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Semiologia do Sistema Endócrino
Referências: Endocrinologia Clinica de Levi
Principais glândulas do sistema endócrino e seus hormônios
Introdução
De um modo geral, a avaliação semiológica do sistema endócrino vai se dá mais de modo indireto por se tratarem de glândulas endócrinas internas no organismo, podendo ser perceptíveis alterações com exames de imagem, exames laboratoriais, modificações queixadas ou sinais apresentados pelo paciente durante a história clínica, o exame físico não é amplamente tão explorado, como em outros sistemas. Por isso nesse contexto é importante que a anamnese seja feita de modo muito atento e completo, pois as alterações hormonais produzem sinais muito variados e as vezes sutis que exige atenção para diagnosticar. 
Os distúrbios das glândulas endócrinas desse sistema vão se apresentar sob duas formas opostas: com a diminuição ou ausência de produção hormonal (hipofunção glandular) ou o excesso de secreção hormonal (hiperfunção glandular). Dependendo da forma escolhida, da glândula e do hormônio envolvido os sinais e sintomas vão se delinear no paciente e caracterizar a disfunção, de um modo geral as disfunções endócrinas são reversíveis com o tratamento, contudo certas disfunções tidas na infância, que é uma fase impar no desenvolvimento, podem gerar um grau de comprometimento no desenvolvimento que se trona irreversível, por exemplo, o gigantismo e acromegalia. 
Dados relevantes durante a Anamnese
Durante a história clinica são apresentados pelo paciente diversas informações, sinais e sintomas que são importantes e é necessário estar atento, pois os mesmos vão auxiliar na chegada do diagnóstico. Esses são: na identificação o nome, a procedência e a naturalidade, pois o nome pode não ser compatível com as características físicas apresentadas podendo indicar disfunção envolvendo hormônios sexuais ou o paciente pode ser um paciente trans e fazer terapia hormonal o que exige atenção, também na localidade é importante estar atento, pois existem doenças que são endêmicas em alguns lugares, ou características da localidade o que tornam certas doenças mais prevalentes ali, como o bócio endêmico, a etnia é importante também, por uma questão genética e cultural, pois certas doenças são mais prevalentes em alguns grupos étnicos, em hábitos de vida também está atento a alimentação e atividade diárias, em história familiar e pessoal está atento a casos de doenças endócrino-metabolicas na família como diabetes e dislipidemias, puberdade (se ocorreu no tempo correto, e com desenvolvimento normal dos órgãos sexuais), cirurgias e complicações cirúrgicas, traumas cranioencefálicos (alterar o eixo hipotálamo- hipófise), gravidez, partos, abortos, menarca e climatério, na HMA e antecedentes fisiopatológicos está atento ao uso de medicações como corticóides, uso de suplementos, esteróides e hormônios, e outras comorbidades associadas, dá atenção a queixas clínicas como: ganho ou perda repentina de peso sem dieta ou exercício prévio, polidipsia (sede em excesso), poliúria (aumento do volume urinário), polifagia (fome em excesso), alterações no ritmo intestinal, redução da libido, inapetência (ausência de apetite), queixas de queda de cabelo, irritabilidade, sonolência, insônia, alterações de humor, fraquezas, entre muitas outras.
 OBS: A tríade poliúria, polidipsia e polifagia são um indicativo bem grande de uma possível diabetes.
Exame físico
Um ponto muito relevante no exame físico é a coleta dos dados antropométricos, pois as disfunções endócrinas mais comuns surgem associadas a alterações metabólicas e com isso promove variações nas medidas do individuo. Nos dados antropométricos devem sem anotados, a altura, o peso, a circunferência abdominal, circunferência do quadril, a envergadura, o IMC e a relação cintura quadril.
OBS: O IMC não é um dado indicativo perfeito para classificar a situação corporal de cada individuo, por exemplo, o IMC em crianças que divido a baixa estatura e baixo peso não consegue encontrar um parâmetro de comparação na escala, por isso são usadas curvas especificas que acompanham o IMC ideal para a criança em cada fase do desenvolvimento, outra exceção do IMC é o caso dos atletas que tem uma grande carga de massa magra por isso pesam muito mais tem baixa estatura, fazendo o IMC ser alto mesmo eles não se enquadrando dentro de um quadro de obesidade, por isso nesses casos utiliza-se a relação cintura quadril para avaliar a situação corporal do individuo. 
 
 
OBS: Muito diferente do que é feito a medida de circunferência de cintura não é no umbigo, e sim, no ponto médio entre a última costela e a saliência da curvatura do ílio no quadril.
Além das curvas de IMC infantil para avaliar o desenvolvimento da criança na endocrinologia realiza-se o cálculo da estatura esperada, chamada Estatura Alvo, no qual usa a altura do pai e da mãe, e um desvio padrão conhecido entre as alturas medidas de crianças daquela faixa etária, essa medida é usada para avaliar se a criança está tendo o seu crescimento normal dentro do seu potencial genético normal esperado. 
Ainda no exame físico geral deve ser medida a pressão arterial, a glicemia capilar, a frequência cardíaca e deve ser olhada a distribuição da gordura corporal, se é andróide ou ginecóide, andróide é mais comum nos homens e ginecóide nas mulheres, a ginecóide mostra uma concentração de gordura nos seio e no quadril que não é muito comum na andróide dos homens. Isso é importante, pois em síndromes de hipercortisolismo pode haver uma hipertensão secundária, em casos de diabetes há uma hiperglicemia, em casos de síndrome metabólica em que há a obesidade, HAS e DM juntas, em caso de feocromocitoma com hipersecreção de catecolaminas há uma arritmia secundária (FC alterada), em síndromes como a síndrome de Cushing há uma distribuição anormal da gordura corporal com uma concentração na região central do abdômen e no rosto gerando uma face de formato redondo, também na síndrome de Turner em que a envergadura supera a altura, mostrando diferenças no desenvolvimento.
Durante a inspeção do exame físico é necessário avaliar a presença, quantidade e distribuição dos pelos no corpo alterações no pelo corporal tem conexão com disfunções hormonais, a ausência de pelos dependendo da idade pode indicar um atraso puberal, um padrão masculino de distribuição de pelos em mulheres pode indicar disfunções hormonais envolvendo a testosterona, identificar também presença de hipertricose (crescimento anormal de pelos em qualquer área do corpo) e hirsurtismo (crescimento com padrão de distribuição masculina de pelos, como pelos no rosto), virilização (padrões masculinos em mulheres como agravamento da voz, crescimento do clitóris e redução da mama).
Escala de Ferriman e Gallwey
É usada pra avaliar e classificar a distribuição dos pelos corporais do individuo analisando 9 áreas do corpo do mesmo e quantificando de 1 a 4 em cada área se essa pontuação em uma mulher for igual a 8 já se considera hirsurtismo.
Sinais, Sintomas e Fáceis 
Cada disfunção hormonal tem seus sinais e sintomas típicos que caracterizam e ajudam a identificar cada doença, por exemplo, o hipercortisolismo tem como característica em seus pacientes a face cushingoide (figura 1) que é um rosto inchado de formato arredondado em formato de lua, a doença de Addison causada por uma hipersecreção de ACTH gera a fáceis de Addison (figura 2) que é uma face escurecida com pele e mucosas hiperpigmentadas, isso porque na doença de Addison o ACTH em excesso estimula os melanócitos que produzem e depositam o pigmento gerando esse aspecto. 
 Figura 1 Figura 2 
 
No hipertireoidismo as fácies mixedematosa (figura 3) são características desse quadro, a face mixedematosa é geralmente arredondada, nariz grosso, pele seca, com semblante de apatia e desânimo, essa face também é comum em casosde mixedema, em casos de hipotireoidismo neonatal é possível ver também a apresentação de uma face mais edemaciada com macroglossia. No hipertireoidismo temos as fácies basedowiana (figura 4) seu traço característico reside em olhos salientes (exoftalmia) e brilhantes, destacando-se sobremaneira no rosto magro, tem um aspecto de espanto e ansiedade, pode ser acompanhada pela presença de um bócio. A exoftalmia também está presente na Doença de Graves.
OBS: Mixedema é um edema endurecido comum na face e membros inferiores. 
 Figura 3 Figura 4
 
 Figura 5 Figura 6
 
A exolftalmia associada à doença de Graves está conectada a além do hipertireoidismo já característico, também a um processo inflamatório dos autoanticorpos nas mucosas oculares que a doença de Graves, doença autoimune, causa levando a um aspecto avermelhado e irritado nas mucosas. 
 Na região de cabeça e pescoço do exame endócrino é importante olhar a presença de pescoço alado (figura 6) e a implantação das orelhas (figura 9), pois são sinais indicativos de algumas síndromes genéticas, como a síndrome de Turner, e por isso necessita de atenção, pois esses pacientes precisam de um acompanhamento endócrino, o hálito do paciente também deve ser atentado hálito cetônico (cheiro de maça podre) é indicativo de processos de acidose metabólica como a cetoacidose na diabetes, o campo visual do paciente também deve ser verificado, pois o quiasma óptico se localiza próximo a hipófise e o hipotálamo tumores nessa região dependendo do tamanho podem comprimir o nervo óptico que passa por ali e alterar a visão. No pescoço é importante notar também a presença de bócio, nódulos, cicatrizes de prováveis cirurgias na região e outras alterações na tireóide (figuras 7 e 8). 
No tórax podem ser percebidas alterações como a ginecomastia (figura 10) e a galactorreia (Figura 11), a ginecomastia é o crescimento anormal das mamas em homens é comum em síndromes genéticas como a de Klinefelter, e é comum também em casos de disfunção hormonal de hormônios sexuais como a baixa de testosterona, a galactorreia é o surgimento incomum de leite nas mamas fora do período de lactação nas mulheres, e em homens de modo anormal, esse sintoma pode ser indicativo de um distúrbio envolvendo a prolactina como o prolactinoma.
 Figura 7 Figura 8
 
 Figura 9 Figura 10 Figura 11 
No abdômen dentro do exame endócrino é importante olhar a presença de massas, concentração de gordura, abaulamentos, presença de manchas ou estrias, estrias violáceas (figura 12) na região abdominal é um sinal comum dentro da síndrome de Cushing, assim como essa concentração de gordura na região abdominal (figura 13), além disso a presença de massas ou abaulamento pode significar nódulos, aumentos anormais de glândulas endócrinas que se localizam no abdômen como as suprarrenais e o pâncreas. 
 Figura 12 Figura 13 Figura 14
 
Nos órgãos genitais é importante inspecionar se a genitália foi corretamente desenvolvida, se há alterações significativas nas mesmas, se tem a presença de genitália ambígua, ou atrofia de genitália, se tem cliteromegalia, a presença de pelos, se o testículo está no lugar correto com o tamanho correto, o crescimento peniano, essa avaliação do tamanho testicular é feito com o auxilio do orquidometro de Prader (figura 14), nas meninas o crescimento das mamas, presença de pelos, genitália bem desenvolvida. 
Na pele e fâneros é importante notar a presença de xantomas (figura 16), que são depósitos de gordura no tecido subcutâneo da pele, estes podem aparecer em diversas partes do corpo inclusive nas pálpebras, quando aparecem nas pálpebras são chamados de xantelasma (figura 15), a presença destes é indicativo de dislipidemia que pode ser gerada por: disfunções metabólicas envolvendo os hormônios da tireoide ou por doenças hepáticas. A hiperpigmentação das mucosas (figura 19) em casos como a doença de Addison é um outro sinal clinico importe na pele para se estar atento, assim como a acantose nicaris que (figura 17 e 18) são manchas escurecidas na pele que aparecem comumente em regiões de dobra como o pescoço, as axilas, essas hiperqueratoses são indicativos de resistência a insulina, como a diabetes tipo 2. 
 Figura 15 Figura 16 
 
 Figura 17 Figura 18
 
 Figura 19 Figura 20
 
Na avaliação de membros, olhar a região do pé é fundamental, pela questão do pé diabético (figura 20) pacientes diabéticos sofrem mais com desidratação, pois o corpo retém mais água para compensar a hiperglicemia, deixando a pele do paciente portador mais frágil, essa hiperglicemia em excesso é tóxica ao organismo e danifica muitos vasos e nervos levando ao corpo a um estado de inflamação, então é comum a perda de sensibilidade, má circulação e edema em membros de pacientes diabéticos, devido a esse conjunto de fatores é mais difícil para o paciente diabético realizar o processo de cicatrização. Essas lesões no pé diabético se instauram e são mais devido a serem regiões de muito contato, regiões que sofrem com ressecamento e pela perda de sensibilidade nesses locais devido a neuropatia diabética. As lesões podem aparecer de diversas formas, desde ulceras (figura 22) até um processo de necrose (figura 21).
 Figura 21 Figura 22
 
Ainda dentro da avaliação de membros nas articulações, o diabetes devido a hiperglicemia pode lesionar articulações com o endurecimento das mesmas, levando a artropatias, durante o exame físico com a realização do “Sinal da prece” (figura 23) é possível diagnosticas um dessas artropatias a artropatia das mãos. 
Sinais do exame físico
· Sinal da prece: Artropatia devido a diabetes, pedir ao paciente para unir as mãos. (Figura 23)
· Sinal de Chvostek: percussão do nervo facial, sinal positivo quando durante a percussão há uma responsividade do paciente com contração facial, e o inverso é negativo, esse é indicativo de hipocalemia. (Figura 24)
· Sinal de Trousseau: compressão dos músculos do carpo e como resposta há um espasmo carpal, uma contratilidade da mão, é um sinal de hipocalemia. (Figura 25) 
· Sinal de Pemberton: pede se para o paciente erguer ambos os braços e quando positivo imediatamente o paciente começa a ficar com o rosto ruborizado, isso acontece pois o paciente tem um bócio mergulhante e quando o paciente levanta os braços esse bócio se desloca e passa a comprimir vasos que irrigam a cabeça e pescoço causando a hiperemia, auxilia no diagnósticos de bócios não tão evidentes. (Figura 26)
 Figura 23 Figura 24
 
 Figura 24 Figura 25 
 
Figura 26
Olhar clínico
· O inicio na puberdadenas mulheres é o surgimento dos seios (telarca) e nos homens é o crescimento dos testículos.
· Doença de Graves: é uma doença auto-imune, que gera uma anomalia no funcionamento da glândula tireóide.
· Hipertireoidismo: hiperfunção da glândula tireóide com conseqüências patológicas.
· Hipotireoidismo: hipofunção da glândula tireóide com conseqüências patológicas.
· Síndrome de Sheeran: Hemorragia na hipófise secundária a uma hemorragia no parto, que causa a hipofunção da hipófise com deficiência dos hormônios hipofisários.
· Síndrome metabólica: portador de HAS e DM, sobrepeso, a circunferência abdominal e pressão arterial são critérios para enquadrar o paciente como portador de síndrome metabólica. 
		Gabriela Sodré= MED 3°

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