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Derrame pleural Docente: Larissa Houly de almeida melo Mestre em Enfermagem – UFAL Especialista em Saúde Coletiva e Ambiente – UFAL Especialista em Enfermagem Dermatológica – FIP questionamentos O que é derrame pleural? Quais os sinais e sintomas do derrame pleural? Derrame pleural Trata-se de uma coleção de líquido no espaço pleural e raramente constitui um processo patológico primário, sendo habitualmente secundário a outras doenças. O espaço pleural contém uma pequena quantidade de líquido, que varia de 5 a 15 ml, o qual atua como lubrificante, possibilitando o movimento das superfícies pleurais sem atrito Derrame pleural Acúmulo depende: * Aumento da pressão hidrostática nos capilares subpleurais *Decréscimo da pressão coloidosmótica alterações no ritmo de absorção (inflamação, neoplasia) *Aumento da pressão negativa intra-pleural (atelectasias) Derrame pleural O derrame pleural pode se dar por conta de uma complicação de tuberculose, insuficiência cardíaca, infecções pulmonares, síndrome nefrótica, embolia pulmonar e tumores neoplásicos. Sinais e sintomas As manifestações clínicas apresentadas no derrame pleural são dor torácica ventilatório-dependente, tosse, dispneia, sinais de choque; Ao exame físico, atentamos a diminuição da expansibilidade, a diminuição de frêmito toracovocal, a macicez à percussão, a diminuição ou abolição do murmúrio vesicular (MV), o atrito pleural, o desvio de traqueia. Alterações no exame físico diagnóstico Os achados diagnósticos podem ser por raio X de tórax, tomografia de tórax, ultrassonografia de tórax e toracocentese. Métodos diagnósticos Toracocentese; Biópsia pleural percutânea; Videotoracoscopia / pleuroscopia; Toracotomia toracocentese Denominamos toracocentese a punção do líquido pleural; O líquido pleural é analisado por meio de cultura bacteriana, coloração de gram, coloração para bacilos acidorresistentes, contagem de eritrócitos e leucócitos, exames de bioquímica (glicose, amilase, desidrogenase láctica) e análise citológica para células malignas e ph; pode-se também realizar a biópsia pleural como instrumento diagnóstico. toracocentese Cuidados de enfermagem na toracocentese ANTES DO PROCEDIMENTO: 1- Informar corretamente o paciente sobre o exame, explicando as vantagens do mesmo; 2- Deixar o paciente tranquilo e pedir sua colaboração para permanecer imóvel durante a punção; 3- Avaliar todos os sinais vitais e função respiratória; 4- Posicionar o paciente; 5- Manter o paciente em um local calmo; 6- Manter ambiente aquecido e não despir demais o paciente; 7- Reunir todo o material necessário para a punção, além de prontuário e exames; 8- Ajudar a colocá-lo na posição correta e expor a zona de punção. Cuidados de enfermagem na toracocentese DURANTE O PROCEDIMENTO: 9- Auxiliar o médico durante a anestesia, punção, na coleta de espécimes para análises e na adaptação do sistema de drenagem; 10- Manter paciente na posição correta; 11- Observar paciente constantemente, verificar pulso, respiração e as queixas apresentadas; 12- No caso de toracocentese evacuadora não deve ser extraídos mais de 1500 ml de líquido da pleura, num período de 30 min. Cuidados de enfermagem na toracocentese APÓS O PROCEDIMENTO: 13- Observar e registrar as características do conteúdo drenado; 14- Realizar curativo seco e oclusivo; 15- Posicionar o paciente no leito para o lado não afetado; 16- Observar se houve complicações; 17- Acondicionar e identificar as amostras coletadas e encaminhar ao laboratório; 18- Manter ambiente organizado; 19- Anotar o volume drenado e o aspecto da drenagem. Tipos de líquidos pleurais - Transudatos: filtrado de plasma que se desloca através das paredes capilares intactas, quando fatores que influenciam a formação e a reabsorção de líquido pleural estão alterados, habitualmente por desequilíbrio na pressão hidrostática ou oncótica; - Exsudatos: extravasamento de líquido nos tecidos ou em uma cavidade resultado habitualmente de inflamação por produtos bacterianos ou de tumores que acometem as superfícies pleurais. Odor do líquido Glicose no líquido epiema É uma coleção de líquido infectado, pus, na cavidade pleural com baixa contagem de leucócitos progredindo para fibrinolento, levando à formação de uma membrana exsudativa espessa; Os sinais e sintomas são febre, sudorese noturna, dor ao respirar, dispneia; no exame físico, atentamos a expansibilidade diminuída, a diminuição de frêmito toracovocal, a macicez à percussão, a diminuição ou abolição do MV. anorexia e perda de peso. EPIEMA Os métodos diagnósticos seriam os mesmos utilizados na identificação do derrame pleural. O tratamento deve ser conduzido pelo uso de antibioticoterapia, toracocentese, toracostomia com drenagem torácica ou drenagem torácica aberta por meio de toracotomia. Diagnóstico diferencial tratamento O tratamento é baseado na causa primária para evitar novo acúmulo de líquido, aliviar o desconforto respiratório e a dispneia. A toracocentese guiada por ultrassonografia pode ser utilizada para remoção do líquido em pequenas quantidades; para volume elevado é indicado drenagem de tórax; A pleurodese química por substância esclerosante (talcagem) é utilizada em derrame neoplásico para evitar que o líquido se acumule novamente, facilitando a obliteração do espaço pleural pela formação de aderências entre as pleuras visceral e parietal (sínfise pleural); Outro tratamento para derrame pleural pode ser a pleurectomia cirúrgica (retirada da pleura) REFERÊNCIAS Thomaz, Marcia Cristina Aparecida. Enfermagem na saúde do adulto / Marcia Cristina. Aparecida Thomaz. – Londrina : Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017. 208 p.
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