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Produção de vacinas - Vacina da Influenza

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
CAMPUS CIDADE UNIVERSITÁRIA
ESCOLA DE QUÍMICA
PRODUÇÃO DE VACINAS
Orientadora: Profª. Dra. ELIANA MOSSE ALHADEFF
DIEGO GONÇALES MELLO
FÁBIO DA SILVA AZEVEDO
JADDY SILVA DOS SANTOS
MATHEUS RIOS MARQUES
NATHAN FALCÃO SIQUEIRA COELHO
PEDRO BEZERRA HEINZELMANN
SAMUEL DE SOUSA NOGUEIRA JUNIOR
VINÍCIUS NELIS REIS
VITÓRIA MARIA MACEDO DOS SANTOS
Rio de Janeiro - RJ
Setembro/2021
DIEGO GONÇALES MELLO
FÁBIO DA SILVA AZEVEDO
JADDY SILVA DOS SANTOS
MATHEUS RIOS MARQUES
NATHAN FALCÃO SIQUEIRA COELHO
PEDRO BEZERRA HEINZELMANN
SAMUEL DE SOUSA NOGUEIRA JUNIOR
VINÍCIUS NELIS REIS
VITÓRIA MARIA MACEDO DOS SANTOS
PRODUÇÃO DE VACINAS
Trabalho apresentado em cumprimento das
exigências da disciplina Introdução aos
Processos Químicos e Bioquímicos, ao curso
de Engenharia Química na Universidade
Federal do Rio de Janeiro - Campus Cidade
Universitária.
Orientadora: Profª. A Dra. Eliana Mosse
Alhadeff
Rio de Janeiro - RJ
Setembro/2021
RESUMO
Vacinas são um elemento fundamental no combate de epidemias virais. Em destaque, o vírus
Influenza, vírus da gripe, permanece em meio a população global e anualmente provoca
gastos milionários mundo afora para a produção de sua vacina sazonal. A situação pode
agravar-se em períodos de pandemia, pois a produção desse bem pode não atender a demanda
necessária em um determinado espaço de tempo. Portanto, entender o funcionamento do
vírus, assim como a origem e processo de produção de sua vacina é fundamental para
compreensão da questão. Características como; a morfologia e ciclo de vida do patógeno,
insumos, métodos e custos de produção, tal qual a natureza multissetorial da fabricação são
alguns aspectos que devem ser levados em consideração. Analisando esses fatores, na
concepção das qualidades essenciais para a melhor logística possível de produção das vacinas
destaca-se: o conhecimento das diferentes rotas de produção e seus requerimentos, pois é
notório a importância do avanço de produção de vacina, abrangendo maior público-alvo e o
desenvolvimento do setor tecnológico nacional, havendo assim diminuição de custos de
importação de vacinas de outros países e maior autonomia na produção rápida em episódios
de epidemias.
Palavras-chave: Vacinas. Influenza. Produção de Vacinas
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 5
1.1 Objetivos 5
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 5
2.1 Descrição do vírus Influenza 5
2.1.1 Classificação e morfologia 5
2.1.2 Transmissão e sintomas 6
2.2 Descrição dos produtos químicos 6
2.2.1 Vacina trivalente 6
2.2.2 Vacina quadrivalente 7
2.2.3 Principais produtos utilizados para a fabricação da vacina 7
2.2.4 Fabricantes 7
2.2.5 Desenvolvimento do produto químico 7
2.3 Custo de Produção 11
2.3.1 Principais direcionadores de custos, impacto no COGS (Custo dos Produtos
Vendidos) e opções para a sua redução 12
2.4 Matéria-prima 15
2.5 Processo 16
2.5.1 Diagrama de blocos do processo: 16
2.5.2 Descrição dos equipamentos: 17
2.6 Impactos da produção ao mercado e meio ambiente 19
2.6.1 Os Impactos 19
2.6.2 Mercado e Desenvolvimento 20
2.6.3 Descartes 22
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 23
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 24
1. INTRODUÇÃO
O início da vacina ocorreu há mais de 225 anos com erradicação da varíola criada
pelo médico britânico Edward Jenner, mas somente um século depois da descoberta de Jenner,
através de Louis Pasteur, se desenvolveu o produto que é chamado hoje de vacina[1].
Para toda introdução de novas vacinas devem ser priorizados seus benefícios e seus
malefícios para toda a população, assim, os alertando e trazendo maior transparência aos
dados apresentados. [2]
E, segundo o art. 196 da Constituição Federal de 1988, “saúde é direito de todos e
dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do
risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação.” [3]
1.1 Objetivos
Este artigo tem como objetivo esclarecer todo o processo de produção da vacina
Influenza, visando melhor eficiência na criação de novas vacinas anuais.
Dessa forma, identificando melhores fornecedores de matérias primas e
equipamentos, possíveis sintomas adversos, além de todos os protocolos de seguranças
determinados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A vacinação é um dos métodos mais eficazes e eficientes no combate a doenças
imunopreviníveis, dado pelo excelente custo-benefício e a sua influência direta nos índices de
saúde, como a redução da mortalidade.
Para Yokokura (2013)[4] a vacinação é considerada uma das maiores conquistas em
saúde pública do século XX tendo sua relevância na saúde pública para prevenção e controle
das doenças transmissíveis.
2.1 Descrição do vírus Influenza
2.1.1 Classificação e morfologia
O vírus Influenza é pertencente à família Orthomyxoviridae, sendo essa composta
pelos três gêneros: Influenza A, B e C. Contudo, apenas o A e o B são responsáveis por
promoverem epidemias sazonais (no inverno) e serem extremamente nocivos aos seres
https://www.scielosp.org/article/csc/2011.v16n2/445-458/
https://www.scielo.br/j/rsp/a/6T6JH8wZHMgqVsVkjZ85xLm/?lang=en
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/920107/artigo-196-da-constituicao-federal-de-1988/artigos
https://www.scielo.br/j/csp/a/X6NmNG3gWcvGv75BhfqtdJh/?lang=pt&format=pdf
humanos, principalmente os indivíduos que apresentam comorbidades. Em sua estrutura viral,
o patógeno é formado por RNA e envolto por um envelope bilipídico (camada derivada da
membrana plasmática do hospedeiro durante o “budding”) que contém proteínas como:
hemaglutinina (promove a ligação entre a partícula viral e a célula hospedeira) e a
neuraminidase (promove a libertação do vírus após a síntese).
2.1.2 Transmissão e sintomas
O contágio ocorre de forma direta (pessoa para pessoa) por meio de gotículas liberadas
por um indivíduo contaminado ao falar, espirrar ou tossir. Além disso, a transmissão também
é possível ao tocar objetos contaminados e, posteriormente, tocar a boca ou o nariz. Os
sintomas incluem: calafrios, cefaléia, mal-estar, diarreia, vômito, dor nas articulações, fadiga,
entre outros. Os surtos sazonais acarretam de três a cinco milhões de casos graves e de
duzentos e noventa mil a seiscentos e cinquenta mil óbitos por ano[5].
2.1.3 Mutação genética e seu impacto na imunização
A composição genética do Influenza sofre mutações frequentes e, por conta disso, é
difícil criar uma vacina que tenha uma eficácia com alta durabilidade. Dessa forma, a
utilização desse imunizante deve ocorrer todos os anos, uma vez que o vírus está sempre
geneticamente alterado. Para evitar a identificação, o vírus utiliza duas formas: a deriva
gênica e a mudança antigênica.
Vale ressaltar que a mudança antigênica está historicamente relacionada a pandemias de
gripe, vide o caso da H1N1 em 2009. É importante validar que, caso os produtores da vacina
consigam driblar a mutação genética do vírus e implementar uma vacina definitiva, seriam
economizados cerca de 1,1 bilhões de dólares[5].
2.2 Descrição dos produtos químicos
2.2.1 Vacina trivalente
A imunização ativa trivalente acarreta proteção contra três cepas da gripe, sendo duas do
vírus A(H3N2 e H1N1) e uma do vírus B. É válido ressaltar que, no Brasil, essa vacina é
distribuída nos postos de saúde e produzida pelo Butantan[6].
https://www.researchgate.net/publication/339275189_Better_influenza_vaccines_An_industry_perspective
https://www.researchgate.net/publication/339275189_Better_influenza_vaccines_An_industry_perspective
http://www.iff.fiocruz.br/index.php/8-noticias/332-vacinagripe
2.2.2 Vacina quadrivalente
A imunização por meio da vacina tetravalente combate quatro cepas do patógeno, sendo
duas do vírus A(H3N2 e H1N1) e duas do B(B Victoria e B Yamagata). No Brasil, tal
imunizante é comercializado em rede privada e, geralmente, é importado de outros países[6].
2.2.3 Principais produtos utilizados para a fabricaçãoda vacina
Ovos, proteína de galinha, canamicina e sulfato de neomicina, formaldeído, brometo
de cetiltrimetilamônio (CTAB), polissorbato 80 e sulfato de bário estão entre os produtos
químicos utilizados na produção do imunizante contra a influenza.
Dentre as principais maneiras de produzir a vacina influenza, o ovo é um dos
destaques (representa cerca de 88% da produção global)[5], uma vez que, em relação aos
custos, apresenta gastos menores (se comparado às outras formas de produção) e tem alta
produtividade (produção estimada de 1,5 bilhões de doses anuais).
Todavia, a utilização do ovo apresenta desvantagens, tais como: o alto tempo de
produção (de 6 a 8 meses) permite que o vírus circulante sofra mutações, vide os anos 2013 e
2014 em que as cepas vacinais foram tardiamente preparadas e tornaram-se ineficazes diante
das variantes H3N2 e as células aviárias podem sofrer e alterar a antigenicidade das cepas.
Além disso, há também a possibilidade de utilizar células e recombinantes que, embora seja
semelhante ao método do ovo, é mais flexível, escalonável e apresenta uma imunização em
idosos (maiores ou iguais a 65 anos) melhor. Porém, de acordo com a CDC (Centers for
Disease Control), a vacina HA de células e recombinantes é 40% mais cara que o custo da
tradicional.
2.2.4 Fabricantes
GlaxoSmithKline Brasil (Fluarix Tetra), Sanofi Pasteur Inc.EUA (Fluquadri), Abbott
Biologicals B.V. Holanda (Influvac), Instituto Butantan e Sanofi Pasteur SA.França
(Vaxigrip)[7].
2.2.5 Desenvolvimento do produto químico
Os requisitos clínicos para o desenvolvimento de vacinas são geralmente bem
compreendidos, embora variem de acordo com o alvo da doença. Os requisitos podem ser
particularmente desafiadores para um novo tipo de vacina ou uma nova área de pesquisa, uma
http://www.iff.fiocruz.br/index.php/8-noticias/332-vacinagripe
https://www.researchgate.net/publication/339275189_Better_influenza_vaccines_An_industry_perspective
https://saude.abril.com.br/medicina/as-vacinas-da-gripe-que-foram-autorizadas-para-distribuicao-no-brasil/
vez que no início o desenvolvedor pode ter pouco conhecimento do mecanismo exato de ação
da vacina ou do seu impacto no combate à doença[8].
· Principais etapas de desenvolvimento de vacinas e expectativas de processos
Estágio Objetivo Desenvolvimento e fabricação de
processos
Exploratório e
pré-clínico
Avaliar a segurança e
imunogenicidade de um
antígeno ou célula alvo em
cultura de células ou
modelos de doença animal;
avaliar uma dose inicial
segura para estudos clínicos
em humanos.
Extratos em pequena escala, geralmente
brutos ou antígenos adquiridos. O custo
de fabricação geralmente não é crítico
neste estágio, embora o método de
fabricação seja muito importante para o
caráter do produto final. O
desenvolvimento do processo só é
concluído até que alguma prova de
conceito em modelos animais seja
confirmada.
Pedido de
autorização de
ensaio clínico
Solicitar aprovação para
realizar estudos clínicos em
humanos.
É feito a descrição de todas as etapas
críticas de fabricação e métodos
analíticos usados para produzir e liberar o
produto e o placebo, incluindo todos os
reagentes, componentes, especificações,
limites aceitáveis para fabricar e liberar o
produto, garantindo a identificação,
resistência, qualidade e pureza. Nessa
etapa, é necessário demonstrar
estabilidade do medicamento e do
placebo pelo menos durante os estudos
clínicos.
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0264410X17307703?via%3Dihub
Ensaios de
vacinas de fase
I
Avaliar a segurança da
vacina candidata; determinar
o tipo e a extensão da
resposta imune que a vacina
provoca.
É recomendado que todos os materiais
clínicos humanos sejam feitos sob o
cGMP (Boas Práticas Atuais de
Fabricação). O estado do
desenvolvimento do processo varia com a
estratégia; a otimização completa do
processo é muitas vezes adiada até após a
prova de conceito em humanos, mas
todas as alterações do processo precisam
ser qualificadas antes de avançar para o
próximo estágio clínico e o adiamento do
desenvolvimento pode atrasar os
próximos estágios ou até mesmo impedir
o desenvolvimento da vacina.
Ensaios de
vacinas de fase
2
Avaliar a segurança da
vacina candidata,
imunogenicidade, resposta à
dose, cronograma de
imunizações e método de
entrega.
Antes de iniciar os estudos de fase 2, é
recomendado que todas as principais
alterações do processo sejam
incorporadas e qualificadas. Mudanças
significativas após esta etapa podem
correr o risco de repetir os estudos da
fase 1. Nessa fase o custo projetado das
mercadorias é confirmado como
apropriado para o uso nos mercados
pretendidos.
Ensaios de
vacinas de fase
3
Avaliar a vacina candidata
nas populações-alvo quanto à
segurança e eventos adversos
raros. A eficácia da vacina é
estimada. A consistência da
fabricação da vacina é
Os processos são finalizados e validados.
Os testes analíticos para fabricação e
liberação são concluídos e validados. Os
custos dos produtos são confirmados
como apropriados para o uso pretendido
(alterações para reduzir os custos
confirmada. Testes
concomitantes com outras
vacinas prescritas podem ser
necessários.
precisam ser avaliadas e podem exigir
testes clínicos adicionais).
Aprovação e
Licença
Envio e obtenção da
aprovação do pedido de
Produto Biológico.
Ocorre a revisão completa da
documentação dos métodos de fabricação
e métodos analíticos para produção
licenciada. São feitos: estudos completos
de vida útil e especificações; validação
do processo completo, validação da
instalação, validação do teste de
liberação; desenvolvimento de protocolos
de produção e lançamento; inspeção de
todas as instalações de fabricação e
liberação da documentação de todos os
sistemas de fabricação e controle de
qualidade.
Monitoramen-
to
Pós-Licenciam
ento
Confirmar se o uso da vacina
registrado é consistente com
as expectativas dos estudos
clínicos e do processo final
de fabricação e liberação.
Nessa fase ocorrem inspeções rotineiras
(anuais e bienais) das agências de
manufatura e instalações de teste.
Ocorrem também a revisão anual do
produto e a elaboração de relatórios
demonstrando que o processo permanece
sob controle.
Alterações de
licença
Confirmar quaisquer
alterações no uso pretendido
da vacina em diferentes
populações ou no processo
de fabricação (fontes de
matéria-prima, etapas do
processo, etapas de
liberação, equipamentos,
instalações, etc.) e verificar
se essas alterações não
afetam a pureza do produto,
sua segurança, ou eficácia.
Apesar de muitas das vezes serem caras
e arriscadas, espera-se que as melhorias
após a aprovação da licença mantenham
o processo otimizado e aproveitem os
avanços da ciência e dos métodos de
fabricação. Mudanças significativas
devem ser cuidadosamente consideradas
com relação ao risco / benefício da
mudança.
Fonte: [8]
2.3 Custo de Produção
Com o aparecimento de vírus como o SARS-CoV-2, responsável pela COVID-19, e
novas variantes do vírus Influenza A(H1N2), tornou-se necessário aumentar o investimento
no desenvolvimento de vacinas. A vacinação, assim como serviços de saneamento básico e o
fornecimento de água potável foram comprovadamente responsáveis pela melhoria da
qualidade de vida da população em todo o mundo.
Diante disso, o apoio financeiro do governo, de agências não governamentais, e de
agências globais como a Organização Mundial da Saúde (OMS), na implementação de
infraestrutura necessária para a produção de vacinas tornou-se fundamental.
O investimento e o desenvolvimento de vacinas pode ser muito complexo, exigindo
das empresas a adoção de modelos de produção que separem em categorias os custos de
produção.
As principais categorias de custo em uma produção são: custos das matérias primas,
componentes, mão de obra, análises e documentação dos processos e resultados do ensaio,
estes são considerados custos diretos da fabricaçãode vacinas. Criação e gerenciamento de
sistemas de qualidade, planejamento de produção, planejamento de CQ (controle de
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0264410X17307703?via%3Dihub
qualidade), armazenamento e distribuição, gerenciamento de estoque e funções gerais
(regulamentações, vendas, marketing e gerenciamento), são tratados como custos indiretos[9].
2.3.1 Principais direcionadores de custos, impacto no COGS (Custo dos Produtos
Vendidos) e opções para a sua redução
Desenvolvimento do produto
Impulsionador de
custo principal
Impacto relativo do
gerador de custos
nos custos gerais
Faixa de custo Opções para
reduzir o CPV
(Custo Por Vacina)
- Laboratórios de
P&D (Pesquisa e
Desenvolvimento)
- Pessoal de P&D
(Pesquisa e
Desenvolvimento)
- Custos fixos
elevados
compartilhado entre
os antígenos
- 500 M USD - Realizar
transferência de
tecnologia com
produto estabelecido
Instalações e equipamento
Impulsionador de
custo principal
Impacto relativo
do gerador de
custos nos custos
gerais
Faixa de custo Opções para
reduzir o CPV
(Custo Por Vacina)
https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fmicb.2020.01526/full
- Terreno
- Edifícios
- Maquinário
- Reparos
- Manutenção
- Altos custos fixos,
design para
minimizar a
manutenção e
utilidades.
- 50 a 700 M USD
Exemplo: a Pfizer
levou cinco anos e
600 milhões de
dólares para
construir uma
fábrica nos EUA.
- Aprimorar os
processos em
plataformas já
estabelecidas para
reduzir a
necessidade de
novas instalações
Mão de obra direta
Impulsionador de
custo principal
Impacto relativo
do gerador de
custos nos custos
gerais
Faixa de custo Opções para
reduzir o CPV
(Custo Por
Vacina)
- Remunerações
- Benefícios
- Baixo,
normalmente menos
de 25% dos custos
totais de fabricação
- Os custos podem
ser
significativamente
mais baixos na China
e na Índia (25% mais
baixo)
- Aumentar a
automação e as
tecnologias de
produção de uso
único
Licenciamento / Regulamentação e comercialização
Impulsionador de
custo principal
Impacto relativo
do gerador de
custos nos custos
gerais
Faixa de custo Opções para
reduzir o CPV
(Custo Por Vacina)
- Despesas pagas
pelo direito de uso
de PI (tecnologia)
relacionadas ao
produto
Baixo se equipes
experientes forem
engajadas no início
para preparar
instalações e
processos para
revisão regulatória
- Alto se o processo
de revisão exigir ser
refeito ou se atrasos
resultarem em perda
de receita
Além dos custos
com o pessoal e
consultoria, temos:
- Vacinas simples:
taxa de avaliação de
25 a 100K e taxas
anuais de 4,8K a
140K USD
- Vacina combinada
ou nova: taxa de
avaliação de 66,5 a
232,8 mil dólares, e
taxas anuais de 8,4 a
250 mil dólares
- Produzir reagentes
internamente ou
buscar alternativas
viáveis para
licenciar.
- Solicitar reduções
de royalties ou
isenções para
vacinas vendidas em
países de baixa
renda
Fonte:[8].
PRODUTO - FABRICANTE PREÇO FINAL
Fluarix Tetra (0,5 ml + agulha) -
GlaxoSmithKline Biologicals
R$ 63,24
Fluquadri (0,5 ml sem agulha)
- Sanofi Pasteur Inc.
R$ 68,00
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0264410X17307703?via%3Dihub
Influvac (0,25 ml + agulha) - Abbott
Biologicals B.V.
R$ 41,01
Instituto Butantan (0,5 ml) R$ 15,14 (preço de custo ao Ministério da
Saúde)
Vaxigrip (0,5 + agulha) - Sanofi Pasteur SA R$ 80,00
Fonte: [10] [11] [12] [13] [14]
2.4 Matéria-prima
Segundo a Fiocruz, os primeiros indícios do uso de vacinas aconteceu de forma a
combater o vírus da varíola no século 10, na China, por meio da introdução de versões
atenuadas do vírus no corpo das pessoas[15]. Para a execução desse processo, os chineses
utilizaram como matéria-prima as cascas de feridas provocadas pela doença, as quais eram
trituradas e o pó obtido no procedimento, que continha o vírus da varíola morto, era assoprado
no rosto das pessoas.
O termo “vacina” propriamente dito, surgiu em 1798, em consequência do
experimento do médico e cientista inglês Edward Jenner. Para a realização da imunização,
Jenner usou como matéria-prima o pus extraído de vacas contaminadas, e colocou-o em cima
de arranhões que ele provocou no braço de James Phipps, um menino de oito anos. O menino
teve febre e algumas lesões leves, porém sua recuperação foi rápida. Além disso, Jenner expôs
Phipps ao material líquido retirado da ferida de outro paciente com varíola. Com isso, após ser
exposto ao vírus da varíola propriamente dito, a criança passou intacta [16].
Baseado nas recomendações da WHO (World Health Organization), as vacinas contra
o vírus Influenza são modificadas anualmente para incluir as cepas mais prevalentes[17].
Em sua grande maioria, a matéria-prima utilizada na fabricação da vacina da gripe são
ovos embrionários de galinha, que são usados para o cultivo dos vírus em seus fluidos.
Entretanto, como existem pessoas que possuem alergia ao ovo, foi necessário o
desenvolvimento de novas vacinas com tecnologias diferentes[18] .
Nos Estados Unidos da América, existem tecnologias que independem da utilização de
ovos de galinha para a síntese de vacinas. Como exemplo, a Flucelvax Quadrivalent, que tem
como matéria-prima a sua produção em linhagens de células renais caninas Madin-Darby
(MDCK) , que são uma linha celular modelo de mamíferos[19] [20]. Para a sua aplicação no
Brasil, a Flucelvax é importada.
https://www.farmaciaai.com.br/bula/FLUARIX-TETRA-GLAXOSMITHKLINE-BRASIL-LTDA/101070314
https://www.farmaciaai.com.br/bula/FLUQUADRI-SANOFI-AVENTIS-FARMACEUTICA-LTDA/113001152
https://www.farmaciaai.com.br/bula/INFLUVAC-TETRA-ABBOTT-LABORATORIOS-DO-BRASIL-LTDA/105530383
https://veja.abril.com.br/saude/coronavac-sera-quatro-vezes-mais-cara-que-vacina-da-gripe/
https://labiexames.com.br/vacina/vacina-de-gripe-tetravalente
https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/1263-vacinas-as-origens-a-importancia-e-os-novos-debates-sobre-seuuso?showall=1&limitstart=
https://doi.org/10.1590/S0104-59701999000200002
https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/259893/WHO-WHE-IHM-GIP-2017.1-eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf/2021/abril/08/informe-tecnico_-campanha-nacional-de-vacinacao-contra-a-influenza-_30-03-2021.pdf
https://www.cdc.gov/flu/prevent/cell-based.htm
https://www.cdc.gov/flu/prevent/qa_flublok-vaccine.htm
Existem também vacinas que utilizam a tecnologia de DNA recombinante para a
produção da vacina contra o vírus da gripe (Flublok Quadrivalent). Esta plataforma usa o
código genético da gripe para produzir Hemaglutinina (HA) recombinante, o que elimina a
necessidade de cultivar o vírus da gripe durante a fabricação. É válido destacar que a
hemaglutinina é uma glicoproteína presente na superfície do vírus influenza, responsável pela
adesão do vírus e pelo seu primeiro contato com a célula, sendo fundamental para que ele
cause a infecção. O HA recombinante evita adaptações antigênicas ou mutações que poderiam
levar à redução da eficácia da vacina sendo apropriada para imunização ativa contra doenças
causadas por vírus influenza do subtipo A e vírus influenza tipo B contidos na vacina. O
imunizante Flublok é utilizado nos EUA, assim como a Flucelvax [21]. No Brasil, a Flublok
também necessita ser importada.
2.5 Processo
2.5.1 Diagrama de blocos do processo:
Figura 1: Diagrama de blocos
Fonte: Elaboração própria
https://www.fda.gov/vaccines-blood-biologics/vaccines/flublok-quadrivalent
2.5.2 Descrição dos equipamentos:
Inoculadora - máquina equipada com agulhas, tem a finalidade de inserir o vírus
dentro dos ovos.
Figura 2: Inoculadora
Fonte:[22]
Incubadora - a incubadora fornece a temperatura ideal para que os vírus se
multipliquem e se desenvolvam dentro dos ovos.
Figura 3: Incubadora
Fonte:[22]
Máquina de corte - uma máquina com espaços que comportam os ovos de modo que
somente a parte de cima deles fique exposta. Posteriormente, uma lâmina corta essa parte da
casca, abrindo o ovo pararetirar o material interno.
http://www.abc.org.br/IMG/pdf/doc-4906.pdf
http://www.abc.org.br/IMG/pdf/doc-4906.pdf
Figura 4: Máquina de corte
Fonte:[22]
Filtro - equipamento usado para separação do líquido e da fase sólida presente dentro
dos ovos. Envia o líquido para a centrífuga.
Figura 5: Filtro para a colheita do líquido alantóico
Fonte:[22]
Centrífuga - equipamento que separa os restos da membrana, casca de ovo e
hemácias.
Figura 6: Centrífuga industrial
Fonte:[22]
http://www.abc.org.br/IMG/pdf/doc-4906.pdf
http://www.abc.org.br/IMG/pdf/doc-4906.pdf
http://www.abc.org.br/IMG/pdf/doc-4906.pdf
Filtro esterilizante - purifica o líquido com vírus inativado, retirando impurezas e
esterilizando-o para as etapas finais do processo.
Figura 7: Filtro esterilizante
Fonte:[22]
Biorreator: Em processos em que se utiliza do cultivo de células animais no lugar de
ovos de galinha para a inoculação dos vírus, o Biorreator é responsável pela produção de
células sadias e adequadas.
Figura 8: Exemplo de Biorreator
Fonte: [23]
2.6 Impactos da produção ao mercado e meio ambiente
2.6.1 Os Impactos
Muito pode ser dito no que tange a relação da produção de uma vacina, no caso a
Influenza, e seu impacto ao mercado e ao meio ambiente. Toda uma rede de conhecimento
compartilhado, seja ele científico ou administrativo, é necessária, pois serve de arcabouço
http://www.abc.org.br/IMG/pdf/doc-4906.pdf
https://www.medicalexpo.com/pt/prod/knik-co-ltd/product-298447-986503.html
para a manutenção de todo o processo de desenvolvimento e logística que envolve as diversas
partes do processo industrial.
Atualmente a maior parte da produção de vacinas do Influenza está concentrada nos
países de maior riqueza (desenvolvidos)[24]; isso pois, eles possuem e desenvolvem mais
tecnologias e infraestrutura que os demais. Essa característica acaba sendo primordial no
entendimento das relações globais sobre a fabricação e comercialização desse bem.
Vale ressaltar, que a maioria da produção global, cerca de 88%, é baseada no uso de
ovos, isso gera alguns entraves pois, a fabricação acaba dependendo da disponibilidade de
oferta deles[5]. O tempo de envase do agente imunológico apresenta-se também como um
possível entrave na produção[24]. Não só isso, após a utilização desses itens utilizados ao longo
da cadeia produtiva e de consumo, como os ovos, as embalagens e as seringas, a atenção ao
seu respectivo descarte visando a preservação do ambiente é relevante tal qual a integridade
da saúde dos colaboradores.
Portanto, entender o panorama econômico/social em que a fabricação de vacinas se
insere é extremamente importante, pois os segmentos público (Sistema Único de Saúde, no
caso do Brasil) e privado de saúde são dependentes deles para continuarem funcionando. O
que também implica em consequências para a população, pois, a ausência desse entendimento
e de investimentos em imunobiológicos leva a uma população doente e consequentemente a
um país com crises econômicas, com alto índice de mortalidade e danos ao meio ambiente.
2.6.2 Mercado e Desenvolvimento
Desde a concepção de uma estrutura industrial para a produção de vacinas até a
construção, uso e produção dos bens finais, muito caminho é percorrido. Para que tudo se
concretize, determinados fatores são de vital importância, como entidades dispostas a investir
na infraestrutura laboratorial, custos e disponibilidade de matéria-prima, mão de obra
qualificada, tecnologias, entre outros. Em cenários como os de países em desenvolvimento (o
caso do Brasil), esses fatores devem ser analisados com cautela devido às incertezas que
muitas vezes essas áreas oferecem[25].
A produção da vacina trivalente da Influenza, feita pelo Instituto Butantan, ressalta
esse aspecto relevante do território nacional. Por mais que o Brasil possua essa produção, a
sua origem tecnológica é derivada de uma colaboração com o Instituto Sanofi Pasteur da
França[26], evidenciando assim, a dependência que regiões periféricas do globo possuem em
relação a áreas centrais.
https://doi.org/10.1016/j.vaccine.2020.12.018
https://www.researchgate.net/publication/339275189_Better_influenza_vaccines_An_industry_perspective
https://doi.org/10.1016/j.vaccine.2020.12.018
https://doi.org/10.1016/j.vaccine.2016.08.056
https://www.youtube.com/watch?v=0Zfgr90jn5k
Sendo esse o cenário brasileiro, assim como o de outros países em desenvolvimento, a
OMS (Organização Mundial de Saúde), em 2006, por meio do GAP (Global Action Plan for
Influenza Vaccines “Plano de Ação Global para Vacinas de Influenza”) visava motivar o
desenvolvimento e acesso de vacinas contra o Influenza ao redor do globo para combater a
pandemia do vírus[25] . Para tanto, levar em consideração a indústria, o processo de produção e
as instituições que interferem neles é fundamental na análise do problema. Nesse contexto
específico, a comunicação entre o governo e o sistema de saúde local junto dos fabricantes de
vacinas é a responsável pelo sucesso ou fracasso de toda operação. Como ilustra a Figura 9,
essas três principais entidades devem trabalhar para viabilizar as melhores condições
políticas, tecnológicas, logísticas, e financeiras.
Figura 9: Parcerias multissetoriais podem melhorar a produção de vacinas (traduzido do inglês).
Fonte: referência[25]
Para que haja eficiência entre políticas econômicas governamentais e o mercado em que os
fabricantes se inserem, deve existir uma clareza das exigências legais impostas aos
fabricantes. Essas exigências devem promover incentivos para a estruturação da melhor rede
de produção possível. Uma logística que viabilize e coordene investimentos tecnológicos e
que valorize a mão de obra local, evitando fuga de cérebros, políticas favoráveis de comércio
nacional e internacional entre outros.
https://apps.who.int/iris/handle/10665/182733
https://apps.who.int/iris/handle/10665/182733
https://doi.org/10.1016/j.vaccine.2016.08.056
https://doi.org/10.1016/j.vaccine.2016.08.056
2.6.3 Descartes
A resolução nº 358, de 29 de abril de 2005, dispõe sobre o tratamento e a disposição
final dos resíduos dos serviços de saúde [27].
Segundo ela, os resíduos de saúde devem ter um descarte correto, tendo um tratamento
adequado segundo seus grupos. E em uma campanha de vacinação são separados em 3
grupos principais.
Nos quais são eles:
a) O grupo A: são de potencialidade de infecção
b) O grupo D ou resíduos comuns: são resíduos que não apresentam perigo à
saúde humana ou ao meio ambiente;
c) O grupo E: são os materiais perfurocortantes[28].
Além da separação em grupos, há todo um processo de manipulação dos materiais
descartados.
Seguindo as seguintes fases:
1. Os devidos materiais devem ser embalados e separados conforme suas características;
2. Devem estar devidamente identificados conforme cada material embalado;
3. Todo lixo descartado deve passar por um tratamento, evitando riscos de contaminação
humana e do meio ambiente;
4. E devem ser encaminhados para a coleta para seu respectivo local de descarte, no caso
o aterro sanitário[28].
E conforme mencionado, as vacinas da influenza são fabricadas através de ovos
atenuados, onde se tem uma granja separada para essa devida função, no estado de São Paulo,
que são destinados ao Instituto Butantan, instituição responsável pela fabricação da vacina.
Nessas granjas, são coletados milhões de ovos por ano para utilização das doses vacinais.
Os ovos são bastante utilizados na área alimentícia, é necessário atenção aos descartes
corretos de suas cascas. Segundo a Agência Nacional do Meio Ambiente, os resíduos das
cascas são umas das causadoras dos grandes impactos ambientais, o seu descarte incorreto
ocasiona fungos e consequentemente problemas ao ambiente e à saúde dos seres vivos[29].
https://www.saude.mg.gov.br/images/documentos/res_358.pdf
http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2015-06/legislacao-e-rss.pdf
http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2015-06/legislacao-e-rss.pdf
https://doi.org/10.1016/j.tifs.2020.10.009Não foram encontrados estudos sobre o destino dos descartes das cascas dos ovos
atenuados (principalmente por conter material contaminante nas suas cascas) utilizados para
criação de vacina, ficando como estudos futuros sobre seus destinos. Mas no setor alimentício
podem ser de grande investimento nas indústrias para criação de medicamentos à base da
casca de ovo, pois, o seu pó tem um alto teor de cálcio. Para enxerto ósseo, próteses dentárias,
na área farmacêutica na criação de paracetamol, solvente de baixo custo, na produção de
combustíveis biodegradáveis, substituição de uma parte do cimento e fertilizantes para
plantas. O pó da casca do ovo pode ser utilizado em várias áreas da indústria tendo um alto
valor[29].
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em vista dos argumentos apresentados, o processo de produção e uso das vacinas é
extremamente importante como qualquer serviço de saneamento básico na prevenção de
doenças.
Mas como todo um serviço com eficiência e qualidade requer tempo; dos estudos,
pesquisas, e testes de eficácia para a criação da vacina da Influenza, demoram alguns meses
até chegar ao produto final. A maioria das vacinas são provenientes do uso de ovos, o que
deixa a produção dependente da oferta deles. Sendo assim, diferentes rotas para a síntese de
vacinas são esperadas, como com a utilização de biorreatores a base de células animais,
contudo essas rotas também precisam ser economicamente viáveis.
Portanto, a presente revisão bibliográfica verificou importantes avanços referentes à
produção de vacina; mais especificamente a produção do combatente ao vírus Influenza.
Todavia, vê-se necessário a coordenação de diferentes setores sociais para viabilizar a melhor
logística em que esse bem e sua produção se inserem. Nesse contexto, nota-se uma demanda
de investimento no que tange ao desenvolvimento de tecnologias para a produção nacional de
vacinas, com o objetivo de diminuição dos valores gastos com importação e criação de uma
independência à ciência de outros países . Ademais, é válido atentar-se às formas de descarte
tanto de resíduos dos materiais usados como na matéria-prima, quanto para os materiais
remanescentes da aplicação dos imunizantes.
https://doi.org/10.1016/j.tifs.2020.10.009
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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<https://www.scielosp.org/article/csc/2011.v16n2/445-458/> acesso em: 4 de ago. de 2021.
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Sara Araujo; CASTRO, Julia Tavares de; SANTOS, Fernanda Ayane de Oliveira &
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non-vaccination: a critical review. Revista de Saúde Pública. 2018. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/rsp/a/6T6JH8wZHMgqVsVkjZ85xLm/?lang=en>. Acesso em: 25 de
ago. de 2021.
3. ART 196, JUSBRASIL. Art. 196 da Constituição Federal de 1988. Disponível em:
<https://www.jusbrasil.com.br/topicos/920107/artigo-196-da-constituicao-federal-de-1988/art
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<https://www.scielo.br/j/csp/a/X6NmNG3gWcvGv75BhfqtdJh/?lang=pt&format=pdf>
Acesso em: 3 de set. de 2021
5. Juine-Ruey Chen1, Yo-Min Liu, Yung-Chieh Tseng, Che Ma; Better influenza vaccines:
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https://doi.org/10.1186/s12929-020-0626-6
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<http://www.iff.fiocruz.br/index.php/8-noticias/332-vacinagripe>. Acesso em 16 de ago. De
2021.
7. REDAÇÃO, Da. As vacinas da gripe que foram autorizadas para distribuição no
Brasil. Disponível em:
<https://saude.abril.com.br/medicina/as-vacinas-da-gripe-que-foram-autorizadas-para-distribu
icao-no-brasil/> acesso em: 18 ago. 2021.
8. Stanley Plotkin, James M. Robinson, Gerard Cunningham, Robyn Iqbal, Shannon Larsen.
A complexidade e o custo da fabricação de vacinas - Uma visão geral. Science Direct. 21
de jun. de 2017. Disponível em:
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10. Disponível em:
<https://www.farmaciaai.com.br/bula/FLUARIX-TETRA-GLAXOSMITHKLINE-BRASIL-
LTDA/101070314>. Acesso em: 08 de set. de 2021.
11. Disponível em:
<https://www.farmaciaai.com.br/bula/FLUQUADRI-SANOFI-AVENTIS-FARMACEUTICA
-LTDA/113001152>. Acesso em: 08 de set. de 2021.
12. Disponível em:
<https://www.farmaciaai.com.br/bula/INFLUVAC-TETRA-ABBOTT-LABORATORIOS-DO
-BRASIL-LTDA/105530383>. Acesso em: 08 de set. de 2021.
13. Disponível em:
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14. LABI exames. Disponível em:
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s-novos-debates-sobre-seuuso?showall=1&limitstart=> acesso em: 30 de ago. de 2021
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22. FIGURAS de 1 à 7: Disponível em: < http://www.abc.org.br/IMG/pdf/doc-4906.pdf>.
Acesso em: 8 de set. de 2021
23. FIGURA 8: Disponível em:
<https://www.medicalexpo.com/pt/prod/knik-co-ltd/product-298447-986503.html>. Acesso
em: 8 de set. de 2021
24. Erin Sparrow, James G Wood, Christopher Chadwick, Anthony T. Newall, Siranda
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https://www.medicalexpo.com/pt/prod/knik-co-ltd/product-298447-986503.html
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developing countries. Published by Elsevier Ltd. Vaccine Volume 34, Issue 45, 26 October
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27. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente -
CONAMA - Resolução nº 358, de 29 de abr. de 2005 . Disponível em:
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29. Marium Waheed, Muhammad Yousaf, Aamir Shehzad, Muhammad Inam-Ur-Raheem,
Muhammad Kashif Iqbal Khan, Moazzam Rafiq Khan, Naveed Ahmad, Abdullah, Rana
Muhammad Aadil, Channelling eggshell waste to valuable and utilizable products: A
comprehensive review. Trends in Food Science & Technology Volume 106, December 2020,
Pages 78-90.https://doi.org/10.1016/j.tifs.2020.10.009 . Acesso em: 2 de set. de 2021.

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