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EVOLUÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA - DE HIPÓCRATES AO SÉCULO 21

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A EPIDEMIOLOGIA DE HIPÓCRATES AO SÉCULO XXIA EPIDEMIOLOGIA DE HIPÓCRATES AO SÉCULO XXIA EPIDEMIOLOGIA DE HIPÓCRATES AO SÉCULO XXI
 
Evolução do conceito de epidemiologiaEvolução do conceito de epidemiologiaEvolução do conceito de epidemiologia
Objetivos fundamentais da epidemiologiaObjetivos fundamentais da epidemiologiaObjetivos fundamentais da epidemiologia
O termo epidemiologia tem origem no grego:
epi (sobre), demos (povo), logos (conhecimento)
e foi utilizada por Hipócrates na Grécia antiga
durante o século VI a.C.
O termo "epidemia" era utilizado para designar a
ocorrência de casos de doenças infecciosas no
século XVII.
Em 1873 foi criado o termo "epidemiologia",
que significa "estudo das epidemias".
Atualmente, o conceito globalmente aceito de
epidemiologia é: "o estudo da distribuição e dos
determinantes dos estudos de saúde ou eventos
em populações específicas, e a aplicação deste
estudo ao controlo dos problemas de saúde",
proposta por John Last (LAST, 2008). Identificar a etiologia ou os fatores de risco para uma determinada
doença;
Determinar a "extensão" de uma dada doença na comunidade;
Estudar a história natural e o prognóstico das doenças;
Avaliar novas medidas preventivas e terapêuticas;
Fornecer evidências quantitativas e qualitativas para o desenvolvimento
de políticas de saúde e planos públicos de intervenção (GORDIS, 2008).
Evolução da epidemiologiaEvolução da epidemiologiaEvolução da epidemiologia
Hipócrates (460-377 a.C), pai da Medicina, fez observações acerca da propagação
das doenças e ainda sobre a forma como estas afetavam populações. Ele estava certo
ao referir que beber águas paradas era prejudicial, mesmo sem conhecer a sua
etiopatogenia. Além disso, ele identificou doenças quentes e frias e também
tratamentos frios e quentes. Ainda, acreditava que o corpo era composto por quatro
humores: sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra e que as doenças eram
resultados do desequilíbrio destes humores.
Entre os séculos XIV a XVII predominava o paradigma miasmático, onde
acreditava-se que a peste, por exemplo, era causada por miasmas (vapores invisíveis
que circulavam no ar).
No século XVII, John Graunt (1620-1674) resumiu o padrão de mortalidade em
Londres, onde relatou mortes por causas aparentes que foram usadas para
providenciar um sistema de monitorização para as pragas e as pestes, o tornando o
primeiro epidemiologista a realizar estatísticas demográficas.
CONTINUA NA PRÓXIMA FOLHA
A EPIDEMIOLOGIA DE HIPÓCRATES AO SÉCULO XXIA EPIDEMIOLOGIA DE HIPÓCRATES AO SÉCULO XXIA EPIDEMIOLOGIA DE HIPÓCRATES AO SÉCULO XXI
 
Evolução da epidemiologia (continuação)Evolução da epidemiologia (continuação)Evolução da epidemiologia (continuação)
Ainda no século XVII, Graunt fez várias inferências acerca dos padrões
de fertilidade, morbilidade e mortalidade a partir de tabelas chamadas
de tabelas de mortalidade. Ele foi o primeiro a estimar o número de
habitantes, estrutura etária e a taxa de crescimento da população de
Londres, e foi o primeiro a construir uma tabela que resumia os padrões
de mortalidade e sobrevivência, criando assim a demografia.
No mesmo século, Thomas Sydenham (1624-1689) classificou as
febres, identificando a febre contínua, a intermitente e a variola.
No século XVIII, James Lind (1716-1794) observou o efeito do tempo,
do local, do clima e da dieta na propagação das doenças e ainda ele
identificou que o escorbuto era comum em marinheiros durante longas
viagens e associou a doença com a dieta dos marinheiros.
Em 1850 foram realizados os censos e decretou-se uma reforma
sanitária em que as estatísticas vitais foram usadas para apoiar
deduções acerca do crescimento populacional, os padrões de saúde e de
doenças, e as políticas de saúde. Diante disso, o período antes de 1850
é chamado de "pré-história" da epidemiologia e da demografia.
William Farr (1807-1883), considerado um dos fundadores da
epidemiologia moderna, defendeu a ideia de que algumas doenças,
principalmente as crônicas, teriam uma causa multifatorial. Ele
descreveu o estado de saúde das populações, procurou estabelecer
determinantes da saúde pública e aplicou o conhecimento adquirido na
prevenção e controle de doenças.
Ainda no século XIX, o médico Ignaz Semmelweis (1818-1865) se
destacou pelo seu trabalho no domínio da prevensão e transmissão de
doenças, descartando a teoria miasmática e outras teorias concorrentes,
ele considerou a possibilidade de o contágio ter origem em tecidos
contaminados transmitidos de mulher para mulher e ainda através das
mãos e instrumentos contaminados, usados pelos profissionais.
Louis Pasteur (1822-1895), concluiu que os responsáveis pela
fermentação eram os microrganismos e que o calor provocava a sua
morte.
Robert Koch (1843-1913) comprovou a existência dos microrganismos,
dando inicio à era microbiológica.
Florence Nightingale (1820-1910) chegou a conclusão de que as taxas
de mortalidade das doenças decresciam com a melhoria dos métodos de
saneamento e com a implementação de normas de gestão e
administração hospitalar.
A era da epidemiologia das doenças infecciosas durou até à Segunda
Guerra Mundial, onde após isso ocorreu a transição epidemiológica,
surgindo um novo período chamado de epidemiologia das doenças
crônicas.
Atualmente, no século XXI, a epidemiologia está com um foco mais
multicausal, onde inúmeros fatores influência na saúde e doença da
sociedade. Onde busca entender os motivos pelos quais, numa mesma
população, o risco de doença é variável de pessoa para pessoa.
Aluno: Matheus Pablo Barreto dos SantosAluno: Matheus Pablo Barreto dos SantosAluno: Matheus Pablo Barreto dos Santos

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