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Aula 01 - Fundamentos Basicos do Cinema e Audiovisual

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AULA 01 
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO 
DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) 
PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA 
Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 1 
 
Olá, Futuro Servidor Concursado da ANCINE !!! 
 
É com grande satisfação que o recebemos para, juntos, percorremos todo o 
nosso conteúdo programático do curso Legislação Específica do Cinema e 
Audiovisual para o Cargo de Técnico de Regulação p/ANCINE – Teoria 
e Exercícios, referente ao edital recém publicado, e ficarmos mais perto da 
almejada vaga no quadro de pessoal efetivo da ANCINE. 
 
Vamos direto ao assunto, afinal já fizemos nossas rápidas apresentações e 
definimos o cronograma do curso na aula demonstrativa. 
 
Lembrem-se, visando auxiliar a memorização do texto legal1, que: 
Todos os artigos estarão negritados, neste tipo de formatação, 
visando facilitar suas localizações para leituras e consultas durante 
possíveis futuras revisões rápidas da matéria. Em virtude de tal 
formatação, eliminaremos, inclusive, as aspas que sinalizam a 
transcrição ipsis litteris2 do texto. 
 
Vamos iniciar nossos comentários com uma situação atípica que 
deparamos acerca da legislação que será nosso objeto de estudo. 
 
Bom curso para todos nós !!! 
 
Críticas e sugestões poderão ser enviadas para: 
cesar.frade@pontodosconcursos.com.br e henriquecampolina@pontodosconcursos.com.br 
 
 
Profs. César Frade e Henrique Campolina 
Agosto/2012 
 
 
1 “Texto legal”: é uma expressão usualmente utilizada para referir-se a um texto extraído de alguma 
legislação (leis, decretos, portarias, medidas provisórias, etc.) 
2 Ipsis litteris expressão latina que significa transcrição literal do texto, mesmas palavras e letras. 
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CONSIDERAÇÕES ACERCA DE SITUAÇÃO ATÍPICA DA LEGISLAÇÃO 
 
Prezados Candidatos, 
 
Infelizmente o ordenamento jurídico brasileiro não prima pela excelência e 
deparamos, com certa frequência, com situações esdrúxulas, difíceis de serem 
decifradas. 
 
Vejam o que acontece em nosso caso: 
 
Vamos começar nosso curso estudando a Medida Provisória nº 2.228-1, de 06 
de setembro de 2001. Comecem gravando isto, mês que vem esta norma faz 
11 anos de “vida provisória”. 
 
Vamos, primeiramente, entender o que é uma Medida Provisória. 
 
Previsão legal de emissão de uma MP: art. 623 da CF/1988, que traz as demais 
regulamentações acerca do caráter provisório desta norma. Confiram: 
 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República 
poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo 
submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
I - relativa a: 
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito 
eleitoral; 
b) direito penal, processual penal e processual civil; 
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a 
garantia de seus membros; 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos 
adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; 
II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou 
qualquer outro ativo financeiro; 
III - reservada a lei complementar; 
IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e 
pendente de sanção ou veto do Presidente da República. 
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, 
exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos 
no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o 
último dia daquele em que foi editada. 
 
3 Artigo 62 da CF/1988: Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001 
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§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 
perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei 
no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez 
por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por 
decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. 
§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida 
provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso 
Nacional. 
§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o 
mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o 
atendimento de seus pressupostos constitucionais. 
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias 
contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, 
subseqüentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando 
sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações 
legislativas da Casa em que estiver tramitando. 
§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de 
medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua 
publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do 
Congresso Nacional. 
§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos 
Deputados. 
§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as 
medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, 
em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso 
Nacional. 
§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida 
provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por 
decurso de prazo. 
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até 
sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida 
provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos 
praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas. 
§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da 
medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja 
sancionado ou vetado o projeto. (destacamos) 
 
Ao buscarmos este conceito no sítio Wikipédia, encontramos: 
 
No direito constitucional brasileiro, medida provisória (MP) é um ato 
unipessoal do presidente da República, com força de lei, sem a 
participação do Poder Legislativo, que somente será chamado a discuti-la e 
aprová-la em momento posterior. O pressuposto da MP é urgência e 
relevância, cumulativamente. (destacamos) 
 
Acho que vocês já começaram a ver o tamanho do problema de aplicação de 
normas que temos. No sítio oficial do Planalto (www.planalto.com.br), que 
atualiza as normas assim que são promulgados novos dispositivos, 
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encontramos o texto da MP 2.228-1/2001 alterado por leis de 2011 (Lei nº 
12.485) e até de 2012 (Lei nº 12.599), o que comprova, ainda mais, a 
vigência atual desta norma, que devia ter sido utilizada para disciplinar 
situações de urgência e relevância, sendo, imediatamente, à época de sua 
edição, submetidas ao Congresso Nacional para ser convertida em lei. 
 
Daí, temos que o art. 3º da MP 2.228-1/2001, conforme veremos nas aulas, 
traz a composição do Conselho Superior de Cinema: 
 
Art. 3º Fica criado o Conselho Superior do Cinema, órgão colegiado 
integrante da estrutura da Casa Civil da Presidência da República, a que 
compete: 
I -definir a política nacional do cinema; 
II - aprovar políticas e diretrizes gerais para o desenvolvimento da indústria 
cinematográfica nacional, com vistas a promover sua auto-sustentabilidade; 
III - estimular a presença do conteúdo brasileiro nos diversos segmentos de 
mercado; 
IV - acompanhar a execução das políticas referidas nos incisos I, II e III; 
V - estabelecer a distribuição da Contribuição para o Desenvolvimento da 
Indústria Cinematográfica - CONDECINE para cada destinação prevista em 
lei. 
Art. 4º O Conselho Superior do Cinema será integrado: 
I - pelos Ministros de Estado: 
a) da Justiça; 
b) das Relações Exteriores; 
c) da Fazenda; 
d) da Cultura; 
e) do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; 
f) das Comunicações; e 
g) Chefe da Casa Civil da Presidência da República, que o presidirá. 
 
II - por cinco representantes da indústria cinematográfica e 
videofonográfica nacional, que gozem de elevado conceito no seu campo de 
especialidade, a serem designados por decreto, para mandato de dois anos, 
permitida uma recondução. 
 
Tal artigo continua vigente, não havendo qualquer Lei que o tenha alterado (o 
que pode ser comprovado no próprio sítio do Planalto). 
 
Por que digo qualquer “Lei”? Tal questão repousa na hierarquia das normas de 
nosso ordenamento jurídico. Uma norma menor não pode modificar uma 
hierarquicamente superior. 
Exemplo: Uma lei ordinária não pode alterar a Constituição Federal. Para estes 
casos temos as Emendas Constitucionais. 
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As alterações consideradas pelo Planalto para “nossa” MP são provenientes de 
Leis e de outras Medidas Provisórias. Lembrando que leis de mesmo 
posicionamento hierárquico no ordenamento podem se modificar (critérios de 
especificidade, temporal ou expresso na própria norma). 
 
A MP provisória tem “força de lei”, constitucionalmente estabelecida (vide art. 
62 caput). 
 
Dito isto, passemos à análise de outro tipo de norma: os Decretos. 
 
Voltemos ao sítio do Wikipédia para extrair o conceito de Decreto (estou 
utilizando este sítio, para obter definições mais acessíveis a todos, com menos 
utilização de termos carregados de “juridiquês”): 
No sistema jurídico brasileiro, os decretos são atos meramentes 
administrativos da competência dos chefes dos poderes executivos 
(presidente, governadores e prefeitos). 
Um decreto é usualmente utilizado pelo chefe do poder executivo para fazer 
nomeações e regulamentações de leis (como para lhes dar cumprimento 
efetivo, por exemplo), entre outras coisas. 
Decreto é a forma de que se revestem do atos individuais ou gerais, 
emanados do Chefe do Poder executivo Presidente da República, 
Governador e Prefeito. Pode subdividir-se em decreto geral e decreto 
individual - este a pessoa ou grupo e aquele a pessoas que se encontram 
em mesma situação. 
O decreto tem efeitos regulamentar ou de execução - expedido com 
base no artigo 84, VI da CF, para fiel execução da lei, ou seja, o 
decreto detalha a lei. Não podendo ir contra a lei ou além dela. 
(destacamos) 
 
Mas o Decreto nº 4.858/2003 vem e diz: 
 
Art. 2º O Conselho Superior do Cinema passa a ter a seguinte composição: 
I - Ministros de Estado a seguir indicados: 
a) Chefe da Casa Civil da Presidência da República, que o presidirá; 
b) da Justiça; 
c) das Relações Exteriores; 
d) da Fazenda; 
e) da Cultura; 
f) do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; 
g) das Comunicações; 
h) da Educação; e 
i) da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da 
Presidência da República. 
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II - seis especialistas em atividades cinematográficas e audiovisuais, 
representantes dos diversos setores da indústria cinematográfica e 
vídeofonográfica nacional, que gozem de elevado conceito no seu campo de 
especialidade, tenham destacada atuação no setor e interesse manifesto 
pelo desenvolvimento do cinema e audiovisual brasileiros; e 
III - três representantes da sociedade civil, com destacada atuação em seu 
setor e interesse manifesto pelo desenvolvimento do cinema e do 
audiovisual brasileiros. 
 
E, depois, em 2009, o Decreto nº 7.000, complementa: 
 
Art. 2º Os arts. 1º, 2º, 7º e 8º do Decreto no 4.858, de 13 de outubro de 
2003, passam a vigorar com a seguinte redação: 
[...] 
“Art. 2º .....................................……………….......... 
I - ............................................................................. 
a) Chefe da Casa Civil da Presidência da República; 
......................................................................................... 
e) da Cultura, que o presidirá;[...]” 
 
Diante de tudo isto, caros candidatos, como responder a um questionamento 
que nos foi direcionado, com muita propriedade e acuidade por um candidato, 
em nosso Fórum (de outro curso, análogo a este nosso), sobre quem a 
legislação brasileira determina que deva presidir o Conselho Superior do 
Cinema? 
 
Sinceramente, caros alunos, entendemos haver 2 respostas válidas para tal 
pergunta. 
 
Mas aí vocês vão nos indagar: Está tudo muito bonito, muito bem explicado, 
mas o que faço na hora “H”, que tenho que marcar minha folha de respostas? 
 
Tentaremos acalmar (ou não) tais ânimos com uma questão trazida pelo 
próprio CESPE, que abordamos em nossa Aula 1, num concurso realizado em 
2006. (percebam o ano da prova, àquela época não existia o Decreto 7.000, 
mas o 4.858, que alterou o número dos componentes, já estava decretado). 
 
(CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com a Medida 
Provisória n.º 2.228/2001, que, entre outras providências, instituiu a Agência 
Nacional do Cinema (ANCINE) e a Política Nacional do Cinema e alterou em 
parte a legislação então existente, julgue o item a seguir. 
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__ Integrado por 12 membros, dos quais, 7 são ministros de Estado e 5 são 
notáveis do mercado cinematográfico e videofonográfico, o Conselho Superior 
de Cinema tem uma Secretaria Executiva presidida pelo diretor-presidente da 
ANCINE. 
 
Sabem qual foi seu gabarito oficial? C (Certo) 
 
Percebam que o enunciado fez questão de indicar qual era a base normativa da 
pergunta: “De acordo com a Medida Provisória n.º 2.228/2001”. 
 
Atualmente o Conselho Superior de Cinema é presidido pela Ministra de Estado 
da Cultura, Dra. Ana de Hollanda. Ou seja, o Ministério da Cultura bem 
adotando e observando os dispositivos dos Decretos. 
 
Quem defende a aplicabilidade dos Decretos, a justifica pela especificidade da 
norma (apesar de que um Decreto não pode inovar ou alterar uma Lei) e, 
ainda, questiona a validade da MP 2.228-1/2001. Entendemos se tratarem de 
argumentos frágeis, pois em determinado momento não se recorre à MP, 
enquanto que em outros se observa seus dispositivos. 
 
Infelizmente, caros candidatos, a inobservância das regras legislativas em 
nosso país, nos levam a deparar com tais atipicidades. 
 
Em vias práticas, acredito que a banca fugirá destas polêmicas, já que são 
questões com muita argumentação recursal, qualquer que seja o gabarito 
preliminar divulgado. 
 
Mirem no enunciado, vejam o que a questão está pedindo e observem qual a 
base legal expressa na questão. 
 
Era este nosso recado-desabafo. 
 
Vamos em frente, porque temos matéria para estudar. 
 
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1. A Medida Provisória nº 2.228-1/2001 (continuação) 
 
Com os conceitos relacionados à Política Nacional do Cinema, trazidos pelo 
artigo 1º da MP, reavivados na memória, após nossa aula demonstrativa, 
vamos continuar destrinchando esta norma. 
 
Quando os dispositivos legais trouxerem muitas informações e textos muito 
longos e cansativos, procuraremos tabulá-las, compilá-las e esquematizá-las, 
visando uma melhor forma de vocês memorizarem seus conteúdos. Mas 
sempre transcreveremos o texto legal, que é a base da grande maioria das 
questões de concursos. 
 
Quando chegarmos à sessão de exercícios, ao final desta aula, que abordará os 
Capítulos II, III, IV e V desta MP, vocês perceberão, como já podem ter 
começado a notar nas questões que trouxemos na aula demo, que as bancas 
costumam cobrar a literalidade da Lei (afinal, transcrevendo trechos de 
normas, as questões tornam-se menos polêmicas e menos suscetíveis a 
recursos contra o gabarito oficial). 
 
1.3. Capítulo II – Da Política Nacional do Cinema 
 
Art. 2º A política nacional do cinema terá por base os seguintes 
princípios gerais: 
 
I - promoção da cultura nacional e da língua portuguesa mediante o 
estímulo ao desenvolvimento da indústria cinematográfica e 
audiovisual nacional; 
 
II - garantia da presença de obras cinematográficas e 
videofonográficas nacionais nos diversos segmentos de mercado; 
 
III - programação e distribuição de obras audiovisuais de qualquer 
origem nos meios eletrônicos de comunicação de massa sob 
obrigatória e exclusiva responsabilidade, inclusive editorial, de 
empresas brasileiras, qualificadas na forma do § 1º do art. 1º.4 
 
IV - respeito ao direito autoral sobre obras audiovisuais nacionais e 
estrangeiras. 
 
 
4 Redação dada pela Lei nº 10.454, de 13/05/2002 
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A ideia do presente quadro é trazer uma forma de vincular as informações 
contidas em cada inciso acima, facilitando a memorização (como um jogo de 
perguntas e respostas). Vejam: 
 
POLÍTICA NACIONAL DO CINEMA 
- Princípios Gerais Básicos - 
Objetivos Meio Complementos 
I. Promoção da cultura nacional e da 
língua portuguesa. 
COMO 
FAZER? 
Mediante o estímulo ao 
desenvolvimento da 
indústria cinematográfica e 
audiovisual nacional. 
II. Garantia da presença de obras 
cinematográficas e videofonográficas 
nacionais. 
PRESENÇA 
ONDE? 
Nos diversos segmentos de 
mercado. 
III. Programação e distribuição de obras 
audiovisuais de qualquer origem, sob 
exclusiva responsabilidade, inclusive 
editorial, de empresas brasileiras. 
DISTRIBUIR 
ONDE? 
Nos meios eletrônicos de 
comunicação de massa. 
IV. Respeito ao direito autoral sobre 
obras audiovisuais. 
OBRAS DE 
QUAIS 
ORIGENS? 
Nacionais e estrangeiras. 
Fonte: Art. 2º da MP 
 
 
1.4. Capítulo III – Do Conselho Superior do Cinema 
Art. 3º Fica criado o Conselho Superior do Cinema, órgão colegiado 
integrante da estrutura da Casa Civil da Presidência da República, a 
que compete: 
I - definir a política nacional do cinema; 
II - aprovar políticas e diretrizes gerais para o desenvolvimento da 
indústria cinematográfica nacional, com vistas a promover sua auto-
sustentabilidade; 
III - estimular a presença do conteúdo brasileiro nos diversos 
segmentos de mercado; 
IV - acompanhar a execução das políticas referida nos incisos I, II e 
III; 
V - estabelecer a distribuição da Contribuição para o 
Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica - CONDECINE para 
cada destinação prevista em lei. 
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Novamente apresentamos-lhes um quadro-resumo. Estes dispositivos possuem 
uma linguagem muito direta. 
 
Desta forma, preferimos, ao invés de lhes trazer um texto que explicará um 
texto que é, praticamente, autoexplicativo, montar figuras, tabelas, quadros, 
que adicionarão aos conhecimentos de vocês novas formas de resgatar e 
buscar na memória as informações ali contidas. 
 
Vamos aproveitar e incluir nesta tabulação as informações contidas no artigo 
4º (abaixo transcrito). 
 
Art. 4º O Conselho Superior do Cinema será integrado: 
 
I - pelos Ministros de Estado: 
a) da Justiça; 
b) das Relações Exteriores; 
c) da Fazenda; 
d) da Cultura; 
e) do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; 
f) das Comunicações; e 
g) Chefe da Casa Civil da Presidência da República, que o presidirá. 
 
II - por cinco representantes da indústria cinematográfica e 
videofonográfica nacional, que gozem de elevado conceito no seu 
campo de especialidade, a serem designados por decreto, para 
mandato de dois anos, permitida uma recondução. 
 
§ 1º O regimento interno do Conselho Superior do Cinema será 
aprovado por resolução. 
 
§ 2º O Conselho reunir-se-á sempre que for convocado por seu 
Presidente. 
 
§ 3º O Conselho deliberará mediante resoluções, por maioria 
simples de votos, presentes, no mínimo, cinco membros referidos no 
inciso I deste artigo, dentre eles o seu Presidente, que exercerá 
voto de qualidade no caso de empate, e três membros referidos no 
inciso II deste artigo. 
 
§ 4º Nos casos de urgência e relevante interesse, o Presidente 
poderá deliberar ad referendum dos demais membros. 
 
§ 5º O Presidente do Conselho poderá convidar para participar das 
reuniões técnicas, personalidades e representantes de órgãos e 
entidades públicos e privados. 
 
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CONSELHO SUPERIOR DO CINEMA 
Definição 
Órgão colegiado integrante da estrutura da Casa Civil da Presidência da 
República 
Criação MP 2.228-1, de 06/09/2001 
C
o
m
p
et
ên
ci
as
 
� Definir a Política Nacional do Cinema; 
� Aprovar políticas e diretrizes gerais para o desenvolvimento da 
indústria cinematográfica nacional, com vistas a promover sua auto-
sustentabilidade; 
� Estimular a presença do conteúdo brasileiro nos segmentos de 
mercado; 
� Acompanhar a execução das políticas dos incisos I, II e III; 
� Estabelecer a distribuição da CONDECINE p/destinação prevista em 
lei. 
C
o
m
p
os
iç
ão
 
� Chefe da Casa Civil da Presidência da República: Presidente do 
Conselho, 
� Ministros de Estado: 
- Justiça, 
- Relações Exteriores, 
- Fazenda, 
- Cultura, 
- Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, 
- Comunicações e 
� 5 representantes da indústria cinematográfica e videofonográfica 
nacional (elevado conceito no sua especialidade): Designados por 
decreto, p/mandato de 2 anos, permitida 1 recondução. 
Regimento Regimento interno aprovado por resolução. 
Reuniões Convocados pelo Presidente do Conselho. 
Deliberações Resoluções, por maioria simples de votos. 
Quorum 
mínimo 
Quorum mínimo para deliberações: 
� Presidente do Conselho (voto de qualidade no caso de empate) 
� 4 Ministros de Estado 
� 3 Representantes da indústria cinematográfica e videofonográfica 
Exceção: Casos de urgência e relevante interesse – Presidente poderá 
deliberar ad referendum dos demais membros. 
Convites 
Especiais 
Faculdade atribuída ao Presidente para convidar técnicos, 
personalidades e representantes de órgãos e entidades públicos e 
privados, para participar dasreuniões. 
Fontes: Artigos 3º e 4º da MP 
 
O que vocês acharam? Particularmente, estudando num quadro assim, 
memorizamos as informações nele contidas mais facilmente do que as 
identificando dentro da estrutura das normas jurídicas brasileiras. 
 
 
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1.5. Capítulo IV – Da Agência Nacional do Cinema – ANCINE 
 
Vamos agora estratificar os objetivos, competências, estrutura, receitas, 
patrimônio e recursos humanos da ANCINE. 
 
Este capítulo possui 11 artigos (do 5º ao 15) e se limita a regulamentar a 
Agência Nacional do Cinema. 
 
Dos objetivos e competências 
 
Art. 5º Fica criada a Agência Nacional do Cinema – ANCINE, 
autarquia especial, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior5, observado o disposto no art. 62 
desta Medida Provisória, órgão de fomento, regulação e fiscalização 
da indústria cinematográfica e videofonográfica, dotada de 
autonomia administrativa e financeira. 
§ 1º A Agência terá sede e foro no Distrito Federal e escritório 
central na cidade do Rio de Janeiro, podendo estabelecer escritórios 
regionais. 
§ 2º O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 
supervisionará as atividades da ANCINE, podendo celebrar contrato 
de gestão, observado o disposto no art. 62. 
 
Risquei a frase acima, pois o prazo de 12 meses (contados a partir de 
05/09/2001) já foi transcorrido e não há mais necessidade de observação da 
disposição do artigo 62. Vamos a mais uma compilação dos dados: 
ANCINE – Definição 
Definição 
Autarquia especial, órgão de fomento, regulação e fiscalização da 
indústria cinematográfica e videofonográfica. 
Vinculação Ministério da Cultura (art. 10 do Decreto 4.858, de 13/10/2003)
5 
Autonomia Administrativa e financeira. 
Sede e Foro Distrito Federal 
Escritórios 
Central: Rio de Janeiro 
Regionais: possibilidade de estabelecimentos 
Fonte: Art. 5º da MP 
 
5 Outro ponto da polêmica: o Decreto 4.858/2003 alterou a vinculação p/ Ministério da Cultura a ANCINE. 
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Art. 6º A ANCINE terá por objetivos: 
 
I - promover a cultura nacional e a língua portuguesa mediante o 
estímulo ao desenvolvimento da indústria cinematográfica e 
videofonográfica nacional em sua área de atuação; 
 
II - promover a integração programática, econômica e financeira de 
atividades governamentais relacionadas à indústria cinematográfica 
e videofonográfica; 
 
III - aumentar a competitividade da indústria cinematográfica e 
videofonográfica nacional por meio do fomento à produção, à 
distribuição e à exibição nos diversos segmentos de mercado; 
 
IV - promover a auto-sustentabilidade da indústria cinematográfica 
nacional visando o aumento da produção e da exibição das obras 
cinematográficas brasileiras; 
 
V - promover a articulação dos vários elos da cadeia produtiva da 
indústria cinematográfica nacional; 
 
VI - estimular a diversificação da produção cinematográfica e 
videofonográfica nacional e o fortalecimento da produção 
independente e das produções regionais com vistas ao incremento 
de sua oferta e à melhoria permanente de seus padrões de 
qualidade; 
 
VII - estimular a universalização do acesso às obras 
cinematográficas e videofonográficas, em especial as nacionais; 
 
VIII - garantir a participação diversificada de obras 
cinematográficas e videofonográficas estrangeiras no mercado 
brasileiro; 
 
IX - garantir a participação das obras cinematográficas e 
videofonográficas de produção nacional em todos os segmentos do 
mercado interno e estimulá-la no mercado externo; 
 
X - estimular a capacitação dos recursos humanos e o 
desenvolvimento tecnológico da indústria cinematográfica e 
videofonográfica nacional; 
 
XI - zelar pelo respeito ao direito autoral sobre obras audiovisuais 
nacionais e estrangeiras. 
 
Após a leitura atenta do texto legal, trarei um quadro-resumo: em virtude da 
grande gama de objetivos, os compilarei resumidamente, destacando os 
pontos principais, para facilitar a memorização de todos: 
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ANCINE – Objetivos 
Importante: Objetivos relacionados à indústria cinematográfica e videofonográfica. 
 
� Promover a: 
- Cultura nacional e a língua portuguesa; 
- Integração programática, econômica e financeira das ativ. governamentais; 
- Auto-sustentabilidade da indústria nacional visando o aumento da produção e 
da exibição das obras cinematográficas brasileiras; 
- Articulação dos vários elos da cadeia produtiva da indústria nacional; 
 
� Aumentar a competitividade da indústria nacional por meio do fomento à 
produção, à distribuição e à exibição nos diversos segmentos de mercado; 
 
� Estimular a: 
- Diversificação da produção nacional e o fortalecimento da produção 
independente e das produções regionais com vistas ao incremento de sua oferta 
e à melhoria permanente de seus padrões de qualidade; 
- Universalização do acesso às obras, em especial as nacionais; 
- Capacitação dos recursos humanos e o desenvolvimento tecnológico da 
indústria nacional; 
 
� Garantir a: 
- Participação diversificada de obras estrangeiras no mercado brasileiro; 
- Participação das obras de produção nacional em todos os segmentos do 
mercado interno e estimulá-la no mercado externo; 
 
� Zelar pelo respeito ao direito autoral sobre obras nacionais e estrangeiras. 
 
Fonte: Art. 6º da MP 
 
Art. 7º A ANCINE terá as seguintes competências: 
I - executar a política nacional de fomento ao cinema, definida na 
forma do art. 3º; 
II - fiscalizar o cumprimento da legislação referente à atividade 
cinematográfica e videofonográfica nacional e estrangeira nos 
diversos segmentos de mercados, na forma do regulamento; 
III - promover o combate à pirataria de obras audiovisuais; 
IV - aplicar multas e sanções, na forma da lei; 
V - regular, na forma da lei, as atividades de fomento e proteção à 
indústria cinematográfica e videofonográfica nacional, 
resguardando a livre manifestação do pensamento, da criação, da 
expressão e da informação; 
VI - coordenar as ações e atividades governamentais referentes à 
indústria cinematográfica e videofonográfica, ressalvadas as 
competências dos Ministérios da Cultura e das Comunicações; 
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VII - articular-se com os órgãos competentes dos entes federados 
com vistas a otimizar a consecução dos seus objetivos; 
VIII - gerir programas e mecanismos de fomento à indústria 
cinematográfica e videofonográfica nacional; 
IX - estabelecer critérios para a aplicação de recursos de fomento e 
financiamento à indústria cinematográfica e videofonográfica 
nacional; 
X - promover a participação de obras cinematográficas e 
videofonográficas nacionais em festivais internacionais; 
XI - aprovar e controlar a execução de projetos de co-produção, 
produção, distribuição, exibição e infra-estrutura técnica a serem 
realizados com recursos públicos e incentivos fiscais, ressalvadas as 
competências dos Ministérios da Cultura e das Comunicações; 
XII - fornecer os Certificados de Produto Brasileiro às obras 
cinematográficas e videofonográficas;XIII - fornecer Certificados de Registro dos contratos de produção, 
co-produção, distribuição, licenciamento, cessão de direitos de 
exploração, veiculação e exibição de obras cinematográficas e 
videofonográficas; 
XIV - gerir o sistema de informações para o monitoramento das 
atividades da indústria cinematográfica e videofonográfica nos seus 
diversos meios de produção, distribuição, exibição e difusão; 
XV - articular-se com órgãos e entidades voltados ao fomento da 
produção, da programação e da distribuição de obras 
cinematográficas e videofonográficas dos Estados membros do 
Mercosul e demais membros da comunidade internacional; 
XVI - prestar apoio técnico e administrativo ao Conselho Superior do 
Cinema; 
XVII - atualizar, em consonância com a evolução tecnológica, as 
definições referidas no art. 1o desta Medida Provisória. 
XVIII - regular e fiscalizar o cumprimento dos princípios da 
comunicação audiovisual de acesso condicionado, das obrigações de 
programação, empacotamento e publicidade e das restrições ao 
capital total e votante das produtoras e programadoras fixados pela 
lei que dispõe sobre a comunicação audiovisual de acesso 
condicionado; 
XIX - elaborar e tornar público plano de trabalho como instrumento 
de avaliação da atuação administrativa do órgão e de seu 
desempenho, estabelecendo os parâmetros para sua administração, 
bem como os indicadores que permitam quantificar, objetivamente, 
a sua avaliação periódica, inclusive com relação aos recursos 
aplicados em fomento à produção de audiovisual;6 
XX - enviar relatório anual de suas atividades ao Ministério da 
Cultura e, por intermédio da Presidência da República, ao Congresso 
Nacional; 
XXI - tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua 
conduta às exigências legais no âmbito de suas competências, nos 
termos do § 6º do art. 5º da Lei nº 7.347, de 24/07/1985. 
 
6 Incluído pela Lei nº 12.485, de 12/09/2011 – incisos XIX, XX e XXI 
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XXII - promover interação com administrações do cinema e do 
audiovisual dos Estados membros do Mercosul e demais membros 
da comunidade internacional, com vistas na consecução de 
objetivos de interesse comum; e7 
XXIII - estabelecer critérios e procedimentos administrativos para a 
garantia do princípio da reciprocidade no território brasileiro em 
relação às condições de produção e exploração de obras 
audiovisuais brasileiras em territórios estrangeiros. 
 
Parágrafo único. A organização básica e as competências das 
unidades da ANCINE serão estabelecidas em ato do Poder 
Executivo. 
 
Quanto às competências, por serem específicas e técnicas, sugerimos a leitura 
atenta, para evitar reprodução quase literal do texto legal. 
 
Durante a resolução dos exercícios presentes ao final desta aula, teceremos os 
comentários que julgamos importantes para serem memorizados por vocês, 
acerca das competências da ANCINE, além das próprias disposições legais. 
 
 
Da Estrutura 
 
Agora vamos compilar todas as informações desta seção (estrutura, 
competências da Diretoria e do Diretor-Presidente da ANCINE) num quadro 
único, após a leitura do texto legal pelos ilustres candidatos: 
 
Art. 8º A ANCINE será dirigida em regime de colegiado por uma 
diretoria composta de um Diretor-Presidente e três Diretores, com 
mandatos não coincidentes de quatro anos. 
§ 1º Os membros da Diretoria serão brasileiros, de reputação ilibada 
e elevado conceito no seu campo de especialidade, escolhidos pelo 
Presidente da República e por ele nomeados após aprovação pelo 
Senado Federal, nos termos da alínea "f", inciso III do art. 52 da CF. 
§ 2º O Diretor-Presidente da ANCINE será escolhido pelo Presidente 
da República entre os membros da Diretoria Colegiada. 
§ 3º Em caso de vaga no curso do mandato de membro da Diretoria 
Colegiada, este será completado por sucessor investido na forma 
prevista no §1º deste artigo, que o exercerá p/prazo remanescente. 
§ 4º Integrarão a estrutura da ANCINE uma Procuradoria-Geral, que 
a representará em juízo, uma Ouvidoria-Geral e uma Auditoria. 
§ 5º A substituição dos dirigentes em seus impedimentos será 
disciplinada em regulamento. 
 
 
7 Redação dada pela Lei nº 12.599, de 23/03/2012 – incisos XXII e XXIII 
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Art. 9º Compete à Diretoria Colegiada da ANCINE: 
I - exercer sua administração; 
II - editar normas sobre matérias de sua competência; 
III - aprovar seu regimento interno; 
IV - cumprir e fazer cumprir as políticas e diretrizes aprovadas pelo 
Conselho Superior de Cinema; 
V - deliberar sobre sua proposta de orçamento; 
VI - determinar a divulgação de relatórios semestrais sobre as 
atividades da Agência; 
VII - decidir sobre a venda, cessão ou aluguel de bens integrantes 
do seu patrimônio; 
VIII - notificar e aplicar as sanções previstas na legislação; 
IX - julgar recursos interpostos contra decisões de membros da 
Diretoria; 
X - autorizar a contratação de serviço de terceiros na forma da 
legislação vigente; 
XI - autorizar a celebração de contratos, convênios e acordos; 
Parágrafo único. A Diretoria Colegiada reunir-se-á com a presença 
de, pelo menos, três diretores, dentre eles o Diretor-Presidente, e 
deliberará por maioria simples de votos. 
 
Art. 10. Compete ao Diretor-Presidente da ANCINE: 
I - exercer a representação legal da agência; 
II - presidir as reuniões da Diretoria Colegiada; 
III cumprir e fazer cumprir as decisões da Diretoria Colegiada; 
IV - exercer o voto de qualidade, em caso de empate nas 
deliberações da Diretoria Colegiada; 
V - nomear, exonerar e demitir servidores e empregados; 
VI - prover os cargos em comissão e as funções de confiança; 
VII - aprovar editais de licitação e homologar adjudicações; 
VIII - encaminhar ao órgão supervisor a proposta de orçamento da 
ANCINE; 
IX - assinar contratos, acordos e convênios, previamente aprovados 
pela Diretoria Colegiada; 
X - ordenar despesas e praticar os atos de gestão necessários ao 
alcance dos objetivos da ANCINE; 
XI - sugerir a propositura de ação civil pública pela ANCINE, nos 
casos previstos em lei; 
XII - exercer a função de Secretário-Executivo do Conselho Superior 
do Cinema; 
XIII - exercer outras atividades necessárias à gestão da ANCINE e à 
implementação das decisões do Conselho Superior do Cinema. 
 
 
 
 
 
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ANCINE – Estrutura 
Direção 
Colegiada 
� Diretor-Presidente (voto de qualidade no caso de empate) 
� 3 Diretores 
Mandatos Não coincidentes de 4 anos 
Diretores 
Brasileiros, 
Reputação ilibada, 
Elevado conceito no seu campo de especialidade. 
Escolha da 
Diretoria 
Escolha do Presidente da República, 
Aprovação pelo Senado Federal, 
Nomeado pelo Presidente da República. 
Diretor-
Presidente 
Escolhido, entre membros da Diretoria Colegiada, p/Presidente da República. 
Deliberações 
da Diretoria 
Maioria simples de votos. 
Quórum 
Mínimo 
� Diretor-Presidente 
� 2 Diretores 
Vaga na 
Diretoria 
Sucessor investido na mesma forma dos diretores, para prazo remanescente, 
Substituição de dirigente impedido será disciplinada em regulamento. 
Estrutura Procuradoria-Geral (a representará em juízo) Ouvidoria-Geral Auditoria 
Competência 
da Diretoria 
Colegiada da 
ANCINE 
� Exercersua administração; 
� Editar normas sobre matérias de sua competência; 
� Aprovar seu regimento interno; 
� Cumprir e fazer cumprir as políticas e diretrizes aprovadas pelo Conselho 
Superior de Cinema; 
� Deliberar sobre sua proposta de orçamento; 
� Determinar divulgação de relatórios semestrais s/atividades da Agência; 
� Decidir sobre venda, cessão ou aluguel de bens do seu patrimônio; 
� Notificar e aplicar as sanções previstas na legislação; 
� Julgar recursos interpostos c/decisões de membros da Diretoria; 
� Autorizar a contratação de serviço de terceiros na forma da lei; 
� Autorizar a celebração de contratos, convênios e acordos. 
Competência 
do Diretor-
Presidente 
da ANCINE 
� Exercer a representação legal da agência; 
� Presidir as reuniões da Diretoria Colegiada; 
� Cumprir e fazer cumprir as decisões da Diretoria Colegiada; 
� Nomear, exonerar e demitir servidores e empregados; 
� Prover os cargos em comissão e as funções de confiança; 
� Aprovar editais de licitação e homologar adjudicações; 
� Encaminhar ao órgão supervisor proposta de orçamento – ANCINE; 
� Assinar contratos, acordos e convênios, aprovados p/Diretoria Colegiada; 
� Ordenar despesas e praticar os atos de gestão necessários ao alcance dos 
objetivos da ANCINE; 
� Sugerir propositura de ação civil pública pela ANCINE, nos casos legais; 
� Exercer a função de Sec-Executivo do Conselho Superior do Cinema; 
� Exercer outras atividades necessárias à gestão da ANCINE e à 
implementação das decisões do Conselho Superior do Cinema. 
Fontes: Artigos 8º ao 10 da MP 
 
Desta forma, caros candidatos, uma leitura atenta ao quadro acima, os 
capacitará a responder questões sobre a estrutura da ANCINE. Em frente! 
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Receitas e Patrimônio 
 
Art. 11. Constituem receitas da ANCINE: 
I e II - Revogados 
III - o produto da arrecadação das multas resultantes do exercício 
de suas atribuições; 
IV - Revogado 
V - o produto da execução da sua dívida ativa; 
VI - as dotações consignadas no Orçamento-Geral da União, créditos 
especiais, créditos adicionais, transferências e repasses que lhe 
forem conferidos; 
VII - as doações, legados, subvenções e outros recursos que lhe 
forem destinados; 
VIII - os valores apurados na venda ou aluguel de bens móveis e 
imóveis de sua propriedade; 
IX - os valores apurados em aplicações no mercado financeiro das 
receitas previstas neste artigo; 
X - produto da cobrança de emolumentos por serviços prestados; 
XI - recursos provenientes de acordos, convênios ou contratos 
celebrados com entidades, organismos ou empresas, públicos ou 
privados, nacionais e internacionais; 
XII - produto da venda de publicações, material técnico, dados e 
informações, inclusive para fins de licitação pública; 
Art. 12. Fica a ANCINE autorizada a alienar bens móveis ou imóveis 
do seu patrimônio que não se destinem ao desempenho das funções 
inerentes à sua missão institucional. 
 
Após algumas revogações, seguem válidas as seguintes fontes de receitas da 
ANCINE, transcritas abaixo com seus conteúdos principais: 
� Arrecadação das multas (exercício de suas atribuições); 
� Execução da sua dívida ativa; 
� Dotações consignadas no Orçamento-Geral da União, créditos especiais, 
créditos adicionais, transferências e repasses que lhe forem conferidos; 
� Doações, legados, subvenções e outros recursos a ela destinados; 
� Valores apurados na venda ou aluguel de seus bens móveis e imóveis, 
cuja prévia autorização legal está restrita àqueles que não se destinem 
ao desempenho das funções inerentes à missão institucional da ANCINE; 
� Decorrentes de aplicações financeiras das receitas aqui previstas; 
� Cobrança de emolumentos por serviços prestados; 
� Recursos provenientes de acordos, convênios ou contratos celebrados 
com instituições públicas ou privadas, nacionais e internacionais; 
� Valores apurados com venda de publicações, material técnico, dados e 
informações, inclusive para fins de licitação pública. 
 
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Recursos Humanos 
 
Art. 13. Revogado 
 
Vou abrir parênteses para um artigo revogado, pois já foi alvo de cobrança em 
concursos passados. 
 
Este artigo dizia que o “Quadro de Pessoal Efetivo da ANCINE será composto 
por até 250 empregos públicos e deverá ser criado em lei específica”, mas foi 
revogado pela Lei 10.871/2004, não havendo mais tal limite. 
 
Art. 14. A ANCINE poderá contratar especialistas para a execução 
de trabalhos nas áreas técnica, administrativa, econômica e jurídica, 
por projetos ou prazos limitados, observando-se a legislação em 
vigor. 
 
Em outras palavras: 
CONTRATAÇÕES 
Quem 
Contratar? 
Especialistas 
Para quê? 
Execução de trabalhos nas áreas: 
� Técnica, 
� Administrativa, 
� Econômica e 
� Jurídica. 
Por quanto 
tempo? 
� Por projetos ou 
� Por prazos limitados. 
Como? Conforme legislação pertinente e vigente. 
Fonte: Art. 14 da MP 
 
Art. 15. A ANCINE poderá requisitar, com ônus, servidores de 
órgãos e entidades integrantes da administração pública federal 
direta, autárquica e fundacional, quaisquer que sejam as atribuições 
a serem exercidas. 
 
Em outras palavras: 
REQUISIÇÕES 
Quem 
Requisitar? 
Servidores de órgãos e entidades integrantes da administração pública 
federal direta, autárquica e fundacional 
Para quê? Para quaisquer atribuições a serem exercidas. 
Fonte: Art. 15 da MP 
 
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1.6. Capítulo V – Do Sistema de Informações e Monitoramento da Indústria 
Cinematográfica e Videofonográfica 
 
Vamos encerrar nossa Aula 01 com este capítulo, para encararmos uma sessão 
prática de questões de concursos já realizados. 
 
Art. 16. Fica criado o Sistema de Informações e Monitoramento da 
Indústria Cinematográfica e Videofonográfica, de responsabilidade 
da ANCINE, podendo para sua elaboração e execução ser 
conveniada ou contratada entidade ou empresa legalmente 
constituída. 
 
Neste artigo, além de memorizarmos o extenso nome: Sistema de Informações 
e Monitoramento da Indústria Cinematográfica e Videofonográfica, precisamos 
gravar que ficará sob responsabilidade da ANCINE. 
 
Em virtude da complexidade deste sistema (não é simples a atividade de 
monitoramento em todo território nacional), a norma já traz a possibilidade 
legal de contratação ou celebração de convênio para auxiliar a ANCINE nesta 
atribuição, desde que a entidade/empresa esteja legalmente constituída. 
 
Art. 17. Toda sala ou espaço de exibição pública destinada à 
exploração de obra cinematográfica em qualquer suporte deverá 
utilizar o sistema de controle de receitas de bilheteria, conforme 
definido em regulamento pela ANCINE. 
 
Exigência geral para qualquer espaço destinado à exploração, por exibição 
pública, de obras cinematográficas, já visando a operacionalização do 
monitoramento do citado Sistema. 
 
Art. 18. As empresas distribuidoras, as programadoras de obras 
audiovisuais para o segmento de mercado de serviços de 
comunicação eletrônica de massas por assinatura, as 
programadoras de obras audiovisuais para outros mercados, 
conforme assinalado na alínea ‘e’ do Anexo I desta Medida 
Provisória, assim como as locadoras de vídeo doméstico e as 
empresas de exibição, devem fornecer relatórios periódicos sobre a 
oferta e o consumo de obras audiovisuais e as receitas auferidaspela exploração delas no período, conforme normas expedidas pela 
ANCINE.8 
 
 
8 Redação dada pela Lei nº 11.437, de 28/12/2006 
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Muita informação num artigo só, vamos esmiuçar seu conteúdo: 
 
EXIGÊNCIA DE ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS 
Emissores 
� Distribuidoras e programadoras de obras audiovisuais p/mercado 
de serviços de comunicação eletrônica de massas por assinatura; 
� Programadoras de obras audiovisuais para outros mercados; 
� Locadoras de vídeo doméstico; 
� Empresas de exibição. 
Conteúdo do 
Relatório 
� Oferta de obras audiovisuais; 
� Consumo de obras audiovisuais; 
� Receitas auferidas pela exploração delas no período. 
Quando? Periodicamente. 
Como? Conforme normas expedidas pela ANCINE. 
Fonte: Art. 18 da MP 
 
Art. 19. As empresas distribuidoras e locadoras de obras 
cinematográficas para vídeo, doméstico ou para venda direta ao 
consumidor, em qualquer suporte, deverão emitir semestralmente 
relatório enumerando as obras cinematográficas brasileiras 
distribuídas no período, número de obras estrangeiras e sua 
relação, número de cópias distribuídas por título, conforme definido 
em regulamento, devendo estas informações serem remetidas à 
ANCINE. 
 
EXIGÊNCIA DE ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS 
Emissores 
Empresas distribuidoras e locadoras de obras cinematográficas para 
vídeo, doméstico ou para venda direta ao consumidor, em qualquer 
suporte. 
Conteúdo 
do 
Relatório 
� Enumerando obras cinematográficas brasileiras distribuídas; 
� Número de obras estrangeiras e sua relação; 
� Número de cópias distribuídas por título. 
Base de 
Cálculo 
Período referente ao relatório. 
Quando? Semestralmente. 
Como? 
Conforme definido em regulamento, devendo estas informações serem 
remetidas à ANCINE. 
Fonte: Art. 18 da MP 
 
Art. 20. Poderá ser estabelecida, por lei, a obrigatoriedade de 
fornecimento periódico de informações sobre veiculação ou difusão 
de obras cinematográficas e videofonográficas para empresas 
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operantes em outros segmentos de mercado além daqueles 
indicados nos arts. 18 e 19. 
 
Em ambos os quadros acima (artigos 18 e 19), poderão ser incluídos nossos 
emissores dos relatórios, por força de lei. 
 
Art. 21. As cópias das obras cinematográficas e videofonográficas 
destinadas à venda, cessão, empréstimo, permuta, locação, 
exibição, com ou sem fins lucrativos, bem como as obras 
cinematográficas e videofonográficas publicitárias deverão conter 
em seu suporte marca indelével e irremovível com a identificação do 
detentor do direito autoral no Brasil, com todas as informações que 
o identifiquem, conforme modelo aprovado pela ANCINE e pela 
Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda, sem 
prejuízo do que trata a Lei nº 9.610, de 19/02/1998, e o Decreto nº 
2.894, 22/12/1998. 
Parágrafo único. No caso de obras cinematográficas e 
videofonográficas publicitárias, a marca indelével e irremovível de 
que trata o caput e nas finalidades ali previstas deverá constar na 
claquete de identificação.9 
 
DIREITO AUTORAL NO BRASIL 
Obras � Cópias das obras cinematográficas e videofonográficas 
� Obras cinematográficas e videofonográficas publicitárias 
Destinação 
das obras 
� Venda 
� Cessão 
� Empréstimo 
� Permuta 
� Locação 
� Exibição 
Finalidade ($) Com ou sem fins lucrativos 
Conteúdo do 
Suporte 
� Identificação do detentor do direito autoral no Brasil: 
� Marca indelével e irremovível, 
� Com todas as informações que o identifiquem. 
� Para obras publicitárias: marca na claquete de identificação 
Conformidade 
Modelo aprovado pela ANCINE e pela Secretaria da Receita Federal, 
sem prejuízo do que trata a Lei nº 9.610/1998 e o Decreto nº 
2.894/1998. 
Fonte: Art. 21 da MP 
 
Art. 22. É obrigatório o registro das empresas de produção, 
distribuição, exibição de obras cinematográficas e videofonográficas 
nacionais ou estrangeiras na ANCINE, conforme disposto em 
regulamento. 
 
9 Redação dada pela Lei nº 10.454, de 13/05/2002 
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Parágrafo único. Para se beneficiar de recursos públicos ou 
incentivos fiscais destinados à atividade cinematográfica ou 
videofonográfica a empresa deve estar registrada na ANCINE. 
 
Em virtude do monitoramento da Indústria Cinematográfica e Videofonográfica 
em território nacional, nada mais justo e eficiente que obrigar o registro das 
empresas do ramo na ANCINE. 
 
Ora se o registro é obrigatório para todas as empresas do ano, para que 
reforçar tal obrigatoriedade cadastral como requisito necessário à obtenção de 
benefícios de recursos públicos ou incentivos fiscais? Única explicação, tentar 
minimizar a falta de registros. 
 
Art. 23. A produção no Brasil de obra cinematográfica ou 
videofonográfica estrangeira deverá ser comunicada à ANCINE. 
Parágrafo único. A produção e a adaptação de obra cinematográfica 
ou videofonográfica estrangeira, no Brasil, deverão realizar-se 
mediante contrato com empresa produtora brasileira, que será a 
responsável pela produção perante as leis brasileiras. 
 
Outras obrigações: 
� Para produção, em território nacional, de obra estrangeira, é necessária 
a prévia comunicação à ANCINE; 
� Também deverá existir um contrato com empresa produtora brasileira, 
que assumirá as responsabilidades relacionadas ao ordenamento jurídico 
brasileiro, cuja obrigatoriedade é estendida aos casos de adaptações de 
obras estrangeiras. 
 
Art. 24. Os serviços técnicos de cópia e reprodução de matrizes de 
obras cinematográficas e videofonográficas que se destinem à 
exploração comercial no mercado brasileiro deverão ser executados 
em laboratórios instalados no País. 
Parágrafo único. As obras cinematográficas e videofonográficas 
estrangeiras estão dispensadas de copiagem obrigatória no País até 
o limite de 6 (seis) cópias, bem como seu material de promoção e 
divulgação nos limites estabelecidos em regulamento.10 
 
Obrigação relacionada ao local de produção de serviços técnicos (cópia e 
reprodução de matrizes), destinados à exploração comercial no Brasil: 
laboratório instalado no País. 
 
10 Redação dada pela Lei nº 10.454, de 13/05/2002 
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Art. 25. Toda e qualquer obra cinematográfica ou videofonográfica 
publicitária estrangeira só poderá ser veiculada ou transmitida no 
País, em qualquer segmento de mercado, devidamente adaptada ao 
idioma português e após pagamento da CONDECINE, de que trata o 
art. 32.11 
Parágrafo único. A adaptação de obra cinematográfica ou 
videofonográfica publicitária deverá ser realizada por empresa 
produtora brasileira registrada na ANCINE, conforme normas por 
ela expedidas. 
 
Exigências para transmissão ou veiculação de obra estrangeira no Brasil: 
� Pagamento da CONDECINE12; 
� Adaptação ao idioma português, a ser realizada por empresa produtora 
brasileira registrada na ANCINE. 
 
Art. 26. A empresa produtora de obra cinematográfica ou 
videofonográfica com recursos públicosou provenientes de renúncia 
fiscal deverá depositar na Cinemateca Brasileira ou entidade 
credenciada pela ANCINE uma cópia de baixo contraste, 
interpositivo ou matriz digital da obra, para sua devida preservação. 
 
Podemos dizer que o artigo 26 traz uma “contrapartida obrigatória”, a ser 
quitada pela empresa produtora, cuja obra recebeu recursos públicos ou 
provenientes de renúncia fiscal. 
 
“Contrapartida”: depósito de 01 (uma) cópia da obra de baixo contraste na 
Cinemateca Brasileira ou entidade credenciada pela ANCINE. 
 
Objetivo do dispositivo: preservação da obra. 
 
Art. 27. As obras cinematográficas e videofonográficas produzidas 
com recursos públicos ou renúncia fiscal, após decorridos dez anos 
de sua primeira exibição comercial, poderão ser exibidas em canais 
educativos mantidos com recursos públicos nos serviços de 
radiodifusão de sons e imagens e nos canais referidos nas alíneas 
"b" a "g" do inciso I do art. 23 da Lei nº 8.977, de 06/01/1995, e 
em estabelecimentos públicos de ensino, na forma definida em 
regulamento, respeitados os contratos existentes. 
 
 
11 Redação dada pela Lei nº 12.599, de 23/03/2012 – Caput e parágrafo único 
12 CONDECINE: Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional 
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Outra disposição relacionada às obras produzidas com recursos públicos ou 
provenientes de renúncia fiscal: liberando sua exibição (canais educativos e 
estabelecimentos públicos de ensino), após decorridos 10 anos de sua primeira 
exibição comercial. 
 
Art. 28. Toda obra cinematográfica e videofonográfica brasileira 
deverá, antes de sua exibição ou comercialização, requerer à 
ANCINE o registro do título e o Certificado de Produto Brasileiro – 
CPB.13 
§ 1º No caso de obra cinematográfica ou obra videofonográfica 
publicitária brasileira, após a solicitação do registro do título, a 
mesma poderá ser exibida ou comercializada, devendo ser retirada 
de exibição ou ser suspensa sua comercialização, caso seja 
constatado o não pagamento da CONDECINE ou o fornecimento de 
informações incorretas. 
§ 2º As versões, as adaptações, as vinhetas e as chamadas 
realizadas a partir da obra cinematográfica e videofonográfica 
publicitária original, brasileira ou estrangeira, até o limite máximo 
de 5, devem ser consideradas um só título, juntamente com a obra 
original, para efeito do pagamento da CONDECINE.14 
§ 3º As versões, as adaptações, as vinhetas e as chamadas 
realizadas a partir da obra cinematográfica e videofonográfica 
publicitária original destinada à publicidade de varejo, até o limite 
máximo de 50, devem ser consideradas um só título, juntamente 
com a obra original, para efeito do pagamento da CONDECINE. 
§ 4º Ultrapassado o limite de que trata o § 2º ou o § 3º, deverá ser 
solicitado novo registro do título de obra cinematográfica e 
videofonográfica publicitária original. 
 
Além de obrigar o prévio registro do título e o CPB, o dispositivo permite que 
obras publicitárias possam ser exibidas ou comercializadas, após a simples 
solicitação do registro do título. Mas caso não seja recolhida a CONDECINE ou 
haja incorreções nas informações recebidas, esta prerrogativa legal perde o 
valor, devendo tais obras serem retiradas de exibição ou suspensas para 
comercialização. 
 
Em seguida, para efeito do pagamento da CONDECINE, o artigo engloba com a 
obra original suas versões, adaptações e chamadas, considerando, até o 
máximo de 5, um só título. Subindo este limite para 50, quando tais produtos 
forem destinados à publicidade no varejo. Excedidos tais limites, novo registro 
do título deve ser solicitado. 
 
13 Redação dada (caput) e incluído (§1º) pela Lei nº 10.454, de 13/05/2002 
14 Redação dada pela Lei nº 12.599, de 23/03/2012 - §§ 2º, 3º e 4º 
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Art. 29. A contratação de direitos de exploração comercial, de 
licenciamento, produção, co-produção, exibição, distribuição, 
comercialização, importação e exportação de obras 
cinematográficas e videofonográficas em qualquer suporte ou 
veículo no mercado brasileiro, deverá ser informada à ANCINE, 
previamente à comercialização, exibição ou veiculação da obra, com 
a comprovação do pagamento da CONDECINE para o segmento de 
mercado em que a obra venha a ser explorada comercialmente.15 
Parágrafo único. No caso de obra cinematográfica ou 
videofonográfica publicitária, deverá ser enviado à ANCINE, o 
resumo do contrato firmado entre as partes, conforme modelo a ser 
estabelecido em regulamento. 
 
Obrigações para contratação dos diversos direitos trazidos no artigo: 
� Informação prévia à ANCINE; 
� Comprovação do pagamento da CONDECINE; 
� Envio de resumo do contrato à ANCINE, para obras publicitárias. 
 
Art. 30. Para concessão da classificação etária indicativa de obras 
cinematográficas e videofonográficas será exigida pelo órgão 
responsável a comprovação do pagamento da CONDECINE no 
segmento de mercado a que a classificação etária indicativa se 
referir. 
 
O órgão responsável pela concessão da classificação etária indicativa das obras 
exigirá: 
� Comprovação do pagamento da CONDECINE no respectivo segmento de 
mercado. 
 
 
COM A MATÉRIA ANALISADA E RELIDA E REVISTA, 
É HORA DE NOS EXERCITARMOS UM POUCO! 
 
 
 
15 Redação dada (caput) e incluído (parágrafo único) pela Lei nº 10.454, de 13/05/2002 
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QUESTÕES RESOLVIDAS (Medida Provisória nº 2.228/2001) 
 
Questão 1 
(CESPE – ANCINE – Especialista em Regulação da Atividade Cinematográfica e 
Audiovisual – 2005) – Com base na legislação da área audiovisual e 
cinematográfica brasileira, julgue o item a seguir. 
__ Os princípios gerais da política nacional do cinema incluem a garantia da 
presença de obras cinematográficas e videofonográficas nacionais nos diversos 
segmentos de mercado e o respeito ao direito autoral sobre obras audiovisuais 
nacionais e estrangeiras. 
 
 
Resolução: 
 
Lembram-se do quadro-resumo que trouxe no início da aula (reproduzido aqui 
ainda mais resumido)? 
 
POLÍTICA NACIONAL DO CINEMA: Princípios Gerais Básicos 
Objetivos Complementos 
Promoção da cultura nacional e da língua portuguesa. 
Mediante o estímulo à 
indústria nacional. 
Garantia da presença de obras cinematográficas 
e videofonográficas nacionais. 
Nos diversos segmentos 
de mercado. 
Programação e distribuição de obras audiovisuais, sob 
exclusiva responsabilidade de empresas brasileiras. 
Nos meios eletrônicos de 
comunicação de massa. 
Respeito ao direito autoral sobre obras 
audiovisuais. 
Nacionais e estrangeiras 
Fonte: Art. 2º da MP 
 
Então uma simples releitura já nos faz concluir que a assertiva do enunciado 
esta certa (princípios presentes na questão negritados no quadro acima). 
 
Gabarito: C (Certo) 
 
 
 
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Questão 2 
(CESPE – ANCINE – Técnico em Regulação da Atividade Cinematográfica e 
Audiovisual – 2005) – Julgueo item que se segue, relativos à Medida 
Provisória (MP) n.º 2.228/2001. 
__ O Conselho Superior do Cinema é presidido pelo chefe da Casa Civil da 
Presidência da República. 
 
Resolução: 
 
Se resgatarmos o artigo 4 da MP que estamos estudando, facilmente 
verificaremos a correção do enunciado: 
 
“Art. 4º O Conselho Superior do Cinema será integrado: 
I – pelos Ministros de Estado: 
... 
g) Chefe da Casa Civil da Presidência da República, que o presidirá.” 
(grifo meu) 
 
Gabarito: C (Certo) 
 
 
Questão 3 
(CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com a Medida 
Provisória n.º 2.228/2001, que, entre outras providências, instituiu a Agência 
Nacional do Cinema (ANCINE) e a Política Nacional do Cinema e alterou em 
parte a legislação então existente, julgue o item a seguir. 
__ Integrado por 12 membros, dos quais, 7 são ministros de Estado e 5 são 
notáveis do mercado cinematográfico e videofonográfico, o Conselho Superior 
de Cinema tem uma Secretaria Executiva presidida pelo diretor-presidente da 
ANCINE. 
 
Resolução: 
 
Novamente buscarei uma parte de um quadro-resumo de nossa aula para 
buscarmos a solução desta questão. 
 
Inseriremos quadro na próxima página para facilitar a memorização de todos: 
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CONSELHO SUPERIOR DO CINEMA 
C
o
m
p
o
si
çã
o
 
� Chefe da Casa Civil da Presidência da República: Presidente do 
Conselho, 
� Ministros de Estado: 
- Justiça, 
- Relações Exteriores, 
- Fazenda, 
- Cultura, 
- Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, 
- Comunicações e 
� 5 representantes da indústria cinematográfica e videofonográfica 
nacional (elevado conceito no sua especialidade): Designados por 
decreto, p/mandato de 2 anos, permitida 1 recondução. 
Fonte: Artigo 4º da MP 
 
Este quadro nos leva à conclusão que a primeira parte da assertiva está 
correta, mas ainda falta saber se: “o Conselho Superior de Cinema tem uma 
Secretaria Executiva presidida pelo diretor-presidente da ANCINE.” 
 
Para isto, precisamos buscar regulamentações contidas no Decreto nº 
4.121/2002, que “aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo 
dos Cargos Comissionados e dos Cargos Comissionados Técnicos da Agência 
Nacional do Cinema - ANCINE, e dá outras providências”16. 
 
Não se preocupem com a necessidade de buscarmos em outra norma, 
estranha ao conteúdo de nossa aula, o restante da resolução desta questão, 
pois nosso curso abordará com detalhes o Decreto nº 4.121/2002. 
 
Para esta questão, precisamos do seguinte trecho extraído de seu art. 13: 
“Capítulo VI - DAS ATRIBUIÇÕES DOS DIRIGENTES 
Art. 13. Incumbe ao Diretor-Presidente: 
... 
XIV - exercer a função de Secretário-Executivo do Conselho Superior do 
Cinema;”17 
 
Assim, o restante da afirmativa também está correto. 
 
Gabarito: C (Certo) 
 
16 Ementa do Decreto nº 4.121, de 07/02/2002 
17 Trechos do art. 13 do Decreto nº 4.121, de 07/02/2002 
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Questão 4 
(CESPE – ANCINE – Especialista em Regulação da Atividade Cinematográfica e 
Audiovisual – 2005) – Com base na legislação da área audiovisual e 
cinematográfica brasileira, julgue o item a seguir. 
__ O Conselho Superior de Cinema é paritário: metade de seus membros são 
representantes de órgãos governamentais e metade são representantes da 
sociedade civil. 
 
Resolução: 
 
O quadro da resolução da questão anterior já nos mostra a incorreção do 
presente enunciado: são 7 Ministros de Estado e 5 notáveis do mercado 
cinematográfico e videofonográfico e não “meio-a-meio”. 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
 
Questão 5 
(CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – Julgue o próximo item. 
__ A ANCINE é uma autarquia especial, criada com a atribuição de ser o órgão 
oficial de fomento, regulação e fiscalização das indústrias cinematográfica e 
videofonográfica, dotada de autonomia administrativa e financeira e dirigida 
em regime de colegiado por um diretor-presidente e três diretores. 
 
Resolução: 
 
Vejam como as questões conjugam informações contidas em vários 
dispositivos legais (assim como percebermos na Questão 3). 
 
Aqui precisaremos dos artigos 5º e 8º da Medida Provisória n.º 2.228-1/2001, 
transcritos abaixo com trechos destacados para esta questão, para 
confirmarmos a veracidade da afirmativa. 
Art. 5º Fica criada a Agência Nacional do Cinema – ANCINE, 
autarquia especial, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior, órgão de fomento, regulação e 
fiscalização da indústria cinematográfica e videofonográfica, dotada 
de autonomia administrativa e financeira. 
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Art. 8º A ANCINE será dirigida em regime de colegiado por uma 
diretoria composta de um Diretor-Presidente e três Diretores, com 
mandatos não coincidentes de quatro anos. 
 
Assim, poderemos marcar C (Certo) em nossa folha de respostas. 
 
Gabarito: C (Certo) 
 
 
Questão 6 
(CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com a Medida 
Provisória n.º 2.228/2001, que, entre outras providências, instituiu a Agência 
Nacional do Cinema (ANCINE) e a Política Nacional do Cinema e alterou em 
parte a legislação então existente, julgue o item a seguir. 
__ Os objetivos da ANCINE não contemplam a articulação dos vários elos da 
cadeia produtiva da indústria cinematográfica nacional. 
 
Resolução: 
 
Ao percorrermos o art. 6º da Medida Provisória n.º 2.228-1/2001, que trata 
dos objetivos da ANCINE, encontramos o inciso V que literalmente diz: 
 
Art. 6º A ANCINE terá por objetivos: 
... 
V - promover a articulação dos vários elos da cadeia produtiva da 
indústria cinematográfica nacional; 
 
Logo, como o enunciado diz NÃO se tratar de um dos objetivos da ANCINE, a 
assertiva está errada. 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
 
Questão 7 
(CESPE – ANCINE – Especialista em Regulação da Atividade Cinematográfica e 
Audiovisual – 2005) – Com base na legislação da área audiovisual e 
cinematográfica brasileira, julgue o item a seguir. 
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__ Incentivar a participação de obras cinematográficas nacionais em festivais 
internacionais, financiar a indústria videofonográfica nacional e presidir o 
Conselho Superior de Cinema são competências da ANCINE. 
 
Resolução: 
 
Vejam o que os incisos IX e X da Medida Provisória 2.228-1/2001: 
 
Art. 7º A ANCINE terá as seguintes competências: 
 
IX - estabelecer critérios para a aplicação de recursos de fomento e 
financiamento à indústria cinematográfica e videofonográfica 
nacional; 
 
X - promover a participação de obras cinematográficas e 
videofonográficas nacionais em festivais internacionais; 
 
O início do enunciado poderia até gerar uma dúvida: incentivar (enunciado) é 
sinônimo de promover (inciso X), mas para não entrarmos nesta discussão, 
vem a segunda parte enunciado: financiar a indústria videofonográfica, que 
não encontra qualquer suporte no texto legal, que diz que a ANCINE deve 
estabelecer critérios para aplicação de recursos de fomento e financiamento à 
referidaindústria. 
 
Por fim, para tirar qualquer dúvida que poderia aparecer nesta análise, a 
questão atribui à ANCINE uma competência legalmente estabelecida para a 
Casa Civil da Presidência da República, que já estudamos aqui. 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
 
Questão 8 
(CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com a Medida 
Provisória n.º 2.228/2001, que, entre outras providências, instituiu a Agência 
Nacional do Cinema (ANCINE) e a Política Nacional do Cinema e alterou em 
parte a legislação então existente, julgue o item a seguir. 
__ Uma das competências da ANCINE é combater a pirataria. 
 
 
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Resolução: 
 
Questão de imediata e direta resolução: inciso III do art. 7º da MP: 
 
Art. 7º A ANCINE terá as seguintes competências: 
... 
III - promover o combate à pirataria de obras audiovisuais; 
 
Gabarito: C (Certo) 
 
 
Questão 9 
(CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com a Medida 
Provisória n.º 2.228/2001, que, entre outras providências, instituiu a Agência 
Nacional do Cinema (ANCINE) e a Política Nacional do Cinema e alterou em 
parte a legislação então existente, julgue o item a seguir. 
__ É de competência da ANCINE aplicar multas e sanções na forma da lei. 
 
Resolução: 
 
Outra questão de imediata e direta resolução: inciso IV do art. 7º da MP: 
 
Art. 7º A ANCINE terá as seguintes competências: 
... 
IV - aplicar multas e sanções, na forma da lei; 
 
Vejam como é importante estarmos em dia com a memorização das 
competências da ANCINE. A cobrança é praticamente em cima da literalidade 
do texto legal, conforme já alertamos nesta aula. 
 
Gabarito: C (Certo) 
 
 
Questão 10 
(CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com a Medida 
Provisória n.º 2.228/2001, que, entre outras providências, instituiu a Agência 
Nacional do Cinema (ANCINE) e a Política Nacional do Cinema e alterou em 
parte a legislação então existente, julgue o item a seguir. 
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__ Distribuir audiovisuais, filmes e vídeos dos membros do MERCOSUL é parte 
das competências da ANCINE. 
 
Resolução: 
 
Questão de imediata e direta resolução: inciso XV do art. 7º da MP, mas com 
um cuidado que alertaremos a seguir: 
 
Art. 7º A ANCINE terá as seguintes competências: 
... 
XV - articular-se com órgãos e entidades voltados ao fomento da 
produção, da programação e da distribuição de obras 
cinematográficas e videofonográficas dos Estados membros do 
Mercosul e demais membros da comunidade internacional; (grifo 
meu) 
 
Acabamos de falar sobre a cobrança literal da Lei e fizemos questão de trazer 
este enunciado logo em seguida para alertá-los sobre a importância da atenta 
leitura das provas. 
 
Percebam que o enunciado diz “é parte das competências da ANCINE”, já 
fazendo clara menção que não se tratava de uma competência plena e 
completa. 
 
Como podemos verificar na leitura do inciso XV, a assertiva está contida neste 
dispositivo, mas é perfeitamente correta: nosso gabarito de resposta. 
 
Gabarito: C (Certo) 
 
Questão de imediata e direta resolução: inciso XV do art. 7º da MP: 
 
Art. 7º A ANCINE terá as seguintes competências: 
... 
XV - articular-se com órgãos e entidades voltados ao fomento da 
produção, da programação e da distribuição de obras 
cinematográficas e videofonográficas dos Estados membros do 
Mercosul e demais membros da comunidade internacional; (grifo 
meu) 
 
 
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Questão 11 
(CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com a Medida 
Provisória n.º 2.228/2001, que, entre outras providências, instituiu a Agência 
Nacional do Cinema (ANCINE) e a Política Nacional do Cinema e alterou em 
parte a legislação então existente, julgue o item a seguir. 
__ À ANCINE compete garantir a participação diversificada de obras 
cinematográficas e videofonográficas estrangeiras no mercado brasileiro. 
 
 
Resolução: 
 
Apesar do enunciado dizer “compete”, encontraremos a resposta no inciso VIII 
do art. 6º da MP, que trata dos objetivos da ANCINE: 
 
Art. 6º A ANCINE terá por objetivos: 
... 
VIII - garantir a participação diversificada de obras 
cinematográficas e videofonográficas estrangeiras no mercado 
brasileiro; 
 
Vocês poderiam, com razão, nos indagar: 
 
Mas se é objetivo da ANCINE e o enunciado fala sobre suas competências, a 
questão está errada? 
 
É preciso, caros candidatos, que tenhamos uma análise globalizada da 
questão. 
 
Se for objetivo da ANCINE garantir a citada participação diversificada de obras 
estrangeiras no mercado brasileira, obviamente, competir-lhe-á, também, a 
efetivação de tal garantia. 
 
Logo, questão correta. 
 
Gabarito: C (Certo) 
 
 
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Questão 12 
(CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com a Medida 
Provisória n.º 2.228/2001, que, entre outras providências, instituiu a Agência 
Nacional do Cinema (ANCINE) e a Política Nacional do Cinema e alterou em 
parte a legislação então existente, julgue o item a seguir. 
__ A ANCINE pode delegar a empresas especializadas a promoção e 
participação de obras cinematográficas e videofonográficas nacionais em 
festivais internacionais. 
 
Resolução: 
 
Apesar de mencionar a MP no enunciado, a solução desta questão está no 
Direito Administrativo. Vejam o que diz a Lei nº 9.784/1999, em seu Capítulo 
VI - Da Competência: 
 
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos 
administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de 
delegação e avocação legalmente admitidos. 
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver 
impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou 
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, 
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, 
social, econômica, jurídica ou territorial. 
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de 
competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes. 
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: 
I – a edição de atos de caráter normativo; 
II – a decisão de recursos administrativos; 
III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. 
 
Percebam que quem receberá, por delegação, a competência inicialmente 
estabelecida na MP (que não diz ser exclusividade da ANCINE) deverá ser 
outro órgão e não “empresas especializadas”, como traz o enunciado. 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
 
Questão 13 
(CESPE – ANCINE – Técnico em Regulação da Atividade Cinematográfica e 
Audiovisual – 2005) – Julgue o item que se segue, relativos à Medida 
Provisória (MP) n.º 2.228/2001. 
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__ As receitas da ANCINE provêm unicamente das dotações consignadas no 
Orçamento-Geral da União, dos créditos especiais,

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