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Atividade 3 - Artigo A monetização de dados pessoais como alternativa a períodos de crise

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – NOITE 
ALGORITMOS E TÉCNICAS DE PROGRAMAÇÃO 
DOCENTE: SORAIA LÚCIA DA SILVA 
DISCENTES: GABRIEL VINICIUS RAMOS DA SILVA; MARLENE VASCONCELOS MORAES 
DE OLIVEIRA 
Atividade 3 
Artigo “A monetização de dados pessoais como alternativa a períodos de crise” 
A evolução da Web tornou possível a interação usuário-máquina. Atualmente, a 
Sociedade da Informação, como se chama a era depois da Pós-Industrial, consome e produz 
informação. Esta virou a matéria-prima da sociedade: os efeitos causados pelo avanço das 
tecnologias e suas convergências, resultam em usuários cada vez mais conectados. 
No artigo “A Monetização de Dados Pessoais Como Alternativa a Períodos de Crise: 
Análise Jurídica a Partir do Marco Civil da Internet”, Carvalho et al. (2017) afirma que a 
economia, em adaptação com este novo cenário, transforma dados em insumos: os usuários 
obtém serviços online em que organizações declaram como gratuitos em troca de dados 
pessoais. Em vista disso, cria-se o novo problema de violação da privacidade do indivíduo e 
exploração dos dados sensíveis1. 
Em 2014, houve uma tentativa de proteção do uso da Internet no Brasil com o Marco 
Civil da Internet, em que garante a liberdade de expressão, proteção de dados pessoais e 
privacidade, com a disponibilização mediante ordem judicial. Entretanto, há algumas 
brechas na lei pois, em relação a proteção de dados pessoais, não houveram muitas 
especificações. 
Além disso, o Marco Civil não há nada que impeça ou proíba a monetização de dados, o 
que as organizações se aproveitam disso e criam termos de uso do serviço com letras 
pequenas em caixa alta e muito extensas para que o usuário nem leia e aceite a quebra da 
proteção do Marco Civil. Não há, também, a liberdade do usuário aceitar ou não os termos 
para utilização do serviço, tornando-o refém das organizações. 
 
1 “Dado pessoal sobre origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a 
organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado genético 
ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural” (SENAC, [2020]). 
Para resolução deste problema e inspirado na General Data Protection Regulation 
(GDPR)2, cria-se a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em 20183, substituindo o Marco 
Civil da Internet. A LGPD tem como seus principais objetivos proteger os direitos 
fundamentais dos usuários, sua privacidade, mas permitindo a liberdade de escolha e 
personalizar sua experiência conforme as decisões tomadas pelos usuários, sem nenhuma 
influência ou manipulação de suas informações. 
De acordo com Carvalho et al. (2017, p. 15): “é preciso muito cuidado na exploração dos 
dados, não se reduzindo a criatura humana a simples números e códigos e retirando desta 
equação a sua dignidade, sob pena de violação de direitos humanos e fundamentais”. A 
LGPD permite o direito do usuário de decidir se gostaria de usar seus dados ou não, com a 
autorização prévia nas organizações. 
Entretanto, há um paradigma em relação a utilização dos dados sensíveis nas 
organizações: sem os registros e os números para levantamento de dados geram pesquisas 
muito genéricas e há menos lucratividade. Carvalho et al. (2017) afirma que as redes sociais 
utilizam a publicidade dirigida, a exemplo do Facebook Ads em que, ao personalizar um 
determinado produto para venda, tem cinco vezes mais lucro. 
Assim, a Web depende dos dados em que os usuários fornecem para permanecer a rede 
viva e rentável, mas deve-se manter o cuidado com a privacidade e liberdade de expressão 
do usuário, evitando a manipulação e poder. É perceptível a importância do Marco Civil para 
a regulamentação dos dados de usuário — sendo este complementado pela LGPD — e 
fornece a esse, por forma de lei, proteção e controle sobre o uso de seus dados, além de 
garantir a obrigatoriedade do uso responsável pelas empresas que os têm como forma de 
monetização. 
Vale ressaltar que as leis não proíbem a utilização dos dados, mas equilibram a 
responsabilidade das empresas com a segurança dos usuários, de modo que o prejuízo para 
ambas as partes seja controlado, considerando que muitos sites de uso gratuitos utilizam 
dados de usuário como forma de se manterem ativos e prestando os serviços aos mesmos. 
 
2 “Regulamento europeu de proteção de dados” (SENAC, [2020], p. 33). 
3 “Ao contrário do que muitos pensam, a LGPD já se encontra em vigor, desde 28 de dezembro de 2018, no 
que diz respeito à criação da ANPD. Quanto aos demais artigos, essa lei passará a vigorar a partir do dia 14 de 
agosto de 2020.” (SENAC, [2020], p. 34). 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Lei nº 12.965, de 23 de Abril de 2014. Estabelece princípios, garantias, direitos e 
deveres para o uso da Internet no Brasil. Brasília – DF: Presidência da República, 2014. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l129 
65.htm>. Acesso em: 05 set. 2020. 
BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais 
(LGPD). Brasília – DF: Presidência da República, 2018. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13709.htm#art65.>. 
Acesso em: 05 set. 2020. 
CARVALHO, V. M. B. de; GUIMARÃES, P. B. V.; OLIVEIRA, A. C. S. de. A Monetização de Dados 
Pessoais como Alternativa a Períodos de Crise: Análise Jurídica a Partir do Marco Civil da 
Internet. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO E CONTEMPORANEIDADE, 4.,2017, 
Santa Maria, RS. Anais... Santa Maria: UFSM, 2017, 17p. Disponível em: 
<http://coral.ufsm.br/congressodireito/anais/2017/9-2.pdf>. Acesso em: 03 set. 2020. 
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM E COMÉRCIO. Lei Geral de Proteção de Dados 
Pessoais (LGPD). Santa Catarina: SENAC, [2020]. 
WERTHEIN, J. A Sociedade da Informação e Seus Desafios. Ciência da Informação, Brasília, 
v. 29, n. 2, p. 71-77, maio/ago. 2000. Disponível em: 
<https://www.scielo.br/pdf/ci/v29n2/a09v29n2>. Acesso em: 05 set. 2020.

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