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QUESTÃO PRÁTICA - AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE cc ANULAÇÃO DE ASSENTAMENTO DE REGISTRO DE NASCIMENTO e EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS

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RUA CARLOS III, Nº 135, ED. EMPRESARIAL WALL STREET, SALAS 1004/1008, JARDIM BRASIL, NESTA CAPITAL. 
CEP: 41.442-23 – TELEFONE: 55 (71) 3340-2246 – EMAIL: UNEBASSOCIADOS@HOTMAIL.COM- 
SALVADOR-BAHIA-BRASIL. 
 
CASO/QUESTÃO: 
Mário foi casado com Beatriz no período de dezembro de 2011 a novembro de 2015, quando 
se divorciaram. Em 23.12.2013, ocorreu o nascimento de Plínio, que foi registrado como filho 
do casal. Plinio hoje mora com a mãe em Salvador, enquanto Mario reside em Camaçari. No 
início deste ano de 2016, Mário tomou conhecimento de que era portador de uma doença 
congênita, que não lhe permite procriar, conforme atestado médico. Dessa forma, Mário 
concluiu não ser o pai biológico de Plínio e lhe procurou na condição de advogado para saber 
o que poderia fazer juridicamente sobre tal questão. Redija a peça processual cabível, 
abordando todas as questões de direito pertinentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Excelentíssimo (a) Senhor (a) Doutor (a) Juiz (a) de direito da _____ª Vara de 
Família, Sucessões, Órfãos, Interditos e Ausentes, Comarca de Camaçari, Estado da 
Bahia. 
 
 
 
 
MARIO SANTOS DA SILVA, brasileiro, divorciado, motorista, filho de João Oliveira 
da Silva e Joana Santos da Silva, inscrito no CPF sob o nº 563.501.595-34, portador do 
RG nº 38.789.074-3 SSP/BA, residente e domiciliado na Rua Manoel de Medeiros Souza, 
nº 178, casa 03, Bairro Jardim Souza, CEP 04917-090, Camaçari-BA, telefones 
(71)98907-3429/(71)8543-4967,endereço eletrônico Marioss@gmail.com, devidamente 
vem à digna presença de Vossa Excelência, por seus procuradores e advogados que a 
presente subscrevem (m. J. – anexo), com endereço profissional indicado no rodapé da 
presente, onde recebem as intimações de lei e estilo, apresentar: 
 
AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE c/c ANULAÇÃO DE 
ASSENTAMENTO DE REGISTRO DE NASCIMENTO e EXONERAÇÃO DE 
ALIMENTOS 
 
em face de PLINIO SANTANA DA SILVA, brasileiro, menor impúbere, nascido em 23 
de dezembro de 2013, representado por sua genitora, BEATRIZ JESUS SANTANA, 
brasileira, solteira, estudante, filha de Silvia Gonçalves de Santana e Mario Amado de 
Jesus Santana, RG 1010589262, CPF 089.225.615-82, residente e domiciliada na 
Avenida Garibaldi, nº 177, Casa 02, Salvador-BA, pelos fatos e fundamentos a seguir 
alinhados: 
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BREVE RESUMO DOS FATOS 
Relata o Requerente que manteve relacionamento com a genitora do Requerido, 
tendo se casado com esta em dezembro do ano de 2011. Em 23 de dezembro de 2013, 
nasceu Plínio Santana da Silva, registrado como filho do casal, conforme certidão de 
nascimento em anexo. 
Após menos de dois anos do seu nascimento, em dezembro de 2015, o 
Requerente e a mãe do Requerido se separaram, momento em que o Requerente 
retornou para a cidade de Camaçari, a partir daí não obteve quase nenhum contato com 
a criança, o vendo pouquíssimas vezes. 
Já no início do ano de 2016, o Autor tomou conhecimento de que era portador 
de uma doença congênita, que não lhe permite procriar, conforme atestado médico em 
anexo. Aliado aos traços físicos extremamente diferentes dos seus, tal informação levou 
o Requerente à irrefragável conclusão no sentido de que não é o pai biológico do menor 
em questão. 
Ressalta-se portanto, que a mãe do Requerido nunca fez questão de que os dois 
tivessem uma relação entre pai e filho, saudável e próxima. O Requerente não possui 
nenhum vínculo afetivo com o Requerido, que hoje tem 02 (dois) anos e não reconhece 
no Requerente a figura paterna. 
Apesar disso, o Requerente cumpre suas obrigações paternas com relação às 
necessidades materiais da criança, no que tange ao pagamento de pensão alimentícia. 
Assim, para corrigir a situação, considerando que incorreu em erro, já que não 
é o pai biológico do réu, o Requerente propõe a presente demanda, para que seja negada 
a existência de vínculo paterno-filial biológico e afetivo entre ele e o Requerido. 
 
DO DIREITO 
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I – Do Estado de Filiação 
Estado de Filiação é questão que diz respeito à própria condição de pessoa, sendo 
direito personalíssimo e indisponível de interesse de todos, inclusive do Requerido. 
Assiste-lhe antes de tudo o DIREITO de fazer constar de seu registro a verdade, ter 
conhecimento de quem seja o seu verdadeiro pai. 
O artigo 1.601 do Código Civil embasa o fundamento da presente, onde 
estabelece que: 
Art. 1.601. “Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos 
filhos nascidos de sua mulher sendo tal ação imprescritível. ” 
No mesmo sentido decidiu o STJ: 
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE. 
EXAME DE DNA. Tem-se como perfeitamente demonstrado o 
vício de consentimento a que foi levado a incorrer o suposto pai, quando 
induzido a erro ao proceder ao registro da criança, acreditando se 
tratar de filho biológico. A realização do exame pelo método DNA a 
comprovar cientificamente a inexistência do vínculo genético, confere ao 
marido a possibilidade de obter, por meio de ação negatória de 
paternidade, a anulação do registro ocorrido com vício de consentimento. 
Não pode prevalecer a verdade fictícia quando maculada pela verdade real e 
incontestável, calcada em prova de robusta certeza, como o é o exame 
genético pelo método DNA. E mesmo considerando a prevalência dos 
interesses da criança que deve nortear a condução do processo em que se 
discute de um lado o direito do pai de negar a paternidade em razão do 
estabelecimento da verdade biológica e, de outro, o direito da criança de ter 
preservado seu estado de filiação, verifica-se que não há prejuízo para esta, 
porquanto à menor socorre o direito de perseguir a verdade real em ação 
investigatória de paternidade, para valer-se, aí sim, do direito 
indisponível de reconhecimento do estado de filiação e das consequências, 
inclusive materiais, daí advindas. Recurso especial conhecido e provido. 
mailto:unebassociados@hotmail.com-
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10622709/artigo-1601-da-lei-n-10406-de-11-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
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(REsp 878954 / RS RECURSO ESPECIAL 2006/0182349-0, Terceira 
Turma, RELATORA Ministra NANCY ANDRIGHI.) 
Diante disso, a ação negatória de paternidade não possui os exíguos prazos 
decadenciais de outrora, como afirma, inclusive, o Prof. Carlos Alberto Gonçalves: 
A rigidez desse sistema vem sendo abrandada pela jurisprudência, 
especialmente em face do progresso científico, que permite afastar, com 
absoluta certeza, por meio do exame de DNA, a paternidade biológica. 
Não pode desejar a sociedade que prevaleça por mero rigor formal e em 
desrespeito à realidade dos fatos, uma inverdade, especialmente quando diz respeito ao 
estado de filiação,direito indisponível e personalíssimo. Soa absurdo fazer prevalecer 
no registro de assentamento do Menor o nome de um pai que na realidade não o é. É o 
que se pretende provar nos presentes autos. 
É bom ressaltar que houve no presente caso um reconhecimento espontâneo feito 
pelo autor na mais absoluta boa-fé. E a boa-fé merece sempre todo o amparo e o prestígio 
do bom direito, devendo sempre prevalecer em detrimento daqueles que usam de artifícios 
com o fim de enganar terceiros. Esta é a regra em matéria de direito. 
Em questões dessa natureza interessa a todos o prevalecimento da verdade 
real. De acordo com este entendimento está o ensinamento do Festejado Civilista Caio 
Mário da Silva Pereira: 
Na paternidade reconhecida o pai concede status ao filho, que o seja 
biologicamente. Em contendo o ato uma proclamação de paternidade que não 
corresponde à realidade (o pai reconhece como seu filho que o não é), o 
reconhecimento, embora formalmente perfeito, e até inspirado em pia causa, 
não pode produzir o efeito querido, e será anulado por falsidade ideológica, em 
se provando a inverdade da declaração(wissenserkarung),no pressuposto de 
corresponder à verdade, e somente produzirá o efeito que a lei lhe atribui 
quando à manifestação formal corresponder o pressuposto fático da relação 
biológica paternal subjacente. 
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Embora seja a certidão de nascimento, um documento que goza de fé pública, há 
ressalva para a possibilidade de alegação contrária no art. 1.604 do Código Civil de 2002. 
No caso em tela, o requerente possui dúvidas razoáveis quanto a relação de parentalidade 
com a criança. 
Art. 1.604 – Ninguém pode vindicar estado contrário ao que resulta do 
registro de nascimento,salvo provando-se erro ou falsidade do registro. 
A decisão abaixo colacionada aplica-se ao caso em tela, senão vejamos: 
O princípio da irrevogabilidade dos atos do registro civil não é absoluto, 
comportando sua anulação quando ocorrem vícios do ato jurídico ou se 
demonstrada a falsidade ideológica. (Ac. Unânime da 4a Câm. Civ. do TJSP, 
AC 194.503, rel. Des. Ferreira de Oliveira, JTJSP, 15:259. No mesmo sentido: 
RT, 301:273). (grifos aditados) 
Portanto, resta demonstrado o direito do requerente em dirimir sua dúvida e 
averiguar a real existência da paternidade no presente pleito e caso reste comprovada a 
inexistência do vínculo, tornar-se-á imperiosa a anulação do registro. 
É válido também, ressaltar a necessidade da presente demanda para que o 
direito do Requerido de obter a verdade de sua real filiação seja respeitado por todas as 
partes envolvidas no caso. O Estado já se posiciona no sentido de que não há qualquer 
benefício para a criança, a manutenção de uma paternidade apenas jurídica. 
Quanto à desconstituição do Registro Público, além de jurídico, o pedido é 
justo em que pese a necessidade de que os registros públicos reflitam a verdade real, 
como é a do presente caso.Imponível, pois, caso seja averiguada a inexistência da 
relação de filiação e, seja declarada, por conseguinte, decretação de invalidade do 
assentamento do registro de nascimento do requerido com a exclusão do nome dos avós 
paternos. 
II- Da Doença Congênita 
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 Uma característica congênita é aquela que acompanha o indivíduo ao longo de 
toda a sua vida, surgindo no seu nascimento ou mesmo antes, durante a gestação no ventre 
de sua progenitora. 
Em outras palavras, congênito é a particularidade de algo que está presente 
desde o seu nascimento. E isso independe de ser genético (herdado) ou não. Desta 
forma, atestada a doença gênita do Requerente impossibilitando-o de procriar, resta 
comprovada a impossibilidade do Requerido ser filho do mesmo, porém para que 
não haja dúvidas acerca disto, requeremos a realização do Exame de DNA entre as 
partes envolvidas nesta demanda. 
III – Da Ausência de Relação Afetiva 
Conforme aduzem Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald, a filiação socioafetiva 
(que é o outro lado da paternidade socioafetiva) “não está lastreada no nascimento (fato 
biológico), mas em ato de vontade, cimentada, cotidianamente, no tratamento e na 
publicidade, colocando em xeque, a um só tempo, a verdade biológica e as presunções 
jurídicas. Socioafetiva é aquela filiação que se constrói a partir de um respeito recíproco, 
de um tratamento em mão-dupla como pai de filho, inabalável na certeza de que aquelas 
pessoas, de fato, são pai e filho” (FARIAS; ROSENVALD, 2010, p.590). 
É fato, ademais, que, atualmente, o Requerente não mantém qualquer contato 
com a criança, situação, inclusive, que é reforçada por atitudes da genitora, que tem se 
negado a permitir o contato do menor com o Autor. Portanto, hodiernamente, sequer 
existe vínculo afetivo entre as partes. 
Importante, ainda, salientar que a prova material obtida através do atestado 
médico comprovando a doença congênita do Requerente e o resultado do Exame de 
DNA que irá sanar qualquer dúvida que ainda houver quanto a impossibilidade do 
mesmo ser pai do Requerido, excluirá a paternidade do Requerente sobre o Requerido, 
e só irá concretizar o que já é um fato para os mesmos: A completa ausência de relação 
afetiva entre o até então pai, e seu filho. 
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Motivo pelo qual requer a liberação de todas as obrigações a que vem se 
submetendo até o presente e que são inerentes da paternidade; qual seja, a de 
continuar prestando alimentos ao Requerido, que, como já comprovado de forma 
inquestionável não é seu descendente. 
Sendo assim não existe nenhum vínculo que justifique a manutenção das 
obrigações alimentares. 
 
Nesse sentido: 
CIVIL. FAMÍLIA. AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE. EXAME 
DE DNA. INEXISTÊNCIA DE VÍNCULO AFETIVO. EXCLUSÃO DA 
PATERNIDADE.1. É direito do pai registral esclarecer suas dúvidas acerca 
da paternidade legalmente assumida no curso de relacionamento estável. 12. 
Comprovada a exclusão genética do suposto pai, após realização de 
exame de DNA, a lei faculta ao indigitado pai a sua exclusão do registro 
de nascimento daqueles que, até então, supunha ser geneticamente seus 
filhos.3. É certo que a paternidade não cinge-se em vínculo meramente 
biológico, porém, para que se imponha ao pai registral o dever de continuar 
a haver como seus, filhos de outrem, os quais descobriu somente após o 
exame de DNA que não o são, é imprescindível que entre suposto pai e filhos 
haja vínculo afetivo, amparado em afetuosa convivência. 4. A paternidade 
socioafetiva deriva de convívio amigável e afetuoso entre pais e filhos, 
não podendo ser imposta ao pai registral que nunca conviveu com os 
filhos por ele assumidos no passado e que enganosamente supunha serem 
seus. 5. Recurso conhecido e provido. (20070710146908APC, Relator 
NILSONI DE FREITAS, 2ª Turma Cível, julgado em 24/03/2010, DJ 
15/04/2010 p. 66) 
APELAÇÃO CÍVEL. 
AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE. EXAMEDE DNA. 
AUSÊNCIA DE AFETIVIDADE ENTRE PAI REGISTRAL E FILHO. 
ANULAÇÃO DE REGISTRO DE NASCIMENTO. POSSIBILIDADE, NA 
HIPÓTESE. No caso, não há razão para se prestigiar 
uma paternidade registrada em estado de erro, principalmentequando 
inexistente paternidade socioafetiva e ausente a paternidade biológica, 
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confirmada por exame de DNA. Recurso desprovido. (Apelação Cível Nº 
70026016311, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS.) 
 
IV – Dos Danos Morais 
A moral é reconhecida como bem jurídico imensurável, recebendo dos mais 
diversos diplomas legais a devida proteção, inclusive, estando amparada pelo art. 5º, inc. 
V e X da Constituição Federal de 1988: 
 
“Art. 5º, V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além 
da indenização por dano material, moral ou à imagem”; 
 
“Art. 5°, X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem 
das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação”. 
 
É notável que a relação abusiva sofrida, pelo Autor, uma vez portador de doença 
congênita, conforme atestado, resta evidente a infertilidade do mesmo, logo foi vítima da 
má fé da genitora do menor. O comportamento indigno da sua ex-companheira deve 
ser considerado como ofensa a honra do requerente. 
Existe dano moral quando alguém é privado da verdade. Há de se ressaltar que o 
valor da indenização serve, principalmente, para inibir condutas como essas. Insta 
salientar, que foram violados os direitos de lealdade e respeito exigidos dos 
companheiros em união estável. Art. 1.724 do CC/02. Demonstrada a lesão aos direitos 
da personalidade do autor, uma vez que experimentou constrangimentos que 
extrapolam a frustração do fim da união estável, pois foi ofendido em sua honra bem 
como humilhado diante de seus familiares, amigos e colegas de profissão, em razão da 
verdade revelada. 
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Em relação ao DANO MORAL, a doutrina tem se encarregado de decifrar o dano 
moral em seus vários aspectos com riqueza de elementos. 
Segundo Maria Helena Diniz, "Dano moral vem a ser a lesão de interesses não 
patrimoniais de pessoa física ou jurídica, provocada pelo fato lesivo" (Curso de Direito 
Civil Brasileiro, Editora Saraiva, SP, 1998, p. 81).Dessa forma, verifica-se que o conceito 
de dano moral é indefinido como se viu pelas diferenças apontadas em cada um dos 
conceitos anteriormente esposados. 
Segundo Minozzi, um dos Doutrinadores Italianos que mais defende a 
ressarcibilidade, Dano Moral "é a dor, o espanto, a emoção, a vergonha, a aflição física 
ou moral, em geral uma dolorosa sensação provada pela pessoa, atribuindo à palavra dor 
o mais largo significado". (Studio sul Danno non Patrimoniale, DannoMorale, 3ª edição, 
p. 41). 
Assevera o autor Sílvio Rodrigues que: “O abuso de direito ocorre quando o 
agente, atuando dentre das prerrogativas que o ordenamento jurídico lhe concede, deixa 
de considerar a finalidade social do direito subjetivo e, ao utilizá-lo desconsideradamente, 
causa dano a outrem. Aquele que exorbita no exercício de seu direito, causando prejuízo 
a outrem, pratica ato ilícito, ficando obrigado a reparar. Ele não viola os limites objetivos 
da lei, mas, embora os obedeça. Desvia-se dos fins sociais a que esta se destina, do espírito 
que a norteia”. 
No mesmo sentido decidiu o STJ: 
“A concepção atual da doutrina orienta-se no sentido de que a 
responsabilização do agente causador do dano moral opera-se por força do 
simples fato da violação (damnum in reipsa), não havendo que se cogitar da 
prova do prejuízo”. (REsp nº 23.575-DF, Relator Ministro César Asfor Rocha, 
DJU 01/09/97). 
"Dano moral - Prova. Não há que se falar em prova do dano moral, mas, sim, 
na prova do fato que gerou a dor, o sofrimento, sentimentos íntimos que os 
ensejam (...)" (REsp nº 86.271-SP, Relator Ministro Carlos A. Menezes, DJU 
09/12/97). 
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Ocorre que, o dano moral como sabido, deriva de uma dor íntima, uma comoção 
interna, um constrangimento gerado naquele que o sofreu, e que repercutiria de igual 
forma em outra pessoa nas mesmas circunstâncias. 
Conforme disposto na Jurisprudência pátria: 
INDENIZAÇÃO. UNIÃO ESTÁVEL. FALSA PATERNIDADE 
BIOLÓGICA. DANO MATERIAL. ALUGUEL E CONDOMÍNIO DA 
MORADIA DO CASAL. PLANOS DE SAÚDE. MENSALIDADE 
ESCOLAR. DESPESAS MÉDICAS. MÓVEIS INFANTIS. EXAME DE 
DNA. HONORÁRIOS DE ADVOGADO. DANO MORAL. DEVER DE 
LEALDADE E RESPEITO NA UNIÃO ESTÁVEL. VIOLAÇÃO A 
DIREITO DE PERSONALIDADE. I - AS P ARTES VIVERAM EM 
UNIÃO ESTÁVEL POR DOIS ANOS E A CRIANÇA NASCEU NO 
PERÍODO DA CONVIVÊNCIA. APÓS O FIM DA UNIÃO ESTÁVEL, 
EXAME DE DNA COMPROVOU A FALSA PATERNIDADE 
BIOLÓGICA ATRIBUÍDA AO AUTOR. II - IMPROCEDE A 
CONDENAÇÃO AO RESSARCIMENTO PELOS GASTOS 
EFETUADOS NA VIDA EM UNIÃO ESTÁVEL, TAIS COMO O 
PAGAMENTO DE ALUGUEL E CONDOMÍNIO DA MORADIA DO 
CASAL, COMPRA DE ROUPAS E SAPATOS PARA A RÉ, PORQUE 
MOTIVADOS POR VALORES SENTIMENTAIS QUE AFASTAM AS 
ALEGAÇÕES DE DANOS EMERGENTES OU ENRIQUECIMENTO 
ILÍCITO. III - HÁ DEVER DE RESSARCIR OS GASTOS 
EMPREENDIDOS COM A MENOR PORQUE DECORRENTES DE 
PATERNIDADE IMPUTADA DE MÁ-FÉ PELA APELADA-RÉ AO 
APELANTE-AUTOR. IV - NÃO PROCEDE PEDIDO DE 
RESSARCIMENTO DOS VALORES GASTOS COM O EXAME DE 
DNA E COM OS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS PELO A 
JUIZAMENTO DE AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE, 
PORQUANTO CONFIGURA-SE EXERCÍCIO DO DIREITO DE 
AÇÃO. V - HÁ DANO MORAL NA OMISSÃO DA VERDADEIRA 
PATERNIDADE DA FILHA E FORAM VIOLADOS OS DIREITOS DE 
LEALDADE E RESPEITO EXIGIDOS DOS COMPANHEIROS EM 
UNIÃO ESTÁVEL. ART. 1.724 DO CC/02. DEMONSTRADA A LESÃO 
AOS DIREITOS DA PERSONALIDADE DO AUTOR, UMA VEZ QUE 
EXPERIMENTOU CONSTRANGIMENTOS QUE EXTRAPOLAM A 
FRUSTRAÇÃO DO FIM DA UNIÃO ESTÁVEL, POIS FOI OFENDIDO 
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RUA CARLOS III, Nº 135, ED. EMPRESARIAL WALL STREET, SALAS 1004/1008, JARDIM BRASIL, NESTA CAPITAL. 
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SALVADOR-BAHIA-BRASIL. 
EM SUA HONRA BEM COMO HUMILHADO DIANTE DE SEUS 
FAMILIARES, AMIGOS E COLEGAS DE PROFISSÃO, EM RAZÃO 
DA VERDADE REVELADA. VI - A VALORAÇÃO DA 
COMPENSAÇÃO MORAL DEVE OBSERVAR O PRINCÍPIO DA 
RAZOABILIDADE, A GRAVIDADE E A REPERCUSSÃO DOS 
FATOS, A INTENSIDADE E OS EFEITOS DA LESÃO. VII - 
APELAÇÃO CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA.(TJ-DF - 
APL: 519579520058070001 DF 0051957-95.2005.807.0001, Relator: 
VERA ANDRIGHI, Data de Julgamento: 09/05/2012, 6ª Turma Cível, 
Data de Publicação: 31/05/2012, DJ-e Pág. 154) 
 
DOS PEDIDOS 
Diante dos fatos e fundamentos da presente ação, seguem os pedidos a ela 
pertinentes: 
A) A citação do Requerido na pessoa de sua representante legal, para apresentar 
defesa, sob pena dos efeitos da revelia e confissão quanto à matéria de fato, e, ao 
final aguarda a PROCEDÊNCIA da ação, com a consequente declaração de que 
o Requerente não é o pai biológico do Requerido, exonerando-o da obrigação 
alimentar. 
B) a realização dos exames necessários, genéticos, de sangue e outros das partes, 
provas estas indispensáveis para a obtenção de uma resposta segura; 
C) que seja, caso se comprove a ausência de vínculo genético, declarada a 
inexistência de relação de filiação entre o Requerente e oRequerido, bem como a 
nulidade do assentamento do registro de nascimento do menor, procedendo-se, 
conseqüentemente: (a) à exclusão do nome do autor, MARIO SANTOS DA 
SILVA, do assentamento do registro civil de nascimento de PLINIO SANTANA 
DA SILVA; (b) à exclusão do patronímico DA SILVA do nome da criança; (c) à 
exclusão dos nomes dos avós paternos, a Sra. Joana Santos da Silva e o Sr. João 
Oliveira da Silva; 
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D) que seja expedido Ofício à Empregadora do Requerente para que sejam 
interrompidos os descontos em folha de pagamento, em face da exoneração 
deferida. 
E) seja intimado o membro do Ministério Público para intervir no feito; 
F) seja determinada a expedição de mandado ao competente Cartório de Registro 
Civil das Pessoas Naturais, a fim de promover as devidas alterações; 
G) requer seja condenada a parte ré em honorários advocatícios a serem arbitrados 
por ocasião do julgamento em vinte por cento (20%) do valor da causa, e em custas 
processuais, conforme Código de Processo Civil, artigo 20. 
H) protesta pela produção de todas as provas permitidas em Direito, especialmente 
a documental, a testemunhal, a pericial (notadamente o exame para análise do ácido 
desoxirribonucleico). 
I) Danos morais no valor de 15.000,00 (Quinze mil reais ) 
 
 
 
Pede Deferimento. 
Salvador, 16 de novembro de 2016. 
 
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OAB/BA nº 
 
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