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Intermediária – Problema 4 Módulo - Perda de Sangue Hyana M. UNIME 2021.2 epidemiologia: O TEP (tromboembolismo pulmonar) é a terceira causa de morte cardiovascular. É mais comum em homens no avançar da idade definição: Tromboembolismo Pulmonar é uma condição em que um trombo se desprende da circulação sistêmica e vai impactar na circulação pulmonar. Por exemplo, um paciente que tem uma trombose venosa profunda, esse trombo se forma nas veias dos membros inferiores. Esse trombo se desprende, chega ate o átrio direito pela veia cava inferior – ventrículo direito – vai pela artéria pulmonar e impacta ou na região proximal da artéria pulmonar (se esse trombo for bem grande) ou ele vai impactar em algum dos ramos da artéria pulmonar - fazendo um pequeno infarto pulmonar. Assim como a Trombose Venosa Profunda (TVP), o TEP é uma doença venosa profunda ou tromboembolismo venoso. Portanto, um dos grandes desafios em casos de embolia pulmonar é RECONHECER os fatores de risco e sinais e sintomas que indicam TEP. A embolia pulmonar não acontece só por trombo, ela pode ocorrer, por exemplo, por embolia gasosa (condições não trombóticas) e embolia gordurosa – paciente que tem fratura de osso longo, a medula óssea amarela acaba caindo na circulação, a medula amarela por ser gordura, não é solúvel na agua e acaba fazendo essa embolia e pode impactar na circulação pulmonar. Ilustração mostra a presença de um trombo em veias profundas do membro inferior, sendo embolizado para ramos da artéria pulmonar direita. !!! A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sanguíneas primitivas. fisiopatologia: A patogênese do Tromboembolismo Pulmonar envolve os fatores que predispõe a ocorrência de Trombose Venosa Profunda (TVP), ou seja, os elementos da Tríade de Virchow - estase venosa, hipercoagulabilidade e lesão endotelial. Tromboembolismo pulmonar (TEP) é uma síndrome clínica definida como a presença de trombos que impactam e ocluem vasos arteriais pulmonares, levando a uma grande variedade em suas manifestações clínicas. A grande maioria dos trombos é originária da trombose venosa profunda dos membros inferiores. Existem também outros tipos de embolismo pulmonar não causados por trombos, como a embolia gordurosa, gasosa ou tumoral que podem ocorrer apesar de serem muito menos comuns. Embolia pulmonar é a obstrução da artéria pulmonar ou de suas ramificações por um material (trombo, tumor, gordura ou ar) que se origina no corpo. Os trombos já surgem nos pulmões? Não, cerca de 90% dos casos de TEP surgem de TVP Previa (trombose venosa profunda). A maior parte dos trombos que se desprendem, ganham a corrente sanguínea, vão para os pulmões e originam a TEP estão nas veias íleo- femorais. E os trombos na panturrilha? Eles sozinhos tem baixo risco, mas a maioria dos trombos ílio- femorais são resultados de trombos na veia poplítea. Então, o principal sítio venoso envolvido no TEP é a região ílio – femoral. Intermediária – Problema 4 Módulo - Perda de Sangue Hyana M. UNIME 2021.2 Na maioria dos casos de TEP, há formação de trombos nos membros inferiores na região íleo-femoral (vasos proximais dos membros inferiores), esses trombos se movimentam em direção a circulação pulmonar, obstruindo os vasos arteriais pulmonares. Os trombos também podem se originar em membros superiores, mas essa situação é mais rara. Os trombos presentes nos MMII ascende pela veia cava inferior e acessa o coração através do átrio direito, depois ele vai pro ventrículo direito e por fim alcança a circulação pulmonar. Essa obstrução dos vasos leva a redução da pré-carga e a liberação de mediadores inflamatórios como o tromboxano que age promovendo a vasocontrição e elevando a resistência pulmonar. O ventrículo direito tenta manter o equilíbrio, ou seja, ele mantem o debito cardíaco a custa do aumento da pressão pulmonar. Como consequência dessa instalação súbita, as fibras cardíacas podem se “rasgar” levando á dilatação da câmera direita, que pode deslocar o septo intrerventricular (isso pode ser visualizado no ecocardiograma). -- a hipertensão pulmonar pode permanecer mesmo após o tratamento do episodio agudo, se tornando uma complicação. TEP com obstrução de ramos mais distais dos vasos pulmonares apresentam maior risco de desenvolvimento de infarto pulmonar, com resposta inflamatória intensa na região em decorrência da morte celular. Podemos correlacionar isso com as manifestações clinicas como hemoptise e dor pleurítica. – distal é aquela afastada da raiz, longe do tronco. ESPAÇO MORTO: com a obstrução de um ramo da artéria pulmonar, surge uma área de espaço morto patológico no pulmão, esse espaço morto é uma área em que há ventilação, mas não há perfusão para que ocorra troca gasosa -- o ar chega mais ele não passa, é como se aquela região fosse um espaço morto. Dessa forma vai haver uma alteração na relação ventilação/perfusão (V/Q), o que contribui para o desenvolvimento de sintomas respiratórios como dispneia e alterações como hipóxia (quantidade de oxigênio transportada para os tecidos do corpo é insuficiente, causando sintomas como dor de cabeça, sonolência, suor frio, dedos e boca arroxeados e até desmaios). A dinâmica respiratória também é alterada na TEP em decorrência da resposta inflamatória, que contribui para a ocorrência de atelectasia (um quadro clínico no qual a totalidade ou parte de um pulmão fica sem ar e entra em colapso), taquipneia e consequentemente hipoxemia e alcalose respiratória (é a diminuição primária da pressão parcial de dióxido de carbono (PCO2) com ou sem redução compensatória do bicarbonato (HCO3 −); o pH pode estar alto ou quase normal), nos casos mais graves. fatores de risco para tep: Os fatores de risco estão intimamente relacionados com a fisiopatologia da doença: formação de trombos. Basicamente devemos pensar na Tríade de Virchow, que descreve os fatores que contribuem para a ocorrência de trombose: estase venosa, hipercoagulabilidade e lesão endotelial. Ou seja, para pensar nos fatores de risco é só pensar em doenças, acometimentos e condições que gerem algum de um dos três pontos da Tríade de Virchow. Qualquer situação que envolva um desses três elementos da tríade aumenta a chance de ocorrência do tromboembolismo pulmonar. É importante saber que múltiplos fatores podem estar presentes em um só paciente, elevando ainda mais o risco de TEV. Fatores de risco podem ser: Intermediária – Problema 4 Módulo - Perda de Sangue Hyana M. UNIME 2021.2 1. Deficiência de proteína S 2. Fator V 3. Deficiência de proteína C 4. Deficiência antitrombina 5. Mutação protrombina 6. Hiper – homocisteinemia 7. Infarto do miocárdio nos últimos 3 meses 8. Fratura de membros inferiores paciente teve fratura de tíbia direita e realizou cirurgia (o trombo poderia ter migrado?) 9. Infecção – em especial pneumonia, infecção do trato urinário 10. Obesidade 11. Tabagismo paciente tabagista 12. DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica 13. Câncer 14. ICC – insuficiência cardíaca congestiva 15. IAM – infarto agudo do miocárdio 16. Gravidez 17. Anticoncepcional oral 18. Idade > 40 anos16 19. TEV (tromboembolismo venoso) prévio 20. Imobilização 21. Trauma (cirúrgico e não cirúrgico) 22. Cirurgia recente (ultimo 3 meses) paciente fez cirurgia ortopédica há vinte dias. 23. Terapia de Reposição Hormonal 24. Doença mieloproliferativa 25. Varizes em MMII 26. Síndrome antifosfolípide (SAF) 27. QuimioterapiaEstase venosa: é a estagnação do sangue dentro da veia. Ocorre durante a inatividade prolongada, tal como permanecer sentado por longo período de tempo (viagens de avião ou automóvel), pessoas acamadas, cirurgias prolongadas, dificuldade de deambulação, etc. Hipercoagulabilidade: o estado de hipercoagulabilidade pode ser definido como qualquer alteração na via de coagulação sanguínea, como deficiência de moléculas anticoagulantes e até excessos de componentes responsáveis pela coagulação sanguínea, podendo ser por causas genéticas ou adquiridas. Uma causa fisiológica e transitória de hipercoagulabilidade muito comum nas mulheres é a gravidez, por conta de um estado hiperestrogênico causado pelos hormônios, que com o passar dos trimestres gestacionais, propicia o aumento dos fatores de coagulação, culminando em elevação da trombina, juntamente com a diminuição de algumas substâncias anticoagulantes, como a proteína S e antitrombina, por isso, é necessário para as mulheres grávidas que realizem atividades físicas, a fim de diminuir a estase venosa, contrabalanceando com seu estado hipercoagulável, reduzindo assim as chances de desenvolver um trombo. classificação: Etiologia: TEP provocada: a etiologia foi causada por alguma situação recente no período entre 6-12 semanas. Ex: Cirurgias recentes, fratura de fêmur, imobilização. TEP não provocada: não se sabe a etiologia do tromboembolismo pulmonar. Ex: paciente previamente hígido sem comorbidades evolui com quadro TEP agudo. Apresentação Clínica – Risco de mortalidade: TEP maciça/alto risco: Paciente hemodinamicamente instável (PAS < 90mmHg). PAS=pressão arterial sistólica. TEP submaciça/risco moderado: Paciente está estável (sem choque ou hipotensão), porém apresenta disfunções miocárdicas no ecocardiograma (disfunção de ventrículo direito, áreas de hipocinesia), então tem alto risco de mortalidade – PESI classe III – V ou PESIs > ou igual 1. TEP não maciça/baixo risco: Paciente estável (sem choque nem hipotensão) e sem alterações miocárdicas, ou seja, aquele que não é nem maciça e nem submaciça. – PESI classe I-II ou PESIs = 0. Essa classificação representa a repercussão hemodinâmica do paciente. A instabilidade hemodinâmica é definida como pressão arterial sistólica (PAS) < 90mmHg ou queda da PAS em mais de 40mmHg em um intervalo de 40 minutos, e quando presente, o paciente esta no quadro de TEP maciço ou de alto risco. OBS: Esses pacientes apresentam altas taxas de mortalidade nas primeiras 72 horas do quadro e precisam ser trombolisados em uma unidade de terapia intensiva. ESCORE DE PESI original e PESI simplificado: O PESI é uma ferramenta que estratifica o risco de mortalidade por tromboembolia pulmonar aguda (TEP), auxiliando os médicos a definirem o tratamento do paciente após um episódio de TEP. Variável PESI Original PESI Simplificado Idade > 80 anos Idade em anos 1 Sexo masculino + 10 - Historia de Câncer +30 1 Historia de Doença Pulmonar Crônica +10 1 Historia de Insuficiência cardíaca +10 Pulso > ou igual 110 bpm +20 1 FR > ou igual 30 irpm +20 - PAS: < 100 mmHg +30 1 T < 36ºC +20 - Estado mental alterado +60 - SaO2 < 90% +20 1 O que é importante saber sobre essa ferramenta? Pacientes PESI Classe I ou II: o tratamento deve ser feito em domicílio com uso de anticoagulante oral, Intermediária – Problema 4 Módulo - Perda de Sangue Hyana M. UNIME 2021.2 sem necessidade de internamento hospitalar para avaliação diagnóstica. São classificados como baixo risco. Paciente PESI Classe > II: internamento hospitalar para investigação do quadro e avaliar prognóstico. Deve-se solicitar ecocardiograma transtorácica (eco- TT) + enzimas cardíacas (troponina e BNP). Esses pacientes são classificados como risco intermediário e podem ainda ser divididos em risco intermediário baixo (eco-TT OU enzimas cardíacas alteradas OU nenhum dos dois alterados) ou risco intermediário alto (ambos os exames alterados). Pacientes com alteração no ecocardiograma transtorácica e/ou alteração de troponina/BNP apresentam pior prognóstico. 1. Classe I – 65 ou mais pontos (muito baixo risco) 2. Classe II – 66-85 pontos 3. Classe III – 86-105 pontos 4. Classe IV – 106 – 125 pontos 5. Classe V - 125 pontos Paciente do caso pode ser classificada na classe I e TEP não maciça, ela apresenta historia de asma, FC: 110 bpm. Local da Obstrução: o TEP também pode ser classificado de acordo com a localização anatômica da obstrução da árvore vascular do pulmão. TEP em sela: Obstrução na bifurcação das artérias pulmonares principais (esquerda ou direita) são classificadas como TEP em sela. o TEP pode ser classificado como lobar, segmentar ou subsegmentar vai depender de quão grande é a área de irrigação da artéria obstruída. Agudo/subagudo/crônico: O tromboembolismo pulmonar também pode ser subdividido em TEP agudo, subagudo e crônico: 1. Pacientes com TEP agudo: apresentam sintomas de início súbito no momento em que há a embolização do trombo para um dos ramos arteriais da circulação pulmonar. 2. TEP subagudo - Alguns pacientes passam a apresentar sintomas no decorrer de dias ou poucas semanas após a embolização. 3. TEP crônico – pacientes que apresentam uma embolização na vasculatura pulmonar e desenvolvem gradualmente (no decorrer de meses a anos) hipertensão pulmonar. quadro clinico: O primeiro ponto importante da TEP é que se você não pensar no diagnóstico de TEP, você não diagnostica, ou seja, sempre ter em mente que pode ser TEP pra não passar batido. - QUEM NÃO PENSA EM TEP NÃO DIAGNOSTICA TEP TEP é uma condição muito frequente, principalmente em paciente internado. Normalmente esses sintomas são súbitos, então são pacientes que relatam que esta com dor torácica súbita, com dispneia súbita. paciente PNP tem dispneia, e relata que acordou com tosse e dificuldade para respirar e negou ter esses sintomas anteriormente. A dor torácica é do tipo dor pleurítica: dor aguda no peito que piora quando se respira, tosse ou espirra. paciente nega dor torácica Taquicardia e taquipneia paciente com FC: 110 e FR: 25 Tosse, que pode se apresentar seca ou hemoptoica (com sangue) paciente com tosse seca Sinais de instabilidade (hipotensão/ PAS <90) Hiperfonese de B2 na ausculta cardíaca (sugere existência hipertensão pulmonar) paciente PNP estava com bulhas rítmicas normofonéticas em 2 tempos. Sibilos na ausculta respiratória Distensão jugular Murmúrios vesiculares reduzidos (como consequência de atelectasias) Febre ocorre de forma menos frequente Sinais de TVP como edema assimétrico em membros inferiores que pode ou não estar associado a dor, calor e rubor (sinais flogísticos) no local. – pra pensar se houve TVP (trombose venosa profunda). o paciente tem edema no membro inferior direito e dor à palpação de panturrilha. Sintomas menos comuns que podem ser manifestados por pacientes com TEP são síncope, dor retroesternal, ansiedade e redução do nível de consciência. Acaba sendo sintomas e sinais bem inespecíficos, porque varias doenças podem da isso, mas a principal coisa é que é sintoma súbito. O principal sintoma do TEP é DISPNEIA e o principal sinal é a TAQUIPNEIA. Intermediária – Problema 4 Módulo - Perda de Sangue Hyana M. UNIME 2021.2 A pleurite ou pleurisia é uma condição na qual a pleura, que é a membrana que cobre os pulmões e o interior do tórax, fica inflamada, gerando sintomas como dor na região do peito e costelas, tosse e dificuldade para respirar, por exemplo. Como saber se esse paciente realmente esta com TEP ou não? Se ele tem uma probabilidade alta ou baixa de ter o TEP: Através do escore de Wells. Masantes de tudo devemos reunir os sinais e sintomas e os fatores de risco do paciente. E por causa da baixa especificidade do quadro clinico, podemos usar pré testes diagnósticos, para determinar a probabilidade clinica de TEP e não retardar o inicia da anticoagulação, ou seja, buscamos reduzir a mortalidade do quadro do paciente. Sinais clínicos de TEP: edema, dor a palpação.. Uma alternativa menos específica é separar os pacientes em 2 grupos, de acordo com o escore de Wells. Pacientes com < 4 pontos apresentariam TEP como diagnóstico improvável, e pacientes com > 4 pontos apresentariam TEP como diagnóstico provável. Também pode ser usado o escore de Geneva Modificado. E existe uma fluxograma da Conduta Diagnostica do TEP a partir do resultado do pré teste: Resumindo: 1. Escore baixo: fazer d-dímero se vier negativo eu descarto TEP, se vier positivo eu realizo angiotomogracia de tórax. 2. Escore médio ou alto: realiza angiotomografia de tórax, se estiver positiva confirma TEP e se vier negativa descarta TEP. OBS: D-dímero positivo não confirma TEP! Mas quando o d-dímero estiver negativo, as chances de ser tromboembolismo pulmonar são muito baixas. diagnóstico diferencial: Os principais diagnósticos diferenciais para pacientes com suspeita de TEP são pneumonia, insuficiência cardíaca congestiva, doença pulmonar obstrutiva crônica e asma. São sinais de trombose venosa profunda (TVP): Dor em membro inferior; geralmente inicia em nível de panturrilha e tem como característica ser do tipo cãimbra; Edema com cacifo confinado ao membro afetado; Veias colaterais superficiais (não- varicosas); Edema de membro inferior, incluindo edema malolar e do pé; Calor sobre a área afetada; Alterações de cor (palidez, eritema, cianose); Dor à palpação cutânea de trajeto venoso profundo; Edema de panturrilha de pelo Intermediária – Problema 4 Módulo - Perda de Sangue Hyana M. UNIME 2021.2 exames complementares: Gasometria arterial: Os principais achados gasométricos são a hipoxemia (PaO2 < 80 mmHg) e a hipocapnia (PaCO2 < 35 mmHg). a paciente apresenta PaO2: 59mmHg e PaCO2: 29mmHg. Embora as alterações ocorram na maioria dos pacientes, uma gasometria normal não pode excluir o diagnóstico de TEP, da mesma forma que as alterações encontradas não são específicas para seu diagnóstico. O paciente com TEP apresenta um distúrbio V/Q, com perfusão inadequada. Consequentemente, o paciente tenta compensar hiperventilando, que pode levar a uma diminuição da PCO2 no sangue. Assim, as alterações encontradas são a presença de hipoxemia e da hipo ou hipercapnia (aumento de dióxido de carbono no sangue, que geralmente ocorre como resultado de hipoventilação ou incapacidade de respirar corretamente de forma a captar oxigênio suficiente para os pulmões). Como são achados inespecíficos não podemos utiliza-los isoladamente para fechar o diagnóstico de TEP, podendo ainda vir NORMAL em alguns casos. Gasometria arterial demonstrando hipoxemia no contexto de um Raio-X de Tórax limpo aumentam a suspeita de TEP. D-dímero: -- alto valor preditivo negativo Quando faz o D-dímero: quando coloca o paciente no escore de Wells e ele tem uma baixa probabilidade pra TEP, ou seja, faz o D-dímero pra afastar o TEP. – O D- dímero é um produto de degradação da fibrina, e pode da um número alto, porque o organismo ta o tempo todo fazendo cascata de coagulação e fazendo fibrinólise. Quando os níveis do D-dímero são baixos (D-dímero < 500 ng/ml) em pacientes com baixo risco da doença, o TEP pode ser excluído como hipótese diagnóstica. Porém, se os níveis de D-dímero forem > 500ng/ml, não podemos afirmar que a causa da elevação do dímero D foi causada pela TEP, já que outras situações também cursam com a sua elevação como a gravidez, envelhecimento, também esta aumentado por ex no infarto agudo do miocárdio. --- com isso podemos optar pela angiotomografia de tórax. Radiografia de tórax: No tromboembolismo pulmonar, o Raio-X de Tórax está sem alterações na maioria dos casos. Mas isso não quer dizer que esse exame não deve ser feito. Ele é muito útil para avaliar os possíveis diagnósticos diferenciais de TEP, como pneumonias, derrames pleurais e congestão pulmonar. Existem achados mais específicos, porém raros, que sugerem TEP, são eles: 1. Corcova de Hampton: imagens hipotransparentes em formato de cunha em bases pulmonares referentes à área de infarto pulmonar; 2. Sinal de Westermark: é a consequência da obstrução do vaso, ou seja, são áreas de hipoperfusão pulmonar; 3. Sinal de Palla: dilatação da artéria pulmonar, causado pelo desvio de sangue da artéria obstruída. Achados inespecíficos são podem ser vistos em alguns casos: atelectasias laminares, aumento da área cardíaca (direita), derrame pleural unilateral e de pequeno volume e elevação da hemicúpula diafragmática. Eletrocardiograma: O ECG tem pouca contribuição no TEP, mas ele deve ser usado como diagnóstico diferencial de SCA (síndrome coronariana aguda). Geralmente, demonstram alterações inespecíficas como: taquicardia sinusal (principal), desvio do eixo elétrico, BRD, inversão da onda T em V1 a V4, DIII e aVF. Além disso, pode está normal em cerca de 13 a 30%. Outro fator é que, se alterado, pode se normalizar rapidamente, desaparecimento as alterações dentro de minutos a horas. O único sinal específico de TEP é bastante incomum (menos de 10% dos casos): a presença do “S1Q3T3”: onda S em D1, onda Q em D3 e inversão de onda T em D3. Angiotomografia de tórax: Padrão outro: angiotomografia computadorizada de tórax. Apresenta como maiores qualidades/vantagens: 1. Ser um exame não invasivo, 2. Facilmente acessível, Intermediária – Problema 4 Módulo - Perda de Sangue Hyana M. UNIME 2021.2 3. Com aquisição rápida das imagens, avaliando a presença de TEP com alta sensibilidade e especifidade, apresentando sensibilidade acima dos 96% nos pacientes com alta e intermediária probabilidades de TEP. 4. Avaliação do parênquima pulmonar, da pleura e do mediastino (identifica infarto pulmonar, derrame pleural, aumento de câmara cardíaca direita). Por utilizar radiação ionizante e contraste iodado, é CONTRAINDICADO em pacientes com alergia ao contraste, gestantes, pacientes com insuficiência renal. Arteriografia pulmonar: Padrão-ouro no diagnóstico de TEP, porém pouco utilizado por ser invasivo. Apesar de ser considerada padrão ouro, a arteriografia pulmonar é reservada aos casos em que outros métodos não confirmaram TEP e a suspeita clinica permanece alta. Ecocardiograma transtorácica: Grande importância no diagnóstico de TEP aguda com instabilidade hemodinâmica, pois os achados de sobrecarga ou disfunção do ventrículo direito (VD) e/ou hipertensão pulmonar podem ajudar no diagnóstico e na decisão terapêutica. A ecocardiografia a beira do leito deve ser realizada precocemente na suspeita da TEP aguda de alto risco. Eco-Doppler venoso dos membros inferiores: Eco-Doppler venoso dos membros inferiores (das pernas) - permite avaliar a presença de alterações no fluxo venoso (das veias), como a insuficiência venosa crónica (varizes) ou a trombose venosa profunda. Portanto: a visualização de TVP no Doppler Venoso de Membros Inferiores em pacientes com clínica sugestiva de TEP nos permitem iniciar a terapêutica adequada. Cintilografia: É um exame feito pela inalação de albumina marcada com tecnécio 99. Após a inalação, são realizadas varias imagens que analisam a relação de ventilação com perfusão de cada área. Então o exame analisa se há áreas com ventilação SEM perfusão, e se houver deve pensar em TEP. Existe uma relação deprobabilidade para o diagnóstico de TEP e a cintilografia: 1. Alta probabilidade clinica e com alta probabilidade cintilográfica TEP 2. Baixa probabilidade clinica e cintilografia pulmonar normal Exclui TEP 3. Baixa ou intermediaria probabilidade cintilográfica para ter um diagnóstico devemos lanças mão de outro exame. A acurácia do exame é inferior ao da Angiotomografia de Tórax. Então caso não seja possível realizar a Angio-TC, realiza-se a Cintilografia. Sendo assim a cintilografia, é IDEAL para pacientes com alergia à contraste ou com insuficiência renal crônica. tratamento: A peça chave para o tratamento de tromboembolismo pulmonar é a anticoagualção. É importante saber que os anticoagulantes não degradam os trombos já formados, mas eles atuam impedindo a formação de novos trombos, ou seja, os anticoagulantes evitam a recorrência do tromboembolismo pulmonar. !!!! A escolha da melhor opção terapêutica consiste na avaliação da apresentação hemodinâmica do paciente. E podemos lembrar da classificação de PESI quanto ao risco de mortalidade do paciente com TEP e ver onde o paciente deve ser tratado: 1. Baixo risco: tratamento ambulatorial; 2. Risco intermediário: tratamento hospitalar em enfermaria 3. Risco alto; tratamento hospitalar em unidade de terapia intensiva. Pacientes de baixo risco: Pacientes de baixo risco pelo escore prognóstico PESI são candidatos a tratamento domiciliar com anticoagulação oral e acompanhamento ambulatorial. Opções de anticoagulação oral: -- Rivaroxabana 15 mg VO de 12/12 horas por 3 semanas, seguido de 20 mg 1x/dia por pelo menos 3 a 6 meses; -- Apixabana 10 mg VO de 12/12 horas por 7 dias, seguido de 5 mg VO de 12/12 horas por pelo menos 3 a 6 meses. Pacientes de médio e alto risco: Nestes casos, o tratamento tem como base duas estratégias terapêuticas complementares: a anticoagulação e a trombólise, sendo Intermediária – Problema 4 Módulo - Perda de Sangue Hyana M. UNIME 2021.2 esta última indicada nos casos graves com instabilidade hemodinâmica e/ou disfunção do VD grave. A preferência é pela heparina de baixo peso molecular (enoxaparina, dalteparina) nos casos de não alto risco, e pela heparina não-fracionada nos casos de alto risco (instabilidade hemodinâmica e candidato a trombólise - processo pelo qual se dissolve um trombo formado na corrente sanguínea). Medidas de Suporte: 1. Oxigenoterapia: pacientes com saturação periférica de O2 (SpO2) < 90% devem receber oxigênio suplementar. Saturação da paciente é de 91% Como o pulmão possui 3 fontes possíveis de suprimento de oxigênio para seus tecidos (artérias pulmonares, vias aéreas e artérias brônquicas), deverá sempre ser fornecido oxigênio suplementar para os pacientes com TEP. Analgesia pode ser utilizada, quando houver necessidade. Em caso de hipóxia, instabilidade hemodinâmica grave e rebaixamento do nível de consciência e insuficiência respiratória grave – tem indicação de intubação orotraqual e ventilação mecânica. 2. Suporte Hemodinâmico: Pacientes que apresentam hipotensão devem receber fluidos com cautela, sendo recomendada infusão de 500 a 1000ml de cristaloides. Em caso de ausência de resposta adequada, deve ser instituída terapia com droga vasoativa. Conduta com o paciente ESTÁVEL: O paciente pode ser anticoagulado de imediato, mesmo que o diagnóstico ainda não tenham sido fechado, nestes casos, se tivermos evidencias, não devemos postergar e esperar o resultado dos exames de imagem, pois a mortalidade de TEP é elevada. Iniciar anticoagulação independente do tempo para disponibilização do resultado do exame. Opções de anticoagulantes usados na fase inicial são: 1. Heparina de Baixo peso molecular (HBPM): Exemplo: Enoxaparina – administrar 1,5 mg/kg de peso, via subcutânea, uma vez ao dia. Em relação à heparina não fracionada, a heparina de baixo peso molecular possui efeito rápido e menor risco de sangramento e plaquetopenia (nível baixo de plaquetas). Não é necessário o acompanhamento por exames complementares (coagulograma) para avaliar sua atividade anticoagulante, o RNI. Esta medicação deve ser contraindicada ou ajustada em pacientes com disfunção renal grave já que sua excreção é renal. 2. Heparina não fracionada (HNF): Via intravenoso Possui efeito rápido e pode ser usado em pacientes com disfunção renal. Um dos principais esquemas sugere administrar uma dose de ataque de 80UI/kg, seguido por uma dose de manutenção de 12-18UI/kg por hora em bomba de infusão, com dose máxima de 1000UI/kg. Devemos realizar o controle com coagulograma pelo TPPa (inicialmente deve-se pedir de 6/6h), realizando ajustes pelo valor do TTPa, cujo valor deve ficar entre 65 e 85. valor de TTPA da paciente foi de 40 segundos. Normal = inferior a 40 segundos. Observações: Antídoto disponível: protamina. Não precisa ajustar função renal. 3. Inibidor do Fator Xa: Exemplo: Fondaparinux Faz parte dos novos anticoagulantes orais e apresenta como benefício: à não interação com alimentos (diferente do que ocorre com os cumarínicos), assim não há restrição alimentar. Também não é necessário realização de exames para acompanhar sua atividade anticoagulante, portanto, NÃO se faz controle do RNI. Entretanto o que limita a sua utilização é o elevado custo, o que dificulta a difusão do seu uso no Brasil. Fondaparinux – Possui efeito rápido e agudo. É muito utilizado em pacientes com trombocitopenia induzido pela heparina. Contraindicado em casos de disfunção renal. Deve ser administrado conforme o peso, por via subcutânea: 1. Peso menor que 50 kg: 5 mg. 2. Peso 50-100 kg: 7,5 mg. 3. Peso maior que 100 kg: 10 mg Observações: Não recomendado na lactação. 4. Cumarínicos: Exemplo: Marevan (Varfarina sódica). Marevan - Inicia-se com 5 mg por dia via oral, com ajustes conforme RNI. -- Ajustar a dose para manter RNI entre 2 e 3. Dose diária final (após ajuste): varia de 2 a 10mg/dia. O uso de Heparina (independente do tipo) pode induzir a plaquetopenia, sendo esse evento mais comum em pacientes que fazem uso de heparina não fracionada. A anticoagulação na gestação deve ser feita com a Enoxaparina. Intermediária – Problema 4 Módulo - Perda de Sangue Hyana M. UNIME 2021.2 É uma das drogas mais utilizadas para anticoagulação dos pacientes após a alta hospitalar, no entanto, NÃO pode ser utilizado isoladamente no paciente admitido com TEP, uma vez que os inibidores da vitamina K (como a varfarina) apresentam inicialmente um efeito pró-trombótico paradoxal, devendo ser combinados ao uso da HNF ou enoxaparina até atingir os níveis de RNI adequados. Assim é utilizado como uma ponte terapêutica, já que seu efeito demora cerca de 3 a 5 dias. Devem ser EVITADOS durante a gestação por apresentar atividade teratogênica. Porém durante a amamentação pode ser utilizada já que não é excretado pelo leite materno. Evitar o consumo de alimentos ricos em vitamina K (exemplo: folhas verde-escuras), já que os cumarínicos exercem sua função anticoagulante inibindo os fatores de coagulação dependentes de vitamina K. É válido salientar que estes pacientes devem fazer o controle regular do RNI (15 em 15 dias). A meta do RNI é ficar entre o intervalo 2-3, para que o paciente seja considerado adequadamente anticoagulado. Em caso de RNI < 2 devemos subir a dose da medicação (paciente não anticoagulado). Porém, em níveis > 3 aumenta-se a chance de sangramento, assim devemos reduzir a dose da medicação e em casos de RNI muito elevado, por exemplo, acima de 6, o paciente deve ser internado para controle do RNI. 5. Novos anticoagulantes orais (NOACs): Apixabana - Administrar 10 mg VO a cada 12 h, por 7 dias, seguidosde 5 mg VO a cada 12 h. Rivaroxabana: xarelto – Administrar dose de 15 mg por via oral (VO) a cada 12 horas, por 21 dias, seguida de 20 mg VO uma vez ao dia. (inibidor do Fator Xa) Endoxaban – Administrar 60 mg por via oral (VO) uma vez ao dia. Dabigatran: pradaxa – Administrar 150 mg por via oral (VO) a cada 12 horas. (inibidor de trombina). Redução da dose para 110mg , 12/12h é recomendado em pacientes com maior risco de sangramento, incluindo pacientes com ≥75 anos, com um ou mais fatores de risco para sangramento Observações: Novo antídoto disponível no mercado: idarucizumab. Apixabana e Rivaroxabana: possuem efeito rápido. Endoxabana e Dabigatrana: não possuem efeito imediato. Vantagens: menor sangramento em relação à varfarina, possuem pouca interação com alimentos e não é necessário o controle de RNI. Desvantagens: contraindicado em pacientes com disfunção renal, FA com uso de prótese valvar e pacientes com estenose mitral. Além disso, é um medicamento caro. Por quanto tempo devemos anticoagular o paciente com TEP? Caso a TEP seja de origem não provocada ou causada por um fator que não pode ser corrigido (por exemplo, quando o paciente apresenta um câncer que não pode ser tratado) ou ainda se for um quadro de TEP recorrente, a recomendação é anticoagulação por no mínimo três meses. Em caso de TEP provocada por um fator como imobilização, cirurgias, câncer ou gravidez, a recomendação é suspender a anticoagulação após 3 meses da resolução do fator desencadeante. Podendo ser postergada a partir da análise do especialista. Pacientes com câncer devem tratar durante todo o tratamento da neoplasia. Avaliar contraindicações à anticoagulação: Contraindicações RELATIVAS à anticoagulação: 1. Sangramento ativo (recomenda-se aguardar 4-6 semanas para início de anticoagulação em pacientes com sangramento fora do sistema nervoso central; em pacientes com sangramento em nível de SNC, recomenda-se aguardar mais de 6 semanas); 2. AVC hemorrágico no passado; 3. Cirurgia, trauma, procedimentos < 10 dias; 4. Trauma recente, incluindo parada cardíaca traumática; 5. Neurocirurgia < 2 meses; 6. Defeitos conhecidos na coagulação (RNI basal > 1,2 ou TTPa > 1,3 vs. controle); 7. Trombocitopenia (< 50.000/mm3) ou disfunção plaquetária; 8. Doença ulcerosa péptica ativa; 9. Sangramento digestivo < 6 meses; 10. Hipertensão grave, não-controlada (pressão arterial sistólica > 200mmHg ou pressão arterial diastólica > 110 mmHg); 11. AVC ou AIT < 12 meses; 12. Anemia grave ou de causa não explicada; 13. Tumores ulverados (de qualquer tipo); 14. Tumor, aneurisma ou mal-formação do SNC; 15. História de quedas (3 dentro do último ano ou recorrente lesão por queda); Valores do RNI adequados com utilização de Varfarina: entre 2 e 3. RNI >3: aumenta as chances de sangramento. RNI < 2: não protege contra novos eventos trombolíticos. Intermediária – Problema 4 Módulo - Perda de Sangue Hyana M. UNIME 2021.2 16. Paciente com dificuldade de adesão ao tratamento (por motivos clínicos e/ou sociais); 17. Dissecção de aorta; 18. Idade > 75 anos; 19. Uso atual de anticoagulante oral (ex: varfarina); 20. Gestação (contraindicação somente ao uso de antagonistas da vitamina K); 21. PCR prolongada (> 10 minutos); 22. Cirurgia maior ou procedimento invasivo planejado; 23. Endocardite bacteriana; 24. Retinopatia proliferativa; 25. Trombocitopenia induzida por heparina, especialmente se ocorrida há < 100 dias (se for considerado o uso de Heparina, tanto não- fracionada quanto de baixo peso molecular); Conduta com o paciente INSTÁVEL: A indicação absoluta do uso de trombolíticos, no TEP, é a presença de instabilidade hemodinâmica. Mas alguns trabalhos estendem a indicação dos trombolíticos aos pacientes com pressão arterial normal, porém com disfunção de ventrículo direito pela ecocardiograma. Considera-se INSTÁVEL, na abordagem inicial, o paciente que apresenta QUALQUER uma das seguintes condições: Hipotensão arterial, a qual pode ser definida por qualquer uma das situações abaixo: Pressão arterial sistólica (PAS) < 90 mmHg e/ou Pressão arterial distólica (PAD) < 60 mmHg e/ou Sinais de baixo débito cardíaco (hipotensão arterial, alterações do nível de consciência, oligúria, pulso filiforme e extremidades frias) Hipoxemia significativa (PaO2 ≤ 60 mmHg com FiO2 > 40%). O TEP é uma das causas de CHOQUE OBSTRUTIVO, ou seja, se o paciente estiver sinais de instabilidade hemodinâmica e choque devemos ESTABILIZAR O PACIENTE E REALIZAR UMA TERAPIA DE IMEDIATO. Em pacientes instáveis é preconizado o uso de trombolíticos [Estreptoquinase, Alteplase (rtPA) ou Tenecteplase]. Em virtude dos riscos desta terapêutica devemos ter o diagnóstico de TEP confirmado por exames de imagem. Os trombolíticos mais utilizados para o tratamento do TEP são a estreptoquinase e o rt-PA, infundidos em veia periférica, os esquemas posológicos podem ser: Estreptoquinase – 250.000 UI endovenosa durante 30 min (ataque), seguida de 100.000 UI/h, durante 12-24 h. Alteplase ou rtPA – 100 mg, em infusão venosa contínua, por 2 horas. Observações: Instituir ou retomar a anticoagulação parenteral com heparina perto do final ou imediatamente após a infusão de alteplase quando o tempo de tromboplastina parcial ou tempo de trombina retornar a duas vezes o normal ou menos. Tenecteplase – 30 mg para ≤ 60 kg; 35 mg para 61 a 69 kg; 40 mg para 70 a 79 kg; 45 mg para 80 a 89kg; 50 mg para ≥ 90 kg. Via intravenosa. O uso concomitante da heparina é opcional com a alteplase e deve ser evitado quando se usa a estreptoquinase. Alguns autores recomendam o reinício da HNF após o uso do trombolítico, quando o TTPa estiver menor que 80 segundos. Então Após quatro horas do término da administração do trombolítico, deve-se realizar o tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA). Comparados com a heparina, os trombolíticos proporcionam uma resolução mais rápida da obstrução embólica pulmonar, melhorando a perfusão pulmonar, a hemodinâmica e as trocas gasosas. Contraindicações ao uso de trombolíticos: Complicação decorrente do uso de trombolíticos: A principal complicação é o sangramento, mas pode haver febre, reações alérgicas (eritema, urticária e hipotensão), náusea, vômitos, mialgia e dor de cabeça. -- Essas reações estão mais relacionadas ao uso da estreptoquinase. Tratamento não farmacológico (embolectomia): Intermediária – Problema 4 Módulo - Perda de Sangue Hyana M. UNIME 2021.2 A Embolectomia consiste em um procedimento utilizado para a retirada de êmbolos que se soltam na corrente sanguínea e se abrigam em vasos de menor calibre, sendo realizada através da inserção um Cateter Fogarty, que adentra a o vaso e retira o material oclusivo em sua totalidade. Um terço dos pacientes, aproximadamente, com TEP maciço, não pode receber tratamento farmacológico com trombolíticos devido a contraindicações absolutas. Duas alternativas de embolectomia, através de cirurgia ou de cateter, podem ser empregadas, sendo ambas indicadas no caso de TEP maciço, em pacientes altamente selecionados, quando há insucesso ou contraindicação ao uso de trombolíticos. A embolectomia cirúrgica é utilizada em situações de emergência para aliviar a obstrução pulmonar aguda. Filtro de veia cava inferior: Caso haja contraindicação ao uso de anticoagulante ou reincidência de quadros de tromboembolismo pulmonar em pacientes anticoagulados corretamente a opção é a utilização do filtro de veia cava inferior. Caso o paciente necessite de uma cirurgia e está anticoagulado, também está indicado a utilização do filtro de VCI.
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