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resumo tutorias 1° periodo Módulo I

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º
Vou estudar medicina! 
Ana Paula está muito feliz com sua aprovação no vestibular de medicina da UNIRV. Está ansiosa com a mudança para 
cidade de Formosa, onde irá morar com duas veteranas. 
Ao chegar em Formosa foi muito bem recepcionada pelas suas colegas de casa. Seus pais estavam ajudando na 
mudança quando o assunto sobre PBL começou. Ana Paula não sabia direito o que era isso. Já tinha ouvido falar que 
no PBL os professores não dão aulas, que os alunos estudam sozinhos e buscam informações em outras fontes que não 
só os consagrados livros de medicina. Aproveitou das suas colegas para tirar as dúvidas. 
Seus pais, médicos, ao ouvirem a conversa ficaram apavorados. Junto a Ana Paula resolveram pesquisar sobre o 
assunto e ficaram mais tranquilos após a pesquisa feita. Porém, não conseguiam entender como Ana Paula aprenderia 
sem que o professor mostrasse em aula seus conhecimentos daquela matéria. E que matéria? Teria que estudar tudo 
junto – anatomia, fisiologia, patologia, semiologia, propedêutica, farmacologia. Antigamente as disciplinas eram 
separadas e o conhecimento era compartimentalizado. 
Enfim, chegou a hora da despedida e a preparação para o primeiro dia de aula. 
 
INSTRUÇÃO: COMPREENDER O PBL E SUA APLICAÇÃO NO ENSINO MÉDICO. 
 
 
 
✓ PBL: aprendizagem baseada em problemas, é uma metodologia ativa. 
✓ Propedêutica: ensinar previamente (introduzir exames...). 
 
 
 
 
Desconhecimento do que é PBL. 
 
 
 
 
Na aprendizagem baseada em problemas, o ensino e a aprendizagem ocorrem a partir de problemas. Os problemas de 
ensino são elaborados por uma equipe de especialistas para cobrir todos os conhecimentos essenciais do currículo. 
Conforme Sakai e Lima (1996), temos a seguinte apresentação sobre a Aprendizagem Baseada em Problemas: 
O PBL é o eixo principal do aprendizado teórico do currículo de algumas escolas de Medicina, cuja filosofia 
pedagógica é o aprendizado centrado no aluno. É baseado no estudo de problemas propostos com a finalidade de fazer 
com que o aluno estude determinados conteúdos. Embora não constitua a única prática pedagógica, predomina para o 
aprendizado de conteúdos cognitivos e integração de disciplinas. Esta metodologia é formativa à medida que estimula 
uma atitude ativa do aluno em busca do conhecimento e não meramente informativa como é o caso da prática 
pedagógica tradicional. 
A construção do problema, conforme orientações seguidas pela Faculdade de Medicina da Universidade de 
Maastricht-Holanda, deve: 
1. consistir de uma descrição neutra do fenômeno para o qual se deseja uma explicação no grupo tutorial; 
2. ser formulado em termos concretos; 
3.ser conciso; 
4. ser isento de distrações; 
5. dirigir o aprendizado a um número limitado de itens; 
6. dirigir apenas a itens que possam ter alguma explicação baseada no conhecimento prévio dos alunos; 
7. exigir não mais que em torno de 16 horas de estudo independente dos alunos para que seja completamente 
entendido de um ponto de vista científico (complementação e aperfeiçoamento do conhecimento prévio). (Sakai e 
Lima, 1996). 
A Aprendizagem Baseada em Problemas tem o grupo tutorial como apoio para os estudos. 
O grupo tutorial é composto de um tutor e 8 a 10 alunos. Dentre os alunos, um será o coordenador e outro será o 
secretário, rodiziando de sessão a sessão, para que todos exerçam essas funções. No grupo, os alunos são apresentados 
a um problema pré elaborado pela comissão de elaboração de problemas. 
PBL – Problem Based Learning 
Termos desconhecidos 
Problema: 
Objetivo 1: definir o que é PBL, descrevendo a dinâmica e papel individuais em um grupo tutorial 
Laís Flauzino 
 
A discussão de um problema se desenrola em duas fases. Na primeira fase o problema é apresentado e os alunos 
formulam objetivos de aprendizado a partir da discussão do mesmo. Na segunda fase, após estudo individual realizado 
fora do grupo tutorial, os alunos rediscutem o problema à luz dos novos conhecimentos adquiridos. 
 
 
O método, no grupo tutorial, é seguido em sete passos: 
1. Leitura do problema, identificação e esclarecimento de termos desconhecidos; 
2. Identificação dos problemas propostos pelo enunciado; 
3. Formulação de hipóteses explicativas para os problemas identificados no passo anterior (os alunos se utilizam nesta 
fase dos conhecimentos de que dispõem sobre o assunto); 
4. Resumo das hipóteses; 
5. Formulação dos objetivos de aprendizado (trata-se da identificação do que o aluno deverá estudar para aprofundar 
os conhecimentos incompletos formulados nas hipóteses explicativas); 
6. Estudo individual dos assuntos levantados nos objetivos de aprendizado; 
7. Retorno ao grupo tutorial para rediscussão do problema frente aos novos conhecimentos adquiridos na fase de 
estudo anterior. 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32831998000100008 
 
 
 Objetivo 2: diferenciar as principais características do método tradicional em relação ao PBL. 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32831998000100008
 
Trata-se de um método de aprendizagem centrado no aluno, que deixa o papel de receptor passivo do conhecimento e 
assume o lugar de protagonista de seu próprio aprendizado por meio da pesquisa. 
Nesse modelo, em que o foco do processo educativo está centrado no 
estudante, estimula-se a capacidade de auto formação, fomentada pela busca 
ativa de informações. O estudante é estimulado a construir ativamente sua 
aprendizagem, articulando seus conhecimentos prévios com os de outros 
estudantes do grupo, mesmo no ambiente hospitalar. Para a resolução de problemas selecionados para o estudo, 
visando o desenvolvimento do raciocínio crítico, de habilidades de comunicação e do entendimento da necessidade de 
aprender ao longo da vida. 
http://www.periodicos.univag.com.br/index.php/workshopbp/article/download/832/1011 
 
Comentários tutoria: 
PBL resulta do reconhecimento da necessidade de formar profissionais voltados para a comunidade, preocupados com 
a melhor comunicação dos pacientes e com problemas humanísticos e éticos. 
Pratica pedagógica profissional: 
- aluno com papel passivo 
- distanciamento entre o conteúdo estudado em sala de aula e o que é vivenciado pelo aluno em sua realidade. 
- dificuldade em implementar um currículo interdisciplinar. 
- a pratica é a transmissão/recepção de conhecimentos “imutáveis”, prontos para memorização. 
PBL: 
- os alunos aprendem com a pratica e assimilam melhor ao descobrirem por si mesmos. 
- mescla conceitos, habilidades e atitudes por meio de descobertas realizadas pelo aluno com suporte da equipe. 
- busca a problematização e o dialogo com vistas a formação do pensamento crítico. 
 
 
 
 
 
https://www.scielo.br/pdf/rbem/v33n3/14.pdf 
comentários da tutoria: 
- medico generalista 
- visão mais humanística 
- alta capacidade de comunicação 
- alta capacidade de trabalho em equipe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivo 3: definir a nova realidade do médico brasileiro: 
http://www.periodicos.univag.com.br/index.php/workshopbp/article/download/832/1011
https://www.scielo.br/pdf/rbem/v33n3/14.pdf
 
 
 
 
 
º – – Laís Flauzino
PROBLEMA 2 – “Doutor Google” 
 Fernanda estava se maquiando para a primeira festa da sua turma de medicina quando deixou cair cola de 
cílios em seu olho direito. Imediatamente seu olho começou com hiperemia, lacrimejamento e prurido intenso. 
Preocupada, fez uma pesquisa no Google de como tratar seu problema. Encontrou no site de uma blogueira famosa 
que deveria lavar o olho com leite. Imediatamente fez o procedimento e foi para a festa. 
 No dia seguinte acordou com edema bipalpebral, secreção purulenta, visão turva e uma dor insuportável em 
olho direito. Procurou atendimento oftalmológico e foi diagnosticada com úlcera de córnea. Como estava muito 
preocupada, perguntou ao médico ondepoderia pesquisar sobre sua doença. Ele a orientou estudar nos artigos do 
Medline e Pubmed. Nesses artigos, Fernanda encontrou diferentes causas, epidemiologia clínica, falando sobre a 
incidência, prevalência e morbidade da úlcera de córnea. 
 
INSTRUÇÃO: DEFINIR O QUE É FONTE CONFIÁVEL DE INFORMAÇÃO E ONDE ENCONTRÁ-LA. 
DEFINIR EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA E OS PRINCIPAIS TERMOS RELACIONADOS. 
 
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 
 
• MOREIRA, W. Revisão de Literatura e Desenvolvimento Científico: conceitos e estratégias para confecção. 
Janus, Vol. 1, No 1 (2004). 
• Pellizon R F e col. Pesquisa na área da saúde: seleção das principais fontes para acesso à literatura 
científica.Acta Cirúrgica Brasileira - Vol 18 (6) 2003. 
• https://pt.slideshare.net/bibliotecaee/2014-tutorial-aprenda-a-pesquisar-na-bvs 
• Merchán-Hamann, E; Tauil, PL; Cost, MP. Terminologia das medidas e indicadores em epidemiologia: 
subsídios para uma possível padronização da nomenclatura. Inf. Epidemiol. Sus v.9 n.4 Brasília dez. 2000. 
• Bonita, R.; Beaglehole, R; Kjellstrom, T. Epidemiologia Básica, 2010. 
• FLETCHER RH, FLETCHER SW. Epidemiologia Clínica – Elementos Essenciais. 4ª ed, Porto Alegre: 
Artmed, 2006. 
 
 
 
✓ Hiperemia: aumento do fluxo sanguíneo para uma parte do corpo; 
✓ Lacrimejamento: lágrimas caindo dos olhos, saída de líquido ou secreção dos olhos; 
✓ Prurido intenso: coceira, sensação incômoda que leva ao ato de coçar; 
✓ Edema bipalpebral: inchaço das pálpebras, intumescimento de partes moles decorrente do aumento de líquido 
intersticial; 
✓ Secreção Purulenta: Substância com pus; 
✓ Visão turva: visão distorcida, com pouca nitidez; 
✓ Úlcera de córnea: ferida na parte anterior transparente e protetora do olho; 
✓ Medline: biblioteca virtual médica (site de boa referência); 
✓ Pubmed: biblioteca de pesquisa médica, 
✓ Epidemiologia clínica: ramo da medicina que estuda os diferentes fatores que intervêm na difusão e propagação de 
doenças; 
✓ Incidência: número de novos casos surgidos numa determinada população e num determinado intervalo de tempo; 
✓ Prevalência: número total de casos existentes numa determinada população e num determinado momento 
temporal; 
✓ Morbidade: conjunto de causas capazes de produzir uma doença. 
 
 
 
 
O que é e para que serve uma fonte confiável de informação? 
 
 
 
 
Pesquisa Médica 
Termos desconhecidos: 
Problema: 
Objetivo 1: Descrever as principais bases de dados para pesquisa médica (Google scholar, Medline, Lilacs, 
Cochrane, Scielo, Pubmed): 
 
 
Google Scholar: — Google Académico ou Acadêmico em português — é uma ferramenta de pesquisa do Google que 
permite pesquisar em trabalhos acadêmicos, literatura escolar, jornais de universidades e artigos variados. 
 
MEDLINE: é uma base de dados que disponibiliza os arquivos da área médica e biomédica encontrados na NLM 
(National Library of Medicine, USA) e que contém mais de 25 milhões de referências bibliográficas e datados de 
1966[5] até a atualidade publicados em sua maioria nos Estados Unidos mas também em mais de outros 70 países. 
MEDLINE é a contraparte online do MEDLARS@ que se originou em 1964. 
Muitas plataformas possibilitam o acesso ao MEDLINE, cada uma com seu mecanismo de pesquisa específico; dentre 
os mais famosos estão OVID, DIALOG, Probquest, EBSCO e o gratuito PubMed[7]. 
 
LILACS: Ou Literatura latino-americana e do caribe de ciências da saúde. Contém desde datados de 1986 até os dias 
atuais mais de 700 mil artigos, e outros documentos tais como: teses inteiras ou capítulos, livros e capítulos de livros, 
avais de congressos ou conferências, relatórios técnico-científicos e publicações governamentais produzidos na 
américa-latina. 
 
COCHRANE: Priorizando o aspecto clínico. A Cochrane atualmente uma rede internacional independente de material 
conta com mais de 11.000 membros e mais de 68.000 apoiadores espalhados por mais de 130 países, em todo o 
mundo[3]. Disponibiliza também pesquisas em andamento trazendo uma abordagem mais atualizada. 
 
SciELO: é o resultado de um projeto de pesquisa da FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São 
Paulo, em parceria com a BIREME - Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde que 
também . A partir de 2002, o Projeto conta com o apoio do CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico 
e Tecnológico. Participam atualmente na rede SciELO: África do Sul, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, 
Cuba, Espanha, México, Peru, Portugal, Venezuela.a1 
 
PubMed: é um motor de busca de livre acesso à base de dados MEDLINE de citações e resumos de artigos de 
investigação em biomedicina. Oferecido pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos como parte de 
Entrez.[1] MEDLINE tem ao redor de 4.800 revistas publicadas aos Estados Unidos e em mais de 70 países de todo o 
mundo desde 1966 até a atualidade. 
 
 
 
 
A Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) disponível na internet desde 2001, é uma divisão da Biblioteca do Ministério da 
Saúde, responsável pela veiculação do site da BVS MS, no qual são publicadas as informações bibliográficas 
produzidas pelo Ministério da Saúde, bem como informações gerais na área de ciências da saúde. Como as 
publicações do MS não são comercializadas, tornado o BVS o principal canal de acesso para essas produções . 
A BVS tem a finalidade de reunir, organizar e disseminar informações em saúde, assim contribuir para disseminação 
de informações tanto para profissionais da área da saúde,quanto para leigos.Por meio do site estão disponíveis bases 
de dados bibliográficos referenciais e de texto completo para pesquisa ao acervo físico e digital de livros, cartilhas, 
manuais, revistas, cartazes, folders, políticas, programas nacionais, legislação, além de outros serviços. É possível, 
ainda, acessar bases de dados internacionais, como Medline e Lilacs, dentre outras. O BVS conta com uma rede 
integrada de participantes que é visualizada como a base distribuída do conhecimento científico e técnico em saúde 
registrado, organizado e armazenado em formato eletrônico. 
http://bvsms.saude.gov.br/o-que-e-a-bvs-ms 
 
 
 
 
O Fator de Impacto é a principal métrica usada para avaliar as revistas científicas, o qual foi criado por Eugene 
Garfield, o pioneiro da Cientometria. Segundo o seu criador, tal métrica permite um parâmetro de comparação entre 
informações científicas baseado em dados estatísticos e fornece dados quantitativos que indicam quais revistas têm 
mais prestígio acadêmico. Porém, o Fator de Impacto é criticado pelo seu cálculo, que estabelece o mesmo tempo de 
vida para todos os artigos de áreas e públicos de maturação diferentes. 
O Fator de Impacto por ano de uma revista é calculado a partir da soma de todas as citações recebidas por ela nos dois 
anos anteriores dentro da coleção dividido pelo total de artigos publicados no mesmo período. Por exemplo, o Fator de 
Impacto de uma revista em 1966 é calculado da seguinte maneira: número de citações no Science Citation Index em 
1966 para artigos publicados em 1994 e em 1995, dividido pelo número de artigos que a revista publicou nesses dois. 
Objetivo 2: Compreender o que é o portal BVS 
Objetivo 3: definir o que é fator de impacto 
http://bvsms.saude.gov.br/o-que-e-a-bvs-ms
O Fator de Impacto é calculado somente entre as revistas que fazem parte da Web of Science. Portanto, as citações de 
revistas da coleção obtidas em periódicos fora dela não são contabilizadas, e revistas fora coletânea não possuem 
determinada métrica, embora possam medir suas citações em outras bases indexadoras. Entretanto, o Fator de Impacto 
não é a única métrica conhecida pela comunidade científica. Nesse âmbito, existem mais de 30 índices medidos, como 
o Índice de Imediatez (Ii), também conhecido como Índice. 
http://www.scielo.br/pdf/qn/v22n3/1101.pdf https://www.ufrgs.br/blogdabc/o-que-e-fator-de-impacto-das-revistas-
cientificasA epidemiologia clínica pode ser descrita como a aplicação ao indivíduo doente dos princípios e dos métodos da 
epidemiologia. Enquanto a epidemiologia geral estuda a distribuição da ocorrência e determinantes dos estados de 
saúde e doença em populações humanas, a epidemiologia clínica ocupa-se especificamente da prática clínica através 
do estudo da variação e dos determinantes da evolução da doença. Por analogia com a epidemiologia geral, que lida 
com os indivíduos enquanto membros de um grupo, as populações alvo em epidemiologia clínica são grupos de 
indivíduos doentes. 
A epidemiologia clínica aplica portanto métodos epidemiológicos à atividade clínica. Ajuda a olhar de forma crítica a 
literatura científica, dá um significado particular ao fato da prática clínica ser dominada pela relação médico-doente 
que, por definição, é única, e ajuda a colocar o doente individual na sua comunidade de origem, o que o permite 
compreender simultaneamente como um ser único e enquanto membro de um grupo de indivíduos com os quais 
partilha algumas características, não só no sentido da abordagem epidemiológica de população que pode ser descrita 
estatisticamente - de onde o doente vem mas enquanto mais um membro dessa outra população a que passa a pertencer 
- o daqueles que também partilham a mesma sintomatologia ou doença. Situar o doente dentro da sua população de 
origem permite ao clínico formular um certo número de hipóteses sobre o diagnóstico, prever o efeito do tratamento 
ou outras consequências da decisão médica e depois recalcular probabilidades a priori com base na informação que vai 
sendo obtida, ou seja, condicionadas, como ensina o teorema de Bayes, o centro do pensamento probabilístico clínico. 
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-69182013000100009 
 
 
 
A prevalência mede a proporção de indivíduos em uma população que estão acometidos de uma doença em um 
determinado momento. É uma investigação mediante uma única avaliação, sem haver acompanhamento para detecção 
de novos eventos, sendo considerada uma medida estática relacionada a um ponto no tempo, mesmo que a coleta 
ocorra durante dias, meses ou até anos. Pode ser chamado na literatura internacional de “prevalência do ponto” (point 
prevalence). 
 
P = Exemplo: o coeficiente de prevalência de desnutrição protéico- calórica: corresponde à divisão do 
número de crianças portadoras dessa condição ou classificadas como tal, sobre o total de crianças examinadas. 
 
Incidência: refere-se ao número de novos eventos ou casos que ocorrem em uma população de indivíduos em risco de 
desenvolver certa doença durante um determinado período de tempo. Neste caso, o coeficiente calculado representa a 
proporção de indivíduos que, no começo do acompanhamento, não tinham desenvolvido o evento de interesse e que, 
ao longo dele, mudaram de status ao desenvolvê-lo. Existem duas formas de se medir incidência: a) incidência 
cumulativa e b) taxa de incidência ou densidade de incidência. 
 
A incidência cumulativa fornece uma estimativa da probabilidade de um indivíduo desenvolver a doença durante um 
período específico de tempo e, por isso, é também chamada simplesmente de risco. Esta medida assume que todos os 
indivíduos identificados no início do seguimento foram acompanhados por todo o período em questão. O tempo de 
observação ou seguimento é variável, mas deve sempre ser claramente indicado. 
Ic= Para levar em conta os períodos variáveis de seguimento e aproveitar o máximo da informação disponível, utiliza-
se uma medida específica, a densidade de incidência. Ela é a expressão da frequência com que surgem casos novos de 
uma doença. Essa medida é considerada como sendo a taxa instantânea de desenvolvimento da doença por unidade de 
tempo. 
Id= No cálculo do denominador da densidade de incidência fica subentendido que grupos variados de indivíduos 
podem contribuir para uma mesma quantidade de pessoas-tempo. Assim, o acompanhamento de uma pessoa por 20 
anos, duas pessoas por 10 anos ou quatro pessoas por 5 anos resultam todos em 20 pessoas-ano de seguimento. 
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-16732000000400006 
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/54350/000164480.pdf?sequence=1&isAllowed=y 
 
Objetivo 4: Definir o que é epidemiologia clínica 
Objetivo 5: Diferenciar prevalência de incidência 
http://www.scielo.br/pdf/qn/v22n3/1101.pdf
https://www.ufrgs.br/blogdabc/o-que-e-fator-de-impacto-das-revistas-cientificas
https://www.ufrgs.br/blogdabc/o-que-e-fator-de-impacto-das-revistas-cientificas
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-69182013000100009
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-16732000000400006
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/54350/000164480.pdf?sequence=1&isAllowed=y
 
 
 
 
O primeiro passo para se definir uma condição como epidêmica ou endêmica é estabelecer quais seriam os níveis 
habituais de ocorrência dessa doença ou condição de saúde na população de determinada área naquele período de 
tempo. Para tal, deve-se realizar o levantamento do número de casos novos (incidência) desse agravo em um período 
não epidêmico. Esse levantamento pode ser feito pela própria equipe de Saúde da Família por meio de uma análise de 
registros da Unidade Básica de Saúde ou então pode ser feita uma consulta à vigilância epidemiológica do município 
que possui bancos de dados específicos como, por exemplo, aquele relacionado ao sistema nacional de agravos de 
notificação (SINAN). Feito esse levantamento, pode-se utilizar o número absoluto de casos para avaliação da situação 
epidemiológica do município, mas o mais adequado é dividir o número de casos novos pelo total da população, 
obtendo -se a denominada taxa de incidência. número de casos novos de determinado agravo em determinada 
população em determinado período de tempo X 100.000 hab. 
 
ENDEMIA: pode ser conceituada como a ocorrência de um agravo dentro de um número esperado de casos para 
aquela região, naquele período de tempo, baseado na sua ocorrência em anos anteriores não epidêmicos. Desta forma, 
a incidência de uma doença endêmica é relativamente constante, podendo ocorrer variações sazonais no 
comportamento esperado para o agravo em questão. As doenças endêmicas podem ser sazonais. A febre amarela, por 
exemplo, é considerada uma doença endêmica da região Norte do Brasil. 
 
EPIDEMIA:representa a ocorrência de um agravo acima da média (ou mediana) histórica de sua ocorrência. O agravo 
causador de uma epidemia tem geralmente aparecimento súbito e se propaga por determinado período de tempo em 
determinada área geográfica, acometendo frequentemente elevado número de pessoas. Quando uma epidemia atinge 
vários países de diferentes continentes, passa a ser denominada pandemia. No Brasil, o incremento de casos de dengue 
no período chuvoso do ano é comum, mas em alguns locais ocorre aumento excessivo de casos, resultando em uma 
situação epidêmica. 
 
SURTO: A doença é classificada como surto quando acontece de forma isolada em uma única região específica, com 
um aumento inesperados no número de casos. Um exemplo, é quando uma determinada doença acontece apenas em 
um bairro ou comunidade, de forma isolada. Em algumas cidades do Brasil, a dengue, por conta disso, é tratada como 
um surto e não como uma epidemia. 
 
PANDEMIA: A pandemia apresenta um sinal maior de gravidade, pois a doença deixa de afetar apenas um país e 
passa a se espalhar para outras regiões do planeta, atingindo grandes proporções. Por exemplo, a gripe A (ou gripe 
suína) foi inicialmente classificado como um epidemia, com as primeiras ocorrências registradas no México. Porém, 
um tempo depois se tornou uma pandemia quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) começou a registrar casos 
nos seis continentes do mundo. Ademais, outras doenças consideradas pandêmicassão: 
- Aids; 
- Tuberculose; 
- Peste; 
- Gripe asiática; 
- Gripe espanhola; 
- Tifo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivo 6: diferenciar pandemia, epidemia, endemia e surto 
 
 
 
 
° – - Laís Flauzino 
PROBLEMA 3 – “POR QUE FAZER EXAME?” 
 
 Ana Maria, 17 anos, ganhou seu primeiro bebê há sete dias na Maternidade Regional. Numa conversa com sua 
vizinha, mãe de 3 filhos, foi orientada que precisava ir à unidade de saúde do bairro para realizar o teste do pezinho. 
Ela ficou pensativa, pois já havia escutado sobre o teste, mas não tinha conhecimento da sua importância e quais 
doenças ele faz avaliação. 
Chegando a unidade de saúde do bairro, foi atendida pela enfermeira Kátia, que explicou que o teste do pezinho é 
realizado a partir do 3⁰ dia do nascimento e tem como vantagem a detecção precoce de vários tipos de doenças. Evita, 
assim problemas metabólicos e deficiências de desenvolvimento. 
 A enfermeira relatou que tal exame faz parte de uma série de testes oferecidos pela rede pública, através de 
preenchimento de critérios de rastreamento. Os testes são ofertados não só ao bebê dela como a vários grupos da sua 
família. Kátia aproveitou a oportunidade e convidou Ana Maria para a palestra na UBS sobre prevenção de doenças na 
infância. Ana Maria ficou satisfeita com as explicações e feliz por proporcionar a sua primeira filha, testes de 
rastreamento que precocemente poderão detectar algumas patologias. 
 
 
INSTRUÇÃO: ANALISAR OS NÍVEIS DE PREVENÇÃO E APLICAR OS CRITÉRIOS DE 
RASTREAMENTO. 
 
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 
 
• Caderno de Atenção primária: Rastreamento. Ministério da Saúde, 2010. 
• Medicina Ambulatorial - Condutas de Atenção Primária Baseadas Em Evidências - 4ª Ed. 2013. Duncan, 
Bruce B. / Outros. Artmed. 
• Epidemiologia básica / R. Bonita, R. Beaglehole, T. Kjellström; [tradução e revisão científica Juraci A. 
Cesar]. - 2.ed. - São Paulo, Santos. 2010. 
• O SUS no seu município: Garantindo saúde para todos – Ministério da Saúde, 2004. 
• Caderno de Atenção primária: Rastreamento. Ministério da Saúde, 2010. 
• BRASIL. O SUS de A a Z: garantindo saúde nos municípios / Ministério da Saúde. Conselho Nacional das 
Secretarias Municipais de Saúde, 3ª Ed, Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009. 
 
 
 
 
✓ Teste do pezinho: realizado gratuitamente em unidades básicas de saúde através da gota de sangue coletada do 
calcanhar do bebê, é uma ação preventiva que permite fazer o diagnostico de diversas doenças congênitas 
complexas que podem não ter sintomas aparentes nos recém-nascidos. Deve ser feito entre o 3º e 5º dia de vida do 
bebê. 
✓ ESF: Equipe de Saúde da Família. 
✓ UBS: Unidade Básica de Saúde ou Unidade de Saúde. 
✓ Critérios de rastreamento: pré-requisito para se encaixar em determinado exame/teste. 
✓ Teste de rastreamento: liberado através de critérios de rastreamento. É a realização de testes ou exames 
diagnósticos em pessoas assintomáticas, com a finalidade de diagnostico precoce (prevenção secundária) tendo 
como objetivo reduzir a morbidade e mortalidade da doença, agravo ou risco rastreado. 
 
 
 
 
Desconhecimento sobre os níveis de prevenção; o que e quais são os critérios de rastreamento. 
 
 
 
 
 
Níveis de prevenção em saúde: 
Níveis de prevenção 
Termos desconhecidos: 
Problema: 
Objetivo 1: Comentar quais são os níveis de prevenção na prática clínica 
 a) Prevenção primordial está estreitamente associada às doenças crônico-degenerativa. Ademais, deverá incluir 
políticas e programas de promoção de determinantes positivos de saúde, como legislação para criação de espaços 
livres de fumo do tabaco, plano 
nacional de saúde escolar (PNSE)e a prática regular do exercício físico. Em suma, o nível 
primordial de prevenção tem um impacto notável em saúde pública. Objetivos: evitar a emergência e o 
estabelecimento de estilos de vida que se sabem contribuir para um risco acrescido de doença; Diferença entre 
promoção de saúde e prevenção: a prevenção visa diminuir a probabilidade da ocorrência de uma doença ou 
enfermidade específica, a promoção da saúde visa aumentar, através de esforços intersetoriais, a saúde e o bem-estar 
geral. Logo, são complementares; Finalidade: promover a saúde e o bem-estar, além de diminuir a probabilidade de 
ocorrência de doença no futuro. 
 b) Prevenção primária é a ação tomada para remover causas e fatores de risco de um problema de saúde 
individual ou populacional antes do desenvolvimento de uma 
condição clínica. Outrossim, inclui promoção da saúde e proteção específica, além da 
imunização; Objetivos: evitar ou remover a exposição de um indivíduo ou de uma população a um fator de risco antes 
que se desenvolva um mecanismo patológico através da promoção da saúde e proteção específica; aumentar a 
resistência do hospedeiro a um 
determinado microrganismo por meio da imunização; Finalidade: reduzir a incidência da doença, através do controlo 
dos fatores de risco ou causais, ou ainda reduzir o risco médio na populacional. Exemplo: imunização, orientação de 
atividade física para diminuir chance de desenvolvimento de obesidade. 
 c) Prevenção secundária: voltada à cura das pessoas enfermas e à redução das consequências mais graves da 
doença mediante a detecção prévia e tratamento precoce dos casos; seu objetivo não é reduzir a incidência da 
enfermidade, mas sim, reduzir sua gravidade e duração e, consequentemente, reduzir as complicações e a letalidade da 
doença. Os programas de triagem ou rastreamento populacional, como as campanhas massivas de exame de 
Papanicolau ou para detecção e tratamento precoce do câncer de colo de útero, são exemplos de prevenção secundária. 
 d) Prevenção terciária: Nesta fase, as ações preventivas ocorrem quando o quadro patológico já evoluiu a ponto 
de se manifestar de uma forma estável a longo prazo 
 (cura com sequelas ou cronificação). Tais situações exigem cuidados preventivos específicos, para que as limitações 
impostas pela doença prejudiquem o mínimo possível a vida das pessoas, famílias e comunidades afetadas. Em relação 
às condições crônicas, uma questão particularmente complicada é a manutenção da adesão do paciente às ações de 
cuidado de longo prazo. Tem como finalidade reduzir os custos sociais e econômicos dos estados de doença na 
população através da reabilitação e reintegração precoces e da potenciação da capacidade funcional remanescente dos 
indivíduos. Exemplo: prevenir complicações do diabetes, reabilitar paciente pós-infarto – IAM ou acidente vascular 
cerebral. 
 e) Prevenção quaternária: visa evitar ou atenuar o excesso de intervencionismo médico associado a atos 
médicos desnecessários ou injustificados; por outro lado, 
pretende-se capacitar os utentes ao fornecer-lhes a informação necessária e suficiente para poderem tomar decisões 
autónomas, sem falsos pretextos para tomada de drogas e outros métodos desnecessários. A prevenção quaternária, o 
nível mais elevado de prevenção em saúde, pretende evitar o excesso de intervencionismo médico através da detecção 
de indivíduos em risco de sobre tratamento expectativas, conhecendo as vantagens e os inconvenientes dos métodos 
diagnósticos ou terapêuticos propostos. 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivo 2: Comentar quais são os principais testes de rastreamento aplicados e recomendados pelo 
Ministério da Saúde 
Rastreamento: é a realização de testes ou exames diagnósticos em populações ou pessoas assintomáticas, com a 
finalidade de diagnostico precoce (prevenção secundaria) ou de identificação e controle de riscos, tendo como objetivo 
final reduzir a morbidade e mortalidade da doença, agravo ou risco rastreado. 
O termo rastreamento, derivado do inglês screening, vem da ideia de peneira – do inglês 
sieve –, rica em furos, ou seja, todos os programas possuem resultados falso-positivos e falsonegativos. Contudo, a 
palavrascreening ou check-up passou a ter um significado em nossa época 
de algo sem furos e a expectativa do público intensificou-se tanto que qualquer grau de falsopositivo e negativo é 
automaticamente assumido como erro do programa ou do médico (GRAY, 
2004). 
 
Critérios para um programa de rastreamento: 
Para a implantação de programas de rastreamento, o problema clínico a ser rastreado deve atender a alguns critérios, a 
seguir: 
1. A doença deve representar um importante problema de saúde publica que seja relevante para a população, 
levando em consideração os conceitos de magnitude, transcendência e vulnerabilidade. 
2. A historia natural da doença ou do problema clinico deve ser bem conhecida. 
3. Deve existir estágio pré-clínico (assintomático) bem definido, durante o qual a doença possa ser 
diagnosticada; 
4. O beneficio da detecção e do tratamento precoce com o rastreamento deve ser maior do que se a condição 
fosse tratada no momento habitual de diagnostico; 
5. Os exames que detectam a condição clínica no estágio assintomático devem estar disponíveis, aceitáveis e 
confiáveis. 
6. O custo do rastreamento e tratamento de uma condição clínica deve ser razoável e compatível com o 
orçamento destinado ao sistema de saúde como um todo; 
7. O rastreamento deve ser um processo contínuo e sistemático. 
Os critérios acima foram descritos, em 1968, pelos autores Wilson e Jungner, para o 
estabelecimento de um programa de rastreamento por se tratar de um tópico de grande 
importância e controvérsias. Ainda hoje são considerados clássicos, ou seja, o “padrão ouro” 
para se avaliar o rastreamento. Geralmente, o rastreamento é apropriado em uma população 
assintomática quando os sete critérios acima são atendidos (ENGELGAU, 2000). 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_primaria_29_rastreamento.pdf 
 
Os principais testes de rastreamento aplicados e recomendados pelo Ministério da Saúde. 
1. Promoção a Saúde: 
- Educação alimentar 
- Incentivo à prática de atividades físicas 
- Campanhas contra o uso de álcool e tabaco, etc. 
2. Proteção Específica: 
- Vacinação: Tríplice Viral, Hepatite B, Febre Amarela, Dupla adulto (DT) - previne difteria e tétano, Pneumocócica 
23 valente 
- Exames pré-natal: Hemograma, tipagem sanguínea e fator Rh Coombs indireto (se for Rh negativo); Glicemia em 
jejum; Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL; Teste rápido para HIV; Toxoplasmose IgM e IgG; Sorologia 
para hepatite B; Urocultura + sumário de urina; Ultrassonografia (exame morfológico); Exame citopatológico de colo 
de útero (se houver indicação clínica); Exame da secreção vaginal (se houver indicação clínica); Exame parasitológico 
de fezes (se houver indicação clínica) 
- Quimioprofilaxia: Uso de substâncias ou meios químicos para impedir o desenvolvimento de uma doença ou uma 
infecção. 
- Eliminação de focos de vetores de doenças 
- Fluoretação da água 
- Distribuição de preservativos 
- Adoção de medidas ergonômicas e ginástica laboral no ambiente de trabalho, etc. 
3. Diagnóstico e Tratamento Precoce: 
- Exames periódicos de saúde (checkups): Composto por uma anamnese patológica completa (clínica e ocupacional) 
do funcionário, bem como pelo exame clínico completo; dependendo da função que a pessoa desempenha no meio de 
trabalho (e os riscos ocupacionais aos quais está exposto), podem-se exigir exames complementares (Audiometria, 
Acuidade Visual, Espirometria, Laboratoriais, EEG, ECG, Psicotécnico, Raio X, etc), juntamente com o exame clínico 
periódico. 
Exames Semestrais: para monitoramentos biológicos, que visam acompanhar as condições de saúde do trabalhador, 
conforme normatização do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional); 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_primaria_29_rastreamento.pdf
Exames Anuais: para funcionários menores de 18 anos ou com idade a partir de 45 anos, para aqueles que estão 
sujeitos à exposição dos fatores de risco, previstos no PCMSO, causadores do surgimento ou do agravamento de 
doenças ocupacionais e para os trabalhadores que são portadores de doenças crônicas, que exijam acompanhamento 
periódico; 
Exames Bienais: para os funcionários que não estão sujeitos a exposição aos riscos ocupacionais, com idade entre 18 e 
45 anos. 
- Rastreamentos (screenings): Muitos desses testes mostram alterações em fase pré-clínica de doença; outros, em geral 
por meio de técnicas de biologia molecular, permitem identificar indivíduos com maior suscetibilidade de desenvolver 
determinada doença (por exemplo, portadores de alterações genéticas) 
- Auto-exame: Monitoramento para câncer de mama, boca, tireoide, entre outros 
- Intervenções médicas ou cirúrgicas precoces, etc. 
 
 
 
 
 
Critérios para a introdução de um programa de rastreamento 
a doença precisa ter: 
-Impacto significativo na saúde pública 
-Período assintomático durante o qual a detecção é possível 
-Melhora nos desfechos pelo tratamento durante o período sintomático 
 
O teste deve ter: 
-Sensibilidade suficiente para detectar a doença no período assintomático 
-Especificidade suficiente para minimizar os resultados falso-positivos 
-Aceitável para as pessoas 
 
A população rastreada precisa: 
-Ter prevalência suficientemente alta da doença que justifique o rastreamento 
-Cuidado médico acessível 
-Pessoas dispostas a aderir à sequência de investigação e tratamento 
 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um critério de rastreamento deve iniciar com o convite de 
participação e finalizar com o tratamento apropriado dos indivíduos. A OMS estabelece que um programa de 
rastreamento deve seguir os seguintes critérios: 
- Mecanismos para convites sistemáticos e acompanhamento para indivíduos que foram identificados com 
alguma doença pelo teste de rastreamento; 
- A participação de mais de 70% da população alvo para serem subjugados ao rastreamento; 
Objetivo 3: comentar quais são os critérios internacionais de aplicabilidade dos critérios de rastreamento 
- Infraestrutura e recursos necessários para oferecerem o teste periodicamente e adequadamente diagnosticarem 
e tratarem o indivíduo. 
- Monitoramento e regulamentos de avaliação para garantir qualidade. 
 
Há também os princípios de Wilson e Jungner, os quais foram publicados em 1968, porém são considerados clássicos 
e continuam norteando os critérios de rastreamento até os dias de hoje. 
- A doença deve representar um importante problema de saúde pública que seja relevante para a população, 
levando em consideração os conceitos de magnitude, transcendência e vulnerabilidade; 
- A história natural da doença ou do problema clínico deve ser bem conhecida; 
- Deve existir estágio pré-clínico (assintomático) bem definido, durante o qual a doença possa ser 
diagnosticada; 
- Os exames que detectam a condição clínica no estágio assintomático devem estar disponíveis, aceitáveis e 
confiáveis; 
- O benefício da detecção e do tratamento precoce com o rastreamento deve ser maior do que se a condição 
fosse tratada no momento habitual de diagnóstico; 
- O custo do rastreamento e tratamento de uma condição clínica deve ser razoável e compatível com o 
orçamento destinado ao sistema de saúde como um todo; 
- O rastreamento deve ser um processo contínuo e sistemático. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
° - - Laís Flauzino
PROBLEMA 4 – “Caroço na mama” 
 
Aline e Georgia, acadêmicos da UNIRV-Formosa, foram acompanhar atendimento médico na UBS 01 junto com a 
Dra. Joara. Hoje na unidade de saúde é o dia de atendimento de mulheres. No consultório entram mãe e filha para 
consulta. Maria Abadia, mãe, e sua filha Stefany. 
A mãe com 47 anos, relata que há três meses quando estava realizando auto exame das mamas, notou “caroço”, não 
doloroso a palpação da mama direita, do tamanhode uma azeitona. Notou também que ele sempre ficou no mesmo 
lugar, tem crescido de tamanho e seu sutiã tem ficado sujo de uma secreção mal cheirosa e escurecida. 
Dra. Joara iniciou uma anamnese detalhada para esclarecimento do quadro. A paciente relata que fez uma mamografia 
há 7 anos numa campanha mais nem foi buscar o resultado. Relata que devido sua irmã ter adoecido não se preocupou 
muito com a sua própria saúde. Tentando chegar a um diagnóstico Dra. Joara perguntou de que a irmã da Dona Maria 
esteve doente. Esta relatou que a mesma está com Câncer de Mama em tratamento. Sua filha Stefany, relata que 
também notou um “caroço”, na mama, mas ele se movia por toda a sua mama. Afirmou também que naquele 
momento nem estava achando o mesmo. Afirmou que estava preocupada se poderia estar com a mesma doença da tia. 
Dra. Joara cuidadosamente relata que naquele momento iria investigar mais profundamente o “caroço” da sua mãe 
pois pelas características parecia necessitar de mais cuidado. E que posteriormente iria solicitar exames para ela pois 
ela estava com 13 anos e não havia menstruado. 
Para as acadêmicas de medicina, Dra. Joara explica que na prática clínica diária, os médicos fundamentam os seus 
estudos e pesquisas com elevados níveis de evidência, que demostram se determinada decisão a ser tomada é a que 
contém o melhor resultado para os pacientes. 
 
INSTRUÇÃO: COMPREENDER MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS. 
 
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 
• Medicina Ambulatorial - Condutas de Atenção Primária Baseadas Em Evidências - 4ª Ed. 2013. Duncan, 
Bruce B. / Outros. Artmed. 
• El DIB, RP. Como praticar a medicina baseada em evidências. How to practice evidence-based Medicine.J 
Vasc Bras.2007. 
• GUIMARÃES, CA. Medicina Baseada em Evidências. RevColBrasCir, 2009. 
• LOPES, AA. Medicina Baseada em evidências: a arte de aplicar o conhecimento cinetífico na prática clínica. 
RevAssMed Brasil, 2000. 
• MEDEIROS LR & STEIN A. Níveis de Evidência e Graus de Recomendação da Medicina Baseada em 
Evidências. revistaamrigs, porto alegre, 46 (1,2): 43-46, jan.-jun. 2002. 
 
 
 
 
Níveis de Evidência: Corresponde à abordagem realizada para classificar a força de evidência dos estudos científicos; 
se refere ao método utilizado na obtenção de informação ou decisão de acordo com a credibilidade científica. 
 
 
 
 
Desconhecimento da medicina baseada em evidências. 
 
 
 
 
 
Define-se Medicina Baseada em Evidências (MBE) como o emprego consciencioso, explícito e judicioso da melhor 
evidência disponível na tomada de decisões sobre os cuidados de saúde de um paciente. Esta requer a integração da 
melhor evidência com a competência clínica e os valores e as circunstâncias do paciente. A MBE é definida também 
como o elo entre a boa pesquisa científica e a prática clínica. Em outras palavras, a MBE utiliza provas científicas 
existentes e disponíveis no momento, com boa validade interna e externa, para a aplicação de seus resultados na 
Medicina Baseada em Evidências 
Termos desconhecidos 
Problema: 
Objetivo 1: O que é Medicina Baseada em Evidências? Objetivos e princípios 
prática clínica. Quando abordamos o tratamento e falamos em evidências, referimo-nos a efetividade, eficiência, 
eficácia e segurança. A efetividade diz respeito ao tratamento que funciona em condições do mundo real. A eficiência 
diz respeito ao tratamento barato e acessível para que os pacientes possam dele usufruir. Referimo-nos à eficácia 
quando o tratamento funciona em condições de mundo ideal. E, por último, a segurança significa que uma intervenção 
possui características confiáveis que tornam improvável a ocorrência de algum efeito indesejável para o paciente. 
É importante ressaltar que a MBE não nega o valor da experiência pessoal, mas propõe que esta seja alicerçada em 
evidências. Outrossim, boas pesquisas científicas objetivam reduzir a incerteza na área da saúde para ajudar na tomada 
de melhores decisões clínicas. A MBE aliada a soluções, aos protocolos de apoio, à decisão clínica e demais 
informações individualizadas sobre o usuário, obtidas em ferramentas como o Prontuário Eletrônico do Paciente 
(PEP), auxiliam em uma prática mais assertiva, menos custosa e mais segura da medicina. 
www.scielo.br%2Fpdf%2Fjvb%2Fv6n1%2Fv6n1a01.pdf 
https://saudebusiness.com/voz-da-marca/medicina-baseada-em-evidencias-2-o-papel-do-medico/ 
www.scielo.br/pdf/rcbc/v36n5/02.pdf 
 
 
 
 
A prática baseada em evidências focaliza sistemas de classificação de evidências. Geralmente esses sistemas são 
caracterizados de forma hierárquica, dependendo do delineamento de pesquisa, ou seja, da abordagem metodológica 
adotada para o desenvolvimento do estudo. 
A qualidade das evidências é classificada em sete níveis: 
Nível 1 - As evidências são provenientes de revisão sistemática ou metanálise de todos relevantes ensaios clínicos 
randomizados controlados ou oriundas de diretrizes clínicas baseadas em revisões sistemáticas de ensaios clínicos 
randomizados controlados; 
Nível 2 - Evidências derivadas de pelo menos um ensaio clínico randomizado controlado bem delineado; 
Nível 3 - Evidências obtidas de ensaios clínicos bem delineados sem randomização; 
Nível 4 - Evidências provenientes de estudos de coorte e de caso-controle bem delineados; 
Nível 5 - Evidências originárias de revisão sistemática de estudos descritivos e qualitativos; 
Nível 6 - Evidências derivadas de um único estudo descritivo ou qualitativo; 
Nível 7 - Evidências oriundas de opinião de autoridades e/ou relatório de comitês de especialistas. 
Objetivo 2: Comentar os níveis de evidência na prática clínica e diferenciar os graus de recomendação 
https://saudebusiness.com/voz-da-marca/medicina-baseada-em-evidencias-2-o-papel-do-medico/
http://www.scielo.br/pdf/rcbc/v36n5/02.pdf
 
Graus de recomendação: 
Grau I: Existem evidências e/ou consenso geral de que determinado procedimento/tratamento é benéfico, útil e eficaz. 
Grau II: Existem evidências contraditórias e/ou divergência de opiniões sobre a utilidade/eficácia de determinado 
tratamento ou procedimento. 
- Grau II A: Evidências/opinião maioritariamente a favor da utilidade/eficácia. 
- Grau II B: Utilidade/eficácia pouco comprovada pelas evidências/opinião. 
Grau III: Existem evidências e/ou consenso geral de que determinado procedimento/tratamento não é benéfico/ eficaz 
e poderá ser em certas situações prejudicial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
° - - Laís Flauzino
 
PROBLEMA 5 –“SE É SEGREDO...É SAGRADO!” 
Carlos e Antônio, acadêmicos de medicina participavam de uma aula de Misco na Unidade de Saúde 03, auxiliando a 
Dra. Ana Lúcia no atendimento quando receberam o paciente Michel. Este morador de rua, 30 anos, queixando dor 
abdominal, distensão abdominal e vômitos sanguinolentos iniciados há 24 horas. Relata também inapetência 
persistente já há alguns dias. 
Dra. Ana, durante anamnese pergunta ao Michel sobre o uso de drogas. O paciente relata que tem o costume do uso de 
pedras de crack e inalação de tinner. Relata que há 5 anos atrás fez uso em grande quantidade de cocaína e ‘balas”. 
Bebe diariamente cachaça e já fez uso de metanol quando tremia muito pela falta da bebida. Começa a chorar 
relatando que a vida na rua é muito dura e cheia de sofrimento. 
Após momento de muito choro, relata que há um mês tentou se matar bebendo diversos comprimidos de pressão que 
seu amigo lhe ofereceu. Atendido pelo Serviço Móvel de Urgência foi encaminhado ao Pronto Socorro, onde 
recuperou-se e retornou às ruas. Dra Ana avaliou e devido à gravidade do quadro encaminhou para o Hospital 
Regional para realização de exames e internação para investigação da causa do sangramento. 
Após paciente ter sido levado de ambulância para o hospital, Dra Ana comentou com os acadêmicos sobre a 
importância da escuta do paciente e a necessidade do sigilo médico. 
 
INSTRUÇÃO: COMO VOCÊ,ESTUDANTE DE MEDICINA, ENTENDE O SIGILO MÉDICO? 
 
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 
 
• Código de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina (Novo Código de Ética Médica)– Resolução CFM 
nº 2217 de 27/09/2018. 
• LARANJEIRA, R; RIBERIO, M. Drogas ilícitas e efeitos na saúde. 
• MARTINS, GZ. Sigilo Médico. J Vasc Br. 2003. 
• SANTOS, MFO. Limites do segredo médico: uma questão ética. 2012. 
 
 
 
 
✓ MISCO: Medicina Integrada a Saúde da comunidade. 
✓ Distensão abdominal: Aumento de volume do abdômen, algumas causas comuns são alimentação em excesso, 
constipação, gases ou gravidez. 
✓ Vômitos sanguinolentos: Vômito com presença de sangue. 
✓ Inapetência: Falta de apetite. 
✓ Crack: O crack é um subproduto da pasta da cocaína, é produzida quando o cristal de cocaína é aquecido. 
✓ Tíner: Tíner é um solvente para tintas e vernizes. 
✓ Cocaína: É um alcalóide, estimulante, com efeitos anestésicos utilizada fundamentalmente como uma droga 
recreativa. Pode ser aspirada, fumada ou injectada. 
✓ Bala: A gíria bala se refere a qualquer uma dessas drogas: Ecstasy, MDMA, pílula do amor, Helena, cristal, ice, 
entre outras. 
✓ Metanol: Também conhecido como álcool metílico, é obtido pela reação do gás de síntese (produzido a partir de 
origens fósseis, como o gás natural e carvão mineral, uma mistura de H2 com CO passando sobre um catalisador 
metálico a altas temperaturas e pressões). É um solvente industrial que dissolve sais melhor do que o etanol. 
✓ Sigilo Médico: É o segredo médico estabelecido entre médico e paciente. 
 
 
 
Desconhecimento sobre o código de ética médica e a importância dele em nossa vida. 
 
 
 
 
Sigilo Médico 
Termos desconhecidos 
Problema: 
Objetivo 1: Comentar sobre o sigilo médico dentro do código de ética médica 
O segredo médico é instituto milenar, cuja origem já constava no juramento de Hipócrates: “O que, no exercício ou 
fora do exercício e no comércio da vida, eu vir ou ouvir, que não seja necessário revelar, conservarei como segredo” 
(460 a.C). 
A Confidencialidade das informações é um direito do paciente e um dever do profissional. Por isso, o sigilo médico é 
regulamentado em diversos dispositivos da legislação brasileira, além do Código de Ética Médica. 
O Código de Ética Médica, no art. 73, apresenta: é vedado ao médico revelar fato que tenha conhecimento em virtude 
do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente. 
O motivo justo é aquele que pode ser utilizado como justificativa para a prática de um ato excepcional, sustentado em 
razões legítimas e de interesse coletivo. Um exemplo de justa causa para a revelação do segredo médico, seria o caso 
de um candidato ao preenchimento de uma vaga profissional como motorista de transporte coletivo, sendo portador de 
epilepsia. Nesse caso com respaldo na justa causa, o Médico do Trabalho da empresa contratante, ao comprovar a 
doença, deverá comunicá-la aos administradores para que esses tomem a decisão de não contratar o referido 
candidato. 
O dever legal de revelar segredo médico ocorre quando compulsoriamente o sigilo tem de ser quebrado por força de 
disposição legal expressa que assim determina. É o caso do atestado de óbito e da notificação compulsória de doença 
assim considerada. Nestas ocasiões, somente será revelado o diagnóstico, sem nenhum outro comentário. 
O segredo médico poderá ser revelado no atestado médico, por exemplo, a pedido do paciente e para defesa de seus 
direitos. Quanto ao consentimento do paciente, destaca-se que deve ser feito por escrito. 
Por outro lado, registra-se que permanece a proibição de revelar segredo médico: 
● Mesmo que o fato seja de conhecimento público ou o paciente tenha falecido. 
● Quando de seu depoimento como testemunha. 
● Na investigação de suspeita de crime o médico estará impedido de revelar segredo que possa expor o paciente 
a processo penal. 
No caso da Classificação Internacional de Doenças (CID) no atestado médico: Em síntese, a Resolução 1685/2002 do 
Conselho Federal de Medicina (CFM), que normatiza a emissão de atestados médicos, determina que a indicação do 
CID no documento, somente é permitida caso haja AUTORIZAÇÃO EXPRESSA do paciente. 
 
Segundo o CEM, é vedado ao médico: 
Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude 
do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou 
consentimento, por escrito, do paciente. 
Parágrafo único. Permanece essa proibição: a) mesmo que o 
fato seja de conhecimento público ou o paciente tenha falecido; 
b) quando de seu depoimento como testemunha (nessa hipótese, 
o médico comparecerá perante a autoridade e declarará seu 
impedimento); c) na investigação de suspeita de crime, o médico 
estará impedido de revelar segredo que possa expor o paciente a 
processo penal. 
Art. 74. Revelar sigilo profissional relacionado a paciente 
criança ou adolescente, desde que estes tenham capacidade de 
discernimento, inclusive a seus pais ou representantes legais, salvo 
quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente. 
Art. 75. Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir 
pacientes ou imagens que os tornem reconhecíveis em anúncios 
profissionais ou na divulgação de assuntos médicos em meios de 
comunicação em geral, mesmo com autorização do paciente. 
Art. 76. Revelar informações confidenciais obtidas quando 
do exame médico de trabalhadores, inclusive por exigência dos 
dirigentes de empresas ou de instituições, salvo se o silêncio puser 
em risco a saúde dos empregados ou da comunidade. 
Art. 77. Prestar informações a empresas seguradoras sobre as 
circunstâncias da morte do paciente sob seus cuidados, além das 
contidas na declaração de óbito, salvo por expresso consentimento 
do seu representante legal. 
Art. 78. Deixar de orientar seus auxiliares e alunos a respeitar o 
sigilo profissional e zelar para que seja por eles mantido. 
Art. 79. Deixar de guardar o sigilo profissional na cobrança de 
honorários por meio judicial ou extrajudicial. 
 
 
 
 
 
 
 
Princípios fundamentais – item IX: 
 
 O estudante guardará sigilo a respeito das informações obtidas a partir da relação com os pacientes e com os serviços 
de saúde. 
 
 Eixo 3: Relações interpessoais do estudante. 
 
Art. 28: O estudante de medicina deve respeitar a privacidade, que contempla, entre outros aspectos, a intimidade e o 
pudor dos pacientes. 
Art. 29: A quebra de sigilo médico é de responsabilidade do médico assistente, sendo esse ato vedado ao acadêmico de 
medicina. 
Art. 32: O estudante de medicina deve manusear e manter sigilo sobre informações contidas em prontuários, papeletas, 
exames e demais folhas de observações médicas, assim como limitar o manuseio e o conhecimento dos prontuários 
por pessoas não obrigadas a sigilo profissional. 
 
 Eixo 4: Responsabilidade do estudante com seus estudos/formação. 
 
Art. 34: É permitido o uso de plataformas de mensagens instantâneas para comunicação entre médicos e estudantes de 
medicina, em caráter privativo, para enviar dados ou tirar dúvidas sobre pacientes, com a ressalva de que todas as 
informações passadas tenham absoluto caráter confidencial e não possam extrapolar os limites do próprio grupo, 
tampouco circular em grupos recreativos, mesmo que compostos apenas por médicos e estudantes. 
 
Art. 49 O Estudante deve manter sigilo e confidencialidade das 
informações e fatos, sobre o paciente, de que tenha conhecimento no exercício da atividade médico-estudantil. 
 
Art. 50 É vedado ao Estudante revelar sigilo relacionado aopaciente menor de idade com capacidade de 
discernimento, inclusive a seus pais ou representantes legais, conforme disposto no Estatuto da Criança e do 
Adolescente (Lei 
nº 8069/90). 
 
Parágrafo único: Nos casos em que o menor de idade não possua capacidade de discernimento ou quando a não 
revelação possa acarretar dano ao paciente, autoriza-seao Estudante de Medicina 
 revelar o sigilo aos pais ou aos representantes legais, em caráter excepcional. Nesse cenário deverá 
apoiar-se na orientação e parceria com o Preceptor. 
 
 
Art. 51 É vedado ao Estudante de Medicina permitir o manuseio ou o conhecimento de prontuários, papeletas e 
demais 
registros e observações médicas sujeitas ao segredo profissional, por pessoas que não estejam obrigadas ao mesmo 
compromisso. 
Objetivo 2: definir os princípios éticos do sigilo médico dentro do código de ética médica do estudante 
de medicina

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