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EPIDEMIOLOGIA (CONCEITOS BÁSICOS)

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EPIDEMIOLOGIA 
(CONCEITOS BÁSICOS) 
ENDEMIAS, EPIDEMIAS, SURTOS E PANDEMIAS, INCIDÊNCIA, PREVALÊNCIA, 
LETALIDADE e MORTALIDADE 
Dentro do vasto campo da epidemiologia, merecem destaque as ações sistemáticas 
e contínuas de coleta, análise, interpretação e disseminação de informação com a 
finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle de problemas de 
saúde. Nesse cerne, o conhecimento sobre endemias, epidemias e pandemias é 
fundamental. Ainda que tradicionalmente esse conhecimento direcione a focalização 
de doenças infecciosas, atualmente esses conceitos também incluem seu uso para 
doenças crônico-degenerativas, os acidentes, as violências, entre outros. 
A endemia é definida como a presença habitual de uma doença, dentro dos limites 
esperados, em uma determinada área geográfica, por um período de tempo ilimitado. 
Pode, também, referir-se à ocorrência usual de uma determinada doença, dentro de 
uma área. Esse fenômeno ocorre quando há uma constante renovação de suscetíveis 
na comunidade, exposição múltipla e repetida destes a um determinado agente, 
isolamento relativo sem deslocamento importante da população em uma zona 
territorial. Por exemplo: malária, febre amarela, doença de Chagas, esquistossomose 
etc. 
A epidemia, por sua vez, é definida como a ocorrência em uma comunidade ou 
região, de um grupo de doenças de natureza similar, excedendo claramente a 
expectativa normal, derivada de uma fonte comum de propagação. Resulta, portanto, 
em um “claro excesso de casos em relação ao esperado” quando comparado à 
frequência esperada (ou habitual) de uma doença em uma determinada população, 
em um período determinado, não sendo necessariamente a “ocorrência de muitos 
casos”. 
Quando as condições facilitam a propagação de agentes infecciosos no ambiente e 
associam-se a um grande número de pessoas suscetíveis, pode ser dado espaço para o 
desenvolvimento de uma pandemia. O termo pandemia refere-se a uma epidemia de 
grandes proporções geográficas, ou seja, atingindo vários países, inclusive mais de um 
continente. Como exemplo, podemos citar a doença influenza A (H1N1) no ano de 
2009, cujos primeiros casos ocorreram no México, expandindo-se para Europa, 
América do Sul, América Central, África e Ásia. A ocorrência de uma epidemia restrita a 
um espaço geográfico circunscrito é denominada surto. O surto consiste em uma 
ocorrência epidêmica, em que todos os casos estão relacionados entre si, acometendo 
uma área geográfica pequena e delimitada (como vilas ou bairros) ou uma população 
institucionalizada (como creches, asilos, escolas e presídios). Podemos citar como 
exemplo, a ocorrência de inúmeros casos de intoxicação alimentar em um asilo, após 
ingestão de alimentos contaminados. 
 
 
 
Incidência: ocorrência de casos novos relacionados a uma unidade de intervalo de 
tempo. A incidência informa quantos entre os sadios tornam-se doentes ou quantos 
entre os doentes apresentam determinado desfecho, como óbito por exemplo. 
É a medida mais utilizada da Epidemiologia em investigações científicas. É útil em 
investigações de: Etiologia, Prognóstico, Eficácia terapêutica de medicamentos, 
Eficácia de medidas preventivas etc. Prevê a probabilidade de novos indivíduos 
apresentarem aquele agravo. 
Prevalência: Informa o número de casos existentes (casos novos e velhos) 
independente de quando surgiram. Descreve a força com que subsistem as doenças na 
coletividade. 
Se a incidência dimensiona melhor agravos agudos, a PREVALÊNCIA dimensiona 
melhor os agravos CRÔNICOS. 
A prevalência é útil no planejamento e administração de serviços e programas de 
saúde para disponibilizar serviços à população, leitos, medicamentos, materiais, 
procedimentos etc. 
Letalidade: essa medida nos permite identificar a gravidade dos agravos à saúde. 
Ela indica quantos entre os afetados morrem. Quantos doentes são levados ao óbito 
pela condição clínica que apresentam. 
A letalidade pode ser influenciada por diversos fatores, como: Fatores ligados à 
doença, Fatores ligados ao hospedeiro e Fatores ligados à qualidade dos serviços de 
saúde. 
A letalidade está relacionada à morte devido a uma condição clínica específica. A 
morte do indivíduo está vinculada a uma causa definida. 
Já a mortalidade também está vinculada à morte, porém de um grupo 
populacional específico, podendo haver diversas causas. 
Por exemplo: O Amazonas teve redução de 8,1% na mortalidade infantil no ano de 
2014. Nesse caso, não há especificação da causa da morte, mas sabemos quem é a 
população (infantil), em que região (Amazonas), em um certo período (ano de 2014).

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