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21 5.0 CICLO DE VIDA DE UM PROJETO PARTE II O ciclo de vida pode ser dividido em um conjunto de fases, normalmente fixas para todos os tipos de projeto, contendo uma série de passos principais do processo de contextualizar, desenhar, desenvolver e colocar em operação uma determinada necessidade do projeto. Fases ...........................Genérico para todos projetos Estágios........................Específicos da natureza do projeto Atividades....................Específicos de cada projeto Conhecer as fases do ciclo de vida proporciona uma série de benefícios, dentre eles podem ser destacados: - A correta análise do ciclo de vida determina o que foi, ou não foi feito pelo projeto; - Que seja indicado qual o ponto exato em que o projeto encontra no momento; Ao longo do ciclo de vida, podem ser feitas diversas considerações, como: - As características do projeto tendem a mudar com a conclusão de cada fase do projeto; - A incerteza relativa aos prazos e custos tende a diminuir com o término de cada fase; A descrição do ciclo de vida do projeto pode ser genérica, representada por um único gráfico, ou detalhada, incluindo vários gráficos, fluxogramas e tabelas, específicos de cada atividade. 2.0 Características de Ciclo de Vida do Projeto Potencial de adicionar valor ao projeto O potencial é alto no início do projeto, quando a maioria das definições ainda está no papel, caindo até o término do projeto, quando o potencial de adicionar tende a ser mínimo. Custo das mudanças ou correções É pequeno nas fases iniciais, crescendo exponencialmente com o progresso do projeto até chegar ao custo total, podendo até mesmo superá-lo. Oportunidade Construtiva X Intervenção Destrutiva Construtiva, quando o potencial de se adicionar valor supera os custos de correção e Destrutiva,quando o potencial de se adicionar valor e inferior a de custos de correção. Ou seja, a capacidade de se alterarem as características finais do projeto e grande no inicio, caindo gradativamente com o passar do tempo. Incerteza do Risco X Quantidade Arriscada No inicio do projeto, o nível de incerteza e elevado, porém a quantidade arriscada e pequena, uma vez que se esta em uma fase inicial do projeto. Com o seu desenrolar, a incerteza a respeito do risco diminui enquanto a quantidade arriscada aumenta. 3.0 As Fases do Ciclo de Vida do Projeto Dependem intimamente, da natureza do projeto. Um projeto e desenvolvido a partir de uma ideia, progredindo para um plano, que, por sua vez, e executado e concluído. Cada fase do projeto e caracterizada pela entrega, ou finalização de um determinado trabalho e toda entrega deve ser tangível e de fácil identificação, como por exemplo, um relatório confeccionado, um cronograma estabelecendo um conjunto de atividades realizadas. Cada fase do projeto define qual o trabalho técnico que desse ser realizado e quem deve estar envolvido. Para efeito didático, serão consideradas apenas cinco fases características. 22 Fase de Iniciação Fase em que determinada necessidade e identificada e transformada em um problema estruturado a ser resolvido pelo projeto. Nessa fase, a missão e o objetivo do projeto são definidos, bem como as melhores estratégias são identificadas e selecionadas. Fase de Planejamento E a fase responsável por detalhar o que vai ser realizado pelo projeto, incluindo cronogramas, interdependências entre atividades, alocação dos recursos envolvidos, analise de custos, etc. Fase de Execução E a fase que materializa o que foi planejado anteriormente. Qualquer erro cometido nas fases anteriores fica evidente durante essa fase. Grande parte do orçamento e do esforço do projeto e consumido nesta fase. Fase de Controle E a fase paralela ao planejamento operacional e a execução do projeto. Tem como objetivo acompanhar e controlar o que esta sendo realizado, de modo a propor ações corretivas e preventivas. Fase de Finalização Avaliação que ocorre durante a execução dos trabalhos através de uma auditoria interna ou externa. Todas as falhas ocorridas durante o projeto são discutidas e analisadas para que erros similares não ocorram em novos projetos. 4.0 - Integração entre Performance, Custo e Tempo em Projetos Em todo projeto existe uma relação estreita entre os fatores de performance (escopo e qualidade), custo e tempo. Portanto, e impossível predeterminar todos os fatores simultaneamente. Com base em dois fatores e possível determinar o terceiro como uma função interna do projeto, ou seja, como uma função dos dois anteriores. Analise do Custo X Duração do Projeto E a relação mais importante entre dois fatores do projeto. Por exemplo, em projetos realizados em prazo reduzido, o custo torna-se elevado devido à quantidade de horas- extras, pessoal de controle etc. Quando o tempo destinado ao projeto e adequado, ele atinge seu ponto mais baixo (custo ótimo). Após esse período, o custo volta a subir devido a ineficiência e a perda de produtividade. Analise da Performance X Investimento A performance do projeto e diretamente relacionada ao investimento nele. No entanto, ao se atingir determinado nível de investimento, torna-se impossível converter esse capital em performance devido a outros elementos limitantes tais como escopo e tempo. Analise da Performance X Escopo Apesar de escopo ser um dado definitivo (planejado) pelo projeto é importante analisar o impacto de escopos genéricos e limitados na performance do projeto. Um escopo genérico demais não fornece sequer referenciais para medição de performance. Já um escopo extremamente reduzido e especifico torna o projeto quase inviável, pois as limitações e as restrições são tantas que a performance fica diretamente prejudicada. SUGESTÃO DE MODELO DE LISTA DE VERIFICAÇÃO (CHECK-LIST) Questões Fundamentais: A partir da definição das fases do ciclo de vida de um projeto, procura-se identificar as perguntas mais relevantes relacionadas com cada fase, listando-as na forma de uma lista de verificação. 23 1. Missão 1. A proposta é coerente com a visão e o planejamento estratégico da organização patrocinadora do projeto? 2. A proposta possibilita resultados e retorno sobre os investimentos compatíveis com as expectativas da organização? 3. As premissas relevantes foram estabelecidas e validadas? 4. Os recursos estratégicos estarão disponíveis para condução do projeto? 5. Foi formalizada uma proposta executiva, que define o objetivo, os resultados e especificações, os indicadores de acompanhamento, as premissas e os obstáculos do projeto? 6. A estratégia e o escopo do projeto estão claramente definidos? 7. A avaliação qualitativa e quantitativa da viabilidade do projeto é consistente e defensável? 8. Uma avaliação global de riscos foi realizada? O grau de certeza é suficiente para o nível de risco que a organização possa tolerar? 9. As principais partes interessadas foram adequadamente envolvidas? 10. Já foi definido quem será o gerente deste projeto, com a capacitação e experiência requeridas? 11. A equipe necessitará de alguma forma de suporte, treinamento, direcionamento e/ou acompanhamento diferenciados? 12. Toda informação relevante necessária para prosseguir o projeto está disponível e organizada? 13. A proposta executiva foi submetida e aprovada pela organização? 14. Existe a necessidade de um evento ou documento para formalizar o lançamento do projeto e o comprometimento das pessoas envolvidas? 2. Fase de Elaboração 1. O escopo foi detalhado e consensado pela equipe do projeto? 2. Está definida a metodologia de implementação e a sistemática de gerenciamento do projeto? 3. Existem cronogramas, marcos e orçamentos estabelecidos? 4. Os recursos foram adequadamente alocados? 5. As responsabilidades estão claramente definidas? 6. O processo de desenvolvimento de fornecedores e aquisição estásistematizado e é conhecido? 7. Os termos de referência para usuários estão definidos? 8. Foi estabelecido um plano de qualidade visando assegurar os resultados e especificações? 9. Foi realizada uma avaliação detalhada de riscos? Medidas contingenciais foram previstas? 10. O sucesso do projeto está assegurado? 11. Existe um sistema para documentação do projeto? 12. Foi estabelecido um plano de comunicação para todos os envolvidos (relatórios e eventos)? 13. Toda a documentação foi integrada em um guia detalhado do projeto? 24 14. O guia do projeto foi submetido e aprovado pela organização? 15. Existe a necessidade de um evento ou documento para formalizar o início da execução e o comprometimento das pessoas envolvidas? 3. Fase de Execução 1. A equipe está integrada e motivada para a execução das atividades do projeto (“teambuilding”)? 2. A liderança é reconhecida pela equipe, pela sua habilidade na comunicação, administração de conflitos e influência de pessoas? 3. A equipe requer treinamento específico nas tecnologias envolvidas? 4. A equipe está capacitada na solução de problemas e tomada de decisão? 5. Os fornecedores e interfaces da organização estão integrados ao projeto? 6. O processo de negociação com fornecedores tem sido harmonioso e próspero (ganha - ganha)? 4. Fase de Controle 1. Estão definidos indicadores de progresso e foi sistematizado seu acompanhamento? 2. Os relatórios de acompanhamento estão sendo gerados e avaliados periodicamente? 3. As reuniões de acompanhamento estão ocorrendo conforme programado? 4. Os desvios entre planejado e realizado estão sendo identificados? 5. As medidas corretivas estão sendo analisadas e implementadas? 6. Existe uma sistemática para o gerenciamento da mudança de escopo? O impacto das mudanças é simulado, avaliado e, após implementado, recoloca o projeto na trilha de seu objetivo? 7. O progresso e as auditorias estão sendo registradas e arquivadas? 5. Fase de Encerramento 1. Foram realizados os procedimentos de encerramento do projeto (auditoria de resultados, encerramentos contratuais e administrativos)? 2. O processo de transição esta encaminhado, assegurando a operação do produto do projeto? 3. A organização patrocinadora do projeto, os clientes e/ou usuários e a equipe do projeto estão satisfeitos com os resultados? 4. Foi conduzida uma reunião de balanço do projeto, concluindo-se as lições aprendidas (o que fizemos bem e onde podemos melhorar)? 5. Que resultados podem ser compartilhados e utilizados com propósitos institucionais e/ou mercadológicos? Obs: É uma sugestão, que os itens a serem verificados podem ser modificados de acordo com o projeto. SUGESTÃO DE FORMULÁRIO PARA AVALIAR LIÇÕES APRENDIDAS Observação: outros aspectos poderão ser incluídos de acordo com a especificidade do projeto e da sensibilidade do gerente e sua equipe. 25 ASPECTOS - COMENTÁRIOS 1. Os produtos entregues correspondem aos descritos no Guia do Projeto Definitivo? 2. Foi elaborado um relatório de auditoria final dos resultados? 3. Houve desvios entre os prazos realizados e programados? 4 Houve desvios entre os custos efetivos e os orçados? 5. Os desvios poderiam ter sido evitados? 6. Ocorreram riscos não previstos? 7. Os clientes/usuários estão satisfeitos? 8. A equipe ficou satisfeita com o apoio dos colaboradores? 9. Houve cooperação e comprometimento das pessoas? 10. O projeto foi bem administrado? 11. O projeto foi bem documentado? 12. Houve problemas de comunicação? 13. Os fornecedores entregaram seus produtos/serviços em conformidade com as especificações combinadas? 14. O que faríamos da mesma forma? 15. O que faríamos de maneira diferente? 16. O que sabemos hoje, e que não sabíamos antes do projeto? 17. Que recomendações para melhora dos próximos projetos? Fonte: Ministério da Defesa – Exército Brasileiro – Excelência Gerencial http://www.aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php?file=%2F69926%2Fmod_resource%2Fconte nt%2F0%2FElaboracao_e_Gerenciamento_de_Projetos.pdf http://www.aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php?file=%2F69926%2Fmod_resource%2Fconte 26 6.0 GRUPOS DE PROCESSOS PMBOK 5º edição - PARTE III Segundo o GUIA PMBOK® (Project Management Body of Knowledge) 5ª edição, uma das abordagens para conceituar a gestão de projeto considera a existência de cinco grupos de processos que ocorrem durante o ciclo de vida do projeto, conforme abaixo: 1. Iniciação, 2. Planejamento, 3. Execução, 4. Monitoramento e 5. Controle e encerramento. Os processos de iniciação ocorrem no início do projeto ou de uma fase, sendo nela alocados os recursos necessários para as atividades a serem executadas nessa fase. O Grupo de Processos de Iniciação possui dois processos realizados para definir um novo projeto ou uma nova fase de um projeto existente, através da obtenção da autorização para iniciar o projeto ou a fase. Se o projeto é dividido em fases cada um dos processos do grupo de iniciação é revisitado em cada uma das fases. Ou seja, abordamos novamente os processos de iniciação. Neste grupo de processos o escopo inicial é definido e os recursos financeiros iniciais são comprometidos. Além disso, os processos deste grupo também ajudam a decidir se o projeto deve ser continuado, adiado ou interrompido. -Nos processos de planejamento, são formulados ou revisados os objetivos do projeto e definidos o plano para alcançar as suas finalidades. Este grupo possui vinte processos realizados para definir o escopo do projeto, refinar os objetivos e desenvolver os cursos de ação necessários para alcançar os objetivos para os quais o projeto foi criado. Um plano de gerenciamento é um conjunto de planos como um plano de gerenciamento de escopo, um plano de gerenciamento de tempo, um plano de gerenciamento de custo além de outros planos auxiliares. O Planejamento do projeto é iterativo e continuo progressivamente, não precisa-se definir todo planejamento do projeto no seu inicio e sim em ondas sucessivas na medida que o projeto vai evoluindo e mais informações vão sendo coletadas. Processos de Encerramento Processos de Monitoramento e Controle Processos de Execução Processos de Planejamento Processos de Iniciação 5 Grupos de Processos 27 Os processos de planejamento definem como a execução deve ocorrer, com seu escopo, tempo, custo além de outros planos definidos conforme o plano. Os processos de execução configuram a concretização das atividades propostas para o projeto ou para determinada fase. O grupo de execução possui outros oito processos utilizados para executar o trabalho definido no plano de gerenciamento do projeto para satisfazer as especificações do mesmo. Nesses processos é que a maior parte do orçamento será consumida. Também durante a execução é que pode ser necessário atualizar o planejamento e mudar alguns planos de gerenciamento. Nos processos de monitoramento e controle, é avaliado o desempenho com a finalidade de verificar se o projeto está prosseguindo conforme o planejado. Caso necessário, ações corretivas podem ser implementadas para que as ações estejam em consonância com o previsto. Às vezes, é preciso o retorno ao planejamento. Este Grupo de Processos possui 10 processos necessários para acompanhar, revisar e regular o progresso e o desempenho do projeto, identificar todas as áreas nas quais serão necessárias mudanças no plano e iniciar mudanças correspondentes. É nos processos deste grupo que o desempenho do projeto é observado e mensurado de forma periódica e uniforme para identificar variações em relação ao plano. Os processos de encerramento constituem formalidade que retrata o fim de uma fase ou do próprio projeto. Apenas através do encerramento é que se admite o início da fase subsequente ou que se declare finalizado o projeto.Este grupo possui dois processos executados para finalizar todas as atividades de todos os processos visando encerrar formalmente o projeto ou a fase. Os processos de encerramento incluem a aceitação do cliente e do patrocinador, revisão pós-projeto ou fase, documentar lições aprendidas, atualizar ativos dos processos e arquivar documentos relevantes. CINCO GRUPOS DE PROCESSO PMBoK Grupos de processo não são fases do projeto. Grupos de Processos é simplesmente um agrupamento dos processos contidos no PMBoK. Existem alguns processos que tem mais a ver com Processos de Iniciação, outros com Planejamento e assim sucessivamente. Os 47 processos do guia PMBoK são divididos nesses 5 grupos de processo 28 As três fases centrais, planejamento, execução e controle, acontecem quase simultaneamente. Na realidade, o controle, agindo sobre todas as atividades da execução, promove, em muitos casos, reajustes no planejamento. Por outro lado, à medida que os fatos vão se sucedendo, são criadas condições de detalhamento de partes do plano que estavam sem as minúcias necessárias à execução. ÁREAS DE CONHECIMENTO Uma área de conhecimento é definida por seus requisitos de conhecimentos e descrita em termos dos processos que a compõem, suas práticas, entradas, saídas, ferramentas e técnicas. O conhecimento de gerenciamento de projetos, descrito no Guia PMBOK consiste nas seguintes dez áreas de conhecimento: 29 1.0 Definições As áreas de gerenciamento de projetos os descrevem em termos de processos componentes (subconjunto de processos) que podem ser organizados em nove grupos integrados. Cada um desses processos tem um detalhamento especifico e uma abrangência própria, porém sempre integrado com os demais, formando um todo único e organizado como descrito a seguir: 2.0 Processos do PMBOOK Mapas mentais, também conhecidos como Mindmaps, são considerados um padrão mundial para criação, gerenciamento e comunicação de ideias. Os mapas mentais apoiam a organização de ideias, de conhecimento através de uma visualização intuitiva e amigável, além de possuir grande versatilidade visual. Os mapas mentais se iniciam com uma ideia central, onde todos os ramos do mapa significam uma decomposição de ideias relacionadas, baseadas em um modelo visual de pensamento. O pensamento visual é um conceito baseado nas pesquisas de como o cérebro humano funciona, onde se busca o estímulo do senso visual e tátil, de modo a aumentar a criatividade e o entendimento das partes de um todo unificado, reduzindo o tempo de desenvolvimento e entendimento de ideias. 30 O PMBOK Guide 5ª Edição é dividido em dez áreas e quarenta e sete processos, como é apresentado a seguir. 3.0 Subconjuntos do Gerenciamento Gerenciamento de Integração Gerenciamento de Escopo Gerenciamento de Tempo Gerenciamento de Custos Gerenciamento de Qualidade Gerenciamento de Recursos Humanos Gerenciamento de Comunicações Gerenciamento de Riscos Gerenciamento de Aquisições Gerenciamento das Partes Interessadas 4.0 Gerenciamento de Integração Engloba os processos requeridos para assegurar que todos os elementos do projeto sejam adequadamente coordenados. O processo de integração consiste em garantir que todas as demais áreas estejam integradas, com o objetivo de estruturar todo o projeto e garantir que as necessidades dos envolvidos sejam atendidas ou até mesmo superadas. Descrevem os processos e as atividades que integram os diversos elementos do gerenciamento de projetos, que são identificados, definidos, combinados, unificados e coordenados dentro dos grupos de processos de gerenciamento de projetos. Ele consiste nos processos de gerenciamento de projetos: 4.1 Desenvolver Termo de Abertura • Processo de desenvolver o documento que formalmente autoriza o projeto ou fase. 4.2 Desenvolver Plano de Gerenciamento do Projeto •Processo de documentar as ações necessárias para definir, preparar, integrar e coordenar todos os planos auxiliares. 4.3 Dirigir e Gerenciar a Execução • Processo de executar o trabalho definido no Plano de Gerenciamento do Projeto. 4.4 Monitorar e Controlar o Trabalho • Processo de monitorar e controlar o progresso do projeto de acordo com o Plano. 4.5 Realizar Controle Integrado de Mudanças • Processo de revisar, aprovar e controlar solicitações de mudança, bem como manter atualizados os documentos do projeto. 4.6 Encerrar Projeto ou Fase • Processo de finalizar todas as atividades e encerrar formalmente o projeto ou fase. Processos de Gerenciamento da Integração (PMBOK) Subdivide-se em três processos: - Desenvolvimento do Plano de Projeto Tem como sub-elementos os planos de escopo, tempo, custo, qualidade, recursos humanos, riscos, comunicações e aquisições. - Execução do Plano de Projeto Processo que consome maior parte do orçamento e consiste em tornar real aquilo que foi planejado no Plano Global. 31 - Controle integrado de mudanças Processo responsável pela manutenção da integridade das linhas base do Plano do Projeto, garantindo conformidade do escopo com as definições do Plano e coordenando todas as mudanças nas outras áreas do projeto. � Plano Global do Projeto– É o documento formal que descreve os procedimentos a serem conduzidos durante a sua execução. É o alicerce de toda a execução e nele estão contidos todos os planos secundários, cronogramas, aspectos técnicos etc. 5.0 Gerenciamento de Escopo Contém os processos necessários para assegurar que, no projeto somente esteja incluído o trabalho (todo) requerido, para concluí-lo de maneira bem sucedida. Tem como objetivo principal definir e controlar os trabalhos a serem realizados pelo projeto de modo a garantir que o produto, ou serviço desejado seja obtido através da menor quantidade de trabalho possível, sem abandonar nenhuma premissa estabelecida no objetivo do projeto. Genericamente, o escopo pode ser subdividido em: Escopo Funcional – Conjunto de características funcionais do produto ou serviço, tais como capacidade, mercado, filosofia etc. Escopo Técnico – Características técnicas do projeto, que destacam padrões especificados, normas legais a serem obedecidas, procedimentos de qualidade (ISO), etc. Escopo de Atividades – Trabalho necessário para prover o escopo funcional e técnico do produto ou serviços, do projeto, normalmente evidenciado na Estrutura Analítica do Projeto. � Escopo de um projeto é definido como o trabalho que precisa ser desenvolvido para garantir a entrega de um determinado produto dentro das suas especificações e funções. Descreve os processos envolvidos na verificação de que o projeto inclui todo o trabalho necessário, e apenas o trabalho necessário, para que seja concluído com sucesso. Existem quatro processos de planejamento (quatro primeiros) e dois processos de controle e monitoramento (dois últimos). Os processos de planejamento criam um plano para o gerenciamento de escopo. Os processos de controle e monitoramento controlam se que o escopo está sendo cumprido conforme foi definido nos processos de planejamento e a verificação confirma com o cliente que está tudo correto. Os processos dessa área são: 5.1 Planejar Gerenciamento do Escopo •Processo de planejar como o escopo será definido, validado e controlado. 5.2 Coletar Requisitos • Processo de definir e documentar os requisitos necessários para atender necessidades e expectativas de interessados. 5.3 Definir Escopo • Processo de desenvolver uma descrição detalhada do projeto e do produto. 5.4 Criar EAP – Estrutura Analítica do Projeto • Estrutura Analítica do Projeto é uma subdivisão hierárquica orientada a entregas. Criar a EAP envolve definir as entregas principais e seus componentes, bem como todo o trabalho do projeto. 32 5.5 Validar Escopo • Processo de formalizar a aceitaçãodas entregas do projeto. 5.6 Controlar Escopo • Processo de monitorar e controlar o escopo do projeto. Processos de Gerenciamento de Escopo O processo de Gerenciamento de Escopo se subdivide em cinco, a saber: - Iniciação - Processo que, formalmente, reconhece que um novo projeto existe. O produto da iniciação é o Termo de Referência, ou o Termo de Abertura. -Planejamento de Escopo - Consiste no desenvolvimento de uma declaração de escopo que será utilizada como base para futuras decisões do projeto, incluindo os critérios que avaliarão se o projeto ou fases dele foi completado com sucesso. - Definição de Escopo – Processo que consiste na subdivisão das principais entregas do projeto, definidas na declaração do escopo, em entregas menores mais fáceis de serem gerenciadas. - Verificação do Escopo – Processo formal de aprovação do escopo pelos envolvidos, que requer uma revisão dos produtos do trabalho e dos resultados. - Controle de Mudanças do Escopo– Processo que se concentra na avaliação dos fatores que provocaram mudanças de escopo, para garantir se as mesmas foram benéficas. Termo de Referência – Documento legal que reconhece a existência de um projeto e serve como linha base para o trabalho do Gerente do Projeto (prazos, recursos, orçamento disponível etc.). Composição - Título, introdução (resumo das condições que definem o projeto), nome do Gerente e atribuições, necessidades básicas do trabalho a ser realizado, descrição do produto do projeto, cronograma básico, estimativa de custos, necessidades iniciais de recursos, necessidades de suporte da organização, controle e gerenciamento das informações do projeto e aprovações com assinatura do executivo responsável (externo ao projeto). Declaração de Escopo Documento que formaliza o escopo de todos os trabalhos a serem desenvolvidos no projeto, servindo de base para futuras decisões. É possível que, ao longo do projeto, a mesma seja revisada ou refinada, para refletir mudanças ocorridas nele. Normalmente a Declaração contém: Título do Projeto, Nome da pessoa que elaborou o documento, nome do patrocinador, nome do gerente suas responsabilidades e autoridades, nome dos integrantes da equipe do projeto, descrição do projeto, objetivo do projeto, justificativa do projeto, produto do projeto, expectativa do cliente/patrocinador, fatores de sucesso do projeto, restrições, premissas, exclusões específicas (não será abordado), principais entregas do projeto, orçamento do projeto, plano de entregas e marcos do projeto, registros de alterações no documento e aprovações. 6.0 Gerenciamento de Tempo Engloba os processos requeridos para assegurar conclusão do projeto no prazo previsto. Juntamente com o gerenciamento de custos são as mais visíveis áreas do gerenciamento de projeto. O cronograma de projeto e quase sempre uma restrição, até mesmo quando a data de término não é critica e o gerenciamento do tempo também é conhecido como uma das fortes razões para o estabelecimento de conflitos entre os envolvidos. 33 Processos de Gerenciamento do Tempo - Definição das atividades – Identificar e documentar as atividades específicas com o objetivo de produzir entregas definidas na Estrutura Analítica do Projeto. O produto é uma lista de atividades. - Sequenciamento das atividades– Processo que identifica e documenta as interdependências entre as atividades, que dará suporte ao cronograma realista para o projeto. O produto do sequenciamento das atividades é o diagrama de rede ou rede PERT, que será refinado no desenvolvimento da programação. - Estimativa da duração das atividades - Desenvolvimento de cronograma - Controle do cronograma Descreve os processos relativos ao término do projeto no prazo correto. Os cinco primeiros processos são de planejamento e apenas o último é de controle. Ele consiste nos seguintes processos de gerenciamento de projetos: 6.1 Planejar Gerenciamento do Tempo • Processo planejar como será definido, gerenciado e controlado o cronograma do projeto. 6.2 Definir Atividades • Processo de identificar atividades específicas que precisam ser realizadas para produzir as entregas do projeto. 6.3 Definir Sequência de Atividades • Processo de identificar e documentar dependências entre as atividades do cronograma. 6.4 Estimar Recursos das Atividades • Processo de estimar tipo e das quantidades de recursos necessários para realizar cada atividade do cronograma. 6.5 Estimar Durações das Atividades • Processo de estimar o número de períodos de trabalho necessários para realização das tarefas. 6.6 Desenvolver Cronograma • Processo de analisar os recursos necessários, restrições do cronograma, durações e sequências de atividades para criar o cronograma do projeto. 6.7 Controlar Cronograma • Processo de monitorar e controlar o progresso do projeto e a performance de execução do cronograma, tomando medidas corretivas quando necessário. Plano de Gerenciamento de Tempo Documento formal que descreve os procedimentos que serão utilizados para gerenciar todos os prazos do projeto. No plano, devem estar documentados: - Título do projeto; - Nome da pessoa que elaborou o documento; - Descritivo dos processos de gerenciamento de tempo (regras gerais); - Priorização das mudanças de prazos; 34 - Sistema de controle de mudanças de prazos; - Frequência de avaliação de prazos do projeto; - Alocação financeira para o gerenciamento de tempo; - Nome do responsável pelo plano; - Frequência de atualização do plano de gerenciamento de tempo; - Outros assuntos relacionados ao gerenciamento de tempo não previsto; - Aprovações; 7.0 Gerenciamento de Custos Trata dos processos requeridos para assegurar que um projeto seja concluído de acordo com seu orçamento previsto. Descreve os processos envolvidos em planejamento, estimativa, orçamentação e controle de custos, de modo que o projeto termine dentro do orçamento aprovado. Os primeiros três processos são de planejamento e temos que os processos nesta área de conhecimento determinam o custo de cada atividade levando em consideração o recurso alocado na atividade além dos períodos de trabalho que o recurso estará trabalhando na atividade, determinam que os custos de cada atividade sejam somados a fim de gerar uma linha de base de custos e acompanham a execução para verificar se as coisas estão ocorrendo conforme o orçamento definido. Os processos dessa área são: 7.1 Planejar Gerenciamento dos Custos • Processo planejar como será definido, gerenciado e controlado o orçamento do projeto. 7.2 Estimar Custos • Processo de estimar os custos dos recursos necessários para a execução das atividades. 7.3 Determinar Orçamento • Processo de agregar custos estimados de atividades individuais ou pacotes de trabalho para determinar o orçamento do projeto. 7.4 Controlar Custos • Processo de monitorar e controlar o progresso do projeto e a performance de execução do orçamento, tomando medidas corretivas quando necessário. Processos de Gerenciamento de Custos Subdivide-se em quatro processos: - Planejamento de Recursos - Estimativa de Custos - Orçamento de Custos - Controle de Custos Plano de Gerenciamento de Custos Documento formal que descreve os procedimentos que serão utilizados para gerenciar todos os custos do projeto. No plano, devem estar documentados: - Titulo do projeto; - Nome da pessoa que elaborou o documento; 35 - Descritivo dos processos de gerenciamento de custos (regras gerais) - Descrição das reservas gerenciais e da autonomia em sua utilização; - Sistema de controle de mudanças de prazos; - Frequência de avaliação do orçamento do projeto e reservas gerenciais; - Alocação financeira das mudanças no orçamento; - Nome do responsável pelo plano; - Frequência de atualização do plano de gerenciamento de custos; - Outros assuntosrelacionados ao gerenciamento de custos não previstos; - Registro de alterações no documento; - Aprovações; 8.0 -Gerenciamento da Qualidade Engloba os processos requeridos para assegurar que os todos os produtos ou serviços do projeto estejam em conformidade com o solicitado pelo cliente ou organização Os conceitos de qualidade têm recebido uma atenção diferenciada no gerenciamento de projetos nos últimos anos. A necessidade de melhorias na qualidade foi impulsionada por vários fatores, dentre eles: - Exigência de alta performance; - Ciclo de vida de desenvolvimento de produtos reduzido; - Níveis tecnológicos elevados; - Processos e equipamentos levados constantemente a condição de limite; A qualidade envolve inúmeras dimensões. Dentre elas podem ser caracterizadas as seguintes: Defeito Zero – Não existe tolerância a erros dentro do sistema. A meta é que, em todos os processos, não existam falhas e dentro do projeto um ambiente isento de defeitos. O Cliente é o próximo elemento no processo–Conceito baseado na necessidade de desenvolvimento de um sistema que seja capaz de garantir que o produto ou serviço seja transferido para o cliente de maneira correta. Faça correto da primeira vez – É meta do gerenciamento da qualidade garantir que cada ação do projeto seja desenvolvida corretamente na primeira vez, porque seus custos são muito mais baratos assim. Melhoria contínua – Conceito que reconhece que o mundo está em constante mutação e que o processo satisfatório hoje, pode não ser amanhã, fazendo com que os mecanismos de controle do projeto sejam constantemente aprimorados. Descreve os processos envolvidos na garantia de que o projeto irá satisfazer os objetivos para os quais foi realizado. Os processos dessa área de conhecimento determinam padrões ou normas de qualidade que devem ser seguidos durante o projeto, realizam a auditoria da qualidade, ou seja, se o trabalho esta sendo seguido conforme foi planejado tentando impedir um produto ruim, e garantem que o que está sendo entregue está de acordo com os padrões e normas pré-definidos. Os processos dessa área são: 8.1 Planejar Gerenciamento da Qualidade • Processo de identificar padrões, normas ou requisitos de qualidade do projeto e produto, e documentar como o projeto demonstrará concordância. 8.2 Realizar Garantia de Qualidade 36 • Processo de auditar requisitos de qualidade e os resultados das medições de controle de qualidade para assegurar que os padrões apropriados de qualidade estão sendo observados. 8.3 Controlar Qualidade • Processo de monitorar e controlar os resultados e as atividades do Plano de Gerenciamento da Qualidade. Processos de Gerenciamento da Qualidade É subdividido em três processos: - Planejamento da Qualidade; - Garantia da Qualidade; - Controle da Qualidade; 9.0 Gerenciamento de Recursos Humanos Aborda os processos requeridos para fazer uso mais efetivo do pessoal envolvido com o projeto. Como se sabe, as pessoas são o elo central dos projetos e seu recurso mais importante. Todos os resultados do projeto podem ser vistos como fruto das relações humanas e das habilidades interpessoais dos envolvidos. No passado na maioria dos projetos havia preocupação unicamente com aspectos técnicos. Atualmente, os aspectos humanos são focos dos principais estudos e trabalhos na área, de modo a compensar essa desproporcionalidade. Esta área descreve os processos que organizam e gerenciam a equipe do projeto. Os processos desta área de conhecimento têm como objetivo determinar os tipos e o perfil dos profissionais, além da hierarquia desses profissionais e quem é responsável pelo o que no projeto quando ele estiver em execução, determinam como mobilizar as pessoas que foram requisitadas no projeto, se preocupam com o treinamento da equipe além da integração e geração de conhecimento e determinam como resolver conflitos antes que eles afetem o projeto. Os processos dessa área são: 9.1 Planejar Gerenciamento de Recursos Humanos do Projeto • Processo de identificar e documentar funções, responsabilidades e habilidades requeridas para a criação do Plano de Gerenciamento de Recursos Humanos. 9.2 Mobilizar Equipe do Projeto • Processo para confirmar a disponibilidade dos recursos humanos e obter a equipe necessária para terminar o projeto. 9.3 Desenvolver Equipe do Projeto • Processo de integração e construção da equipe do projeto, bem como melhoria de competências individuais e coletivas da equipe. 9.4 Gerir Equipe do Projeto • Processo de acompanhar desempenho de membros da equipe, fornecendo feedback e solucionando conflitos. O Sucesso ou o fracasso do projeto dependem diretamente do gerenciamento dos recursos humanos e duas premissas asseguram essa afirmativa: - Pessoas influenciam o sucesso ou o fracasso do projeto; - Os problemas do projeto somente podem ser resolvidos por pessoas; 37 Processos de gerenciamento de Recursos Humanos Subdivide-se em três processos: - Planejamento Organizacional; - Recrutamento de Pessoal; - Desenvolvimento da equipe; No gerenciamento de RH, é importante que se atente para os seguintes aspectos: - O trabalho em equipe é vital para o sucesso do projeto; - O espírito de corpo contribui para o sucesso; - Conflitos podem ocorrer entre o projeto e a organização; - Qualquer promessa feita durante o recrutamento deve ser documentada - Treinamento e desenvolvimento são mais complexos e críticos durante o projeto, se comparados com o trabalho tradicional da organização; Plano de Gerenciamento de Recursos Humanos Documento formal que descreve os procedimentos que serão utilizados para gerenciar todos os recursos humanos do projeto e deve conter: - Título do projeto; - Nome da pessoa que elaborou o documento; - Organograma do projeto mostrando a estrutura hierárquica da equipe do projeto, incluindo os elementos das estruturas matriciais relacionadas; - Diretório da equipe do projeto contendo todas as informações dos recursos, incluindo cargo, área de atuação e contato; - Matriz de responsabilidades relacionando os elementos da Estrutura Analítica do Projeto com os integrantes da equipe; - Políticas com relação a novos recursos, realocação e substituição de membros da equipe; - Políticas de treinamento; - Critérios de avaliação de resultados; - Critérios de bonificação da equipe; - Frequência de avaliação consolidada dos resultados da equipe; - Alocação financeira para o gerenciamento de RH; - Administração do plano de gerenciamento de RH; - Nome do responsável pelo plano; - Frequência de atualização do plano de gerenciamento de RH; - Outros assuntos relacionados ao gerenciamento de RH não previstos; - Registro de alterações no documento; - Aprovações; 10.0 Gerenciamento das Comunicações Trata dos processos requeridos para garantir que as informações do projeto sejam adequadamente obtidas e disseminadas. Definido por Cleland como um processo pelo qual a informação é transferida entre os indivíduos através de símbolos, sinais e outros, considerado de duas vias, onde participam ativamente o emissor e o receptor da informação. 38 Descreve os processos relativos à geração, coleta, disseminação, armazenamento e destinação final das informações do projeto de forma oportuna e adequada. Os processos desta área de conhecimento determinam quem está envolvido no projeto, definem como as comunicações vão ocorrer quando o projeto iniciar e determina o tipo de informações gerada, quem é o responsável, qual o meio, quem receberá as informações geradas, qual a periodicidade, determinam como serão distribuídas as informações, como podemos gerenciar as expectativas dos interessados medindo o grau de satisfação ou insatisfação das pessoas interessadas, e geram relatórios que permitam o acompanhamento e controle do que está acontecendo com o tempo,custo, escopo, etc. Os processos dessa área são: 10.1 - Planejar o Gerenciamento das Comunicações - a entrada principal é a análise das partes interessadas. 10.2 - Gerenciar as Comunicações - reúnem os processos: distribuir as informações e reportar o desempenho - vai além da distribuição de informação relevante e busca garantir que a informação que é comunicada às partes interessadas seja recebida e compreendida, dando oportunidade para que estes solicitem informação adicional. 10.3 - Controlar as Comunicações identifica e resolve questões ligadas às comunicações e garante que as necessidades de comunicação sejam satisfeitas. As saídas são informação precisa e no momento correto (questões de comunicação resolvidas) e solicitações de mudança, principalmente no plano de comunicação. As responsabilidades entre o emissor e receptor podem ser assim distribuídas: Emissor – Responsável por produzir uma informação clara, de modo que o receptor possa entendê-la com facilidade. Receptor – Responsável por produzir uma informação clara, de modo que o receptor possa entendê-la com facilidade. Podem ser estabelecidos alguns fluxos no processo de trabalho provocados por diferentes mecanismos de comunicação entre as pessoas dentro de uma organização. São eles: Fluxo de Autoridade Formal – A informação flui segundo uma hierarquia instituída dentro da organização ou projeto, realçando o fluxo do poder formal. Fluxo de Atividade Regulamentada – A informação flui segundo um mecanismo padronizado, independente da hierarquia dos envolvidos. O foco desse fluxo é a padronização do processo de comunicação. Fluxo de Comunicações Informais – O processo de comunicação se dá sem a presença de nenhuma estrutura reguladora. As pessoas se agregam em grupos sociais ou relacionamento e neles não existe hierarquia ou padronização. È o mais veloz, porém o mais arriscado mecanismo de comunicação. Conjunto de Constelações de Trabalho – o PROCESSO DE COMUNICAÇÃO SE DÁ ATRAVÉS DE OBJETIVOS CLAROS E ADEQUADOS A CADA NÍVEL HIERARQUICO DA ESTRUTURA. Normalmente são os melhores modelos para o desenvolvimento do processo de comunicação em projetos. Fluxo do Processo Decisório Específico – O processo de comunicação é necessário para decisões específicas, partindo da geração do problema até chegar à decisão específica a ser tomada. Processos de Gerenciamento de Comunicações Subdivide-se em quatro processos: - Planejamento das Comunicações; - Distribuição de Informações 39 - Relatórios de Desempenho ou Performance - 40 Encerramento Administrativo 11.0 Gerenciamento de Riscos Englobam os processos envolvidos com a identificação, a análise e as respostas ao risco do projeto. Na maioria dos projetos, os riscos associados com grandes empreendimentos têm merecido atenção especial dos gerentes de projeto, devido não só às grandes somas de dinheiro, como também à reputação do time e dos patrocinadores do projeto. O Gerenciamento de Riscos possibilita a chance de melhor compreender a natureza do projeto, envolvendo os membros do time de modo a identificar e responder a potenciais forças e riscos do projeto e responder a eles, geralmente associados a tempo, qualidade e custos. Portanto, a sobrevivência de qualquer empreendimento, atualmente está intimamente vinculada ao conceito de aproveitamento de oportunidade, dentro de um espectro de incertezas. Descreve os processos relativos à realização do gerenciamento de riscos em um projeto. Os processos desta área de conhecimento têm como objetivo determinar como os riscos serão identificados, analisados e como as respostas serão planejadas e como risco será planejado, criam uma lista de riscos identificados no projeto com diversas técnicas que ajudam a gerar essa lista de riscos, buscam priorizar os riscos com base no grau de criticidade, permitem atribuir probabilidade numérica aos riscos, definem estratégias e ações para lidar com os riscos negativos e positivos, monitoram os risco com novos risco sendo identificados, revisão das análises de riscos, definição de outras prioridades de riscos, etc. Os processos dessa área são: 11.1 Planejar Gerenciamento dos Riscos • Processo de definir como serão identificados, analisados e gerenciados os riscos do projeto, incluindo procedimentos e padrão para gestão de riscos. 11.2 Identificar Riscos • Processo de determinar quais riscos podem afetar o projeto e documentar suas características. 11.3 Realizar Análise Qualitativa • Processo de priorização dos riscos por meio da avaliação subjetiva das suas probabilidades de ocorrência e impactos no projeto. 11.4 Realizar Análise Quantitativa • Processo de análise numérica do efeito dos riscos identificados sobre os objetivos gerais do projeto. 11.5 Planejar Respostas aos Riscos • Processo de desenvolver estratégias e ações para ampliar oportunidades e reduzir ameaças aos objetivos do projeto. 11.6 Monitorar e Controlar Respostas aos Riscos • Processo de monitorar os riscos, implementando as ações do plano de resposta quando necessário. Tudo isso tem que ser avaliado segundo dois aspectos: - Probabilidade da ocorrência - Gravidade das consequências Processos de Gerenciamento de Riscos - Subdivisão GR - Planejamento de Riscos - - - - 41 - Identificação dos Riscos Análise Qualitativa dos Riscos Análise Quantitativa dos Riscos Planejamento de Respostas aos Riscos Monitoramento e Controle dos Riscos Planejamento dos Riscos Tem o objetivo de planejar todas as ações relacionadas ao GR no Projeto. Visa garantir que o nível, o tipo e a visibilidade dos processos de riscos estejam compatíveis com as necessidades da organização. Identificação dos Riscos Consiste em identificar e classificar os riscos que podem afetar o sucesso do projeto. Análise Qualitativa dos Riscos Avalia, determina o impacto e a probabilidade da ocorrência desses riscos. Envolve priorizar os riscos de acordo com o seu potencial impacto com os objetivos do projeto. Análise Quantitativa dos Riscos Análise numérica de cada risco e suas consequências aos objetivos do projeto. Planejamento de Respostas aos Riscos Consiste em devolver respostas com base nos riscos qualificados e quantificados nos processos anteriores. As respostas podem ser separadas em quatro categorias O ato de evitar que elimina a causa e a resposta ao risco; A atenuação que minimiza o impacto do risco através da redução da probabilidade de ocorrência ou de sua gravidade; A transferência que repassa o risco a outros através de seguro; A aceitação, o projeto aceita as consequências do risco e não desenvolve nenhuma ação preventiva; A resposta aos riscos se configura do Gerenciamento de Riscos. Monitoramento e Controle dos Riscos Processo de acompanhamento e monitoramento dos riscos residuais e ou de novos possíveis riscos, para garantir o Plano de Riscos. Plano de Gerenciamento de Riscos Documento formal que descreve os procedimentos que serão utilizados para gerenciar os riscos através do projeto e se configura como plano secundário no Plano Geral do Projeto. Documentos que devem constar do PGR - Título do Projeto; - Nome da pessoa que elaborou o documento - Descritivo dos processos de gerenciamento (Regras) - RBS – Risk Breakdown Structure (Estrutura Analítica de Riscos) - Riscos Identificados - - - - 42 - Qualificação dos Riscos - Quantificação dos Riscos - Sistema de controle de mudanças de riscos - Respostas planejadas aos Riscos - Planos de Contingência (Plano de recuperação) Reservas de Contingência Frequência de avaliação dos riscos (Regimento) Alocação financeira para o gerenciamento de riscos Administração do plano de GR - Nome do responsável pelo plano - Outros assuntos relacionados ao GR não previstos - Registro de alterações no documento- Aprovações 12.0 Gerenciamento das aquisições Trata dos processos requeridos para adquirir bens e serviços de fora da organização promotora. Tem como objetivo da garantia ao projeto de que todo elemento externo participante do projeto irá garantir o fornecimento do seu produto ou serviço. Normalmente o custo de um determinado suprimento, ou contrato, está diretamente relacionado com o risco associado àquele trabalho. Descreve os processos que compram ou adquirem produtos, serviços ou resultados, além dos processos de gerenciamento de contratos. Os processos desta área de conhecimento têm como objetivo determinar o que se quer adquirir, de quem se quer adquirir, receber as resposta dos fornecedores e selecionar o fornecedor, como se dará o gerenciamento dos contratos, pagamentos, se as entregas estão de acordo com o que foi estabelecido, pagar o fornecedor, e por último formalizar a finalização do contrato. Os processos dessa área são: 12.1 Planejar Gerenciamento das Aquisições • Processo de documentar as decisões de aquisição do projeto, definir tipos de contratos e identificar potenciais fornecedores. 12.2 Conduzir Aquisições • Processo de obter propostas de fornecedores, selecionar fornecedor e formalizar contrato. 12.3 Administrar Aquisições • Processo de gerenciar as relações contratuais, fiscalizar e monitorar o desempenho dos contratos. 12.4 Encerrar Aquisições • Processo de finalizar formalmente todas as aquisições e contratos do projeto. Principais tipos de contratos Contrato de Preço Fixo global – Modalidade que envolve preço fixo total para produtos bem definidos. - - - - 43 Contrato de Preço Fixo global com incentivo – O comprador paga ao vendedor uma quantia fixa e o vendedor pode ganhar uma quantia adicional se ele satisfizer os critérios estabelecidos de desempenho. Contrato de Custo (Adm) com Incentivo sobre os Resultados – Pagamento de Reembolso para o vendedor de seus custos reais acrescidos de um prêmio por economia. Contrato por preço Unitário – Modalidade em que o vendedor ou contratado, recebe um montante por unidade de serviço prestado, tais como m2, m3, etc.). Processos de Gerenciamento das Aquisições - subdivisão - Planejamento de Aquisições - Planejamento do Processo de Requisição Processo de Requisição Seleção de Fornecedores Administração de Contratos Encerramento de Contratos Plano de Gerenciamento de Aquisições Documento formal que descreve os procedimentos que serão utilizados para gerenciar todos os contratos do projeto. Documentos que devem constar do Plano - Título do Projeto - Nome da pessoa que elaborou o documento - Descritivo dos processos de gerenciamento das aquisições (regras) incluindo quais elementos serão objeto de contratação. - Gerenciamento e tipos de contratos - Critérios de avaliação de cotações e propostas - avaliação de fornecedores - Frequência de avaliação dos processos das aquisições - Alocação financeira para o gerenciamento das aquisições - Nome do responsável pelo plano - Outros assuntos relacionados e não previstos no plano - Registro de alterações no documento - Aprovações 13.0 Gerenciamento das partes interessadas ou Stakeholders do projeto Descreve os processos voltados para o indivíduo, grupo ou organização que poderá afetar, ser afetada, ou perceber-se a ser afetada por uma decisão, atividade, ou o resultado de um projeto, positivamente ou negativamente. Envolve um diálogo contínuo para atingir suas necessidades e expectativas. Com isso o gerenciamento de issues (questões?) também recebe maior atenção, incentivando um maior envolvimento das partes interessadas nas decisões e atividades do projeto. Os quatro processos da nova área (dois deles movidos da área de comunicação) são: 13.1 Identificar Stakeholders - - - - 44 • Processo de identificar pessoas, grupos ou organizações que poderiam afetar ou serem afetadas pelo projeto. 13.2 Planejar Gerenciamento dos Stakeholders • Processo de desenvolver estratégias para engajar efetivamente os stakeholders ao longo do projeto. 13.3 Gerenciar Engajamento dos Stakeholders • Processo de gerenciar expectativas e promover o engajamento dos stakeholders em favor do projeto. 13.4 Controlar Engajamento dos Stakeholders • Processo de monitorar os relacionamentos com stakeholders do projeto. 7.0 SICONV: O NOVO SISTEMA DE GESTÃO DE CONVÊNIOS E CONTRATOS DE REPASSE 45 O Siconv foi instituído em 2008 com o objetivo de dar maior transparência e publicidade aos convênios, contratos de repasse e termos de parceria feita pela União com estados, municípios, Distrito Federal e entidades privadas sem fins lucrativos. Antes da implantação do sistema, as auditorias, por exemplo, não eram feitas por meio digital. Desde então, a o Governo Federal descentraliza recursos às Unidades da Federação por meio da celebração de Convênios, para possibilitar a implantação de uma Política Nacional de Segurança Pública. A celebração de convênios e os contratos de repasse são realizados por intermédio do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse - SICONV, aberto ao público, via rede mundial de computadores - Internet, por meio de página específica denominada Portal dos Convênios (www.planejamento.gov.br – ícone Portal dos Convênios (www.convenios.gov.br)). Nos últimos anos, em decorrência do aperfeiçoamento do sistema, a descentralização desses recursos vem sofrendo um processo de qualificação: foi criado um sistema de distribuição de recursos fundamentado em informações estatísticas e qualitativas que caracterizam a situação da segurança pública e a situação sócio econômica das Unidades da Federação (UFs), ampliando as ações a serem contempladas com recursos federais com a possibilidade da aquisição direta. Tudo isso permitiu a aproximação e a mobilização junto aos gestores estaduais, com vistas à orientação na elaboração e o acompanhamento dos Projetos de captação de recursos. O sistema SICONV vem assumindo ativamente seu papel na reorientação das políticas de Segurança Pública adotada pelas UFs, induzindo a gestão de processos, a padronização de procedimentos, técnicas e equipamentos e pactuando e executando a implementação do repasse de verbas. No conteúdo abaixo é apresentado uma indicação dos principais pontos da Portaria Interministerial nº 127/2008, atualmente principal instrumento normativo que disciplina sobre transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse através do SICONV. http://www.planejamento.gov.br http://www.convenios.gov.br)). 46 CONVÊNIOS E CONTRATOS DE REPASSE Segundo a doutrina, “convênio é o ajuste administrativo, celebrado por pessoas jurídicas de direito público de qualquer espécie ou realizado por essas pessoas e outras de natureza privada, para a consecução de objetivos de interesse comum dos convenentes”. – Diógenes Gasparini. PRINCÍPIOS DAS TRANSFERÊNCIAS • Coerência da proposta com as normas divulgadas pelo ministério concedente; • Clareza e consistência da justificativa e viabilidade de execução da proposta; • Desenvolver o bem-estar social; • Alocar recursos próprios somados aos federais recebidos; • Demonstrar interesse mútuo em relação ao objeto pactuado; • Atendimento prioritário de regiões com nível de desenvolvimento econômico, social e tecnológico inferior às demais; • Reais necessidades do setor urbano ou rural, identificadas pelas entidades representativas do setor; • Ser parte de uma proposta maior de desenvolvimento local sustentável; • Valor mínimo de R$ 100 mil; • Apresentação de Projeto Básico e termo de Referência • Cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal: LC 101/2000; TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS – NOVA REGULAMENTAÇÃO O Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse CREDENCIAMENPROPOSTA DE CADASTRAMENT PLANO DE ANÁLISE CELEBRAÇÃO LIBERAÇÃO EXECUÇÃO PRESTAÇÃO ACOMPANHAM DIVULGAÇÃO NO ANÁLISE E Legend a Conce dente Conve nente Ambos CHAMAMENTO 47 • cumprir os princípios constitucionais do art. 37 CF/88 Portaria Interministerial nº 127/2008 Criação do SICONV e aplicação das novas regras (art. 2º) Buscando disciplinar os instrumentos de transferência voluntária entre a União e outra pessoa jurídica, o Decreto n° 6.170/2007 instituiu o Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (SICONV), cujas regras foram posteriormente detalhadas pela Portaria Interministerial nº 127, de 29 de maio de 2008. Ambos os diplomas legais já foram aperfeiçoados pelos Decretos nº 6.329/2007, nº 6.428/2008, nº 6.497/2008 e nº 6.619/2008 e pelas Portarias nº 165/2008 e nº 342/2008. Obrigatoriedade da utilização do SICONV (art. 3º) O Portal dos Convênios concebido para dar efetividade ao Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (SICONV) entrou em operação na rede mundial de computadores no dia 1º de setembro de 2008. Deve ser cadastrado o projeto no portal do SINCOV: https://www.convenios.gov.br/portal/ Apresenta ainda a seguintes vantagens: Simplificação da documentação Redução da necessidade de terceiros Melhorar a qualidade dos Projetos Facilidade de chamada de projetos Plano de trabalho detalhado, inclusive custos previstos; Status do cronograma de execução física; Indicação dos bens adquiridos, serviços ou obras executados; Divulgação dos programas pelo SICONV (art. 4º) O Portal dos Convênios se destina a ser o grande campo de informação para as transferências voluntárias dos recursos federais submetidos ao SICONV. Por isso mesmo, a Portaria Interministerial nº 127, de 29 de maio de 2008, estabelece que os órgãos e entidades da Administração Pública Federal que pretenderem executar https://www.convenios.gov.br/portal/ 48 programas, projetos e atividades que envolvam transferências de recursos deverão divulgar anualmente no SICONV a relação dos programas a serem executados de forma descentralizada e, quando couber, critérios para a seleção do convenente ou contratado. É o que se chama de Divulgação dos Programas. Chamamento público (art. 5º) O órgão responsável pelo repasse voluntário de verbas federais pode optar por condicionar a transferência a processo seletivo, no qual serão eleitas as propostas consideradas mais adequadas para a aplicação dos recursos do orçamento da União. O chamamento público não é procedimento obrigatório para todo e qualquer convênio ou contrato de repasse. Pode ocorrer ou não, e tal decisão compete às autoridades responsáveis pela concepção e gestão de cada programa federal. Vedações gerais quanto à celebração de convênios e contratos de repasse com a União (art. 6º) Além do Decreto nº 6.170/2007 e da Portaria Interministerial nº 127/2008, outras normas importantes no emprego das transferências voluntárias devem ser observadas Lei Federal nº 8.666/93: A denominada Lei de Licitações e Contratos da Administração Pública contém, em seu artigo 116, normas sobre a celebração de convênios, que foram reproduzidas na Portaria Interministerial, cabendo destacar: * a exigência de prévia aprovação de Plano de Trabalho para a celebração de convênio, com indicação do conteúdo mínimo; * o condicionamento do repasse ao plano de aplicação aprovado no Plano de Trabalho; * a possibilidade de retenção do repasse em caso de não comprovação da boa e regular aplicação da parcela anterior ou de atrasos não justificados na execução do objeto; A Lei de Licitações será importante na execução dos convênios e dos contratos de repasse, como determina Portaria Interministerial, porque nela se encontram as principais regras para a contratação de terceiros com recursos públicos. Celebração Credenciamento (art. 14) Credenciamento é ato simplificado pelo qual ingressará no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse e passará a ter sua identificação própria. Trata-se de condição básica para atuar junto ao Portal dos Convênios, inclusive para a apresentação de propostas. Processo anterior: manual; lento; inexistência de sistema de gestão; Fraudes em toda a cadeia: 80% das TCE são irregularidades em convênios. 49 Proposta de Trabalho (arts. 15 e 16) Uma vez credenciado, o proponente poderá manifestar seu interesse em celebrar convênios e contratos de repasse. A manifestação poderá ser dirigida em face de programas federais preexistentes ou mesmo será fruto de proposição original, concebida. Em qualquer caso deverá ser apresentada pelo Portal dos Convênios. Cadastramento (arts. 17 a 19). Na prática, o cadastramento possui caráter complementar ao credenciamento, mas é importante identificar que representam etapas fisicamente distintas. Plano de Trabalho (arts. 21 e 22). O Plano de Trabalho é a peça elaborada antes do convênio e tem a missão de definir uma série de questões relacionadas ao acordo, especialmente no tocante aos aspectos de execução operacional e financeira. Nos termos da Lei de Licitações e Contratos, é imprescindível sua elaboração, sendo nulo o convênio celebrado sem observar essa condição. Em qualquer caso, é impreterível que antes da celebração do convênio ou do contrato de repasse o Plano de Trabalho esteja pronto e aprovado. Projeto Básico e Termo de Referência (art. 23) Conforme o objeto do convênio ou contrato de repasse será necessária a elaboração do Projeto Básico ou do Termo de Referência. O primeiro se aplica mais às obras e aos serviços de engenharia; o segundo, aos serviços e compras em geral. Na concepção tradicional o projeto básico é uma peça de engenharia e consiste na descrição de uma obra, definindo cronologicamente suas etapas e fases e vários detalhes técnicos acerca da forma de execução. Já o Termo de Referência é um documento apresentado quando o objeto do convênio, do contrato de repasse ou do termo de cooperação envolver aquisição de bens ou prestação de serviços, que deverá conter elementos capazes de propiciar a avaliação do custo pela Administração, diante de orçamento detalhado, considerando os preços praticados no mercado, a definição dos métodos e o prazo de execução do objeto. Contrapartida (art.20) MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Celebração Execução Prestação de Contas Encerramento Publicação Fluxo operacional Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação 50 A Lei de Responsabilidade Fiscal indica que a regra será a exigência de contrapartida por parte de quem receberá a transferência voluntária. A contrapartida deve ser entendida como o esforço estimável do ponto de vista econômico e que haverá de ser feito pela entidade convenente ou contratada que recebe os recursos federais. Empenho (art. 24, § 3º) Nenhuma entidade administrativa pode celebrar acordo capaz de criar encargo econômico a ser quitado em dinheiro sem realizar o prévio empenho, pelo simples fato que não se pode sequer contrair obrigação pecuniária sem o devido empenho. Formalização do instrumento (arts. 29 e 30) Tanto o convênio quanto o contrato de repasse são instrumentos que precisam ser revestidos de certa formalidade. A começar pela confecção de termos próprios, nos quais devem constar as cláusulas que definem as regras mais específicas em relação àquele acordo de vontades. Publicidade (arts. 33 a 36) É a Constituição da República quem estabelece a aplicação do princípio da publicidade à Administração Pública brasileira. A compreensão em torno desse princípio é a de que, em condições normais, deve ser assegurado o acesso a informações sobre a atividade administrativa a todos os interessados. O direito à informação junto aos órgãos públicos é inclusive tratado como uma garantia fundamental, cabendo excepcioná-lanos casos de risco à segurança da sociedade ou do Estado. DA EXECUÇÃO - Vedações (art. 39) A execução dos recursos deve guardar vinculação com o interesse publico e a exata necessidade da sociedade e das instituições destinatárias. DA PRESTAÇÃO DE CONTAS (art. 56) O órgão ou entidade que receber recursos na forma estabelecida nesta Portaria estará sujeito a prestar contas da sua boa e regular aplicação, Fonte: Professor: Jeremias Cabral. REFERENCIAS BRASIL. DECRETO Nº 6.170, DE 25 DE JULHO DE 2007. Dispõe sobre as normas relativas às transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse, e dá outras providências. Diário Oficial da União, ______. MINISTROS DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO, DA FAZENDA e DO CONTROLE E DA TRANSPARÊNCIA. Portaria nº 127, de 29 de maio de 2008. Estabelece normas para execução do disposto no Decreto no 6.170, de 25 de julho de 2007, que dispõe sobre as normas relativas às transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse, e dá outras providências. 8.0 INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DE PLANO DE TRABALHO Plano de Trabalho Fls. 1/3 1. DADOS CADASTRAIS ÓRGÃO/ENTIDADE PROPONENTE - Indicar o nome do órgão/entidade interessada na execução de programa, projeto ou evento. CNPJ. - Indicar o número de inscrição do órgão/entidade proponente no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. 51 ENDEREÇO - Indicar o endereço completo do órgão/entidade proponente (rua, número, bairro, etc.) CIDADE- Mencionar o nome da cidade onde esteja situado o órgão/entidade proponente. UF - Mencionar a sigla da unidade da federação a qual pertença a cidade indicada. CEP - Mencionar o código do endereçamento postal da cidade mencionada. DDD/TELEFONE - Registrar o código DDD e número do telefone onde esteja situado o órgão/entidade proponente. E.A - Registrar a esfera administrativa (federal, estadual, municipal, privada) a qual pertença o órgão/entidade proponente. CONTA CORRENTE - Registrar o número da conta bancária do órgão/entidade proponente. BANCO - Indicar o código do banco ao qual esteja vinculada a conta-corrente específica para o convênio. AGÊNCIA - Indicar o código da agência do banco. PRAÇA DE PAGAMENTO - Indicar o nome da cidade onde se localiza a agência. NOME DO RESPONSÁVEL - Registrar o nome do responsável pelo órgão/entidade proponente. CPF - Registrar o número da inscrição do responsável no Cadastro de Pessoas Físicas. C.I./ÓRGÃO EXPEDIDOR - Registrar o número da carteira de identidade do responsável, sigla do órgão expedidor e unidade da federação. CARGO - Registrar o cargo do responsável. FUNÇÃO - Indicar a função do responsável. ENDEREÇO - Indicar o endereço completo do responsável (rua, número, bairro, etc.). CEP - Registrar o código do endereçamento postal do domicílio do responsável. 2. OUTROS PARTICIPES Registrar o nome de outros órgãos ou entidade, que participarão do convênio como executor ou interveniente. NOME - Indicar o nome do órgão ou entidade. CGC ou CPF - Indicar o número de inscrição. EA - Registrar a esfera administrativa a qual pertença o interveniente ou executor. ENDEREÇO - Registrar o endereço completo do interveniente ou executor, rua, número, bairro, cidade, UF. CEP - Registrar o código do endereçamento postal do interveniente ou executor. Obs.: Se o campo for insuficiente para identificar outros participes o proponente poderá relacioná- los em documento a parte, do qual constarão os dados acima. 3. DESCRIÇÃO DO PROJETO TÍTULO DO PROJETO - Indicar o título do projeto ou evento a ser executado. Recuperação: Reparar parte ou toda obra, danificada por desastre, cujas estruturas não foram danificadas. Reconstrução: Construção no mesmo local para substituir obra destruída ou sem condição de segurança. Construção: Obras com a função de cuidar que o desastre ocorra ou, minimizá-lo. PERÍODO DE EXECUÇÃO - Indicar as datas de início e término da execução. IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO - Descrever o produto final do projeto, programa ou evento. JUSTIFICATIVA DA PROPOSIÇÃO - Descrever com clareza e sucintamente as razões que levaram à proposição, evidenciando os benefícios econômicos e sociais a serem alcançados pela comunidade, a localização geográfica a ser atendida, bem como os resultados a serem obtidos com a realização do projeto, programa ou evento. 52 PLANO DE TRABALHO 1/3 1 - DADOS CADASTRAIS Órgão/Entidade Proponente CNPJ Endereço Cidade U.F. C.E.P. DDD/Telefone E.A. Conta Corrente Banco Agência Praça de Pagamento Nome do Responsável C.P.F. C.I./Órgão Expedidor Cargo Função Endereço C.E.P. 2 - OUTROS PARTÍCIPES Nome C.G.C./C.P.F. E.A. Endereço C.E.P. 3 - DESCRIÇÃO DO PROJETO Título do Projeto Período de Execução Início A partir da PUB/DOU Término 180 dias Identificação do Objeto Justificativa da Proposição 53 Plano de Trabalho Fls. 2/3 4. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO (meta, etapa ou fase) Permite visualizar a implementação de um projeto em suas metas, etapas ou fases, os respectivos indicadores físicos e prazos correspondentes a cada uma delas. META - Indicar como meta os elementos que compõem o objeto. ETAPA/FASE - Indicar como etapa ou fase cada uma das ações em que se pode dividir a execução de uma meta. ESPECIFICAÇÃO - Relacionar os elementos característicos da meta, etapa ou fase. INDICADOR FÍSICO - Refere-se à qualificação e quantificação física do produto de cada meta, etapa ou fase. UNIDADE - Indicar a unidade de medida que melhor caracterize o produto de cada meta, etapa, ou fase. QUANTIDADE - Indicar a quantidade prevista para cada unidade de medida. DURAÇÃO - Refere-se ao prazo previsto para a implementação de cada meta, etapa, ou fase. INÍCIO - Registrar a data referente ao início de execução da meta, etapa, ou fase. TÉRMINO - Registrar a data referente ao término da execução da meta, etapa, ou fase. PLANO DE TRABALHO 2/3 4 - CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO (META, ETAPA OU FASE) Meta Etapa Especificação Indicador Físico Duração Fase Unidade Quantidade Início Término A partir da PUB/DOU 180 dias 5. PLANO DE APLICAÇÃO Refere-se ao desdobramento da dotação e a sua consequente utilização em diversas espécies de gastos, porém, correspondentes aos elementos de despesa de acordo com a legislação vigente. NATUREZA DA DESPESA - Refere-se ao elemento de despesa correspondente a aplicação dos recursos orçamentários. CÓDIGO - Registrar o código referente a cada elemento de despesa. ESPECIFICAÇÃO - Registrar o elemento de despesa correspondente a cada código. TOTAL - Registrar o valor em unidade, por elemento de despesa. CONCEDENTE - Registrar o valor do recurso orçamentário a ser transferido pelo órgão ou entidade federal responsável pelo programa projeto ou evento. TOTAL GERAL - Indicar os valores atribuídos aos elementos de despesa. 5 - PLANO DE APLICAÇÃO (R$ 1,00) Natureza da Despesa Total Concedente Proponente Código Especificação TOTAL GERAL YYYYYYYY XXXXXX ZZZZZZZZZ Plano de Trabalho Fls. 3/3 54 6. CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO Refere-se ao desdobramento da aplicação dos recursos financeiros em parcelas mensais de acordo com a previsão de execução das metas do projeto, se for o caso. Todo projeto deve iniciar-se no 1º mês. META - Indicar o número de ordem sequencial da meta. CONCEDENTE - Registrar o valor mensal a ser transferido pelo órgão/entidade responsável pelo programa. 7. DECLARAÇÃO Constar o local, data e a assinatura do representante legal (Proponente). 8. APROVAÇÃO Não preencher(reservado ao ministério........) PLANO DE TRABALHO 3/3 6 - CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO (R$ 1,00) CONCEDENTE Meta 1º mês 2º mês 3º mês 4º mês5º mês 6º mês 1 7 - DECLARAÇÃO Na qualidade de representante legal do proponente, declaro, para fins de prova junto ao Ministério.................................... para os efeitos e sob as penas da lei, que inexiste qualquer débito em mora ou situação de inadimplência com Tesouro Nacional ou qualquer órgão ou entidade da Administração Pública Federal, que impeça a transferência de recursos oriundos de dotações consignadas nos orçamentos da União, na forma deste plano de trabalho. Pede deferimento Cidade – Estado, ____ de _________________de 2013. Proponente 8 - APROVAÇÃO PELO CONCEDENTE Aprovado Local e Data Concedente 9.0 AS 17 PERGUNTAS PARA O PLANEJAMENTO DE PROJETOS DE SUCESSO Por que alguns projetos não conseguem seguir uma sequencia, não conseguem ir para frente? Uma razão pode ser o tipo e a qualidade das perguntas que as pessoas fazem no início do projeto. Abaixo estão 17 consultas perspicazes que podem expor os aspectos incertos de seu projeto e assim ajudá-lo a evitar surpresas caras mais tarde. 1. Como você descreveria o seu projeto? Expresse o máximo possível o desenho, visão e propósito de seu empreendimento concluído. Como vai olhar, sentir, saborear, som, executar, aumentar a produtividade, ajudar seus clientes ou caso contrário beneficiar a espécie humana? 2. Quais são suas metas e objetivos? O que você está tentando realizar? Lista os objetivos do projeto e objetivos em termos que sejam claras, concisas, realizáveis e mensuráveis. Exemplo: "produzir uma série de vídeo de 55 quatro horas de treinamento em defesa pessoal, juntamente com um guia de recursos de treinamento e banco de dados, para ser acessível por estudantes universitários na Internet até maio de 2006." 3. Quem vai beneficiar do seu projeto? Exemplos de audiências ou beneficiários: clientes, clientes dos clientes, comunidades locais, estudantes e segmentos específicos da população. 4. Você criar algum produto? Exemplos incluem: livros, publicações, estudos, relatórios, manuais, vídeo, áudio, produções multimídia, ferramentas, materiais instrucionais, gráficos, software e sistemas de informação, Web sites, bases de dados e equipamentos especiais. 5. Você fornecerá todos os serviços? Exemplos incluem: oferecendo suporte por telefone, treinamento de software de negócios, creche, análise estatística, cópia edição e pesquisa de satisfação do cliente. 6. Quais são os métodos que você vai usar? Por exemplo, você vai começar pesquisando as necessidades do seu público-alvo? Você usará fases de concepção, desenvolvimento, implementação, testes-piloto e implantação? 7. Que tipo de programação você antecipa? Seu projeto ou programa envolverá um processo de implementação incremental que possa ocorrer ao longo de muitos meses ou anos? Em caso afirmativo, quais fases de longo prazo estão antecipando? Existem etapas críticas dentro destas fases? Você pode criar uma agenda detalhada para você estará realizando tarefas de curto prazo? 8. Você precisará de parceiros ou colaboradores? Muitos tipos de projetos precisarão de parceiros que podem oferecer forças complementares. Você se antecipa unindo forças com outras organizações, consultores ou agências para terminar o projeto? Em caso afirmativo, que experiência, credibilidade, financiamentos ou outros benefícios cada parte trará à mesa? 9. Você precisará recursos especiais ou sistemas? Alguns projetos requerem a criação de uma infraestrutura de tecnologia para criar ou entregar produtos ou serviços. Exemplos de itens em sua infraestrutura podem incluir: servidores, redes, computadores e dispositivos periféricos e sistemas multimídia, som ou vídeo. 10. Você precisará informações específicas ou conselhos? Você pretende buscar informações e ajuda de especialistas no assunto ou outros consultores? Você vai precisar realizar pesquisas, e em caso afirmativo, quais as fontes serão? Exemplos incluem Internet recursos documentação da empresa, relatórios de serviço, registros de problemas, feedback dos clientes, pesquisas, dados de grupo de foco, formas de avaliação, dados do censo, bibliotecas e estudos formais. 11. Você precisará usar ferramentas especiais ou modelos? Alguns projetos requerem o uso de um determinado conjunto de ferramentas de software ou um conjunto específico de modelos ou técnicas. É importante especificá-las no início para que todos possam ser claro sobre o que é necessário. 12. Como você irá avaliar o sucesso do projeto? 56 Como você vai medir o progresso e a eficácia do seu projeto? Você coletará informações sobre como você está realizando seus objetivos (avaliações de processo), e quão bem você está servindo as necessidades de seu público-alvo (avaliações de resultado)? 13. Quem precisa analisar e aprovar as decisões? Haverá um processo claro para submeter itens para revisão e aprovação e um prazo definido para receber comentários de volta? Qual protocolo será usado? Uma consideração chave é se vai haver um único responsável com autoridade para conciliar opiniões divergentes, se uma equipe de revisão não pode chegar a um consenso. 14. Como o seu projeto pode evoluir ao longo do tempo? Por que os acontecimentos do futuro são tão importantes hoje? Uma razão é que implementar oportunidades no futuro pode ser prejudicado ou ajudado por decisões que ocorrem no início - então por que não planejar com antecedência? 15. Quem será responsável por quê? Este aspecto é especialmente importante quando várias partes irão contribuir para o resultado e ainda mais assim, quando eles dependem um do outro. Por exemplo, sua programação detalhada para tarefa X pode especificar que "Concluindo tarefas X depende da pessoa Y na empresa C fornecer o ABC resulta por tal e tal uma data." 16. Quais riscos você deve planejar gerenciar? Nada é mais difícil que gerenciar, antecipando e sinalizando riscos para um projeto como um todo, ou para a conclusão bem sucedida de sua parte de. Afinal, ninguém quer admitir falha de planejamento. No entanto, risco é uma parte normal da vida cotidiana, e com a devida atenção, poderá controlá-lo! 17. Que questões permanecem sem respostas? Que problemas e preocupações após todos os tópicos acima foram consideradas? Você e sua equipe podem elaborar uma lista de execução de perguntas não respondidas. Quais são esses itens, e como e quando você acha que eles serão resolvidos? Eles representam riscos, até que eles sejam respondidos? Copyright 2006 Adele Sommers 10.0 GLOSSÁRIO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DE PROJETOS Abrangência: Em desenvolvimento de projetos, denota o tamanho do projeto em termos de alcance, quantidade e profundidade dos resultados que se pretende adquirir, valor dos recursos a serem investidos, etc. Ação: Conjunto de atividades ou tarefas que levam a um resultado observável ou a um evento que pode ser dado como realizado em um plano de ação Acompanhamento ou Monitoramento de projeto: Parte indispensável da gestão de projetos, constituindo o processo de acompanhamento contínuo, sistemático e detalhado de todas as ações programadas que procura verificar se a implementação do projeto está sendo feita conforme o planejado e se os produtos ou serviços estão sendo entregues ou realizados da forma esperada. Análise de risco : Avaliação dos efeitos de hipóteses condicionantes no desenvolvimento do projeto. Análise situacional : Análise de uma determinada situação, ou da situação de uma empresa ou organização, visando identificar problemas, pontos fortes, pontos fracos, oportunidades de melhoria,
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