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Visão geral do sistema nervoso
1. O sistema nervoso central (SNC) é composto pelo encéfalo e pela medula espinal.
2. O sistema nervoso periférico (SNP) é formado por todo o tecido nervoso fora do SNC. Entre os componentes do SNP estão os nervos (axônios, c tecido conjuntivo e vasos sanguíneos, fora do encéfalo e da medula espinal), os gânglios (corpos celulares fora do encéfalo e da medula espinal.), os plexos entéricos// intramurais (redes neuronais nas paredes de órgãos do sistema digestório) e os receptores sensitivos (estrutura do sistema nervoso que monitora as mudanças nos ambientes externo ou interno, ex: táteis, fotorreceptores e olfatórios)
3. O SNP é dividido em sistema nervoso somático (SNS), sistema nervoso autônomo (SNA) e sistema nervoso entérico (SNE).
4. O SN SOMÁTICO é composto por neurônios sensitivos, que conduzem impulsos nervosos de receptores somáticos e sensitivos especiais para o SNC, e por neurônios motores, que conduzem os impulsos do SNC para os músculos esqueléticos.
5. O SN AUTÔNOMO contém neurônios sensitivos de órgãos viscerais e neurônios motores que conduzem impulsos do SNC para o tecido muscular liso, para o tecido muscular cardíaco e para as glândulas.
6. O SNE é formado por neurônios dos plexos entéricos do trato gastrintestinal (GI), que funcionam com alguma independência do SNA e do SNC. O SNE monitora as mudanças químicas no sistema digestório e a dilatação de suas paredes; ele também controla a contração do músculo liso do sistema digestório.
7. O sistema nervoso ajuda a manter a homeostasia e integra todas as atividades corporais por meio da percepção (função sensitiva) de suas mudanças, da interpretação (função integrativa) e da reação (função motora) a elas.
12.2 Histologia do tecido nervoso
1. O tecido nervoso é composto por neurônios (células nervosas) e neuróglia. Os neurônios têm a propriedade da excitabilidade elétrica e são responsáveis pela maioria das funções mais especiais do sistema nervoso: percepção, pensamento, memória, controle da atividade muscular e regulação de secreções glandulares. Enquanto a neuróglia fornece suporte, nutrição e proteção aos neurônios e ajuda a manter o líquido intersticial que os banha.
2. A maioria dos neurônios tem três partes. Os dendritos formam a principal região receptora ou de entrada. A integração ocorre no corpo celular / soma, que possui organelas celulares típicas.( ribossomos livres e proeminentes agrupamentos de retículo endoplasmático rugoso = corpúsculos de Nissl.) A via de saída normalmente é um axônio único, propaga os impulsos em direção a outro neurônio, a uma fibra muscular ou a uma célula glandular.
3. SINAPSE: locais de contato funcional entre duas células excitáveis. Os terminais axônicos apresentam vesículas sinápticas que contêm moléculas de neurotransmissores.
4. Os transportes axônicos lento e rápido são sistemas responsáveis por levar substâncias do corpo celular para os terminais axônicos ou vice-versa.
5. CLASSIFICAÇÃO | estrutura: multipolares, bipolares ou unipolares.
6. CLASSIFICAÇÃO | funcional: como sensitivos (aferentes), motores (eferentes) e interneurônios. Os neurônios sensitivos levam informações sensitivas para o SNC. Os neurônios motores levam informações motoras do SNC para os efetores (músculos e glândulas). Os interneurônios estão localizados dentro do SNC, entre os neurônios sensitivos e motores.
7. A neuróglia fornece suporte, nutrição e proteção aos neurônios, além de manter o líquido intersticial que os banha. A neuróglia do SNC inclui os astrócitos, os oligodendrócitos, as células da micróglia e as células ependimárias. A neuróglia do SNP inclui as células de Schwann e as células satélites.
 ASTROCITOS: maiores e mais numerosas | SUPORTE (microfilamentos), secretam subst. que regulam o crescimento, a migração e a interconexão dos neurônios, regulam a concentração de íons e servem de condutores, aprendizagem e memória
-protoplasmáticos: muitos prolongamentos curtos e ramificados | encontrados na substância cinzenta
- fibrosos longos prolongamentos não ramificados | localizados na substância branca
OLIGODENDRÓCITOS : produção de mielina
MICRÓGLIA: fagocitam | macrófagos
 CÉLULAS EPENDIMÁRIAS: produção de líquido cerebrospinal. 
CÉLULA DE SCHWANN: produz mielina
CÉLULA SATÉLITE: suporte e troca de substâncias
8. Dois tipos de células da neuróglia produzem bainhas de mielina: oligodendrócitos no SNC, e as células de Schwann, no SNP.
- A bainha isola eletricamente o axônio e aumenta a velocidade da condução do impulso nervoso.
-Trato é um feixe de axônios localizado no SNC. Os tratos conectam neurônios entre si na medula espinal e no encéfalo.
9. A substância branca é composta por agregados de axônios mielinizados; a substância cinzenta contém corpos celulares, dendritos e terminais axônicos de neurônios; axônios não mielinizados; e a neuróglia.
10. Na medula espinal, a substância cinzenta é central e tem formato de um H, envolvido por substância branca. No encéfalo, uma camada fina e superficial de substância cinzenta cobre os hemisférios cerebrais e do cerebelo.
12.3 Sinalização elétrica dos neurônios
1. Os neurônios se comunicam entre si utilizando potenciais graduados, comunicação a curtas distâncias, e potenciais de ação, por longas distâncias no corpo. depende de duas características básicas da membrana plasmática de células excitáveis: a existência de um potencial de membrana de repouso e a presença de tipos específicos de canais iônicos.
2. Os sinais elétricos produzidos pelos neurônios e pelas fibras musculares são dependentes de quatro tipos de canais iônicos: canais de vazamento, canais ativados por ligantes, canais mecanoativados e canais dependentes de voltagem. 
3. Existe um potencial de membrana através da membrana plasmática de células excitáveis que não estão sendo estimuladas (em repouso). Este potencial existe devido a uma pequena concentração de íons negativos no citosol ao longo da superfície interna da membrana, e a uma concentração igual de íons positivos no líquido extracelular na superfície externa da membrana. O valor normal para um potencial de membrana é de −70 mV. Uma célula que tem potencial de membrana está polarizada. O potencial de membrana é determinado por três fatores principais: (1) a distribuição desigual de íons no LEC e no citosol; (2) a incapacidade da maioria dos íons no citosol de sair da célula; e (3) a natureza eletrogênica das Na+-K+ ATPases.
4. Potencial graduado é um pequeno desvio do potencial de membrana que ocorre devido à abertura ou ao fechamento de canais ativados por ligantes ou mecanoativados. Um potencial graduado hiperpolarizante torna o potencial de membrana mais negativo (mais polarizado); um potencial graduado despolarizante faz com que o potencial de membrana seja menos negativo (menos polarizado). A amplitude de um potencial graduado é variável, dependendo da intensidade do estímulo.
5. De acordo com o princípio do tudo ou nada, se um estímulo é intenso o suficiente para gerar um potencial de ação, o impulso gerado tem um tamanho constante. Um estímulo mais forte não gera um potencial de ação maior. Em vez disso, quanto maior for a intensidade do estímulo acima do limiar, maior será a frequência dos potenciais de ação.
6. Durante um potencial de ação, os canais de Na+ e de K+ dependentes de voltagem se abrem e se fecham em sequência. Isto causa inicialmente uma despolarização, ou seja, uma reversão da polarização da membrana (de −70 para +30 mV). Após acontece uma repolarização – a recuperação do potencial de membrana (de +30 para −70 mV).
7. Durante a primeira parte do período refratário, nenhum outro impulso será gerado (período refratário absoluto); um pouco mais adiante, ele poderá ser gerado apenas por um estímulo acima do normal (período refratário relativo).
8. Como o potencial de ação se propaga de um ponto a outro ao longo da membrana, sem diminuir de tamanho, ele é útil para a comunicação por longas distâncias. A propagação do impulso nervoso na qual ele “salta” de um nó de Ranvier para outro,ao longo de um axônio mielinizado, é chamada condução saltatória. Ela é mais rápida que a condução contínua.
-Fatores que afetam a velocidade de propagação: mielina | temperatura | diâmetro do axônio
9. Axônios com diâmetros maiores conduzem impulsos a velocidades maiores do que aqueles com menores diâmetros.
10. A intensidade do estímulo está codificada na frequência de potenciais de ação e no número de neurônios sensitivos que é recrutado
12.4 Transmissão sináptica
1. Sinapse: junção funcional entre um neurônio e outro / entre um neurônio e o efetor (músculo ou glândula)| tipos: elétrica e química.
2. Uma sinapse química transmite as informações em sentido único – de um neurônio pré-sináptico para outro pós-sináptico.
3. Neurotransmissor excitatório é aquele que pode despolarizar a membrana pós-sináptica de um neurônio, levando o potencial de membrana próximo de seu limiar. Um neurotransmissor inibitório é aquele que hiperpolariza a membrana de um neurônio pós-sináptico, deixando-o mais longe de seu limiar.
4. Há dois tipos de receptores de neurotransmissor: ionotrópicos e metabotrópicos. Um receptor ionotrópico é formado por um sítio de ligação para o neurotransmissor e um canal iônico. Um receptor metabotrópico é composto por um sítio de ligação para o neurotransmissor e está acoplado a um canal iônico separado por uma proteína G
5. A remoção de um neurotransmissor da fenda sináptica acontece de três maneiras: difusão, degradação enzimática e recaptação celular (pelos neurônios e pela neuróglia).
6. Se vários botões sinápticos liberam seus neurotransmissores ao mesmo tempo, seu efeito combinado pode gerar um impulso nervoso devido ao fenômeno de somação. A somação pode ser espacial ou temporal.
7. O neurônio pós-sináptico é integrador. Ele recebe sinais excitatórios e inibitórios, faz a integração destes, e então responde da maneira mais adequada.
12.5 Neurotransmissores
1. Tanto neurotransmissores excitatórios quanto inibitórios são encontrados no SNC e no SNP. Um determinado neurotransmissor pode ser excitatório em alguns locais e inibitório em outros.
2. Os neurotransmissores podem ser divididos em duas classes, de acordo com seu tamanho: (1) neurotransmissores compostos por moléculas pequenas (acetilcolina, aminoácidos, aminas biogênicas, ATP e outras purinas, óxido nítrico e monóxido de carbono) e (2) neuropeptídios, compostos por 3 a 40 aminoácidos.
3. A transmissão sináptica química pode ser modificada por meio da produção, liberação ou remoção de um neurotransmissor e do bloqueio ou da estimulação de seus receptores.
12.6 Circuitos neurais
1. Os neurônios do sistema nervoso central estão organizados em redes conhecidas como circuitos neurais.
2. Os tipos de circuitos neurais: circuitos em séries simples, divergentes, convergentes, reverberantes e de pós-descarga paralelos.
12.7 Regeneração e reparo do tecido nervoso
1. O sistema nervoso apresenta plasticidade (capacidade de se modificar de acordo com a experiência vivida), mas tem uma limitada capacidade de regeneração (capacidade de se replicar ou de reparar neurônios lesados).
2. A neurogênese – formação de novos neurônios a partir de células-tronco indiferenciadas – é limitada. O reparo de axônios danificados não ocorre na maioria das regiões do SNC.
3. Os axônios e os dendritos que estão associados a um neurolema no SNP podem ser reparados se o corpo celular estiver intacto, se as células de Schwann se mantiverem funcionais e se não ocorrer rápida formação de tecido cicatricial.
Anatomia da medula espinal
1. A medula espinal é protegida pela coluna vertebral, pelas meninges, pelo líquido cerebrospinal e pelos ligamentos denticulados.
2. As meninges são membranas que se estendem continuadamente ao redor da medula espinal e do encéfalo. Elas são a dura-máter, a aracnoide-máter e a pia-máter.
3. A medula espinal é uma continuação do bulbo que termina no nível da segunda vértebra lombar em um adulto.
4. Tem as intumescências cervical e lombar, que servem como pontos de origem dos nervos dos quatro membros.
5. A porção afilada da medula espinal é o cone medular, do qual se originam o filamento terminal e a cauda equina.
6. Os nervos espinais se conectam a cada segmento da medula espinal por duas raízes. A raiz posterior ou dorsal contém axônios sensitivos, e a raiz anterior ou ventral, axônios motores.
7. A fissura mediana anterior e o sulco mediano posterior dividem parcialmente a medula espinal em lados direito e esquerdo.
8. A substância cinzenta da medula espinal é dividida em cornos, e a substância branca, em funículos. No centro da medula espinal se situa o canal central, o qual se estende por toda a extensão da medula espinal.
9. Partes da medula espinal que podem ser vistas em um corte transversal são a comissura cinzenta; o canal central; os cornos anterior, posterior e lateral; e os funículos anterior, posterior e lateral, os quais apresentam tratos ascendentes e descendentes. Cada parte tem funções específicas.
10. A medula espinal transmite informações sensitivas e motoras pelos tratos ascendentes e descendentes, respectivamente.
13.2 Nervos espinais
1. Os 31 pares de nervos espinais: nomeados e numerados de acordo com a região e o nível da medula espinal. São 8 pares de nervos cervicais, 12 pares de nervos torácicos, 5 pares de nervos lombares, 5 pares de nervos sacrais, e 1 par de nervos coccígeos
2. Os nervos espinais tipicamente estão conectados com a medula espinal por meio de uma raiz posterior e de uma raiz anterior. Todos os nervos espinais contêm axônios sensitivos e motores (eles são nervos mistos).
3. As três membranas de tecido conjuntivo associadas aos nervos espinais são o endoneuro, o perineuro e o epineuro.
4. Ramos de um nervo espinal incluem o ramo posterior, o ramo anterior, os ramos meníngeos e os ramos comunicantes.
5. Os ramos anteriores dos nervos espinais, exceto aqueles de T2–T12, formam redes chamadas de plexos
6. Os nervos que emergem dos plexos são nomeados de acordo com as regiões supridas por eles ou com a via que seguem.
7. Os nervos do plexo cervical suprem a pele e os músculos da cabeça, do pescoço e da parte superior dos ombros; eles se conectam com alguns nervos cranianos e inervam o diafragma. Os nervos do plexo braquial inervam os membros superiores e vários músculos do pescoço e do ombro. Os nervos do plexo lombar suprem a parede abdominal anterolateral, os órgãos genitais externos e parte dos membros inferiores. Os nervos do plexo sacral inervam as regiões glúteas, operíneo e parte dos membros inferiores. Os nervos do plexo coccígeo suprem a pele da região do cóccix.
8. Os ramos anteriores dos nervos T2–T12 não formam plexos e são chamados de nervos intercostais (torácicos). Eles se distribuem diretamente nas estruturas dos espaços intercostais.
9. Neurônios sensitivos dos nervos espinais e do nervo trigêmeo (NC V) suprem segmentos cutâneos específicos e constantes conhecidos como dermátomos.
10. O conhecimento dos dermátomos ajuda a determinar qual segmento da medula espinal ou qual nervo espinal foi lesado.
13.3 Fisiologia da medula espinal
- propagação do impulso nervoso e integração de informações
1. Os tratos de substância branca na medula espinal são vias expressas para a propagação dos impulsos nervosos. Ao longo destes tratos, a aferências sensitivas se propagam em direção ao encéfalo, e as eferências motoras saem do encéfalo em direção aos músculos e outros órgãos efetores. As aferências sensitivas transitam por duas vias principais: o funículo posterior e o trato espinotalâmico. As eferências motoras se propagam por duas vias principais: diretas e indiretas.
2. Serve como centro de integração para os reflexos espinais. Esta integração ocorre na substância cinzenta.
3. Reflexo: sequência rápida/previsível de ações involuntárias (contrações musculares ou secreções glandulares), que acontece em resposta a certas mudanças ambientais. Os reflexos podem ser espinais OU cranianos e somáticos OU autônomos (viscerais).
4. Componentes de arco reflexo são: receptor sensitivo, neurôniosensitivo, centro de integração, neurônio motor e órgão efetor.
5. Os reflexos espinais somáticos: de estiramento, tendinoso, de retirada (flexor) e extensor cruzado; todos cinervação recíproca.
6. Um arco reflexo de dois neurônios| monossináptico é composto de 1 neurônio sensitivo e 1 neurônio motor. Ex: reflexo de estiramento (patelar).
7. O reflexo de estiramento é ipsolateral e é fundamental para a manutenção do tônus muscular.
8. Um arco reflexo polissináptico contém neurônios sensitivos, interneurônios e neurônios motores. Entre os exemplos estão os reflexos tendinoso, de retirada (flexor) e extensor cruzado.
9. O reflexo tendinoso é ipsolateral e previne o surgimento de danos em músculos e tendões quando a força muscular é excessiva. O reflexo de retirada é ipsolateral e permite o afastamento de um membro de uma fonte de estímulos dolorosos. O reflexo extensor cruzado permite a extensão do membro contralateral ao membro que recebe um estímulo doloroso, possibilitando a transferência de peso corporal quando ocorre a retirada do membro estimulado.
10. Vários importantes reflexos somáticos são utilizados no diagnóstico de doenças. Entre eles estão o reflexo patelar, o reflexo aquileu, o sinal de Babinski e o reflexo abdominal.
Organização, proteção e vascularização do encéfalo	
- resumo da embrio: O encéfalo e a medula espinal derivam do tubo neural (ectoderma). A parte anterior do tubo neural se expande, junto com o tecido da crista neural, desenvolvendo constrições que determinam o aparecimento de três regiões chamadas de vesículas encefálicas primárias: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Tanto o prosencéfalo quanto o rombencéfalo se subdividem, formando as vesículas encefálicas secundárias. O prosencéfalo dá origem ao telencéfalo e ao diencéfalo; o rombencéfalo, ao metencéfalo e ao mielencéfalo. 
As paredes destas regiões encefálicas dão origem ao tecido nervoso, enquanto o interior oco do tubo se transforma em ventrículos (espaços preenchidos por líquido). O tecido expandido da crista neural é importante no desenvolvimento da cabeça. A maioria das estruturas protetoras do encéfalo –a maior parte dos ossos cranianos, tecidos conjuntivos associados e meninges vem daqui.
1. As principais partes do encéfalo são o tronco encefálico, o cerebelo, o diencéfalo e o telencéfalo (cérebro).
2. O encéfalo é protegido pelos ossos cranianos e pelas meninges.
3. As meninges cranianas são contínuas c/ espinais. Elas são, da superficial p/ a profunda: dura-máter aracnoide-máter e pia-máter.
4. O fluxo sanguíneo encefálico é mantido basicamente pelas artérias carótidas internas e vertebrais.
5. Interrupção no aporte de oxigênio e glicose ao encéfalo = lesões transitórias ou permanentes ou morte das células encefálicas.
6. A barreira hematencefálica (BHE) permite o fluxo de diferentes substâncias entre o sangue e o encéfalo em diferentes velocidades e evita a passagem de alguns compostos do sangue para o encéfalo | é formada principalmente por junções oclusivas que unem as células endotelias, astrócitos. Traumatismo, certas toxinas e inflamação podem causar o rompimento da barreira hematencefálica.
14.2 Líquido cerebrospinal
(LCS) formado nos plexos corióideos por células ependimárias e circula pelos ventrículos laterais, pelo terceiro e quarto ventrículos, pelo espaço subaracnóideo e pelo canal central da medula. A maior parte é reabsorvida pelo sangue nas granulações aracnóideas do seio sagital superior. Tem funções de proteção mecânica e química e de fornecimento de nutrientes. Função mecânica, circulação e homeostase. Formado por água e Nacl
14.3 Tronco encefálico e formação reticular
1. O bulbo contínuo com medula espinal e contém tratos sensitivos e motores. Apresenta um centro cardiovascular, que regula a frequência cardíaca e o diâmetro dos vasos sanguíneos, e um centro respiratório, que regula a respiração. Também no bulbo se identificam os núcleos grácil, cuneiforme, gustatório, cocleares e vestibulares, que fazem parte de vias sensitivas encefálicas. Além, contém o núcleo olivar inferior, que fornece instruções que o cerebelo utiliza para calibrar a atividade muscular em novas habilidades motoras. Outros núcleos bulbares coordenam o vômito, a deglutição, o espirro, a tosse e o soluço. O bulbo também apresenta núcleos associados aos nervos vestibulococlear, glossofaríngeo, vago, acessório e hipoglosso.
2. A ponte, superior ao bulbo, contém tratos sensitivos e motores. Núcleos pontinos transmitem impulsos nervosos relacionados com movimentos voluntários do córtex cerebral para o cerebelo. A ponte também apresenta seu núcleo respiratório, que auxilia no controle da respiração. Núcleos vestibulares, localizados na ponte e no bulbo, fazem parte das vias encefálicas relacionadas com o equilíbrio. Na ponte também são encontrados os núcleos dos nervos trigêmeo, abducente e facial e o ramo vestibular do auditivo
3. O mesencéfalo conecta a ponte e o diencéfalo e circunda o aqueduto do mesencéfalo. Apresenta tratos sensitivos e motores. Os colículos superiores coordenam os movimentos da cabeça, do olho e do tronco em resposta a estímulos visuais; os colículos inferiores coordenam os movimentos da cabeça, do olho e do tronco em resposta a estímulos auditivos. No mesencéfalo também são encontrados os núcleos associados aos nervos oculomotor e troclear.
4. Grande parte do tronco encefálico é formada por pequenas áreas de substância cinzenta e branca conhecidas como formação reticular, que mantém a consciência, causa o despertar do sono e contribui para a regulação do tônus muscular.
Há substância negra (dopamina) e núcleo rubro (vermelho, controle muscular)
14.4 Cerebelo
1. O cerebelo ocupa a região posterior e inferior da cavidade craniana. formado por 2 hemisférios e pequena região medial(VERME) Os lobos anterior e posterior controlam aspectos subconscientes dos movimentos da musculatura esquelética. O lobo floculonodular da parte inferior contribui com o equilíbrio.
2. Se conecta com o tronco encefálico por três pedúnculos cerebelares.
3. O cerebelo suaviza e coordena as contrações dos músculos esqueléticos. Ele também mantém a postura e o equilíbrio.
14.5 Diencéfalo
1. Envolve o terceiro ventrículo e é composto por tálamo, hipotálamo e epitálamo (e subtálamo)
2. O tálamo é superior ao mesencéfalo e contém núcleos que servem como estações de retransmissão da maioria das aferências sensitivas para o córtex cerebral. Contribui c/ funções motoras pela transmissão de info do cerebelo e dos núcleos da base para a área motora primária do córtex cerebral | Manutenção da consciência.
3. O hipotálamo tem localização inferior ao tálamo. Controla a divisão autônoma do sistema nervoso, produz hormônios e regula padrões emocionais e comportamentais (junto c/ sistema límbico). Apresenta um centro da fome e saciedade e sede. Controla a temperatura corporal (TERMOSTATO). *o núcleo supraquiasmático, regula os ritmos circadianos o relógio biológico do corpo.
4. O epitálamo é formado pela glândula pineal e pelos núcleos habenulares. A glândula pineal secreta melatonina (indução do sono e na programação do relógio biológico)
5. Os órgãos circunventriculares podem avaliar a presença de mudanças químicas no sangue pois não tem barreira hematencefálica.
14.6 Telencéfalo (cérebro)
1. Maior porção do encéfalo. Seu córtex contém giros (circunvoluções) fissuras e sulcos.
2. Os hemisférios cerebrais são divididos em quatro lobos: frontal, parietal, temporal e occipital.
3. A substância branca do telencéfalo (cérebro) situa-se abaixo do córtex e é formada basicamente por axônios mielinizados que se estendem a outras estruturas como fibras de associação, comissurais e de projeção.
4. Os núcleos da base são vários grupos de núcleos em cada hemisfério cerebral. São: o globo pálido + o putame (núcleo lentiforme e o núcleo caudado Os núcleos lentiforme e caudado formam juntos = corpo estriado.Funções:- influenciar funções motoras, início e término de processos cognitivos – como a atenção, a memória e o planejamento), no sistemalímbico p/ regular comportamentos emocionais, suprimem movimentos indesejados e regulam o tônus muscular.
5. O sistema límbico envolve a parte superior do tronco encefálico e o corpo caloso. Suas funções estão relacionadas com os aspectos emocionais do comportamento e da memória. (giro do cíngulo, giro para hipo campal e amigdala e hipocampo)
6. A Tabela 14.2 resume as funções das várias partes do encéfalo.
14.7 Organização funcional do córtex cerebral
As áreas sensitivas do córtex cerebral permitem a percepção das informações sensitivas. As áreas motoras controlam a execução dos movimentos voluntários. As áreas associativas estão relacionadas com funções integradoras mais complexas, como memória, traços de personalidade e inteligência.
A área somatossensitiva primária (áreas 1, 2 e 3) recebe impulsos nervosos de receptores sensitivos para tato, pressão, vibração, prurido, cócegas, temperatura, dor e propriocepção e está relacionada com a percepção destas sensações. Cada ponto recebe impulsos de partes específicas da face ou do corpo. 
A área visual primária (área 17) recebe informações visuais 
A área auditiva primária (áreas 41 e 42) recebe informações sonoras. 
A área gustativa primária (área 43) recebe impulsos gustativos e está envolvida na percepção / discriminação de gostos. 
A área olfatória primária (área 28) recebe impulsos relacionados com odores e envolvida na olfação. 
Area motora primária (área 4), controla contrações voluntárias de músculos
Area de Broca (áreas 44 e 45), controla a produção da fala.
A área associativa somatossensitiva (áreas 5 e 7) determine o formato e a textura exatos de um objeto por meio de um simples toque e sinta a relação entre as várias partes do corpo. armazena memórias de experiências sensitivas prévias.
A área associativa visual (áreas 18 e 19) vincula experiências visuais presentes a experiências passadas e é fundamental para o reconhecimento e a avaliação do que está sendo visto. A área de reconhecimento facial (áreas 20, 21 e 37) armazena informações sobre faces, permitindo que você reconheça outras pessoas. A área associativa auditiva (área 22) permite que você reconheça um determinado som como sendo voz, música ou ruído.
O córtex orbitofrontal (área 11) permite a identificação e a discriminação de vários odores. A área de Wernicke (áreas 22 e possivelmente 39 e 40) interpreta o significado da fala por meio da tradução de palavras em pensamentos. 
A área integradora comum (áreas 5, 7, 39 e 40) integra as interpretações sensitivas das áreas associativas com impulsos de outras áreas, permitindo a formação de pensamentos a partir das aferências sensitivas.
O córtex pré-frontal (áreas 9, 10, 11 e 12): personalidade, intelecto, habilidades complexas de aprendizado, juízo crítico, raciocínio, consciência, intuição e desenvolvimento de ideias abstratas. 
A área pré-motora (área 6) gera impulsos nervosos que causam a contração de grupos musculares específicos em determinadas sequências. Também é banco de memória para movimentos complexos. 
A área dos campos oculares frontais (área 8) controla os movimentos voluntários de busca dos olhos.
As ondas geradas pelo córtex cerebral são captadas por eletrodos na superfície da cabeça e convertidas num eletroencefalograma (EEG) diagnóstico de epilepsia, infecções e tumores.
14.8 Nervos cranianos
14.10 Envelhecimento e sistema nervoso
Efeitos: perda de massa encefálica e a diminuição da capacidade de envio de impulsos nervosos.
Comparação entre as divisões somática e autônoma do sistema nervoso
1. A divisão somática do sistema nervoso funciona sob controle consciente, ao contrário da divisão autônoma do sistema nervoso.
2. As aferências sensitivas (influxo sensitivo) da divisão somática do sistema nervoso são fornecidas por sentidos somáticos e por sentidos especiais; as aferências sensitivas da divisão autônoma do sistema nervoso são fornecidas pelos interoceptores, além dos sentidos somáticos e especiais.
3. Os axônios dos neurônios motores somáticos se projetam a partir do SNC e fazem sinapse diretamente com um efetor. As vias motoras autônomas são compostas por dois neurônios motores em série. O axônio do primeiro neurônio motor sai do SNC e faz sinapse em um gânglio autônomo com o segundo neurônio motor, que, por sua vez, faz sinapse com um efetor.
4. A porção eferente (motora) do SNA tem duas partes principais: simpática e parassimpática. A maioria dos órgãos recebe inervação das duas partes; geralmente uma delas causa excitação e a outra, inibição. A parte entérica é formada por nervos e gânglios na parede do sistema digestório.
5. Os efetores no SN somático são os músculos esqueléticos; no SNA o músculo cardíaco, os lisos e glândulas)
FUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUI ATE AQUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
15.2 Anatomia das vias motoras autônomas
1. O neurônio pré-ganglionar é o primeiro dos dois neurônios motores em qualquer via motora autônoma; o axônio do neurônio pré-ganglionar se projeta até um gânglio autônomo, onde faz sinapse com o neurônio pós-ganglionar, o segundo neurônio da via motora autônoma. Os neurônios pré-ganglionares são mielinizados; os pós-ganglionares, não mielinizados.
2. Os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares simpáticos estão localizados nos cornos laterais dos 12 segmentos torácicos e dos primeiros dois ou três segmentos lombares da medula espinal; os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares parassimpáticos são encontrados em quatro núcleos de nervos cranianos (NC III, NC VII, NC IX e NC X) no tronco encefálico e no corno lateral da substância cinzenta entre o segundo e o quarto segmentos sacrais da medula espinal.
3. Existem dois grupos principais de gânglios autônomos: os simpáticos e os parassimpáticos. Os gânglios simpáticos incluem os gânglios do tronco simpático (em ambos os lados da coluna vertebral) e os gânglios pré-vertebrais (anteriores à coluna vertebral). Os gânglios parassimpáticos são conhecidos como gânglios terminais (próximos ou dentro dos efetores viscerais).
4. Os neurônios pré-ganglionares simpáticos fazem sinapse com neurônios pós-ganglionares nos gânglios do tronco simpático ou nos gânglios pré-vertebrais; os neurônios pré-ganglionares parassimpáticos fazem sinapse com neurônios pós-ganglionares nos gânglios terminais.
15.3 Neurotransmissores e receptores do SNA
1. Os neurônios colinérgicos liberam acetilcolina. No SNA, os neurônios colinérgicos incluem todos os neurônios pré-ganglionares simpáticos e parassimpáticos, os neurônios pós-ganglionares simpáticos que inervam a maioria das glândulas sudoríferas e todos os neurônios pós-ganglionares parassimpáticos.
2. A acetilcolina se liga a receptores colinérgicos. Os dois tipos de receptores colinérgicos são os nicotínicos e os muscarínicos. Os receptores nicotínicos são encontrados na membrana plasmática de dendritos e corpos celulares de neurônios pós-ganglionares simpáticos e parassimpáticos, na membrana plasmática das células cromafins da medula das glândulas suprarrenais e na placa motora da junção neuromuscular. Os receptores muscarínicos são encontrados na membrana plasmática de todos os efetores inervados por neurônios pós-ganglionares parassimpáticos e na maioria das glândulas sudoríferas inervadas por neurônios pós-ganglionares simpáticos colinérgicos.
3. No SNA, os neurônios adrenérgicos liberam norepinefrina. A maioria d neurônios pós-ganglionares simpáticos são adrenérgicos.
4. A epinefrina e a norepinefrina se ligam a receptores adrenérgicos, que são encontrados em efetores viscerais inervados pela maior parte dos neurônios pós-ganglionares simpáticos. Os 2 principais tipos de receptores adrenérgicos são receptores alfa e beta.
5. A Tabela 15.2 resume os tipos de receptores colinérgicos e adrenérgicos.
6. Agonista é uma substância que ativa um receptor ao se ligar nele, mimetizando o efeito de um neurotransmissor ou hormônio endógenos. Antagonista é uma substância que bloqueia um receptor ao se ligar nele, evitando que um neurotransmissor ou hormônio endógenosexecutem suas funções.
15.4 Fisiologia do SNA
1. A parte simpática dá suporte a funções corporais relacionadas com esforços físicos intensos e com rápida produção de ATP (resposta de luta ou fuga); a parte parassimpática regula atividades que conservam e recuperam a energia corporal.
2. Os efeitos da estimulação simpática são mais duradouros e disseminados que os da estimulação parassimpática.
3. A Tabela 15.3 compara os aspectos estruturais e funcionais das partes simpática e parassimpática.
4. A Tabela 15.4 lista as respostas simpáticas e parassimpáticas.
15.5 Integração e controle das funções autônomas
1. Um reflexo autônomo ajusta as atividades dos músculos lisos, do músculo cardíaco e das glândulas.
2. Um arco reflexo autônomo é formado por um receptor, um neurônio sensitivo, um centro integrador, dois neurônios motores autônomos e um efetor visceral.
3. O hipotálamo é o principal centro controlador e integrador do SNA. Ele se conecta tanto com a parte simpática quanto com a parassimpática.
Sensibilidade
1. A sensibilidade é o reconhecimento consciente ou inconsciente das modificações que ocorrem no ambiente externo ou interno. Percepção é o reconhecimento consciente e a interpretação das sensações e é principalmente uma função do córtex cerebral.
2. A natureza de uma sensibilidade e o tipo de reação gerada variam de acordo com o destino dos impulsos sensitivos no SNC.
3. Cada tipo diferente de sensibilidade é uma modalidade sensitiva; em geral, um determinado neurônio sensitivo age em apenas uma modalidade.
4. Os sentidos gerais incluem os sentidos somáticos (tato, pressão, vibração, calor, frio, dor, prurido, cócegas e propriocepção) e os sentidos viscerais; os sentidos especiais incluem as modalidades de olfação, gustação, visão, audição e equilíbrio.
5. Normalmente, para que surja uma sensação, devem ocorrer quatro eventos: estímulo, transdução, geração de impulsos e integração.
6. Receptores simples, que consistem em terminações nervosas livres e em terminações nervosas encapsuladas, estão associados aos sentidos gerais; receptores complexos estão associados aos sentidos especiais.
7. Os receptores sensitivos respondem a estímulos produzindo potenciais receptores ou geradores.
8. A Tabela 16.1 resume a classificação dos receptores sensitivos.
9. A adaptação consiste em diminuição de sensibilidade durante um estímulo a longo prazo. Os receptores podem se adaptar rápida ou lentamente.
16.2 Sensibilidade somática
1. A sensibilidade somática inclui as sensações táteis (tato, pressão, vibração, prurido e cócegas), as sensações térmicas (calor e frio), a dor e a propriocepção.
2. Os receptores para sensações táteis, térmicas e dolorosas estão localizados na pele, na tela subcutânea e nas túnicas mucosas da boca, da vagina e do ânus.
3. Os receptores de tato são (a) corpúsculos táteis ou corpúsculos de Meissner e plexos das raízes pilosas, que se adaptam rapidamente e (b) mecanoceptores cutâneos do tipo I ou discos táteis de adaptação lenta. Os mecanoceptores cutâneos do tipo II, ou corpúsculos de Ruffini, que possuem adaptação lenta, são sensíveis ao estiramento.
4. Os receptores de pressão incluem os corpúsculos táteis, os mecanoceptores cutâneos do tipo II e os corpúsculos lamelares.
5. Os receptores de vibração são os corpúsculos táteis e os corpúsculos lamelares.
6. Os receptores de prurido, os receptores de cócegas e os termoceptores são terminações nervosas livres. Os receptores de frio estão localizados no estrato basal da epiderme enquanto os receptores de calor estão localizados na derme.
7. Os receptores de dor (nociceptores) são terminações nervosas livres localizadas em praticamente todos os tecidos do corpo.
8. Impulsos nervosos para a dor rápida são propagados por fibras A mielinizadas e de diâmetro médio; impulsos para dor lenta são conduzidos através de fibras C não mielinizadas e de diâmetro pequeno.
9. Os receptores para as sensações proprioceptivas (posição e movimento das partes do corpo) estão localizados nos músculos, tendões, articulações e na orelha interna. Os proprioceptores incluem fusos musculares, órgãos tendíneos, receptores cinestésicos das articulações e células ciliadas da orelha interna.
10. A Tabela 16.2 resume os receptores sensitivos somáticos e as sensações que eles detectam.
16.3 Vias sensitivas somáticas
1. As vias sensitivas somáticas desde os receptores até o córtex cerebral envolvem três conjuntos de neurônios: os neurônios de primeira ordem, os de segunda ordem e os de terceira ordem.
2. Os axônios colaterais (ramos) dos neurônios sensitivos somáticos carregam simultaneamente sinais para o cerebelo e para a formação reticular do tronco encefálico.
3. Impulsos nervosos de tato, pressão, vibração e a propriocepção consciente nos membros, no tronco, no pescoço e na parte posterior da cabeça ascendem para o córtex cerebral pela via funículo posterior-lemnisco medial.
4. Impulsos nervosos para dor, temperatura, prurido e cócegas dos membros, tronco, pescoço e parte posterior da cabeça ascendem para o córtex cerebral pela via anterolateral (espinotalâmica).
5. Impulsos nervosos para a maior parte das sensações somáticas (táteis, térmicas, dolorosas e proprioceptivas) da face, da cavidade nasal, da cavidade oral e dos dentes ascendem para o córtex cerebral pela via trigeminotalâmica.
6. Regiões específicas da área somatossensorial primária (giro pós-central) do córtex cerebral recebem informações sensitivas somáticas provenientes de partes diferentes do corpo.
7. As vias neurais para o cerebelo são os tratos espinocerebelares anterior e posterior, que transmitem impulsos para a propriocepção subconsciente do tronco e dos membros inferiores.
8. A Tabela 16.3 resume as principais vias sensitivas somáticas.
16.4 Vias motoras somáticas
1. Todos os sinais excitatórios e inibitórios que controlam o movimento convergem nos neurônios motores, também conhecidos como neurônios motores inferiores (NMI) ou via final comum.
2. Neurônios em quatro circuitos neurais, chamados coletivamente de vias motoras somáticas, participam do controle do movimento fornecendo informações para os neurônios motores inferiores: neurônios do circuito local, neurônios motores superiores, neurônios dos núcleos da base e neurônios cerebelares.
3. A área motora primária (giro pré-central) do córtex = região de controle para a execução dos movimentos voluntários.
4. Os axônios dos neurônios motores superiores (NMS) se estendem do encéfalo aos neurônios motores inferiores por vias motoras diretas e indiretas.
5. As vias diretas (piramidais) incluem as vias corticospinais e a via corticonuclear. As vias corticospinais carregam impulsos nervosos do córtex motor para os músculos esqueléticos nos membros e no tronco. A via corticonuclear carrega impulsos nervosos do córtex motor para os músculos esqueléticos na cabeça.
6. As vias indiretas (extrapiramidais) se estendem de vários centros motores no tronco encefálico para a medula espinal. As vias indiretas incluem os tratos rubrospinal, tetospinal, vestibulospinal e reticulospinais medial e lateral.
7. A Tabela 16.4 resume as principais vias motoras somáticas.
8. Neurônios dos núcleos da base ajudam no movimento fornecendo informações para os neurônios motores superiores. Eles ajudam a iniciar e a encerrar os movimentos, suprimem movimentos indesejáveis e estabelecem um nível normal de tônus muscular.
9. O cerebelo é ativo no aprendizado e na realização de movimentos rápidos, coordenados e que demandem dextreza. Ele também contribui para manutenção do equilíbrio e da postura.
1.5 Funções integrativas do cérebro (telencéfalo)
1. O sono e a vigília são funções integrativas controladas pelo núcleo supraquiasmático e pelo sistema de ativação reticular (SAR).
2. O sono sem movimento ocular rápido (NREM) é formado por quatro estágios.
3. A maior parte dos sonhos ocorre durante o sono com movimento ocular rápido (REM).
4. A memória, a capacidade de armazenar e de se lembrar de pensamentos, envolve modificações persistentes no encéfalo, a chamada plasticidade.Os três tipos de memória são imediata, a curto prazo e a longo prazo.
Olfato | O sentido do olfato
1. Os receptores do olfato, que são neurônios bipolares, encontram-se no epitélio nasal junto com as glândulas olfatórias, que produzem o muco que dissolve os odorantes.
2. Na recepção olfatória, é gerado um potencial gerador que dispara um ou mais impulsos nervosos.
3. O limiar do olfato é baixo e a adaptação aos odores ocorre rapidamente.
4. Axônios das células receptoras olfatórias formam os nervos olfatórios (I), que carregam impulsos nervosos para os bulbos olfatórios, os tratos olfatórios, o sistema límbico e o córtex cerebral (lobos temporal e frontal).
17.2 Gustação | O sentido do paladar
1. Os receptores do paladar gustatórias, estão nos calículos gustatórios.
2. Substâncias químicas dissolvidas, chamadas de estimuladores (tastants), estimulam as células receptoras gustatórias através do fluxo de íons por canais na membrana plasmática ou da ligação a receptores na membrana plasmática ligados a proteínas G.
3. Os potenciais receptores desenvolvidos nas células receptoras gustatórias causam a liberação de um neurotransmissor, que pode gerar impulsos nervosos nos neurônios sensitivos de primeira ordem.
4. O limiar varia com o sabor envolvido e a adaptação ao paladar ocorre rapidamente.
5. As células receptoras gustatórias disparam impulsos nervosos nos nervos facial (VII), glossofaríngeo (IX) e vago (X). Os sinais do paladar passam então para o bulbo, o tálamo e o córtex cerebral (lobo parietal).
17.3 Visão
1. As estruturas acessórias dos olhos incluem sobrancelhas, pálpebras, cílios, aparelho lacrimal e músculos extrínsecos do bulbo do olho. O aparelho lacrimal é formado por estruturas que produzem e drenam as lágrimas.
2. O olho é formado por três camadas: túnica fibrosa (esclera e córnea), a túnica vascular (corioide, corpo ciliar e íris) e retina.
3. A retina é formada por um estrato pigmentoso e por um estrato nervoso que inclui uma camada de células fotorreceptoras, uma camada de células bipolares, uma camada de células ganglionares, células horizontais e células amácrinas.
4. A cavidade anterior contém humor aquoso; a câmara vítrea contém humor vítreo.
5. A formação de imagens na retina envolve a refração dos raios de luz pela córnea e pela lente, que focam uma imagem invertida sobre a fóvea central da retina. Para observar objetos próximos, a lente aumenta sua curvatura (acomodação) e a pupila diminui para evitar que raios de luz entrem no olho através da periferia da lente.
6. O ponto próximo de visão é a distância mínima do olho a partir da qual um objeto pode ser focado claramente e c acomodação
7. Na convergência, os bulbos dos olhos se movem medialmente = ambos estejam direcionados p/ um objeto observado.
8. O primeiro passo na visão é a absorção de luz por fotopigmentos nos bastonetes e nos cones e a isomerização do cis-retinal. Os potenciais receptores nos bastonetes e nos cones diminuem a liberação de um neurotransmissor inibitório, induzindo potenciais graduais nas células bipolares e nas células horizontais.
9. As células horizontais transmitem sinais inibitórios para as células bipolares; as células bipolares ou amácrinas transmitem sinais excitatórios para as células ganglionares, que despolarizam e iniciam os impulsos nervosos.
10. Os impulsos das células ganglionares são transmitidos para o nervo óptico (NC II), percorrem o quiasma óptico e o trato óptico e chegam até o tálamo. A partir do tálamo, os impulsos visuais são propagados para o córtex cerebral (lobo occipital). Axônios colaterais das células ganglionares da retina se estendem para o mesencéfalo e para o hipotálamo.
17.4 Audição e equilíbrio
1. A orelha externa consiste em pavilhão auricular,* meato acústico externo e membrana timpânica.
2. A orelha média consiste em tuba auditiva, ossículos, janela do vestíbulo (oval) e janela da cóclea (redonda).
3. A orelha interna é formada pelo labirinto (ósseo e membranáceo). Contem o órgão espiral (órgão de Corti) da audição.
As ondas sonoras entram no meato acústico externo, alcançam a membrana timpânica, passam através dos ossículos, atingem a janela do vestíbulo (oval), provocam ondas na perilinfa, chegando até a membrana vestibular e a rampa do tímpano, aumentando a pressão na endolinfa, promovendo a vibração da lâmina basilar e estimulando os feixes ciliares no órgão espiral (órgão de Corti). As células ciliadas convertem vibrações mecânicas em um potencial receptor, liberando um neurotransmissor que pode disparar impulsos nervosos nos neurônios sensoriais de primeira ordem. Axônios sensoriais na parte coclear do nervo vestibulococlear (VIII) terminam no bulbo. Os sinais auditivos passam então para o colículo inferior, o tálamo e os lobos temporais do córtex cerebral.
-O equilíbrio estático é a orientação do corpo em relação à força da gravidade (máculas do utrículo e do sáculo) Movimentos corporais que estimulam esses receptores incluem a inclinação da cabeça e a aceleração ou a desaceleração lineares.
O equilíbrio dinâmico é a manutenção da posição corporal em resposta à aceleração ou à desaceleração rotacionais. As cristas nos ductos semicirculares.
Maioria dos axônios da parte vestibular do nervo vestibulococlear > tronco encefálico > bulbo e ponte; outros entram no cerebelo.
17.5 Desenvolvimento dos olhos e das orelhas
Os olhos começam seu desenvolvimento a partir do ectoderma /22 dias após a fertilização e surgem das paredes do prosencéfalo
As orelhas começam seu desenvolvimento cerca de 22 dias após a fertilização e surgem a partir de um espessamento do ectoderma em ambos os lados do rombencéfalo. A sequência de desenvolvimento da orelha é orelha interna > média > externa

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