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INTRODUÇÃO INSTITUIÇÕES SOCIAIS

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Prévia do material em texto

- -1
DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL
INSTITUIÇÕES SOCIAIS, 
INDIVÍDUO E 
EXCLUSÃO: DE QUE 
FORMAS OS HOMENS SE 
DESENVOLVEM EM 
SOCIEDADE E QUE 
DESAFIOS POSSUEM?
Autoria: Dra. Elaine Borges da Silva Tardin - Revisão 
técnica: Dra. Karen Barbosa Montenegro de Souza
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Introdução
Os seres humanos organizam-se em sociedade há milênios. Em um primeiro momento, você até pode achar
que essa associação se deu de uma forma natural, mas não foi, e uma das ferramentas para analisarmos a
sociedade com um olhar científico e isento de nossas pré-noções e preconceitos é por meio do método
sociológico. Neste capítulo, você terá a oportunidade de olhar a realidade social de forma diferente,
compreendendo melhor o seu papel social enquanto indivíduo inserido nessa realidade. Compreenderá
também que há camadas sociais que sofrem exclusão social, pois nem todos os seres humanos são tratados da
mesma forma, uma vez que há uma série de barreiras que precisam ser superadas para vivermos em uma
sociedade mais igualitária.
Em um segundo momento, você terá a oportunidade de refletir sobre a influência que as instituições sociais
como a escola, a família e a igreja possuem sobre nós. Você se perguntará: até que ponto as decisões que eu
tomo são exclusivamente minhas, e não influenciadas pela sociedade?
Outro ponto para reflexão é sobre o que é o Estado, suas principais características, os teóricos que se
debruçaram a entender tal conceito, como os contratualistas, os pensadores Max Weber e Immanuel Kant, e
refletir sobre a relação intrínseca do Estado com o poder, o que nos leva a nos perguntar: quem limita o poder
do Estado? Essa é uma questão urgente no contexto atual, já que participamos diretamente da comunidade
política.
Em nosso último tópico, vamos entender o conceito e a trajetória do mundo do trabalho, como algo inerente
ao ser humano, mas que se modificou através da história. Na atualidade, o trabalho é uma fonte de prazer ou
de tristeza para o homem? O que pode ser feito para que o trabalho não seja visto como um fardo? É sobre
essas e outras questões que convidamos você a refletir em nosso capítulo.
Bons estudos!
Tempo estimado de leitura: 63 minutos.
1.1 Indivíduo, sociedade e exclusão: conceitos e enquadramentos
O desenvolvimento humano e social não se deu de uma forma aleatória, mas sim por um processo contínuo e
inacabado. Você já pensou de que forma os indivíduos se desenvolvem em sociedade e passam a adquirir uma
consciência coletiva? A partir de tal questão justifica-se a exclusão de grupos com características específicas,
alheias à pretensão homogênea da sociedade? Que mecanismos legais asseguram a manifestação das
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expressões culturais de grupos historicamente excluídos? A intenção deste tópico é fazer você refletir sobre
esses (e outros) pontos tão importantes para adquirirmos uma consciência crítica sobre os processos sociais.
Você ainda acompanhará - neste tópico a respeito do que as leis brasileiras normatizam quando há casos de
exclusão social, o direito por uma identidade própria e a representatividade de grupos historicamente
excluídos em nosso país.
1.1.1 O indivíduo e a consciência coletiva
Muitasvezes,aonos os sociais podemospensarque por odepararmoscom fenômenos cotidianos, estudá-lostendo base
podeser de por desdeonosso as dasmétodocientífico perda tempo.Afinal,acabamos naturalizar nascimentoaté regras i
sociais, alémdo nossa nosso nossosnstituições comoescola,família,igreja, convíviocom comunidade, bairro, amigos.
porqualEntão, motivoestudaríamostaisfenômenoscientificamente?
De o AnthonyGiddens(2012, 1),aSociologiaéo socialdavidahuman ,masnãodeacordocom sociólogo p. “estudo a” f
ormadeso denadaeaciden al. ensar é denossas emr t P sociologicamente despir-se convicçõespessoais,tendo mente
oque ser uma individualéna de alémdesuaspensávamos meramente manifestação verdadeparte algomaior,muito pret
i o de ensõesinternas.Ass m,estetópicotem objetivo nosfazerpensarsociologicamentecomooshomenssedesenvolve
memsociedadeeadquiremumaconsciênciacoletivaecomosetempensadoasuperaçãodaexclusãosocialdecertos
grupos.
Diferentespensadoresrefletiramsobrea indivíduoesociedade,eaqui avisãodorelaçãoexistenteentre destacamos pai
dadisciplina ÉmileDurkheim(1858-1957),pensador que quepossuímosduassociológica, francês afirmava consciênci
aindividualea No as quese anós,àsnossas àsas: coletiva. primeirocaso,estão ações referemsomente escolhaspessoais,
quenos No há ainfluência de ideias, eopiniõesações tornamúnicos. segundo caso, crenças, práticas,tradições cole
nós.Odifícilé que asociedade,oua nosinfluenciativassobre conseguirperceberaté ponto consciênciacoletiva, enqua
indivíduos.Em que uma podeser individual?nto outraspalavras,até ponto ação consideradameramente
Você quer ler?
Em seu livro (DURKHEIM, 1982), publicado originalmente em 1897, O suicídio
Durkheim analisa como uma ação tão pessoal, que a princípio significaria uma escolha 
individual, na verdade representa algo para além das escolhas pessoais, com ligações 
diretas com o meio social em que o indivíduo vive, influenciando assim, diretamente, o 
ato suicida. Uma ótima leitura para entendermos melhor sobre os limites da sociedade 
em nossa consciência individual.
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Analisar ainfluênciadasociedadeemnossavida,épensaremum deDurkheim(1974):odesolidariedade,sobre conceito
ouaquiloqueuniaosindivíduosemsociedade, podendoserde no dodiferentesformas decorrer tempohistórico,inclusi
evecomavanços retrocessos.
Nas sociedades mais simples, pré-capitalistas (mas não somente), havia a solidariedade mecânica. Nesse caso,
as escolhas individuais eram diminuídas em detrimento das escolhas do grupo. Logo, o todo fala mais alto que
o individual, dando ao indivíduo um maior sentido, ulterior a ele. Há a força das crenças, das tradições, dos
costumes e da ação moral do indivíduo pautado por algo que lhe é externo.
Já nas sociedades capitalistas, contemporâneas a Durkheim, o indivíduo já não se sente tanto parte do todo,
mas busca a sua satisfação pessoal. O autor a chamou de solidariedade orgânica. Vale ressaltar que os tipos de
solidariedade estudados por Durkheim não são estanques no tempo nem seguem um mesmo padrão. No
passado e no presente há sociedades que se caracterizam de uma forma ou de outra, ou seja, não há uma regra
pré-determinada para as sociedades.
Como vivemos em constante relação com o outro em sociedade, certos grupos podem criar identidades
específicas e a partir daí excluir o outro, por meio de mecanismos seletivos e excludentes, que podem ser
econômicos, políticos ou sociais, ou todos ao mesmo tempo. No próximo tópico, vamos estudar o que
significa a exclusão social e como ela simboliza um impedimento da convivência em uma sociedade mais
igualitária.
1.1.2 A exclusão social e seus desafios
De Giddens(2012, 325), por socialas pelasquaisosindivíduospodemsera aacordocom p. entende-se exclusão “formas f
adosdoplenoen olvimen onasociedad . podeser peloviés socialoust v t e” Talexclusão percebida econômico, político,
ouainda os doisgrupos doplenoabranger três.Vamostomarcomoexemplo historicamenteexcluídos desenvolvimento
dasociedade os eosbrasileira: indígenas afro-brasileiros.
Oant opólo ob asilei oDa yRibei o(2006),emsuaob a“Op ob asilei , quesomosr g r r rc r r ov r ro” aponta formadosenquanto
e pelas portuguesae esse de deviolênciaepovo nação matrizesindígena, africana,porém, processo formaçãofoirepleto
Você sabia?
O dia 20 de novembro é considerado Dia da Consciência Negra no Brasil, em 
homenagem ao líder do quilombo dos Palmares, Zumbi, que teria sido assassinado nessa 
data no ano de 1695. A data, em alguns estados e, aproximadamente, mil cidades é 
declarada feriado nacional, para se refletir sobre a luta nos negros no país.
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social, no no A do nãoéuma deexclusão tanto passadoquanto presente. história Brasil história integraçãoétnica,cultural
ousocial,ao acontrário,representou exaltação deumaculturaemdetrimentodeoutras.Inicialmentepelosportuguesese,desdeaIndependência,em1822,pelosprópriosbrasileiros,osíndioseosafro-brasileirostêmsofridoatéosdiasatuaisc
omexclusãoeconômica(tantoemrelaçãoàproduçãoouaoacessoaosbensdeconsumo);política(nopassado,peloregim
edeescravidãoeimpedimentodeobteremcidadania,nopresentepelaaindaescassarepresentatividade);esocial(acesso
aosdireitossociaisprejudicado–trabalho,moradia,saúde,educação,entreoutros).
Figura 1 - Uma das manifestações culturais de raiz afro-brasileira mais importantes no Brasil é a capoeira, reconhecida como 
Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO Fonte: Val Thoermer, Shutterstock, 2021.
 #PraCegoVer Na figura, temos a fotografia de um grupo de pessoas formando uma roda no meio da rua. Duas 
pessoas estão no centro, jogando capoeira. Atrás, outras pessoas seguram instrumentos típicos da prática, 
como o berimbau. Ao redor, pode-se observar prédios.
Quandonos à da emnossasociedade umreferimos presença matrizafro-brasileira precisamosabordar conceitomuitou
e permanênciaaindahoje:ode O GuidoBarbujani(2007) umavisãotilizado com raça. geneticistaitaliano desconstrói até
difundida–adequeos humanos divididospor –entãomuito seres estão raças branca,negra,indígena,asiática,dentreout
 Oras. autorpropõerepensartalconceito, afirmandoqueasdiferençasgenéticasentreossereshumanosdevemser
encaradascomoumdadosocial,enãomeramentebiológico.Naverdade,todosnósfazemospartedeumaúnicaespécie,a
humana,logo,opreconceitoeaexclusãosocialsãoreproduzidospeloshomensemsociedadeeéexatamenteporissoque
podemsermodificadasealteradas.
Você quer ler?
No livro (SCHWARCZ, 1993), você poderá refletir sobre o O espetáculo das raças
conceito de raça no Brasil na virada do século XIX para o XX, no contexto em que o 
conceito era hierarquizado e excludente, e assim descobrir como um país de ampla 
população negra como o nosso se projetava para o mundo.
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Ao queas e aindasão podepensarqueéumafalarmos populaçõesindígenas afro-brasileiras socialmenteexcluídas,você
uma quena a de1988,emseu aigualdadedeafirmaçãoequivocada, vez atualidade ConstituiçãoFederal artigoV,garante
alei, o sendo umcrime e 2002).todosperante inclusivecom racismo considerado inafiançável imprescritível(BRASIL,
umaleipode obom davidaem quePorém,somente garantir funcionamento sociedade?Certamente não.
Aleiéo dasdemandasedas sociaisdoseiodasociedade, éumaviademãodupla:resultado transformações logo, enquanto
asociedadenãoagir a dosgrupos alei umacontra exclusão historicamenteexcluídos, serámeramente ferramentateórica.
Mesmoassim, observardeque a de1988visa a eavale forma ConstituiçãoFederal assegurar manifestação cultural p
daidentidade e no areservação indígena afro-brasileira Brasil,comovamosacompanhar seguir.
1.1.3 As manifestações culturais e a legislação brasileira
Parao de a social por maisumabismosocialexercício reflexãosobrecomo exclusão acaba gerarcadavez entre
cidadãosno é o de eidentidade.Brasil, preciso,inicialmente,abordar conceito cultura
De o Geertz(1978, 15),a podeser omp eendida omo“uma eiadesignifiacordocom antropólogoCliord p. cultura c r c t c
ados ecidapelohome .E a eiaa a a por porum desímbolosqueelemesmo masquet m” st t c b orientá-lo sistema construiu, est
alémdele. i as os easnormas de enãosão neminseridasá Ass m, crenças, valores variam culturaparacultura, estáticas dentr
deummesmo as quepossuíamosno podemnãoserasmesmasnao contextocultural: práticasculturais passado atualidad
Como poder o esposoouesposa,uma queo i oe. exemplo, escolher futuro vez casamentoserv aparagarantir direito
daposseeda e a doséculoXIX,nassociedades mais a doherança, somente partir ocidentais,surgiucom destaque prática c
emquea emasamentoromântico, escolhaamorosaeracolocada questão.
Estudo de Caso
Isabella é uma adolescente que sonha em ser uma importante empresária na área de 
exportação. Estuda muito, dia após dia, e tem as melhores notas na escola. Ao final do 
terceiro ano, aos 17 anos de idade, Isabella é surpreendida quando várias pessoas de sua 
família e de seu círculo de amizades repetem a mesma frase: “uma mulher só é completa 
se for casada e com filhos, desista de estudar.”
Isabella não dá ouvidos aos conselhos externos, continua a estudar, se forma e consegue 
um emprego em uma grande multinacional. Muda-se para o Japão. Torna-se uma mulher 
bem-sucedida e feliz em seu trabalho. Porém, todo ano, ao visitar os amigos e a família, 
ouve a mesma pergunta: “por que não se casa e tem filhos?” Isabella todo ano sorri e 
diz: “ah, sociedade, por que vocês querem colocar um padrão em algo que pode ser 
livremente escolhido por mim, um indivíduo autônomo?”
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Sehá pelasquaisumasociedade no dos oquedefiniria, umaidentidademudançasculturais passa decorrer tempos, então, c
É auma deumgruposocial, pelaultural? sentir-sepertencente redeespecífica ligado tradição,ancestralidade,costumes
e crenças. Emumasociedade cadavezmais orgânica,individualistae globalizantemanteraidentidadeculturaldeum
grupopodeserdeverasdesafiante.
Figura 2 - A cultura é uma rede de significados que acabam interligando os indivíduos, dando-lhes um sentido ulterior Fonte: Rawpixel.
com, Shutterstock, 2021.
 #PraCegoVer Na figura, temos uma fotografia editada digitalmente. Na parte inferior, encontramos pessoas de 
costas, olhando para frente, em direção a uma grande tela. Nesta, há uma espécie de apresentação indicando o 
que é cultura, envolvendo aspectos como nação, diversidade, tradição, crença, etnia e pessoas.
Aopensarmossobreidentidadescoletivas,imediatamenteprecisamosrefletirarespeitodaproteçãosobretais
identidades,dequaismecanismossãoutilizadosparaquesejamresguardadas.Aidentidadeeasmanifestaçõesculturais
dosindígenasedosafro-brasileirossãoprotegidaspeloEstado.Masoqueteriamessespovosdediferentequepossamjus
tificartalproteção?
Durante séculos de colonização e escravidão, esses povos, tão heterogêneos entre si, mas que eram
vistos uniformemente, viram sua cultura ser diminuída ou mesmo calada pelos detentores do poder: o
homem branco colonizador. Os costumes culturais indígenas e africanos, suas danças e manifestações
religiosas eram considerados pecados por uma lógica eurocêntrica cristã que eliminava qualquer
alternativa à fé portuguesa, a fé católica.
A sociedade não entende Isabella, mas ela continua sendo feliz por exercer suas escolhas 
livremente.
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Assim, manter viva a cultura nativa e africana era possuir uma atitude de resistência. Os quilombos,
antigos redutos para escravos fugitivos, são uma forte expressão da resistência negra no Brasil,
desmistificando a ideia de que os antigos escravizados aceitavam passivamente sua situação de
escravos.
Os descendentes dos ex-escravizados que se autodefinem a partir da relação que possuem com o território,
com uma ligação com seus ancestrais e suas tradições formam as comunidades quilombolas. No Brasil,
existem 220 títulos emitidos, regularizando 754.811,0708 hectares em benefício de 152 territórios, 294
comunidades e 15.910 famílias quilombolas, segundo dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária, o INCRA, órgão responsável pela titulação das terras quilombolas (INCRA, 2017). Assim, busca-se a
preservação cultural desses grupos étnicos que durante séculos viram sua cultura tentar ser destruída, direta ou
indiretamente.
O Estado brasileiro, por meio de sua Constituição Federal de 1988, assegura a preservação cultural, material e
imaterial dos povos indígenas e afro-brasileiros, conforme se pode observar pelo parágrafo 1º do artigo 215:
Em aos o 216 àquelesquepossuem incluindoosrelação patrimôniosculturais, artigo refere-se referênciasidentitárias, co
esítiosde éo das quilombolas.njuntosurbanos valorhistórico,como caso comunidades
No alei10.639,de2003 2003)que quea eâmbitoeducacional,temos (BRASIL, determina História culturaafro-brasilei
sejam na nosensinos e i osalunosra componentesobrigatórios educaçãobásica, fundamental médio.Ass m, poderãoter
auma das não pela oficial,acesso história raízesbrasileirasmuitasvezes contadahistória tradicionalmenteeurocêntrica.
Perceba,portanto,comoosgrupos apesardo suashistoricamenteexcluídos, Estadoassegurar manifestaçõesculturais,
ainda pela de epela social.A é, umasofrem falta representatividade exclusão lutaidentitária sobretudo, lutaconstante
pelo e de noqualdemandas ser seriedadeereconhecimento campos poder, específicasdevem tratadascom urgência,tan
pelo pelasociedade.to Estado,quanto
1.2 O processo de socialização e as instituições sociais
§ 1º O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro- brasileiras, e das de
outros grupos participantes do processo civilizatório nacional (BRASIL, 2002, p.126).
- -9
Asprimeirasinstituiçõesque desde sãoa a eas A datemoscontato criança família, escola instituiçõesreligiosas. partir int
os dasociedade, nossos e ao deeraçãocom membros formamos costumes,crenças valores.Muitasvezes, discordarmos
normasoudogmas, que uma masé emcertas acreditamos estamosrompendocom verdadeabsoluta, precisoter mente
queháuma socialque oconstrução envolve indivíduo.
Assi umdos mais pelasciênciashumanas:asm,nestetópico,vocêiráaprendersobre assuntos estudados instituições
sociaisesuasinfluênciasnavidado quedesde somosinseridosemum socialmaisindivíduo.Vocêverá cedo contexto a
equeas por e que nosmplo, instituiçõesacabam determinarcertasregras costumes muitasvezes parecemnaturais,
masquenarealidadeforamconstruídassocialmente.
1.2.1 As instituições sociais humanas
Asinstituiçõessociaissão dacuriosidade no eno uma quefruto científica passado presente, vez tratamdiretamente
denossavidaemsociedade.Alguns ÉmileDurkheim,KarlMarxeMaxWeber emsociólogos,como pensaram ferrament
quepudessemnosajudara inseridosemsociedade.Um mais asas entendercomoestamos estudo aprofundadosobre instit
quepossamosmelhor as e davidaemsociedade..uiçõesmerecedestaque,para compreender estruturas consequências
Uma podeser uma criadapelasociedade equeinstituição entendidacomo estrutura comcaracterísticasespecíficas serve
aosseus A ideiaque nos équeas nãosãoprópriosinteresses. primeira precisamos lembrar instituições estáticas,epassam
por profundastransformaçõesnodecorrerdostempos,umavezqueaprópriasociedadetambémpassapormutações.
Penseno dasociedade a doséculoXIX,por Naquele asurgimento capitalistaburguesa, partir exemplo. contexto,com vitó
do no eo deumasociedademais asria capitalismo cenáriointernacional advento mecanizada, instituiçõestradicionais,c
a por eomdestaquepara família,passaram profundastransformações.Velhosconceitosforamabandonados novossurgi
assim na emqueas por eram, tambémocorre atualidade, instituiçõesestãoconstantementepassando transformações red
a dia.No viu ÉmileDurkheim da indivíduoefinições cada tópicoanterior,você como refletiaacerca conjunção
/sociedade,ea das o afirmaque:respeito instituições, autor
Vamosaum da deDurkheim:uma de9anos,aindanoensino seexemplopráticopartindo lógica criança fundamental, rec
ausaro os asnormasda nãousa uniformeescolar.Porém, pais,concordandocom instituiçãoescolar, oferecemalternativa
ao mesmo tempo que as instituições se impõem a nós, aderimos a elas; elas comandam e nós as
queremos; elas nos constrangem, e nós encontramos vantagem em seu funcionamento e no próprio
constrangimento. (...) Talvez não existam práticas coletivas que deixem de exercer sobre nós esta ação
dupla, a qual, além do mais, não é contraditória senão na aparência. (DURKHEIM, 1974, p. 30)
- -10
à anãoser queelanãopodese dosdemais da ouseja,nãopodecriança obedecer,explicando diferenciar colegas escola,
suaindividualidadeemum de i Durkheim,a seexercer lugar convivência coletiva.Ass m,para consciênciacoletiva sob
àindividual.repõe
Figura 3 - A escola é um exemplo de instituição que molda e normatiza o indivíduo, e a figura do professor é vista como aquele que 
deve conduzir o conhecimento ao aluno Fonte: Royalty-Free/Corbis, Shutterstock, 2021.
 #PraCegoVer Na figura, temos a fotografia de uma mulher ajudando uma criança a ler. Esta segura um livro e 
o observa atentamente. A mulher, por sua vez, está atrás da criança, de pé, curvada, lendo a história. Há cubos 
coloridos embaixo do livro.
Outro pensador clássico que reflete sobre as ações individuais e coletivas e como isso pode ser estudado
cientificamente é Max Weber (1864-1920). Divergindo de Durkheim, Weber acredita que a sociedade não é
formada a partir de uma síntese, ou em outras palavras, a consciência coletiva não precede o indivíduo, ao
contrário, o indivíduo realiza suas ações sociais dotado de um sentido ao mesmo tempo racional e subjetivo e,
portanto, anterior às instituições. De uma forma mais direta, Weber (2009, p.22) assim define as instituições:
“não são outra coisa que desenvolvimentos e entrelaçamentos de ações específicas de pessoas individuais, já
que apenas elas podem ser sujeitos de uma ação orientada pelo seu sentido”.
Logo, para Weber, é a própria ação social que dá origem às instituições, e a relação social se dá a partir do
compartilhamento recíproco de conteúdos que possuem significância inicialmente para o indivíduo e somente
depois para os demais membros da sociedade.
- -11
A seguir, vamos acompanhar de perto os caminhos e descaminhos das principais instituições sociais que
persistem apesar das mudanças do mundo pós-moderno.
1.2.2 As instituições e os indivíduos: a família enquanto primeira 
instituição social do homem
A aqual desdeonosso éa Nela, asprimeirainstituiçãocom temoscontato nascimento familiar. recebemos referênciascult
nossalíngua,esomos a ouaquela enfim,a nosmoldaa desuasuraiscomo orientados seguiresta religião, família partir próp
e Comovimos,nenhuma alheiaàs sociaisqueas e,no dariaspré-noções crenças. instituiçãoestá mudanças cercam caso fa
é na os fim,nosmília, perceptívelver atualidade novosarranjosexistentes.Por perguntamos:comtantasmudanças
sociais, poderíamosdefinira De (1996, 297-como família? acordocomOuthwaite p. 298):
Notecomoa de não um pré- Seassimprópriadefinição família permite enquadramento existente. fosse,retornaríamos
aum que umtipode aquele porumpassado somente famíliaerapermitido, composto casalheterossexualcomprolecons
Na pós-moderna, umamplotituída. realidadeatual, percebemos caleidoscópio dearranjosfamiliares:paisoumãessolt
eiros,netossendocriadospelosavós,casaishomoafetivosadotantes,tantasaspossibilidadesquenãoseriapossíveldesc
revê-lasnestecapítulo.
Cabeaqui seos da emque ourefletir preceitosmorais família crescemosexcluemoutrosarranjosfamiliares outrosmemb
dasociedade,sejaporsua social, porseraros condição cor,orientaçãosexual,entreoutros.Exatamente primeirainstituiç
 a qual a dos no seio éumãocom temoscontato, desnaturalização conceitos apreendidos familiar exercícioárduo,po
Ao emsociedade, que em queháum de de onderémnecessário. vivermos temos ter mente campo disputas representações,
grupoem maisdemandaspeloseu pelasociedade pelocada particularexigecadavez reconhecimento,tanto quanto Esta
Você quer ver?
No filme (CHOLODENKO, BLUMBERG, 2010), você pode Minhas mães e meu pai
acompanhar a história da família atípica de Jules e Nic, duas lésbicas que no passado 
fizeram inseminação artificial e agora se veem às voltas com seus dois filhos 
adolescentes que buscaram e encontraram seu pai biológico.
o próprio conceito – a família –, portanto, não pode captar a extensão e a diversidade de experiência que
muitos hoje definem como sua. A família – na realidade, muitas famílias diferentes – veio ‘para ficar’. A
família é uma elaboração ideológica e social. Quaisquer tentativas de defini-la como uma instituição
delimitada, com características universais em qualquer local ou tempo, necessariamente fracassarão.
- -12
Sendoassim,éde queasminoriassociaisbusquem maiso eado. direito cadavez reconhecimento representatividade
nomeiosocialepolítico.
1.2.3 Moldando o ser humano: as instituições religiosas e a escola
Após refletir sobre nossa primeira instituição, a família, a próxima instituição que vamos destacar e que molda
o indivíduo aindaem sua infância é a religiosa, em suas diversas manifestações. Dificilmente haverá uma
sociedade na história que não possua alguma ligação com o sagrado e com símbolos, mitos, crenças e
tradições. Algumas religiões resistiram às situações tempestuosas, passaram por modificações e readaptações,
e permanecem na atualidade, mesmo que tenha havido certa perda da identidade na pós-modernidade.
Apesar da existência de tantas expressões religiosas diferentes, Giddens (2012) nos auxilia a compreender as
características em comum que as religiões teriam:
Assi ao deuma oindivíduo auma que asmesmasm, fazerparte religião, torna-sepertencente comunidade partilha crenç
A daí,oindivíduonãoémais mas deas. partir indivíduo, parte algomaior.
Figura 4 - A religião traz ao homem o sentimento de pertencimento, de crença em comum, lhe dá sentido Fonte: Quick Shot, 
Shutterstock, 2021.
 #PraCegoVer Na figura, temos a fotografia de uma senhora com as mãos juntas ao peito, em sinal de prece. 
Ela veste um cobertor quadriculado por cima dos ombros e uma blusa de lã verde. Aparece apenas parte do 
seu rosto, com foco para suas mãos.
As características que todas as religiões parecem, de fato, partilhar são as seguintes. As religiões
implicam um conjunto de símbolos que invocam sentimentos de reverência ou de temor, ligados a rituais
ou cerimônias (como os serviços religiosos) realizados por uma comunidade de crentes (GIDDENS,
2012, p. 535).
- -13
Pordarumsignificadomaioraoindivíduo,areligiãopodeseruminstrumentoperigosodepoder,poispodesermanipul
ávelporaquelesqueassumemposiçõesdemando.Outrocuidadoemrelaçãoàreligião,écompreenderqueosistemadec
rençassomentedizrespeitoàquelesqueacreditamemdeterminadodogma.
Uma sejaelaqual nãopodeser e umasociedade,anãoserqueocrençareligiosa, for, determinante impostaparatoda regim
em sejao Deus; na ou porepolítico questão teocrático(teo: cracia:governo),comoocorre ArábiaSaudita Paquistão,
Nassociedades de o ao deexemplo. democráticas,valer-se preceitosreligiosospara impedimento acesso direitos
sociaisdosgrupos éemsiuma da da quepolíticose/ou minoritários, própriacontrovérsia gênese democracia, deve
queos daminorianãosejamincluídospelosdamaioria. i no daassegurar direitos Ass mcomo caso família,desnaturalizar
as e quenos moldardesdea nãoéumacrenças convicçõesreligiosas tentaram infância tarefafácil,porém
écrucialquepossamos afimde senãoemharmonia,aomenosemumasociedadedesnaturalizartalatitude convivermos
justa.
A aqual ainda éa quepodeser um deterceirainstituiçãocom temoscontato criança escola, tanto espaçosocializador forma
ouserum de Nasua a pode aomesmo quepodepositiva espaço exclusão. opinião, escola integrar tempo excluir?Vamos
esserefletirsobre ponto.
A educação brasileira tradicionalmente seguia um viés conservador, herdeira de uma educação
jesuítica que privilegiava aspectos quantitativos em detrimento dos qualitativos. Tanto essa vertente
quanto a tecnicista, privilegiava os resultados, não a emancipação do educando e sua compreensão do
mundo em que vive.
O maior educador brasileiro, Paulo Freire (1921-1997), sugere que abandonemos a “concepção
bancária da educação” (FREIRE, 2011, p. 33), onde alunos são meros receptáculos do conteúdo dado
por um professor que deteria todo o conhecimento, e passemos a lutar por uma educação humanista e
libertadora e, sobretudo, política, onde o professor reconheça que a todo o momento pode aprender
com o aluno. Assim, ambos constroem o conhecimento mutuamente, sem hierarquizar saberes.
A escola enquanto espaço excludente é aquela que rejeita e oprime as minorias sociais, sejam elas de
qualquer forma: de cor, religião ou orientação sexual, ou outras aqui não citadas, apartando-as do
processo socioeducativo, que deve ser construído com toda a comunidade, para além dos rumos da
instituição.
Na Constituição Federal (BRASIL, 2002, p. 123), artigo 205, a educação é referida como “direito de
todos e dever do Estado e da família”, inclusive sendo “promovida e incentivada com a colaboração da
- -14
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho". Portanto, a instituição escolar não está apartada de outras
instituições, como a família.
O tipo de escola que queremos reflete-se no tipo de sociedade que temos. Se a escola assume uma postura
excludente, preconceituosa, tecnicista ou que privilegia a memorização em detrimento da consciência crítica, é
porque a sociedade e o poder público não fiscalizam ou investigam o que deveria ser cumprido
obrigatoriamente, visto que é lei (BRASIL, 2002) que tenhamos um ensino pautado pelos princípios de
igualdade, liberdade e pluralismo de ideias e concepções pedagógicas. A construção de uma educação que
ensine de forma crítica, política e construtiva depende de uma sociedade verdadeiramente atenta para que tais
posturas ocorram de fato.
Figura 5 - A inclusão deve ser palavra de ordem de toda e qualquer escola. Se a escola for excludente, é porque toda a sociedade 
também o é Fonte: Nelosa, Shutterstock, 2021.
 #PraCegoVer Na figura, temos a fotografia de mãos segurando grandes letras vermelhas. Estas formam a 
palavra "inclusão".
Nopróximotópico,vamosestudarainstituiçãoqueexercepodersobretodososindivíduoshabitantesdeumterritórioem
comum:oEstado.
1.3 O Estado e suas representações sociais
Vocêdeveterpercebidoatéaqui as sociaisnos enormas, écomo instituições imputamcrenças,valores porém, precisoco
que poder nós.O a nãoéopcional,poisaonheceroutrainstituição exerce sobre pertencimento estainstituição nascermos
já inseridosemsua o nos nos epossui deestamos lógica.Vamosrefletircomo Estado obriga, limita diferentesformas at
uação.
Então,nestetópico,vocêiráse a de o que eaprofundar respeito como Estado,instituição regula,normatiza administra
avidaemsociedade,podeserpensadode os a daformacrítica.Vamoslevantar questionamentos respeito legitimação,
dousoda ea queo aseuscidadãos. maisforçafísica representação Estadoproporciona Tambémvamosconhecer sobre
adivisãodopoder dodentro próprioEstado.
- -15
1.3.1 Por uma definição de Estado
Existemdiversasteoriasa da da do Na orespeito necessidade fundação Estado. Gréciaantiga, filósofoAristótelesacredit
queo seriaumasociedade a artirdesua on ep ãodequeohomeméumanimalpolíti .Em“Opríncipava Estado natural p c c ç co
, em1532, afirmaqueo seriaa deumae” escrito NicolauMaquiavel Estado expressão comunidadepolíticasoberana.
NoséculoXVII, denominadosde (ThomasHobbes,John epensadorespolíticoseuropeus, contratualistas Locke Jean-J
aideiado dasociedadecivila do deumacquesRousseau)defendiam surgimento partir cumprimento contrato
socialquedaria aum de A do omútuoautoridade governante formalegítima. assinaturasimbólica contratopressupunha
e ehaviaaideiada do quenaqueleacordoentregovernantes governados, necessidade governante, contextodetinhatodo
opoderemsi, as humanaspormeioda de normaseparacontrolar paixões formalização regras, obrigações.
A por a doséculoXVIII elaso dequeo nãomaisseEuropapassou importantestransformações partir dentre fato Estado lim
aum a dadivisãodos que o Da omundo oitava governante, partir poderes,para houvesse equilíbrio. Europapara ocidental,
se e seusmeios, o dosdiasEstadofoi modificando delimitando até formato atuais.
O Max em (2004),afirmaqueo nãopodeserdefinidoporseusfins,sociólogo Weber, “Apolíticacomovocação” Estado
masporseusmeios:omonopólio da o o seriauma humanaque,legítimo forçafísica.Para autor, Estado “comunidade dentr
dos de –a de aumdos essenciaisdo –o limites determinadoterritório noção territóriocorresponde elementos Estado reiv
omonopóliodouso daviolência (WEBER,2004, 98),ouseja,o éo que ousoindica legítimo física” p. Estado único detém
e daviolência. háa de que pois oexclusivo legítimo Porém, necessidade mecanismos delimitemtalpoder, casocontrário,
de e por os mais doscidadãos,sejamelescivis,Estadoagirá formaautoritária acabará desrespeitar direitos básicos
ousociais.Seo não suas aoscidadãossuapolíticos Estado cumprecom prerrogativas,cabe exigirem reformulação,comp
atívelcomnovasrealidades.
A de de do ImmanuelKant(1724-1778),concepçãotradicional Estado Direitoprovém filósofo para
quemaideiadequeos do vinculadosàs individuaiseà dainteresses Estadodevemestar garantias proteção propriedadepri
queo ser ao Kant(1998)afirmaquea asociedade,vada.Defendendo Estadodeveria subordinado direito, razãodevereger
emleisque ser Háumadiscussão maisamplaa da dedevem válidasuniversalmente. muito respeito definiçãojurídica Esta
queo éuma quevisaà da ado,porémcaberessaltar Estado organizaçãocoletiva manutenção ordempúblicacom leg
Você o conhece?
Thomas Hobbes (1588-1679) foi um teórico, filósofo, e matemático inglês que defendia 
a ideia de que o Estado era uma instituição criada artificialmente pelo homem para 
conter as paixões humanas, e por isso defendia o absolutismo. A partir do surgimento do 
Estado, após a assinatura do contrato social, havia leis civis, controle social e o fim de 
uma guerra até infinda entre os homens. Para mais informações, você pode ler a obra 
“Leviatã” (HOBBES, 1997).
- -16
dadapor osseus Oprincípioda éumadas emquesefundao poisitimidade todos membros. legalidade bases Estado, soment
após pelo doque équeumalei ser ecumprida.e passar crivo foiinstituídocomolegal deve respeitada
Partindodas e do a da o eaconcepçõessociológicas jurídicas Estado,vamosagorapara busca compreensãosobre papel fu
nassociedadesnçãodestainstituição ocidentais.
1.3.2 As ações do Estado na vida social
Agoraque já queo é criadapelohomemepossui ousodavocê entendeu Estado instituição comocaracterísticas forçafísic
a deleisea dos mais doscidadãos, algumas doa, normatização defesa direitos básicos vamospara ações Estado
emnossavidacotidiana.
Umdos ao éode ojá Max opoder umaconceitosbásicosligados Estado poder.Para citadosociólogo Weber, pressupõe rel
desubmissão(odomíniodeumhomemoudeumgrupo osdemais),equemopossuiemação sobre primeirolugardeveobt
de eser dosmeios de Ouseja,o doê-lo formalegítima detentor materiais organização. Estadoprecisa reconhecimento
desua por doscidadãos.legitimidade parte
Umtipo depoderéa só quandohálegítimo dominação, existindo motivossuficientementefortesparaassegurar
aobediência,enão pelousoda Emnossa o há quesomente força. relaçãocom Estado, variadosexemplos demonstram
asubmissãodoscidadãosaele,do indode àsleis,normase nocontrário,estaríamos encontro obrigações.Porexemplo, B
o é dos18aos70anosdeidade.Se pornãorasil, voto obrigatório optarmos votar,estaremos
descumprindoumdosprincípios dacidadaniae,por umasériedebásicos contadisso,sofreremos represálias,comoter
otítulo e,assim,o de de de oucassado impedimento participar concursospúblicos, retirarpassaporte carteira
deidentidade,denão em deensino oficial, Emrenovarmatrícula estabelecimentos público dentreoutrassanções resumo
ao auma social ao há e assim, pertencemos comunidade subordinada Estado, certosdeveres obrigaçõesimplícitos, como
Quando jáháuma leis um penaleasdemaisnormasesomosdireitos. nascemos, constituiçãovigente, trabalhistas, código
em essaenquadradospreviamente toda lógica.
1.3.3 As formas de ação e organização do Estado
No da dahumanidade,o assumiu mas quenosso fiquemaisdecorrer história Estado diversasformas, para estudo delimita
a dodovamostomarcomoexemplo constituição Estadobrasileiro.
Antesdesermos de é,nãotínhamosqualquertipodeBrasil,éramoscolônia Portugal,isto organizaçãopolítico-administ
nãocidadãos.Issoquer queo não Orativaautônoma,éramossúditos, dizer Estadobrasileiro existia?Exatamente. Esta
a a da deindependênciade e nossadopassousomente existir partir proclamação Portugal com primeiraconstituição,
- -17
em1824.Não deser masdesdeonosso pordeixamos Brasil, nascimento,enquantoEstadoNação,passamos diversosgo
 civil, eporfimovernos:império,república oligárquica,ditadura repúblicademocrática, ditaduracivil-militar retorno
à (desde1985).democracia Os masogovernosmudaram, Estadopermaneceu.
DesdeoséculoXIX,amaioriados a de AEstadosocidentaisadotou forma repúblicacomogoverno. palavrarepública
éoriundado – um no a doslatim,respublica coisapública, governorepublicanopressupõerotatividade poder, escolha rep
do eadivisãodopoderem eresentantes povo três:executivo,legislativo judiciário.
A dadivisãodopoderem maisbem pelo Charlesde em“Oteoria trêsvertentesfoi formulada filósofo Montesquieu espír
das (1979), queinfluenciou i opodernãoseriaito leis” obra governosrepublicanosposteriores.Ass m, centralizado
nasmãosdeum masseria a da que umdos deúnicogovernante, equilibrado partir função cada trêssetoresexerceria forma
emharmonia si.independente,porém entre
Você sabia?
Estado e governo são diferentes? Sim. O Estado é permanente, é a instituição que 
centraliza em torno de si o poder e possui códigos, normas e sistemas. Os governos se 
alternam, são mutáveis, como vimos no exemplo do Estado brasileiro. Quer saber mais 
sobre isso? Recomendamos o livro “Dicionário de política” (BOBBIO, 1998), do 
historiador e filósofo político Norberto Bobbio.
- -18
Figura 6 - Montesquieu (1689-1755) foi um dos mais importantes teóricos políticos do mundo, influenciando diversos processos 
revolucionários no mundo ocidental Fonte: Shutterstock, 2021.
 #PraCegoVer Na figura, temos um esboço em preto e branco do perfil de Montesquieu. Ele está com um leve 
sorriso e veste roupas pesadas, com um lenço amarrado no pescoço.
O poderexecutivotema função degovernar, oude executaras leisprevistas naConstituição,cartamáximadospaí
ses.Ochefedoexecutivo,geralmenteumpresidente,possuialgumasatribuiçõesque,sobretudo,devemzelarpelobem-
estardapopulação.Eletemopoderdevetarousancionarosprojetosdeleiformuladospelopoderlegislativo,masnãotem
opoderdecriarasleis,poisessaéumafunção dopoderlegislativo.Alémdisso,éopoderlegislativoquefiscalizaoExecuti
vo,votaleisorçamentáriaseemcasosexcepcionais,atémesmojulgaseusprópriosmembrosouosdopoderexecutivo.
Cabeaopoderjudiciário a em asleiseaspromover justiçalevando consideração regrasconstitucionaispré-estabelecid
Sua é pelaschamadas ea éo emqueumaas. hierarquia formada instâncias, primeirainstância primeirolocal ação
éanalisadae as ou asdecisõesjulgada, instânciasconfirmam refutam tomadasanteriormente.
Entreos háoprincípiode ou e afimdequeopodersejatrêspoderes, checksandballances, freios contrapesos, equilibrado,
quenenhumpoder o Dessa aharmoniaeaindependênciaemumpara supere outro. forma,assegurando Estadodemocráti
co.
Perceba,portanto,comoé queopoderseja enão os deuma daimportante equilibrado defendasomente interesses parte
Quandohá deum de o queser nãopopulação. vigência Estadodemocrático direito, governotem paratodos, somentepara
uma da quealeisejacumpridaequea seja declasse,parcela população.Assegurar justiça feita,independente raça,orienta
ouqualquer éoprincípio dequalquersociedadequesediz e Nenhumdosçãosexual distinção, básico democrática justa.
é avigilânciapor de sociedadeécrucial quenãohajadesarmoniaedesigualdades.poderes estático,logo, parte toda para
No a sociedadee equedepróximotópico,vocêvairefletirsobre correlaçãoentretrabalho, economia forma
issoinfluenciasuavidaemsociedade.
1.4 Trabalho, sociedade e economia – I
No o de socialedeque nossavidapresentetópico,vamosrefletirsobre conceito trabalho,produção forma produtiva
influencianossos sociais,eainda analisara do de esuas nopapéis vamos evolução conceito trabalho diferentesrelações d
do A queoshomens no da se assim asecorrer tempo. formacom produzem decorrer história alterouprofundamente, como
os humanosO deolhar o nos anossa deumarelaçõesentre seres exercício para passado possibilitaenxergar realidade form
ao asdesigualdadese nomundodo enomeiosocial,uma queoacrítica, percebermos exclusões trabalho vez trabalho
éuma humana.atividadeinerentemente
1.4.1 O trabalho numa perspectiva ontológica
- -19
A o de uma quea deuma eseureflexãosobre trabalhodeveriapartir todoindivíduo, vez escolha profissão exercício
éumadasdecisõesmais que emnossavida.Afilosofianosajudaaeaimportantes tomamos questionarconceitos ontologi
o doser ouseja,que suas seusprincípiosea,significa estudo enquantoser, explora características, natureza.Portanto,
pensarno numa é suas etrabalho perspectivaontológica refletirsobre origens,natureza,percurso transformaçõessócio-
históricas.
A que ser é ohomemeseu poisas queoshomensprimeirarelação deve estabelecida entre trabalho, formascom produzem
influenciam avidasocial. nos por oshomens seo étoda Devemos questionar, exemplo,porque produzem, trabalho nec
uma de e oquesua anosessariamente fonte opressão refletirsobre trajetóriatem dizer.
Umdos mais por o de éoalemãoKarlMarx(1818-1883). oteóricos conhecidos, tratar trabalhocomoobjeto estudo, Para
é ohomemdo uma que:autor, impossívelseparar trabalho, vez
Assi dotipode ou a dohomem omsendo,independente Estado,governo tempohistórico, relação com trabalhopermanec
Ohomeméo que, dosanimais, planejar criar e ae. único diferentemente consegue previamente, metas,objetivos alterar
aseu Umanimal,pormelhorque a damesma que hámilênios,natureza redor. produza,continua produzir forma fazia
poiséguiadoporseus Jáohomem,criaos meios asua eessa de ainstintos. próprios para sobrevivência, ação alterar nat
em desua éoquesechamadeureza prol próprianecessidade trabalho.
Vamosusar uma ela eassimsuaespécie hámilênios.Uma nãovisacomoexemplo galinha, produzovos, temfeito galinha
sua não nem um emseus Sãooshomensque,pensandoemseuaumentar produção, fazhoraextra coloca logotipo ovos. pr
os mais queelas mais,ópriolucro,tornam galinheiroslugarescadavez insipientespara produzam com
ousodeluzartificial, de e A não adição proteína cálcio. galinha deixadesergalinha,masohomem,aoacrescentarmeios
artificiaisaosnaturaisparaaumentaraprodução,acabaporalterartodaumanatureza.Otrabalhoé,portanto,aalteração
danaturezapelohomemcomofimdesuprirsuasprópriasnecessidades.Nopróximotópico,vocêrefletirásobreahistória
dotrabalhonodecorrerdotempohistórico.
1.4.2 O trabalho através da história
Umadas mais o uma quejá queohomemquestões importantessobre trabalho, vez entendemos produzalterando
omeioemque a desua éanalisarsua e isso maisuma aKarlvive partir própriaação, trajetória, para vamosretornar, vez,
O daanálisedasociedade doséculoXIX,e um abismoMarx. autorparte capitalista identifica profundo entretrabalhador
como criador de valores de uso, como trabalho útil, é o trabalho, por isso, uma condição de existência do
homem, independente de todas as formas de sociedade, eterna necessidade natural de mediação do
metabolismo entre homem e natureza e, portanto, da vida humana (MARX, 2011, p. 167).
- -20
eo doseu uma ou, o Essafruto trabalho, verdadeiraimpessoalidade conforme autorchamava,alienação. lógicarompiaab
oque naIdadeMédia, emquehaviaas de asruptamentecom ocorriaanteriormente época corporações ofício, associações
que as e homemsabiasua eseu A deumadivisão doregulamentavam profissões, cada profissão exercício. partir lógica tra
o oeloquetinha o deseu eissoo mais ebalho, trabalhadorperde com resultado própriotrabalho, torna mecanizado aliena
do.
Figura 7 - Karl Marx (1813- 1883), um dos teóricos mais importantes a respeito da análise do mundo do trabalho Fonte: Nicku, 
Shutterstock, 2021.
 #PraCegoVer Na figura, temos um esboço em preto e branco do busto de Karl Marx. Ele tem cabelos e barba 
cheios e longos. Veste paletó e tem um colar pendurado em seu pescoço.
ParamelhorentenderarealidadedoséculoXIX,Marxolhaparaopassadoafimdeinvestigarcomoeraarelaçãodos
homenscomotrabalho,eformulaoconceitodemododeprodução,quesignificacomooshomensseorganizamsocialme
nte,formadopelajunçãodaquiloqueseproduz(forçasprodutivas)epelasrelaçõesdeprodução.Marx(2011)afirmaque
nodecorrerdahistóriadahumanidadetivemoscincodistintosmodosdeprodução:
Modo de produção primitivo
No início da sociedade humana, ainda não havia a instituição do Estado ou de leis que limitassem a vida
humana em sociedade. Também não havia propriedade privada, assim como não havia uma relação de
produção dividida entre proprietários e empregados, pois os bens coletivos eram divididos entre todos.
- -21
Modo de produção escravista
Extremamente desigual e violento, esse modo de produção estabelecia uma relação de dominação em que o
senhor tudo detinha (os meios de produção - terra, materiais - e a força de trabalho), pois ao se tornar o
escravo o homem não mais pertencia a si, mas ao outro, que poderia vendê-lo, alugá- lo e obrigá-lo a trabalhar
até o fim de sua vida. Houve casos em que a escravidão era por dívida, por tempo determinado ou
indeterminado, mas o que se precisa destacar é que a condição de escravo despersonalizava o homem e o
transformava em mercadoria.
Modo de produção asiático
Presente na China, Egito, parte da África e Índia, esse modo foi marcado pela presença soberana do Estado,
que controlava a economia, a política e mesmo a religião. Era utilizado trabalho escravo e servil, símbolo de
grande desigualdade e abismo social que imperava.
Modo de produção feudal
Também marcado pela desigualdade social, a sociedade era dividida, sobretudo, entre senhores (que detinham
os meios de produção) e servos, que diferentemente dos escravos, não eram propriedade do senhor, mas
estavam presos à terra. Os servos deviam fidelidade ao senhor, e assim ocorreu por muito tempo. A
desagregação do mundo feudal ocasionou o surgimento do modo de produção ainda vigente no mundo atual.
Modo de produção capitalista
Ainda em vigência e tendo passado por ciclos, é caracterizado pela presença da propriedade privada e pelas
relações assalariadas de produção, visando sempre maior lucro.
Emseu na aclassesocialque osmeiosde a eosinício, primeirafasecapitalista, detinha produçãoera burguesia, trabalhado
chamadosde Apesardenão nemservos,o via-seàs um ereseram proletariados. seremescravos proletário voltascom v r
dadei o é ci ode ese ,ouseja,umap ofunda on or ênciaent eaqueles quer “ex r t r rva” r c c r r tambémprecisavamsobreviver
emuma demais do sãochamadasde e aindaemrealidadetãodura.As fases capitalismo comercial,industrial financeiro, vi
nosdiasgência atuais.
Vocênão queomodode nãoé masos seus dedeveesquecer produçãocapitalista linear, paísessofrem processos formapar
eemseu A ea pelo sendoumamáxima eosticular próprioritmo. concorrência busca lucrocontinuam capitalista, empresár
e donosdomeiode ainda umamesma deque posso maisios profissionais produção fazem pergunta: forma lucrar gastando
omínimo séculos,os poisopoder pendia oladodopossível?Durante direitostrabalhistasforamignorados, sempre para p
à e os ao doatrão.Porém, graças militância,greves lutas, direitos trabalhistasforamconquistados redor mundo,
oquenãoquer quenão a aindanosdias Nãoháummododedizer existamcasosanálogos escravidão atuais. produçãoideal,
poismesmoquese ouaquelemenosdesigualé emconsidereeste necessáriopermanecerfiscalizando prol
deumasociedademais O serpensadode nãomais oumanipulada,equilibrada. trabalhodeve formacrítica, mecanizada
eéoque avamosver seguir.
- -22
1.4.3 Pensando o trabalho criticamente
Na domodode aindaé a pela deuma queatualfase produçãocapitalista, muitopresente pressão escolha profissão tragare
e um ao sua não pelo mastornofinanceiro imediato,porém, jovem, escolher profissão, devefazê-losimplesmente lucro, d
quea que asociedadeemqueeveentender profissão escolhersignificaráalterar vive.
Um o éode Ser pensarporsi,nãoseconceitobásicopararefletirmossobre trabalhoatual autonomia. autônomosignifica d
alienarpelo deum que ése de uma social,eixar resultado trabalho vocênuncateráacesso. perceberparticipante toda lógica
equeao a sua tudoaoseu muda,não emalterar naturezapara própriasobrevivência, redorconsequentemente somente ter
moseconômicos.
Conceitoscomoconsciênciaambiental,trabalhohumanizadoe social na deresponsabilidade devemestar pauta grandes
quenem assimpelo da A e desafioseempresas, sempreagiram curso história. atualidadetrazconsigonovos importantes v
essas melhornos Desdeo do oocêacompanhará novasconsciências próximoscapítulos. surgimentocapitalismo, lucro
éoquemaisse por dequem osmeiosde mashá que dabusca parte detém produção, mecanismos emergem própria
sociedadecivilque o queelenãoseja É que eregulamentam trabalhopara degradante. importante novasconsciências dire
surjam queo maisum o mas, ositos para trabalhotenhacadavez significadopositivo,para mercado, principalmente,para t
rabalhadores.
- -23
Conclusão
Concluímoso dadisciplina. jápodemos as sociaisqueprimeirocapítulo Agora, refletirsobre questões muitasvezesp
pôde queasociologiapode as observaraassavamdespercebidas.Você entender teoferecer ferramentaspara realidadeco
omoutroolhar, científico.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• refletir sobre o debate entre indivíduo e consciência coletiva em diferentes perspectivas;
• analisar como a exclusão social é uma realidade no Brasil ainda na atualidade, principalmente para as 
matrizes étnicas que formaram nosso país: indígenas e afro-brasileiros;
• observar os mecanismos legais que garantem a preservação cultural e identitária desses povos;
• refletir sobre o papel das instituições sociais na vida do indivíduo, como família, escola e instituições 
religiosas;
• entender o conceito de Estado, seus mecanismos de poder e sua divisão; aprender sobre o conceito de 
trabalho e sua evolução através dos tempos, assim como as relações entre os homens.
•
•
•
•
•
- -24
Referências
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WEBER,M.Economia : e sociedade fundamentosdasociologia UnB,2009.compreensiva.Brasília:
	Introdução
	1.1 Indivíduo, sociedade e exclusão: conceitos e enquadramentos
	1.1.1 O indivíduo e a consciência coletiva
	1.1.2 A exclusão social e seus desafios
	1.1.3 As manifestações culturais e a legislação brasileira
	1.2 O processo de socialização e as instituições sociais
	1.2.1 As instituições sociais humanas
	1.2.2 As instituições e os indivíduos: a família enquanto primeira instituição social do homem
	1.2.3 Moldando o ser humano: as instituições religiosas e a escola
	1.3 O Estado e suas representações sociais
	1.3.1 Por uma definição de Estado
	1.3.2 As ações do Estado na vida social
	1.3.3 As formas de ação e organização do Estado
	1.4 Trabalho, sociedade e economia – I
	1.4.1 O trabalho numa perspectiva ontológica
	1.4.2 O trabalho através da história
	Modo de produção primitivo
	Modo de produção escravista
	Modo de produção asiático
	Modo de produção feudal
	Modo de produção capitalista
	1.4.3 Pensando o trabalho criticamente
	Conclusão
	Referências

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