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GRUPOS BACTERIANOS DE INTERESSE MÉDICO. 1. Trabulsi, L. R.; Alterthum, F. Microbiologia. 5ª edição, São Paulo, Atheneu, p. 51-56, 2015; 2. Murray, P.R.; Rosenthal, K.S. & Pfaller, M.A. Microbiologia Médica. 7ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier, p. 143-152, 2017; Aula Teórica 01 Dra. Danielle Silva Araújo TAXONOMIA BACTERIANA: 1. CLASSIFICAÇÃO. 2. NOMENCLATURA. 3. IDENTIFICAÇÃO. Taxonomia classifica os organismos em grupos com características similares. Esta classificação segue diferentes níveis hierárquicos: grupos pequenos que compartilham propriedades comuns que, por sua vez, fazem parte de grupos maiores. As categorias frequentemente utilizadas são (em ordem ascendente): espécie, gênero, família, ordem, classe, filo e reino. TAXONOMIA BACTERIANA Prof. Celso Luiz Cardoso DBS/UEM TAXONOMIA BACTERIANA Características fenotípicas: Morfologia macroscópica Morfologia microscópica Características coloração Exigências nutricionais Exigências de atmosferas especiais Perfil bioquímico Perfil de resistência Propriedades antigênicas Critérios genotípicos Proteômica Composição do DNA – G/C Sequência do DNA ou RNA Métodos de tipagem Ribotipagem (RNAr) PFGE (Polimorfismo em gel de campo pulsado) PCR (variações da técnica para tipagem) TAXONOMIA BACTERIANA NOMENCLATURA BACTERIANA: Regulamentada pelo “Código Internacional para a Nomenclatura de Procariontes”. Sistema binomial (Linné): Escherichia coli (Gênero + espécie), forma abreviada E. coli. Nomes vernaculares: bacilo da lepra. Nota: Unidades taxonômicas não formais, p.e., cada cultura representa uma “amostra” ou “clone”, no qual todas as células são descendentes de um só ancestral. Cepa, estirpe. TAXONOMIA BACTERIANA NOMENCLATURA Espécie bacteriana compreende um grupo de bactérias que compartilham um conjunto de características fenotípicas e uma história evolutiva comum e, portanto, muito mais relacionada entre si do que com outras espécies. Nota: Embora não haja uma definição universal de espécie em bacteriologia, foi proposta uma definição menos arbitrária baseada em valores de homologia de DNA. De acordo com essa proposta, duas amostras de uma mesma espécie não diferem mais que 3% de guanina mais citosina (mol% G + C) e devem exibir 70% ou mais de homologia de DNA. TAXONOMIA BACTERIANA Definição de espécie. TAXONOMIA BACTERIANA RNAr sequencing Bergey’s Manual® of Determinative Bacteriology, Manual Bergey de Sistemática Bacteriológica TAXONOMIA BACTERIANA IDENTIFICAÇÃO. Prof. Celso Luiz Cardoso DBS/UEM TAXONOMIA BACTERIANA IDENTIFICAÇÃO Exemplo de um “kit” de identificação bioquímica. TAXONOMIA BACTERIANA Coleção de culturas. ATCC 10801 University Boulevard Manassas, Virginia 20110-2209 USA Internet: http://www.atcc.org/ E-mail: news@atcc.org mailto:news@atcc.org Schaechter et al., 2002, Fig. 10.1 Os principais grupos de bactérias clinicamente importantes. BACTÉRIAS DE INTERESSE MÉDICO 1.Bactérias normalmente coradas pelo Gram. 2.Micobactérias e Nocardias. 3.Espiroquetídeos. 4.Micoplasmas. 5.Riquétsias e Clamídias. Comportamento geral das bactérias de interesse médico frente a coloração de Gram: 1. Todos os cocos são Gram-positivos, exceto aqueles pertencentes ao gênero Neisseria. 2. Todos os bacilos são Gram-negativos, exceto aqueles dos gêneros: Corynebacterium, Bacillus, Clostridium e Mycobacterium. Neisseria (N. gonorrhoeae, gonococos; N. meningitidis, meningococos); Corynebacterium (C. diphtheriae, bacilo diftérico); Bacillus (B. anthracis, bacilo do carbúnculo hemático); Clostridium (C. tetani − bacilo do tétano; C. botulinum − bacilo do botulismo; C. perfringens − bacilo da gangrena gasosa); Mycobacterium (M. tuberculosis, bacilo da tuberculose; M. leprae, bacilo da hanseníase). 1. COCOS GRAM POSITIVOS • 1.1. Aeróbios ou Facultativos: • Staphylococcus furúnculo, oportunista, ITU. • Streptococcus amigdalites, pneumonia, cárie. • Enterococcus oportunista/IH: ITU, bacteremias, ferida cirúrgica. • 1.2. Anaeróbios: infecções endógenas diversas. • Peptostreptococcus • Peptococcus 2. COCOS GRAM NEGATIVOS • 2.1. Aeróbios ou Facultativos: • Neisseria gonorreia, meningite. • 2.2. Anaeróbios: • Veilonella raramente causa infecção. • 3. BACILOS GRAM POSITIVOS • 3.1. Aeróbios ou Facultativos: • Corynebacterium C. diphtheriae (difteria). • Listeria L. monocytogenes (infecção neonato). • Bacillus B. anthracis (carbúnculo). • Lactobacillus (cárie, flora intestinal e vaginal). • 3.2. Anaeróbios: • Clostridium C. tetani (tétano), C. botulinum (botulismo) C. perfringens (gangrena gasosa). • C. difficile (colite pseudomembranosa). • Actinomyces Propionobacterium – Arachnia. 4. BACILOS GRAM NEGATIVOS • 4.1. Aeróbios ou Facultativos: • Enterobacteriaceae Salmonella, Shigella, E. coli, Klebsiella, Enterobacter, Serratia, Proteus, Morganella, Providencia, Yersinia enterocolitica (infecções intestinais e extra-intestinais). • Pseudomonas Stenotrophomonas Burkholderia • Legionella • Acinetobacter • Haemophilus • Campylobacter* Helicobacter* • Bordetella • Vibrio • Aeromonas 4.2. Anaeróbios: infecções endógenas diversas. • Bacteroides • Prevotella • Porphyromonas • Fusobacterium 5. MICOBACTÉRIAS E NOCARDIAS • Mycobacterium • Nocardia 6. ESPIROQUETÍDEOS • Treponema T. pallidum (sífilis) • Leptospira • Borrelia 7. MICOPLASMAS 7.1. Mycoplasma 7.2. Ureaplasma 8. RIQUÉTSIAS 8.1. Rickettsia 8.2. Orientia 8.3. Coxiella 8.4. Ehrlichia 9. CLAMÍDIAS 9.1. Chlamydia
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