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1 Camila da Silva Fonseca, Fabíola Carvalho Valim e Marlise Aparecida Rosa 2 Ana Paula Barcelos Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Psicopedagogia (FLC 1426 LPS) – Prática do Módulo I–16/09/21 As etapas de desenvolvimento de Jean Piaget 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A originalidade do estudo do pensamento infantil que Piaget realizou tem como base o princípio metodológico segundo o qual a flexibilidade e a precisão da entrevista “em profundidade”, que caracterizam o método clínico, devem modular-se mediante a busca sistemática dos processos lógico-matemáticos subjacentes aos raciocínios expressados; além disso, para realizar esse tipo de entrevista, é preciso referir-se às diversas etapas de elaboração pelas quais passou o conceito que se examina no curso de sua evolução histórica. O problema psicológico começa, portanto, a colocarem-se a partir do momento em que consideramos os reflexos, as posturas etc., não na sua relação com o mecanismo interno do organismo vivo, mas nas suas relações com o meio exterior, tal como ele se apresenta à atividade do sujeito. Examinemos sob este ponto de vista algumas reações fundamentais das primeiras semanas: os reflexos de sucção e de preensão, os gritos e as fonações, os gestos e atitudes dos braços, da cabeça ou do tronco etc. Empirismo - Podemos, em primeiro lugar, atribuir o desenvolvimento intelectual à pressão do meio exterior, cujas características (concebidas como completamente constituídas independentemente da atividade do sujeito) se imprimiram pouco a pouco na mente da criança. Princípio do lamarckismo quando aplicado às estruturas hereditárias, esta aplicação leva a que se considere o hábito como fato primeiro e as associações adquiridas mecanicamente como o princípio da inteligência. Apriorismo - Segundo as concepções aprioristas, podemos considerar o desenvolvimento da inteligência como devido, não a uma faculdade que já está completada, mas à manifestação de uma série de estruturas que se impõem de dentro à percepção e à inteligência, à medida das necessidades que o contato com o meio provoca. As estruturas exprimiriam assim a própria contextura do organismo e das suas características hereditárias, o que torna inútil qualquer aproximação entre a inteligência e as associações ou hábitos adquiridos sob a influência do meio. Construtivismo - Pode conceber a inteligência como o desenvolvimento de uma atividade assimiladora cujas leis funcionais são dadas desde a vida orgânica e cujas estruturas sucessivas que lhe servem de órgãos se elaboram por interação entre ela e o meio exterior. Esta solução difere da primeira porque não acentua unicamente a experiência, mas a atividade do sujeito que torna possível esta experiência. Autoridade e liberdade - O procedimento mais conhecido de educação moral é aquele que recorre exclusivamente ao respeito unilateral: o adulto impõe suas regras e as faz observar graças a uma coação espiritual ou em parte material. Comum na pedagogia familiar, embora dificilmente único esse procedimento encontra sua aplicação mais sistemática no domínio da disciplina escolar tradicional. Os métodos “ativos” de educação moral - A “escola ativa” baseia-se na ideia de que as matérias a serem ensinadas à criança não devem ser impostas de fora, mas redescobertas pela criança por meio de uma verdadeira investigação e de uma atividade espontânea. “Atividade” se opõe, assim, à receptividade. A educação moral ativa supõe, consequentemente, que a criança possa fazer experiências morais e que a escola constitui um meio próprio para tais experiências. Self-government - O problema das punições tem provocado os mais sugestivos debates na pedagogia europeia. A escola sem castigos e uma educação da responsabilidade pelo julgamento dos próprios alunos têm se oposto, em um movimento cada vez mais forte, ao procedimento tradicional da sanção expiatória. Para dizer a verdade, a situação permanece extremamente confusa tanto na teoria como na prática, ao ponto de vermos participantes da pedagogia sociológica defender as punições e protagonistas do self-government, conceder às próprias crianças a necessidade de expiação. Trabalho em grupo - O método do trabalho em grupo que, desde 1900 aproximadamente e, sobretudo, depois de 1918, desenvolveu-se em diferentes países sob diversas formas, nasceu de dois tipos de preocupação. Por um lado, a importância crescente atribuída ao fator coletivo pelas diversas ideologias políticas levou os educadores a desenvolver a vida social em classe, a tal ponto que o trabalho em grupo encontra, hoje em dia, protagonistas pertencentes aos regimes mais variados, por mais opostos que aparentem ser. A evolução da pedagogia - Ao abordar uma tarefa tão temerária como a de querer resumir – e mais ainda, tentar julgar – o desenvolvimento da educação e da instrução no decorrer dos últimos trinta anos, instala-se um verdadeiro terror diante da desproporção que, como em 1935, ainda hoje subsiste entre a extensão dos esforços realizados e a ausência de uma renovação fundamental dos métodos, dos programas, da própria posição dos problemas e, por assim dizer, da pedagogia tomada em seu conjunto como disciplina diretora. Ignorância dos resultados - Surpreendentemente que a primeira constatação a se impor depois de um intervalo de trinta anos é a ignorância em que nos encontramos no que se refere aos resultados das técnicas educativas. Em 1965 sabíamos tanto quanto em 1935 sobre o que permanecidos variados conhecimentos adquiridos nas escolas de primeiro e segundo graus após 5, 10 ou 20 anos de convívio com representantes de diferentes meios da população. A evolução da pedagogia - Ao abordar uma tarefa tão temerária como a de querer resumir – e mais ainda, tentar julgar – o desenvolvimento da educação e da instrução no decorrer dos últimos trinta anos, instala-se um verdadeiro terror diante da desproporção que, como em 1935, ainda hoje subsiste entre a extensão dos esforços realizados e a ausência de uma renovação fundamental dos métodos, dos programas, da própria posição dos problemas e, por assim dizer, da pedagogia tomada em seu conjunto como disciplina diretora. Ignorância dos resultados - Surpreendentemente que a primeira constatação a se impor depois de um intervalo de trinta anos é a ignorância em que nos encontramos no que se refere aos resultados das técnicas educativas. Em 1965 sabíamos tanto quanto em 1935 sobre o que permanecidos variados conhecimentos adquiridos nas escolas de primeiro e segundo graus após 5, 10 ou 20 anos de convívio com representantes de diferentes meios da população. Podemos considerar também que: “Por parte dos educadores, muitos deixaram de acreditar que a criança é tanto mais inteligente quanto mais cedo ela aprender a ler e a escrever.” (LORENZATO, 2017) Isto é também: “A vida afetiva e a vida cognitiva são, portanto, inseparáveis, embora distintas”. (FREITAS TEXEIRA, 2012) Decerto: “Na psicologia é de longa data a tendência de reduzir a aprendizagem e os hábitos a mecanismos passivos de associação”. (OSCAR DONGO-MONTOYA, 2009, p. 36) “Era um homem que tentou compreender e explicar o que é um desenvolvimento vivo, em sua perpetua construção de novidades e sua adaptação progressiva à realidade. Dizia ele que, quer se trate de crescimento orgânico ou de variações biológicas do desenvolvimento científico, tudo é sempre o mesmo mistério: O desenvolvimento construtivo”. (PIAGET, 2014). Segundo MUNARI (2010), as análises e teorias construtivas de Piaget, principalmente do estágio de desenvolvimento da inteligência e do conhecimento cientifico, foram analisadas de diversas opiniões que cada um teve ao ler suas obras. Selbach Borges (2016 pag. 244) é incisiva em falar que a aprendizagem vem com a capacidade individual de cada umvem do desenvolvimento e não pela repetição. “Piaget fala em inventividade e criatividade; esta última sendo a capacidade de criação de algo novo, do ponto de vista científico. Ao afirmar que “o que se pretende, para o futuro, é moldar indivíduos capazes de produzir ou de criar, e não apenas de repetir”, Piaget (2011, p. 27) deixou registrada sua preocupação com o desenvolvimento cognitivo de crianças e adolescentes, de modo que estes, cada um a seu tempo, sejam sujeitos criativos e inovadores” (SELBACH BORGES, Cruz Fagundes, 2016, pág. 244) Segundo MOTOYA, 2009: “Uma dificuldade adicional no estudo da aprendizagem é a oposição preestabelecida entre o inato e o adquirido, de tal maneira que o desenvolvimento seria o produto de fatores inatos e aprendizagem resultada de fatores de puro registro associativo e de experiência imediata”. (Montoya, 2009, pág. 20). Entretanto Lorenzo (2017) afirma: “É de responsabilidade do professor a criação e a manutenção de um ambiente na sala de aula, tanto físico como afetivo e social, que facilite alcance dos objetos pedagógicos.” (LORENZO, 2017). 3. MATERIAIS E MÉTODOS A pesquisa consiste na exploração das etapas de desenvolvimento de Jean Piaget, para isso foram feitas leituras de dois livros e um artigo, sendo eles: A formação do símbolo na criança, Jean Piaget (Alberto Munari) e o artigo “O conhecimento em Jean Piaget e a educação escolar”. Certamente, A formação do símbolo na criança é um dos livros base para quem interessa no desenvolvimento intelectual da criança. A forma como a criança constrói os símbolos, tema central deste livro representa apenas um dos aspectos abordados por Piaget, quando trata do desenvolvimento da inteligência. Alberto Munari, foi um grande colaborador para Piaget, por aproximadamente dez anos, teve seu doutorado em psicologia genética experimental, com as instruções de Piaget. Este livro Jean Piaget, foi publicado em 2006 pelo MEC, afim de ajudar professores e dirigentes da educação, ficando a disposição para mostrar o que pensaram e o que fizeram alguns dos principais educadores como Jean Piaget. E para finalizar o artigo analisa o estudo de Piaget, de como ele entende essa construção do conhecer e as consequências dessa convicção para a educação escolar, pois observa-se que tem uma aceitação e valorização no pensamento piagetiano na educação brasileira. 4. RESSULTADOS E DISCUSSÃO Defende-se sim que o conhecimento é resultado das objetivações humanas e, portanto, deve ser transmitido às novas gerações, pois o ser humano para se humanizar deve se apropriar do patrimônio cultural acumulado pelo gênero humano. As características do gênero humano não são transmitidas hereditariamente, elas são criadas e desenvolvidas no decorrer do processo histórico. Portanto, o indivíduo se forma na mediação com outros indivíduos e, o professor tem função decisiva na educação escolar, pois será o responsável por dirigir a formação do educando. O estudo compreende, que existem quatro fases do desenvolvimento da criança, segundo Piaget, são eles: sensório-motor, pré-operatório, operacional concreto e operacional formal. Cada fase é constituída pelas suas respectivas idades. Conforme a formação em etapas do estudo do desenvolvimento, presume que a natureza entendida e consultada se compõe de bases essenciais na formação do sujeito como um todo, isso já determinado como cidadão em suas competências na sociedade, onde uma fase bem desenvolvida ajudará nas demais. REFERÊNCIAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração.Rio de Janeiro,2002. FREITAS TEIXEIRA, Guilherme João de, Jean Piaget a Psicologia da inteligência. Google acadêmico, 2021. Disponível em:https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=-- MbBAAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT3&dq=jean+piaget&ots=tgAXHGThva&sig=YlUge7wwjC NnlrQ1gVKqfuoXq8c#v=onepage&q=jean%20piaget&f=false Acesso em: 07, setembro de 2021. https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=--MbBAAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT3&dq=jean+piaget&ots=tgAXHGThva&sig=YlUge7wwjCNnlrQ1gVKqfuoXq8c#v=onepage&q=jean%20piaget&f=false https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=--MbBAAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT3&dq=jean+piaget&ots=tgAXHGThva&sig=YlUge7wwjCNnlrQ1gVKqfuoXq8c#v=onepage&q=jean%20piaget&f=false https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=--MbBAAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT3&dq=jean+piaget&ots=tgAXHGThva&sig=YlUge7wwjCNnlrQ1gVKqfuoXq8c#v=onepage&q=jean%20piaget&f=false LORENZATO, Sergio. Educação infantil e percepção matemática. Google acadêmico,2017. Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt- BR&lr=&id=YMc2DwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT6&ots=Qo7ADGbNSe&sig=qOAGYNmA EXSQZS-55vnzqDBi5qg#v=onepage&q&f=false. Acesso em: 05, setembro de 2021. MUNARI, Alberto. Jean Piaget / Alberto Munari; tradução e organização: Daniele Saheb. – Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010 OSCAR DONGO-MONTOYA, Adrián, Teoria da aprendizagem na obra de Jean Piaget. Google acadêmico, 2009. Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt- BR&lr=&id=WuX2ejF9H5YC&oi=fnd&pg=PA11&dq=jean+piaget&ots=EsZHNb8Ijt&sig= csr2MDVhSeDpvq9AiyCOVqj3zUg#v=onepage&q=jean%20piaget&f=false Acesso em 06 setembro de 2021. PIAGET, Jean, A formação do símbolo na criança. Tradução de Álvaro Cabral e Chistiano Monteiro. 4º Ed, Rio de Janeiro: LTC, 2020. PIAGET, Jean, Relações entre a afetividade e a inteligência no desenvolvimento mental da criança. Google acadêmico, 2014. Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt- BR&lr=&id=dbT1DwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT3&dq=jean+piaget&ots=CYFXdtzT9Q&sig =fCLRXQ-_F_D_1OM8LvJZiVmndZY#v=onepage&q=jean%20piaget&f=false Acesso em 09, setembro de 2021. SELBACH BORGES, Karen, Cruz Fagundes, Lea da, A teoria de Jean Piaget como princípio para o desenvolvimento das inovações. Google acadêmico, 2016. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/848/84847029013.pdf Acesso em 08 setembro de 2021. CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica.São Paulo: Ed. Pearson, 2006. FERREIRA, Gonzaga. Redação científica: como entender e escrever com facilidade. São Paulo: Atlas, v. 5, 2011. MÜLLER, Antônio José (Org.).et al. 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