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Processo transexualizador no SUS

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MANDALA DA DIVERSIDADE 
 
• Roxo → intersexo (antigamente utilizava-se o termo hermafrodita) → nasceu com 
genitália ambígua. 
• Expressão e identidade de gênero → como você quer se mostrar pro mundo 
• Orientação sexual → como você vai se RELACIONAR com o mundo 
• Transexual → nasce de um gênero e se identifica como do gênero oposto. Ex: 
nasceu mulher, mas se identifica como homem, ou vice versa. 
CRITÉRIOS DSM-5 PARA DISFORIA DE GÊNERO 
• Disforia de gênero → é uma patologia da psiquiatria quando não se aceita o próprio 
corpo. Não reconhece o próprio corpo. Sendo: 
o Incongruência acentuada entre o gênero experimentado/expresso e o 
gênero designado de uma pessoa, com duração de pelo menos 6 meses, 
manifestada por no máximo 2 dos seguintes: 
▪ Incongruência acentuada entre o gênero 
experimentado/expressado e as características sexuais secundárias 
previstas 
▪ Forte desejo de livrar-se das próprias características sexuais primárias 
e/ou secundárias em razão de incongruência acentuada com o 
gênero experimentado/expresso (ou, em adolescentes, jovens, 
desejo de impedir o desenvolvimento das características sexuais 
secundárias previstas) 
▪ Forte desejo pelas características sexuais primárias e/ou secundárias 
do outro gênero 
 
 
▪ Forte desejo de pertencer ao outro gênero (ou a algum gênero 
alternativo diferente do designado) 
▪ Forte desejo de ser tratado como o outro gênero (ou como algum 
gênero alternativo diferente do designado) 
▪ Forte convicção de ter os sentimentos e reações típicos do outro 
gênero (ou de algum gênero alternativo diferente do designado) 
o A condição está associada a sofrimento clinicamente significativo ou 
prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes 
da vida do indivíduo 
PORTARIA 2.803/13 – MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS) 
• Descreve e orienta o “Processo Transsexualizador do SUS” 
o Equipe mínima → psiquiatra, psicólogo, clínico ou endocrinologista, 
enfermeiro e assistente social 
o Normas para credenciamento de serviços junto ao MS 
o Permite articulação com outros programas nacionais (imunização, HIV/AIDS) 
o Atenção básica → acolhimento e encaminhamento para o serviço 
especializado 
o Serviços especializados 
▪ Ambulatorial → acompanhamento clínico pré e pós operatório e 
assistência hormonal 
▪ Hospitalar → cirurgias modificadoras 
o Inclui travestis e transexuais 
▪ Em geral não se incluem as pessoas não binárias 
RESOLUÇÃO 2.265/19 – CONSELHOR FEDERAL DE MEDICINA 
• Estabelece os critérios para hormonioterapia e cirurgias de modificação corporal 
o TCLE 
o Permite a terapia hormonal a partir dos 16 anos (com assinatura de Termo de 
Assentimento pelo pai ou responsável) 
• Traz a possibilidade de bloqueio puberal de adolescentes transgêneros 
o Somente sob protocolo de pesquisa clínica em Serviços de Referência 
o Adolescentes que já tenham iniciado a puberdade (Tanner G2 ou M2) 
POR QUE? 
• Não é uma questão de preferência ou escolha → simplesmente é 
• Adequação das características corporais à identidade de gênero 
o Passabilidade (legitimação social) 
o Hormonioterapia → permitida a partir dos 18 anos (Portaria MS) e dos 16 anos 
(CFM) 
o Cirurgia para modificação corporal 
• O processo transexualizador vai além de modificações corporais 
o Nome social 
o Garantia do direito do acesso universal à saúde 
BENEFÍCIOS DA TERAPIA HORMONAL CRUZADA (THC) 
• Alívio da disforia corporal 
 
 
• Melhora da autoconfiança 
• Melhora de transtornos psiquiátricos (ansiedade, depressão, etc) 
• Adequação social 
EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-GÔNADAS (FISIOLÓGICO) 
 
CRITÉRIOS PARA O INÍCIO DA THC 
• Incongruência de gênero/ disforia persistente e bem documentada 
• Capacidade plena de consentir e decidir sobre seu tratamento 
• Maioridade civil 
• Questões de saúde mental, se presentes, devem estar resolvidas ou bem 
controladas 
O QUE AVALIAR ANTES DE INICIAR A THC? 
• História clínica da disforia de gênero 
o Inexistência de transtornos psiquiátricos que possam mimetiza-la (transtorno 
dismórfico corporal, etc) 
o Avaliação psiquiátrica 
• História patológica pregressa 
o Síndrome metabólica → hipertensão, diabetes, dislipidemia, obesidade, 
esteatose hepática 
o Endocrinopatias → tireoide, adenoma hipofisário, etc 
o Trombofilias 
o Comportamento sexual e status sorológico para IST 
o Medicamentos que possam interagir com a THC 
• História familiar → pesquisar neoplasias 
• Hábitos 
o Alimentação 
o Ingesta de laticínios 
o Pratica de atividade física 
o Etilismo 
o Tabagismo 
o Uso de drogas ilícitas 
 
 
• TCLE (ao final da consulta) 
EXAME FÍSICO SUMÁRIO 
• Parâmetros antropométricos → cintura, quadril, relação cintura-quadril, peso, altura, 
IMC 
• Pressão arterial 
• Palpação da tireoide 
• Ausculta cardiopulmonar e exame abdominal 
• Mulheres trans (nasceu em corpo masculino) 
o Mamas (estadiamento de Tanner) 
o Orquidometria (medir testículos) 
• Homens Trans (nasceu em corpo feminino) 
o Calvície 
o Acne 
o Tamanho do clítoris 
• Ambos → pelos faciais e corporais 
INDO ALÉM DO ÓBVIO 
• Expectativas necessitam ser acessadas e alinhadas 
• Habitualmente, o desenvolvimento das características pretendidas obedecerá ao 
padrão genético familiar (tamanho de mamas, distribuição de pelos, etc) 
• Avaliar desejo de gerar um filho biológico X Risco de infertilidade 
o Hormonioterapia deixa as pessoas inférteis 
o Ofertar criopreservação de gametas 
• Desejo de cirurgias de transformação corporal 
QUAIS EXAMES PEDIR? 
• Avaliação inicial para ambos os sexos 
o Hemograma, função renal, eletrólitos, função hepática, glicemia de jejum, 
insulina, hemoglobina glicada, perfil lipídico 
o Sorologias → HbsAg, anti-Hbs, Anti-HbC, antiga-HIV, VDRL, FTA-Abs 
o Perfil hormonal → FSH, LH, estradiol, testosterona total 
o Mulheres trans (nasceu em corpo masculino) → incluir prolactina 
• Seguimento subsequente 
o Avaliações semestrais (na prática faz de 2 em 2 meses) 
o Todos acima, EXCETO sorologias 
• Rastreamento oncológico 
o Mulheres trans → avaliação urológica e dosagem de PSA anuais após os 50 
anos, mesmo após a cirurgia de redesignação sexual 
o Homens trans 
▪ Câncer de colo uterino → paciente que mantenham relação com 
penetração vaginal (pênis ou acessórios) 
▪ Seguir recomendações do Ministério da Saúde para os outros, como 
mama 
• Outros exames 
o US pélvica → deve ser realizada bianualmente até histerectomia 
o Mamografia e UC das mamas anualmente após os 40 anos 
• Densitometria óssea (risco de osteoporose é alto) 
 
 
ESTROGÊNIO E MODIFICAÇÕES CORPORAIS 
 
• Terapias adjuvantes 
o Espironolactona 100-300mg/dia 
▪ Melhora da pilificação androgênica (pelos terminais faciais e 
corporais) 
▪ Redução dos níveis de DHT 
o Análogo GnRH 
▪ Triptorrelina ou leuprorrelina mensal ou trimestral 
▪ Bloqueio do eixo em casos refratários já com doses otimizadas de 
estrogênio 
o Ciproterona 25-50 mg/dia 
▪ Progestágeno com efeito anti-androgênico 
• Cuidados na terapia estrogênica 
o Tromboembolismo (avaliar história clínica sobre trombofilias e tromboses 
prévias) → estimular cessação do tabagismo 
o Hiperprolactinemia → risco de macroprolactinoma 
o Câncer de mama → semelhante às mulheres cis (rastreio após 40 anos) 
o Doença aterosclerótica (coronariana e cerebrovascular) arterial 
coronariana 
o Hipertrigliceridemia 
o Colelitíase 
o Dosar estradiol antes da próxima tomada ou 2-4h após a aplicação do gel 
transdérmico. Basear-se também pelos níveis de FSH, LH e testosterona. 
TESTOSTERONA E MODIFICAÇÕES CORPORAIS 
 
THC para 
mulheres trans 
(nasceu homem) 
THC para 
homens trans 
(nasceu mulher) 
 
 
• Terapias adjuvantes 
o Medroxiprogesterona IM mensal ou trimestral 
▪ Suspensão de ciclos menstruais a curto prazo 
▪ A terapia com testosterona irá bloquear o eixo e impedir ciclos 
▪ Podem ser utilizados outros anticoncepcionais para estefim (preferir 
progestágeno isolado) 
o Análogo GnRH 
▪ Triptorrelina ou leuprorrelina mensal ou trimestral 
▪ Bloqueio do eixo em casos refratários ou menstruação de difícil 
controle 
o Minoxidil 5% tópico → auxilio no desenvolvimento de pelos faciais e 
tratamento de calvície. 
• Cuidados na terapia com testosterona 
o Basear ajuste de dose pela dosagem de testosterona total (TT) no nadir ou 
no meio do ciclo 
▪ Evitar níveis de testosterona > 1000ng/dL 
▪ Objetivos → estradiol < 50pg/ml e TT na faixa fisiológica para idade 
o Eritrocitose (hematócrito > 50%) → suspender se hematócrito > ou = 54% 
o Disfunção hepática (transaminases > 3x LSN) 
o Dislipidemia com aumento de LDL e doença aterosclerótica (cardio e 
cerebrovascular) 
o Hipertensão arterial 
RISCOS DA HORMONIZAÇÃO POR CONTA PRÓPRIA 
• Etinilestradiol → 3x mais potente e alto risco para fenômenos tromboembólicos 
o Perlutan, Ciclo 21, etc 
o Custo financeiro mais acessível 
o Fácil disponibilidade na rede pública de saúde 
• Mito da progesterona → falsa sensação de aumento de mamas e curvas → mas na 
verdade é edema 
• Superdoses x Subdoses de estrogênio e testosterona → por isso a necessidade de 
exames períodicos 
CIRURGIAS DO PROCESSO TRANSEXUALIZADOR 
 
 
 
SERTRANS (SERVIÇO DE REFERÊNCIA TRANSDISCIPLINAR PARA 
TRANSGÊNEROS) 
• Hospital de Saúde Mental Prof. Frota Pinto (Messejana) 
o Referência via PSF 
▪ Fortaleza → Sistema de referência “Fastmedic” 
▪ Interior → Secretaria de Saúde (guia de referência) 
• Equipe 
o 4 psiquiatras 
o 3 psicólogos 
o 1 endocrinologista 
o 1 enfermeira 
o 1 assistente social

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