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TCC - Engenharia Ambiental 2020 rev final Andre

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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO – “PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY”
UNIGRANRIO ESCOLA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
ENGENHARIA AMBIENTAL
LORENA CRUZ BÉLIS
NOVAS DIRETRIZES SOBRE O DESCARTE DE RESÍDUOS ELETROELETRÔNICOS, REAPROVEITAMENTO E
LOGÍSTICA REVERSA
DUQUE DE CAXIAS
2020
LORENA CRUZ BÉLIS
NOVAS DIRETRIZES SOBRE O DESCARTE DE RESÍDUOS ELETROELETRÔNICOS, REAPROVEITAMENTO E
LOGÍSTICA REVERSA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola de Ciência e Tecnologia da Universidade do Grande Rio – “Prof. José de Souza Herdy”, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Ambiental.
Orientador: André Leone Riguetti
DUQUE DE CAXIAS
2020
FICHA CATALOGRÁFICA A SER ELABORABORA PELA BIBLIOTECA
A solicitação da ficha catalográfica deverá ser realizada através do e-mail da Biblioteca do seu Campus/Unidade.
Para a elaboração da ficha catalográfica o usuário deverá encaminhar:
· Folha de Rosto (a que consta o nome do orientador);
· Sumário;
· Resumo;
· Introdução;
· Total de páginas.
Além desses itens, é imprescindível indicar o nome do Curso (graduação, especialização, mestrado, doutorado) e se o trabalho possui ilustrações.
A ficha catalográfica é realizada pelos Bibliotecários de cada Campus/Unidade, sendo entregues, por e-mail, no prazo máximo de cinco dias úteis da data de envio da solicitação.
Abaixo, os e-mails das Bibliotecas:
· Duque de Caxias: bt.caxias@unigranrio.edu.br
LORENA CRUZ BÉLIS
NOVAS DIRETRIZES SOBRE O DESCARTE DE RESÍDUOS ELETROELETRÔNICOS, REAPROVEITAMENTO E
LOGÍSTICA REVERSA
Trabalho de conclusão de curso apresentado à Escola de Ciência e Tecnologia da Universidade do Grande Rio “Prof. José de Souza Herdy”, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Ambiental.
Aprovada em de de 2020.
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Prof. Me. André Leone Riguetti – Orientador
Universidade do Grande Rio
__________________________________________
Marlon Demauir Cozine Silva 
Universidade do Grande Rio
__________________________________________
[nome do professor]
[nome da Instituição do professor]
DEDICATÓRIA
Senhor, foste Tu que me ensinaste que nada é impossível, que perante qualquer dificuldade quem acredita no teu amor encontrará o caminho da superação. Assim, meu Deus, a Ti dedico e agradeço por mais esta conquista. Em alguns dias duvidei que seria capaz, mas sentia Tua mão me amparando e Teu amor me guiando.
Ninguém triunfa sem ajuda e o melhor de cada vitória é poder dividi-la com quem é importante para nós. Por isso, eu quero compartilhar minha alegria e dedicar minha gratidão a todos que fazem parte da minha vida! O sentimento é único diante de um momento tão especial, afinal, é o momento que abriga emoções indescritíveis, proporciona experiências singulares e faz com que pessoas tão diferentes tornem-se tão próximas.
O que nos faz ser grandes é não perder o futuro de vista!
Lorena Cruz Bélis
 
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pelo que conquistei até agora, mas peço a Ele para me dar sabedoria para conquistar muito mais. Sou grata pela vida e por algumas pessoas que fazem parte dela, mas acima de tudo grata a Deus por me conceder tudo isso. Esta é mais uma conquista e eu não conseguiria sem alguns apoios que tive e muito menos sem estar nos planos de Deus para minha vida. Meu segundo canudo, minha segunda graduação e a certeza da continuação de muitas conquistas que virão.
Lágrimas? Foram muitas e muitas. A vontade de desistir por vezes foi insistente, mas quando Deus projeta algo para sua vida Ele envia sustento até o último momento. Aos meus pais muita gratidão, pela educação e pelo orgulho que sempre proclamaram ao meu respeito. A minha irmã, que por mais uma vez manteve toda sua compreensão nos meus surtos de estresse. A minha companheira de caminhada Marleide Sabóia, sempre me ajudando, apoiando nos estudos e dividindo momentos bons e ruins que passamos e a minha amiga Roberta Matos, minha incentivadora, pupila e fã (risos). Mais uma vez ao meu orientador André Leone Riguetti, que com toda calmaria e ao mesmo tempo correria me auxiliou até o momento final, como sempre com as melhores orientações. 
Lorena Cruz Bélis
“O ambiente é o que somos em nós mesmos. Nós e o ambiente somos dois processos diferentes; nós somos o ambiente e o ambiente somos nós."
Jiddu Krishnamurtil
RESUMO
	Quase todo lixo eletrônico no Brasil possui seu descarte realizado de forma incorreta. Tecnologicamente falando, através de estudos realizados no ano de 2018, o tempo médio de vida de um smartphone é de 18 meses. Através do avanço da tecnologia, os equipamentos eletrônicos alcançam uma obsolescência muito rápida tendo seu espaço de tempo diminuído nas indústrias devidos as inovações que vão surgindo. De acordo com a chegada de um aparelho novo as lojas, outros tantos vão sendo “aposentados” e assim o que era uma novidade, acaba se tornando um problema.
	Com este estudo abordaremos as soluções e inovações que foram surgindo para mitigação deste problema, informando as formas adequadas para destinação e reaproveitamento destes produtos que seriam descartados sem nenhum tipo de valor e incentivando o consumo consciente dos mesmos. Também serão abordadas questões legislativas, projetos para coleta e criação de cooperativas e demais locais que possam ser apoio para recolhimento dos REE.
Palavras-Chave: Electronic Waste, Advance, Recycling, Reverse Logistics, Cooperatives. 
ABSTRACT
Almost all electronic waste in Brazil is disposed of incorrectly. Technologically speaking, through studies carried out in 2018, the average lifetime of a smartphone is 18 months. Through the advancement of technology, electronic equipment has reached very rapid obsolescence with its time span in industries due to the innovations that are emerging. 
With this study we will address the solutions and innovations that have emerged to mitigate this problem, informing the appropriate ways for the destination and reuse of these products that would be discarded without any type of value and encouraging their conscious consumption. Legislative issues, projects for the collection and creation of cooperatives and other places that can support the collection of REE will also be addressed.
Keywords: Electronic Waste, Advance, Recycling, Reverse Logistics.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
	Figura 1: Produtores de E-lixo
	Pág.16
	Figura 2: Potencial econômico da mineração urbana no Mundo
	Pág. 23
	Figura 3: Potencial econômico da mineração urbana no Brasil
	Pág. 23
	Figura 4: Galpão da Cooperativa E-lixo
	Pág. 26
	Figura 5: Entrada do resíduo no destinador final
	Pág. 33
	Figura 6: Pátio - Galpão
	Pág. 34
	Figura 7: Triagem para reciclagem
	Pág. 35
	Figura 8: Fluxo da Planta de Reciclagem
	Pág. 36
	Figura 9: Materiais resultantes do processo de descaracterização e separação
	Pág. 43
 
LISTA DE TABELAS 
	Tabela 1 – Categorias de REEE segundo a Convenção de Basileia
	Pág. 17
	Tabela 2 – Categorias de REEE segundo a Diretiva WEEE
	Pág. 17
	Tabela 3 – Categorias de REEE segunda a ABINEE
	Pág. 18
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABINEE – Associação Brasileira da Indústria Eletrônica
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
Abrabat - Associação Brasileira de Baterias Automotivas e Industriais
CDF - Certificado de Destinação Final
CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente
DOU – Diário Oficial da União
Iber - Instituto Brasileiro de Energia Reciclável
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
LO – Licença Operacional
MTR - Manifestos de Transporte de Resíduos 
NBR – Norma Brasileira
MMA – Ministério do Meio Ambiente
OIT - Organização Internacional do Trabalho
ONU – Organização das Nações Unidas
REE - Resíduos Eletro Eletrônicos
SP – São Paulo
UNU – Universidade das Nações Unidas
WEEE - Waste Electrical and Electronic EquipmentSUMÁRIO
Sumário
1. INTRODUÇÃO	13
2. OBJETIVOS	15
2.1 Objetivo Geral	15
2.2 Objetivo Específico	15
3. JUSTIFICATIVA	15
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	16
4.1 Lixo eletrônico no Brasil	16
4.2 Perigos do Lixo eletrônico	18
4.3. Leis e Projetos	19
4.3.1 Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS – Lei 12.305/2010)	19
4.3.2 Projeto de Lei 2940/2015 não sancionado	20
4.3.4 Novas regras para recolhimento do Lixo Eletrônico	21
4.3.5 Potencial Econômico do Lixo Eletrônico	22
4.3.6 Cinco passos para a reciclagem do lixo eletrônico	23
4.3.7 Cooperativas Lixo Eletrônico	25
4.3.8 Cooperativas Lixo Eletrônico – Rio de Janeiro	26
4.3.9 Logística Reversa	28
4.3.10 Programa Lixão Zero	30
5. METODOLOGIA / ESTUDO DE CASO	31
5.1 Book de Reciclagem São Lourenço Ambiental	33
5.2 Fluxo da Planta de reciclagem de eletroeletrônicos do destinador final	36
5.3 Fluxo Tecnológico - Reprocessamento de Lixo Tecnológico	38
6. DISCUSSÕES	41
7. CONCLUSÃO	46
8. SUGESTÕES FINAIS	48
	
1. INTRODUÇÃO
	Resíduos eletroeletrônicos (REE) ou Sucata Eletrônica são os equipamentos eletrônicos obsoletos ou descartados. Para esta definição podemos incluir equipamentos como computadores, telefones, televisores, impressoras, celulares e outros. Realizar uma destinação correta deste resíduos torna-se fundamental para o meio ambiente, pois estes possuem metais altamente tóxicos em sua composição. A implantação de um processo de reciclagem tem, entre outras, as vantagens de preservação ambiental, geração de emprego e renda, economia na importação de matérias primas, economia na exploração de recursos naturais, bem como redução de custo de produção pelo aproveitamento de produtos recicláveis pela indústria (ALMEIDA; SOUSA, 2008). 
Importante salientar, que há, não só no Brasil, uma falta de fiscalização no que tange ao descarte devido dos REE, isto contribui para que o equipamento como um todo ou pelo menos parte dele seja descartado como lixo comum (não passível de reciclagem), deixando de serem consideradas as substâncias químicas de seus componentes. 
Com o avanço tecnológico e o descarte inadequado mais acelerado torna-se necessário a implementação de novas medidas e aprimoramento dos decretos e leis já existentes para que sejam efetivas e eficazes. 
No ano de 2009, segundo o relatório da ONU, o Brasil era considerado o maior produtor per capta de eletrônicos estando entre os 11 países emergentes em desenvolvimento selecionados para realização desta pesquisa com a geração de 96,8 mil toneladas/ano. (ALMEIDA; SOUSA, 2008). 
A ONU estimou em 2015 que haveria um crescimento na geração deste tipo de resíduo em 10 anos nos países em desenvolvimento e não está sendo diferente. Em 3 anos, as pesquisas apontam como estimativa média para o descarte destes resíduos um total de 6,7 Kg de lixo por habitante do planeta. Sendo o Brasil considerado no ano de 2018 o 7º maior produtor do mundo, com a produção de 1,5 mil toneladas/ano, ou seja, cada brasileiro jogará fora pelo menos 8,3 Kg de eletrônicos sejam eles quais forem, sem isenção de categoria. (REVISTA GALILEU, 2018). 
Um dos maiores exemplos do aprimoramento da tecnologia são os smartphones, com eles é possível identificar a evolução não só no design e circuitos internos, mas nas possibilidades que podem ser exercidas. O avanço tecnológico acarreta muitos desafios para que seu uso ocorra de maneira positiva e benéfica aos consumidores. 
O consumismo, a busca por novidades e produtos com configurações mais atuais fazem com que a tecnologia evolua com velocidade sem precedentes ao longo dos anos, esta, se encontra presente no sistema financeiro, assim como na economia, cultura, entretenimento, indústrias de telecomunicação e no dia-a-dia das pessoas. Com isso, prevemos a expansão cada vez mais dos chamados “Eletrônicos de consumo”, que nos últimos anos estão mais integrados entre si. 
 “Os smartphones têm tomado o lugar de diversos outros objetos. Por exemplo, nossos produtos top de linha, agora transformam o ambiente de um smarthphone em desktop, ou seja, com a mesma velocidade e propriedade da de um computador”. Hoje em dia a gente sai de casa e esquece a carteira, mas não o celular”. (CITRINI RENATO, 2018)
Se por um lado esta “onda tecnológica” traz vantagens, por outro a sociedade encontra uma barreira sobre o que fazer com todos os produtos que se tornam obsoletos diariamente e são considerados descartáveis devido a necessidade de estar sempre com os produtos tops de linha.
A teoria e a prática mostram que a gestão ambiental está alicerçada em objetivos ou propostas que podem ser desempenhadas pelas empresas, pelas comunidades e pelo Estado, com o intuito de efetivar a preservação do meio ambiente. Para isso, o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e suas normas, a exemplo da ISO 14001, podem auxiliar a implantação de práticas socioambientais (VIEIRA; SOARES; SOARES,2009) 
De acordo com um levantamento realizado pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), apenas 724 das mais de 5 mil cidades brasileiras possuem algum tipo de coleta de lixo eletrônico. É importante que, cada vez mais, surjam campanhas de conscientização, mutirões de lixo, estratégias de marketing e um esforço conjunto de população, empresas e governo para que a questão do lixo eletrônico seja tratada da forma mais adequada possível e não se torne um empecilho do ponto de vista ecológico e social. (FOZ HERCULANO, 2016)
Sendo assim, o presente estudo colocará em pauta quais foram as obtenções de melhoria e quais foram as regressões em relação aos processos de descarte dos REE e trará sugestões para reduções dos impactos causados. 
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
	
Este trabalho tem por objetivo a realização de um levantamento sobre mudanças e novas diretrizes que estão sendo tomadas à respeito do descarte, reaproveitamento e logística reversa dos Resíduos Eletroeletrônicos (REE), visando monitorar as políticas de gestão e gerenciamento dos mesmos. 
2.2 Objetivo Específico
Informar e mensurar progressos e regressos nos conceitos de descarte, logística reversa e descarte final dos REE, apresentando novos métodos que surgiram nos últimos anos e sugerir o que ainda pode ser realizado para que o descarte destes materiais esteja em conformidade para os próximos anos, mostrando seu valor comercial e o que pode ser reaproveitado para fabricação de novos produtos. 
3. JUSTIFICATIVA
Este estudo baseia-se na PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei 2.305/10 – Decreto 7.004/10), marco para a área de resíduos sólidos Brasileiros, definindo diretrizes para redução de resíduos e visando o combate à poluição causada por seus rejeitos. Será atribuído um viés social no conceito de reciclagem e logística reversa destes materiais, com a inclusão de catadores e sua integração ao meio, implementando uma busca ao conceito de inovação e ao princípio da responsabilidade compartilhada, onde todos os elos desta cadeia são, em suma, responsáveis pela destinação final dos resíduos, incluindo não somente os fabricantes e distribuidores, como também os consumidores finais dos produtos.
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Os resíduos eletroeletrônicos são equipamentos eletrônicos obsoletos ou descartados. Em sua composição existem metais perigosos de difícil degradação que quando descartados incorretamente podem gerar graves problemas ambientais, estes são compostos por plásticos, vidros, alumínios e outros elementos químicos, além disto são mais de vinte tipos de componentes que são prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, dentre eles o chumbo, o arsênio, o mercúrio, o cobre o cádmio, o zinco e outros metais pesados que exercem funções variadas, contudo após o uso, são destinados em sua grande maioria para lixões ou aterros controlados. (VGRESÍDUOS, 2018)
4.1 Lixo eletrônico no Brasil
O lixo eletrônico é um problema real de grande ameaça para o futuro do planeta, no entanto, no Brasil este assunto ainda não possui a atenção necessária da sociedade. Apesar de haver uma regulamentação que se dá por meio da Política Nacional de ResíduosSólidos (Lei 12.305/2010), não se tem muita evolução em relação ao tema, uma vez que o poder público também não manifesta nenhum interesse implementando penalidades e deixando inócuas as existentes. (33 GIGA, SOARES RONALDO, 2018)
Figura 1: Produtores de e-lixo.
Fonte: Global-E-waste Monitor 2017 Report – ONU
A geração estimada no Brasil é de 1,5 milhões de toneladas e seu reaproveitamento gira apenas em torno de 3%, enquanto na Europa a reciclagem destes produtos chega a 35% do total de geração. Em análise, o Brasil é líder na geração de lixo eletrônico na América Latina e segundo colocados nas Américas, ficando atrás apenas dos EUA. Os consumidores atuais dão mais importância à durabilidade de aparelhos como fogões, geladeiras, máquinas de lavar e priorizam, a aquisição de eletrônicos com design mais moderno e com novas tecnologias, a exemplo disto, os aparelhos celulares. É o chamado ciclo de vida útil do produto, onde um aparelho ou produto, torna-se obsoleto mesmo em bom funcionamento com mais frequência gerando mais lixo eletrônico, motivado pelo excesso de propaganda de produtos novos e avanço constante da tecnologia. (33 GIGA, SOARES RONALDO, 2018).
Tabela 1 – Categorias de REEE segundo a Convenção de Basileia
	Categoria
	Exemplos de REE
	Eletrodomésticos de grande porte
	Geladeiras e Máquinas de lavar
	Aparelhos de tecnologia da informação e telecomunicações
	Computadores, monitores e notebooks
	Equipamentos de consumo
	TV, DVD, Aparelho celular e equipamentos de lazer e esporte
Fonte: Santos, Larissa (2020)
Tabela 2 – Categorias de REEE segundo a Diretiva WEEE
	Categoria
	Exemplos de REE
	Equipamentos com troca de temperatura
	Geladeiras, Freezers, Ar condicionado, Aquecedores
	Equipamentos contendo telas
	Televisões, Monitores, Notebooks e Tablets
	Lâmpadas
	Lâmpadas fluorescentes, Lâmpadas de descarga de alta intensidade e Lâmpadas de LED
	Equipamentos de grande porte
	Máquinas de lavar roupa, secadoras de roupa, fogões elétricos, copiadoras e painéis fotovoltaicos
	Equipamentos de pequeno porte
	Microondas, aspiradores de pó, torradeiras, calculadoras, brinquedos elétricos e eletrônicos, ferramentas elétricas e eletrônicas e etc.
	Pequenos equipamentos de telecomunicações e TI
	Celulares, GPS, roteadores, calculadoras de bolso, impressoras e telefones
Fonte: Santos, Larissa (2020)
A WEEE ou Waste Electrical and Electronic Equipment (Resíduos dos Equipamentos Elétricos e Eletrônicos) refere-se ao Parlamento Europeu e ao Conselho da União Europeia onde restringem o uso de algumas substâncias nocivas em equipamentos elétricos e eletrônicos. Estas tem por objetivo a redução e o desperdício dos equipamentos elétricos e eletrônicos, com o intuito de aumentar a recuperação através da reciclagem e realizar melhorias no processo ambiental dos fabricantes. A diretiva tem por finalidade equipamentos que dependem de correntes elétricas ou campos magnéticos para seu funcionamento correto e tenham sido criados para usar uma taxa de voltagem que não exceda 1000 volts AC e 1500 volts DC. (NORDSON EFD, 2020)
	No Brasil, a (ABINEE – Associação Brasileira da Indústria Eletrônica), classifica os REE em quatro categorias: 
Tabela 3 – Categorias de REEE segunda a ABINEE
	Categoria
	Exemplos de REE
	Linha Branca
	Geladeiras e congeladores, fogões, máquinas de lavar roupa e louça, secadoras e ar condicionado
	Linha Marrom
	Monitores e televisões de tubo, plasma, LCD e LED, aparelhos de DVD e outros
	Linha Azul
	Batedeiras, liquidificadores, ferros elétricos, secadores de cabelo, aspiradores de pó, cafeteiras
	Linha Verde
	Computadores e notebooks, acessórios de informática, tablets e telefones celulares
Fonte: ABINEE (2016)
4.2 Perigos do Lixo eletrônico
Um computador ou celular possui, em sua normalidade, mais de 40 elementos químicos diferenciados. Alguns deles se apresentam como desencadeadores de dermatites e outros mais nocivos à saude, sendo causadores de cânceres, efizemas pulmonares e alterações cromossômicas e neurológicas. (SOARES RONALDO, 2019)
O chumbo, contido em baterias e circuitos impressos, em baixa concentração, chega a atingir o sistema nervoso, hepático e renal, sendo causador de intoxicações crônicas. Este, por exemplo, é um dos contaminantes contidos nos REE mais comuns, o chumbo entra no corpo através de inalação ou ingestão, sendo os tratos gastrointestinal e respiratório os principais locais de absorção que, uma vez absorvido, é encontrado no sangue, tecidos moles e mineralizados. Por sua vez, o chumbo corpóreo é armazenado nos ossos que é o principal depósito do metal no corpo humano (aproximadamente 90%). Desta porcentagem, 5% da concentração ficará no sangue situado no plasma e causando efeitos tóxicos (MOREIRA FÁTIMA, 2004).
Além de ser prejudicial à saude, o chumbo também contamina o solo e as águas fluviais, que consequentemente chegam ao organismo humano através da cadeia alimentar. Uma das soluções ou diminuições destes efeitos nocivos se institui através da PNRS de 2010, que exige das cidades e empresas privadas, a parceria com associações, cooperativas de catadores e regulamenta outras medidas de melhoria.
4.3. Leis e Projetos
4.3.1 Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS – Lei 12.305/2010)
	Redução de resíduos e rejeitos, logística reversa e responsabilidade compartilhada são os focos da PNRS. Esta lei visa a organização de como o país deve lidar com o lixo, exigindo dos setores privados e públicos transparência e o correto gerenciamento de seus resíduos.
	O consumo constante nas cidades aumenta a geração do lixo cujo crescimento não é acompanhado pelo descarte adequado o que é um grande desperdício de potencial, pois muitos objetos poderiam ser reaproveitados e até mesmo reciclados, economizando recursos naturais, diminuindo a emissão de CO2 para a atmosfera contribuindo para o equilíbrio do efeito estufa e poupando recursos financeiros. (SOARES RONALDO, 2018)
	Esta lei sofreu sanção no ano de 2010 e foi regulamentada através do decreto 7.404/2010, tornando-se um marco por tratar de todos os resíduos sólidos, sejam eles de caráter doméstico, industrial, eletroeletrônico e outros. Esta mesma lei, também trata sobre os chamados rejeitos que são itens que não podem ser reaproveitados. (E-CYCLE, 2020)
 	A PNRS integra poder público, iniciativa privada e sociedade civil. Esta lei aponta que existe uma responsabilidade pelo lixo eletrônico que deve ser compartilhada entre partes, sendo elas: governo, empresas e sociedade, com o intuito de obter retorno dos produtos pós consumo. Ponto salientado é a inclusão dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis no processo de Logística Reversa.
O prazo inicial para implementação desta lei deu-se no ano de 2014, no entanto, os municípios não conseguiram cumprir o prazo estipulado sendo prorrogado para mais quatro anos através de aprovação na Câmara dos Deputados e da medida provisória 651/14 e mesmo assim, os avanços quanto à esta lei continuaram estagnados. Para que tal medida implementada pela lei se torne eficaz, há uma necessidade de que seja realizada a segregação de materiais direto na fonte, pois, se os resíduos estiverem contaminados ou misturados a eficiência do processo de reciclagem e também de reuso será comprometida e os resíduos perderão parte de seu potencial. Não existe, no Brasil, uma legislação específica que trate dos REEE, porém existem algumas resoluções e leis de âmbito nacional que foram criadas para regulamentar as ações do governo e também de fabricantes. (E-CYCLE, 2020).
4.3.2 Projeto de Lei 2940/2015 não sancionado
No ano de 2015 o Deputado Sr. Felipe Bornier levou à Câmara dos Deputados um projeto de lei (2940/2015) que instituía normas para o gerenciamento e destinação final do lixo eletrônico.
Este decretava através do Congresso Nacional, além das normas supracitadas, que o lixo eletrônico deveria receber uma destinação final adequada para que não provocasse danos ou impactos negativos ao meio ambiente e a saúde humana. Seu artigo de número 4 delegava a responsabilidadepela destinação final dos resíduos que deveria ocorrer de forma solidária entre os responsáveis pela produção, comercialização e importação do produto eletrônico e de seus componentes. Sendo assim, o projeto dizia quais seriam as formas ambientalmente corretas de descarte e instituía que o poder público deveria cumprir com a fiscalização destas destinações e que o não cumprimento do disposto implicaria em penalidades (havendo reincidência as penalidades seriam dobradas), entre outras diretrizes. (CÂMARA DOS DEPUTADOS, PSD, 2015)
4.3.4 Novas regras para recolhimento do Lixo Eletrônico
O Presidente Jair Bolsonaro, assinou no mês de fevereiro de 2020, o decreto 10.240/2020, publicado no DOU em 13/02/2020, que estabelece regras para implementação do sistema de logística reversa para os produtos eletroeletrônicos. As diretrizes vieram para regulamentar o mecanismo já previsto na PNRS, fazendo com que os importadores e os fabricantes destes produtos tornem-se responsáveis pelo descarte correto destes itens, visando a redução do impacto causado ao meio ambiente. Para gerir o descarte, as empresas tem a opção de se associar e criar corporações que possam realizar o trabalho de divulgação do sistema e como o mesmo será operacionalizado. O decreto diz que as companhias participarão do financiamento de maneira proporcional a sua dimensão no mercado e ainda disponibiliza a possibilidade de terem mecanismos próprios para coletar os produtos de forma individual.
Como ponto importante, para seguirem o decreto, as empresas deverão disponibilizar uma rede para que os consumidores entreguem os produtos eletroeletrônicos fora de uso. A destinação final deverá garantir que os contaminantes existentes nos aparelhos não possuam nenhum contato com o meio ambiente.
A implementação e a estruturação deste sistema será realizada em duas fases, sendo a primeira até o dia 31 de dezembro de 2020 e terá por finalidade a criação dos grupos de acompanhamento, a apresentação do modelo de execução das atividades desta forma comprovando à adesão de fabricantes, importadores, comerciantes e distribuidores, a apresentação da instituição financeira que irá assegurar a sustentabilidade econômica do projeto, a estruturação das empresas, a regulamentação das empresas nos órgão necessários e a ação do MMA (Ministério do Meio Ambiente) que dará apoio as empresas para instalação dos pontos de coleta. Sendo assim, à partir do ano de 2021, os pontos de coleta já devem começar a serem instalados e divulgados aos consumidores. A segunda fase terá início em janeiro de 2021 e contemplará a habilitação dos prestadores de serviço que poderão atuar no sistema, a divulgação do sistema através de planos de comunicação e educação ambiental e a instalação dos pontos de coleta. (AGÊNCIA BRASIL, SP, FERRAZ EMERSON, 2020)
O prazo para toda a implementação do sistema é o ano de 2025, este para os 400 maiores municípios do país. Toda implementação está girando em torno de um cronograma gradativo, sendo 2021 o primeiro ano de funcionamento, conforme supracitado, este ano terá a absorção de apenas 1% de volume do lixo eletrônico, pois atenderá apenas 24 cidades. A maior atuação será do estado de São Paulo (8 localidades) e o previsto e que ao final do calendário a participação esteja em 95, estimando que em 5 anos haja o recolhimento de 17% dos produtos. Como será a distribuição dos pontos de coleta? Para cada 25 mil habitantes deverá haver pelo menos um ponto de coleta e até 2025 a previsão é de 5 mil pontos espalhados por todo o país, salientando que o recebimento dos produtos não pode ser cobrado e deve ocorrer de forma gratuita (AGÊNCIA BRASIL, SP, MELLO DANIEL, 2020)
4.3.5 Potencial Econômico do Lixo Eletrônico
	O Brasil possui alguns desafios que necessitam ser enfrentados para que possa ingressar na economia cíclica e não mais desperdiçar o valor econômico presente nos materiais eletrônicos. A economia circular ou cíclica é o retorno da matéria prima contida nos REE para o seu ciclo de produção, o conceito surge em substituição ao modelo de economia linear, onde se produz, consome e descarta o produto. Na economia circular são adotadas medidas ou novas atividades em que haja reaproveitamento dos materiais, como exemplo temos a logística reversa e também a mineração urbana, onde os materiais são oriundos dos grandes centros urbanos. De acordo com um levantamento utilizando dados do ano de 2016 feito pela União Europeia, o potencial econômico gerado foi cerca de 55 bilhões de euros oriundos apenas da extração de matérias-primas secundárias, ou seja, que ainda contém algum tipo de impureza no material obtido. A UNU (Universidade das Nações Unidas), estimou que apenas com a extração do ouro contido nos equipamentos descartados haveria uma economia de cerca de 18 bilhões de euros. (EBC - AGÊNCIA, 2019)
	Para o Brasil, um estudo dentro das mesmas proporções estima que seria possível o retorno de 14 bilhões através da mineração de quatro metais presentes nestes equipamentos, sendo eles: Alumínio, Cobre, Ouro e Prata. (EBC-AGÊNCIA, 2019).
Figura 2: Potencial econômico da mineração urbana no Mundo
Fonte: EBC – Agência (2019)
“De certa forma, já temos mineração urbana ocorrendo no país, de longa data, como é o caso da reciclagem de plásticos, papel, papelão e, especialmente, alumínio. As grandes variações de preços que ocorrem são hoje o maior dificultador para o estabelecimento de estratégias de longo prazo." (XAVIER, 2019)
Figura 3: Potencial econômico da mineração urbana no Brasil
Fonte: EBC – Agência (2019)
4.3.6 Cinco passos para a reciclagem do lixo eletrônico
Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho) apenas 20% do lixo eletrônico é reciclado de maneira formal no mundo inteiro. 
“A reciclagem no Brasil tem potencial para criar uma nova indústria e impactar positivamente nossa economia. Temos diversas atividades e empregos que podem ser gerados em função desta cadeia que está se desenvolvendo, muito em função dos sistemas de logística reversa que estão sendo criados. Estamos ainda estruturando a infraestrutura para coleta e reciclagem de produtos como eletrônicos, pilhas e embalagens, mas, sem dúvida, esta é uma ótima oportunidade para incorporar os conceitos da economia circular neste modelo e aproveitar o potencial que temos para transformar o Brasil em uma referência no assunto.” (MENDES, 2019)
	Tóquio, localizada no Japão, país conhecido por sua alta tecnologia e também por sua conscientização sobre os resíduos, já chegou à meta que foi estabelecida para utilização de metais preciosos extraídos do lixo eletrônico nas condecorações das olimpíadas e paraolimpíadas 2020, o país terá medalhas feitas com a reciclagem do lixo eletrônico. A Revista FORBES, publicou em sua coluna no dia 17 de Maio de 2019, 5 lições para impulsionar a implementação de iniciativas para a reciclagem do lixo eletrônico no Brasil, que foram sugeridas por um especialista, são eles: Controle de dados, Cultura de economia circular, Legislação, Isonomia, Respeito e Conscientização. Para que seja realizada a correta gestão dos resíduos eletroeletrônicos, é necessário realizar uma estimativa do total gerado pelo país. Após escolha e levantamento de quatro itens prioritários é possível saber a quantidade que entra no mercado e manter esta estimativa sempre atualizada estabelecendo metas para a reciclagem. (REVISTA FORBES, 2019)
	Outro ponto importante é manter as legislações vigentes sempre atualizadas e garantir que sejam aplicadas e funcionais. As leis precisam ser criadas sempre com a intenção de recuperar os recursos e não somente realizar um descarte correto, um bom exemplo é a logística reversa e as cooperativas de catadores devidamente licenciadas e cadastradas.
	Para o conceito de Isonomia tem-se a definição onde todos são iguais perante a lei e são governados pelas mesmas leis. Quando um padrão é adotado, torna-se mais fácil realizar a gestão do projeto, desta forma o conceito de isonomia se aplica na realização de um cadastro que contenha todas as empresasfabricantes ou importadoras destes produtos tornando mais fácil a aplicação das leis. (REVISTA FORBES, 2019)
	Por fim, a conscientização e o respeito. Fazer com que o conceito de sociedade se fortaleça de maneira que a sociedade realize o trabalho sem a necessidade da existência de leis, mudando hábitos e agindo corretamente e honestamente. Neste ponto, as visões estarão modificadas e já haverá uma compreensão do que é melhor para todos.
4.3.7 Cooperativas Lixo Eletrônico
	As cooperativas de reciclagem são desenvolvedoras dos processos que tratam os materiais recicláveis e posteriormente as enviam à empresas recicladoras, no entanto, até esta fase se conclua, existem uma série de etapas a serem, cumpridas durante o processo.
	Na etapa de coleta os catadores realizam o recolhimento do lixo e os entregam as cooperativas. Conseguinte à isto, estramos na etapa de triagem, onde os materiais necessitam ser separados para que possam ser devidamente reciclados aos chegarem às recicladoras. Para isto, são separados de acordo com cada tipo de material e dispostos em recipientes adequados.
	Nas cooperativas existe um processo chamado prensagem, onde o material após triado é prensado de modo que sofram compactação de um grande volume de lixo. Feito isto, o material é transportado e vendido para as empresas que realizam o processo de reciclagem, reinserindo-os como matérias primas novamente. 
	Não só como fonte de reutilização de materiais, estas cooperativas também atuam como fonte de geração de empregos e ajudam a valorizar o trabalho dos catadores que são trabalhadores informais.
	Ação e transformação são palavras que podem definir o papel das cooperativas de reciclagem. Como papel social e econômico, além de preservar o meio ambiente, proporciona a geração dos empregos, com grande importância social, pois através dela o MMA estima que no Brasil são gerados cerca de 332 mil empregos diretos. (MMA, 2019).
	Atualmente, consta no decreto emitido pelo presidente Jair Bolsonaro em Fevereiro de 2020 o seguinte capítulo:
“CAPÍTULO X DA PARTICIPAÇÃO DE COOPERATIVAS E DE ASSOCIAÇÕES DE CATADORES NO SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA
Art. 37. As cooperativas e as associações de catadores de materiais recicláveis poderão integrar o sistema de logística reversa de que trata este Decreto:
I - desde que sejam legalmente constituídas e habilitadas; e
II - por meio de instrumento legal firmado entre a cooperativa ou a associação e as empresas ou entidades gestoras, para prestação dos serviços, na forma da legislação.”
(MESSIAS JAIR, 2020)
4.3.8 Cooperativas Lixo Eletrônico – Rio de Janeiro
	Desde o ano de 2014, atua no Estado do Rio de Janeiro, em Vigário Geral a cooperativa Céu Azul, também conhecida como “E-Lixo”, devidamente licenciada através de Licença Operacional expedida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, atuando com a atividade de estocagem de resíduos de equipamentos elétricos e eletroeletrônicos e resíduos não perigosos.
	Os materiais recebidos nesta cooperativa são segregados e encaminhados devidamente separados e analisados para a reciclagem, onde recebem destino socioambiental.
	Além de realizarem a retirada dos resíduos nas empresas solicitantes, a cooperativa E-Lixo também possui pontos de coleta em sua sede em Vigário Geral e também em Botafogo – RJ.
Figura 4: Galpão da Cooperativa E-lixo
Fonte: Autor Fonte: Autor
Fonte: Autor Fonte: Autor
	As imagens ilustram alguns dos materiais recebidos pela cooperativa E-lixo, seu galpão e também alguns materiais que já foram separados, como exemplo as placas de circuito.
	Outra cooperativa operante no estado do Rio de Janeiro, também devidamente licenciada pelos órgão ambientais competentes é a Ecotronic, situada em Pinheiral RJ. Esta atua com as atividades de coleta, desmontagem e triagem de resíduos eletroeletrônicos (REEE) e polímeros duros em peças.
	A Ecotronic possui um modelo de gestão de processos que proporciona a rastreabilidade de todas as suas operações desde o gerador até o seu receptor final. Todos os equipamentos passam por manufatura reversa (Desfabricação) e dão origem à matéria prima de novos ciclos produtivos e o melhor é que todo este processo é oferecido sem custo algum.
	Esta cooperativa possui um programa inovador conhecido como “Re Plast” onde realizam a compra de sucatas plásticas visando a redução dos impactos causados por este tipo de resíduo e preparando-os para a indústria plástica. Outro método implementado por esta mesma cooperativa é o “it 2 END Ecotronic: e-waste tracking system”, este, por sua vez, busca manter os processos em conformidade armazenando seu histórico através de um banco de dados, onde a cada passo do processo o cliente é informado eletronicamente sobre o que está ocorrendo com os eletrônicos descartados. Além do controle informatizado, todo o processo é legalmente documentado, como toda a informação é repassada de maneira full time ao gerador, a Ecotronic chama este repasse de informações de “On Demand”.
4.3.9 Logística Reversa
	A logística reversa é uma série de procedimentos para recolhimento e encaminhamento pós-consumo aos setores empresariais, visando o reaproveitamento ou destinação correta de resíduos. Este conceito ganhou força através da PNRS (Lei nº 12.305/2010) que incluiu um acordo entre distribuidores, fabricantes, importadores e comerciantes através da responsabilidade compartilhada. 
	As etapas básicas da logística reversa são:
I. A devolução do produto ou embalagem ao comerciante ou distribuidor através do consumidor;
II. O distribuidor ou comerciante realiza a expedição ao fabricante/importador;
III. O fabricante/ importador conduz para reuso, reciclagem ou descarte correto.
Estas etapas são de aplicabilidade aos setores pós-consumo e pós-venda. No caso da logística reversa pós-venda o produto retorna à cadeia de distribuição antes de sua utilização, podendo ser por defeito ou erro de processamento no pedido, por exemplo.
	Nos casos de logística reversa pós-consumo, o produto já foi adquirido, utilizado e descartado pelo consumidor, algumas vezes por término do tempo de vida útil ou por fim do prazo de validade, tornando-se impróprio para consumo. 
	A logística reversa deve multiplicar de 70 para mais de 5 mil pontos de coleta de lixo eletrônico no país, a meta é alcançar 60% de toda a população com pontos nos maiores municípios. O Brasil foi um dos maiores responsáveis pelo descarte inadequado de eletrônicos no ano de 2016, no entanto ainda existe uma corrida para superar este prejuízo e todos os danos causados, o país já deu início ao seu programa de logística reversa e impôs como objetivo alcançar a instalação de mais de 5 mil pontos e coleta para que este material receba a destinação correta ou chegue ao processo de reciclagem. Tudo isto está sendo realizado colocando em prática as ações estabelecidas pela PNRS. (MMA, 2020)
	As fases de implantação seguem de maneira acelerada após o decreto assinado pelo atual presidente Jair Bolsonaro. A corrida é para a implementação e operacionalização do projeto e também para o cumprimentos das metas que foram estabelecidas, todas com prazos e ações concretas. Essa celeridade pode trazer bons resultados ao setor.
“O que é interessante nesse acordo firmado em outubro de 2019 é que ele tem uma cláusula que permite antecipar os resultados do cumprimento das metas. O ano de 2020 é de estruturação e as metas são de 2021 para frente, mas essa cláusula está estimulando vários fabricantes a antecipar a instalação de pontos de coleta”. Não à toa foram instalados mais de 100 pontos apenas entre novembro de 2019 e janeiro de 2020. Isso é mais do que feito nos últimos nove anos.” (FRANÇA, 2020)
	O Ministério do Meio Ambiente objetiva que com a instalação dos 5 mil pontos de coleta de eletroeletrônicos sejam abrangidos os 400 maiores municípios do país, ou seja, aqueles cuja população é superior a 80 mil habitantes,totalizando cerca de 605 do total. 	Atualmente, não reciclar os eletroeletrônicos representa não apenas parte dos riscos causados ao meio ambiente, como também representa uma enorme quantia de dinheiro desperdiçado. E se as grandes nações não desenvolverem programas semelhantes ao do Brasil ou criarem suas próprias metodologias para diminuir estes descartes incorretos, teremos em 2050 cerca de 110 milhões de toneladas de lixo descartados inadequadamente no meio ambiente. (MMA, 2020)
A Agenda Nacional de Qualidade Ambiental Urbana 2020 prevê campanhas de comunicação entre as ações proposta pelo Ministério do Meio Ambiente em 2020, a base de alegação é que chegou o momento em que a população deve melhorar sua conscientização sobre o assunto e enxergar a problemática causada pelo descarte inadequado não só dos materiais eletrônicos como também de todo o resíduo sólido passível de reciclagem.
"É necessário um estudo do fluxo de energia e materiais na cadeia dos resíduos eletroeletrônicos para implantação de um modelo de logística reversa".
(Lúcia Helena, 2019)
Em outros países, a logística reversa ainda não é uma realidade, pois ainda precisa ser assinado o Acordo Setorial, este acordo ditará as “regras do jogo”. Embora seja uma negociação simples, envolve uma série de mudanças que necessitam ser realizadas nas agências ambientais e nos governos para assegurar que tudo ocorra de maneira correta, desde a coleta, o transporte e a reciclagem. 
Em outros países, não existem apenas um padrão de descarte para eletroeletrônicos. Países do Japão e da Europa foram os primeiros inseridos neste assunto. Normalmente, o poder público é papel principal atuante, pois fornece os locais corretos e necessários para que os descartes sejam realizados. Já em outros países, toda a responsabilidade recai sobre os fabricantes dos produtos comercializados e em contrapartida, ainda existem países onde boa parte da responsabilidade fica disposta sobre o consumidor final que caso queira realizar um descarte correto do material adquirido deverá pagar para realização do processo.
4.3.10 Programa Lixão Zero
	O Programa Lixão Zero, implantado recentemente e divulgado na página do MMA no dia 15 de fevereiro de 2020, informa que o Brasil está avançando no assunto: Reciclagem de Baterias de Chumbo Ácido, cuja meta é realizar a reciclagem de mais de 155 mil toneladas de chumbo numa quantidade de 16 milhões de baterias de automóveis. No Brasil há pelo menos um automóvel para cada cinco habitantes segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com isso consegue-se ter uma ideia da quantidade de baterias geradas no país ao longo dos anos. Foi instituído um acordo entre a Associação Brasileira de Baterias Automotivas e Industriais (Abrabat), a Associação Nacional dos Sincopeças do Brasil (Sincopeças-BR) e o Instituto Brasileiro de Energia Reciclável (Iber), para que fabricantes, fornecedores, comerciantes e importadores de baterias instalem pontos de coleta e realizem o serviço de coleta, transporte, armazenamento e destinação final ambientalmente correta destas baterias que já estão fora de uso. (ASCOM - MMA, 2020)
	O setor de baterias de chumbo ácido da Abrabat estima que anualmente são geradas cerca de 300 mil toneladas de itens em desuso. “O acordo de baterias de chumbo ácido vai permitir que ao final de quatro anos de implementação o sistema consiga recolher 16 milhões de baterias todos os anos, o que representa 155 mil toneladas de chumbo reciclados”. Não só para prevenir a contaminação de solo e águas, devido ao perigo apresentado por estas baterias que são fabricadas basicamente com chumbo, solução ácida e polímeros, o projeto quer realizar a redução da dependência da importação do chumbo para que novas baterias sejam fabricadas aumentando a visão de sustentabilidade. Atualmente, o Brasil ainda é dependente da importação do chumbo para fabricação do produto, ou seja, ainda é um importador de metal pesado. Por sua vez, quando este sistema estiver implantado essa demanda será suprida em até 75% reinserindo na cadeia produtiva as baterias exauridas. A reciclagem do produto proporciona não só a recuperação do chumbo como também como também a extração de outras matérias primas diminuindo o descarte realizado em aterros. (ABRABAT, 2020).
“Em uma medida como essa, você tira novos aportes de poluentes do meio ambiente ao mesmo tempo em que aquece a economia gerando novas fontes de emprego e de renda, você fecha o ciclo de uma economia circular.” (FRANÇA, 2020)
	O sistema/projeto é um desenvolvimento do Iber em parceria com o MMA, neste ano já houve uma reunião para alinhamento da agenda a ser cumprida em 2020, objetivando a uniformização dos setores envolvidos e salientando as obrigações dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes varejistas. Toda celeridade gira em torno do beneficiamento do meio ambiente. (IBER - MMA, 2020)
5. METODOLOGIA / ESTUDO DE CASO
A São Lourenço Ambiental e suas subsidiárias são especializadas em soluções ambientais, entre elas, gestão e gerenciamento de resíduos. Comprometida com o desafio diário de proteção de ecossistemas, a São Lourenço Ambiental, fornece soluções inovadoras em gestão, operações, práticas ambientais criadas individualmente para cada cliente adequando suas ações às exigência atuais de mercados e leis.
A empresa conta com acordos técnico-comerciais com outras empresas no Brasil e centros tecnológicos gerenciando atualmente 700 toneladas mensais de resíduos sólidos e com capacidade para 05 mil toneladas.
As soluções da São Lourenço Ambiental buscam a eliminação ou minimização de impactos ambientais através da implantação de projetos, do desenvolvimento de um conjunto de programas e práticas criadas individualmente para cada instituição, adequando suas ações às exigências atuais de mercado. A Empresa é credenciada junto aos órgãos ambientais competentes, bem como entidades de classe que habilitam seu corpo técnico e operacional para execução de suas atividades.
O Gerenciamento Global de Resíduos contempla o controle das etapas de coleta, transporte, segregação, reciclagem e destinação final adequada dos resíduos gerados, além da gestão da informação. Este plano gerencial de operação para a gestão de resíduos é conduzido pela São Lourenço Ambiental considerando os seguintes aspectos:
I. Gestão de Fornecedores: Controle de documentos das empresas parceiras de logística ambiental e receptores intermediários e/ou finais de resíduos;
II. Gestão de Logística: Realização de coleta e transporte de resíduos no Rio de Janeiro Capital;
III. Gestão Global de Resíduos: Rastreabilidade dos resíduos através dos Manifestos de Transporte de Resíduos (MTR) e Certificado de Destinação Final (CDF).
O presente estudo de caso baseia-se numa determinada empresa de cosméticos que necessitou finalizar suas atividades e realizar o descarte de seus materiais eletroeletrônicos através da descaracterização dos computadores, impressoras, nobreaks, teclados, notebooks, monitores, gabinetes e outros REE.
	Os materiais foram recebidos pela empresa Comércio de Reciclagem de São Lourenço LTDA, na qual atuo como Analista Ambiental. A carga foi recebida no dia 11 de Novembro de 2019 com toda a documentação necessária para transporte e com seu respectivo MTR utilizando a tecnologia de Armazenamento Temporário de acordo com o escopo da LO (Licença Operacional) emitida pela Prefeitura Municipal de Duque de Caxias.
	No dia 06 de Novembro de 2019, os resíduos foram encaminhados para uma empresa de descaracterização de eletroeletrônicos localizada em SP para receber o tratamento de Reciclagem. Esta empresa realiza o reprocessamento e a destinação final de resíduos industriais, pilhas, baterias, lixo tecnológico e materiais diversos para a produção de sais e óxidos metálicos, destinados às indústrias cerâmicas, Galvanotécnicas, refratárias, de Colorifício e químicas em geral.
	Sobre a divisão química de reconsumo, através deste processo, a empresa receptora busca o alongamento máximo do ciclode vida dos produtos recebidos, diariamente, na natureza e busca colaborar de maneira efetiva para preservação do meio ambiente. Os materiais obtidos (Sais e óxidos metálicos) serão utilizados em: Indústrias de Colorifício Cerâmico, Indústrias Cerâmicas e Refratárias, Indústrias Químicas, Indústrias de Tintas, Forma de produtos diversos para metalurgia, galvanoplastia, pirotecnia e fundição.
A empresa é devidamente licenciada através do Órgão Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, beneficiando resíduos industriais – Classe I e II.
5.1 Book de Reciclagem São Lourenço Ambiental
	Para o processo de descaracterização e reciclagem, é emitido pela empresa São Lourenço Ambiental um laudo de descaracterização e emitido pela empresa receptora um book fotográfico com todo o processo realizado atestando que os resíduos receberam o devido tratamento solicitado pela empresa geradora dos resíduos.
	O veículo responsável pelo transporte do resíduo até o receptor final, chega na base da empresa São Loureço Ambiental, onde é iniciado o processo de carregamento do resíduo para posterior transporte. Após, finalização do carregamento o veículo é liberado para seguir viagem.
Figura 5: Entrada do resíduo no destinador final
Fonte: Autor, 2019
	Ao chegar em seu destino final a carga é recebida e encaminhada para descarregamento em local adequado para que cada resíduo seja encaminhado ao local correto, sendo eles: Pilhas e baterias, sucata de material elétrico e eletrônico ou Cartuchos de impressão.
Figura 6: Pátio - Galpão
Fonte: Autor, 2019
O resíduo passa por check-list de acordo com o Manifesto de resíduos e Nota fiscal de transporte recebidos para que posteriormente sejam paletizados ou acondicionados de maneira correta no pátio do galpão. O Galpão é o local, onde acontece toda a movimentação dos materiais até que eles sejam colocados em locais adequados de acordos com as normas pertinentes até que sejam encaminhados para um segundo local onde ocorrerá outra parte do processo. Em algumas empresas o processo acontece no próprio galpão já equipado com todo maquinário necessário para realização dos procedimentos.
Figura 7: Triagem para reciclagem
Fonte: Autor, 2019
Sequencialmente os resíduos passam pelo processo de triagem, onde numa próxima etapa suas peças serão separadas por profissionais treinados e capacitados contratados pelo destinador. Após triados e segregados, inicia-se o processo de separação dos materiais que serão reciclados cada um ao seu modo, recebendo o devido tratamento e destino
5.2 Fluxo da Planta de reciclagem de eletroeletrônicos do destinador final
Descrição do fluxo
O material descarregado no destinador final é encaminhado para o local adequado de armazenamento. Em seguida, enviado para o Sistema de alimentação do triturador primário, cuja função é reduzir o tamanho dos resíduos em pequenas partes facilitando a melhor segregação e posterior separação do material.
Após triturados, o material segue para o separador de magnéticos ferrosos, onde ocorre a separação de impurezas de ferro. O separador magnético pode ser usado com pequenas quantidades de peças ferrosas brutas e também na remoção de peças ou impurezas de metais ferrosos indesejados. Feito isto, existe o sistema secundário de trituração, onde acontece nova moagem para posterior separação do alumínio. 
Figura 8: Fluxo da Planta de Reciclagem
Fonte: Suzaquim Indústrias Químicas, 2019
Fonte: Suzaquim Indústrias Químicas, 2019
Esta separação ocorre por meio da tecnologia LIBS (Espectroscopia com emissão Ótica por Plasma Induzido por Laser (Laser Induced Breakdown Spectroscopy), sistema que amplia opções para o uso da sucata e alumínio secundário, utilizando um laser dinâmico. A técnica fotônica proporciona a análise química de amostras com o auxílio de um laser pulsado de alta energia. Interagindo com a amostra, a luz laser provoca uma micro usinagem por ablação e cria um minúsculo plasma, que é o quarto estado da matéria (os outros três são: sólido, líquido, gasoso). Este micro plasma que é formado atinge temperaturas da ordem de 9.700 ºC, que é da ordem da temperatura da superfície do Sol. Essa energia em um gás superaquecido excita os átomos, íons e fragmentos de moléculas da matéria ablacionada. O LIBS detecta ao mesmo tempo diferentes elementos químicos como: C, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn, Zn, Al, Na, etc., com apenas um tiro laser (1 minuto/amostra). (AGROROBÓTICA, 2020).
O último equipamento do processo realiza a separação de metais não ferrosos que permite a recuperação de misturas de metais não ferrosos limpos e comerciáveis que contenham alumínio, cobre, zinco ou bronze, pode ser usado em qualquer lugar onde metais não ferrosos possam ser recuperados ou separados, como no processamento de sucata, entulho, resíduos domésticos, resíduos de embalagens, entre outros, como também separa os materiais inertes: plásticos borrachas, espumas e outros.
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5.3 Fluxo Tecnológico - Reprocessamento de Lixo Tecnológico
Observação: As sucatas plásticas e metálicas retiradas do lixo tecnológico, são enviadas para empresas que realizam o processo de reciclagem, devidamente licenciadas pelo Órgão CTESB.
O processo produtivo de sais e óxidos metálicos consiste em:
I. Secagem/calcinação das matérias-primas e/ou resíduos industriais
II. Reação química
III. Moagem
IV. Balanceamento
V. Formulação e Misturas
Descrição do Fluxo
	Os resíduos chegam ao destinador final e são descarregados mediante procedimentos internos, estes são encaminhados para o estoque e separados conforme categoria de eletrônicos.
	Em lotes são encaminhados para o setor de desmonte e separação, onde os materiais internos serão segregados originando as sucatas metálicas e plásticas e as placas de circuito. 
	As sucatas plásticas e metálicas são vendidas tornando-se matéria prima para outros materiais (Reciclagem). Já as placas de circuito, feitas de camadas isolantes de fibra de vidro e resina, precisam passar pelo processo de moagem para recicla-las, este processo envolve a moagem das placas e a utilização de um campo elétrico de alta voltagem para separar os materiais metálicos dos não-metálicos. Feito isto, os metais podem ser recuperados através de destilação fracionada a vácuo e os não-metálicos são compactados em placas para serem utilizadas como material de construção.
	O processo de moagem gera o pó metálico oriundo dos metais, estes sofrem uma reação química através do processo de sinterização que consiste no aquecimento sob condições controladas a temperaturas abaixo do ponto de fusão do metal base para promover ligação metalúrgica entre as partículas. O processo de sinterização é muito utilizado em indústrias e possui várias aplicações dentre elas a filtração de gases que é realizada através do lavador de gases e também a filtração de líquidos e sólidos através do filtro prensa. 
	O efluente filtrado vai para a ETE (Estação de Tratamento Efluentes) e é enviado para o Filtro prensa da ETE que realiza a separação mecânica do sólido suspenso e o líquido existente com auxílio de um material poroso onde, parte dos sólidos separados, também no filtro de prensa, são enviados para estufas e turbo secadores para secagem. Já o material sólido filtrado no filtro prensa é chamado suspensão, o líquido que passa pelo meio filtrante é chamado de filtrado e o material sólido remanescente no meio é chamado de resíduo ou torta. A filtração tem a finalidade de desidratar o lodo gerado, isto é, reduzir sua umidade final.
	A torta gerada é conduzida ao forno rotativo de secagem para terminar o processo de secagem e evaporação do líquido restante. Este líquido drenado retorna ao processo produtivo retornando para a estação de tratamento de efluentes. Para que o processo esteja ambientalmente correto, as empresas devem possuir um local que realize o controle dos poluentes gerados em todo o processo até chegar a etapa do forno rotativo de secagem, pois caso ocorra a demora na retirada do lodo, algunsproblemas podem ser acarretados, tais como: geração de odores e precipitação pluviométrica.
	Os materiais sólidos que passaram pelo turbo secador são moídos através do processo de moagem, transformando-se em sais e óxidos metálicos que são materiais inorgânicos gerados no processo. 
6. DISCUSSÕES
	No que se refere as questões ambientais sobre os eletroeletrônicos estamos destacando neste estudo novas formas e a evolução dos processos para recolhimento e tratamento destes materiais, bem como as mudanças e a criação de novas leis e diretrizes, tudo isto devido à necessidade de que sejam tomadas mais atitudes e medidas que reduzam e controlem a deterioração dos recursos naturais e preservação ambiental. 
A reciclagem vai muito mais além de tudo o que foi visto neste trabalho, embora seja caracterizada como um processo onde acontece a transformação de uma substância residual sólida onde não haveria nenhum tipo de aproveitamento, inferindo também em mudanças em seu estado físico ou até mesmo biológico para que desta forma o material volte a atribuir características retornando ao seu estado de matéria prima ou produto (PNRS), deixamos aqui um questionamento, pois sabemos que muitos, embora entendam o conceito de reciclagem, ainda não sabem o tamanho de sua importância, principalmente quando se trata de materiais eletroeletrônicos nos quais possuem compostos altamente prejudiciais ao meio ambiente e a saúde humana. Embora estes danos sejam inicialmente assintomáticos, quando deixados de lado podem causar sérios danos aos meios envolvidos.
	A reflexão sobre tudo o que compramos e utilizamos sempre foi fundamental, acontece que há uma necessidade atual de sermos responsabilizados pela forma com que descartamos tais produtos.
A ausência de uma visão sistêmica colabora para essa realidade. Isso porque não há uma divulgação adequada do destino dos resíduos e dos problemas de saúde pública decorrentes dos seus impactos. Nesse sentido, governo, sociedade e as entidades públicas e privadas comprometidas com a reciclagem de materiais recicláveis e eletrônicos precisam fomentar medidas educativas que viabilizem soluções mais eficazes quanto ao destino dos mesmos.
É necessário, também, acreditar no poder transformador da educação como linha de base para essa mudança comportamental. A partir de uma nova postura, é possível repensar o conceito de resíduo, não mais como um material sem uso, e sim, como matéria-prima que deve retornar à cadeia produtiva. Atualmente, podemos observar que o governo está mais assíduo no quesito cobrança no que tange ao assunto reciclagem em relação ao lixo gerado pela própria população, além de gerar riquezas para a sociedade através da reintrodução na cadeia produtiva estes materiais , sendo destinados e reaproveitados de forma adequada evita que sejam lançados todos os dias no meio ambiente diversos compostos nocivos à saúde humana e do ambiente, a longo prazo seus efeitos benéficos poderão ser vistos através de ruas, mares, rios, lagos e atmosfera menos poluídos. Outro exemplo de beneficiamento causado pela reciclagem é a geração de empregos para catadores através da criação de cooperativas como mencionado neste estudo. (CENÁRIO MT, 2020).
	Neste cenário, o REE quando tratado de maneira correta retorna, em partes, para a cadeia de produção se transformando em um bem econômico e gerador de renda (Lei 12.305/2010, artigo 6º), sendo assim, utilizado como matéria prima em empresas especializadas em reciclagem e remontagem ou até mesmo em indústrias (WIDMER,2016).
	A reciclagem dos resíduos eletroeletrônicos permite o reaproveitamento de metais ferrosos (ferro fundido, aço e suas ligas) e de metais não-ferrosos (cobre, estanho, zinco, chumbo e outros) que são enviados para as siderúrgicas, o que diminui a necessidade de extração de matérias-primas virgens da natureza. Além disto, há uma grande porcentagem de material plástico que também pode ser reaproveitado diminuindo uma grande parcela de emissão de CO2 para a atmosfera.
Em outro cenário, temos a evolução e o aumento da criação de cooperativas de catadores, a exemplo podemos citar o projeto Descarte Legal criado pelo instituto GEA em parceria com o Laboratório de Sustentabilidade da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, onde são utilizados recursos do fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal que objetiva gerar renda para os catadores das cooperativas de materiais recicláveis.
	Por outro lado temos o projeto de logística reversa que já fazia parte de algumas empresas mantenedoras de uma preocupação com a poluição ambiental, no entanto, ainda era um cenário pouco difundido no Brasil. Tendo em vista o exposto neste estudo, observamos um crescimento neste sentido através da implementação de novas leis já mencionadas, nas quais esperamos que haja um bom funcionamento e empenho tanto dos fornecedores, como das empresas distribuidoras e principalmente da população.
	Do fluxo tecnológico (item 5.4 – Estudo de Caso), mencionado neste artigo podemos observar alguns materiais resultantes do processo de descaracterização e separação dos REE, são eles:
Figura 9: Materiais resultantes do processo de descaracterização e separação
 
Fonte: Suzaquim, 2019
· Ferro: Existem processos diferentes de reciclagem de ferro. Um
exemplo a ser citado é a área voltada apenas para o reaproveitamento das latas de aço e outro para uso das siderúrgicas em geral. Já os outros materiais têm um rumo diferente, passam por um processo de examinação para verificar se existe radioatividade. A exemplo dos REE os eletrodomésticos eletroeletrônicos e outros produtos com ferro passam por uma triagem, onde várias vezes, o próprio catador retira as peças que lhes interessam. A forma de reciclagem destes materiais depende das leis do mercado, o reprocessamento se inicia com a separação de tipos de ferro, pois, existem aquelas com muita tinta, cola, plástico ou outros materiais e aquelas mais limpos como os retalhos que vêm das próprias siderúrgicas o que vai variar de acordo com a pureza do ferro. (Pensamento verde, 2019)
· Materiais inertes: Os materiais inertes consistem em plásticos 
diversos, borrachas, espuma, isopor, fibra, acrílicos, vidros e etc, provenientes da moagem dos mesmos. Estes são aquecidos numa prensa hidráulica e posteriormente resfriados numa segunda prensa hidráulica e descarregados em uma mesa apropriada, após isto, são descarregados e as placas são refiladas resultando em materiais reciclados tais como vasos para plantas, tampões de mesas, pallets de material inerte, entre outros.
· Placas de circuito impresso: É um material de difícil reciclagem 
do lixo eletrônico, são utilizadas em praticamente todos os equipamentos de tecnologia, como computadores e smartphones. Sua composição é altamente heterogênea, com muitos metais pesados, como o chumbo, cobre, cádmio e níquel, e também metais preciosos como o ouro, prata e a platina. Por isso sua reciclagem é muito importante economicamente e para o meio ambiente. Existem várias técnicas para a reciclagem dos materiais das PCIs, no entanto essas técnicas consomem muita energia e material e podem ser poluentes.
	Podemos citar três tipos de reciclagem para as placas de circuito: mecânico, químico ou térmico. A mecânica consiste na redução do tamanho do material e na fragmentação do objeto, que em seguida é britado e moído, posteriormente peneirados e passam por classificadores mecânicos que separam os materiais através do processo granulométrico. Por fim, são separados por densidade magnética, onde são separados os fragmentos magnéticos dos não magnéticos. Os não-magnéticos sofrem separação eletrostática, separando condutores de materiais dos não condutores de corrente elétrica, como polímero e cerâmico.
Na reciclagem química é realizada a extração dos metais com o uso da lixiviação, usando água-régia (75% de ácido clorídrico e 25% de ácido nítrico) ou ácido-sulfúrico, obtendo-se frações pesadas (metais) e frações leves (plásticos e cerâmicos). (REESEL, 2018)
A reciclagem térmicaconverte os metais em diferentes estados de pureza passando os metais por diversas temperaturas. Este processo exige grande quantidade energética para incinerar as placas e obter um metal concentrado, que segue para outro processo de separação eletrostática.
· Alumínio: A reciclagem do alumino consiste na reutilização do alumínio 
para confecção de novos produtos, o que reduz custos e o consumo de energia realizando a reciclagem ao invés de produzir o alumínio por meio da bauxita realizando a extração da matéria-prima. O alumínio extraído a partir da sucata eletrônica pode ser novamente fundido para ser reutilizado pela indústria.
· Cobre: O cobre possui grande performance no que diz a condutividade 
elétrica e está muito presente nos produtos eletroeletrônicos. A Associação do Desenvolvimento do Cobre destaca que na maior parte este metal é utilizado em aplicações elétricas, como a produção de fios esmaltados finos e superfinos.
O cobre é um metal 100% reciclável, e é um dos poucos materiais que pode ser reciclados diversas vezes sem perda de desempenho ou qualidade.
Algumas maneiras de reciclar o cobre são as seguintes:
· Realizar a pré-moagem dos cabos de cobre;
· Passar o material por uma esteira, com separador magnético, retirando os materiais ferrosos;
· Transportar o material da esteira para um silo de armazenamento;
Passar o material armazenado por um segundo processo de moagem;
· Passar os resíduos por um granulador, chegando ao tamanho final;
· Separar os resíduos dos plásticos, por fluxo de ar e vibração;
· Passar o material por uma peneira vibratória, que já distribui os resíduos por granulometria. (VG RESÍDUOS).
 
7. CONCLUSÃO
	Em questões sociais, verificou-se que ainda não estão sendo utilizadas todas as medidas já existentes referente aos danos que são causados pelos resíduos descartados incorretamente todos os dias, tendendo ainda ao aumento desta geração.
	Em contrapartida, observa-se uma evolutiva no assunto com a criação de algumas cooperativas, embora ainda sejam poucas. Também temos a criação do decreto sobre novas regras para recolhimento de eletrônicos publicada recentemente no DOU que reforça o processo de logística reversa já citado na PNRS e alguns projetos para redução de lixo eletrônico.
	O presente estudo, visa mostrar sugestões para tratativa do assunto “Gestão de REE”, dando visibilidade ao tema e ligando a gestão dos resíduos à sustentabilidade ambiental. A autora entende que foram alcançados os objetivos propostos, dentre os quais identificar qual o atual cenário de gerenciamento do resíduo, identificando a perspectiva e buscando a intenção e interesse de gestores e empresas para tratar tais resíduos e contribuir para a ecoeficiência, fortalecendo a questão ambiental. Para tal, além da proposta de parceria entre empresas e corporações mencionadas no decreto, também foram propostas parcerias entre instituições de menor porte com alcance de áreas que possuem baixo conhecimento do assunto, aumentando assim, a consciência ambiental através da educação e divulgação.
	Salientando que, devem ser melhor compreendidas os desafios enfrentados e as ações entre os grupos coparticipantes pela redução dos impactos ambientais ocasionados pelo descarte inadequado de eletrônicos, sendo estes grupos: governo, fabricantes, varejistas e os consumidores. Tudo isto, através da realização de parcerias, como já mencionado, e fortalecimento da responsabilidade compartilhada, pois embora haja um ordenamento legislativo sobre tal responsabilidade, a autora entende que o ônus do gerenciamento ainda recai sobre a municipalidade governamental.
	Espera-se que a sociedade seja atraída para esta problemática como ajudadores na resolução ou redução do problema. O estudo se destina também, a qualquer outro agente que tenha interesse em minimizar os danos ambientais causados pelo descarte inadequado. Observamos que, se a obsolescência programada continuar sem que as ações necessárias impostas e cobradas pelo governo junto à sociedade, os danos ao meio ambiente nunca terão redução significativa perceptível. Para, tal, é necessário o envolvimento de ações governamentais, tais como aplicações financeiras e criação de projetos que sejam efetivos na tratativa do assunto, incentivando o interesse e criando mais cooperativas que possam abraçar este nicho de mercado e não menos importante, fortalecer o incentivo fiscal de forma que estejam envolvidas todas as etapas do pós-consumo até a destinação final dos REE.
	Tendo em vista o que foi apresentado, avalia-se que os REE originam um vasto e diversificado campo a ser explorado e pesquisado em nosso país.
8. SUGESTÕES FINAIS
O presente estudo busca aproximar a gestão dos eletroeletrônicos à populações que não possuem acesso a pontos de descarte ou cooperativas para destinarem seus materiais eletrônicos inservíveis, salientando que as cooperativas existentes atualmente ficam localizadas em locais distantes, fazendo com que haja recolhimento de eletrônicos apenas da população local ou de fácil acesso. Vemos agora um envolvimento das empresas e também da área governamental, no entanto, a sugestão de melhoria é trazer esta gestão para o âmbito municipalizado, onde poderia haver uma parceria entre prefeituras e cooperativas, inserindo redes de coleta seletiva das prefeituras, onde as cooperativas iriam até os pontos de coleta buscar o material coletado trazendo estes pontos de coleta para locais mais próximos das populações, à exemplo as quadras poliesportivas construídas pelas prefeituras nos bairros que poderiam se tornar um local de recolhimento de REE. Atualmente as cooperativas só recebem materiais de grandes empresas, mas não há parcerias com prefeituras que vinculem coleta seletiva junto à cooperativas.
	No cenário atual de desemprego, também pode ser aplicado ainda mais como fonte de geração de renda populacional e também mitigar os impactos ambientais pelo descarte inadequado da população devido à falta de locais adequados para descarte e também devido à falta de orientação dos malefícios causados pelo descarte incorreto.
Se por um lado haveria benefícios para as cooperativas que teriam mais pontos de coleta e disponibilização de matéria prima a custo zero, por outro lado termos também os benefícios que este tipo de incentivo traz para os bairros e pequenos municípios, pois incentiva a conscientização e atenção para o descarte inadequado uma vez que a comunidade pode participar ativamente do projeto. Saúde para a população, educação e informação para as escolas e melhoria da qualidade da saúde ambiental do entorno; ações como esta inclusive ajudariam a fomentar e despertar o interesse da segregação de demais materiais recicláveis por parte da comunidade, reduzindo ainda mais o descarte inadequado de materiais que podem ser reaproveitados.
	O recolhimento atual está muito distante da nossa vivência diária junto aos resíduos entretanto , com uma visão futura e otimista vemos que esta parceria prefeitura x cooperativa através do recebimento destes resíduos eletrônicos que também, por conterem em sua composição metais preciosos favorece tanto a geração de renda para a comunidade como obtenção de lucro para a cooperativa na extração destes metais com valor agregado e no que condiz ao meio ambiente, cada município seria beneficiado com a diminuição da poluição ambiental das ruas, matas, aterros, lençóis freáticos, entre outros locais onde são lançados fora, tudo isto sendo apontado como solução pontual com intuito de alcançar populações menores, ao invés de beneficiar apenas grandes cidades e empresas.
No entanto, é possível verificar a necessidade de melhorias no processo de educação básica, especialmente considerando que o descarte adequado dos materiais vão muito além da mera gestão de resíduos, envolvendo ainda a saúde pública.
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