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Relatório da aula de simulação do dia 31/05/2021 Caroline Lopes dos Santos Universidade Federal de Santa Maria Disciplina de Dispositivos e Circuitos Eletrônicos III Santa Maria, RS Viviane Anziliero Antunes Universidade Federal de Santa Maria Disciplina de Dispositivos e Circuitos Eletrônicos III Santa Maria, RS Resumo — Nessa aula foram feitas três simulações referentes à circuitos de amplificadores diferenciais (AmpDifs). Na primeira simulação o objetivo foi fazer uma análise CC de um AmpDif, calculando e simulando as correntes e tensões de interesse para depois compará-las. Na segunda simulação foi feita uma análise CA do mesmo AmpDif, com entrada simples e saída diferencial, visando principalmente calcular e simular o ganho. Por fim, foi simulado um circuito AmpDif com espelho de corrente fornecendo a corrente de cauda. Todos os resultados simulados foram coerentes com os resultados calculados na teoria. Palavras-chave— Amplificadores, Diferenciais, Eletrônica, Simulação. I. SIMULAÇÃO I O primeiro circuito a ser simulado está ilustrado na Figura 1 abaixo e representa um circuito de amplificador diferencial em análise CC: Fig. 1. Circuito simulado na análise CC Para realizar a análise CC deste circuitos serão utilizadas as seguintes formulações: IT=(VEE - VBE)/RE (1) IE =IC = IT/2 (2) VC = VCC - IC.RC (3) re’ = VT/IE (4) Sendo IT a corrente de cauda, que se divide igualmente entre os dois resistores RC; IC a corrente efetiva que circula nestes resistores e VC a tensão obtida no ponto C da figura 1, no qual é obtida a tensão de saída VOUT. A. Cálculos de corrente e tensão Efetuando o cálculo de corrente de cauda (1) obtemos o valor de IT = 1,906 mA no ponto de conexão entre os dois transistores e considerando a queda de tensão VBE. A partir desta corrente IT encontramos o valor de IC= 953,3 A, a qual circula pelos resistores RC e, ao aplicarmos naµ equação (3) obtemos a tensão no ponto C igual a 10,23V. Ao aplicar uma tensão na base do transistor Q1 podemos esperar o seguinte ganho diferencial: AV = RC / re’ = 5k /(25m/IE) = 5K/26,22 = 190,7 (5) B. Valores simulados e comparação Abaixo nas Figuras 2 e 3 temos os valores das correntes e tensão medidos na simulação: Fig. 2. Corrente de cauda e corrente de emissor medidas Fig. 3. Tensão de coletor medida Os valores numéricos são dados abaixo: (6)𝐼 𝑇 = 1, 913 𝑚𝐴 (7)𝐼 𝐸 = − 956, 561 µ𝐴 (8)𝑉 𝐶 = 10, 232 𝑉 Abaixo temos os cálculos dos erros relativos: (1,913 - 1,906)/1,906] .100 =0,36% (9)𝑒𝑟𝑟𝑜 𝐼 𝑇 = [ (956,56 - 953,3)/953,3]. 100 =0,34% (10)𝑒𝑟𝑟𝑜 𝐼 𝐸 =[ (10,232 -10,23)/10,23]. 100= 0,019% (11)𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑉 𝐶 = [ Os valores de erro foram muito baixos, portanto a simulação foi bem sucedida, alcançando os valores teóricos previstos em aula. II. SIMULAÇÃO II Abaixo na Figura 4 temos o amplificador diferencial simulado, sendo o mesmo da seção anterior, mas agora para uma análise AC: Fig. 4. Amplificador diferencial simulado na segunda parte Nesta segunda parte, podemos considerar os mesmo valores de corrente de cauda (IT) e corrente que circula no resistor (IC), pois estes não sofrem influência ao inserir uma variação de tensão na base do transistor Q1. O mesmo vale para o ganho do amplificador (AV), logo: IT = 1,9 mA (12) IC = 0,95 mA (13) AV = 190,7 V/V (14) A. Cálculos do ganho, Vout e Zin VOUT = AV . VIN (15) ZIN = 2.β. re’ (16) A tensão de saída calculada pela equação (15) para este circuito ao inserir uma tensão V1 = 1 mV foi de VOUT =190,7 mV. Uma consequência da inserção desta tensão é o surgimento de uma impedância de entrada ZIN, vide equação (13), de valor 15,732 kΩ. A. Valores simulados e comparação Abaixo nas Figuras 5 e 6 temos os valores simulados para a corrente de cauda, corrente de emissor e tensão de saída, respectivamente: Fig. 5. Corrente de cauda e corrente de emissor medidas na análise AC Fig. 6. Tensão de saída simulada Os valores numéricos medidos são dados abaixo: (17)𝐼 𝑇 = 1, 913 𝑚𝐴 (18)𝐼 𝐸 = − 939, 08 µ𝐴 (19)𝑉 𝑜𝑢𝑡 = 173, 947 𝑚𝑉 Portanto o ganho simulado foi: (20)𝐴 𝑉 = 173, 947𝑚 / 1𝑚 = 173, 947 Cálculo dos erros: (1,913 - 1,906)/1,906] .100 =0,36% (21)𝑒𝑟𝑟𝑜 𝐼 𝑇 = [ 𝑒𝑟𝑟𝑜 𝐼 𝐸 =[(939, 08 − 953, 3)/953, 3]. 100 = 1, 49% (22) [(173,947 -190,7)/190,7]. 100 = 8,78% (23)𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑉 𝑜𝑢𝑡 = [(173,947 -190,7)/190,7]. 100 = 8,78% (24)𝑒𝑟𝑟𝑜 𝐴 𝑉 = Nesta avaliação de erros percebemos uma diferença maior em relação à primeira simulação. Tal erro está atrelado à variação do valor da tensão de saída do amplificador, mas ainda assim pouco relevante. III. SIMULAÇÃO III Abaixo na Figura 7 temos o circuito a ser dimensionado para essa simulação, um amplificador diferencial de entrada diferencial, saída diferencial, e corrente de cauda fornecida por espelho de corrente: Fig. 7. Circuito a ser dimensionado para a terceira simulação Devemos primeiro dimensionar o resistor R1 de modo a obter uma corrente IC1 = 2 mA, para isso usamos a seguinte equação: IC1 =( VCC -(-VCC )- VBE )/ R1 (25) 2 m = (9+9-0,7) /R1 (26) R1 = 8,65 kΩ (27) Escolhendo o resistor dentre os valores comerciais𝑅 1 disponíveis para a atividade (500 , 1 k , 5,1 k e 10 k ),Ω Ω Ω Ω verificamos que o mais próximo seria o resistor de 10 k ,Ω portanto temos novos valores para e :𝑅 1 𝐼 𝐶1 (28)𝑅 1 = 10 𝑘Ω 𝐼 𝐶1 = ( 9 + 9 − 0, 7 )/ 10 𝑘 = 1, 73 𝑚𝐴 (29) Ao observarmos o circuito, percebe-se que a corrente IC1 se divide igualmente entre os resistores RC2 e RC3, deste modo: IC2 =IC3 = IC1/2 = 0,865 mA (30) Desejada uma tensão de saída VOUT,DC = 4,5V, dimensionamos os resistores R2 e R3 respeitando a Lei de Kirchhoff, e temos: VOUT, DC = VCC - IC2R2 (30) R2= (9 - 4,5)/0,865 m = 5,202 kΩ (31) Portanto para o valor exato temos: 𝑅 2 = 𝑅 3 = 5, 202 𝑘Ω (32) Escolhendo os resistores e dentre os valores𝑅 2 𝑅 3 comerciais disponíveis para a atividade (500 , 1 k , 5,1 k eΩ Ω Ω 10 k ), temos para o valor disponível:Ω (33)𝑅 2 = 𝑅 3 = 5, 1 𝑘Ω Recalculando a tensão de saída pela equação (30) com o novo valor de temos:𝑅 2 VOUT , DC = 9 − 0, 865𝑚. 5, 1𝑘 = 4, 589 𝑉 (34) A. Cálculo de ganhos e taxa de rejeição em modo comum Considerando que , então:𝐼 𝐸 ≅ 𝐼 𝐶2 (35)𝑟 𝑒 ' = 25𝑚 / 𝐼 𝐶2 = 25𝑚/0, 865𝑚 = 28, 902 Ω 𝐴 𝑉 = 𝑅 2 /𝑟 𝑒 ' = 5, 1𝑘/28, 902 = 176, 458 (36) Portanto o ganho em modo diferencial será dado pela diferença de tensão nos coletores de Q1 e Q2 multiplicada pelo ganho acima, conforme vemos abaixo: VOUT, AC = (V1-V2)AV = 2m.176,458 = 352,916 mV (37) O ganho em modo comum com saída diferencial é: AV(CM)= R2 / R1 = 5,1k /(10k) = 0,510 (38) E a taxa de rejeição do modo comum é: CMRR = AV/AV(CM) =176,458/0,510 = 345,996 (39) B. Valores simulados e comparação Foi simulado então o circuito da Figura 8 abaixo: Fig. 8. Circuito simulado na terceira parte Os valores medidos para tensão de saída, corrente de coletor e corrente de cauda encontram-se nas Figuras 9 e 10: Fig. 9. Corrente de coletor em R2 e corrente de cauda em R1 Fig. 10. Tensão de saída diferencial (sem componente DC) Os valores numéricos medidos na simulação encontram-se abaixo: (40)𝐼 𝐶2 = 0, 957 𝑚𝐴 1,733 mA (41)𝐼 𝐶1 = 𝐼 𝑇 = 342,964 mV (42)𝑉 𝑜𝑢𝑡, 𝐴𝐶 = 4,291 V (43)𝑉 𝑜𝑢𝑡, 𝐷𝐶 = Cálculo dos erros: (1,773 - 1,73)/1,73] .100 = 2,48% (44)𝑒𝑟𝑟𝑜 𝐼 𝑇 = [ 𝑒𝑟𝑟𝑜 𝐼 𝐶2 =[(957 − 865)/865]. 100 = 10, 63% (45) (342,964 -352,916)/352,916. 100 = 2,82%𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑉 𝑂𝑈𝑇,𝐴𝐶 = (46) [(4,291 -4,598)/4,598]. 100 = 6,67%𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑉 𝑂𝑈𝑇,𝐷𝐶 = (47) [(171,482 -176,458)/176,458]. 100 = 2,81%𝑒𝑟𝑟𝑜 𝐴 𝑉 = (48) Os valores de erro foram muito baixos, portanto a simulação foi bem sucedida. O maior erro foi encontrado para o que pode ser explicado por diferenças internas do𝐼 𝐶2 transistor simulado para um modelo ideal teórico. REFERÊNCIAS [1] R. Boylestad, L. Nashelsky, Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos. 11. ed, São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.
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