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Disciplina de Psicodiagnóstico – Profa.Érica Silina ALUNAS: Andreza Silva de Sousa – 201603175636 Maria Geisamara Mesquita Sousa - 201503382206 Vitória Torres Soares - 201608186393 Yasmin Pinheiro Santos - 201603173293 TC5 - Caso clínico 2 Zezé, 45 anos de idade, casada, 2 filhos, procura um psicólogo em razão de sintomas que a acometem há cerca de 10 anos. No contato inicial, descreve sua situação familiar atual como de muito sofrimento, pois ninguém a entende nem a ajuda a resolver seus problemas, inclusive seu marido, que, segundo ela, já não lhe dá muita atenção. Recusa-se a alimentar-se normalmente “por não sentir fome” e revela que os familiares tentam motivá-la, sem muito sucesso. Reporta a perda do pai precocemente, aos 12 anos de idade, e da mãe, há dois anos, e o fato de ter sofrido tentativa de abuso sexual na adolescência. Sempre foi tratada com muito mimo pela família nuclear (pai, mãe e irmãos), pois era a única filha. Culpa-se por não ter podido cuidar da mãe doente, já que também se sentia enferma. Na juventude, era muito alegre, gostava de sair, de dançar e de beber com os amigos. Após o nascimento do segundo filho, cuja gravidez, inicialmente, não aceitou, tendo, inclusive, fantasias de aborto, começou a sentir tonturas, que pioraram com o tempo. Passou, então, a apresentar taquicardia, dores no peito, respiração ofegante, tremores, transpiração excessiva e medo de morrer e de ficar louca. Começou a ficar mais em casa e a não sair sozinha, com medo de ter alguma crise na rua. Descuidou-se dos seus afazeres e distanciou-se das pessoas. É excessivamente apegada ao segundo filho e não admite a hipótese de que ele, algum dia, fique longe dela. Com base na situação descrita acima, elabore uma análise contemplando os seguintes aspectos: a) Planejamento do processo de Psicodiagnóstico; RESPOSTA: O processo para um Psicodiagnóstico consiste em oito passos: inicialmente demarcar motivos da consulta ou do encaminhamento, levantar dados referente a sua vida pessoal, profissional e escolar. Designar suposições e o intuito referente ao processo de avaliação, estabelecendo o contrato de trabalho não só com o examinando. Montar uma condição de avaliação com o uso de técnicas psicológicas. Conduzir as estratégias e as ferramentas de avaliação. Corrigir de forma qualitativa e quantitativa as estratégias e os instrumentos de avaliação. Incluir os dados obtidos relacionados, e hipóteses iniciais e com objetivos de avaliação. Organizar os desfechos determinando as potencialidades e vulnerabilidades. Informar os resultados através de entrevista de devolução, e de um laudo psicológico, finalizando o processo de avaliação. Baseando-se nas técnicas apresentadas podemos iniciar uma análise expressiva, relacionada à personalidade e aspectos intelectuais, levantar possíveis sintomas, avaliar individualmente e também grupo familiar. Realizando testes e formulando estratégias, através dos instrumentos de avaliação, limitando o número de encontros, expondo o esgotamento e o domínio da mesma. b) Hipóteses sobre o desenvolvimento do problema; RESPOSTA: Os sintomas da patologia só se desenvolveram de fato após o nascimento do segundo filho, porém já havia um histórico de perdas familiares e sofrimento de tentativa de abuso sexual na adolescência. No entanto essas situações extremas e traumáticas podem ter interferido no seu processo de desenvolvimento e, acabaram prejudicando sua saúde mental, afetiva e social. Ao reportar que em sua criação sempre foi acolhida de maneira afetuosa e que no momento não há pessoas que possam ajuda-la, nem o marido dá assistência as suas necessidades, e as pessoas mais próximas buscam dar conselhos, mas a paciente está sem crenças e por isso não encontra sentido na sua trajetória. Uma vez que demonstra sentimentos de mal-estar, sensação de medo e vulnerabilidade aos sintomas físicos diante das crises. Culpa-se por não ter conseguido cuidar da mãe no momento delicado de sua doença e projetou esse sentimento na gravidez do segundo filho, que veio no momento conturbado do seu luto, e por ter medo de não dar conta de cuidar do dele, sentindo insegurança, reforçou mais sentimentos negativos em outras situações de sua vida, e passou a não cuidar de si, vivendo isoladamente com emoções intensas e perturbadoras, apego excessivo, e um sentimento de abandono com relação ao filho, por não querer perdê-lo. c) Quais recursos e instrumentos a utilizar nessa investigação – justifique; RESPOSTA: Pode ser utilizado a avaliação psicológica, que em contexto clínico se denomina psicodiagnóstico e é definido como um processo cientifico, limitado no tempo e que é utilizado métodos e técnicas psicológicas, para entender o problema, a respeito dos pressupostos teóricos, e avaliar e identificar aspectos específicos. Nesse sentido abrange também aspectos passados, presentes (diagnóstico) e futuros (prognóstico) da personalidade, para alcançar os objetivos pode se utilizar certas técnicas como entrevista semidirigida, técnicas projetivas e entrevista de devolução. Dessa forma os testes psicológicos, que é uma técnica, são utilizados no psicodiagnóstico a fim de classificar e descrever os comportamentos dos sujeitos, com o objetivo de enquadra-los em uma tipologia, permitindo o profissional a tirar conclusões, e estabelecer prognósticos. É preciso ter recursos de personalidade adequados e aprender a elaborar as emoções que surgem durante o processo. Deve se preservar o sigilo, e não se deixar manipular. E principalmente ter objetividade na elaboração do psicodiagnóstico. O Psicodiagnóstico compreende várias etapas que envolvem: - Entrevista inicial - Administração dos testes - Entrevista de devolução A administração dos testes se caracteriza um momento peculiar do processo de avaliação, pois devido à possibilidade de obter dados sobre o sujeito em questão, para conhecer sua história mais detalhada, buscar informações relacionadas ao desenvolvimento, è escolaridade, às relações familiares e aspectos sociais, entre outros. d) Diagnóstico (nosológico ou compreensivo) do caso apresentado; RESPOSTA: A hipótese diagnóstica é de que a paciente esteja com Síndrome do pânico uma vez que apresenta sintomas de taquicardia, respiração ofegante, tremores, transpiração excessiva e medo de morrer. Estes são sintomas característicos da síndrome do pânico, um dos transtornos de ansiedade mais comuns e é diagnosticado em pessoas que experienciam este quadro patológico Os episódios de síndrome do pânico são marcados por crises de ansiedade como o exposto no caso, os indivíduos com esse quadro geralmente sentem-se constantemente preocupados, com medo de uns ataques recorrentes. Se não trata-lo, este transtorno pode levar a agorafobia, que caracteriza um medo intenso de estar fora ou em espaços fechados. Referências Bibliográficas CUNHA, J.A. PSICODIAGNÓSTICO V. Porto Alegre. Artes Médicas, 2002. O CAMPO, M.L.S; ARZENZO, M.E.; PICCOLO, E.G. O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. São Paulo. Martins Fontes, 2001. HUTZ, C.L. et al. PSCODIAGNÓSTICO. Coleção Avaliação Psicológica. Porto Alegre. Artmed Editora Ltda, 2016.
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