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abordagem sistêmica A organização pode ser vista como um sistema que interage com o seu ambiente, ou seja, que recebe insumos (inputs). Realiza o processamento desses insumos e apresenta saídas (outputs) para o ambiente. A abordagem sistêmica da Administração tem sua gênese na denominada Teoria Geral dos Sistemas (TGS), desenvolvida em meados de 1950 pelo biólogo alemão Ludwig von Bertalanffy. A Teoria Geral dos Sistemas tem o enfoque explicativo e descritivo, ou seja, descreve, analisa e explica as organizações, a m de que o administrador escolha a maneira apropriada de lidar com elas, em vez de prescrever como o administrador deverá lidar com as organizações em todas as situações. abordagem sistêmica – visão do ser humano O ser humano desempenha papéis no sistema em que se insere, sendo guiado por inventivos mistos. O homem funcional tem expectativas sobre os papéis das outras pessoas no sistema e busca deixar claras essas expectativas, reforçando ou modificando os papéis dos indivíduos. teoria geral dos sistemas - conceitos ✓ Conjunto de elementos em interação recíproca; ✓ Conjunto de partes reunidas que se relacionam entre si formando uma totalidade; ✓ Conjunto de elementos interdependentes, cujo resultado final é maior do que a soma dos resultados que esses elementos teriam caso operassem de maneira isolada; ✓ Conjunto de elementos interdependentes no sentido de alcançar um objetivo ou finalidade; ✓ Grupo de unidades combinadas que formam um todo organizado cujas características são diferentes das características das unidades; ✓ Um todo organizado ou complexo; um conjunto ou combinação de coisas ou partes, formando um todo complexo ou unitário orientado para uma finalidade. abordagem sistêmica – teoria geral dos sistemas A abordagem sistêmica trouxe um pensamento transformador em relação à abordagem clássica da administração. Antes, na abordagem clássica, havia uma visão de reducionismo (decomposição do todo em cada detalhe), como também o pensamento analítico (análise de cada detalhe) e o mecanicismo (organização como máquina). A partir da abordagem sistêmica, houve a preocupação com o expansionismo (olhar o “todo”, no qual a parte se insere), com o pensamento sintético (sintetizar as coisas pelo papel que exercem no todo) e com a teleologia (a causa é uma condição necessária, mas nem sempre levará a uma dada consequência). A visão organizacional a partir dos sistemas: a empresa (ou organização) é um sistema aberto que interage com o ambiente para receber insumos de todas as naturezas e fornecer produtos ou serviços como resultados do seu processamento interno. teoria geral dos sistemas - características A Teoria Geral dos Sistemas promove que as organizações sejam vistas como sistemas que vão possuir interação, integração, inter-relacionamento e interdependência entre as partes integrantes de uma organização. teoria geral dos sistemas - premissas ✓ Os sistemas estão dentro de sistemas maiores; ✓ Os sistemas são abertos e interagem com o ambiente; ✓ As funções exercidas pelo sistema dependem da sua estruturação. Teoria geral dos sistemas – visão de sistema 1. Insumos ou entradas (inputs): aquilo que organização recebe do ambiente, justamente por não ser uma estrutura autossuficiente. Dividem-se em recursos transformadores e recursos transformados. Os recursos transformadores ou de transformação são compostos por instalações (prédios, equipamentos, tecnologia) e funcionários (pessoas que operam as instalações). Os recursos a serem transformados são materiais, informações e consumidores. 2. Sistemas abertos necessitam transformar o que recebem do ambiente. Em síntese, é um arranjo das entradas (inputs) para gerar resultados. A parte de processamento é vista como uma “caixa-preta”, ou seja, nessa análise, não se sabe ao certo o que é executado dentro do processamento (“probabilístico”). Esse conceito é também chamado de Black Box. 3. É a exportação dos resultados da organização para o seu meio ambiente. 4. Retroação, retroalimentação, retroinformação ou feedback: comparação da saída com um critério ou padrão previamente estabelecido. Esse conceito tem por finalidade controlar ou monitorar. Também busca incorporar ação-resposta 5. para certas situações com parâmetros previamente estabelecidos; é nesse sentido que se diz que o feedback pode propiciar uma situação em que o sistema se torne autorregulador. 6. Ambiente que interage com a organização. teoria geral dos sistemas Diferenciação: é a tendência à multiplicação e à elaboração de funções, o que proporciona multiplicação de papéis e diferenciação interna. Os padrões difusos e globais são substituídos por funções especializadas, hierarquizadas e diferenciadas. Equifinalidade: enfatiza que um sistema pode alcançar, por uma variedade de caminhos, o mesmo resultado final, partindo de diferentes condições iniciais. Limites: a organização como um sistema aberto possui fronteiras entre o sistema e o ambiente. Simbiose: relação necessária entre organismos diferentes. Sinergia: são relações em que as ações cooperativas de agentes independentes produzem efeitos totais maiores que as somas de seus efeitos tomados independentemente. Ciclo de eventos: as atividades geradas pelo intercâmbio de energia têm um padrão de caráter cíclico – o que é exportado para o ambiente proporciona energia para a repetição do ciclo de atividades. teoria geral dos sistemas – visão da organização 1. A organização é um sistema aberto, em constante interação com o meio, recebendo matéria-prima, pessoas, energia e informações e transformando-as ou convertendo-as em produtos e serviços que são exportados para o meio ambiente. 2. A organização é um sistema com objetivos ou funções múltiplas que envolvem interações múltiplas com o meio ambiente; 3. A organização é um conjunto de subsistemas em interação dinâmica uns com os outros; 4. Os subsistemas são mutuamente dependentes e as mudanças ocorridas em um deles afetam o comportamento dos outros; 5. A organização existe em um ambiente dinâmico que compreende outros sistemas. O funcionamento da organização não pode ser compreendido sem considerar as demandas impostas pelo meio ambiente; 6. Os múltiplos elos entre a organização e seu meio ambiente tornam difícil a clara definição das fronteiras organizacionais. A abordagem sistêmica considera a organização como integrante de um sistema maior, ou seja, há a interação com o ambiente interno e externo. Assim, em virtude de ser influenciada por um sistema maior (seu ambiente externo), estuda a organização de fora para dentro. Na abordagem sistêmica, o todo é maior que a soma das partes; logo, considera o elemento maior e condicionador (ambiente) em direção ao elemento menor, condicionado (organização). No ambiente externo são encontrados todos os elementos que, atuando fora de uma organização, são relevantes para as suas operações. As organizações captam insumos no ambiente externo, transformam em produtos ou serviços e devolvem ao ambiente. teoria geral dos sistemas - probabilística Comportamento probabilístico: as organizações são sempre afetadas pelas variáveis externas desconhecidas e incontroladas. Por essa razão, as organizações não podem esperar desse ambiente um comportamento previsível e de acordo com suas expectativas teoria geral dos sistemas - entropia Considerando a perspectiva sistêmica, a tendência à entropia é uma das principais ameaças que uma organização enfrenta na interação com o ambiente. A entropia é um termo utilizado na teoria dos sistemas e se refere ao processo pelo qual todas as formas organizadas tendem à exaustão, à desorganização, à desintegração, à morte. Para sobreviver, os sistemas abertos precisam se mover para deterem esse processo entrópico e se reabasteceremde energia. A esse processo chamamos de entropia negativa (negentropia ou sintropia). Obs.: Entropia = algo ruim para a organização; negentropia = algo bom para a organização. teoria geral dos sistemas - esquema
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