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AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá, Futuro Servidor Concursado da ANCINE !!! É com grande satisfação que o recebemos para, juntos, percorremos todo o nosso conteúdo programático do curso Legislação Específica do Cinema e Audiovisual para o Cargo de Técnico de Regulação p/ANCINE – Teoria e Exercícios, referente ao edital recém publicado, e ficarmos mais perto da almejada vaga no quadro de pessoal efetivo da ANCINE. Vamos direto ao assunto, afinal já fizemos nossas rápidas apresentações e definimos o cronograma do curso na aula demonstrativa. Lembrem-se, visando auxiliar a memorização do texto legal1, que: Todos os artigos estarão negritados, neste tipo de formatação, visando facilitar suas localizações para leituras e consultas durante possíveis futuras revisões rápidas da matéria. Em virtude de tal formatação, eliminaremos, inclusive, as aspas que sinalizam a transcrição ipsis litteris2 do texto. Vamos iniciar nossos comentários com uma situação atípica que deparamos acerca da legislação que será nosso objeto de estudo. Bom curso para todos nós !!! Críticas e sugestões poderão ser enviadas para: cesar.frade@pontodosconcursos.com.br e henriquecampolina@pontodosconcursos.com.br Profs. César Frade e Henrique Campolina Agosto/2012 1 “Texto legal”: é uma expressão usualmente utilizada para referir-se a um texto extraído de alguma legislação (leis, decretos, portarias, medidas provisórias, etc.) 2 Ipsis litteris expressão latina que significa transcrição literal do texto, mesmas palavras e letras. AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 2 CONSIDERAÇÕES ACERCA DE SITUAÇÃO ATÍPICA DA LEGISLAÇÃO Prezados Candidatos, Infelizmente o ordenamento jurídico brasileiro não prima pela excelência e deparamos, com certa frequência, com situações esdrúxulas, difíceis de serem decifradas. Vejam o que acontece em nosso caso: Vamos começar nosso curso estudando a Medida Provisória nº 2.228-1, de 06 de setembro de 2001. Comecem gravando isto, mês que vem esta norma faz 11 anos de “vida provisória”. Vamos, primeiramente, entender o que é uma Medida Provisória. Previsão legal de emissão de uma MP: art. 623 da CF/1988, que traz as demais regulamentações acerca do caráter provisório desta norma. Confiram: Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I - relativa a: a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; b) direito penal, processual penal e processual civil; c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; III - reservada a lei complementar; IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. 3 Artigo 62 da CF/1988: Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001 AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 3 § 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. § 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional. § 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais. § 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. § 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. § 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados. § 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional. § 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. § 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas. § 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto. (destacamos) Ao buscarmos este conceito no sítio Wikipédia, encontramos: No direito constitucional brasileiro, medida provisória (MP) é um ato unipessoal do presidente da República, com força de lei, sem a participação do Poder Legislativo, que somente será chamado a discuti-la e aprová-la em momento posterior. O pressuposto da MP é urgência e relevância, cumulativamente. (destacamos) Acho que vocês já começaram a ver o tamanho do problema de aplicação de normas que temos. No sítio oficial do Planalto (www.planalto.com.br), que atualiza as normas assim que são promulgados novos dispositivos, AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 4 encontramos o texto da MP 2.228-1/2001 alterado por leis de 2011 (Lei nº 12.485) e até de 2012 (Lei nº 12.599), o que comprova, ainda mais, a vigência atual desta norma, que devia ter sido utilizada para disciplinar situações de urgência e relevância, sendo, imediatamente, à época de sua edição, submetidas ao Congresso Nacional para ser convertida em lei. Daí, temos que o art. 3º da MP 2.228-1/2001, conforme veremos nas aulas, traz a composição do Conselho Superior de Cinema: Art. 3º Fica criado o Conselho Superior do Cinema, órgão colegiado integrante da estrutura da Casa Civil da Presidência da República, a que compete: I -definir a política nacional do cinema; II - aprovar políticas e diretrizes gerais para o desenvolvimento da indústria cinematográfica nacional, com vistas a promover sua auto-sustentabilidade; III - estimular a presença do conteúdo brasileiro nos diversos segmentos de mercado; IV - acompanhar a execução das políticas referidas nos incisos I, II e III; V - estabelecer a distribuição da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica - CONDECINE para cada destinação prevista em lei. Art. 4º O Conselho Superior do Cinema será integrado: I - pelos Ministros de Estado: a) da Justiça; b) das Relações Exteriores; c) da Fazenda; d) da Cultura; e) do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; f) das Comunicações; e g) Chefe da Casa Civil da Presidência da República, que o presidirá. II - por cinco representantes da indústria cinematográfica e videofonográfica nacional, que gozem de elevado conceito no seu campo de especialidade, a serem designados por decreto, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. Tal artigo continua vigente, não havendo qualquer Lei que o tenha alterado (o que pode ser comprovado no próprio sítio do Planalto). Por que digo qualquer “Lei”? Tal questão repousa na hierarquia das normas de nosso ordenamento jurídico. Uma norma menor não pode modificar uma hierarquicamente superior. Exemplo: Uma lei ordinária não pode alterar a Constituição Federal. Para estes casos temos as Emendas Constitucionais. AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 5 As alterações consideradas pelo Planalto para “nossa” MP são provenientes de Leis e de outras Medidas Provisórias. Lembrando que leis de mesmo posicionamento hierárquico no ordenamento podem se modificar (critérios de especificidade, temporal ou expresso na própria norma). A MP provisória tem “força de lei”, constitucionalmente estabelecida (vide art. 62 caput). Dito isto, passemos à análise de outro tipo de norma: os Decretos. Voltemos ao sítio do Wikipédia para extrair o conceito de Decreto (estou utilizando este sítio, para obter definições mais acessíveis a todos, com menos utilização de termos carregados de “juridiquês”): No sistema jurídico brasileiro, os decretos são atos meramentes administrativos da competência dos chefes dos poderes executivos (presidente, governadores e prefeitos). Um decreto é usualmente utilizado pelo chefe do poder executivo para fazer nomeações e regulamentações de leis (como para lhes dar cumprimento efetivo, por exemplo), entre outras coisas. Decreto é a forma de que se revestem do atos individuais ou gerais, emanados do Chefe do Poder executivo Presidente da República, Governador e Prefeito. Pode subdividir-se em decreto geral e decreto individual - este a pessoa ou grupo e aquele a pessoas que se encontram em mesma situação. O decreto tem efeitos regulamentar ou de execução - expedido com base no artigo 84, VI da CF, para fiel execução da lei, ou seja, o decreto detalha a lei. Não podendo ir contra a lei ou além dela. (destacamos) Mas o Decreto nº 4.858/2003 vem e diz: Art. 2º O Conselho Superior do Cinema passa a ter a seguinte composição: I - Ministros de Estado a seguir indicados: a) Chefe da Casa Civil da Presidência da República, que o presidirá; b) da Justiça; c) das Relações Exteriores; d) da Fazenda; e) da Cultura; f) do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; g) das Comunicações; h) da Educação; e i) da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República. AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 6 II - seis especialistas em atividades cinematográficas e audiovisuais, representantes dos diversos setores da indústria cinematográfica e vídeofonográfica nacional, que gozem de elevado conceito no seu campo de especialidade, tenham destacada atuação no setor e interesse manifesto pelo desenvolvimento do cinema e audiovisual brasileiros; e III - três representantes da sociedade civil, com destacada atuação em seu setor e interesse manifesto pelo desenvolvimento do cinema e do audiovisual brasileiros. E, depois, em 2009, o Decreto nº 7.000, complementa: Art. 2º Os arts. 1º, 2º, 7º e 8º do Decreto no 4.858, de 13 de outubro de 2003, passam a vigorar com a seguinte redação: [...] “Art. 2º .....................................……………….......... I - ............................................................................. a) Chefe da Casa Civil da Presidência da República; ......................................................................................... e) da Cultura, que o presidirá;[...]” Diante de tudo isto, caros candidatos, como responder a um questionamento que nos foi direcionado, com muita propriedade e acuidade por um candidato, em nosso Fórum (de outro curso, análogo a este nosso), sobre quem a legislação brasileira determina que deva presidir o Conselho Superior do Cinema? Sinceramente, caros alunos, entendemos haver 2 respostas válidas para tal pergunta. Mas aí vocês vão nos indagar: Está tudo muito bonito, muito bem explicado, mas o que faço na hora “H”, que tenho que marcar minha folha de respostas? Tentaremos acalmar (ou não) tais ânimos com uma questão trazida pelo próprio CESPE, que abordamos em nossa Aula 1, num concurso realizado em 2006. (percebam o ano da prova, àquela época não existia o Decreto 7.000, mas o 4.858, que alterou o número dos componentes, já estava decretado). (CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com a Medida Provisória n.º 2.228/2001, que, entre outras providências, instituiu a Agência Nacional do Cinema (ANCINE) e a Política Nacional do Cinema e alterou em parte a legislação então existente, julgue o item a seguir. AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 7 __ Integrado por 12 membros, dos quais, 7 são ministros de Estado e 5 são notáveis do mercado cinematográfico e videofonográfico, o Conselho Superior de Cinema tem uma Secretaria Executiva presidida pelo diretor-presidente da ANCINE. Sabem qual foi seu gabarito oficial? C (Certo) Percebam que o enunciado fez questão de indicar qual era a base normativa da pergunta: “De acordo com a Medida Provisória n.º 2.228/2001”. Atualmente o Conselho Superior de Cinema é presidido pela Ministra de Estado da Cultura, Dra. Ana de Hollanda. Ou seja, o Ministério da Cultura bem adotando e observando os dispositivos dos Decretos. Quem defende a aplicabilidade dos Decretos, a justifica pela especificidade da norma (apesar de que um Decreto não pode inovar ou alterar uma Lei) e, ainda, questiona a validade da MP 2.228-1/2001. Entendemos se tratarem de argumentos frágeis, pois em determinado momento não se recorre à MP, enquanto que em outros se observa seus dispositivos. Infelizmente, caros candidatos, a inobservância das regras legislativas em nosso país, nos levam a deparar com tais atipicidades. Em vias práticas, acredito que a banca fugirá destas polêmicas, já que são questões com muita argumentação recursal, qualquer que seja o gabarito preliminar divulgado. Mirem no enunciado, vejam o que a questão está pedindo e observem qual a base legal expressa na questão. Era este nosso recado-desabafo. Vamos em frente, porque temos matéria para estudar. AULA 01 LEGISLAÇÃOESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 8 1. A Medida Provisória nº 2.228-1/2001 (continuação) Com os conceitos relacionados à Política Nacional do Cinema, trazidos pelo artigo 1º da MP, reavivados na memória, após nossa aula demonstrativa, vamos continuar destrinchando esta norma. Quando os dispositivos legais trouxerem muitas informações e textos muito longos e cansativos, procuraremos tabulá-las, compilá-las e esquematizá-las, visando uma melhor forma de vocês memorizarem seus conteúdos. Mas sempre transcreveremos o texto legal, que é a base da grande maioria das questões de concursos. Quando chegarmos à sessão de exercícios, ao final desta aula, que abordará os Capítulos II, III, IV e V desta MP, vocês perceberão, como já podem ter começado a notar nas questões que trouxemos na aula demo, que as bancas costumam cobrar a literalidade da Lei (afinal, transcrevendo trechos de normas, as questões tornam-se menos polêmicas e menos suscetíveis a recursos contra o gabarito oficial). 1.3. Capítulo II – Da Política Nacional do Cinema Art. 2º A política nacional do cinema terá por base os seguintes princípios gerais: I - promoção da cultura nacional e da língua portuguesa mediante o estímulo ao desenvolvimento da indústria cinematográfica e audiovisual nacional; II - garantia da presença de obras cinematográficas e videofonográficas nacionais nos diversos segmentos de mercado; III - programação e distribuição de obras audiovisuais de qualquer origem nos meios eletrônicos de comunicação de massa sob obrigatória e exclusiva responsabilidade, inclusive editorial, de empresas brasileiras, qualificadas na forma do § 1º do art. 1º.4 IV - respeito ao direito autoral sobre obras audiovisuais nacionais e estrangeiras. 4 Redação dada pela Lei nº 10.454, de 13/05/2002 AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 9 A ideia do presente quadro é trazer uma forma de vincular as informações contidas em cada inciso acima, facilitando a memorização (como um jogo de perguntas e respostas). Vejam: POLÍTICA NACIONAL DO CINEMA - Princípios Gerais Básicos - Objetivos Meio Complementos I. Promoção da cultura nacional e da língua portuguesa. COMO FAZER? Mediante o estímulo ao desenvolvimento da indústria cinematográfica e audiovisual nacional. II. Garantia da presença de obras cinematográficas e videofonográficas nacionais. PRESENÇA ONDE? Nos diversos segmentos de mercado. III. Programação e distribuição de obras audiovisuais de qualquer origem, sob exclusiva responsabilidade, inclusive editorial, de empresas brasileiras. DISTRIBUIR ONDE? Nos meios eletrônicos de comunicação de massa. IV. Respeito ao direito autoral sobre obras audiovisuais. OBRAS DE QUAIS ORIGENS? Nacionais e estrangeiras. Fonte: Art. 2º da MP 1.4. Capítulo III – Do Conselho Superior do Cinema Art. 3º Fica criado o Conselho Superior do Cinema, órgão colegiado integrante da estrutura da Casa Civil da Presidência da República, a que compete: I - definir a política nacional do cinema; II - aprovar políticas e diretrizes gerais para o desenvolvimento da indústria cinematográfica nacional, com vistas a promover sua auto- sustentabilidade; III - estimular a presença do conteúdo brasileiro nos diversos segmentos de mercado; IV - acompanhar a execução das políticas referida nos incisos I, II e III; V - estabelecer a distribuição da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica - CONDECINE para cada destinação prevista em lei. AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 10 Novamente apresentamos-lhes um quadro-resumo. Estes dispositivos possuem uma linguagem muito direta. Desta forma, preferimos, ao invés de lhes trazer um texto que explicará um texto que é, praticamente, autoexplicativo, montar figuras, tabelas, quadros, que adicionarão aos conhecimentos de vocês novas formas de resgatar e buscar na memória as informações ali contidas. Vamos aproveitar e incluir nesta tabulação as informações contidas no artigo 4º (abaixo transcrito). Art. 4º O Conselho Superior do Cinema será integrado: I - pelos Ministros de Estado: a) da Justiça; b) das Relações Exteriores; c) da Fazenda; d) da Cultura; e) do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; f) das Comunicações; e g) Chefe da Casa Civil da Presidência da República, que o presidirá. II - por cinco representantes da indústria cinematográfica e videofonográfica nacional, que gozem de elevado conceito no seu campo de especialidade, a serem designados por decreto, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. § 1º O regimento interno do Conselho Superior do Cinema será aprovado por resolução. § 2º O Conselho reunir-se-á sempre que for convocado por seu Presidente. § 3º O Conselho deliberará mediante resoluções, por maioria simples de votos, presentes, no mínimo, cinco membros referidos no inciso I deste artigo, dentre eles o seu Presidente, que exercerá voto de qualidade no caso de empate, e três membros referidos no inciso II deste artigo. § 4º Nos casos de urgência e relevante interesse, o Presidente poderá deliberar ad referendum dos demais membros. § 5º O Presidente do Conselho poderá convidar para participar das reuniões técnicas, personalidades e representantes de órgãos e entidades públicos e privados. AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 11 CONSELHO SUPERIOR DO CINEMA Definição Órgão colegiado integrante da estrutura da Casa Civil da Presidência da República Criação MP 2.228-1, de 06/09/2001 C o m p et ên ci as � Definir a Política Nacional do Cinema; � Aprovar políticas e diretrizes gerais para o desenvolvimento da indústria cinematográfica nacional, com vistas a promover sua auto- sustentabilidade; � Estimular a presença do conteúdo brasileiro nos segmentos de mercado; � Acompanhar a execução das políticas dos incisos I, II e III; � Estabelecer a distribuição da CONDECINE p/destinação prevista em lei. C o m p os iç ão � Chefe da Casa Civil da Presidência da República: Presidente do Conselho, � Ministros de Estado: - Justiça, - Relações Exteriores, - Fazenda, - Cultura, - Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, - Comunicações e � 5 representantes da indústria cinematográfica e videofonográfica nacional (elevado conceito no sua especialidade): Designados por decreto, p/mandato de 2 anos, permitida 1 recondução. Regimento Regimento interno aprovado por resolução. Reuniões Convocados pelo Presidente do Conselho. Deliberações Resoluções, por maioria simples de votos. Quorum mínimo Quorum mínimo para deliberações: � Presidente do Conselho (voto de qualidade no caso de empate) � 4 Ministros de Estado � 3 Representantes da indústria cinematográfica e videofonográfica Exceção: Casos de urgência e relevante interesse – Presidente poderá deliberar ad referendum dos demais membros. Convites Especiais Faculdade atribuída ao Presidente para convidar técnicos, personalidades e representantes de órgãos e entidades públicos e privados, para participar dasreuniões. Fontes: Artigos 3º e 4º da MP O que vocês acharam? Particularmente, estudando num quadro assim, memorizamos as informações nele contidas mais facilmente do que as identificando dentro da estrutura das normas jurídicas brasileiras. AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 12 1.5. Capítulo IV – Da Agência Nacional do Cinema – ANCINE Vamos agora estratificar os objetivos, competências, estrutura, receitas, patrimônio e recursos humanos da ANCINE. Este capítulo possui 11 artigos (do 5º ao 15) e se limita a regulamentar a Agência Nacional do Cinema. Dos objetivos e competências Art. 5º Fica criada a Agência Nacional do Cinema – ANCINE, autarquia especial, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior5, observado o disposto no art. 62 desta Medida Provisória, órgão de fomento, regulação e fiscalização da indústria cinematográfica e videofonográfica, dotada de autonomia administrativa e financeira. § 1º A Agência terá sede e foro no Distrito Federal e escritório central na cidade do Rio de Janeiro, podendo estabelecer escritórios regionais. § 2º O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior supervisionará as atividades da ANCINE, podendo celebrar contrato de gestão, observado o disposto no art. 62. Risquei a frase acima, pois o prazo de 12 meses (contados a partir de 05/09/2001) já foi transcorrido e não há mais necessidade de observação da disposição do artigo 62. Vamos a mais uma compilação dos dados: ANCINE – Definição Definição Autarquia especial, órgão de fomento, regulação e fiscalização da indústria cinematográfica e videofonográfica. Vinculação Ministério da Cultura (art. 10 do Decreto 4.858, de 13/10/2003) 5 Autonomia Administrativa e financeira. Sede e Foro Distrito Federal Escritórios Central: Rio de Janeiro Regionais: possibilidade de estabelecimentos Fonte: Art. 5º da MP 5 Outro ponto da polêmica: o Decreto 4.858/2003 alterou a vinculação p/ Ministério da Cultura a ANCINE. AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 13 Art. 6º A ANCINE terá por objetivos: I - promover a cultura nacional e a língua portuguesa mediante o estímulo ao desenvolvimento da indústria cinematográfica e videofonográfica nacional em sua área de atuação; II - promover a integração programática, econômica e financeira de atividades governamentais relacionadas à indústria cinematográfica e videofonográfica; III - aumentar a competitividade da indústria cinematográfica e videofonográfica nacional por meio do fomento à produção, à distribuição e à exibição nos diversos segmentos de mercado; IV - promover a auto-sustentabilidade da indústria cinematográfica nacional visando o aumento da produção e da exibição das obras cinematográficas brasileiras; V - promover a articulação dos vários elos da cadeia produtiva da indústria cinematográfica nacional; VI - estimular a diversificação da produção cinematográfica e videofonográfica nacional e o fortalecimento da produção independente e das produções regionais com vistas ao incremento de sua oferta e à melhoria permanente de seus padrões de qualidade; VII - estimular a universalização do acesso às obras cinematográficas e videofonográficas, em especial as nacionais; VIII - garantir a participação diversificada de obras cinematográficas e videofonográficas estrangeiras no mercado brasileiro; IX - garantir a participação das obras cinematográficas e videofonográficas de produção nacional em todos os segmentos do mercado interno e estimulá-la no mercado externo; X - estimular a capacitação dos recursos humanos e o desenvolvimento tecnológico da indústria cinematográfica e videofonográfica nacional; XI - zelar pelo respeito ao direito autoral sobre obras audiovisuais nacionais e estrangeiras. Após a leitura atenta do texto legal, trarei um quadro-resumo: em virtude da grande gama de objetivos, os compilarei resumidamente, destacando os pontos principais, para facilitar a memorização de todos: AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 14 ANCINE – Objetivos Importante: Objetivos relacionados à indústria cinematográfica e videofonográfica. � Promover a: - Cultura nacional e a língua portuguesa; - Integração programática, econômica e financeira das ativ. governamentais; - Auto-sustentabilidade da indústria nacional visando o aumento da produção e da exibição das obras cinematográficas brasileiras; - Articulação dos vários elos da cadeia produtiva da indústria nacional; � Aumentar a competitividade da indústria nacional por meio do fomento à produção, à distribuição e à exibição nos diversos segmentos de mercado; � Estimular a: - Diversificação da produção nacional e o fortalecimento da produção independente e das produções regionais com vistas ao incremento de sua oferta e à melhoria permanente de seus padrões de qualidade; - Universalização do acesso às obras, em especial as nacionais; - Capacitação dos recursos humanos e o desenvolvimento tecnológico da indústria nacional; � Garantir a: - Participação diversificada de obras estrangeiras no mercado brasileiro; - Participação das obras de produção nacional em todos os segmentos do mercado interno e estimulá-la no mercado externo; � Zelar pelo respeito ao direito autoral sobre obras nacionais e estrangeiras. Fonte: Art. 6º da MP Art. 7º A ANCINE terá as seguintes competências: I - executar a política nacional de fomento ao cinema, definida na forma do art. 3º; II - fiscalizar o cumprimento da legislação referente à atividade cinematográfica e videofonográfica nacional e estrangeira nos diversos segmentos de mercados, na forma do regulamento; III - promover o combate à pirataria de obras audiovisuais; IV - aplicar multas e sanções, na forma da lei; V - regular, na forma da lei, as atividades de fomento e proteção à indústria cinematográfica e videofonográfica nacional, resguardando a livre manifestação do pensamento, da criação, da expressão e da informação; VI - coordenar as ações e atividades governamentais referentes à indústria cinematográfica e videofonográfica, ressalvadas as competências dos Ministérios da Cultura e das Comunicações; AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 15 VII - articular-se com os órgãos competentes dos entes federados com vistas a otimizar a consecução dos seus objetivos; VIII - gerir programas e mecanismos de fomento à indústria cinematográfica e videofonográfica nacional; IX - estabelecer critérios para a aplicação de recursos de fomento e financiamento à indústria cinematográfica e videofonográfica nacional; X - promover a participação de obras cinematográficas e videofonográficas nacionais em festivais internacionais; XI - aprovar e controlar a execução de projetos de co-produção, produção, distribuição, exibição e infra-estrutura técnica a serem realizados com recursos públicos e incentivos fiscais, ressalvadas as competências dos Ministérios da Cultura e das Comunicações; XII - fornecer os Certificados de Produto Brasileiro às obras cinematográficas e videofonográficas;XIII - fornecer Certificados de Registro dos contratos de produção, co-produção, distribuição, licenciamento, cessão de direitos de exploração, veiculação e exibição de obras cinematográficas e videofonográficas; XIV - gerir o sistema de informações para o monitoramento das atividades da indústria cinematográfica e videofonográfica nos seus diversos meios de produção, distribuição, exibição e difusão; XV - articular-se com órgãos e entidades voltados ao fomento da produção, da programação e da distribuição de obras cinematográficas e videofonográficas dos Estados membros do Mercosul e demais membros da comunidade internacional; XVI - prestar apoio técnico e administrativo ao Conselho Superior do Cinema; XVII - atualizar, em consonância com a evolução tecnológica, as definições referidas no art. 1o desta Medida Provisória. XVIII - regular e fiscalizar o cumprimento dos princípios da comunicação audiovisual de acesso condicionado, das obrigações de programação, empacotamento e publicidade e das restrições ao capital total e votante das produtoras e programadoras fixados pela lei que dispõe sobre a comunicação audiovisual de acesso condicionado; XIX - elaborar e tornar público plano de trabalho como instrumento de avaliação da atuação administrativa do órgão e de seu desempenho, estabelecendo os parâmetros para sua administração, bem como os indicadores que permitam quantificar, objetivamente, a sua avaliação periódica, inclusive com relação aos recursos aplicados em fomento à produção de audiovisual;6 XX - enviar relatório anual de suas atividades ao Ministério da Cultura e, por intermédio da Presidência da República, ao Congresso Nacional; XXI - tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais no âmbito de suas competências, nos termos do § 6º do art. 5º da Lei nº 7.347, de 24/07/1985. 6 Incluído pela Lei nº 12.485, de 12/09/2011 – incisos XIX, XX e XXI AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 16 XXII - promover interação com administrações do cinema e do audiovisual dos Estados membros do Mercosul e demais membros da comunidade internacional, com vistas na consecução de objetivos de interesse comum; e7 XXIII - estabelecer critérios e procedimentos administrativos para a garantia do princípio da reciprocidade no território brasileiro em relação às condições de produção e exploração de obras audiovisuais brasileiras em territórios estrangeiros. Parágrafo único. A organização básica e as competências das unidades da ANCINE serão estabelecidas em ato do Poder Executivo. Quanto às competências, por serem específicas e técnicas, sugerimos a leitura atenta, para evitar reprodução quase literal do texto legal. Durante a resolução dos exercícios presentes ao final desta aula, teceremos os comentários que julgamos importantes para serem memorizados por vocês, acerca das competências da ANCINE, além das próprias disposições legais. Da Estrutura Agora vamos compilar todas as informações desta seção (estrutura, competências da Diretoria e do Diretor-Presidente da ANCINE) num quadro único, após a leitura do texto legal pelos ilustres candidatos: Art. 8º A ANCINE será dirigida em regime de colegiado por uma diretoria composta de um Diretor-Presidente e três Diretores, com mandatos não coincidentes de quatro anos. § 1º Os membros da Diretoria serão brasileiros, de reputação ilibada e elevado conceito no seu campo de especialidade, escolhidos pelo Presidente da República e por ele nomeados após aprovação pelo Senado Federal, nos termos da alínea "f", inciso III do art. 52 da CF. § 2º O Diretor-Presidente da ANCINE será escolhido pelo Presidente da República entre os membros da Diretoria Colegiada. § 3º Em caso de vaga no curso do mandato de membro da Diretoria Colegiada, este será completado por sucessor investido na forma prevista no §1º deste artigo, que o exercerá p/prazo remanescente. § 4º Integrarão a estrutura da ANCINE uma Procuradoria-Geral, que a representará em juízo, uma Ouvidoria-Geral e uma Auditoria. § 5º A substituição dos dirigentes em seus impedimentos será disciplinada em regulamento. 7 Redação dada pela Lei nº 12.599, de 23/03/2012 – incisos XXII e XXIII AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 17 Art. 9º Compete à Diretoria Colegiada da ANCINE: I - exercer sua administração; II - editar normas sobre matérias de sua competência; III - aprovar seu regimento interno; IV - cumprir e fazer cumprir as políticas e diretrizes aprovadas pelo Conselho Superior de Cinema; V - deliberar sobre sua proposta de orçamento; VI - determinar a divulgação de relatórios semestrais sobre as atividades da Agência; VII - decidir sobre a venda, cessão ou aluguel de bens integrantes do seu patrimônio; VIII - notificar e aplicar as sanções previstas na legislação; IX - julgar recursos interpostos contra decisões de membros da Diretoria; X - autorizar a contratação de serviço de terceiros na forma da legislação vigente; XI - autorizar a celebração de contratos, convênios e acordos; Parágrafo único. A Diretoria Colegiada reunir-se-á com a presença de, pelo menos, três diretores, dentre eles o Diretor-Presidente, e deliberará por maioria simples de votos. Art. 10. Compete ao Diretor-Presidente da ANCINE: I - exercer a representação legal da agência; II - presidir as reuniões da Diretoria Colegiada; III cumprir e fazer cumprir as decisões da Diretoria Colegiada; IV - exercer o voto de qualidade, em caso de empate nas deliberações da Diretoria Colegiada; V - nomear, exonerar e demitir servidores e empregados; VI - prover os cargos em comissão e as funções de confiança; VII - aprovar editais de licitação e homologar adjudicações; VIII - encaminhar ao órgão supervisor a proposta de orçamento da ANCINE; IX - assinar contratos, acordos e convênios, previamente aprovados pela Diretoria Colegiada; X - ordenar despesas e praticar os atos de gestão necessários ao alcance dos objetivos da ANCINE; XI - sugerir a propositura de ação civil pública pela ANCINE, nos casos previstos em lei; XII - exercer a função de Secretário-Executivo do Conselho Superior do Cinema; XIII - exercer outras atividades necessárias à gestão da ANCINE e à implementação das decisões do Conselho Superior do Cinema. AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 18 ANCINE – Estrutura Direção Colegiada � Diretor-Presidente (voto de qualidade no caso de empate) � 3 Diretores Mandatos Não coincidentes de 4 anos Diretores Brasileiros, Reputação ilibada, Elevado conceito no seu campo de especialidade. Escolha da Diretoria Escolha do Presidente da República, Aprovação pelo Senado Federal, Nomeado pelo Presidente da República. Diretor- Presidente Escolhido, entre membros da Diretoria Colegiada, p/Presidente da República. Deliberações da Diretoria Maioria simples de votos. Quórum Mínimo � Diretor-Presidente � 2 Diretores Vaga na Diretoria Sucessor investido na mesma forma dos diretores, para prazo remanescente, Substituição de dirigente impedido será disciplinada em regulamento. Estrutura Procuradoria-Geral (a representará em juízo) Ouvidoria-Geral Auditoria Competência da Diretoria Colegiada da ANCINE � Exercersua administração; � Editar normas sobre matérias de sua competência; � Aprovar seu regimento interno; � Cumprir e fazer cumprir as políticas e diretrizes aprovadas pelo Conselho Superior de Cinema; � Deliberar sobre sua proposta de orçamento; � Determinar divulgação de relatórios semestrais s/atividades da Agência; � Decidir sobre venda, cessão ou aluguel de bens do seu patrimônio; � Notificar e aplicar as sanções previstas na legislação; � Julgar recursos interpostos c/decisões de membros da Diretoria; � Autorizar a contratação de serviço de terceiros na forma da lei; � Autorizar a celebração de contratos, convênios e acordos. Competência do Diretor- Presidente da ANCINE � Exercer a representação legal da agência; � Presidir as reuniões da Diretoria Colegiada; � Cumprir e fazer cumprir as decisões da Diretoria Colegiada; � Nomear, exonerar e demitir servidores e empregados; � Prover os cargos em comissão e as funções de confiança; � Aprovar editais de licitação e homologar adjudicações; � Encaminhar ao órgão supervisor proposta de orçamento – ANCINE; � Assinar contratos, acordos e convênios, aprovados p/Diretoria Colegiada; � Ordenar despesas e praticar os atos de gestão necessários ao alcance dos objetivos da ANCINE; � Sugerir propositura de ação civil pública pela ANCINE, nos casos legais; � Exercer a função de Sec-Executivo do Conselho Superior do Cinema; � Exercer outras atividades necessárias à gestão da ANCINE e à implementação das decisões do Conselho Superior do Cinema. Fontes: Artigos 8º ao 10 da MP Desta forma, caros candidatos, uma leitura atenta ao quadro acima, os capacitará a responder questões sobre a estrutura da ANCINE. Em frente! AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 19 Receitas e Patrimônio Art. 11. Constituem receitas da ANCINE: I e II - Revogados III - o produto da arrecadação das multas resultantes do exercício de suas atribuições; IV - Revogado V - o produto da execução da sua dívida ativa; VI - as dotações consignadas no Orçamento-Geral da União, créditos especiais, créditos adicionais, transferências e repasses que lhe forem conferidos; VII - as doações, legados, subvenções e outros recursos que lhe forem destinados; VIII - os valores apurados na venda ou aluguel de bens móveis e imóveis de sua propriedade; IX - os valores apurados em aplicações no mercado financeiro das receitas previstas neste artigo; X - produto da cobrança de emolumentos por serviços prestados; XI - recursos provenientes de acordos, convênios ou contratos celebrados com entidades, organismos ou empresas, públicos ou privados, nacionais e internacionais; XII - produto da venda de publicações, material técnico, dados e informações, inclusive para fins de licitação pública; Art. 12. Fica a ANCINE autorizada a alienar bens móveis ou imóveis do seu patrimônio que não se destinem ao desempenho das funções inerentes à sua missão institucional. Após algumas revogações, seguem válidas as seguintes fontes de receitas da ANCINE, transcritas abaixo com seus conteúdos principais: � Arrecadação das multas (exercício de suas atribuições); � Execução da sua dívida ativa; � Dotações consignadas no Orçamento-Geral da União, créditos especiais, créditos adicionais, transferências e repasses que lhe forem conferidos; � Doações, legados, subvenções e outros recursos a ela destinados; � Valores apurados na venda ou aluguel de seus bens móveis e imóveis, cuja prévia autorização legal está restrita àqueles que não se destinem ao desempenho das funções inerentes à missão institucional da ANCINE; � Decorrentes de aplicações financeiras das receitas aqui previstas; � Cobrança de emolumentos por serviços prestados; � Recursos provenientes de acordos, convênios ou contratos celebrados com instituições públicas ou privadas, nacionais e internacionais; � Valores apurados com venda de publicações, material técnico, dados e informações, inclusive para fins de licitação pública. AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 20 Recursos Humanos Art. 13. Revogado Vou abrir parênteses para um artigo revogado, pois já foi alvo de cobrança em concursos passados. Este artigo dizia que o “Quadro de Pessoal Efetivo da ANCINE será composto por até 250 empregos públicos e deverá ser criado em lei específica”, mas foi revogado pela Lei 10.871/2004, não havendo mais tal limite. Art. 14. A ANCINE poderá contratar especialistas para a execução de trabalhos nas áreas técnica, administrativa, econômica e jurídica, por projetos ou prazos limitados, observando-se a legislação em vigor. Em outras palavras: CONTRATAÇÕES Quem Contratar? Especialistas Para quê? Execução de trabalhos nas áreas: � Técnica, � Administrativa, � Econômica e � Jurídica. Por quanto tempo? � Por projetos ou � Por prazos limitados. Como? Conforme legislação pertinente e vigente. Fonte: Art. 14 da MP Art. 15. A ANCINE poderá requisitar, com ônus, servidores de órgãos e entidades integrantes da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, quaisquer que sejam as atribuições a serem exercidas. Em outras palavras: REQUISIÇÕES Quem Requisitar? Servidores de órgãos e entidades integrantes da administração pública federal direta, autárquica e fundacional Para quê? Para quaisquer atribuições a serem exercidas. Fonte: Art. 15 da MP AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 21 1.6. Capítulo V – Do Sistema de Informações e Monitoramento da Indústria Cinematográfica e Videofonográfica Vamos encerrar nossa Aula 01 com este capítulo, para encararmos uma sessão prática de questões de concursos já realizados. Art. 16. Fica criado o Sistema de Informações e Monitoramento da Indústria Cinematográfica e Videofonográfica, de responsabilidade da ANCINE, podendo para sua elaboração e execução ser conveniada ou contratada entidade ou empresa legalmente constituída. Neste artigo, além de memorizarmos o extenso nome: Sistema de Informações e Monitoramento da Indústria Cinematográfica e Videofonográfica, precisamos gravar que ficará sob responsabilidade da ANCINE. Em virtude da complexidade deste sistema (não é simples a atividade de monitoramento em todo território nacional), a norma já traz a possibilidade legal de contratação ou celebração de convênio para auxiliar a ANCINE nesta atribuição, desde que a entidade/empresa esteja legalmente constituída. Art. 17. Toda sala ou espaço de exibição pública destinada à exploração de obra cinematográfica em qualquer suporte deverá utilizar o sistema de controle de receitas de bilheteria, conforme definido em regulamento pela ANCINE. Exigência geral para qualquer espaço destinado à exploração, por exibição pública, de obras cinematográficas, já visando a operacionalização do monitoramento do citado Sistema. Art. 18. As empresas distribuidoras, as programadoras de obras audiovisuais para o segmento de mercado de serviços de comunicação eletrônica de massas por assinatura, as programadoras de obras audiovisuais para outros mercados, conforme assinalado na alínea ‘e’ do Anexo I desta Medida Provisória, assim como as locadoras de vídeo doméstico e as empresas de exibição, devem fornecer relatórios periódicos sobre a oferta e o consumo de obras audiovisuais e as receitas auferidaspela exploração delas no período, conforme normas expedidas pela ANCINE.8 8 Redação dada pela Lei nº 11.437, de 28/12/2006 AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 22 Muita informação num artigo só, vamos esmiuçar seu conteúdo: EXIGÊNCIA DE ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS Emissores � Distribuidoras e programadoras de obras audiovisuais p/mercado de serviços de comunicação eletrônica de massas por assinatura; � Programadoras de obras audiovisuais para outros mercados; � Locadoras de vídeo doméstico; � Empresas de exibição. Conteúdo do Relatório � Oferta de obras audiovisuais; � Consumo de obras audiovisuais; � Receitas auferidas pela exploração delas no período. Quando? Periodicamente. Como? Conforme normas expedidas pela ANCINE. Fonte: Art. 18 da MP Art. 19. As empresas distribuidoras e locadoras de obras cinematográficas para vídeo, doméstico ou para venda direta ao consumidor, em qualquer suporte, deverão emitir semestralmente relatório enumerando as obras cinematográficas brasileiras distribuídas no período, número de obras estrangeiras e sua relação, número de cópias distribuídas por título, conforme definido em regulamento, devendo estas informações serem remetidas à ANCINE. EXIGÊNCIA DE ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS Emissores Empresas distribuidoras e locadoras de obras cinematográficas para vídeo, doméstico ou para venda direta ao consumidor, em qualquer suporte. Conteúdo do Relatório � Enumerando obras cinematográficas brasileiras distribuídas; � Número de obras estrangeiras e sua relação; � Número de cópias distribuídas por título. Base de Cálculo Período referente ao relatório. Quando? Semestralmente. Como? Conforme definido em regulamento, devendo estas informações serem remetidas à ANCINE. Fonte: Art. 18 da MP Art. 20. Poderá ser estabelecida, por lei, a obrigatoriedade de fornecimento periódico de informações sobre veiculação ou difusão de obras cinematográficas e videofonográficas para empresas AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 23 operantes em outros segmentos de mercado além daqueles indicados nos arts. 18 e 19. Em ambos os quadros acima (artigos 18 e 19), poderão ser incluídos nossos emissores dos relatórios, por força de lei. Art. 21. As cópias das obras cinematográficas e videofonográficas destinadas à venda, cessão, empréstimo, permuta, locação, exibição, com ou sem fins lucrativos, bem como as obras cinematográficas e videofonográficas publicitárias deverão conter em seu suporte marca indelével e irremovível com a identificação do detentor do direito autoral no Brasil, com todas as informações que o identifiquem, conforme modelo aprovado pela ANCINE e pela Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda, sem prejuízo do que trata a Lei nº 9.610, de 19/02/1998, e o Decreto nº 2.894, 22/12/1998. Parágrafo único. No caso de obras cinematográficas e videofonográficas publicitárias, a marca indelével e irremovível de que trata o caput e nas finalidades ali previstas deverá constar na claquete de identificação.9 DIREITO AUTORAL NO BRASIL Obras � Cópias das obras cinematográficas e videofonográficas � Obras cinematográficas e videofonográficas publicitárias Destinação das obras � Venda � Cessão � Empréstimo � Permuta � Locação � Exibição Finalidade ($) Com ou sem fins lucrativos Conteúdo do Suporte � Identificação do detentor do direito autoral no Brasil: � Marca indelével e irremovível, � Com todas as informações que o identifiquem. � Para obras publicitárias: marca na claquete de identificação Conformidade Modelo aprovado pela ANCINE e pela Secretaria da Receita Federal, sem prejuízo do que trata a Lei nº 9.610/1998 e o Decreto nº 2.894/1998. Fonte: Art. 21 da MP Art. 22. É obrigatório o registro das empresas de produção, distribuição, exibição de obras cinematográficas e videofonográficas nacionais ou estrangeiras na ANCINE, conforme disposto em regulamento. 9 Redação dada pela Lei nº 10.454, de 13/05/2002 AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 24 Parágrafo único. Para se beneficiar de recursos públicos ou incentivos fiscais destinados à atividade cinematográfica ou videofonográfica a empresa deve estar registrada na ANCINE. Em virtude do monitoramento da Indústria Cinematográfica e Videofonográfica em território nacional, nada mais justo e eficiente que obrigar o registro das empresas do ramo na ANCINE. Ora se o registro é obrigatório para todas as empresas do ano, para que reforçar tal obrigatoriedade cadastral como requisito necessário à obtenção de benefícios de recursos públicos ou incentivos fiscais? Única explicação, tentar minimizar a falta de registros. Art. 23. A produção no Brasil de obra cinematográfica ou videofonográfica estrangeira deverá ser comunicada à ANCINE. Parágrafo único. A produção e a adaptação de obra cinematográfica ou videofonográfica estrangeira, no Brasil, deverão realizar-se mediante contrato com empresa produtora brasileira, que será a responsável pela produção perante as leis brasileiras. Outras obrigações: � Para produção, em território nacional, de obra estrangeira, é necessária a prévia comunicação à ANCINE; � Também deverá existir um contrato com empresa produtora brasileira, que assumirá as responsabilidades relacionadas ao ordenamento jurídico brasileiro, cuja obrigatoriedade é estendida aos casos de adaptações de obras estrangeiras. Art. 24. Os serviços técnicos de cópia e reprodução de matrizes de obras cinematográficas e videofonográficas que se destinem à exploração comercial no mercado brasileiro deverão ser executados em laboratórios instalados no País. Parágrafo único. As obras cinematográficas e videofonográficas estrangeiras estão dispensadas de copiagem obrigatória no País até o limite de 6 (seis) cópias, bem como seu material de promoção e divulgação nos limites estabelecidos em regulamento.10 Obrigação relacionada ao local de produção de serviços técnicos (cópia e reprodução de matrizes), destinados à exploração comercial no Brasil: laboratório instalado no País. 10 Redação dada pela Lei nº 10.454, de 13/05/2002 AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 25 Art. 25. Toda e qualquer obra cinematográfica ou videofonográfica publicitária estrangeira só poderá ser veiculada ou transmitida no País, em qualquer segmento de mercado, devidamente adaptada ao idioma português e após pagamento da CONDECINE, de que trata o art. 32.11 Parágrafo único. A adaptação de obra cinematográfica ou videofonográfica publicitária deverá ser realizada por empresa produtora brasileira registrada na ANCINE, conforme normas por ela expedidas. Exigências para transmissão ou veiculação de obra estrangeira no Brasil: � Pagamento da CONDECINE12; � Adaptação ao idioma português, a ser realizada por empresa produtora brasileira registrada na ANCINE. Art. 26. A empresa produtora de obra cinematográfica ou videofonográfica com recursos públicosou provenientes de renúncia fiscal deverá depositar na Cinemateca Brasileira ou entidade credenciada pela ANCINE uma cópia de baixo contraste, interpositivo ou matriz digital da obra, para sua devida preservação. Podemos dizer que o artigo 26 traz uma “contrapartida obrigatória”, a ser quitada pela empresa produtora, cuja obra recebeu recursos públicos ou provenientes de renúncia fiscal. “Contrapartida”: depósito de 01 (uma) cópia da obra de baixo contraste na Cinemateca Brasileira ou entidade credenciada pela ANCINE. Objetivo do dispositivo: preservação da obra. Art. 27. As obras cinematográficas e videofonográficas produzidas com recursos públicos ou renúncia fiscal, após decorridos dez anos de sua primeira exibição comercial, poderão ser exibidas em canais educativos mantidos com recursos públicos nos serviços de radiodifusão de sons e imagens e nos canais referidos nas alíneas "b" a "g" do inciso I do art. 23 da Lei nº 8.977, de 06/01/1995, e em estabelecimentos públicos de ensino, na forma definida em regulamento, respeitados os contratos existentes. 11 Redação dada pela Lei nº 12.599, de 23/03/2012 – Caput e parágrafo único 12 CONDECINE: Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 26 Outra disposição relacionada às obras produzidas com recursos públicos ou provenientes de renúncia fiscal: liberando sua exibição (canais educativos e estabelecimentos públicos de ensino), após decorridos 10 anos de sua primeira exibição comercial. Art. 28. Toda obra cinematográfica e videofonográfica brasileira deverá, antes de sua exibição ou comercialização, requerer à ANCINE o registro do título e o Certificado de Produto Brasileiro – CPB.13 § 1º No caso de obra cinematográfica ou obra videofonográfica publicitária brasileira, após a solicitação do registro do título, a mesma poderá ser exibida ou comercializada, devendo ser retirada de exibição ou ser suspensa sua comercialização, caso seja constatado o não pagamento da CONDECINE ou o fornecimento de informações incorretas. § 2º As versões, as adaptações, as vinhetas e as chamadas realizadas a partir da obra cinematográfica e videofonográfica publicitária original, brasileira ou estrangeira, até o limite máximo de 5, devem ser consideradas um só título, juntamente com a obra original, para efeito do pagamento da CONDECINE.14 § 3º As versões, as adaptações, as vinhetas e as chamadas realizadas a partir da obra cinematográfica e videofonográfica publicitária original destinada à publicidade de varejo, até o limite máximo de 50, devem ser consideradas um só título, juntamente com a obra original, para efeito do pagamento da CONDECINE. § 4º Ultrapassado o limite de que trata o § 2º ou o § 3º, deverá ser solicitado novo registro do título de obra cinematográfica e videofonográfica publicitária original. Além de obrigar o prévio registro do título e o CPB, o dispositivo permite que obras publicitárias possam ser exibidas ou comercializadas, após a simples solicitação do registro do título. Mas caso não seja recolhida a CONDECINE ou haja incorreções nas informações recebidas, esta prerrogativa legal perde o valor, devendo tais obras serem retiradas de exibição ou suspensas para comercialização. Em seguida, para efeito do pagamento da CONDECINE, o artigo engloba com a obra original suas versões, adaptações e chamadas, considerando, até o máximo de 5, um só título. Subindo este limite para 50, quando tais produtos forem destinados à publicidade no varejo. Excedidos tais limites, novo registro do título deve ser solicitado. 13 Redação dada (caput) e incluído (§1º) pela Lei nº 10.454, de 13/05/2002 14 Redação dada pela Lei nº 12.599, de 23/03/2012 - §§ 2º, 3º e 4º AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 27 Art. 29. A contratação de direitos de exploração comercial, de licenciamento, produção, co-produção, exibição, distribuição, comercialização, importação e exportação de obras cinematográficas e videofonográficas em qualquer suporte ou veículo no mercado brasileiro, deverá ser informada à ANCINE, previamente à comercialização, exibição ou veiculação da obra, com a comprovação do pagamento da CONDECINE para o segmento de mercado em que a obra venha a ser explorada comercialmente.15 Parágrafo único. No caso de obra cinematográfica ou videofonográfica publicitária, deverá ser enviado à ANCINE, o resumo do contrato firmado entre as partes, conforme modelo a ser estabelecido em regulamento. Obrigações para contratação dos diversos direitos trazidos no artigo: � Informação prévia à ANCINE; � Comprovação do pagamento da CONDECINE; � Envio de resumo do contrato à ANCINE, para obras publicitárias. Art. 30. Para concessão da classificação etária indicativa de obras cinematográficas e videofonográficas será exigida pelo órgão responsável a comprovação do pagamento da CONDECINE no segmento de mercado a que a classificação etária indicativa se referir. O órgão responsável pela concessão da classificação etária indicativa das obras exigirá: � Comprovação do pagamento da CONDECINE no respectivo segmento de mercado. COM A MATÉRIA ANALISADA E RELIDA E REVISTA, É HORA DE NOS EXERCITARMOS UM POUCO! 15 Redação dada (caput) e incluído (parágrafo único) pela Lei nº 10.454, de 13/05/2002 AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 28 QUESTÕES RESOLVIDAS (Medida Provisória nº 2.228/2001) Questão 1 (CESPE – ANCINE – Especialista em Regulação da Atividade Cinematográfica e Audiovisual – 2005) – Com base na legislação da área audiovisual e cinematográfica brasileira, julgue o item a seguir. __ Os princípios gerais da política nacional do cinema incluem a garantia da presença de obras cinematográficas e videofonográficas nacionais nos diversos segmentos de mercado e o respeito ao direito autoral sobre obras audiovisuais nacionais e estrangeiras. Resolução: Lembram-se do quadro-resumo que trouxe no início da aula (reproduzido aqui ainda mais resumido)? POLÍTICA NACIONAL DO CINEMA: Princípios Gerais Básicos Objetivos Complementos Promoção da cultura nacional e da língua portuguesa. Mediante o estímulo à indústria nacional. Garantia da presença de obras cinematográficas e videofonográficas nacionais. Nos diversos segmentos de mercado. Programação e distribuição de obras audiovisuais, sob exclusiva responsabilidade de empresas brasileiras. Nos meios eletrônicos de comunicação de massa. Respeito ao direito autoral sobre obras audiovisuais. Nacionais e estrangeiras Fonte: Art. 2º da MP Então uma simples releitura já nos faz concluir que a assertiva do enunciado esta certa (princípios presentes na questão negritados no quadro acima). Gabarito: C (Certo) AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 29 Questão 2 (CESPE – ANCINE – Técnico em Regulação da Atividade Cinematográfica e Audiovisual – 2005) – Julgueo item que se segue, relativos à Medida Provisória (MP) n.º 2.228/2001. __ O Conselho Superior do Cinema é presidido pelo chefe da Casa Civil da Presidência da República. Resolução: Se resgatarmos o artigo 4 da MP que estamos estudando, facilmente verificaremos a correção do enunciado: “Art. 4º O Conselho Superior do Cinema será integrado: I – pelos Ministros de Estado: ... g) Chefe da Casa Civil da Presidência da República, que o presidirá.” (grifo meu) Gabarito: C (Certo) Questão 3 (CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com a Medida Provisória n.º 2.228/2001, que, entre outras providências, instituiu a Agência Nacional do Cinema (ANCINE) e a Política Nacional do Cinema e alterou em parte a legislação então existente, julgue o item a seguir. __ Integrado por 12 membros, dos quais, 7 são ministros de Estado e 5 são notáveis do mercado cinematográfico e videofonográfico, o Conselho Superior de Cinema tem uma Secretaria Executiva presidida pelo diretor-presidente da ANCINE. Resolução: Novamente buscarei uma parte de um quadro-resumo de nossa aula para buscarmos a solução desta questão. Inseriremos quadro na próxima página para facilitar a memorização de todos: AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 30 CONSELHO SUPERIOR DO CINEMA C o m p o si çã o � Chefe da Casa Civil da Presidência da República: Presidente do Conselho, � Ministros de Estado: - Justiça, - Relações Exteriores, - Fazenda, - Cultura, - Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, - Comunicações e � 5 representantes da indústria cinematográfica e videofonográfica nacional (elevado conceito no sua especialidade): Designados por decreto, p/mandato de 2 anos, permitida 1 recondução. Fonte: Artigo 4º da MP Este quadro nos leva à conclusão que a primeira parte da assertiva está correta, mas ainda falta saber se: “o Conselho Superior de Cinema tem uma Secretaria Executiva presidida pelo diretor-presidente da ANCINE.” Para isto, precisamos buscar regulamentações contidas no Decreto nº 4.121/2002, que “aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos Comissionados e dos Cargos Comissionados Técnicos da Agência Nacional do Cinema - ANCINE, e dá outras providências”16. Não se preocupem com a necessidade de buscarmos em outra norma, estranha ao conteúdo de nossa aula, o restante da resolução desta questão, pois nosso curso abordará com detalhes o Decreto nº 4.121/2002. Para esta questão, precisamos do seguinte trecho extraído de seu art. 13: “Capítulo VI - DAS ATRIBUIÇÕES DOS DIRIGENTES Art. 13. Incumbe ao Diretor-Presidente: ... XIV - exercer a função de Secretário-Executivo do Conselho Superior do Cinema;”17 Assim, o restante da afirmativa também está correto. Gabarito: C (Certo) 16 Ementa do Decreto nº 4.121, de 07/02/2002 17 Trechos do art. 13 do Decreto nº 4.121, de 07/02/2002 AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 31 Questão 4 (CESPE – ANCINE – Especialista em Regulação da Atividade Cinematográfica e Audiovisual – 2005) – Com base na legislação da área audiovisual e cinematográfica brasileira, julgue o item a seguir. __ O Conselho Superior de Cinema é paritário: metade de seus membros são representantes de órgãos governamentais e metade são representantes da sociedade civil. Resolução: O quadro da resolução da questão anterior já nos mostra a incorreção do presente enunciado: são 7 Ministros de Estado e 5 notáveis do mercado cinematográfico e videofonográfico e não “meio-a-meio”. Gabarito: E (Errado) Questão 5 (CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – Julgue o próximo item. __ A ANCINE é uma autarquia especial, criada com a atribuição de ser o órgão oficial de fomento, regulação e fiscalização das indústrias cinematográfica e videofonográfica, dotada de autonomia administrativa e financeira e dirigida em regime de colegiado por um diretor-presidente e três diretores. Resolução: Vejam como as questões conjugam informações contidas em vários dispositivos legais (assim como percebermos na Questão 3). Aqui precisaremos dos artigos 5º e 8º da Medida Provisória n.º 2.228-1/2001, transcritos abaixo com trechos destacados para esta questão, para confirmarmos a veracidade da afirmativa. Art. 5º Fica criada a Agência Nacional do Cinema – ANCINE, autarquia especial, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, órgão de fomento, regulação e fiscalização da indústria cinematográfica e videofonográfica, dotada de autonomia administrativa e financeira. AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 32 Art. 8º A ANCINE será dirigida em regime de colegiado por uma diretoria composta de um Diretor-Presidente e três Diretores, com mandatos não coincidentes de quatro anos. Assim, poderemos marcar C (Certo) em nossa folha de respostas. Gabarito: C (Certo) Questão 6 (CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com a Medida Provisória n.º 2.228/2001, que, entre outras providências, instituiu a Agência Nacional do Cinema (ANCINE) e a Política Nacional do Cinema e alterou em parte a legislação então existente, julgue o item a seguir. __ Os objetivos da ANCINE não contemplam a articulação dos vários elos da cadeia produtiva da indústria cinematográfica nacional. Resolução: Ao percorrermos o art. 6º da Medida Provisória n.º 2.228-1/2001, que trata dos objetivos da ANCINE, encontramos o inciso V que literalmente diz: Art. 6º A ANCINE terá por objetivos: ... V - promover a articulação dos vários elos da cadeia produtiva da indústria cinematográfica nacional; Logo, como o enunciado diz NÃO se tratar de um dos objetivos da ANCINE, a assertiva está errada. Gabarito: E (Errado) Questão 7 (CESPE – ANCINE – Especialista em Regulação da Atividade Cinematográfica e Audiovisual – 2005) – Com base na legislação da área audiovisual e cinematográfica brasileira, julgue o item a seguir. AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 33 __ Incentivar a participação de obras cinematográficas nacionais em festivais internacionais, financiar a indústria videofonográfica nacional e presidir o Conselho Superior de Cinema são competências da ANCINE. Resolução: Vejam o que os incisos IX e X da Medida Provisória 2.228-1/2001: Art. 7º A ANCINE terá as seguintes competências: IX - estabelecer critérios para a aplicação de recursos de fomento e financiamento à indústria cinematográfica e videofonográfica nacional; X - promover a participação de obras cinematográficas e videofonográficas nacionais em festivais internacionais; O início do enunciado poderia até gerar uma dúvida: incentivar (enunciado) é sinônimo de promover (inciso X), mas para não entrarmos nesta discussão, vem a segunda parte enunciado: financiar a indústria videofonográfica, que não encontra qualquer suporte no texto legal, que diz que a ANCINE deve estabelecer critérios para aplicação de recursos de fomento e financiamento à referidaindústria. Por fim, para tirar qualquer dúvida que poderia aparecer nesta análise, a questão atribui à ANCINE uma competência legalmente estabelecida para a Casa Civil da Presidência da República, que já estudamos aqui. Gabarito: E (Errado) Questão 8 (CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com a Medida Provisória n.º 2.228/2001, que, entre outras providências, instituiu a Agência Nacional do Cinema (ANCINE) e a Política Nacional do Cinema e alterou em parte a legislação então existente, julgue o item a seguir. __ Uma das competências da ANCINE é combater a pirataria. AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 34 Resolução: Questão de imediata e direta resolução: inciso III do art. 7º da MP: Art. 7º A ANCINE terá as seguintes competências: ... III - promover o combate à pirataria de obras audiovisuais; Gabarito: C (Certo) Questão 9 (CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com a Medida Provisória n.º 2.228/2001, que, entre outras providências, instituiu a Agência Nacional do Cinema (ANCINE) e a Política Nacional do Cinema e alterou em parte a legislação então existente, julgue o item a seguir. __ É de competência da ANCINE aplicar multas e sanções na forma da lei. Resolução: Outra questão de imediata e direta resolução: inciso IV do art. 7º da MP: Art. 7º A ANCINE terá as seguintes competências: ... IV - aplicar multas e sanções, na forma da lei; Vejam como é importante estarmos em dia com a memorização das competências da ANCINE. A cobrança é praticamente em cima da literalidade do texto legal, conforme já alertamos nesta aula. Gabarito: C (Certo) Questão 10 (CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com a Medida Provisória n.º 2.228/2001, que, entre outras providências, instituiu a Agência Nacional do Cinema (ANCINE) e a Política Nacional do Cinema e alterou em parte a legislação então existente, julgue o item a seguir. AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 35 __ Distribuir audiovisuais, filmes e vídeos dos membros do MERCOSUL é parte das competências da ANCINE. Resolução: Questão de imediata e direta resolução: inciso XV do art. 7º da MP, mas com um cuidado que alertaremos a seguir: Art. 7º A ANCINE terá as seguintes competências: ... XV - articular-se com órgãos e entidades voltados ao fomento da produção, da programação e da distribuição de obras cinematográficas e videofonográficas dos Estados membros do Mercosul e demais membros da comunidade internacional; (grifo meu) Acabamos de falar sobre a cobrança literal da Lei e fizemos questão de trazer este enunciado logo em seguida para alertá-los sobre a importância da atenta leitura das provas. Percebam que o enunciado diz “é parte das competências da ANCINE”, já fazendo clara menção que não se tratava de uma competência plena e completa. Como podemos verificar na leitura do inciso XV, a assertiva está contida neste dispositivo, mas é perfeitamente correta: nosso gabarito de resposta. Gabarito: C (Certo) Questão de imediata e direta resolução: inciso XV do art. 7º da MP: Art. 7º A ANCINE terá as seguintes competências: ... XV - articular-se com órgãos e entidades voltados ao fomento da produção, da programação e da distribuição de obras cinematográficas e videofonográficas dos Estados membros do Mercosul e demais membros da comunidade internacional; (grifo meu) AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 36 Questão 11 (CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com a Medida Provisória n.º 2.228/2001, que, entre outras providências, instituiu a Agência Nacional do Cinema (ANCINE) e a Política Nacional do Cinema e alterou em parte a legislação então existente, julgue o item a seguir. __ À ANCINE compete garantir a participação diversificada de obras cinematográficas e videofonográficas estrangeiras no mercado brasileiro. Resolução: Apesar do enunciado dizer “compete”, encontraremos a resposta no inciso VIII do art. 6º da MP, que trata dos objetivos da ANCINE: Art. 6º A ANCINE terá por objetivos: ... VIII - garantir a participação diversificada de obras cinematográficas e videofonográficas estrangeiras no mercado brasileiro; Vocês poderiam, com razão, nos indagar: Mas se é objetivo da ANCINE e o enunciado fala sobre suas competências, a questão está errada? É preciso, caros candidatos, que tenhamos uma análise globalizada da questão. Se for objetivo da ANCINE garantir a citada participação diversificada de obras estrangeiras no mercado brasileira, obviamente, competir-lhe-á, também, a efetivação de tal garantia. Logo, questão correta. Gabarito: C (Certo) AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 37 Questão 12 (CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com a Medida Provisória n.º 2.228/2001, que, entre outras providências, instituiu a Agência Nacional do Cinema (ANCINE) e a Política Nacional do Cinema e alterou em parte a legislação então existente, julgue o item a seguir. __ A ANCINE pode delegar a empresas especializadas a promoção e participação de obras cinematográficas e videofonográficas nacionais em festivais internacionais. Resolução: Apesar de mencionar a MP no enunciado, a solução desta questão está no Direito Administrativo. Vejam o que diz a Lei nº 9.784/1999, em seu Capítulo VI - Da Competência: Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos. Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes. Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I – a edição de atos de caráter normativo; II – a decisão de recursos administrativos; III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. Percebam que quem receberá, por delegação, a competência inicialmente estabelecida na MP (que não diz ser exclusividade da ANCINE) deverá ser outro órgão e não “empresas especializadas”, como traz o enunciado. Gabarito: E (Errado) Questão 13 (CESPE – ANCINE – Técnico em Regulação da Atividade Cinematográfica e Audiovisual – 2005) – Julgue o item que se segue, relativos à Medida Provisória (MP) n.º 2.228/2001. AULA 01 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 38 __ As receitas da ANCINE provêm unicamente das dotações consignadas no Orçamento-Geral da União, dos créditos especiais,
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