e a 
obtenção da licença ambiental expedida pelo órgão competente. 
Licenciamento Ambiental. Avaliação de Impacto Ambiental. 
Estudo de Impacto Ambiental. Valoração de Impacto Ambiental.
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CAPÍTULO 01
CARACTERIZAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL
Apresentação do módulo ______________________________________ 10
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Tipologia do Pensamento Ambiental ___________________________
Sustentabilidade Ambiental ____________________________________
 CAPÍTULO 02
O LICENCIAMENTO AMBIENTAL E A AVALIAÇÃO DE IMPACTOS 
AMBIENTAIS
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Licenciamento Ambiental Brasileiro ____________________________
Ferramentas de Gestão Ambiental _____________________________
24Recapitulando _________________________________________________
44Recapitulando _________________________________________________
CAPÍTULO 03
ECONOMIA AMBIENTAL
Introdução à Economia Ambiental _____________________________
Métodos de Valoração Ambiental _______________________________
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54
Recapitulando ________________________________________________
Referências ___________________________________________________ 71
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Fechando Unidade ____________________________________________ 69
37Evolução da AIA no Direito _____________________________________
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O desenvolvimento da civilização humana está intrinsecamen-
te relacionado com a incansável busca pela satisfação de suas neces-
sidades, o que implica na exploração da natureza. Mesmo possuindo 
tecnologias sufi cientes para não comprometer as condições naturais do 
meio ambiente, a interação das atividades antrópicas com os ecossis-
temas é constante.
Nesta disciplina, vamos conhecer as normas que regulamen-
tam a obrigatoriedade do estudo de impacto ambiental e a avaliação 
do impacto ambiental aos empreendimentos potencialmente, ou efeti-
vamente, poluidores.
Os pensamentos ambientais divergem entre os estudiosos, as-
sim como a questão ambiental diverge entre a população, portanto, as 
políticas públicas têm papel fundamental de defi nir e guiar os caminhos 
rumo ao desenvolvimento sustentável. 
O intuito desta disciplina é de apresentar os critérios e as me-
todologias que fundamentam a avaliação de impacto ambiental decor-
rente de atividades humanas, e contribuir para a tomada de decisão 
referente aos processos do empreendimento que causam danos am-
bientais.
No Brasil, a lei que regulamentao licenciamento ambiental é 
a Lei federal nº 6938, de 31 de agosto de 1981, que instituiu a Política 
Nacional do Meio Ambiente (PNMA). Ela estabelece a obrigatoriedade 
e os critérios da avaliação de impacto ambiental, porém a metodologia 
para esta avaliação não é defi nida por lei. 
Cabe ao gestor decidir como e qual é a melhor metodologia 
para utilizar em seu projeto, tendo como única obrigação, o atendimento 
aos requisitos legais estabelecidos para o licenciamento ambiental.
Uma observação deve ser feita em relação às leis apresen-
tadas nesta unidade: os artigos citados de forma direta, representam 
parte do texto editado, cabendo ao aluno buscar sua total compreensão 
por meio da legislação na íntegra.
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CARACTERIZAÇÃO DA GESTÃO
AMBIENTAL
TIPOLOGIA DO PENSAMENTO AMBIENTAL 
A crise ambiental é caracterizada pela relação do homem com 
a natureza. São propostos diversos fundamentos éticos e políticos para 
superar esta crise. O primeiro, divide-se entre as vertentes do antropo-
centrismo e do biocentrismo. O segundo, tem o intuito de demonstrar 
caminhos para que a população supere a crise ambiental.
A análise da situação ambiental é de suma importância. Com-
preender como as problemáticas ambientais são vistas, defi nidas, e 
como a entendemos, tem estreita relação com a forma que os seres 
humanos abordam e interpretam o meio ambiente.
Para a compreensão global da situação ambiental atual, é es-
sencial utilizar tipologias do pensamento político ambiental, pois permi-
tem a simplifi cação e a sistematização das diferenças entre as princi-
pais posições.
Segundo Foladori (2001), a tipologia pode ser defi nida como 
um modelo para enquadrar posicionamentos diferentes. A utilidade da 
tipologia está em tornar algo complexo em algo mais simples.
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O pensamento ambiental, voltado ao propósito de superar a 
crise, pode ser dividido nas seguintes correntes:
1) Ecologia profunda e preservacionistas.
2) Verdes.
3) Cornucopianos.
4) Ambientalismo moderado.
5) Marxistas ou Humanismo crítico.
Ecologia profunda e preservacionistas
Este pensamento entende que a natureza não está subordina-
da ao homem, e sim o contrário. Sugerem que as leis da natureza são 
superiores às atividades antropológicas humanas (BARBOSA, 2006).
Partindo deste princípio, as propostas da ecologia profunda e 
preservacionista se concentram em encontrar maneiras de mudar e sal-
var o mundo através da transformação do indivíduo ao experienciar a 
sensibilidade ecológica.
Dryzek (1997) afi rma que o industrialismo corrompe o homem, 
sendo assim, o governo, as políticas ambientais e as econômicas não 
são capazes de transformar a crise ambiental, cabendo apenas a mu-
dança das condutas humanas para superar a crise. Defende que é a 
partir do meio cultural – nos ensinamentos de pais para fi lhos – que a 
transformação acontece. Porém, Dryzek e outros autores não são capa-
zes de indicar ações concretas para esta superação.
Em geral, a proposta é baseada em sessar o consumo materia-
lista e populacional, e adotar o uso de tecnologias em pequena escala 
de produção. A reconexão com a natureza deve existir a qualquer custo, 
mesmo que para tanto, a sociedade volte a ser auto sufi ciente e viva em 
estreita relação com a natureza.
Verdes 
Na vertente do pensamento verde, estão incluídas as propos-
tas dos chamados partidos verdes europeus. Os defensores deste pen-
samento defendem ações radicais contra a atual sociedade capitalista. 
As ideologias sustentadas pelo socialismo e capitalismo estão relacio-
nadas ao industrialismo, e ambas ideologias ignoram as preocupações 
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ambientais (FALADORI, 2001).
Os autores desta vertente apresentam propostas voltadas às 
mudanças estruturais do sistema, ligadas às questões políticas, eco-
nômicas, sociais e institucionais. Faladori (2001) elenca as principais 
características das propostas:
o biocentrismo, que é o ponto de partida ético dos valores ambientais;
o uso da ecologia para explicar as relações entre a sociedade e a natureza;
a aceitação de que o desenvolvimento humano deve respeitar limites;
a transformação cultural partindo da individualidade de cada ser humano.
Saiba mais:
Existem inúmeras organizações governamentais e não 
governamentais que colocam em prática os princípios verdes.
Para você ter noção de algumas práticas verdes, acesse o link:
https://www.pensamentoverde.com.br/.
Entretanto, segundo Dryzek (1997), os princípios que regem 
o pensamento verde não abordam um projeto claro, e sim ideais que 
podem favorecer a aproximação dos indivíduos com a natureza. 
Em relação às questões econômicas da crise, os autores ver-
des adotam a economia ecológica, em que os processos econômicos 
são parte natural do fl uxo de energia e de matéria – não considerando 
o processo econômico como um processo isolado da natureza – e ao 
considerar a economia ecológica, propõe mudanças no ritmo econômi-
co, que hoje considera apenas as dinâmicas de preços.
Dessa forma, os processos econômicos devem levar em con-
sideração se os recursos utilizados são renováveis ou não renováveis, 
e a capacidade de regeneração dos recursos renováveis. Esta análise 
deve guiar as condutas de uso dos recursos naturais.
Cornucopianos
Os autores deste pensamento não creem que exista uma crise 
ambiental, e assim, não há limites para o crescimento econômico. Eles 
propõem a ausência do Estado para as práticas de mercado apoiado no 
uso de tecnologias, chegando, em alguns casos, a serem vistos como 
antiambientalista (PIERRI, 2001).
Segundo Chang (2001), a economia deve ser voltada para o 
crescimento econômico e auxiliada por um sistema político que visa 
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facilitar as condições desse crescimento. Acredita que os avanços tec-
nológicos sejam sufi cientes para sanar qualquer escassez de recursos 
naturais ou fatores ligados à poluição.
Chang baseia suas afi rmações em Lomborg (2002), que apre-
senta análises criteriosas de que o meio ambiente não está “por um 
fi o”, e que a redução da pobreza é um assunto político e econômico 
mais urgente, pois solucionando o problema da pobreza, soluciona-se a 
maioria dos problemas relacionados ao meio ambiente. 
Ambientalismo moderado
O ambientalismo moderado é o principal pensamento adotado 
pela ONU (Organização das Nações Unidas) e governos dos países 
que são associados a ela (PIERRI, 2001).
O antropocentrismo é o ponto chave deste pensamento, e de-
fende que a preservação da natureza não é um fi m em si mesmo, e sim 
o meio propício para o desenvolvimento. Segundo Foladori (2001), eles 
reconhecem a existência da crise ambiental, e ela advém da adoção de 
políticas públicas relacionadas ao capitalismo e à falta de desenvolvi-
mento tecnológico.
Dessa forma, acreditam que a solução para os problemas am-
bientais esteja na adoção de políticas e instrumentos capazes de cor-
rigir o mercado e estimular o desenvolvimento de tecnologias limpas.
O foco das discussões está em como diminuir a poluição den-
tro do sistema de produção.
As medidas adotadas nesse pensamento estão relacionadas 
ao comando, controle e instrumentos de mercado, que fi xa limites de 
contaminação, controle sobre os produtos e consumo de insumos, zo-
neamento ambiental, cota para utilização dos recursos do meio ambien-
te e o uso de tecnologias.
Odesenvolvimento sustentável é o fundamento base do am-
bientalismo moderado, defendendo o direito do Estado e da socieda-
de em desenvolver-se socioeconomicamente, de forma responsável e 
consciente. 
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Marxistas ou humanismo crítico
Para os marxistas, o meio ambiente e a sociedade não se re-
lacionam de forma uniforme. Ao considerar o desenvolvimento humano 
e a natureza como um bloco uniforme, deixa-se de lado o conceito de 
responsabilidade ambiental, pois na sociedade capitalista, o meio am-
biente não tem a mesma importância que o homem, e assim, a respon-
sabilidade pelo dano ambiental é do sistema capitalista (PIERRI ESTA-
DES, 2002).
A característica principal deste pensamento é baseada na pa-
ridade da evolução humana e do meio ambiente para infl uenciar a evo-
lução da vida. Portanto, o que norteia as condutas humanas em relação 
à natureza são os contextos históricos e as divisões de classes, e não 
as leis da natureza.
A questão da crise ambiental não está relacionada aos limi-
tes físicos ao desenvolvimento, e sim às relações sociais da sociedade 
capitalista, que impõe a produção ilimitada (FOLADORI, 2001). É uma 
questão muito mais associada ao lucro monetário, do que propriamente 
à satisfação das necessidades humanas.
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL 
A proposta rotulada como desenvolvimento sustentável teve a 
sua construção dentro da ONU, e vem sendo discutida nos últimos qua-
renta anos que se passaram após a Conferência de Estocolmo.
Os debates, confronto de opiniões políticas e éticas trazidos 
pelos governos, pesquisadores, ambientalistas, estudantes e a popu-
lação em geral, infl uenciaram nos documentos produzidos pela ONU. 
Estes documentos são o ponto inicial para as discussões a favor ou 
contra a política ambiental.
Os princípios instituídos nestes documentos e que também são 
válidos em diversas tipologias de pensamentos são:
princípio da precaução;
princípio da responsabilidade objetiva;
princípio da avaliação de impactos.
Os conceitos e critérios que envolvem a sustentabilidade am-
biental é aplicável em todos os sistemas de produção, sendo eles capi-
talistas ou não, e dentro de toda a ótica relacionada ao meio ambiente. A 
sustentabilidade é o conceito fundamental que insere o meio ambiente 
na política internacional, e nas políticas públicas dos Estados (VEIGA, 
2005).
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A evolução do conceito de sustentabilidade 
Segundo Dryzek (1997), a sustentabilidade se origina no uso 
sustentável dos recursos naturais com fi ns produtivos. É a ideia de pre-
servar hoje para ter com o que produzir amanhã. Este enfoque busca 
a manutenção da utilização dos recursos ambientais sem reduzir de 
forma irreversível a capacidade de regeneração.
A ciência agrobiológica desenvolveu este conceito para rela-
cionar a capacidade de um sistema de gestão capaz de manter sua 
produção em meio às perturbações externas. O conceito tratava-se de 
uma índole física fundamentada na capacidade de carga, e era uma 
ideia estritamente ecológica da sustentabilidade (HERRERO, 2000).
A capacidade de carga de uma espécie biológica num ambien-
te é o tamanho populacional máximo que o meio pode sustentar indefi -
nidamente, ao considerar alimento, habitat, água e outras necessidades 
disponíveis no ambiente.
As ações humanas são sustentavelmente ecológicas quando 
não alteram o ecossistema do meio – seja a função de fonte ou de fossa 
– ao longo do tempo (GOODLAND, 2002). A função de fonte está ligada 
à obtenção da matéria-prima, e a função de fossa à absorção pelo meio 
ambiente destes dejetos descartados. Essas funções em conjuntos são 
a capacidade de carga, e não devem ser ultrapassadas pelas atividades 
do homem.
As taxas dessas funções podem ser medidas e avaliadas, por-
tanto, a capacidade da natureza em assimilar os dejetos que recebe 
não pode ser superior ao seu limite, bem como as taxas de utilização de 
seus recursos, também não devem ser superiores às taxas de regene-
ração. Este conceito estabelece a premissa de que a sustentabilidade 
ecológica objetiva manter o capital intacto.
Há três critérios de equilíbrio para as taxas de entrada e saídas 
de recursos naturais e de resíduos na sustentabilidade ecológica (HER-
RERO, 2000):
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1) não podemos consumir estoques de recursos superando a 
velocidade de sua regeneração;
2) nos recursos que não se renovam, a taxa de utilização deve 
ser equivalente à taxa de substituição por outros recursos re
nováveis e incorporados ao processo econômico;
3) os processos de produção não podem poluir mais do que os 
ecossistemas são capazes de assimilar em termos biológicos.
O Informe Brundtland, publicado em 1987, é o percussor das 
iniciativas sobre o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. A 
sua concepção acerca da sustentabilidade ecológica é similar à exposta 
anteriormente: “aquele que atende às necessidades do presente sem 
comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas 
próprias necessidades”. 
O conceito possui duas questões-chave, a ideia das necessi-
dades essenciais dos pobres, a que se deve atribuir absoluta prioridade, 
em especial nos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos; e 
as limitações impostas pelas tecnologias e pelas organizações sociais 
referentes à capacidade de o meio ambiente atender às necessidades 
básicas presentes e futuras. Portanto, percebe-se que se apresenta a 
tensão dinâmica entre a pobreza e a preocupação ambiental, consi-
derando a continuação da vida dos seres humanos dentro de certas 
restrições ambientais. 
Ao longos dos anos, as atividades humanas intensifi caram 
seus impactos ambientais. Seja por causa do crescimento populacional, 
seja em virtude do desenvolvimento tecnológico, as atuais intervenções 
são mais pontuais e problemáticas. Hoje os impactos atingiram uma 
escala maior, e é devido a isto que as atividades humanas ameaçam a 
sustentabilidade, tanto a nível local como global (CMMAD, 1991).
Assim, as atividades humanas passaram a ser foco de discus-
são, e tornou-se imprescindível a identifi cação dos processos que po-
dem causar interferência no ecossistema em um determinado prazo. 
Para Boff (2006), a sustentabilidade se resume na capacidade de admi-
nistrar a voracidade humana.
Entretanto, quando se avalia as intervenções humanas sob o 
meio ambiente, verifi ca-se que o caráter físico e ecológico do conceito 
de sustentabilidade depende também de fatores econômicos e sociais 
(CMMAD, 1991). O conceito evolui e acrescenta as variáveis socioe-
conômicas e culturais, chegando à sustentabilidade ambiental. Neste 
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contexto, o conceito de equidade social entre cada geração toma força.
A complexidade da sustentabilidade evolui de tal forma que a 
variação dos níveis de consumo per capita, as desigualdades sociais e 
econômicas, a capacidade de desenvolvimento da nação, as tecnolo-
gias disponíveis se tornam fatores de estudo para o entendimento da 
sustentabilidade ambiental.
A sustentabilidade ecológica separa o homem da natureza, li-
mitando a análise dos aspectos biofísicos, e a sustentabilidade ambien-
tal determina que as dimensões físicas: social, econômica e cultural 
relacionam-se intrinsicamente com os impactos ambientais.
A sustentabilidade ambiental: dimensões ecológica, eco-
nômica e social 
Os conceitos de sustentabilidade iniciaram com abordagens 
conservacionistas da natureza e foram evoluindo até manifestar a ideia 
atual de sustentabilidade (HERRERO, 2000). Não era sufi ciente limitar 
o meio ambiente às relações biofísicas, excluindo ohomem e suas inte-
rações. Assim, a incorporação dos elementos físicos passam a comple-
mentar o conceito da sustentabilidade.
Sachs (2004) considera então que a base da sustentabilidade 
não é fundamentada apenas nas três dimensões citadas anteriormente, 
e sim em seis dimensões principais:
1) sustentabilidade social;
2) sustentabilidade cultural;
3) sustentabilidade econômica;
4) sustentabilidade ecológica;
5) sustentabilidade ambiental;
6) sustentabilidade territorial.
Todavia, a maioria dos autores utilizam os aspectos de susten-
tabilidade ambiental, sustentabilidade sociocultural e sustentabilidade 
econômica, que segundo Cavalcanti (2002), devem obedecer aos cri-
térios de equidade social, equilíbrio ecológico e efi ciência econômica.
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São diversos os objetivos da sustentabilidade, e não se limitam 
à manutenção dos níveis de recursos naturais que estão à disposição 
humana. Implica também nas exigências éticas da sociedade para a 
conservação ambiental e cultural. Essa ideia sustenta a possibilidade 
do desenvolvimento humano e social – satisfação das necessidades e 
preservação da natureza.
A sustentabilidade social vincula-se à distribuição de renda – 
redução das diferenças sociais –, homogeneidade social, qualidade de 
vida da população e acesso igualitário aos serviços sociais (SACHS, 
2002). 
Segundo Pierri Estades (2002), é possível analisar a susten-
tabilidade local, regional e global, uma vez que a sustentabilidade am-
biental é sempre espacial, ou seja, refere-se a um determinado espaço 
e sistema.
A análise local tem como objetivo identifi car a infl uência do im-
pacto das atividades sustentáveis, se o meio ambiente mantém suas 
características, ou se há degradação, esvaziamento ou aumento dos 
recursos naturais. A análise global seria identifi car as contribuições po-
sitivas e negativas em longo prazo.
A ONU estabelece que o modelo de desenvolvimento econô-
mico dos países deve ser baseado no desenvolvimento sustentável. Ou 
seja, um desenvolvimento com conduta sustentável. A palavra susten-
tável visa uma tradição, ações sociais duradouras ao longo do tempo.
A tendência atual é buscar a sustentabilidade em contextos pe-
quenos, aplicando a sustentabilidade local.
A sustentabilidade pode ser defi nida de várias maneiras, como 
vimos ao longo deste capítulo. Porém, todas as defi nições de sustenta-
bilidade têm em comum a ideia de manutenção, sustentação ou a con-
tinuação dos recursos naturais, sistemas, ou relações homem x meio 
ambiente.
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A concretização da sustentabilidade através das ações huma-
nas – sociais, culturais, ambientais e econômicas – é possível, com 
a utilização de instrumento de avaliação dos impactos ambientais que 
leve em consideração as dimensões do desenvolvimento sustentável 
dentro do contexto espacial e temporal em que a atividade está inserida.
Este instrumento deve ser independente, sem associação à 
sustentabilidade ecológica, social e econômica. A separação dessas 
três dimensões é meramente metodológica, pois o uso racional dos re-
cursos naturais aumenta a equidade e a justiça social, reduzindo simul-
taneamente a desintegração social (CAVALCANTI, 2002).
Apesar da característica interdependente do instrumento de 
avaliação ambiental, deve-se aprofundar o conhecimento com métodos 
e legislações, e somente após esta etapa, promover a integração das 
três dimensões.
A sustentabilidade ambiental no direito positivo brasileiro 
A fundamentação jurídica brasileira toma por base os docu-
mentos da ONU, mas não apenas estas orientações.
O Brasil participou dos debates das três grandes Cúpulas am-
bientais que a ONU realizou, e assinou as declarações políticas esta-
belecidas. Os documentos gerados a partir destas Cúpulas estimulam a 
elaboração de leis federais que estabelecem mecanismos necessários 
para a criação, coordenação implementação de políticas e para a apli-
cação das leis. 
A Declaração do Rio-92 estabelece 27 princípios fundamentais 
para o desenvolvimento sustentável, e em seu princípio 11 afi rma que 
os Estados devem adotar a legislação ambiental efi caz. Os regulamen-
tos, os objetivos e as prioridades de gerenciamento refl etem o contexto 
ambiental em que são aplicados. 
As leis aplicadas por alguns países podem ser inadequadas 
para outros, por exemplo, para países que estão em desenvolvimento, 
resultando em custos econômicos e sociais injustifi cados (BARBOSA, 
2006). 
Por sua vez, a Cúpula de Joanesburgo estabelece o Plano de 
Implementação, que afi rma (BARBOSA, 2006): 
o desenvolvimento sustentável requer uma perspectiva de 
longo prazo e participação ampla na formulação das políticas, 
tomada de decisões e implementação em todos os níveis;
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na condição de parceiros sociais, as Nações devem 
continuar a trabalhar por parcerias estáveis com todos os 
grupos principais, respeitando os papéis independentes e 
relevantes de cada um deles;
para alcançar os objetivos do desenvolvimento sustentável, é 
necessário que as instituições sejam multilaterais mais 
efi cazes, democráticas e responsáveis.
A menção de desenvolvimento sustentável até 1992 não exis-
tia nas legislações brasileiras, apesar de alguns elementos conceituais 
serem visíveis na Constituição Federal e na Lei da Política Nacional do 
Meio Ambiente. É a partir da Eco-92 que este conceito é absorvido pe-
las legislações do Brasil (BARBOSA, 2006).
Dessa forma, inicia-se a adoção dos conceitos sustentáveis 
pela legislação brasileira. Quase todas as leis promulgadas no Brasil, 
a partir do ano de 1992 tratam sobre questões relacionadas ao meio 
ambiente e ao conceito de sustentabilidade.
Para exemplifi car, o caso da Lei Federal nº. 9433 de Política 
Nacional dos Recursos Hídricos (PNRH), criada em 8 de janeiro de 
1997, defi ne em seu artigo 2º.:
assegurar à atual e às futuras gerações a necessária 
disponibilidade de água, em padrões de qualidade 
adequados aos respectivos usos;
a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, 
incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao 
desenvolvimento sustentável; 
a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de 
origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos 
naturais;
a gestão sistemática dos recursos hídricos, sem 
dissociação dos aspectos de quantidade e de qualidade;
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a integração da gestão de recursos hídricos com a gestão 
ambiental;
a adequação da gestão de recursos hídricos às diversidades 
físicas, bióticas, demográfi cas, econômicas, sociais e culturais 
das diversas regiões do país; 
a articulação da gestão de recursos hídricos com a do 
uso do solo.
Outro exemplo é a Lei Federal nº. 9795 de Política Nacional 
de Educação Ambiental, criada em 27 de abril de 1999, referencia a 
sustentabilidade: 
a concepção do meio ambiente em sua totalidade, 
considerando a interdependência entre o meio natural, o 
socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da 
sustentabilidade; 
o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, 
em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção 
de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada 
nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, 
democracia, justiça social, responsabilidade e 
sustentabilidade.
O artigo 5.º desta mesma lei, determina a promoção do estí-
mulo à cooperação entre os estados da nação, visando a construção de 
uma sociedade em equilíbrio ambiental e fundada na liberdade, igual-
dade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sus-
tentabilidade.
Outra Lei Federalimportante é a Lei nº. 9985 que institui o Sis-
tema Nacional de Unidades de Conservação, criada em 18 de julho de 
2000. A sustentabilidade é referenciada, como:
conservação da natureza – o manejo do uso humano da 
natureza, compreendendo a preservação, a manutenção, a 
utilização sustentável, a restauração e a recuperação do 
ambiente natural, para que possa produzir o maior benefício, 
em bases sustentáveis, às atuais gerações, mantendo seu 
potencial de satisfazer as necessidades e as aspirações das 
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gerações futuras, e garantindo a sobrevivência dos seres vivos 
em geral;
uso sustentável – exploração do ambiente de maneira a 
garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e 
dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os 
demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e 
economicamente viável;
extrativismo – sistema de exploração baseado na coleta e 
extração, de modo sustentável, de recursos naturais 
renováveis.
É visível que a concepção de sustentabilidade integra as legis-
lações ambientais brasileiras, mas é na Resolução CONAMA 237/97 
que se defi ne o instrumento de gestão ambiental AIA (Avaliação de Im-
pactos Ambientais), promovendo a aplicação dos aspectos de sustenta-
bilidade ambiental na sociedade brasileira.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2011. Banca: FMP Concursos. Órgão: TCE-RS. Provas: . Con-
cursos - 2011 - TCE-RS - Auditor Público Externo – Administração. 
O conceito de desenvolvimento sustentável se fi rma em três pi-
lares básicos: o crescimento econômico, a equidade social e o 
equilíbrio ecológico. Nesse contexto, um tema recorrente na con-
temporaneidade é a formulação de políticas públicas voltadas ao 
desenvolvimento sustentável. Sobre essa temática, assinale a al-
ternativa INCORRETA quanto às dimensões da sustentabilidade. 
a) A sustentabilidade social trata de assuntos como a criação de postos 
de trabalho que permitam a obtenção de uma renda individual adequa-
da à melhor condição de vida e maior qualifi cação profi ssional e produ-
ção de bens dirigida prioritariamente às necessidades básicas sociais.
b) A sustentabilidade econômica está relacionada à redução dos abis-
mos norte/sul, por meio de um fl uxo permanente de investimentos pú-
blicos e privados.
c) A sustentabilidade ecológica diz respeito à qualidade do meio am-
biente e à preservação das fontes de recursos energéticos e naturais.
d) A sustentabilidade espacial está associada a uma maior equidade na 
distribuição de renda e bens.
e) A sustentabilidade cultural se destina a evitar confl itos culturais.
QUESTÃO 2
Ano: 2016. Banca: FCC. Órgão: SEGEP-MA. Prova: FCC - 2016 - SE-
GEP-MA - Analista Ambiental – Pedagogo.
A problemática da sustentabilidade assume neste novo século um 
papel central na refl exão sobre as dimensões do desenvolvimento 
e das alternativas que se confi guram. O quadro socioambiental que 
caracteriza as sociedades contemporâneas revela que o impacto 
dos humanos sobre o meio ambiente tem tido consequências cada 
vez mais complexas, tanto em termos quantitativos quanto qua-
litativos. O conceito de desenvolvimento sustentável surge para 
enfrentar a crise ecológica, sendo que uma das “correntes” que dá 
sustentação às ideias acima é
a) a que postula a necessidade de investimento no consumo e no turis-
mo ecológicos, de forma a atingir o equilíbrio econômico, promovendo o 
congelamento do crescimento industrial em termos globais.
b) aquela que defende a posição de que o desenvolvimento sustentá-
vel só se concretizará nos países do Hemisfério Norte, dado que suas 
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necessidades e demandas por consumo de recursos naturais ou eco-
lógicos seriam atendidas pelos países pobres ou em desenvolvimento.
c) aquela que exige do Estado, dos coletivos que integram o sistema 
de representação política e da sociedade civil organizada o esforço na 
elaboração de um pacto de curto prazo de modo a desmercadorizar os 
recursos naturais, tornando-os bens coletivos.
d) a denominada crítica à maneira como os homens se apossam dos 
recursos ambientais e econômicos, fazendo com que desastres e tragé-
dias ambientais e climáticas ocorram continuamente, trazendo graves 
consequências à vida cotidiana.
e) a crítica ao modo de vida atual que tem por objetivo encontrar uma 
resposta à necessidade de sintonizar os processos ambientais com os 
socioeconômicos, aumentando a produção de novos ecossistemas que 
poderiam favorecer melhor qualidade de vida.
QUESTÃO 3
Ano: 2017. Banca: CONSULPLAN. Órgão: TRF - 2ª REGIÃO. Prova: 
CONSULPLAN - 2017 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área 
Administrativa.
Analise as afi rmativas a seguir. 
I. Os órgãos e conselhos do Poder Judiciário deverão adotar mo-
delos de gestão organizacional e de processos estruturados na 
promoção da sustentabilidade ambiental, econômica e social. II. As 
unidades ou núcleos socioambientais deverão estimular a refl exão 
e a mudança dos padrões de compra, consumo e gestão documen-
tal dos órgãos do Poder Judiciário, bem como do corpo funcional e 
força de trabalho auxiliar de cada instituição. III. O uso sustentável 
de recursos naturais e bens públicos deverá ter como objetivos 
o combate ao desperdício e o consumo consciente de materiais, 
com destaque para a gestão sustentável de documentos como a 
implementação de processo judicial eletrônico e a informatização 
dos processos e procedimentos administrativos. 
Nos termos da Resolução nº 201/2015 do Conselho Nacional de 
Justiça, que dispõe sobre a criação e competências das unidades 
ou núcleos socioambientais nos órgãos e conselhos do Poder Ju-
diciário e implantação do respectivo Plano de Logística Sustentá-
vel, está(ão) correta(s) a(s) afi rmativa(s):
a) I, II e III.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e III, apenas.
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QUESTÃO 4
Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Fe-
deral. Prova: FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal 
- Consultor Legislativo - Meio Ambiente.
A consecução do desenvolvimento sustentável depende de uma 
mudança de paradigma, na qual passa a ser relevante considerar a
a) resistência do ecossistema, ou seja, sua capacidade de manter sua 
estrutura e função perante perturbações naturais ou não.
b) pegada ecológica humana, ou seja, o número de pessoas que o pla-
neta consegue suportar, com base no uso atual de recursos.
c) capacidade de suporte do planeta, ou seja, a quantidade de água e 
de terra necessária para assegurar as atividades humanas.
d) preservação da biodiversidade, promovendo sua exploração econô-
mica dentro de parâmetros da sustentabilidade.
e) resiliência do ecossistema, ou seja, o equilíbrio de sua estrutura e 
função tanto no espaço como no tempo.
QUESTÃO 5
Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: Câmara Legislativa do Distrito 
Federal. Prova: FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Fede-
ral - Consultor Legislativo - Meio Ambiente.
Alimentar o elevado contingente populacional humano de modo 
sustentável depende de
a) manutenção do menor número possível de vias de fl uxo energético 
como forma de controlar a produtividade primária.
b) diminuição dos custos de produção pela utilização de subsídios ener-
géticos aplicados na agricultura convencional.
c) intensifi cação sustentável que implica em aumentar a produtividade 
sem aumentar o impacto ambiental e a área cultivada.
d) aumento do valor nutritivo dos alimentos por meio da estocagem dos 
nutrientes na biomassa vegetal e redução no solo.
e) aumento da diversidade da comunidade microbiana do solo a fi m de 
tornar a ciclagem denutrientes mais aberta.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
Podemos afi rmar que o objetivo básico da Gestão Ambiental é a busca 
da otimização do uso dos recursos que o homem tem à sua disposição, 
sejam de ordem fi nanceira, material ou humana, ou seja, a busca pelo 
desenvolvimento sustentável. Neste contexto, descreva como um ges-
tor ambiental pode conduzir o sistema de gestão em convergência ao 
desenvolvimento sustentável. 
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TREINO INÉDITO
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e a Pegada Ecológica são 
indicadores úteis para a avaliação do desenvolvimento sustentável dos 
países.
Esses dois índices
a) têm uma correlação positiva, em grande parte dos países em desen-
volvimento, apontando que a degradação ambiental pode ser um dos 
motivos para o baixo desenvolvimento humano.
b) têm uma correlação positiva, em grande parte dos países desenvolvi-
dos, apontando que esse desenvolvimento pode ter ocorrido às custas 
da degradação ambiental.
c) têm uma correlação negativa, na maior parte dos países, apontando 
que, quanto maior o desenvolvimento humano, menor será a pegada 
ecológica.
d) têm uma correlação nula na maior parte dos países, indicando que o 
maior desenvolvimento está relacionado a um impacto ambiental nulo.
e) não devem ser analisados em conjunto, pois eles se referem a di-
mensões da sustentabilidade que não se relacionam.
NA MÍDIA
A VALE EM BRUMADINHO: A QUEM INTERESSA A SUSTENTA-
BILIDADE DAS EMPRESAS?
A tragédia em Brumadinho nos traz mais uma vez a refl exão sobre qual 
é o signifi cado da tão propalada sustentabilidade corporativa. Em uma 
visão mais ampla, a sustentabilidade está ancorada em três pilares, lu-
cro, pessoas, planeta. 
Uma combinação mais equilibrada destes três pilares pode produzir 
empresas que se sustentam por um longo tempo, ou seja, que tenham 
lucro, reputação, credibilidade e crédito.
Teoricamente, as empresas sustentáveis são aquelas capazes de gerar 
lucro ao mesmo tempo em que protegem o meio ambiente e as pessoas 
seriam, assim, muito bem-vindas por toda a sociedade. Nesse conceito, 
a prosperidade não se limita à sustentabilidade fi nanceira mostrada nos 
números da contabilidade, contudo, não podendo prescindir da mesma 
para sustentar uma vida saudável em todos os aspectos.
Na vida real, desde o dia da tragédia, as pessoas têm expressado com 
indignação o paradoxo que existe entre os três pilares teóricos da sus-
tentabilidade, reconhecendo a importância da atividade econômica para 
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gerar empregos, renda para as famílias, receitas para o município, lu-
cros para os seus donos, mas não reconhecendo, em hipótese alguma, 
que ela possa gerar vidas humanas perdidas e devastação ambiental.
Este é o senso comum quando nos defrontamos com a dramática rea-
lidade de tantos mortos e desaparecidos e é, também, a representação 
teórica da interconectividade que existe entre impactos ambientais, so-
ciais, humanos, econômicos e fi nanceiros. Como, infelizmente, temos 
apreendido a partir dos desastres de grandes proporções, impactos ad-
versos ao meio ambiente levam a impactos humanos e sociais e levam 
a impactos econômicos e fi nanceiros e vice-versa.
São riscos de diversas naturezas que se materializam e podem afetar 
a todos, tanto os shareholders, proprietários e investidores, como os 
demais stakeholders, nos quais se incluem os gestores, empregados, 
outras categorias de trabalhadores, fornecedores, grupos vulneráveis, 
comunidades locais, organizações públicas e a sociedade civil. Para os 
investidores e agentes do mercado, interessa ter elementos para obter 
uma percepção de risco e, então, fazer uma adequada avaliação das 
perspectivas de uma empresa em curto e em longo prazo.
Embora, a lógica de mercado continue perversa, privilegiando o apetite 
por lucros, os novos tempos têm mostrado que determinados segmen-
tos de investidores estão preocupados com os impactos ambientais, 
essencialmente pelos riscos que podem afetar o desempenho fi nancei-
ro. Em uma pesquisa que estamos conduzindo na FEA Ribeirão Preto, 
os resultados demonstram que as práticas de responsabilidade social 
corporativa são capazes de mitigar o risco de crédito das empresas bra-
sileiras, possibilitando ganhos aos seus investidores.
São diversos efeitos pós-tragédia que terão consequências desastrosas 
na vida das pessoas e ao meio-ambiente e também trarão refl exos que 
podem comprometer as perspectivas da empresa, como a sua imagem 
e sua reputação, a avaliação de crédito pelas agências de ratings, a sua 
capacidade de geração de caixa devido à paralisação de operações, a 
acessibilidade a novas linhas de créditos.
Fonte: Revista AdNormas
Data: 12 mar 2019.
Leia a notícia na íntegra: 
https://revistaadnormas.com.br/2019/03/12/a-vale-em-brumadinho-a-
-quem-interessa-a-sustentabilidade-das-empresas/
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NA PRÁTICA
As questões relacionadas ao meio ambiente é um assunto polêmico 
e atual. Os eventos históricos de danos ao meio ambiente podem não 
terem tidos o efeito ideal – o de ensinar a humanidade que o meio am-
biente tem tanta importância quanto o desenvolvimento – porém, com 
toda a certeza serviu para conscientizar a população de que o desenvol-
vimento sustentável é essencial para a existência humana.
Qual é a melhor forma de nos relacionarmos com o meio ambiente? 
Essa pergunta ainda depende do ponto de vista de quem for respondê-
-la. Estudiosos divergem seus pensamentos e fi losofi as, a população 
diverge suas opiniões, e enquanto isto, nenhum lado sai vitorioso, nem 
o meio ambiente e tão pouco a humanidade.
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LICENCIAMENTO AMBIENTAL BRASILEIRO 
Os empreendimentos que de alguma forma impactarem o meio 
ambiente, é passível de licenciamento ambiental. A Resolução CONA-
MA 237/97 defi ne que licenciamento ambiental é a licença expedida por 
órgão ambiental administrativo competente autorizando a localização, 
instalação, ampliação e operação de atividades que utilizam os recur-
sos naturais, e sejam consideradas potencialmente poluidoras.
O órgão ambiental é responsável por estabelecer as condi-
ções, restrições e medidas de controle das atividades exercidas pela 
organização, seja ela privada ou pública. A licença é obrigatória para a 
implantação, ampliação ou operação do empreendimento.
A licença, entretanto, não tem caráter defi nitivo. Após a expe-
dição de qualquer tipo de licença ambiental, os requisitos estabelecidos 
devem ser acompanhados e monitorados, e cabe ao órgão responsável 
a sua cobrança – por via administrativa ou judicial. Constatado o não 
cumprimento dos requisitos, a licença pode ser suspensa ou cancelada 
O LICENCIAMENTO AMBIENTAL
& A AVALIAÇÃO DE IMPACTO
AMBIENTAL
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(ARAUJO, 2002).
A Lei Federal nº. 6938, de 31 de agosto de 1981, institui a Po-
lítica Nacional do Meio Ambiente (PNMA), e dispõe que:
a construção, instalação, ampliação e funcionamento de empreendimentos 
que utilizam recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente po-
luidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação 
ambiental, dependerão de prévio licenciamento de órgão estadual competen-
te, integrante do SISNAMA, e do IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízode outras licenças exigíveis (BRASIL, 1981). 
Para tanto, as organizações estão sujeitas aos critérios estabe-
lecidos no art. 10 (Redação dada pela Lei Complementar nº. 140, 2011):
§ 1o Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão 
serão publicados no jornal ofi cial, bem como em periódico regional ou local 
de grande circulação, ou em meio eletrônico de comunicação mantido pelo 
órgão ambiental competente.
O SISNAMA é a estrutura adotada para a gestão ambiental e 
constitui os órgãos e entidades da União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios responsáveis pelas questões ambientais do Brasil:
órgão superior – Conselho do Governo – 
função de assessorar o Presidente da República na 
formulação das políticas públicas ambientais a nível nacional;
órgão consultivo e deliberativo – CONAMA (Conselho Nacional 
do Meio Ambiente) – função de assessorar, estudar e propor 
ao órgão superior, diretrizes de políticas públicas ambientais, 
e deliberar sobre normas e padrões ecologicamente equilibra
dos e essenciais à qualidade de vida do homem;
órgão central – SEMA (Secretariado Meio Ambiente) – 
função de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, 
a nível federal, as políticas públicas ambientais;
órgãos executores – IBAMA (Instituto Brasileiro do 
Meio Ambiente) e Instituto Chico Mendes – 
função de executar e fazer executar as políticas 
públicas ambientais;
órgãos seccionais – órgãos ou entidades de nível estadual 
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responsáveis pela execução de programas, projetos, 
controle e fi scalização de atividades potencialmente 
poluidoras;
órgãos locais – órgãos ou entidades de nível municipal 
responsáveis pelo controle e fi scalização das atividades 
em suas jurisdições.
O CONAMA é o responsável por estabelecer normas e crité-
rios para o licenciamento ambiental. Ele determina a obrigatoriedade 
da elaboração de estudos que buscam alternativas ou soluções para os 
problemas ambientais gerados pela iniciativa privada ou pública, requi-
sitando, quando necessário, informações imprescindíveis aos estudos e 
relatório de impacto ambiental (BRASIL, 1981).
O site do Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulga as 
principais notícias relacionadas ao meio ambiente no Brasil.
Acesse o link: http://www.mma.gov.br/informma.html.
As Resoluções que contribuem de forma expressiva para a 
Gestão Ambiental são: CONAMA nº. 01/86 e a CONAMA nº. 237/97. 
Essas duas resoluções regulamentam o licenciamento ambiental esta-
belecidos na PNMA.
O IBAMA e o Instituto Chico Mendes são órgãos subordinados 
à SEMA, que têm como principais atribuições:
propor e editar normas e padrões de qualidade ambiental;
o zoneamento e a avaliação de impactos ambientais;
o licenciamento ambiental, nas atribuições federais;
a implementação do Cadastro Técnico Federal;
a fi scalização ambiental e a aplicação de 
penalidades administrativas;
a geração e a disseminação de informações relativas ao 
meio ambiente;
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o monitoramento ambiental, principalmente no que diz respeito 
à prevenção e ao controle de desmatamentos, queimadas e 
incêndios fl orestais;
o apoio às emergências ambientais;
a execução de programas de Educação Ambiental;
a elaboração do sistema de informação;
O estabelecimento de critérios para a gestão do uso dos 
recursos faunísticos, pesqueiros e fl orestais; dentre outros.
Lei complementar 140/2011 
A Constituição Federal do Brasil de 1988 assegura a proteção, 
defesa e conservação do meio ambiente. Segundo Machado (2012), as 
entidades da federação tem a competência de fazer cumprir a Constitui-
ção, sem excluir a função de cada uma.
A Lei Complementar 140 (LC 140) regulariza as atribuições dos 
entes federativos. A atuação do poder público é fundamental para as-
segurar as diretrizes estabelecidas na Constituição, tendo o dever de 
proteger o meio ambiente.
Segundo Souza et al. (2012), conciliar métodos de proteção 
ambiental, justiça social e efi ciência econômica é um dos maiores desa-
fi os do século XXI. Para tanto, o conceito de sustentabilidade aliado às 
políticas ambientais possibilitam o desenvolvimento humano sem a de-
gradação do meio ambiente e, diante da possibilidade de causar danos 
ambientais, deve-se valer do princípio da precaução, a fi m de minimizar 
os riscos provenientes dessa atividade. 
Um ponto bastante importante da LC 140 é disposto no art. 3., 
que se refere aos atrasos dos órgãos ambientais em proceder com a 
licença ambiental, com o custo real e complexidades dos serviços que 
o órgão licenciador presta. Essa Lei não altera as regras, prazos e ativi-
dades descritas na resolução CONAMA 237/97.
O objetivo principal dessa Lei é em diminuir a responsabilidade 
dos órgãos com menor capacidade técnica em expedir a licença am-
biental.
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FERRAMENTAS DE GESTÃO AMBIENTAL 
O meio ambiente é defi no pela PNMA como a união das leis, 
regras, interações física, química e biológica, que possibilita a existên-
cia humana em todas as suas formas. Essa defi nição é abrangente e 
livre para distintas interpretações.
Odum (2012) defi ne o ambiente, em uma perspectiva totalmen-
te ecológica, como a união de todos os seres vivos e seus ecossiste-
mas, que estão relacionados entre si, e de forma inseparável. Esta é 
outra defi nição que permite diversas interpretações.
Sanchez (2008) defi ne o meio ambiente de maneira específi ca 
ao englobar as múltiplas concepções que as disciplinas de gestão e 
planejamento ambiental tratam. Para esse autor, o meio ambiente não 
se resume a uma coleção de objetos e relacionamentos entre si, o meio 
ambiente é o conjunto de limites que deve ser defi nido, conhecido, ma-
peado e interpretado, dentro do qual a sociedade se desenvolve.
Dentro desse contexto, os estudos são divididos em três gran-
des grupos: meio físico, meio biótico e meio antrópico, que juntos for-
mam o grande sistema ambiental. 
O meio ambiente é passível de múltiplas defi nições e interpre-
tações, principalmente se considerarmos que cada autor o defi nirá a 
partir da perspectiva que melhor lhe interessa.
Qualidade ambiental
O cenário ambiental resulta da dinâmica e interação dos ele-
mentos que compõem o meio ambiente, sejam de cunho natural ou so-
cial. Para La Rovere (2001) a qualidade ambiental é determinada pela 
valoração do componente natural associada às suas características e 
as interferências humanas de cada região.
A qualidade ambiental pode ser medida por indicadores que 
avaliam de forma objetiva e subjetiva os componentes naturais. A ma-
neira objetiva de avaliação é através das medições e estimativas dos 
danos ambientais, e a maneira subjetiva é através do valor que a socie-
dade atribui às condições ambientais em que está submetida.
Dessa forma, a resolução CONAMA 01/86 defi ne o impacto 
ambiental como sendo qualquer alteração, seja física, química e bioló-
gica, das propriedades naturais, geradas pelas atividades humanas que 
direta ou indiretamente afetam: 
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a) a saúde, segurança e o bem-estar da população;
b) a biota;
c) as atividades sociais e econômicas;
d) as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente, e;
e) a qualidade dos recursos naturais.
Entende-se que os impactos ambientais decorrem das ações 
antropogênicas que perturbam o meio ambiente, e desconsidera os im-
pactos ocasionados por agentes naturais.
Para Bolea (1984), o impacto ambiental se defi ne pela diferen-
ça entre a situação natural do meio ambiente atual, decorrente das ati-
vidades que um empreendimento executa, ou seja, o impacto ambiental 
resulta a partirdos aspectos ambientais signifi cativos produzidos pelas 
atividades humanas, sejam de forma benéfi ca ou adversa.
Segundo a norma ISO 14001 (2004), que é frequentemente 
adotada pelas organizações em seus Sistemas de Gestão Ambiental 
(SGA), o impacto ambiental se resume em ser “qualquer modifi cação do 
meio ambiente, adversa ou benéfi ca, que resulte, no todo ou em parte, 
das atividades, produtos e serviços”.
A principal difi culdade em defi nir o que é impacto ambiental, 
consiste na delimitação do impacto, já que sua propagação se dá atra-
vés de uma complexa rede de inter-relações (LA ROVERE, 2001). 
Avaliação de Impacto Ambiental 
Neste contexto, em 1986 surge o termo Avaliação de Impacto 
Ambiental (AIA), disposta e criada pela resolução CONAMA 01, efeti-
vando a obrigatoriedade da AIA, para o procedimento de licenciamento 
ambiental, aos empreendimentos com atividades potencialmente polui-
doras e causadoras de degradação ambiental. 
A AIA é uma ferramenta decorrente dos inúmeros impactos am-
bientais do crescimento das atividades humanas e do desenvolvimento 
econômico mundial, principalmente nos países desenvolvidos. 
Em meados dos anos 70, a avaliação de impactos ambientais era 
voltada apenas ao aspecto ecológico, e se restringia apenas aos critérios 
biofísicos do meio ambiente, sem relacionar a economia e a sociedade.
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As avaliações identifi cam, previnem e interpretam os efeitos 
antrópicos sob o meio ambiente, além de determinar condutas voltas ao 
desenvolvimento sustentável (BOLEA, 1984).
O objetivo da AIA como ferramenta da política de gestão am-
biental visa a utilização dos recursos ambientais e econômicos junto ao 
desenvolvimento, promovendo, a partir do conhecimento prévio, a aná-
lise ambiental dos efeitos positivos e negativos da organização (MO-
REIRA, 1999).
A sua principal barreira foi vencer os pensamentos do que era 
economicamente viável e introduzir o ecologicamente viável, ou não 
(MONOSOWSKI, 1993). A evolução dessa ferramenta ao longo de sua 
aplicação demonstra que as atividades humanas não necessariamente 
geram impactos ambientais negativos, possibilitando a utilização dos 
recursos naturais, em favor tanto da sociedade, quanto da própria na-
tureza. 
Comparando as características do impacto ambiental com o 
conceito de contaminação, Sanches (2002) defi ne que o impacto am-
biental é substancialmente diferente da poluição:
a poluição tem apenas uma conotação negativa, pois o 
impacto ambiental pode ser benéfi co ou adverso;
poluição refere-se à matéria ou à energia, isto é, as unidades 
físicas que podem ser medidas e para quais padrões 
podem ser estabelecidos (níveis admissíveis de emissão, 
concentração ou intensidade);
reservatórios são exemplos de obras que causam impacto
ambiental signifi cativo sem que sua operação esteja 
associada à emissão signifi cativa de poluentes;
a poluição é uma das causas do impacto ambiental, 
mas os impactos podem ser causados por outras ações, 
além do ato de contaminar;
toda a poluição, ou seja, emissão de matéria ou energia, 
além da capacidade de assimilação do meio ambiente,
causa impacto ambiental, mas nem todo impacto 
ambiental é causado pela poluição.
Portanto, a AIA tem o papel de encontrar e estabelecer possí-
veis formas de minimizar o impacto ambiental, através da tomada de 
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ações necessárias para conter o dano ambiental. Ela é parte integrante 
das Políticas Ambientais e do planejamento da Gestão Ambiental.
EVOLUÇÃO DA AIA NO DIREITO 
A ONU ao divulgar os instrumentos de proteção ambiental, im-
pulsionou o fortalecimento da AIA. O principal marco de sua atuação foi 
em e stabelecer treze princípios e três metas que defi nem as caracte-
rísticas da AIA. Esses princípios têm como objetivo garantir a qualidade 
ambiental e o desenvolvimento sustentável.
Recentemente, a ONU elaborou a Agenda 2030: 
transformando nosso mundo, contendo 17 objetivos de 
desenvolvimento sustentável para as nações seguirem.
Esses objetivos relacionam-se com as pessoas, o planeta, 
a prosperidade, a paz e a parceria.
Saiba mais em: 
https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/ 
De maneira resumida, os princípios dispõem que: os Estados 
têm a responsabilidade de verifi car se um empreendimento tem caracte-
rísticas potencialmente poluidoras, e assim autorizar ou não a execução 
de suas atividades; a avaliação de impacto ambiental se faz necessária 
quando uma organização tem extensão, natureza ou localização que 
aparenta afetar signifi cativamente o meio ambiente; os métodos para a 
determinação da signifi cância do impacto ambiental é sujeito à AIA; a 
AIA deve ser defi nida e regulamentada por legislações ambientais.
Os requisitos mínimos que devem constar na AIA também são 
defi nidos pela ONU:
a) a descrição das atividades do empreendimento;
b) a descrição do meio ambiente e efeitos dos aspectos 
ambientais da atividade proposta; 
c) a descrição dos danos ambientais e de alternativas 
para os mesmos;
d) a identifi cação e descrição de medidas mitigatórias; 
e) a indicação de eventuais lacunas no conhecimento e 
incertezas;
f) a indicação de possíveis impactos transfonteiriços;
um relatório. 
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Outro marco importante para a AIA ocorreu na Conferência Rio-
92, que defi niu a avaliação de impacto ambiental como instrumento na-
cional. A AIA torna-se obrigatoriedade para todos os empreendimentos 
que possam gerar danos ambientais adversos e signifi cativos ao meio 
ambiente, e sujeita a autorização de algum órgão nacional competente.
Evolução legislativa da AIA no direito brasileiro
As nações têm grandes difi culdades em legislar de forma a 
conciliar atividades econômicas sem deixar de lado o meio ambiente. 
Licenciar empresas de grande porte é preocupante, já que a própria 
empresa já possui processos complexos.
No Brasil, a AIA foi inserida ao seu processo de planejamento 
a partir da PNMA. Esta internalização ocorreu por infl uência de insti-
tuições internacionais, que teve início em 1972, quando o banco mun-
dial fi nanciou dinheiro ao Brasil para a construção da usina hidrelétrica 
de Sobradinho, e até 1986, o Brasil precisou recorrer a fi nanciamentos 
externos, sendo que todos estes envolviam a aplicação da AIA como 
requisito.
A nível Federal, o primeiro decreto que introduziu a AIA no Bra-
sil foi o Decreto Lei nº. 1413/75 que dispõe sobre o controle da poluição 
do meio ambiente provocada por atividades industriais. Ele atribui ao 
Poder Executivo Federal a competência de determinar ou encerrar a 
suspensão das atividades de indústrias instaladas, ou que queiram se 
instalar, em território nacional. Esses empreendimentos devem apre-
sentam aos órgãos governamentais medidas de prevenção e correção 
de prejuízos da poluição e contaminação do meio ambiente.
Hoje, as políticas ambientais e a exigência da AIA é uma impo-
sição da Constituição Nacional de 1988.
Somente com a criação da PNMA em 1986, o Brasil submeteu 
aos órgãos ambientais do governo a responsabilidade sobre as avalia-
ções de impactos ambientais. Em seu artigo 2º., defi ne:
Art 2º. - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a pre-
servação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia 
à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento 
socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção 
da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, con-
siderando o meio ambiente como um patrimônio público a ser neces-
sariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e doar;
Ill - planejamento e fi scalização do uso dos recursos ambientais;
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IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas repre-
sentativas;
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente 
poluidoras;
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para 
o uso racional e a proteção dos recursos ambientais;
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas; 
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a edu-
cação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ati-
va na defesa do meio ambiente.
A regulamentação desta lei veio através do Decreto nº. 
88351/89, o qual foi revogado pelo Decreto nº. 99274/90. A regulamen-
tação da AIA, através dos decretos, determinou a elaboração do Estudo 
de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) 
como requisito prévio para a expedição da licença ambiental.
O EIA une a investigação científi ca multidisciplinar e interdisci-
plinar com técnicas de avaliação ambiental, a fi m de diagnosticar am-
bientalmente a área de infl uência de um projeto, servindo de base para 
a previsão e avaliação dos impactos e mitigação dos mesmos (NASCI-
MENTO, 2013).
Atente-se aos critérios que devem contemplar o EIA:
aspectos físicos, biológicos, sociais e econômicos;
avaliação de impacto ambiental;
diagnóstico ambiental;
medidas mitigadoras;
elaboração de programas de acompanhamento e 
monitoramento de impactos positivos e negativos.
O RIMA apresenta as informações contidas no EIA, porém em 
uma lingu agem acessível ao leitor. Ele deve ser objetivo e de fácil in-
terpretação, de modo que a as vantagens e desvantagens, os danos 
ambientais positivos e negativos, e as medidas mitigadoras do projeto 
sejam compreendidas.
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A principal característica do RIMA é a comunicação entre o 
estudo elaborado pela organização e pela população. 
Os elementos básicos que devem contemplar este 
relatório são:
objetivos e justifi cativa do empreendimento;
descrição do projeto;
resultados dos estudos ambientais;
caracterização da qualidade ambiental;
descrição dos efeitos esperados das ações mitigadoras;
programa de acompanhamento e monitoramento dos 
danos ambientais;
recomendações de alternativas favoráveis do projeto.
Quem elabora os TRs é o órgão ambiental, em formato de mo-
delo único que segue a legislação ambiental brasileira. Porém, os TRs 
não contemplam as especifi cações requeridas nos estudos ambientais 
e relacionadas às características do projeto e o meio ambiente em que 
esteja localizado.
O relatório de impacto ambiental deve ser disponibilizado para 
a população, servindo como base de discussão e exposição dos pro-
jetos de empreendimentos. Por mais que este relatório seja distinto do 
estudo de impacto ambiental, ele refl ete tanto seus acertos quanto suas 
defi ciências.
Diferentemente dos demais estudos ambientais que as resolu-
ções CONAMA exigem, o EIA/RIMA também é obrigad o, por lei, a sua 
publicação e participação pública da sociedade no processo de análise. 
Tanto o EIA quanto o RIMA são partes integrantes da gestão 
ambiental, e o seu desenvolvimento deve ocorrer em todas as etapas 
da gestão. A gestão torna-se mais efi ciente quando o estudo ambien-
tal engloba os impactos ambientais, analisa, prevê e implanta medidas 
mitigatórias para a compensação e controle dos danos causados. Além 
de evitar embargos de obras indesejáveis por parte de órgãos que re-
presentam a sociedade.
O EIA/RIMA também deve atender as legislações ambientais e 
o Termo de Referência (TR), no qual o TR é composto por informações 
técnicas e administrativas relacionadas ao processo de condução e ela-
boração do EIA/RIMA. 
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A principal legislação utilizada para a elaboração de TRs é a 
resolução CONAMA 01/86 que defi ne os elementos mínimos para a ela-
boração deste estudo e relatório.
O EIA deve seguir as seguintes diretrizes:
1. contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, 
confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto;
2. identifi car e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas 
fases de implantação e operação da atividade;
3. defi nir os limites da área geográfi ca a ser direta ou indiretamente afetada 
pelos impactos, denominada área de infl uência do projeto, considerando, em 
todos os casos, a bacia hidrográfi ca na qual se localiza;
4. considerar os planos e os programas governamentais, propostos e em 
implantação na área de infl uência do projeto, e sua compatibilidade.
As atividades técnicas que o EIA deve desenvolver:
1) Diagnóstico ambiental da área de infl uência do projeto, com-
pleta descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, 
tal como existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da área, 
antes da implantação do projeto, considerando:
a) o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacan-
do os recursos minerais, a topografi a, os tipos e as aptidões do solo, os 
corpos d’água, o regime hidrológico, as correntes marinhas, as corren-
tes atmosféricas;
b) o meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a 
fl ora, destacando as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de 
valor científi co e econômico, raras e ameaçadas de extinção, e as áreas 
de preservação permanente;
c) o meio socioeconômico - o uso e ocupação do solo, os usos 
da água e a socioeconomia, destacando os sítios e os monumentos 
arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de de-
pendência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial 
utilização futura desses recursos. 
2) Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alter-
nativas, através de identifi cação, previsão da magnitude e interpretação 
da importância dos prováveis impactos relevantes, discriminando: os 
impactos positivos e negativos (benéfi cos e adversos), diretos e indire-
tos, imediatos e a médio e longo prazos, temporários e permanentes; 
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seu grau de reversibilidade; suas propriedades cumulativas e sinérgi-
cas; a distribuição dos ônus e benefícios sociais.
d) Defi nição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, 
entre elas os equipamentos de controle e os sistemas de tratamento de 
despejos, avaliando a efi ciência de cada uma delas.
e) Elaboração do programa de acompanhamento e monitora-
mento (os impactos positivos e negativos, indicando os fatores e parâ-
metros a serem considerados).
Métodos de AIA 
As técnicas e os métodos de AIA são utilizados para identifi car, 
avaliar e sintetizar os impactos de um projeto. Entretanto, a difi culdade 
em prever a evolução do meio ambiente, mostra que aplicação de mé-
todos é um tanto quanto limitada. Quando o assunto é impactos sociais, 
que envolvem aspectos econômicos, culturais, e psicológicos, estas li-
mitações tornam-se ainda mais evidentes (LA ROVERE, 2001).
As metodologias representam os mecanismos para promover 
a aplicação da avaliação de impacto ambiental na identifi cação e na 
interpretação dos aspectos envolvidos, e assim prevenir os impactos 
ambientais resultantes de uma determina atividade humana (AGRA FI-
LHO, 1991).
Os métodos são diferenciados, entre si, de acordo com a aná-
lise que ele fornece. Para a identifi cação e a sintetização dos danos 
ambientais, segundo La Rovere (2001), os métodos mais utilizados são: 
1) Check List; 
2) Matrizes de Interação; 
3) Diagramas de Sistemas; 
4) Métodos Cartográfi cos; 
5) Redesde Interação; 
6) Métodos Ad Hoc.
E os métodos que englobam a avaliação são:
1) Método de Battelle;
2) Análise Multicritério;
3) Folha de Balanço;
4) Matriz de Realização de Objetivos.
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Na unidade 3, em que estudamos sobre a perícia ambiental, 
contempla a descrição e a explicação de cada método de avaliação de 
impacto ambiental.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Fe-
deral. Prova: FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal 
- Consultor Legislativo - Meio Ambiente.
Em termos de Licenciamento Ambiental, é correto afi rmar:
a) A renovação das licenças ambientais deve ser requerida com 90 dias 
de antecedência, fi cando esta prorrogada até a manifestação defi nitiva 
do órgão ambiental competente.
b) O decurso de prazo de licenciamento acarreta a emissão tácita da 
licença ambiental, quando o empreendedor ou responsável pela ativi-
dade tiver cumprido todos os requisitos exigidos para o licenciamento 
da respectiva atividade.
c) Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, 
ambientalmente, por um único ente federativo.
d) A manifestação dos entes políticos interessados no procedimento de 
licenciamento ambiental somente é franqueada como medida subsidiá-
ria ou suplementar, mediante prévia autorização do ente competente.
e) Cada ente político deve realizar o licenciamento ambiental de sua 
área de abrangência, sendo que os empreendimentos ou atividades 
que possam potencialmente causar dano ao meio ambiente somente 
são licenciados por um único ente federativo em situações excepcio-
nais.
QUESTÃO 2
Ano: 2018. Banca: CS-UFG. Órgão: SANEAGO – GO. Prova: CS-U-
FG - 2018 - SANEAGO - GO - Analista de Saneamento – Biólogo.
A licença ambiental é um documento com prazo de validade defi -
nido, expedido por um órgão ambiental e que estabelece regras, 
condições, restrições e medidas de controle ambiental a serem se-
guidas por uma empresa. De acordo com as licenças ambientais, 
estudos ambientais complementares, tais como EIA/RIMA e RCA,
a) são isentos de métodos de controle.
b) necessitam de licença de instalação.
c) devem solicitar licença de operação.
d) são requeridos na licença prévia.
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QUESTÃO 3
Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: Câmara Legislativa do Distrito 
Federal. Prova: FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Fede-
ral - Consultor Legislativo - Meio Ambiente.
Em termos de Licenciamento Ambiental, é correto afi rmar:
a) A renovação das licenças ambientais deve ser requerida com 90 dias 
de antecedência, fi cando esta prorrogada até a manifestação defi nitiva 
do órgão ambiental competente.
b) O decurso de prazo de licenciamento acarreta a emissão tácita da 
licença ambiental, quando o empreendedor ou responsável pela ativi-
dade tiver cumprido todos os requisitos exigidos para o licenciamento 
da respectiva atividade.
c) Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, 
ambientalmente, por um único ente federativo.
d) A manifestação dos entes políticos interessados no procedimento de 
licenciamento ambiental somente é franqueada como medida subsidiá-
ria ou suplementar, mediante prévia autorização do ente competente.
e) Cada ente político deve realizar o licenciamento ambiental de sua 
área de abrangência, sendo que os empreendimentos ou atividades 
que possam potencialmente causar dano ao meio ambiente somente 
são licenciados por um único ente federativo em situações excepcio-
nais.
QUESTÃO 4
Ano: 2018. Banca: FGV. Órgão: AL-RO. Prova: FGV - 2018 - AL-RO 
- Analista Legislativo - Processo Legislativo.
Leia o fragmento a seguir.
Os empreendimentos potencialmente causadores de danos am-
bientais serão licenciados ____________, competência que não 
impede o exercício pelos entes federativos da atribuição comum 
de ____________, sendo certo que o decurso dos prazos de licen-
ciamento, sem a emissão da licença ambiental, ____________.
Assinale a opção cujos termos completam, corretamente, as la-
cunas do fragmento acima.
a) por um único ente federativo – fi scalização – não implica emissão 
tácita da licença.
b) pelo Estado e Município onde localizado o dano – fi scalização – au-
toriza o início das atividades.
c) pela União e Estado onde localizado o dano – exigir o estudo prévio 
de impacto – implica emissão tácita da licença.
d) pela União, Estado e Município onde localizado o dano – exigir o es-
tudo prévio de impacto – autoriza o início das atividades.
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e) pela União e Município onde localizado o dano – condicionar a su-
pressão de vegetação – não implica emissão tácita da licença.
QUESTÃO 5
Ano: 2018. Banca: VUNESP. Órgão: TJ-RS. Prova: VUNESP - 2018 - 
TJ-RS - Juiz de Direito Substituto.
Quanto ao licenciamento ambiental, assinale a alternativa correta.
a) O prazo de validade da Licença Prévia (LP) não pode ser superior a 
3 (três) anos.
b) A renovação da Licença de Operação (LO) de uma atividade ou em-
preendimento deverá ser requerida com antecedência mínima de 120 
(cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade, fi xado na 
respectiva licença.
c) Considera-se Impacto Ambiental Regional todo e qualquer impacto 
ambiental que afete diretamente (a área de infl uência direta do projeto), 
no todo ou em parte, o território de dois ou mais Municípios.
d) O arquivamento do processo de licenciamento não impedirá a apre-
sentação de novo requerimento de licença, fi cando isento de novo pa-
gamento de custo de análise.
e) O prazo de validade da Licença de Instalação (LI) deverá ser o esta-
belecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou ativida-
de, não podendo ser superior a 5 (cinco) anos.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
Considerando as regras sobre licenciamento ambiental e sobre respon-
sabilidade civil ambiental, analise a seguinte afi rmação:
Tendo havido licença ambiental regularmente expedida e cumprimento 
por parte da empresa do determinado no Termo de Compromisso, não 
há que se falar em responsabilidade da empresa em razão da ocorrên-
cia de danos ambientais em virtude da ocorrência de caso fortuito ou 
força maior.
TREINO INÉDITO
Os apontamentos levantados em audiência pública
a) não vinculam o órgão licenciador, que tem o dever, por outro lado, de 
justifi car tecnicamente o não acolhimento das sugestões.
b) vinculam o órgão licenciador, que tem o dever, portanto, de acolher 
as sugestões.
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c) são votados e vinculam o órgão licenciador os que obtiverem maioria 
simples.
d) são votados e vinculam o órgão licenciador os que obtiverem maioria 
absoluta.
e) são votados e vinculam o órgão licenciador os que obtiverem quórum 
de 2/3.
NA MÍDIA
ECONOMIA : AUDIÊNCIA PÚBLICA DEBATE IMPLANTAÇÃO DE 
FÁBRICA DE CELULOSE EM ALTO ARAGUAIA
A população da região de Alto Araguaia poderá debater a implantação 
de uma fábrica de celulose na região. Durante a audiência pública que 
será realizada em 22 de março (sexta-feira), serão apresentados os 
Estudos e Relatórios de Impactos Ambientais (Eia-Rima), bem como 
as alternativas para mitigação dos possíveis danos ao meio ambiente.
Com a realização da audiência pública, garante-se a participação popu-
lar, tornando o processo de licenciamento ambiental mais democrático. 
É neste momento que os moradores da região poderão sanar dúvidas, 
propor novas soluções e expressar seus anseios em um processo de 
construção conjunta.
Para acompanhar a apresentação do Eia-Rima, o Conselho Estadual

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