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TCC - Monografia-convertido

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Centro Universitário Leonardo da Vinci 
Curso Bacharelado em Serviço Social 
 
 
DAYANE PORTELA LOPES 
 
 3484/SES 
 
 
 
 
 
 
 
 A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO ENFRENTAMENTO DO ABUSO 
SEXUAL INTRAFAMILIAR, CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES. 
 
 
 
 
 
 
PARNAÍBA 
2021 
 
 
 
 
 
 
CIDADE 
 
 
 
 
 
DAYANE PORTELA LOPES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO ENFRENTAMENTO DO ABUSO 
SEXUAL INTRAFAMILIAR CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES. 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
disciplina de TCC – do Curso de Serviço Social – do 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – 
UNIASSELVI, como exigência parcial para a 
obtenção do título de Bacharel em Serviço Social. 
 
Nome do Tutor – Gessya Gleycia Barbosa Andrade. 
 
 
 
 
 
 
 
PARNAÍBA 
2021 
 
 
 
 
 
 A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO ENFRENTAMENTO DO ABUSO 
SEXUAL INTRAFAMILIAR, CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DAYANE PORTELA LOPES 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado do grau 
de Bacharel em Serviço Social, sendo-lhe atribuída à 
nota “______” (_____________________________), 
pela banca examinadora formada por: 
 
 
 
 
 
 ___________________________________________ 
Presidente: Prof. Gessya Gleycia Barbosa Andrade - Orientador Local 
 
 
 
 
 ____________________________________________ 
MEMBRO: Claudete Gonzalez Sampaio Coello Magalhães - Assistente Social 
 
 
 
 
 ____________________________________________ 
Membro: Cleane da Silva Carvalho - Assistente Social - Assistente Social 
 
 
 
 
PARNAÍBA 
2021 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Antes de concluir este Trabalho de Conclusão de Curso - TCC, ficava pensando 
na parte da dedicatória, quem ao longo dessa jornada me incentivou na construção 
e conclusão do mesmo, a pessoa mais importante da minha vida. Assim, na minha 
mente em meu coração, ao apresentar e entregar este trabalho, dedico com muito 
amor e de forma muito especial, in memoriam à minha mãe, Maria Helena Silva 
Sousa, meu pilar de sustentação em toda a minha trajetória de vida, meu exemplo a 
seguir, meu exemplo de força e perseverança, sem esse estímulo este percurso 
seria certamente mais árduo. Esta conquista é sua! 
 
E não há nada pra comparar. 
Para poder lhe explicar. 
Como é grande o meu amor por você. 
Nem mesmo o céu nem as estrelas. 
Nem mesmo o mar e o infinito. 
Nada é maior que o meu amor. 
Nem mais bonito. 
(Roberto Carlos - Como é grande o meu amor por você) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tudo em nós está em nosso conceito do mundo; modificar o nosso conceito 
do mundo é modificar o mundo para nós, isto é, é modificar o mundo, pois 
ele nunca será, para nós, senão o que é para nós. 
 
(Fernando Pessoa) 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
CREAS - Centro de Referência Especializado de Assistência Social 
SUAS - Sistema Único de Assistência Social 
ECA - Estatuto da Criança e do Adolescentes 
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso 
SGD - Sistema de Garantias de Direitos 
PSE - Proteção Social Especial 
PNAS - Política Nacional de Assistência Social 
CFESS - Conselho Federal de Serviço Social 
PI - Piauí 
MP - Ministério Público 
CT - Conselho Tutelar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
O presente estudo como parte importante de minha trajetória pessoal e 
Profissional, expressa gratidão primeiramente à Deus, que me propiciou atravessar 
este caminho com perseverança, me dando forças na hora do desespero e das 
angústias. Foi Ele, que segurou em minhas mãos nas horas mais difíceis e pôs 
serenidade em meu coração, pois: “Posso todas as coisas Naquele que me 
fortalece” (Filipenses, 4:13). Agradeço de forma especial, in memoriam minha Mãe 
Maria Helena Silva Sousa, tive a honra de ter ao meu lado, sempre me deu forças, 
me deu apoio irrestrito, em todos os momentos da minha vida. 
Agradeço, Samara, Amauri, Maysa, Abda, Ylana, Emily e Lucas, pela confiança 
com que sempre depositaram em mim e pelo incentivo, meu afilhado Juninho, que a 
espontaneidade de uma criança, alimenta uma energia especial, sonhos e 
expectativas . 
Para além dessas, agradeço a Professora, Márcia Félix, pelo apoio, por me 
acalmar nos momentos de angústia, todas as vezes que eu pensava em desistir, 
com sua resiliência, me impulsionava a prosseguir e me fez acreditar nesse sonho. 
Motivou-me significativamente na conclusão desse trabalho. 
Agradeço a Assistente Social, Cleane Carvalho, pela amizade pautada em 
momentos de superação. É uma honra contar com você, na apresentação do meu 
TCC. 
Agradeço as Professoras, Claudete Gonzalez Sampaio Coello Magalhães e 
Gessya Gleycia Barbosa Andrade, por me proporcionar ricas contribuições teóricas, 
éticas e políticas, sobretudo, na finalização desta pesquisa. 
Agradeço aos Profissionais do Centro de Referência Especializado de 
Assistência Social - CREAS, do Município de Parnaíba/PI, que me acolheram, em 
especial a Coordenadora, Mary Lannes, e minha Supervisora de Campo, Camila 
Lima de Almeida, pelo compromisso em me supervisionar na disciplina Estágio 
Supervisionado em Serviço Social III, proporcionando-me ricas reflexões críticas, 
sobre a prática Profissional do Serviço Social. Este processo de busca pelo 
conhecimento e aprimoramento, não se constrói de forma individual, mas conta com 
a participação de pessoas importantes, que contribuíram neste percurso. 
 
 
 
 
É preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir, é preciso chuva para florir. 
Todo mundo ama um dia, todo mundo chora. 
Um dia a gente chega e o outro vai embora. 
Cada um de nós compõe a sua história, cada ser em si carrega o dom de ser capaz e ser feliz. 
(Almir Sater e Renato Teixeira - Tocando em frente). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
O Trabalho de Conclusão de Curso - TCC apresenta um estudo sobre a atuação 
Profissional, do Assistente Social, no Centro Especializado de Assistência Social - 
CREAS, no enfrentamento do Abuso Sexual Intrafamiliar contra crianças e 
adolescentes, no Município de Parnaíba/PI. Portanto, o objetivo desse trabalho, é 
refletir criticamente acerca da atuação do Assistente Social, no enfrentamento do 
abuso sexual intrafamiliar, contra a crianças e adolescentes. Possibilitar a discussão 
sobre a rede de proteção, que compõe o CREAS, no enfrentamento do abuso sexual; 
analisar as expressões da questão social, que contribuem para a vitimização de 
crianças e adolescentes, em situação de abuso sexual intrafamiliar; identificando as 
estratégias de enfrentamento em rede; analisando as potencialidades e limitações 
de forma crítica, a fim de dar contribuições sólidas acerca do enfrentamento do 
Abuso Sexual, contra crianças e adolescentes. Considerando os antagonismos, que 
compõem a atuação nesse setor. A metodologia utilizada para a pesquisa, foi de 
caráter qualitativo por meio de levantamento bibliográfico; pesquisas realizadas e 
manuais disponibilizados Centro de Referência Especializado de Assistência Social - 
CREAS do Município de Parnaíba/PI, a partir de entrevistas semiestruturadas, 
realizadas com Assistentes Sociais do respectivo Município. A Lei Orgânica de 
Assistência Social - LOAS e o Sistema Único de Assistência Social - SUAS, 
possibilitaram a incorporação da Assistência Social neste sistema, sendo o CREAS 
como equipamento de referência. Assim, a proposta é voltar o olhar para a prática 
profissional, do Assistente Social inserido na Assistência Social, frente à demanda 
específica de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual intrafamiliar. 
 
PALAVRAS-CHAVE: AbusoSexual. Crianças e Adolescentes. CREAS. Assistente 
Social. 
 
 
RESUME 
The Course Conclusion Paper - TCC presents a study on the Professional 
performance of the Social Worker at the Specialized Center for Social Assistance - 
CREAS, in the fight against Intra-family Sexual Abuse against children and 
adolescents, in the city of Parnaíba/PI. Therefore, the objective of this work is to 
critically reflect on the role of the Social Worker in confronting intrafamily sexual 
abuse against children and adolescents. Enable the discussion on the Protection 
Networks, which make up the CREAS, in the fight against sexual abuse; analyze the 
expressions of the social issue, which contribute to the victimization of children and 
adolescents, victims of intra-family sexual abuse. Identifying coping strategies in 
networks; critically analyze the potentials and limitations in order to provide solid 
contributions to the fight against Sexual Abuse against children and adolescents. 
Considering the antagonisms that make up the performance in this sector. The 
methodology used for the research was qualitative through a bibliographic survey; 
surveys carried out and manuals made available Specialized Reference Center for 
Social Assistance - CREAS in the Municipality of Parnaíba/PI, based on semi-
structured interviews carried out with Social Workers of the respective Municipality. 
The Organic Law of Social Assistance - LOAS and the Unified Social Assistance 
System - SUAS, enabled the incorporation of Social Assistance in this system, with 
CREAS as a reference equipment. Thus, the proposal is to look back to the 
professional practice of the Social Worker inserted in Social Assistance, facing the 
specific demand of children and adolescents victims of intrafamily sexual abuse. 
 
KEYWORDS: Sexual Abuse. Children and Adolescents. CREAS. Social Worker. 
 
 
 
 
 
 
LISTAS DE APÊNDICE 
 
 
 Figura 1 Questionário aplicado na pesquisa, 
2021....................................................... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ANEXO 
 
Figura 01 .............................................Representativo da ficha de Identificação, 2021 
Figura 02.............................................Fluxograma da ficha de Visita Domiciliar, 2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................12 
 
2 APRESENTAÇÃO DO TEMA ................................................................................14 
 
3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL 
.....................................................................................................................16 
 
4 JUSTIFICATIVA .....................................................................................................18 
 
CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA NO CAMPO DE ESTÁGIO.................................18 
 
5 OBJETIVOS DA PESQUISA...................................................................................18 
 
 OBJETIVOS..............................................................................................................18 
 
5.1 Objeivo Geral 
5.2 objetivos específicos 
 
6 METODOLOGIA DE PESQUISA............................................................................24 
 
7 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA.................................................................24 
 
7.1. APRESENTAÇÃO DOS DADOS........................................................................25 
7.2. ANÁLISE DOS DADOS.......................................................................................31 
7.3. RESULTADOS....................................................................................................32 
7.4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.....................................................................32 
8 CONCLUSÃO.........................................................................................................37 
REFERÊNCIA............................................................................................................39 
APÊNDICES............................................................................................................... 
ANEXOS.................................................................................................................... 
 
 
 
 
 
 
 
 14 
14 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
O presente estudo está circunscrito no campo da intervenção profissional do 
Assistente Social, com enfoque para atuação desse profissional junto às 
manifestações do abuso sexual intrafamiliar contra crianças e adolescentes, no 
Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS, do Município de 
Parnaíba/PI. 
Nesse sentindo, através da aproximação com o Município supracitado, 
desenvolveu-se o estudo no qual constituíram-se como sujeitos da pesquisa, 
Assistentes Sociais, que atuam neste espaço sócio-ocupacional realizando 
intervenções em diferentes expressões da questão social. 
Diante disso, o trabalho apresentado procurou conhecer a intervenção do 
Assistente Social, no enfrentamento do abuso sexual, a partir da incidência desse 
fenômeno junto à população infanto-juvenil e suas famílias. 
Nessa perspectiva, o interesse acerca da intervenção profissional em situações 
de violência, partiu da constatação da complexidade do fenômeno, que tal demanda 
representa para o Serviço Social no campo das Políticas Públicas, em um contexto 
adverso à efetivação dos Direitos Fundamentais. 
Conforme Iamamoto, 2001 pg.20 ao analisar os desafios da atuação do 
Assistente Social, menciona: 
 
“(...) um dos maiores desafios que o Assistente Social vive no presente é 
desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de 
trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de 
demandas emergentes no cotidiano. Ser um profissional propositivo e não só 
executivo”. (2001pg.20) 
 
Evidência-se, a importância da consolidação do Projeto Ético Político, através da 
prática, identificando os limites e alternativas acerca das atividades, possibilitando 
caminhos diferentes da rotina mecanizada das bases estruturantes já existentes. 
De acordo com o Estatuto da Criança e do adolescente - ECA de 1990 dispõe: 
 
 15 
15 
 
Art. 227: É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do 
poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos 
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, 
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à 
convivência familiar e comunitária. 
 
Diante disso, o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, é uma das legislações 
mais avançadas no nível Mundial em termos de proteção dos direitos da criança e do 
adolescente. Dentro do cenário de efetivações e garantias de direitos a criança e 
adolescentes, passa a ser prioridade para seu desenvolvimento. Garantindo assim de 
maneira integral com absoluta prioridade a proteção das crianças e adolescentes. 
Porém, a realidade de algumas crianças e adolescentes, não tem esse direito não é 
efetivado em seu seio familiar. 
A metodologia da pesquisa, constitui-se na análise qualitativa com revisão 
bibliográfica sobre o tema, e pesquisa de campo constituída de entrevista semi 
estruturada, com Assistentes Sociais do CREAS. Possibilitando a discussão sobre a 
rede de Proteção que compõe o Sistema de Proteção, no enfrentamento do abuso 
sexual; analisando as expressões da questão social, que contribuem para a 
vitimização de crianças e adolescentes, vítimas de abuso sexual intrafamiliar. 
Identificando as estratégias de enfrentamento em redes; dessa forma, buscou-se, 
analisar as potencialidades e limitações de forma crítica, a fimde dar contribuições 
sólidas acerca do enfrentamento do Abuso Sexual contra crianças e adolescentes. 
Considerando os antagonismos, que compõem a atuação nesse setor. 
Diante das atribuições do Assistente Social, nesse campo de atuação, está o 
atendimento e encaminhamento das vítimas de violência sexual para Instituições, 
Programas e Projetos, que prestam serviços para esse público. As demandas 
trazidas ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS, são 
encaminhadas pelo Poder Judiciário, Conselho Tutelar - CT, Secretaria de Saúde, 
Ministério Público - MP, Disque 100 ou denúncia espontânea. 
A pesquisa apresentada, tem como objetivo geral, refletir criticamente acerca da 
atuação do Assistente Social, no enfrentamento do abuso sexual intrafamiliar contra 
a crianças e adolescentes; possibilitando uma discussão sobre a rede de Proteção 
que compõe o Sistema de Proteção, no enfrentamento do abuso sexual; Analisando 
as expressões da questão social, que contribuem para a vitimização de crianças e 
adolescentes, em situação de abuso sexual intrafamiliar. Identificando as estratégias 
de enfrentamento em rede; Analisando as potencialidades e limitações de forma 
 
 16 
16 
crítica, a fim de dar contribuições sólidas acerca do enfrentamento do Abuso Sexual 
contra crianças e adolescentes. Considerando os antagonismos, que compõem a 
atuação nesse setor. Os objetivos específicos, categorizar acerca da intervenção do 
Assistente Social, para o enfrentamento da violência, identificando limites e 
possibilidades da ação profissional; categorizar a importância da atuação do Sistema 
de Garantia de Direitos, da Rede de Proteção no enfrentamento do abuso sexual 
contra crianças e adolescentes. 
Com o intuito de contribuir com a discussão, que condicionados a condições 
subjetivas e objetivas, corroboram para a construção de uma dada particularidade 
da atuação do Assistente Social, no campo sócio ocupacional, a que influem sobre 
os avanços e retrocessos da prática Profissional no enfrentamento do abuso sexual. 
 
2. APRESENTAÇÃO DO TEMA 
 
Diante da gama de possibilidades de discussão a respeito do abuso sexual 
intrafamiliar contra crianças e adolescentes, foi realizado um recorte de cunho 
metodológico, no qual optou-se pela aproximação da categoria do Assistente Social, 
a partir do campo da criança e adolescente, tendo em vista a particularidade da 
pesquisa apresentada. 
Portanto, é necessário compreender a dinâmica do cotidiano dos profissionais 
que trabalham no CREAS, do Município de Parnaíba/PI, e como se articula a relação 
com a rede de proteção; rede que constitui o Sistema de Garantia de Direitos dos 
Direitos, e no conhecimento sobre o ECA e suas funções como defensores, 
fiscalizadores e promotores dos Direitos da criança e adolescente. 
Nessa perspectiva, a Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do 
Adolescente - ECA e a Lei Orgânica de Assistência Social - LOAS, constituem o 
Sistema legal, sobre o qual pauta o Sistema Único de Assistência Social - SUAS, no 
atendimento a crianças e adolescentes em situações de direitos violados. 
Nessa perspectiva, esse serviço que faz parte de um conjunto de ações, 
circunscritas no espaço da Política Nacional de Assistência Social - PNAS. 
Problematizando os enfrentamento do abuso sexual intrafamilar contra crianças e 
adolescentes, a atuação dessa especialização no enfrentamento de expressões da 
 
 17 
17 
violência, apresentadas como demanda no Serviço de Enfrentamento da Violência 
Contra Criança e Adolescente. 
Conforme preconiza o Artigo 2°do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, 
considera-se criança, com idade entre 0 e 12 anos incompletos e adolescente com 
12 anos até 18 anos completos. 
Entende-se, que o processo de intervenção nesse campo, pressupõe 
reconhecer a complexidade da demanda, numa perspectiva de totalidade e os 
desafios sobre o qual as ações profissionais se desenvolvem. 
Portanto, a construção das respostas profissionais do Assistente Social, frente 
às expressões da violência, é determinada pela qual estes profissionais apreendem 
a realidade, orientada por meio de uma teoria social, pelas finalidades projetadas, 
pela escolha e habilidades na utilização de técnicas e instrumentos de trabalho, e a 
permanente reflexão; não apenas dos resultados e a intervenção profissional, mas 
sobretudo de seu processo de trabalho. 
Contudo, algumas violências praticadas contra o público infanto-juvenil, ocorre 
no ambiente familiar, local de proteção e acolhimento, porém, mostra espaço 
privilegiado para a ocorrência de violências. 
Trata-se, de um problema social encontrado em diferentes culturas e que 
ultrapassa as barreiras socioeconômicas. Nesse sentindo, um dos fatores que 
dificulta o enfrentamento diante de qualquer violência, se dá no fato de existir vínculo 
familiar, entre a vítima e abusado. Portanto, o abusador sexual, não tem um perfil 
homogêneo ou tipo específico, mas um aspecto recorrente é a proximidade com a 
criança ou adolescente na convivência cotidiana. 
Percebe-se, que os casos de violência ocorridas no seio familiar normalmente 
são acompanhados no silêncio, por se tratarem de parentesco, o que é um dos 
fatores mais preponderantes nos baixos índices de denúncias formatizados ao 
Poder Público. 
Diante desse contexto, o espaço de atuação do Assistente Social, 
proporcionado pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social - 
CREAS, é amplo e denso no que tange as variadas possibilidades de atuação com a 
Rede de Proteção, composta pela pelas Políticas Públicas. 
 
 
Cotidianamente os Assistentes Sociais são desafiados a intervir em questões 
complexas e contraditórias. Tais questões que se apresentam no campo da 
 
 18 
18 
imediaticidade, são mediadas por determinações que exigem do profissional 
o seu deciframento. Dentre tais questões, múltiplas expressões da violência 
(manifestadas de diferentes formas e níveis de complexidade), se 
apresentam aos assistentes sociais, em seus diversos espaços sócio 
ocupacionais. (NUNES, 2011, p.52) 
 
 
Conforme a autora, no cotidiano profissional aparecem situações emergenciais 
para os profissionais, situações estas que irão exigir uma intervenção imediata, 
como os casos de violência. 
Diante desse contexto, evidencia-se a responsabilidade do profissional por 
garantir os Direitos. Faz-se necessário, ainda que maneira aparente evidenciar, que 
a dinâmica do grupo familiar, encontra-se como uma das possibilidades de 
instrumento técnico operativo do Serviço Social. 
Nessa perspectiva, mesmo diante das mudanças na garantia por Direitos 
Humanos, das diferentes formas e estratégias de enfrentamento das expressões da 
questão social, e em especial da criança e do adolescente, é necessário continuar 
lutando por avanços, culturais, políticos e judiciário, para que seja efetivados os 
direitos prol da população infantoJuvenil. 
Assim, o Profissional de Serviço Social, precisa ter todo um aparato teórico-
metodológico, técnico-operativo e ético-político, para enfrentar os desafios que 
surgem no cotidiano. Portanto, é necessário que o Assistente Social reflita sobre a 
atuação e sobre seu espaço de trabalho, tendo como base o projeto ético-político 
profissional, para poder buscar alternativas e possibilidades, que sejam capazes de 
exercer a profissão e materializar os Direitos Sociais. 
 
3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL. 
 
Um dos temas relevantes da atualidade, é o abuso sexual contra crianças e 
adolescentes, e manifesta-se sob diferentes formas e dimensões, esse trabalho 
discute a atuação do Assistente Social nessa demanda com o apoio do Sistema de 
Garantia de Direito e o trabalho em rede, para o enfrentamento dessa Questão 
Social. 
Diante das responsabilidades da família, sociedade e Estado no sentido de 
assegurar à população infantojuvenil seus direitosfundamentais, desafios são 
desenhados no campo das Políticas Sociais na perspectiva de conferir proteção à 
criança e ao adolescente. 
 
 19 
19 
 
A violência contra crianças e adolescentes em toda a sua complexidade e 
seus nexos causais leva necessariamente à construção de intervenções que 
superam o isolamento de políticas setoriais e inclui outras perspectivas e 
saberes que conformam e formatam várias áreas de políticas públicas. 
(LOPES, 2008, p.36) 
 
Quando uma demanda é identificada e cujo atendimento a essa criança, ou 
adolescente, ultrapassa as competências dos profissionais, e quando estes verificam 
que essa demanda precisa de apoio da rede sócio assistencial para ser resolvida em 
sua totalidade, as mesmas são encaminhadas para outros serviços para que esses 
usuários tenham acesso aos seus direitos. 
Considera-se, que o Assistente Social ocupa espaço privilegiado no campo das 
Políticas Sociais, esse profissional é desafiado a oferecer respostas qualificadas 
diante de distintas expressões da Questão Social, que atinge a população infanto-
juvenil e diferentes manifestações da violência. 
 Evidencia-se, que no espaço da Política Social o Assistente Social desenvolve 
o processo de trabalho, e em circunstâncias o objeto imediato de sua ação 
profissional apresenta-se por meio de situações de violações de Direitos. Tanto o 
objeto quanto o próprio processo de trabalho do Assistente Social, é atravessado por 
múltiplas determinações, sendo no espaço dinâmico da Política Social que 
sistematiza dados da realidade, constrói e reconstrói o objeto de intervenção, define 
os objetivos profissionais e seus instrumentos de trabalho. 
Nessa perspectiva, este processo de trabalho envolve dimensões teórico-
metodológicas, ético-políticas e técnico-operativas, a partir das quais são 
construídas as respostas profissionais frente às requisições, que são demandadas a 
este Profissional. 
A questão social entendida como base de fundação sócio histórica do Serviço 
Social, assume um caráter também contraditório, o que permite reconhecer as 
dimensões contraditórias das demandas postas à profissão, uma vez que a questão 
social é afetada por forças decorrentes tanto do movimento do capital quanto dos 
direitos, valores e princípios que fazem parte do ideário dos trabalhadores 
(Iamamoto, 2008). 
Conforme a autora, o Serviço Social é inserido nesse processo como mediador, 
obtendo legitimidade no conjunto de mecanismos reguladores, no âmbito das 
 
 20 
20 
Políticas Socioassistenciais, desenvolvendo atividades e objetivos, que lhe são 
atribuídos socialmente. 
Nessa perspectiva, o/a Assistência Social, com base na Constituição Federal e 
Lei Orgânica da Assistência Social- LOAS, tem como uma de suas diretrizes a 
centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços, 
programas e projetos. Nesse sentido, um dos objetivos desta Política é assegurar 
que as ações no âmbito da Assistência Social mantenham a centralidade na família, 
e que garantam a convivência familiar e comunitária dos indivíduos. 
 
 
 
 
 
 
 
Novas configurações, arranjos ou diferentes formas de organização familiar 
ganharam visibilidade, especialmente nas grandes metrópoles, e hoje, sem 
dúvida, é cada vez maior a aceitação de famílias que apresentam outras 
composições, como as monoparentais, formadas por parceiros 
homossexuais, ou, até, as que se mantêm como família mesmo sem haver 
coabitação com o parceiro amoroso. Os arranjos familiares hoje se 
constituem em uma resposta às novas demandas colocadas pela 
modernidade, mas a forma como a família as assume no plano do real ainda 
é entendida como a divergente, e não a possível (TOLEDO, 2008, p. 30). 
 
 Ao considerar-se, a violência sexual contra crianças e adolescentes, mais 
especificamente o abuso sexual intrafamiliar, enquanto fenômeno relacionado às 
diversas expressões da questão social, que interferem no cotidiano da família 
desses sujeitos de direitos. Evidencia-se, que dentre as mais variadas interferências, 
diz respeito às diversas mudanças que vêm ocorrendo com este grupo social, 
tornando essas famílias, vulneráveis no cumprimento de suas funções. 
 Além disso, e considerando vários profissionais de diferentes áreas do 
conhecimento, que atuam no âmbito familiar, de forma direta ou indireta e que 
necessitam fazer uma leitura mais atenta e crítica a respeito das mudanças e 
transformações que irão acontecendo nos novos arranjos familiares, para que 
propostas de intervenção possam também ser condizentes com as diferentes 
realidades familiares, torna-se necessário a compreensão de que a “família tem um 
significado único para cada um, a partir disso que, como profissionais, nos 
posicionamos diante da família objeto de estudo, reflexão e atuação Profissional” 
(SOUZA, 1997, p. 20). 
 
 21 
21 
Evidencia-se, a preocupação não apenas quanto à situação de violação de 
direitos do segmento infanto-juvenil, mas sobretudo, do grupo familiar ao qual 
pertence a criança e o adolescente. 
Por este serviço estar circunscrito no âmbito da Política de Assistência Social - 
PAS, nota-se outras refrações da questão social, se colocam como demanda do 
trabalho do Assistente Social, uma vez que uma parcela significativa dos usuários do 
serviço, vivenciam situações concretas de dificuldades ao acesso a condições 
materiais de existência. 
Nessa perspectiva, permite apontar que o rol de violação de direitos, que se 
apresenta neste campo de atuação, não se limita ao plano das relações 
interpessoais, mas compõe um mosaico de condicionantes que constituem quadros 
de diluição de direitos de diferentes naturezas. De tal modo, uma concepção linear 
acerca da violência que afeta os destinatários deste serviço não dá conta de 
apreender a complexidade, que envolve as questões que atravessam as demandas 
que se põem neste campo de atuação Profissional. 
 
 
3.1 FLUXO DE ATENDIMENTO 
 
O motivo mais provável para uma criança ou adolescente entrar em contato com 
o Sistema Judiciário, se dá quando ocorre uma denúncia de abuso sexual da qual os 
mesmos são as próprias vítimas. Assim, irão percorrer um longo itinerário, visto que 
diferentes profissionais se intercalarão na escuta. 
Nesse percurso, cita-se alguns profissionais, Juízes, Promotores, Assistentes 
Sociais, Psicólogos, Delegados, Policiais e Conselheiros Tutelares. 
 No Brasil as campanhas destinadas a chamar atenção para a importância da 
denúncia de casos de violência sexual infanto-juvenil, vem aumentando. Em 05 de 
Janeiro de 2000, o Governo promulgou a Lei Nº 10.498, que dispõe sobre a 
obrigatoriedade da notificação para os estabelecimentos de saúde, educação e 
segurança pública, dos casos em que haja suspeita ou confirmação de maus tratos 
contra crianças e adolescentes. Portanto, em 25 outubro de 2001 foi publicado pelo 
Ministério da Saúde no Diário Oficial da União, a Portaria 1968, estabelecendo a 
 
 22 
22 
obrigatoriedade da notificação compulsória para os profissionais dos 
estabelecimentos do Sistema Único de Saúde - SUS (Brasil, 2001). 
Nesse sentido, todas as ações a favor da criança e adolescente nas esferas de 
Governo, são instrumentos fundamentais para o processo de conhecimento e 
visibilidade do enfrentamento do abuso sexual nos Municípios e nos Estados da 
Federação. Portanto, além de colaborar com os trabalhos de pesquisa, 
proporcionam melhoria na qualidade dos programas de intervenção. 
Contudo, faz-se necessário descrever a trajetória percorrida pelas crianças e 
adolescentes, na revelação do abuso sexual a quem foram submetidos, para 
compreender a discussão e o desconforto, instaurando entre muitos profissionais. 
Diante do problema social alarmante, que é o padrão hegemônico de respostas da 
sociedade e dos dispositivos, de Segurança Pública e de Justiça. 
De acordo com Ajurianguerra e Marcelli 1998, destaca que a avaliação da 
criançaou adolescente submetida à violência depende de quão rápido seja a 
intervenção dos Serviços. Isto significa que, para o desempenho adequado no 
entendimento a essa vítima deve ser considerada a execelência do trabalho 
desenvolvidos pelos Órgãos de Proteção. 
 
 
3.2 A ATUAÇÃO DO SISTEMA DE GARANTIA DE DIREITOS DA REDE DE 
PROTEÇÃO SOCIAL, NO ENFRENTAMENTO AO ABUSO SEXUAL COM 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES. 
 
O Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças 
e Adolescentes 15 de Maio, foi criado devido ao caso “ARACELI”. Esse fato brutal 
ocorreu na cidade de Vitória no Espírito Santo, no ano de 1973. Araceli Cabrera 
Crespo tinha oito anos de idade, quando aconteceu o crime. 
A criança foi raptada da escola, drogada, estuprada, morta e carbonizada, com o 
corpo completamente desfigurado com ácido. O corpo foi encontro seis dias após 
em um terreno baldio. O massacre chocou, que a data passou a representar o dia de 
mobilização ao enfrentamento do abuso da exploração sexual contra crianças e 
adolescentes. 
 
 23 
23 
Para atuar na proteção de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, é 
imprescindível conhecer as diferentes formas de expressão dessa violação, as 
características e consequências, como os contextos de ocorrência. Em relação às 
denúncias, existe um fluxograma de enfrentamento da violência e exploração sexual 
de crianças e adolescentes. 
A articulação entre os órgãos e entidades do Sistema de Garantia de Direitos, 
pontua os papéis desempenhados, na busca da efetivação dos direitos da criança e 
do adolescente. Assim, a reflexão será em torno do importante papel do Assistente 
Social no enfrentamento ao abuso sexual intrafamiliar com crianças e adolescentes 
e a atuação junto a Rede de Proteção. 
É indispensável ressaltar, que os casos comprovados de violência sexual 
infantojuvenil e as denúncias realizadas pela Rede de Proteção: Conselho Tutelar, 
CREAS, Delegacia, Ministério Público e demais órgãos, que compõem a sociedade 
civil precisam ser notificados e registrados. Registrar estes casos auxilia na emissão 
de informações aos Conselhos Tutelares e às Varas da Infância e da Juventude, 
acerca de maus-tratos realizados contra crianças e adolescentes. Essas emissões 
são de suma importância para inibir o referido tipo de violência, porque propicia 
meios para compreender os casos que emergem e ter um controle de como está se 
expressando socialmente. (ANDI, 2003 apud HAYECK, 2009). 
Ressalta-se, a importância do Assistente Social, em articulação com a rede de 
proteção social no enfrentamento a violência sexual contra crianças e adolescentes, 
porque viabiliza com maior atenção a assistência às crianças e adolescentes, que 
tem seus direitos violados, por uma ação coletiva com a participação inclusiva de 
todas as esferas sociais. Cada instituição dispõe de estratégias discursivas para 
trabalhar sobre assuntos de seu domínio. 
Diante disso, para a efetivação da proteção integral das crianças e 
adolescentes, com foco na defesa, promoção e controle, faz-se necessário uma 
articulação entre os órgãos e entidades do Sistema de Garantia de Direitos - SGD: 
Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente - CDMDCA, 
Conselhos Estaduais dos Direitos da Criança e do Adolescente - CEDCA, Conselhos 
Tutelares, Ministério Público, Centro de Referência Especializado de Assistência 
Social - CREAS, Centro de Referência da Assistência Social - CRAS, Delegacia da 
Infância e Vara da Infância e da Juventude. 
 
 24 
24 
Diante dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, a função 
designada ao Conselho Tutelar é de monitorar, coordenar e direcionar as ações 
realizadas pela rede de proteção. 
Com base nos estudos e pesquisas, afirmar-se que o Conselho Tutelar é a porta 
de entrada das denúncias: casos de violências físicas, psicológicas ou sexuais, 
abandono, trabalho infantil, exploração sexual, que ferem os direitos das crianças e 
dos adolescentes, que podem ser feitas por telefone, podendo ser anônimas, via 
ofício tratando-se de escolas e outras entidades, assim expresso no Art. 13 do ECA : 
 
Os Casos de suspeita ou confirmação de castigos físicos, de tratamento 
cruel ou degradante ou de maus-tratos contra criança ou adolescentes serão 
obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, 
sem prejuízo de outras providencias legais. (BRASIL, 2019) 
 
Diante desse contexto, o Conselho Tutelar, atua na prevenção, fiscalização e 
mobilização, assegurando a proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes. 
O Conselho Tutelar, deve receber a notificação de um possível crime, notificar de 
imediato ao Ministério Público, para que este tome as medidas cabíveis. 
Portanto, não é tarefa do Conselho Tutelar a realização de investigação policial. 
Sua tarefa é auxiliar no encaminhamento aos serviços municipais que podem 
intervir. 
Quanto ao Ministério Público, importante órgão do Sistema de Garantia de 
Direitos - SGD, cabe fiscalizar a gestão dos Conselhos Tutelares e o cumprimento 
do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA. Quando se refere às atribuições, 
conforme o Artigo 201 do Estatuto da Criança e do Adolescente, aponta: 
 
a) expedir notificação pra colher depoimento ou esclarecimentos e, em caso 
de não comparecimento injustificado, requisitar condução coercitiva, 
inclusive pela polícia civil ou militar; 
b) requisitar informações, exames, perícias e documentos de autoridades 
municipais, estatais e federais, da administração direta ou indireta, bem 
como promover inspeções e diligências investigatórias ; 
c) requisitar informações e documentos a particulares e instituições privadas. 
 
Portanto, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS, 
como Instituição de referência quando o assunto é a Proteção de crianças e 
adolescentes vítimas de violência, visto que as ações são de extrema importância 
em relação a concretização dos Direitos assegurados na Constituição Federal de 
1988 e no Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA. 
 
 25 
25 
Desse modo, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social - 
CREAS é caracterizado por ser uma unidade pública estatal, com o objetivo de 
prestar serviços especializados e continuados a indivíduos e famílias, que tiveram os 
direitos violados, por meio de acompanhamento individualizado e especializado. 
Inserido na Proteção Social Especial - PSE de Média Complexidade, a 
Instituição executa serviços de média complexidade, devendo realizar a referência e 
contra referência com a Rede de Serviços Socioassistenciais, tanto na Proteção 
Social Básica - PSB quanto na Proteção Social Especial - PSE, articulando com as 
demais Políticas Públicas e Instituições, que compõem o Sistema de Garantia de 
Direitos. 
É necessário enfatizar, que o Centro de Referência Especializado Assistência 
Social - CREAS, ao identificar uma demanda que ultrapassa a sua competência, é 
necessário uma articulação com a rede para o atendimento ser realizado de forma 
ampla e eficaz, por meio do acesso a programas e benefícios da rede 
Socioassistencial e demais Políticas Públicas e Órgãos de defesa de Direitos. 
Percebe-se, que o Centro de Referência Especializado de Assistência Social - 
CREAS, enquanto equipamento da Política de Assistência Social, que atua 
diretamente nos casos de violação de direitos contra a criança e ao adolescente, 
dentro de suas competências, e em consonância com a Política Nacional de 
Assistência Social - PNAS e o Sistema Único de Assistência Social - SUAS, 
desenvolve um trabalho de fortalecer os vínculos e garantir os Direitos dos usuários, 
por meio dentre outros aspectos, dos instrumentos de trabalho que são utilizados 
pelos profissionais para a viabilização desses Direitos. 
Enquanto expressão da questão social, as diversas manifestações da violência 
têm exigido ações que vislumbremnão apenas a intervenção nos casos 
denunciados, mas, principalmente, ações que afirmem a prevenção da problemática 
em suas dimensões primária, secundária e terciária. 
 
3.3 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: UM INSTRUMENTO NA 
CONSTRUÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. 
 
 
 
 26 
26 
Como reflexo de uma nova Constituição, que valoriza profundamente a infância 
e a juventude, o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA entra em vigor como o 
maior ordenamento protetivo da história legislativa. 
O trabalho contempla uma atuação profissional baseada no interesse dos 
sujeitos de direitos, sendo indispensável aos profissionais orientar suas intervenções 
no preceito da Proteção Integral e nas diretrizes do Estatuto da Criança e 
Adolescente - ECA. O ECA instaura novas referências políticas, jurídicas e sociais 
na área da infância e da adolescência, traduz os direitos em forma de diretrizes 
detalhadas e embasa as políticas públicas nesta área (PEREZ; PASSONE, 2010; 
FALEIROS, 2011). 
Desse modo, o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, trata-se sobre a 
Doutrina da Proteção Integral, em seus primeiros Artigos reafirma a 
responsabilidade da família, comunidade, sociedade e do poder público em 
assegurar, com prioridade absoluta a efetivação e garantia dos direitos às crianças e 
aos adolescentes. 
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA Lei nº. 8.069, 13 
de Julho de 1990, surgiu para romper um histórico na esfera jurídica e social 
representada até então pelo Código de Menores. Assim, para que se consolidasse, 
foi necessário um significativo empenho de classes e instituições inconformadas e 
enternecidas com a causa. 
Para Guimarães 2014, p. 21, o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA tem 
como base: 
 
 
 
[...] a proteção integral à criança e ao adolescente, sem discriminação de 
qualquer tipo. As crianças e os adolescentes são vistos como sujeitos de 
direitos e pessoas com condições peculiares de desenvolvimento. Esse é um 
dos polos para o atendimento destes indivíduos na sociedade. O ECA é um 
mecanismo de direito e proteção da infância e da adolescência, o qual prevê 
sanções e medidas de coerção àqueles que descumprirem a legislação. 
 
Portanto, o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, atua como o 
instrumento central de Proteção aos direitos da criança e adolescente, frente ao que 
recepciona os princípios Constitucionais da dignidade da pessoa humana e 
prioridade absoluta. 
Assegurar o Sistema de Garantias de Direitos, pressupõe enfrentar as mais 
diversas expressões da violência, que atinge este segmento geracional e famílias. A 
 
 27 
27 
Constituição Federal de 1988, por meio do Artigo 227, regulamentado com 
promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA demarca: 
É dever da família, da sociedade, e do Estado assegurar à criança e ao 
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à 
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária, 
além de colocá-los a salvo de toda a forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão. 
 
Nesse sentindo, a peculiaridade do Serviço de Enfrentamento da Violência à 
Criança e Adolescente, exige esforços profissionais e Institucionais na proteção em 
situação de direitos violados, sobretudo, significativo empenho na potencialização 
das famílias de modo a garantir a convivência familiar e comunitária, conforme 
legalmente consagrado. 
Diante disso, é evidente a complexidade que envolve as respostas profissionais. 
E a partir dos desafios colocados pela própria realidade é que o profissional fará a 
escolha por seus instrumentos de trabalho. 
Com a Lei de Regulamentação da Profissão Lei nº 8662 de 07.06.1993, essa 
dicotomia foi formalmente superada no âmbito profissional, e expressa no Artigo 4º, 
Inciso II, que prevê a coordenação, execução, avaliação de planos, programas e 
projetos no âmbito de atuação do Serviço Social, Conselho Federal de Serviço 
Social - CFESS, 2002. 
Nessa perspectiva, as competências que requerem o domínio de um 
instrumental técnico-operativo, que possibilite a viabilização da intervenção 
profissional. Seja no âmbito da execução de Políticas Sociais, seja no âmbito da 
gestão ou coordenação dessas Políticas, os objetivos profissionais, formulados a 
partir de um leitura teórico-crítica da realidade, que irão determinar os instrumentos 
utilizados na prática profissional conferindo inteligibilidade. 
Observa-se, a importância da entrevista e visita domiciliar, como instrumento 
necessários à modificação das situações de violência, destacando os 
encaminhamentos para Instituições que faz parte da rede de proteção. 
 
 
 
 
 
7 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA 
 
 
 28 
28 
O percurso metodológico foi alicerçado na pesquisa de natureza descritiva, de 
caráter exploratório, e elegeu como material empírico a ser estudada a narrativa dos 
Profissionais de Serviço Social. O estudo qualitativo permitiu aproximar da 
intervenção Profissional do Assistente Social, no campo de enfrentamento do abuso 
sexual, proporcionando uma visão geral acerca do tema. Dessa forma, possibilitou 
conhecer e problematizar a atuação Profissional no Centro de Referência 
Especializado de Assistência Social - CREAS no Município de Parnaíba/PI. 
Dessa forma, os eixos analíticos que estruturam esta pesquisa, sistematizam os 
resultados auferidos no que se refere à investigação, sobre a atuação da prática 
profissional, do Assistente Social e o Sistema de Garantia e Direitos, para o 
enfrentamento da violência. Todos os documentos, referenciais e dispositivos 
supracitados, se constituem em diretrizes metodológicas, teóricas e práticas, que 
representam avanços significativos na formulação de Políticas Públicas, para o 
enfrentamento do abuso sexual contra crianças e adolescentes. 
De acordo com Gil 2008, é um método utilizado por pesquisadores para explicar 
o porquê. O pesquisador é ao mesmo tempo o sujeito e objeto de pesquisas, sendo 
o principal objetivo do método a produção de informações aprofundadas e 
atualizadas, levando em consideração aspectos da realidade, centrando-se na 
dinâmica das relações sociais. 
Conforme o com Mynaio 2008, p.57: 
 
“O método qualitativo é adequado aos estudos da história, das 
representações e crenças, das relações, das percepções e opiniões, ou seja, 
dos produtos das interpretações que os humanos fazem durante suas vidas, 
da forma como constroem seus fatos materiais e a si mesmos, sentem e 
pensam” (MINAYO, 2008, p.57). 
 
Nesse trabalho, optou-se por utilizar pesquisa exploratória descritiva, para que 
se tenha mais proximidade com o tema abordado, utilizando-se de levantamentos 
bibliográficos, citações e entrevistas com os Profissionais. 
Desse modo, fazer uma análise descritiva do objeto de estudo, considerando o 
referencial teórico e os dados coletados através de entrevista semi estruturada, com 
questionário previamente elaborado, com intuito de trazer flexibilidade para 
confirmar as informações apresentadas. 
Nesse sentindo, o trabalho delimita o tema a ser abordado, descreve a 
problemática, define o objetivo geral e os objetivos específicos, justifica a escolha do 
 
 29 
29 
tema, assim, descreve o referencial teórico que dará a fundamentação teórica para 
este estudo; define a metodologia e descreve as técnicas utilizadas, caracteriza a 
organização estudada e os participantes da pesquisa, como os instrumentos e 
procedimentos utilizados para a coleta e análise dos dados; em seguida apresenta e 
discute os resultados. 
 
7.1 APRESENTAÇÃO DOS DADOS 
 
 
Foi iniciado um questionário sobre a atuação do Assistente Social no 
enfrentamento do abuso sexual contra crianças e adolescentes e a Rede de 
Proteção. 
Quando é realizado o atendimento no CREAS, as criançase adolescentes que 
vivenciaram situações de abuso sexual são atendidas pelo Educador Social, 
Pedagogo, Assistente Social, Psicóloga e Advogado, segundo os dados colhidos. 
Os casos relatados pelos participantes da pesquisa, mostram que há uma 
sequência em relação ao atendimento as famílias. Na maioria dos casos, o primeiro 
atendimento é feito pelas Assistentes Sociais, que faz o acolhimento à mãe, à 
criança e ao adolescente a entrevista inicial. Porém, quando a necessidade de 
escuta individualmente a genitora, enquanto a Assistente Social a atende, a criança 
ou adolescente é atendido pela educadora social. 
O segundo atendimento é, geralmente, feito pela psicóloga, que atende 
inicialmente a criança ou o adolescente. Quando há a necessidade, atende a família, 
neste último caso, a criança ou o adolescente recebe atendimento da Educadora 
Social, enquanto a família é ouvida pela psicóloga. 
O terceiro atendimento é feito pela Assessora Jurídica, que orienta a mãe sobre 
como proceder legalmente em relação ao caso, e se a criança ou adolescente for 
prestar algum depoimento, a Assessora Jurídica, também, os orienta. 
Os dados entrevistados acerca dos Profissionais envolvidos no atendimento 
estão em conformidade com o que estabelece o Guia Operacional do CREAS (Brasil 
, 2006a) ao citar que a equipe, composta pelo Assistente Social, Advogado, 
Psicólogo, Educador Social, não deve atuar de maneira isolada, os atendimentos 
devem estar integrados e toda a equipe deve ter acesso aos procedimentos 
adotados por seus membros. 
 
 30 
30 
 Composição da equipe Profissionais do Centro de Referência Composição das 
equipes profissionais que integram os Serviços de Enfrentamento da Violência 
contra a Criança e o Adolescente no Município de Parnaíba/Piauí. 
 
 
M
unicípio 
A
ssistentes 
Sociais 
 
P
sicólogos 
 
P
edagogos 
E
ducador 
Social 
 
A
dvogado 
 
T
otal 
P
arnaíba 
04 
02 
01 0
2 
0
1 
1
0 
 
Desse modo, foi realizado um levantamento de alguns critérios de seleção da 
amostragem, de modo que fosse a mais representativa possível do universo 
pesquisado. 
 
Gráfico 1. Origem das denúncias encaminhadas ao CREAS no período com 
base no período em análise. 
 
 
 
Fonte: Abuso Sexual CREAS/ 2021 
 
Com base no período em análise, constata-se que para cada 75% houve 
encaminhamento, contra 29% dos casos em que, há registro de encaminhamento 
até o momento de conclusão do levantamento. (Gráfico 2) 
 
 31 
31 
 
 
 
 
Gráfico 2: Percentual dos encaminhamentos feitos pelo CREAS no período em 
análise. 
 
Fonte: Abuso Sexual CREAS/ 2021 
 
Desses encaminhamentos a maioria 57% dos casos, foram atendidos pelos 
serviços internos do CREAS, e 29% foram encaminhados para vários serviços da 
rede socio-assistencial do Município; 14% foram encaminhados para outros serviços 
socio-assistenciais. 
Os discursos dos Profissionais, demonstram preocupação quanto às demandas 
institucionais não atendidas. O Assistente Social, pontua que os objetivos 
profissionais estão inscritos nos atendimento às famílias, a partir da viabilização de 
recursos às mesmas, visando à superação das situações da violência. Contudo, 
reconhece os limites, tanto Institucionais quanto profissionais, entre as demandas 
Institucionais e as demandas Profissionais. 
Por meio das entrevistas realizadas, observa-se o quão importante é a visão de 
um atendimento amplo realizado nos casos de violação de Direitos contra a criança 
e ao adolescente. Mas para que esses atendimentos tenham eficácia é necessário 
uma articulação entre os serviços existentes para enfrentar tais situações e que 
possam garantir a proteção aos usuários. 
 
Gráfico 3. Perfil das vítimas 
 
 32 
32 
 
 
Fonte: Abuso Sexual CREAS/2021 
 
As vítimas, em sua maioria, enquadram-se nas faixas etárias de 14 a 17 anos 
46%; de 10 a 13 anos 31% ; e por fim de 05 a 09 anos 23% dos casos. 
 
 
Gráfico 4. Percentual dos abusadores usuários de drogas registrados no 
CREAS período em análise. 
 
Fonte: Abuso Sexual CREAS/2021 
 
 
 33 
33 
Dentre os agressores os registros informam que 49% não fazem uso de drogas; 
em contrapartida 39% são usuários de drogas. As mais consumidas são o álcool, 
além do álcool, consomem outras drogas. 
 
Gráfico 5. Relação entre a vítima e o abusador sexual. 
 
 
Fonte: Abuso Sexual CREAS/2021 
 
O abusador, em 41% dos casos, é o padrasto da vítima e em 33% é o pai 
mesma. Aparecem como outras categorias de abusadores: Tios e outros. 
 
 
Gráfico 6: Renda das famílias identificadas no período em análise. 
 
 
 
 34 
34 
 
 
Fonte: Abuso Sexual CREAS/ 2021 
 
 
De acordo com os dados, 82% das vítimas são de famílias de Classe Baixa, com 
apenas 15% de Classe Média; 3% não foi informado a renda familiar. 
 
Gráfico 7. Organização familiar das vítimas. 
 
 
 
 
 
 
Os registros dos casos identificam as seguintes estruturas familiares das 
vítimas: de maneira predominante 41% são de família nuclear simples; são de 
família nuclear reconstituída 31%; 18% de família nuclear externo; são de família de 
genitores ausentes 10%. 
 
 
 
 35 
35 
 
 
7.2 ANÁLISE DOS DADOS 
 
 
 
A importância da atuação do Assistente Social e do Sistema de Garantia de 
Direitos, da Rede de Proteção ao Abuso Sexual e Exploração Sexual contra 
crianças. É indispensável, articulada para garantir a realização do atendimento 
adequado diante da situação de violência sexual com crianças e adolescentes. 
A pesquisa deve sempre contemplar uma atuação baseada no interesse 
superior dos sujeitos de Direitos, sendo indispensável aos profissionais orientar suas 
intervenções no preceito da proteção integral e nas diretrizes do Estatuto da Criança 
e Adolescente - ECA. 
Apesar do avanço em 1990, quando surgiu o ECA, muitas crianças e 
adolescentes continuam sendo vítimas das diferentes formas de violações de 
Direitos, em especial o abuso sexual intrafamiliar. O expressivo cenário de violências 
contra o público infantojuvenil demonstra a existência de lacuna entre os dispositivos 
legais e a efetivação dos seus Direitos. 
Portanto, enfrentar essas questões sociais, parece ser salutar a uma profissão 
que ocupa espaço importante da Política Social que, embora contraditória, pode 
assumir caráter estratégico na defesa dos Direitos Humanos e Sociais, e, portanto, 
capaz de enfrentar a violência. Nessa perspectiva, superar ações Profissionais que 
se limitam usuários/atendimento, fortalecendo iniciativas de coletivização das 
demandas apresentadas pelos destinatários deste Serviço, pode contribuir como 
uma contra-tendência à fragmentação que invade vário setores das Políticas 
Sociais. 
Certamente os atendimentos e encaminhamentos individuais são importantes, 
seja para captar a realidade vivenciada pelos sujeitos de Direitos, garantir um 
espaço de escuta e de promoção de reflexão ou viabilizar acessos a outros serviços, 
considerando a singularidade das necessidades demandadas por cada usuário. 
Todavia, a coletivização de certas demandas possibilita abrir espaços para 
potencializar e buscar o reconhecimento do sujeito a partir do outro. 
Assim, de acordo com as narrativas dos profissionais que compõe a Rede de 
Proteção Social Especial - PSE, supõe que o rompimento com a violência perpassa 
o acesso aos Direitos fundamentais, que embora assegurados por leis, contudo, 
 
 36 
36 
encontram desafios para serem efetivamente materializados. Tais considerações 
revelam o Serviço Social, como uma Profissão que se inscreve no campo de lutas 
em defesa e ampliação da cidadania, tem um papel importante no enfrentamento da 
violência e, portanto, no fortalecimento dos sujeitos sociais. 
 
 
7.3 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
 
Este trabalho virá a contribuir em várias instâncias de redes de proteção infanto-
juvenis, no sentido de garantir respaldo científico para ações intervencionistas,pretende exercer um olhar crítico sobre a realidade local. 
O Serviço de Enfrentamento à violência, assim como outros serviços inscritos no 
campo das Políticas Sociais, constituem um celeiro empírico riquíssimo, ao oferecer 
dados e informações valiosas da realidade. Nesse sentindo, um arranjo rigoroso, de 
tais dados e informações tem a capacidade de fundamentar ações e estratégias de 
lutas, contra práticas de violência que afetam os destinatários desse Serviço. 
É fundamental situar o Serviço Social, no processo de reprodução das relações 
sociais, o que remete à necessidade de compreensão do significado social da 
Profissão, que só pode ser entendida a partir de sua inserção neste modelo de 
sociedade. 
 Nessa perspectiva, a Ética Profissional é mediada por posicionamentos, ações 
e práticas, que devem estar articuladas com atitudes de: competência, sigilo e 
compromisso. 
A ideia dessa pesquisa, é a análise da atuação Profissional, das discussões, dos 
resultados colhidos, das análises realizadas, dos limites e desafios superados, de 
novas propostas de intervenções, novos elementos apresentados, novos saberes 
adquiridos, da articulação dos saberes e acima de tudo, da ampliação do 
conhecimento a partir de uma prática Profissional sob a realidade de duas histórias, 
onde o singular ganha consciência crítica sobre o universal. 
Diante disso, face à todas as questões abordadas, é significativo que o 
Profissional no enfrentamento da questão da violência, em especial o abuso sexual 
com crianças e adolescentes, tenha como postura a busca pelo conhecimento, como 
funciona a Rede de Proteção da família e dos Serviços o qual subsidiarão as 
intervenções adotadas. 
Dessa forma Gueiros YASBEK, 2002.p. 119 confirma : 
 
 37 
37 
 
Não basta conhecer a família nos seus aspectos modernos e para qual 
muitas vezes o Assistente Social dirige sua prática profissional no cotidiano, 
é preciso compreender a inserção social e o papel que lhe é atribuído. 
Contudo, é necessário que haja recursos na esfera pública de forma 
universal que assegure Proteção Social para que a família e seus membros 
possam obter efetiva provisão de sua autonomia, respeitos em seus direitos 
sociais e civis. 
 
Nesse sentido, trabalhar com a família pressupõe compreender a complexidade 
da situação do abuso sexual ocorrida no âmbito familiar. É necessário é ter um plano 
de intervenção e novas estratégias de enfrentamento, significa que o profissional 
tenha, um olhar amplo na compreensão sócio histórica da tipologia de violência, e 
acima de tudo, uma escuta qualificada. 
Diante desse contexto, a escuta é um instrumento relevante em todo o processo 
de atendimento, mas é individual que se torna fundamental, pois ajuda organizar as 
intervenções, assim como avaliar como a demanda trazida, no acolhimento se 
expressa na realidade vivida, o que conduz buscar compreensão e aprofundamento 
teórico sobre a complexidade do abuso sexual intrafamiliar com crianças e 
adolescentes. 
Assim, todas as demandas trazidas, somente poderão ser confirmadas após 
diferentes ações, atendimentos e intervenções, porque é necessário conhecer a 
realidade das famílias e isso ocorre quando observa atentamente, todos os fatores 
que envolve o contexto familiar social e psicológicos. 
Entende-se que o processo de intervenção profissional nesse campo pressupõe 
reconhecer a complexidade da demanda numa perspectiva de totalidade e 
contraditório sobre o qual as ações Profissionais se desenvolvem. 
Trata-se de um problema social, encontrado em diferentes culturas ultrapassa as 
barreiras socioeconômicas. Um dos fatores que dificulta o manejo diante de 
qualquer das violências vivenciadas, dar-se pelo fato de existir vínculo familiar entre 
a vítima e violador. Os abusadores não possuem um perfil homogêneo ou um tipo 
específico, mas, um aspecto recorrente é a proximidade com a criança ou 
adolescente na convivência cotidiana no ambiente da familiar. 
Nesse sentindo, o espaço de atuação para o Profissional do Serviço Social 
proporcionado pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social - 
CREAS, é amplo nas possibilidades de atuação com a Rede de Proteção Social, 
 
 38 
38 
composta pela pelas Políticas Públicas setoriais. E amplo no que se refere à atuação 
envolvendo o núcleo familiar, como as respectivas relações familiares. 
Diante desse contexto, fica evidente a responsabilidade do Profissional por 
proteger e reivindicar Direitos. Faz-se necessário, que maneira aparente evidenciar 
que a metodologia do grupo multifamiliar, encontra-se como uma das possibilidades 
de instrumento técnico-operativo do Serviço Social. 
Superar toda forma de violência contra crianças e adolescentes e, em particular, 
superar a violência sexual, por tudo apresentado, não significa necessariamente 
extingui-la, mas consiste principalmente em criar mecanismos para promover a 
visibilidade aos direitos humanos e aos dispositivos de enfrentamento. 
 
5. OBJETIVOS 
 
 
5.1 OBJETIVO GERAL 
✓ Refletir criticamente acerca da atuação do Assistente Social, no 
enfrentamento do abuso sexual intrafamiliar contra a crianças e adolescentes. 
 
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
✓ Possibilitar a discussão sobre a Redes de Proteção que compõe o Sistema de 
Proteção, no enfrentamento do abuso sexual; 
 
✓ Analisar as expressões da questão social, que contribuem para a vitimização 
de crianças e adolescentes, vítimas de abuso sexual intrafamiliar. Identificando as 
estratégias de enfrentamento em redes; 
 
✓ Analisar as potencialidades e limitações de forma crítica, a fim de dar 
contribuições sólidas acerca do enfrentamento do Abuso Sexual contra crianças 
e adolescentes. Considerando os antagonismos, que compõem a atuação 
nesse setor. 
 
 
 
 
 
 39 
39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 CONCLUSÃO 
 
 
Os resultados da pesquisa apresentaram, que as competências e atribuições do 
Assistente Social no Centro de Referência Especializado de Assistência Social - 
CREAS, exigem dos Profissionais um trabalho em rede nas questões de violações 
de Direitos. 
Possibilitou-se, tecer algumas considerações. Evidentemente, não tem a 
pretensão de que tais considerações sejam conclusivas, mas tão somente sejam 
capazes de suscitar reflexões e incentivar a realização de novos estudos acerca do 
tema. O percurso realizado proporcionou uma aproximação com a prática 
 
 40 
40 
profissional do Assistente Social E o Sistema de Garantia de Direitos, diante do 
enfrentamento do abuso sexual intrafamilar, permitindo reafirmar a exigência de 
excelência em todo o seu processo de trabalho. 
Contudo, a objetivação de uma prática Profissional competente encontra 
desafios, visto que é mediada por determinações que a condicionam, conferindo 
limites e possibilidades à ação profissional. 
Neste sentido, buscou-se compreender a atuação do Assistente Social no 
enfrentamento ao Abuso Sexual intrafamiliar com Crianças e Adolescentes e a 
importância do Sistema de Garantia de Direitos, com a Rede de Proteção. Assim, o 
Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS e sua 
importância na garantia de Direitos. 
 Pode-se, constatar que as situações de violação de Direitos são, sobremaneira, 
expressões da questão social, que se materializam nos espaços Institucionais e, 
portanto, matéria-prima e objeto de trabalho do Serviço Social, que refletem as 
desigualdades sociais e econômicas latentes na sociedade. Violações essas que ao 
longo da pesquisa foram observadas no campo de Estágio Supervisionado em 
Serviço Social. 
Considerando-se, ser importante fazer essa constatação, para que em meio a 
estas expressões o/a Assistente Social empreende cotidianamente suas 
potencialidades Profissionais aprimorando o olhar crítico as singularidades sociais 
sobre as expressões da questão social e consequentemente a simplificaçãoda 
atuação Profissional. 
Constatou-se, que no espaço cotidiano do Centro de Referência Especializado 
de Assistência Social - CREAS, a execução das atividades Profissionais, pauta-se a 
partir dos instrumentos normativos, que norteiam as ações da Proteção Social 
Especial - PSE e da própria Profissão. 
Portanto, procurou-se evidenciar, a fim de que seja compreendido como se 
estabelece a atuação Profissional do/a Assistente Social no enfrentamento do abuso 
sexual. Não tem a intenção de esgotar o assunto com esta discussão e nem que as 
conclusões sejam imutáveis no universo da pesquisa. 
Tais demandas ao serem ressignificadas a partir da competência profissional, 
permitem o descortinamento dos nexos da questão social e a diferenciação entre as 
demandas profissionais e as demandas institucionais. De tal modo que essa 
 
 41 
41 
ressignificação de demandas são necessárias a uma prática Profissional 
emancipadora. 
Portanto, a ação Profissional não pode abster-se de uma postura investigativa, 
com condição necessária para ultrapassagem do aparente. Alinhada a esta 
perspectiva, uma dada expressão da violência apresentada como demanda da 
atuação do Assistente Social, constitui-se como ponto de partida e ponto de 
chegada da ação Profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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APÊNDICE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE - QUESTIONÁRIO 
 
1. Origem das denúncias encaminhadas ao CREAS no período com base no 
período em análise. 
Instituições denunciantes: 
 Conselho Tutelar  Vara da infância 
 Serv. rede socio assistencial  Denúncia espontânea 
 
2. Percentual dos encaminhamentos feitos pelo CREAS no período em análise. 
( ) Serviços internos do CREAS; 
( ) Serviços da rede socio assistencial; 
( ) Encaminhamentos para outros serviços. 
 
3. Perfil das vítimas conforme a faixa etária. 
 
 5 a 9 anos  10 a 13 anos  14 a 17 anos 
 
 4. Percentual dos abusadores usuários de drogas registrados no CREAS período 
em análise. 
Não ( ) 
Sim ( ) 
Não informado ( ) 
 
5. Relação entre a vítima e o abusador sexual. 
 
 Padrasto  Pai 
 Tios  Outros 
 
 
6. Renda das famílias identificadas no período em análise. 
 
 47 
 
 
Classe Social 
 
Baixa ( ) 
Média ( ) 
Alta ( ) 
 
7. Organização familiar das vítimas. 
 
 Família nuclear simples  ) Família nuclear externa ( ) 
 
Família nuclear reconstituída ( ) Família de genitores ausentes ( ) 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREFEITURA MUNICIPAL DE PARNAÍBA 
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E CIDADANIA - SEDESC 
CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL – 
CREAS 
 
I- IDENTIFICAÇÃO 
Denúncia: 
Vítima: 
Idade: 
Agressor: 
Endereço: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parnaíba, _____de_____2021 
 
 
___________________________________ 
Assistente Social CREAS - Parnaíba/PI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREFEITURA MUNICIPAL DE PARNAÍBA 
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E CIDADANIA - SEDESC 
CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL – 
CREAS 
 
 
VISITA DOMICILIAR - (ASSISTENTE SOCIAL) 
1. IDENTIFICAÇÃO DA FAMÍLIA:Nome do responsável pelas informações___________________________________________ 
Documento de identificação_____________________________________________________ 
Responsável pela família_______________________________________________________ 
Apelido_____________________________________________________________________ 
Endereço____________________________________________________________________ 
Bairro___________________________________CEP_______________________________ 
Ponto de Referência___________________________________________________________ 
Telefone para contato__________________________________________________________ 
Quantidade de pessoas na família___________________Quantos trabalham______________ 
Renda familiar_______________________________________________________________ 
NIS________________________________________________________________________ 
OBS:_______________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
COMPOSIÇÃO FAMILIAR 
 
 
 
 
Nome Completo 
 
 
Data de Nascimento 
 
 
Idade 
 
 
Livro e Fls 
 
 
 
 
 
 
 
MOTIVO DA VISITA 
 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Outros materiais