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A CONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE NÚMERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
RESUMO
A pesquisa abordará A Construção do Conceito de Número na Educação Infantil, a criança tem contato com números antes mesmo de sua vida escolar, nas suas relações cotidianas, lida com situações que envolvem ordenação, seriação, classificação, iniciando desta forma, a construção deste conceito, porém caberá à escola organizar experiências que privilegiem a formação de diferentes conceitos. No entanto, percebe-se algumas angústias de professores da Educação Básica, anos iniciais, no que diz respeito à dificuldade de encaminhamentos adequados ao trabalho com a construção do conceito de número com as crianças. Na tentativa de apresentar algumas respostas, esta pesquisa que discute aspectos importantes a serem trabalhados em sala de aula com os objetivos de conhecer o conceito de número, trabalhar a inteligência lógico-matemática com as crianças, e como se dá o processo de aquisição dos números construída pela criança, fundamentadas com os autores Piaget, Vygotsky, Kamii e Rangel e outros para aprofundar o tema a ser abordado.
Palavras-chave: matemática; construção do número. Conceito.
1 INTRODUÇÃO
 Uma das noções fundamentais da Matemática, a ideia de número, foi construída e aperfeiçoada ao longo de muitos séculos. Surgiu da necessidade humana de conhecer o mundo e nele sobreviver. Foi dessa necessidade e utilizando objetos para a contagem que a humanidade começou a construir o conceito de número. Mas, e a criança, como ela adquire esse conceito? Para possibilitar à criança a construção da estrutura do número e o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático, cabe ao professor selecionar atividades e explorar as atividades diárias que possibilitem agrupar e desagrupar elementos, comparar quantidades, estabelecer critérios para classificar, seriar e criar soluções para a resolução de situações-problema. 
Esta pesquisa que discute aspectos importantes a serem trabalhados em sala de aula com os objetivos de conhecer o conceito de número, trabalhar a inteligência lógico-matemática com as crianças, e como se dá o processo de aquisição dos números construída pela criança, fundamentadas com os autores Piaget, Vygotsky, Kamii e Rangel e outros.
 
2 DESENVOLVIMENTO
Muitas crianças mais novas têm determinada habilidade de contar fluentemente de 1 até 10. Esta cena é comum em todos os ambientes, mas será que a criança conhece o número e sabe identificar o que ele representa? Será que ela construiu o conceito de quantidade?
Saber contar verbalmente não significa que ela compreenda o conceito de número e nem mesmo possua condições de aprendizagem dos mesmos. Piaget investigou os processos mentais inseridos na construção do conceito de número. Os seus estudos comprovam que a criança não pode conceituar adequadamente o número, até que seja capaz de conservar quantidades, tornar reversíveis as operações, classificar e seriar. De acordo com Kamii (1990, p. 40-41).
Contar é uma alegria para a maioria das crianças escolarizadas de 4 a 6 anos, e se as crianças querem aprender a contar não há porque lhe recusar este conhecimento. Contudo, o professor deve conhecer a diferença entre contar de memória e contar com significado numérico. Este último só pode ser proveniente da estrutura lógico-matemática construída pela criança em sua cabeça.
 Para possibilitar à criança a construção da estrutura do número e o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático, cabe ao professor selecionar atividades e explorar as atividades diárias que possibilitem agrupar e desagrupar elementos, comparar quantidades, estabelecer critérios para classificar, seriar e criar soluções para a resolução de situações-problema. 
Piaget (1979) entende o desenvolvimento como a busca de um equilíbrio superior, sendo um processo de equilibração constante. Nesse processo, vão surgindo novas estruturas, novas formas de conhecimento. Para o professor entender as diferentes etapas de desenvolvimento da criança, sua forma de pensar, e consequentemente planejar sua intervenção, para auxiliar e encorajar seu aluno no desenvolvimento de seu raciocínio na construção do conceito de número, ele precisa conhecer como se processam essas etapas de desenvolvimento.
 De acordo com Piaget e Szeminska (1981), a criança constrói progressiva e interiormente a capacidade de contar com sucesso os objetos e essa capacidade só está consolidada quando ela consegue coordenar várias ações sobre os objetos (classificação, seriação, correspondência biunívoca, entre outras), a fim de quantificá-los. Conhecer “de cor”’ a sequência de palavras utilizadas na contagem não significa já ter construído a estrutura de número. Já para Vygotsky (1988): 
 A aprendizagem no ser humano ocorre naturalmente. O desejo de aprender, de descobrir, de ampliar conhecimento e experiência, é intrínseco ao homem e ocorre sob condições apropriadas. Ele considera a aprendizagem como um processo social no qual os sujeitos constroem seus conhecimentos através da sua interação com o meio e com os outros, numa inter-relação constante entre fatores internos e externos.
Como as crianças nascem em um mundo, no qual os números são quase inerentes aos objetos, é legítimo indagar qual a importância tanto do processo de contagem para a construção do conceito de número como a do conhecimento de número que a criança possui antes de entrar na escola. As atuais pesquisas acerca da construção do número vêm resgatando o papel desempenhado pelas atividades numéricas (em particular, a contagem) na construção do número. As novas orientações para o trabalho com números na Educação Infantil não apresentam mais, pelo menos de forma explícita, como “conteúdos a serem ensinados” as atividades lógicas consideradas “pré- numéricas” como classificação e seriação e, muito menos, desestimulam o uso da contagem como acontecia em um passado não muito remoto. O reconhecimento da importância da contagem na construção do número pela criança estabelecida pela maioria dessas pesquisas contraria ou ultrapassa, do ponto de vista teórico, os resultados obtidos pelas pesquisas do Centro Internacional de Epistemologia Genética sobre a construção do número? Outro ponto abordado pelas recentes pesquisas se refere às capacidades numéricas precoces das crianças ou, dito de outra forma, ao momento que as crianças adquirem o conceito de número. A comprovação da existência de atividades numéricas eficientes como contagem e quantificação de coleções antes dos seis ou sete anos contraria ou ultrapassa, do ponto de vista teórico, os resultados obtidos pelas pesquisas do Centro Internacional de Epistemologia Genética sobre a construção do número?
Piaget (1972) afirma que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança e, portanto, meio que contribui e enriquece o desenvolvimento intelectual, o que é imprescindível ao nosso alunado que apresenta deficiência intelectual. O papel da Educação Infantil hoje é de cunho pedagógico. As crianças até 6 anos não frequentam a escola apenas para brincar ou se socializar. Elas estão nesta faixa etária construindo conceitos. No início são pré-conceitos, indícios. Gradativamente vão sendo construídos conceitos lógico-matemáticos.
A construção do conceito de número, por exemplo, começa muito antes da entrada na escola. Desde que em sua casa, nas relações cotidianas, a criança tem oportunidade de lidar com situações que envolvam ordenação, seriação, classificação, já estará se iniciando a construção deste conceito.
Segundo Vygotsky (1984), o lúdico influencia o desenvolvimento da criança, e é através dele que a criança aprende a agir e sua curiosidade é estimulada. Ela adquire iniciativa e autoconfiança, o que favorece o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração.
 Caberá, desde a Educação Infantil, organizar experiências que privilegiem a formação de diferentes conceitos. Através de jogos e brincadeiras vão se estruturando experiências que levarão à construçãodos conceitos de tempo, espaço, distância, limites, entre outros.
 Auxiliando os alunos na formação de conceitos matemáticos e na construção do conceito de número. O professor não ensina conceitos aos alunos. Ele os ajuda a construí-los. Um bom exemplo disto é o da construção do conceito de número, que envolve a conservação de quantidades. Uma criança pode ser auxiliada até chegar à construção do conceito de conservação de quantidades, porém não se pode ensinar esta conservação. Para que a criança construa o conceito de número, que é um conceito complexo, é preciso que o professor lhe ofereça inúmeras atividades de classificação, seriação, ordenação de quantidades.
 Só a partir de experiências relevantes e dosadas para a criança é que ela poderá abstrair características comuns que a levem a formar determinados conceitos. Deve-se respeitar o rítmo da criança sem, contudo, ficar apenas esperando que ela construa os conceitos. Para ajudar a construir o conceito de número, por exemplo, que é um conceito lógico-matemático, deve-se propiciar experiências em diferentes graus de complexidade, isto porque, este é um conceito cuja construção demanda tempo e envolve várias gradações: números naturais, racionais, negativos, reais, complexos.
 As fases porque passam a construção e compreensão de um conceito matemático
 A construção e compreensão de um conceito matemático passa por duas fases. Em primeiro lugar, ele deveria ser utilizado como ferramenta em um contexto bem definido, ou seja deveria ser abordado como algo que ajuda a resolver um problema. Em segundo lugar, após ter sido utilizado como ferramenta contextualizada, o conceito precisa ser descontextualizado, adquirindo status de saber matemático abstrato e independente.
 Paradoxalmente, esta abstração é que faz com que ele possa ser utilizado em outros contextos, voltando a ser uma ferramenta.
Segundo Kamii (1990, p. 25). As pessoas que acreditam que os conceitos numéricos devem ser ensinados através da transmissão social falham por não fazerem a distinção fundamental entre o conhecimento social e o lógico-matemático. No conhecimento lógico-matemático, a base fundamental do conhecimento é a própria criança, e absolutamente nada arbitrário neste domínio. Por exemplo 2 + 3 dá o mesmo resultado em todas as culturas. Na verdade, toda cultura que construir algum sistema de matemática terminará construindo exatamente a mesma matemática, porque este é um sistema de relações no qual absolutamente nada é arbitrário.
 Compete ao professor orientar o aluno nesta passagem do concreto contextualizado para o abstrato descontextualizado. Orientando os alunos na passagem do concreto para o abstrato. O ensino da Matemática deve partir sempre de problemas que fazem sentido para o aluno, nos quais ele possa perceber o funcionamento de ferramentas matemáticas e o efeito que elas têm sobre a resolução destes problemas. Inicialmente devem ser vivenciadas experiências concretas para que, gradativamente, o aluno possa chegar às abstrações. Material concreto como bolas, palitos, fichas, chapinhas devem estar à disposição dos alunos para serem manipulados.
 Uma abstração crescente, até chegar-se ao conceito matemático puro, sem ligações com a aplicação ou a realidade, deve ser cuidadosamente dosada, de acordo com o nível de compreensão dos alunos. Em seguida, deve-se realizar uma volta a situações “concretas” em que o conceito possa ser explorado. A capacidade de reconhecer, em situações novas, conceitos descontextualizados é o teste real da compreensão de um conceito matemático. Desta forma deve-se lidar com situações do cotidiano, utilizar material concreto, caminhar em direção aos conceitos matemáticos de forma abstrata, voltar a situações concretas onde os mesmos possam ser aplicados, reconhecendo em novas situações conceitos descontextualizados.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Todos esses conceitos precisam estar bem desenvolvidos na criança para que a formação dos conhecimentos numéricos aconteça de maneira gradativa. As atividades precisam ser planejadas e sistematizadas pelo professor, partindo sempre do cotidiano da criança, levando-a a pensar, a elaborar e a organizar seu pensamento, permitindo que posteriormente ela possa se apropriar da linguagem Matemática. “A criança progride na construção do conhecimento lógico matemático pela coordenação das relações simples que anteriormente ela criou entre os objetos” (KAMII, 1986, p. 15).
REFERÊNCIAS
Clélia Maria Ignatius Nogueira. Pesquisas Atuais sobre a Construção do Conceito de Número: para além de Piaget? Acessado em 02/01/17. Às 17:30hs.
Franciele Perego Garcia UNIOESTE. A Construção do Conceito de Número Pela Criança.
Rosani Ribeiro. proletramentomatematicapocosdecaldas.blogspot.com/p/o-conceito-de-numero.html.
 PIAGET, J.; SZEMINSKA, A. A gênese do número na criança. 3. ed. Tradução de: OITICICA, C. M. Rio de Janeiro: Zahar, 1981. Acessado em 02/01/17. Às 17:15hs.
Pedagogia ao Pé da Letra. A Construção De Conceitos Matemáticos por Alunos da Educação Infantil. Acessado em 03/01/17.Às 20:44hs.
_ VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes Ltda, 1984 e 1_ PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1972. 994.
A Construção do Conceito de Número pela Criança. Franciele Perego Garcia. UNIOESTE / Bolsista CAPES.diretorasmed@msn.com. Ivania Gerini Camargo. UNIOESTECAPES. http://w3.ufsm.br/ceem/eiemat/Anais/arquivos/CC/CC_Perego_Franciele.pdf.Acessado em 01/02/2017 às 15:30hs.

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