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Prévia do material em texto

Lucia Helena Nunes Junqueira
Conteúdos e metodologias
 do ensino de Ciências
Catalogação elaborada pelo Setor de Referência da Biblioteca Central Uniube
 Junqueira, Lucia Helena Nunes. 
J968c Conteúdos e metodologias do ensino de ciências / Lucia Helena 
 Nunes Junqueira. – Uberaba: Universidade de Uberaba, 2018.
 228 p. : il.
 Programa de Educação a Distância – Universidade de Uberaba.
	 							Inclui	bibliografia.																					
 ISBN 978-85-7777-847-8
 
 1. Ciências (Ensino fundamental). 2. Ciências naturais. 3. 
 Ciências – Estudo e ensino. I. Universidade de Uberaba. Programa 
 de Educação a Distância. II. Título. 
 
 CDD 372.35 
© 2018 by Universidade de Uberaba
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico 
ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de 
armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, 
da Universidade de Uberaba.
Universidade de Uberaba
Reitor
Marcelo Palmério
Pró-Reitor de Educação a Distância
Fernando César Marra e Silva
Coordenação de Graduação a Distância
Sílvia Denise dos Santos Bisinotto
Editoração e Arte
Produção de Materiais Didáticos-Uniube
Editoração
Márcia Regina Pires
Revisão textual
Érika Fabiana Mendes Salvador
Diagramação
Douglas Silva Ribeiro
Projeto da capa
Agência Experimental Portfólio
Edição
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
Lucia Helena Nunes Junqueira
Mestre em educação pela Universidade de Uberaba (Uniube); 
especialista em Metodologia do Ensino-Aprendizagem de Matemática 
no Processo Educativo, pela Faculdade de Educação São Luís; graduada 
em Licenciatura Plena em Matemática, pela Uniube. É docente do curso 
de Pedagogia desta universidade e participa dos projetos de pesquisa: 
Estudos acadêmicos sobre o professor no Centro Oeste/FAPEMIG, em 
parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade 
Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Federal do Mato 
Grosso (UFMT), Universidade Federal do Tocantins (UFT), Universidade 
de Brasília (UnB), Universidade Estadual de Goiás (UEG) e Uniube e do 
Observatório da Educação e Interdisciplinaridade na Educação Básica 
(CAPES-OBEDUC e FAPEMIG).
Sobre a autora
Sumário
Apresentação .............................................................................................................. IX
Capítulo 1 Aprender e ensinar Ciências Naturais nos anos iniciais 
do Ensino Fundamental ...................................................... 1
1.1 Por que ensinar Ciências Naturais nos anos iniciais do Ensino Fundamental? ..... 5
1.1.1	Conhecimento	científico	e	senso	comum ...................................................... 9
1.1.2	Classificação	das	Ciências .......................................................................... 11
1.2 Compreensão de Ciências e do processo de ensino e de aprendizagem em 
Ciências Naturais no Ensino Fundamental ........................................................... 13
1.3	Competências	específicas	de	Ciências	da	Natureza	para	o	
Ensino Fundamental ............................................................................................. 18
1.3.1 Unidade temática – Matéria e energia ......................................................... 19
1.3.2 Unidade temática – Vida e evolução ........................................................... 20
1.3.3 Unidade temática – Terra e Universo .......................................................... 20
1.4	Considerações	finais.............................................................................................. 21
Capítulo 2 Os conteúdos de Ciências Naturais no Ensino 
Fundamental – 1º e 2º anos ...............................................25
2.1 O corpo humano .................................................................................................... 27
2.1.1 O corpo em movimento ................................................................................ 28
2.1.2 O nosso corpo .............................................................................................. 30
2.1.3 Órgãos dos sentidos .................................................................................... 34
2.2 Os materiais ........................................................................................................... 52
2.2.1 Os materiais em nosso dia a dia ................................................................. 56
2.2.2 Origem dos materiais ................................................................................... 57
2.2.3 As propriedades da matéria ......................................................................... 58
2.2.4 Os estados físicos dos materiais ................................................................. 66
2.2.5 A mudança do estado físico dos materiais .................................................. 67
2.2.6 Materiais que se transformam ..................................................................... 69
2.3 Escalas de tempo – os dias e as noites ................................................................ 70
2.3.1 As estações do ano .................................................................................... 72
2.4 O ambiente à nossa volta ...................................................................................... 74
2.4.1 Os seres vivos e a relação com o ambiente ................................................ 77
2.5 Os animais ............................................................................................................. 78
2.5.1 O tamanho dos animais ............................................................................... 79
2.5.2 Como os animais se alimentam ................................................................... 81
2.5.3 O ciclo de vida dos animais ......................................................................... 82
2.5.4 Animais domésticos e animais silvestres ..................................................... 83
2.5.5 Animais terrestres e animais aquáticos ...................................................... 85
2.5.6 Animais mamíferos ....................................................................................... 88
2.6 As plantas ............................................................................................................... 90
2.6.1 Partes da planta ........................................................................................... 90
2.7	Considerações	finais.............................................................................................. 92
Capítulo 3 Os conteúdos de Ciências Naturais nos anos iniciais do 
Ensino Fundamental – 3º e 4º anos ................................... 99
3.1 O ar ...................................................................................................................... 101
3.1.1 A elasticidade e compressão do ar ............................................................ 105
3.1.2 A pressão do ar .......................................................................................... 109
3.2 O som ................................................................................................................... 112
3.3 Corpos luminosos e iluminados ........................................................................... 114
3.3.1 Efeitos da luz nos materiais ....................................................................... 115
3.3.2 As sombras ................................................................................................ 117
3.3.3 A decomposição da luz ..............................................................................118
3.4 Características da Terra ....................................................................................... 121
3.4.1 A Terra ........................................................................................................ 123
3.4.2 Pontos cardeais ......................................................................................... 125
3.5 Tipos de solo ........................................................................................................ 127
3.5.1 Formação do solo ...................................................................................... 127
3.5.2 A degradação do solo ................................................................................ 129
3.6 Os animais ........................................................................................................... 130
3.6.1 Características e desenvolvimento dos animais ...................................... 133
3.6.2 Animais vertebrados ................................................................................... 142
3.6.3 Animais invertebrados ................................................................................ 153
3.7 Cadeia alimentar .................................................................................................. 161
3.7.1 A energia na cadeia alimentar .................................................................... 165
3.8	Considerações	finais............................................................................................ 170
Capítulo 4 Os conteúdos de Ciências Naturais nos anos iniciais 
do Ensino Fundamental – 5º ano .....................................175
4.1 Propriedades físicas da água .............................................................................. 177
4.1.1 Estado sólido .............................................................................................. 178
4.1.2 Estado líquido ............................................................................................. 179
4.1.3 Estado gasoso........................................................................................... 179
4.1.4 A água como solvente ................................................................................ 180
4.2 Separação de materiais da água ......................................................................... 182
4.2.1 Evaporação ................................................................................................ 182
4.2.2 Filtração ...................................................................................................... 182
4.2.3 Decantação ................................................................................................ 184
4.3 Ciclo hidrológico ................................................................................................... 185
4.4 Consumo consciente da água ............................................................................. 191
4.5 Reciclagem .......................................................................................................... 194
4.5.1 Coleta seletiva e reciclagem de materiais ................................................ 196
4.6 Nutrição do organismo ......................................................................................... 198
4.6.1 As funções dos nutrientes no organismo ................................................... 200
4.6.2 Os alimentos .............................................................................................. 200
4.6.3 Hábitos alimentares .................................................................................. 201
4.7 Integração entre os sistemas digestório, respiratório e circulatório .................... 202
4.7.1 Sistema digestório ...................................................................................... 203
4.7.2 Sistema respiratório ................................................................................... 205
4.7.3 Sistema circulatório .................................................................................... 208
4.8	Considerações	finais............................................................................................ 213
Prezado(a) aluno(a).
O presente livro dispõe de quatro capítulos com temas articulados entre 
si que introduzem os futuros pedagogos no conhecimento acerca das 
metodologias de ensino-aprendizagem de Ciências Naturais nos anos 
iniciais do Ensino Fundamental. 
Para a efetivação do nosso estudo, propomos o seguinte desenvolvimento: 
Apresentação
O livro apresenta uma linguagem simples sobre os conceitos e temas 
propostos nesta etapa de ensino. Além disso, propõe atividades práticas, 
que o futuro professor poderá explorar no dia a dia de sua sala de aula. 
No decorrer do livro, buscamos relacionar teoria e prática, articulando-as 
às	propostas	dos	documentos	oficiais	que	regem	a	educação	no	Brasil.
X UNIUBE
O objetivo principal deste estudo consiste em proporcionar aos 
licenciandos a compreensão sobre o ensino de Ciências Naturais nos 
anos	iniciais	do	Ensino	Fundamental.	Para	isso,	propõe	uma	reflexão	
sobre a didática, a metodologia, o planejamento, bem como a execução 
das práticas educativas. 
Tal como propomos, o estudo sobre o ensino de Ciências Naturais 
vislumbra a possibilidade de articular a teoria e a prática, tendo como 
finalidade	a	formação	do	licenciando.	Para	Libâneo	(2017,	p.17),	a	relação	
entre a educação e a prática educativa compreende “os processos 
formativos que ocorrem no meio social, nos quais os indivíduos estão 
envolvidos de modo necessário e inevitavel pelo simples fato de existirem 
socialmente”. Assim, entendemos que o processo educativo deve ser 
contextualizado e de acordo com a realidade do aluno. 
Mediante esta análise, o livro que aqui propomos refere-se ao estudo de 
temáticas relevantes para o ensino de Ciências Naturais nos anos iniciais 
do Ensino Fundamental, objetivando, inclusive, abordar a metodologia do 
professor. Contribuindo, assim, para a apropriação, pelos licenciandos, 
de subsídios teóricos e práticos necessários para o exercício da docência 
nesta etapa do ensino. 
Bons estudos!
Introdução
Aprender e ensinar Ciências 
Naturais nos anos iniciais 
do Ensino Fundamental
Capítulo
1
O ensino de Ciências Naturais no Ensino Fundamental, no 
decorrer de sua história, passou por diversas tendências, que 
se	refl	etiram	em	ações	docentes	tomadas	em	sala	de	aula,	visto	
que a educação tradicional dominava o cenário escolar, embora 
já eram notados alguns esforços de renovação desse processo. 
As aulas eram expositivas, os professores eram os detentores do 
conhecimento e os alunos tinham que absorver as informações 
passadas por esse professor. Para esses cursos serem 
considerados bons, tomava-se como base a quantidade de 
conteúdos trabalhados. O questionário era o principal recurso de 
avaliação e estudo, os alunos, em suas respostas, reproduziam 
exatamente a fala dos professores em sala de aula ou a do 
conteúdo do livro-texto. Mediante o exposto, percebeu-se a 
necessidade de uma revisão no ensino de Ciências Naturais.
De acordo com Saviani (2010), apresentadas pelo modelo 
Escola Nova ou Escola Ativa, de 1932 a 1964, as demandas 
para revisão do ensino de Ciências Naturais orientaram-se 
para	um	currículo	que	atendesse	ao	conhecimento	científi	co	
e às propostas pedagógicas, que visavam à renovação do 
2 UNIUBE
ensino. Essa tendência, apresentada pela Escola Nova, mudou 
o foco da questão pedagógica da escola tradicional e passou a 
valorizar a participação ativa do estudante no processo de ensino 
aprendizagem. 
Em relação à Escola Nova, Menezes (2001, p.1) explica
É um movimento de educadores europeus e 
norte-americanos,	organizado	em	fins	do	século	
XIX, que propunha uma nova compreensão 
das necessidades da infância e questionava 
a passividade na qual a criança estava 
condenada pela escola tradicional. [...] No 
Brasil, a Escola Nova buscava a modernização, 
a democratização,a industrialização e 
urbanização da sociedade. Os educadores 
que apoiavam suas ideias entendiam que a 
educação seria a responsável por inserir as 
pessoas na ordem social. Também conhecido 
como escolanovismo, a Escola Nova chegou ao 
País na década de 1920 com as Reformas do 
Ensino de vários Estados brasileiros.
Nesse sentido, as atividades práticas começaram a fazer parte 
dos projetos de ensino e dos cursos de formação de professores, 
em que os materiais didáticos passaram a ser utilizados de forma 
a atender a esse tipo de atividade.
Com a Escola Nova, o ensino de Ciências Naturais passa a dar 
condições para o aluno vivenciar e observar as situações e, a 
partir dessa observação, levantar hipóteses, testá-las, refutá-
las e abandoná-las se necessário e, dessa forma, construir 
conhecimentos. Com base nessa perspectiva, buscava-se a 
democratização do ensino, com vistas à mudança de mentalidade 
do professor, que começava a assimilar os novos objetivos, as 
metodologias para o ensino aprendizagem de Ciências Naturais.
 UNIUBE 3
Na década de 80, a reestruturação do processo educacional 
tem	 como	 objetivo	 a	 construção	 do	 conhecimento	 científico	
pelo aluno. Desde esta época até hoje, as investigações sobre 
as preconcepções (ideias que se formam antecipadamente) 
das crianças e dos adolescentes sobre os fenômenos naturais 
e	as	suas	relações	com	os	conceitos	científicos	são	temas	de	
pesquisas e produções acadêmicas.
A metodologia do ensino das Ciências Naturais não se limita mais 
ao fornecimento de informações e de estruturas, baseia-se no 
modelo de aprendizagem com foco em experimentações e na 
construção do conhecimento, a partir da competência dos alunos.
Dessa forma, a Base Nacional Comum Curricular – BNCC (2017), 
“que	é	um	documento	de	caráter	normativo	e	que	define	o	conjunto	
orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os 
alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades 
da Educação Básica”, que passa a vigorar em 2018, tem como 
objetivo
[...] superar a fragmentação das políticas 
educacionais, enseje o fortalecimento do 
regime de colaboração entre as três esferas 
de governo e seja balizadora da qualidade da 
educação. Assim, para além da garantia de 
acesso e permanência na escola, é necessário 
que sistemas, redes e escolas garantam um 
patamar comum de aprendizagens a todos 
os estudantes, tarefa para a qual a BNCC é 
instrumento fundamental. (BRASIL, 2017, p.8).
A BNCC propõe que as aprendizagens essenciais efetivem a 
construção do conhecimento. E, na área de Ciências, os alunos 
desenvolvam habilidades de compreensão, interpretação e 
avaliação sobre o ambiente em que estão inserido. 
4 UNIUBE
As ideias prévias dos alunos têm papel 
fundamental no processo de aprendizagem que 
só é possível embasada naquilo que ele já sabe 
e [...] o que o torna responsável tanto pelo saber 
produzido quanto pelo controle dos fenômenos 
naturais e históricos dos quais é agente (BNCC, 
2017, p. 352). 
Todo esse estudo não invalida o processo de construção conceitual 
e seus pressupostos. Ele serve para redimensionar as práticas 
sobre a metodologia do ensino das Ciências Naturais.
Em consonância com o exposto, pretendemos que os objetivos 
explicitados a seguir estejam de acordo com as propostas da Base 
Nacional Comum Curricular - BNCC.
Após a leitura deste capítulo, você deverá ser capaz de:
• explicar a importância de estudar Ciências Naturais nos anos 
iniciais do Ensino Fundamental; 
• demonstrar as diferentes terminologias e características da 
Ciência;
• distinguir	senso	comum	de	conhecimento	científico;
• esclarecer a transição dos conhecimentos propostos para a 
Educação Infantil da área de Ciências para os anos iniciais 
do Ensino Fundamental.
1.1 Por que ensinar Ciências Naturais nos anos iniciais do Ensino 
Fundamental?
1.1.1	Conhecimento	científico	e	senso	comum
1.1.2	Classificação	das	Ciências
Objetivos
Esquema
 UNIUBE 5
1.2 Compreensão de ciência e de processo de ensino e de 
aprendizagem em ciências nos anos iniciais do Ensino 
Fundamental
1.3	Competências	específicas	de	Ciências	da	Natureza	para	os	
anos inciais do Ensino Fundamental
1.3.1 Unidade temática – Matéria e energia
1.3.2 Unidade temática – Vida e evolução
1.3.3 Unidade temática – Terra e Universo
1.4	Considerações	finais
1.1 Por que ensinar Ciências Naturais nos anos iniciais do 
Ensino Fundamental?
Na sociedade contemporânea, com a supervalorização do conhecimento 
científico	e	acesso	à	tecnologia,	não	é	mais	possível	pensar	na	formação	
de	um	indivíduo	crítico	e		reflexivo	à		margem	do	saber	científico.	Dessa	
forma, 
[...]	apreender	ciência	não	é	a	finalidade	última	do	
letramento, mas, sim, o desenvolvimento da capacidade 
de atuação no e sobre o mundo, importante ao exercício 
pleno da cidadania. (BRASIL, p.317, 2017).
O objetivo do ensino de Ciências é reconhecer os valores humanos e 
estabelecer associações entre o aprendizado de como compreender 
o mundo e, nele, promover transformações. Visa reconstruir a relação 
homem-natureza e, com isso, desenvolver a consciência social do 
indivíduo.
O estudo das Ciências, no contexto das séries iniciais do Ensino 
Fundamental, irá ampliar a capacidade da criança, como cidadã, de 
compreender as ações, as reações, as composições das coisas e os 
objetos que constituem o mundo que a cerca, viabilizando sua capacidade 
de exercer a cidadania.
6 UNIUBE
Isso	 posto,	 faz-se	 necessário	 superar	 a	 postura	 cientifista	 que	
compreende	definitivos	os	conhecimentos	científicos	e	que,	por	muito	
tempo, fez com que o ensino de Ciências da Natureza fosse instrumental, 
teórico	ou	experimental,	dissociado	da	reflexão	sobre	os	conteúdos	das	
Ciências e de suas relações com o mundo de trabalho. 
Nessa perspectiva, a área de Ciências da Natureza, 
por meio de um olhar articulado de diversos campos 
do saber, precisa assegurar aos alunos do Ensino 
Fundamental o acesso à diversidade de conhecimentos 
científicos	produzidos	ao	longo	da	história,	bem	como	
a aproximação gradativa aos principais processos, 
práticas	e	procedimentos	da	investigação	científica. 
(BRASIL, 2017, p.317).
De	acordo	com	o	documentos	oficiais	do	MEC,	o	estudo	da	Ciência	da	
Natureza pode contribuir para a relação entre o homem e o ambiente em 
que	vive.	Dessa	forma,	é	importante	ensinar	o	conhecimento	científico	
para as crianças desde os anos iniciais do Ensino Fundamental.
Pense: como podemos relacionar o que vemos nos jornais, o que assistimos 
na televisão, sobre assuntos relacionados à natureza e aos grandes temas 
das Ciências, com os nossos objetos de estudo e com a dinâmica das 
nossas aulas?
PARADA PARA REFLEXÃO
Muitos dos assuntos que encontramos nos noticiários abordam os 
nossos temas sugeridos para estudo: desastres ambientais, poluição, 
epidemia, técnicas agrícolas, entre outras temáticas comuns ao nosso dia 
a dia. Isso deixa claro que as implicações das ciências estão inseridas na 
sociedade, na vida de cada um de nós. Assim, proporcionar às crianças 
o	acesso	aos	conhecimentos	científicos	tornou-se	fundamental	para	que	
elas possam compreender e fazer a leitura do mundo em que vivem e, 
com isso, poder intervir conscientemente na preservação do mundo. O 
ensino de Ciências nos anos inicias do Ensino Fundamental precisa dar 
 UNIUBE 7
condições para que as crianças desenvolvam a sua cidadania, tornando-
se cidadãos ativos e responsáveis.
Neste sentido, o ensino de Ciências é fundamental 
para a população não só ter a capacidade de desfrutar 
dos	 conhecimentos	 científicos	 e	 tecnológicos,	
mas	para	despertar	vocações,	a	fim	de	criar	estes	
conhecimentos. O ensino de Ciências é fundamental 
para a plena realização do ser humano e a sua 
integração social. Continuar aceitando que grande 
parte	da	população	não	receba	formação	científica	e	
tecnológica de qualidade agravará as desigualdades 
do	país	e	significará	seu	atraso	no	mundo	globalizado.	
Investir	para	constituir	uma	populaçãocientificamente	
preparada é cultivar para receber de volta cidadania e 
produtividade, que melhoram as condições de vida de 
todo o povo. (UNESCO, 2005, p.2).
Para entendermos a importância de estudar Ciências Naturais, temos de 
compreender a Ciência em si.
Reflita	acerca	da	Figura	1	a	seguir:
PARADA PARA REFLEXÃO
Figura 1: O que é ciência?
Fonte: Acervo EAD-Uniube. 
8 UNIUBE
Os conhecimentos das ciências devem ser incorporados à vida dos 
cidadãos, de modo que estes saberes possam ser aplicados e, com isso, 
auxiliarem nas mais diversas situações do cotidiano. Nessa perspectiva, 
é fundamental iniciarmos essas discussões na sala de aula.
É importante perguntarmos aos alunos como eles imaginam o cientista e 
sua forma de trabalho. Provavelmente, eles responderão que é um homem 
vestido de branco, que trabalha em um laboratório repleto de instrumentos 
e que provoca explosões, realizando descobertas inéditas. E, ainda, que 
esses cientistas são gênios! Certamente, eles são retratados da forma como 
são	vistos	nos	filmes,	desenhos	animados	e	programas	de	TV.	Como	Dr.	
Emmett	Brown,	do	filme	“De	volta	Para	o	Futuro”,	Profº	Sherman,	do	filme	“O	
Professor Aloprado”, o Franjinha da “Turma da Mônica”, “Dr.Frankenstein”, 
entre outros.
Vale	 a	 pena	 continuar	 a	 discussão	 refletindo	 sobre	 o	 seguinte	
questionamento:
Mas será que é assim mesmo?
O cientista é um homem vestido de jaleco branco, que trabalha em um 
laboratório repleto de instrumentos, que provoca explosões e que realiza 
descobertas inéditas?
EXEMPLIFICANDO!
Para	entender	o	trabalho	do	cientista,	temos	que	primeiro	definir	Ciência.		
Existem	várias	definições	acerca	deste	conceito,	sendo	assim,	podemos	
dizer que Ciência é um conjunto de conhecimentos que descrevem a 
natureza e seus fenômenos; é também a atividade humana traduzida 
Você saberia responder o que é ciência? Quais são as diferentes concepções 
a que essa terminologia nos remete?
 UNIUBE 9
em saberes, teorias e leis; é a interação entre os fatos e as ideias. Os 
fatos são acontecimentos, por exemplo, um terremoto, a chuva forte que 
caiu ou o desastre ambiental e as ideias são as formas de interpretar e 
explicar cada fato, ou seja, o nosso olhar, nossa leitura acerca do que 
“estamos vendo”. 
Sobre a interação entre os fatos e as ideias, a Base Comum Curricular 
aponta que: 
Ao estudar Ciências, as pessoas aprendem a respeito 
de si mesmas, da diversidade e dos processos de 
evolução e manutenção da vida, do mundo material – 
com os seus recursos naturais, suas transformações 
e fontes de energia –, do nosso planeta no Sistema 
Solar e no Universo e da aplicação dos conhecimentos 
científicos	nas	várias	esferas	da	vida	humana.	(BRASIL, 
2017, p.321).
Assim, a interação entre os fatos e fenômenos do dia a dia é vista como 
um princípio de aprendizagem e um fator de desenvolvimento da Ciência.
1.1.1 Conhecimento científico e senso comum
Saber	ciência	vai	além	de	conhecer	o	método	científico	e	ter	habilidade	
para investigação. Aprender ciência é entender a ciência; é fazer ciência! 
O	conhecimento	científico,	aquele	que	envolve	pesquisa,	vai	além	do	
senso comum.
O	professor	pode	instigar	as	reflexões	dos	alunos	a	partir	de	uma	imagem,	
como a Figura 2 a seguir:
EXEMPLIFICANDO!
10 UNIUBE
Figura 2: Ciência ou senso comum?
Fonte: Acervo EAD-Uniube. 
O docente deve mediar as discussões dos educandos, que, provavelmente, 
já ouviram muitos casos de reações de pessoas que têm medo de 
encontrar um gato preto à noite, porque acreditam que “dá azar”. Para 
que	essa	crença	se	torne	um	conhecimento	científico,	ela	deve	ser	testada,	
pesquisada,	comprovada	e	certificada,	por	meio	de	pesquisas	científicas,	
que comprovem, realmente, que encontrar um gato preto dá azar. Assim, 
a crença deixaria de ser apenas senso comum, ou seja, um conhecimento 
popular.
Ao falarmos que o medicamento Novalgina é analgésico e antitérmico, não 
estamos	utilizando	o	senso	comum.	Isso	é	um	conhecimento	científico.	Sabe	
por quê? O medicamento Novalgina foi pesquisado, testado e comprovado 
cienticamente! 
Dessa forma, a escola tem papel relevante na condução do processo 
de ensino e aprendizagem. Isso implica importância e responsabilidade 
do professor dos anos iniciais do Ensino Fundamental de estimular o 
conhecimento	científico	em	seus	alunos.
 UNIUBE 11
Para que isso ocorra, o professor deve deixar de lado o ensino livresco 
e descontextualizado, que faz com que o aluno decore conceitos sem 
compreender a aplicabilidade do que está sendo estudado.
1.1.2 Classificação das Ciências
Considerando	a	necessidade	de	identificar	as	características	comuns	de	
cada ciência, Marcone e Lakatos (2000, p. 28) apresentam as seguintes 
classificações	das	ciências:
Para Marcone e Lakatos (2000), as ciências formais são compostas 
pela lógica e pela matemática. Elas preocupam-se com a demonstração 
de números, demonstração de enunciados, símbolos, ou seja, estudam 
as ideias. 
12 UNIUBE
Em relação às ciências factuais, elas são compostas pelas ciências 
naturais e sociais, que têm como subitens a Física, a Biologia, a 
Química, a Antropologia, entre outras, e estudam os fatos que estão 
ao	nosso	entorno,	seus	significados	e	processos	por	meio	dos	quais	se	
desenvolvem. 
Nas séries iniciais do Ensino Fundamental, estudaremos as Ciências 
Biológicas e os seres vivos que fazem parte da natureza (bios, em grego, 
significa	vida),	mediante	isso,	estaremos	realizando	um	estudo	sobre	
as Ciências da Natureza das ciências factuais. Observe a Figura 3 a 
seguir.
Figura 3: Como ensinar Ciências?
Fonte: Acervo EAD-Uniube. 
Sobre o ensino de Ciências Naturais, a Base Nacional Comum 
Curricular – BNCC (2017) aponta que devemos organizar situações de 
aprendizagem	significativas	para	os	alunos,	partindo	de	questões	que	
sejam	desafiadoras,	que	estimulem	o	interesse	e	a	curiosidade	científica	
e	que	possibilitem	definir	problemas,	levantar	hipótese,	analisar,	tirar	
conclusões e propor soluções.
 UNIUBE 13
1.2 Compreensão de Ciência e de processo de ensino e de 
aprendizagem em Ciências Naturais no Ensino Fundamental
Observe a Figura 4 a seguir:
Figura 4: Ciência ou Ciências? 
Fonte: Acervo EAD-Uniube. 
Para você, é correto aula de Ciência ou aula de Ciências?
• A	palavra	ciência	e	ciências	não	possuem	o	mesmo	significado.		
Segundo o Dicionário Houaiss (2007),
Segundo Armstrong e Barbosa (2012, p. 24), 
Podemos dizer que a ciência é uma forma de 
conhecimento sistemática que busca explicar os 
14 UNIUBE
fundamentos da natureza por meio de um trabalho 
racional, possui créditos metodológicos para 
demonstrar a veracidade dos fatos observados e tem 
como	 finalidade	 atingir	 fatos	 concretos,	mediante	
instrumentos, técnicas e procedimentos de observação 
fundamentados em diferentes métodos experimentais.
Dessa	forma,	podemos	definir	que	a	expressão	“ciência”,		escrita	no	
singular, diz respeito a conhecimento. 
Reflita	acerca	da	Figura	5	a	seguir:
PARADA PARA REFLEXÃO
Figura 5: Ciência ou Ciências? 
Fonte: Acervo EAD-Uniube. 
Você já pensou sobre isso?
A disciplina Ciências já teve várias denominações como: Ciências Naturais, 
Ciências Biológicas, Ciências Físicas, Ciências Exatas. Atualmente é 
chamada	de	Ciências	Naturais,	mais	conhecida,	na	escrita	simplificada,	por	
Ciências. 
 UNIUBE 15
Como	vimos,	a	expressão	“ciências”	está	no	plural.	Isso	significa	que	ela	
abrange	um	grande	campo	do	conhecimento	científico	e	não	apenas	um	
campo de estudo de pesquisa. O estudo da área de ciências envolve 
conhecimentos	relativos	a	diversas	disciplinas	como:	Geografia,	Biologia,	
Química, Astronomia. Dessa forma, percebe-se que o campo das ciências 
é vasto, o que torna o trabalho complexo. No que se refere ao nosso 
estudo,	estaremos	utilizando	a	denominação	simplificada:	Ciências.
Em relação ao ensino de Ciências, nos anos iniciais do Ensino 
Fundamental, assim como nas demais disciplinas, a BNCC valoriza as 
situações lúdicas de aprendizageme propõe uma transição natural dos 
conceitos que foram ensinados na Educação Infantil com o que o aluno 
vai estudar nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Essa interação 
visa garantir segundo BNCC (BRASIL, 2017, p. 49) a “[...] integração e 
continuidade dos processos de aprendizagem das crianças, respeitando 
suas singularidades e as diferentes relações que elas estabelecem com 
os conhecimentos, assim como a natureza das mediações de cada 
etapa”.
A título de conhecimento, apresentaremos, a seguir, os Campos de 
Experiências, propostos pela BNCC, para a Educação Infantil, que 
deverão dar continuidade ao trabalho a ser desenvolvido nos anos iniciais 
do Ensino Fundamental.
Eu, o outro e o nós
• Respeitar e expressar sentimentos e emoções, 
atuando com progressiva autonomia emocional.
• Atuar em grupo e demonstrar interesse em construir 
novas relações, respeitando a diversidade e 
solidarizando-se com os outros.
• Agir com progressiva autonomia em relação 
ao próprio corpo e ao espaço que ocupa, 
apresentando independência e iniciativa.
• Conhecer, respeitar e cumprir regras de cunho 
social, manifestando respeito pelo outro ao lidar 
com	conflitos.
16 UNIUBE
Corpo, gestos e movimentos
• Reconhecer a importância de ações e situações 
do cotidiano que contribuem para o cuidado de sua 
saúde e a manutenção de ambientes saudáveis.
• Apresentar autonomia nas práticas de higiene, 
alimentação, vestir-se e no cuidado com seu 
bem-estar, valorizando o próprio corpo.
• Utilizar o corpo intencionalmente (com criatividade, 
controle e adequação) como instrumento de 
interação com os outros e com o meio.
• Coordenar	suas	habilidades	psicomotoras	finas.
• Discriminar os diferentes tipos de sons e ritmos e 
interagir com a música, percebendo-a como forma 
de expressão individual e coletiva.
• Reconhecer as artes visuais como meio de 
comunicação, expressão e construção do 
conhecimento.
• Relacionar-se com o outro empregando gestos, 
palavras, brincadeiras, jogos, imitações, 
observações e expressão corporal.
• Recriar,	a	partir	de	imagens,	figuras	e	objetos,	
usando materiais simples e ensaiando algumas 
produções expressivas.
Traços, sons, cores e formas
• Expressar ideias, desejos e sentimentos em 
distintas situações de interação, por diferentes 
meios. 
• Argumentar e relatar fatos oralmente, em sequência 
temporal e causal, organizando e adequando sua 
fala ao contexto em que é produzida.
Oralidade e escrita
• Ouvir, compreender, contar, recontar e criar 
narrativas.
• Conhecer diferentes gêneros e portadores textuais, 
demonstrando compreensão da função social da 
escrita e reconhecendo a leitura como fonte de 
prazer e informação.
 UNIUBE 17
• Identificar,	nomear	adequadamente	e	comparar	as	
propriedades dos objetos, estabelecendo relações 
entre eles para a formulação, o raciocínio e a 
resolução de problemas.
• Interagir com o meio ambiente e com fenômenos 
naturais	ou	artificiais,	demonstrando	atitudes	de	
investigação, respeito e preservação.
• Utilizar vocabulário relativo às noções de grandeza 
(maior, menor, igual etc.), espaço (dentro e fora) e 
medidas	(comprido,	curto,	grosso,	fino)	como	meio	
de comunicação de suas experiências.
Espaços, tempos, quantidades, relações e 
transformações
• Resolver, criar e registrar situações-problema do 
cotidiano e estratégias de resolução. Utilizar 
unidades de medida (dia / noite, dias / semanas / 
meses / ano) e noções de tempo (presente / 
passado / futuro, antes / agora / depois), para 
responder à necessidades e a questões do cotidiano.
• Identificar	e	registrar	quantidades	por	meio	de	
diferentes formas de representação (contagens, 
desenhos, símbolos, escrita de números, 
organização	de	gráficos	básicos	etc.).	(BRASIL,	
2017, p. 50-51).
Assim, entendemos que o ensino das Ciências é processo dinâmico, 
é ação e movimento. As alternativas que tornam o ensino de Ciências 
mais	dinâmico	são,	em	sua	maioria,	voltadas	para	o	aspecto	reflexivo-
experimental,	para	a	importância	da	contextualização	histórico-científica,	
com	o	desafio	dos	alunos	em	resolver	situações-problema,	de	forma	que	
eles	possam	construir	o	pensamento	reflexivo,	lógico	e	científico.
 
Se	o	desenvolvimento	do	pensamento	lógico,	reflexivo	e	científico	é	a	
tônica do mundo cultural para o ensino escolar, neste cenário, em relação 
a	Ciências	no	Ensino	Fundamental,	professores	e	alunos	são	desafiados	
a romper com a abordagem do ensino linear, teórico, conteudista e 
18 UNIUBE
cientificista	do	ensino	de	Ciências	e	reestabelecer	relações	entre	o	
conhecer e pensar. 
1.3 Competências específicas de Ciências da Natureza para 
o Ensino Fundamental
O ensino aprendizagem de Ciências visa valorizar o compromisso com 
os saberes historicamente produzidos e proporcionar aos alunos um novo 
olhar sobre o mundo em que vivem, bem como a conscientização sobre 
a preservação da natureza.
Dessa	 forma,	 pautado	 nos	 documentos	 oficiais	 que	 organizam	 essa	
disciplina, espera-se que, com o ensino de Ciências, os alunos desenvolvam 
as seguintes competências.
 
1. Compreender as ciências como empreendimento 
humano, reconhecendo que o conhecimento 
científico	é	provisório,	cultural	e	histórico.
2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas 
explicativas das Ciências da Natureza, bem como 
dominar processos, práticas e procedimentos da 
investigação	científica,	de	modo	a	sentir	segurança	
no	debate	de	questões	científicas,	tecnológicas	e	
socioambientais e do mundo do trabalho. 
3. Analisar, compreender e explicar características, 
fenômenos e processos relativos ao mundo 
natural, tecnológico e social, como também 
as relações que se estabelecem entre eles, 
exercitando a curiosidade para fazer perguntas e 
buscar respostas. 
4. Avaliar aplicações e implicações políticas, 
socioambientais e culturais da ciência e da 
tecnologia	e	propor	alternativas	aos	desafios	
do mundo contemporâneo, incluindo aqueles 
relativos ao mundo do trabalho. 
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
 UNIUBE 19
5. Construir argumentos com base em dados, 
evidências	e	informações	confiáveis	e	negociar	
e defender ideias e pontos de vista que respeitem 
e promovam a consciência socioambiental 
e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo 
e valorizando a diversidade de indivíduos e de 
grupos sociais, sem preconceitos de qualquer 
natureza.
6. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo 
e bem-estar, recorrendo aos conhecimentos das 
Ciências da Natureza. 
7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, 
autonomia,	 responsabilidade,	 flexibilidade,	
resiliência e determinação, recorrendo aos 
conhecimentos das Ciências da Natureza para 
tomar	 decisões	 frente	 a	 questões	 científico-
tecnológicas e socioambientais e a respeito 
da saúde individual e coletiva, com base em 
princípios éticos, democráticos, sustentáveis e 
solidários (BRASIL, BNCC, 2017, p. 276).
Segundo a BNCC (2017), a estrutura dos currículos de Ciências é 
organizada com base em três unidades temáticas Matéria e energia; 
Vida e evolução, Terra e Universo, que se repetem no decorrer dos 
anos	iniciais	do	Ensino	Fundamental	até	os	anos	finais.
Para melhor compreensão dessas unidades temáticas, veremos alguns 
trechos da BNCC. 
1.3.1 Unidade temática – Matéria e energia
Veja o que o BNCC assevera:
Nos anos iniciais, as crianças já se envolvem com 
uma série de objetos, materiais e fenômenos, em 
sua vivência diária e na relação com o entorno. Tais 
experiências são o ponto de partida para possibilitar a 
construção das primeiras noções sobre os materiais, 
seus usos e propriedades, bem como suas interações 
com luz, som, calor, eletricidade e umidade, entre 
outros elementos, estimulando a construção de hábitos 
20 UNIUBE
saudáveis e sustentáveis por meio da preservação 
da saúde a partir dos cuidados e riscos associados 
à integridade física e à qualidade auditiva e visual e 
da construção coletiva de propostas de reciclagem e 
reutilização de materiais. Espera-se também que os 
alunospossam reconhecer a importância, por exemplo, 
da água, em seus diferentes estados, para a agricultura, 
o clima, a preservação do solo, a geração de energia 
elétrica, a qualidade do ar atmosférico e o equilíbrio dos 
ecossistemas. Em síntese, valorizam-se, nessa fase, 
os elementos mais concretos e os ambientes que o 
cercam (casa, escola e bairro), oferecendo aos alunos a 
oportunidade de interação, compreensão e ação no seu 
entorno. (BRASIL, 2017, p. 321).
1.3.2 Unidade temática – Vida e evolução
Observe o que o BNCC explica:
Nos anos iniciais, as características dos seres vivos 
são trabalhadas a partir das ideias, representações, 
disposições emocionais e afetivas que os alunos trazem 
para a escola. Esses saberes dos alunos vão sendo 
organizados a partir de observações orientadas, com 
ênfase na compreensão dos seres vivos do entorno, 
como também dos elos nutricionais que se estabelecem 
entre eles no ambiente natural. [...]Nos anos iniciais, 
pretende-se que, em continuidade às abordagens 
na Educação Infantil, as crianças ampliem os seus 
conhecimentos	e	apreço	pelo	seu	corpo,	identifiquem	
os cuidados necessários para a manutenção da saúde 
e integridade do organismo e desenvolvam atitudes 
de respeito e acolhimento pelas diferenças individuais, 
tanto no que diz respeito à diversidade étnico-cultural 
quanto em relação à inclusão de alunos da educação 
especial. (BRASIL, 2017, p. 322).
1.3.3 Unidade temática – Terra e Universo 
Observe o que diz o BNCC:
Os estudantes dos anos iniciais se interessam com 
facilidade pelos objetos celestes, muito por conta da 
exploração e valorização dessa temática pelos meios 
de comunicação, brinquedos, desenhos animados e 
livros infantis. Dessa forma, a intenção é aguçar ainda 
 UNIUBE 21
mais a curiosidade das crianças pelos fenômenos 
naturais e desenvolver o pensamento espacial a partir 
das experiências cotidianas de observação do céu e 
dos fenômenos a elas relacionados. A sistematização 
dessas observações e o uso adequado dos sistemas 
de	referência	permitem	a	identificação	de	fenômenos	e	
regularidades que deram à humanidade, em diferentes 
culturas, maior autonomia na regulação da agricultura, 
na conquista de novos espaços, na construção de 
calendários etc. (BRASIL, BNCC, 2017, p. 324).
O documento destaca que essas três unidades temáticas devem ser 
trabalhadas de forma contínua nas aprendizagens e na integração com 
os objetos de conhecimento durante todas as séries inicias do Ensino 
Fundamental. É muito importante que o professor não fragmente esses 
processos, visto que essas temáticas não se desenvolvem isoladamente.
Considerações finais1.4
Com a leitura deste capítulo, esperamos que tenha construído 
conhecimentos fundamentais sobre o que é proposto para o ensino de 
Ciências da Natureza nos anos iniciais do Ensino Fundamental propostos 
pela Base Comum Curricular Nacional – BNCC.
 
A concepção atual de educação nos diz que, para aprender, o aluno 
precisa participar da construção do seu conhecimento como sujeito. 
Assim, a aprendizagem passa a ser o foco de todo o processo 
educacional, sendo a aprendizagem o modo com que indivíduos 
desenvolvem competências e constroem seus conhecimentos.
Neste cenário, o ensino das Ciências da Natureza, desde a Educação 
Infantil, deve perpassar todo o Ensino Fundamental criando 
possibilidades para que o aluno desenvolva a curiosidade, as habilidades 
de experimentação, a investigação sobre fatos e fenômenos da natureza.
22 UNIUBE
Para isso, faz-se necessário que o professor dos anos iniciais do Ensino 
Fundamental compreenda a importância do ensino de Ciências, bem 
como suas questões conceituais e suas abrangências socioambientais 
para propor atividades estimulantes com práticas que promovam a 
criatividade, a cidadania e o pensamento crítico acerca dos conteúdos 
estudados, gerando mudanças de atitudes. 
Como apresenta os estudos de Delors (1999), “O objetivo da Educação 
não é somente transmitir conhecimentos, mas criar um espírito para toda 
a vida, onde ensinar é viver em transformações consigo próprio e com 
os outros”.
Referências
ARMSTRONG. Diane Lucia de Paula; BARBOSA, Liane Maria Vargas. Metodologia 
do ensino de ciências biológicas e da natureza. Curitiba: Inersaberes. 2012. 
(Série Metodológica).
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta 
preliminar. Segunda versão revista. Brasília: MEC, 2016. Disponível em: < http://
portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=79601-
anexo-texto-bncc-reexportado-pdf-2&category_slug=dezembro-2017-pdf&Itemid=
30192>. Acesso em: 02 set. 2017.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: 
ciências naturais (1º e 2º ciclos do Ensino Fundamental). Brasília: Ministério da 
Educação e do Desporto, 1998.
DALZOTO, Gilsani. Fundamentos e metodologia de ensino de ciências 
biológicas. Curitiba: InterSaberes, 2004.
DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, 1999.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 2017.
LIPPE. Eliza Márcia Oliveira. Metodologia do ensino da ciência. São Paulo: 
Pearson Education do Brasil, 2006.
 UNIUBE 23
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. 
3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 
MENEZES, Ebenezer Takuno. Escola Nova. Disponível em: <http://www.educabrasil.
com.br/escola-nova/.>. Acesso em: 09 nov. 2017.
MINAS, Gerais. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Ciências. Ciclos 
Básicos e Intermediários/Séries Iniciais do Ensino Fundamental. Consultoria e 
elaboração: Iria Luiza e Castro Vieira, Inês Luci Machado, Maria Inês Melo de Toledo, 
Delma Faria Shimamoto. Belo Horizonte, junlho de 2000.
UNESCO BRASIL. Ensino de Ciências:o futuro em risco. 2005. Disponível em: 
<http://unesdoc.unesco.org/imagens/0013/001399/139948por.pdf>. Acesso em: 
27 abr. 2018.
ZAVBALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Art-med, 1998.
Introdução
Os conteúdos de Ciências 
Naturais no Ensino 
Fundamental – 1º e 2º anos
Capítulo
2
Dando continuidade aos nossos estudos, este capítulo foi 
elaborado pensando em ajudá-lo a compreender os conteúdos 
de	Ciências	Naturais	propostos	no	documento	ofi	cial	BNCC,	que	
orienta o ensino no 1º e 2º anos do Ensino Fundamental.
Buscaremos [...] contextualizar os conteúdos 
dos	componentes	curriculares,	identifi	cando	
estratégias para apresentá-los, representá-
los,	exemplifi	cá-los,	conectá-los	e	 torná-los	
signifi	cativos,	com	base	na	realidade	do	lugar	
e do tempo nos quais as aprendizagens estão 
situadas. (BRASIL, 2017, p. 12).
Nessa perspectiva, ao longo do capítulo, procuramos estabelecer 
uma relação entre a teoria e a prática, de forma a contextualizar 
os conteúdos de Ciências Naturais, evidenciando estratégias de 
ensino-aprendizagem. Os textos deste livro apresentam uma 
linguagem simples, adequada ao 1º e 2º anos, mas contemplando 
práticas docentes que possibilitam a construção do conhecimento 
pedagógico do aluno – futuro-professor. Assim, procurou-se 
conectá-las	e	 tornar	os	conteúdos	signifi	cativos	para	melhor	
compreensão e estudo. 
26 UNIUBE
Dessa forma, esperamos que o seu aprendizado transcorra de 
forma	prazerosa	e	que	estimule	a	atitude	investigativa	e	reflexiva,	
fomentando soluções para a prática docente.
Objetivos
Após a leitura deste capítulo, você deverá ser capaz de:
• selecionar os conteúdos de Ciências Naturais, adequados 
ao 1º e 2º anos; 
• aplicar metodologias para o ensino destes conteúdos. 
Esquema
2.1 O corpo humano 
2.1.1 O corpo em movimento 
2.1.2 O nosso corpo
2.1.3 Órgãos dos sentidos
2.2 Os materiais
2.2.1 Os materiais no nosso dia 
2.2.2 Origem dos materiais
2.2.3 As propriedades gerais da matéria
2.2.4 Os estados físicos dos materiais
2.2.5 A mudança do estado físico dos materiais
2.2.6 Materiais que se transformam
2.3 Escalas de tempo – os dias e as noites
2.3.1 As estações do ano
2.4 O ambiente à nossa volta
2.4.1 Os seres vivos e a relaçãocom o ambiente
2.5 Os animais
2.5.1 O tamanho dos animais
2.5.2 Como os animais se alimentam
2.5.3 O ciclo de vida dos animais
 UNIUBE 27
2.5.4 Animais domésticos e animais silvestres
2.5.5 Animais terrestres e animais aquáticos
2.5.6 Animais mamíferos
2.6 As plantas
2.6.1 Partes das plantas
2.7	Considerações	finais
O corpo humano2.1
O trabalho com o corpo humano chama a atenção das crianças. São 
várias as perguntas que permeiam esse assunto:
• Por que a gente bebe água?
• Para que servem os cílios?
• Por que as unhas não param de crescer?
• Por que sentimos fome, frio e calor?
• Como eu nasci?
• Por que quando eu choro sai água dos meus olhos?
• Quanto	tempo	podemos	ficar	sem	piscar?
• Por que quando espetamos o dedo na agulha tiramos a mão bem 
rápido sem pensar?
Muitas	crianças,	antes	de	iniciar	o	conhecimento	científico	na	escola	já	
têm respostas prontas para essas perguntas. São os conhecimentos que 
elas	trazem	de	casa.	Isso	significa	que,	mesmo	antes	de	ter	acesso	às	
informações sobre a composição de seu corpo, elas formulam hipóteses 
para essas perguntas independentemente dos equívocos ocasionados 
pelo senso comum.
Cabe ao professor aproveitar os conhecimentos que as crianças já 
possuem sobre determinado assunto e propor novas questões e ajudá-las 
a	construir	o	conhecimento	científico	sobre	o	tema	em	questão.
28 UNIUBE
Nesse cenário, o professor não deve se aprofundar nas explicações, 
utilizando	uma	linguagem	complexa	com	termos	científicos	sobre	o	corpo	
humano. É importante compreender o que é fundamental à criança saber, 
quais	as	definições	básicas,	ou	seja,	utilizando	uma	linguagem	clara	
e objetiva, o professor ajudará a criança a entender as funções dos 
diversos órgãos. 
O estudo do corpo humano no primeiro ano do Ensino Fundamental, 
implica levar as crianças a compreender o seu corpo como um todo 
integrado, mostrando que cada parte desse corpo exerce funções 
específicas,	que	o	fazem	“funcionar	da	melhor	forma	possível”.
2.1.1 O corpo em movimento
Para	refletir	acerca	do	corpo	em	movimento,	as	brincadeiras	são	recursos	
divertidos que mexem com o corpo e estimulam o relacionamento entre 
as crianças. 
Veja a brincadeira proposta a seguir, possivelmente, ela é do tempo em 
que sua mãe, pai e tias eram crianças.
MORTO-VIVO
A brincadeira que descrevemos a seguir foi adaptada do original de Delasig 
(2017). Ela poderá ser realizada com um grupo de crianças. Não há limites 
de participantes. No momento da brincadeira, será sorteado um elemento 
do grupo para controlar a brincadeira. Ele será o guia do grupo.
• O	guia	fica	no	centro	da	roda	e	os	demais	participantes	caminham	
livremente pela sala de aula (ou em outro espaço). 
• Sem avisar ninguém, o guia interrompe a caminhada com o comando 
morto. Todos têm que agachar. Rapidamente o guia fala vivo, e os 
participantes levantam e continuam a caminhada.
EXEMPLIFICANDO!
 UNIUBE 29
• Os comandos podem ser alterados, como vivo, em seguida, vivo, 
morto, vivo, morto...
• A cada erro, a criança sai e “paga” uma prenda. A última criança que 
ficar	ganha	a	brincadeira!
Obs. outras brincadeiras poderão ser exploradas, como: cabra-cega, estátua, 
dança das cadeiras etc. 
Após a brincadeira, é importante que o professor faça perguntas aos 
alunos, instigando a análise dos movimentos que foram realizados e 
as sensações que cada movimento proporcionou, bem como quais as 
partes do corpo que foram utilizadas. É relevante explorar a coordenação 
motora, os sentidos, a atenção e a concentração. 
O	professor	pode	propor	que	os	alunos	se	sentem	em	roda	e	reflitam	a	partir	
dos seguintes questionamentos:
• É possível praticar a brincadeira com as orelhas tampadas?
• Quando estava na posição de morto, desequilibrou e quase caiu?
• Durante a brincadeira qual foi a sensação de agachar e levantar toda 
hora?
• Qual posição foi mais confortável: morto ou vivo?
O professor poderá pedir aos alunos que registrem as respostas e, 
posteriormente, todos poderão discuti-las em grupo. 
EXEMPLIFICANDO!
Considerando que o ser criança está relacionado com o brincar, as 
brincadeiras são recursos que fornecem, a elas, a experiência necessária 
para o seu desenvolvimento e a construção da aprendizagem (Figura 1).
30 UNIUBE
Figura 1: Crianças brincando.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
A criança, desde o nascimento, aprende por meio do corpo no momento 
em que realiza as primeiras ações. Segundo Le Boulch (1992, p. 70), “é 
através da atividade prática que a criança vai descobrir sua existência 
e, como pessoa, ela vai conquistar sua unidade através da experiência 
vivenciada	com	o	corpo	eficazmente”.	A	partir	das	atividades	práticas,	das	
experimentações,	as	crianças	realizam	ações	significativas	no	processo	
de aprendizagem.
2.1.2 O nosso corpo
O trabalho com o corpo é fundamental para as crianças. Ele é concreto e 
familiar para elas, visto que elas exploram seu corpo desde o nascimento. 
Para Piaget (1996), a criança descobre o mundo por meio de seu corpo. 
Ela tem sensações e, por meio dessas sensações, vai desenvolvendo 
a coordenação de informações visuais e motoras sobre o mundo que a 
cerca	e	apropriando-se	do	significado	dessas	ações.	Assim,	percebemos	
a importância de retomar alguns conceitos sobre o corpo humano e, a 
 UNIUBE 31
partir deles, sugerir atividades lúdicas, experimentos que os docentes 
poderão utilizar como metodologia de ensino para a compreensão das 
crianças. 
Para entendermos melhor este trabalho, vejamos o exemplo a seguir.
Vejamos, agora, a sugestão de uma atividade para ser desenvolvida com 
crianças do primeiro e segundo ano do Ensino Fundamental. Podemos 
iniciar	o	estudo	sobre	o	nosso	corpo	refletindo	acerca	da	música	“Cabeça,	
ombro, joelho e pé”, da cantora Xuxa. 
Cabeça ombro, joelho e pé
Xuxa
Cabeça, ombro, joelho e pé 
Joelho e pé 
Cabeça, ombro, joelho e pé 
Joelho e pé 
Olhos, ouvidos, boca e nariz 
Cabeça, ombro, joelho e pé 
Joelho e pé [...]. (LETRA.MUS.BR, 2018).
Para ouvir a canção na íntegra, acesse:
https://www.letras.mus.br/xuxa/769665>
A proposta é de que os alunos cantem e encenem a música. Partindo dessa 
atividade,	eles	irão	identificar	as	partes	do	corpo	humano	mencionadas	na	
letra da música. Sendo assim, deverão perceber que o corpo possui três 
partes distintas: cabeça, tronco e membros. Em seguida, deve-se dar início 
à exploração de novos conceitos.
EXEMPLIFICANDO!
32 UNIUBE
É	importante	possibilitar	ao	aluno	realizar	esse	percurso	de	identificação	
da cabeça, do ombro, do joelho e do pé, para que compreenda que 
há órgãos importantes, que atuam em conjunto para nos manter vivos 
e saudáveis. Assim, eles também verão que, em nosso corpo, temos, 
também, dois pares de membros, que são: os membros inferiores, 
que correspondem às pernas, e os membros superiores, que são os 
braços. O professor pode explorar com as crianças o fato de que, com 
esses órgãos, podemos locomover, segurar objetos, entre outras ações.
Como atividade prática, o professor pode propor a realização do mapa 
do corpo, como veremos a seguir.
Mapa do corpo
Nesta atividade, o aluno deverá desenhar o contorno do corpo do colega 
no chão ou na folha de papel pardo. Depois do desenho feito, cada criança 
irá	identificar	as	partes	do	corpo	escrevendo	o	nome	de	cada	uma	delas	em	
seu respectivo local e irá recortar formando um móbile (Figura 2). 
EXEMPLIFICANDO!
Figura 2: Móbile do corpo humano.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
 UNIUBE 33
Esse móbile (Figura 2) poderá ser levado para casa como estudo, ou até 
mesmo	ficar	fixado	na	sala	de	aula,	podendo	ser	retomado	quando	for	
necessário.
A	atividade	lúdica	é	parte	da	realidade	do	aluno	e	torna-se	significativa	
à medida que ele exercita a imaginação e revela sua importância. 
Toma-se, como hipótese, que a atividade lúdica, realizada pela criança, 
surge a partir da realidade e assume um papel junto à sua imaginação. 
Assim, o educando se relaciona com a atividade criadora, podendo 
ser entendida nas diferentesformas de vinculação entre a fantasia e 
o real. Segundo Dinello (2007), o brincar e o jogar não têm nenhum 
interesse fora de si mesmos. O jogo propõe a alegria, o prazer da 
criança realizar a brincadeira. “A atividade lúdica da criança contém as 
máximas possibilidades de expressão criativa e comunicativa, portanto 
é a base das aprendizagens e da construção tanto de sua inteligência 
como de sua personalidade total (DINELLO, 2007. p. 87). Isso posto, 
o diálogo entre a criança e o objeto de estudo constitui-se como uma 
aprendizagem	significativa.	Isto	é	aprender	por	meio	de	atividades	lúdicas	
é enriquecedor e atrai a atenção dos alunos. 
Para trabalhar o tema corpo com as crianças, sugerimos a coleção Corpim, 
do autor Ziraldo: 
• Pelegrino e Petrônio.
• Os dez amigos.
• Um sorriso chamado Luiz.
• Rolim.
• Dodô.
• O Joelho Juvenal.
 
INDICAÇÃO DE LEITURA
34 UNIUBE
A série Corpim retrata de forma criativa e alegre diferentes partes do corpo, 
como:
• Pelegrino e Petrônio é a história de dois pés “irmãos”. 
• Os dez amigos é uma história dos dedos da mão. Cada dedo tem um 
apelido engraçado e, quando as duas mãos se encontram, elas fazem 
uma grande descoberta! 
• Um sorriso chamado Luiz conta a história de um menino que gostava 
muito de sorrir. Sorria o tempo todo e para todo mundo! 
• Dodô é o nome do bumbum de Dolores. Ele viveu o tempo todo coberto 
e só via as coisas depois que elas passavam e, com isso, resolveu 
protestar!
• O Joelho Juvenal traz a história engraçada de um joelho que viveu 
momentos felizes, embora sempre machucado!
• Rolim era um umbigo redondinho, que se julgava o centro do mundo!
2.1.3 Órgãos dos sentidos
O sistema sensorial é o sistema do corpo humano responsável por 
mandar as informações recebidas pelos órgãos (tato, olfato, paladar e 
visão)	ao	sistema	nervoso,	que	decodifica	essas	informações	e	envia-as	
para todo o corpo. Esse estudo permite à criança perceber a importância 
desses órgãos para sua sobrevivência. É por meio deles que o indivíduo 
percebe o ambiente em sua volta e os perigos que o cercam. 
Em relação aos órgãos de sentidos, enquanto docentes, podemos iniciar e 
mediar as discussões esclarecendo às crianças que os nossos sentidos nos 
permitem observar o mundo em que vivemos. Por exemplo: com os olhos 
podemos	ver	a	beleza	das	flores.	Ouvimos	o	canto	dos	pássaros	por	meio	
das orelhas, sentimos o que nos toca pela pele. E a língua? Ela nos permite 
EXEMPLIFICANDO!
 UNIUBE 35
sentir o gosto das coisas. Já com o nariz sentimos os cheiros. Podemos 
usar vários desses sentidos ao mesmo tempo, quando observamos o mundo 
que nos cerca.
Neste momento, enquanto professor, você deve trazer o conteúdo o 
mais próximo da criança, com uma linguagem clara e comum para ela. 
Segundo Rangel (2005. p. 22), “[...] os métodos individualizados procuram 
atender a condições e interesses dos alunos, suas motivações e aptidões, 
numa	perspectiva	de	fortalecimento	da	disposição,	da	confiança,	das	
escolhas próprias, das decisões e das convicções”. O professor deve 
utilizar metodologias e técnicas que proporcionam a autonomia do aluno, 
levando-o à compreensão e à aprendizagem. 
Lembre-se de que a aprendizagem só se efetiva se o aluno 
reconstrói seu conhecimento!!!
Também,	sugerimos	os	filmes	e	os	vídeos	como	estratégia	de	ensino.	
Eles são fontes ricas de relação entre o conteúdo da aprendizagem e a 
realidade, pois apresentam uma linguagem mais próxima e diferente das 
utilizadas pelos professores nas aulas (BARROS; PAULINO, 2007). A 
escolha do vídeo depende do objetivo que o professor pretende alcançar 
com o seu uso. É importante que o professor faça um trabalho prévio e 
outro	posterior	com	os	alunos	sobre	a	temática	do	filme	ou	vídeo,	caso	
contrário	essa	atividade	poderá	configurar-se	em	apenas	diversão.
Para ilustrar o tema estudado, sugerimos o vídeo GUGUDADA – As partes 
do corpo.
Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=_NSkoWouWME>. 
Acesso em: 26 out. 2017. Poderá usar vídeos similares.
PESQUISANDO NA WEB
36 UNIUBE
O tato
O professor pode começar explicando que o tato é um dos sentidos 
percebidos pela pele. Ao sermos tocados, sentimos o toque. Sentimos 
a textura e as formas dos objetos. É também, pela pele, que sentimos 
dor, calor e frio. O nosso corpo é coberto de pele, dessa forma, temos 
sensibilidade em todas as partes do corpo, porém essas sensibilidades 
não são todas iguais. Por exemplo, a pele da ponta dos dedos é mais 
sensível que a pele da sola dos pés.
Você sabia que a testa e a ponta dos dedos das mãos são as partes mais 
sensíveis do nosso corpo?
CURIOSIDADE
Há algumas atividades práticas que podem ser trabalhadas para que a 
crianças compreenda o tato. Veja a sugestão a seguir.
Caixa tátil 
• Materiais
Caixa de papelão 
Materiais diversos (Figura 3)
EXEMPLIFICANDO!
Figura 3: Caixa tátil.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
 UNIUBE 37
• Como proceder?
Em um momento anterior à aula, o professor deve colocar dentro da caixa 
objetos de diferentes texturas. 
Na hora da aula, o professor deve solicitar a cada aluno que pegue 
aleatoriamente um objeto na caixa e passe esse objeto em diferentes partes do 
corpo, como: na sola do pé, nos braços, nas pernas, no rosto, na barriga etc.
Em seguida, o aluno deverá relatar qual foi a sensação que sentiu ao passar 
o objeto pelo corpo e se as sensações foram as mesmas independentemente 
da parte do corpo. Depois deverá descobrir que objeto é.
Os alunos deverão fazer o registro das respostas no caderno. 
Outras atividades práticas experimentais podem ser exploradas, como 
pisar, tocar em diferentes texturas: areia, pedras, grãos, lixas, algodão, 
espuma etc. Vai depender da criatividade do professor!
As atividades práticas experimentais são admitidas, segundo Gaspar 
(2005),	como	recursos	pedagógicos	eficientes	para	o	processo	de	
interações sociais. Porém, são poucos os professores que conseguem 
desenvolvê-las constantemente, visto que esse tipo de atividade requer 
escolhas e toda escolha implica critérios. O critério é a adequação do 
conteúdo da atividade ao planejamento da disciplina.
• O paladar
Ao trabalhar o paladar, o professor deve mostrar que este é o sentido 
que nos possibilita sentir o sabor dos alimentos. É importante informar 
ao aluno que o principal órgão do paladar é a língua. Por meio dela 
podemos diferenciar os quatro gostos básicos do paladar: doce, salgado, 
38 UNIUBE
azedo e amargo. Ainda temos um quinto gosto do 
paladar, o umami, sabor sentido pela presença de 
aminoácidos contidos nos alimentos, que é ainda 
desconhecido de muitos. 
Umami “(palavra 
de origem japonesa 
que	significa	
‘delicioso e 
apetitoso’) é o nome 
do quinto sabor 
básico descoberto 
pelo pesquisador 
japonês Kikunae 
Ikeda, no ano 
de 1908”. 
(SIGNIFICADOS, 
2017, p. 1).
Você sabe quais estruturas são responsáveis pela percepção dos sabores?
Observe a Figura 4:
CURIOSIDADE
Figura 4: Botões gustativos. 
Fonte: Acervo EAD-Uniube. 
Como ilustra a Figura 4, “na língua encontramos estruturas chamadas de 
botões gustativos formados por células epiteliais com propriedades neurais, 
que, por sua vez, são responsáveis pela percepção dos sabores”. (BRASIL 
ESCOLA, 2017, p. 10). 
 UNIUBE 39
Gosto e sabor são palavras sinônimas, ou seja, possuem o 
mesmo	significado?
É muito comum usarmos essas palavras como sinônimas, mas não 
são. Usamos a palavra gosto para expressar o sentido do paladar, por 
exemplo, o limão tem um gosto azedo. 
A palavra sabor é utilizada quando percebemos o gosto e o aroma dos 
alimentos. Neste caso, usamos os dois sentidos: o paladar e o olfato, 
quando, por exemplo, dizemos: o sabor da feijoada é muito bom!
Os sabores dos alimentos não são sentidos apenas pelo 
paladar!
Veja que, quando sentimos o “cheiro” de uma feijoada, nossa boca enche 
de água! Que vontade de comer! Sentimos até o gostinho dela na boca! 
Essa relação entre olfato e o paladar se dá porque os alimentos, quandoingeridos, liberam moléculas olfativas que são detectadas pela mucosa 
olfativa e que nos remetem à combinação de aroma e sabores.
Você já reparou que quando estamos resfriados não sentimos muito bem o 
sabor dos alimentos?
Sabe por quê? 
Porque	nosso	nariz	fica	entupido	e	com	isso	não	conseguimos	sentir	o	odor	
dos alimentos!
PARADA PARA REFLEXÃO
Aprender Ciências da Natureza implica despertar no aluno a investigação, 
a construção e a reconstrução dos conhecimentos a partir do que eles 
já	possuem.	Sobre	essa	afirmação,	a	BNCC	(2017,	p.	317)	aponta	que:
40 UNIUBE
[...] a área de Ciências da Natureza, por meio de um 
olhar articulado de diversos campos do saber, precisa 
assegurar aos alunos do Ensino Fundamental o acesso 
à	diversidade	de	conhecimentos	científicos	produzidos	
ao longo da história, bem como a aproximação 
gradativa aos principais processos, práticas e 
procedimentos	da	investigação	científica.
Com o objetivo de despertar esse olhar investigativo no aluno, sugerimos 
uma atividade prática para trabalhar de forma concreta essa temática 
com as crianças. Ela poderá ser realizada para iniciar o conteúdo ou 
durante o estudo, para os alunos analisarem e fazerem os registros.
Gosto e sabor
• Materiais
Suco de laranja (pode ser qualquer outro tipo de alimento)
Uma venda para os olhos
• Como proceder?
O professor irá vendar os olhos do aluno, em seguida, irá solicitar que esse 
aluno tampe o nariz com os dedos, mas bem forte, de forma que não consiga 
respirar. Nesse momento, o professor irá dar o suco para o aluno beber. O 
aluno	deverá	identificar	o	sabor	do	suco.
 
Em outra tentativa, ainda de olhos vendados, o aluno irá soltar a respiração 
e, em seguida, beber mais um pouco do suco. Do mesmo modo que o 
anterior, ele irá tentar descobrir o sabor do suco. 
EXEMPLIFICANDO!
 UNIUBE 41
• Resultado esperado:
Acredita-se que o aluno, no momento em que bebeu o suco com o nariz 
tampado, apenas tenha conseguido sentir o doce ou azedo do suco da 
laranja,	sem	identificar	a	fruta	que	o	originou.	Certamente,	assim	que	soltou	
a respiração, ele conseguiu perceber o sabor do suco e fez a relação com 
a fruta. 
Esse experimento é importante porque a criança terá sua atenção voltada 
para percepção do paladar, o que tornará mais fácil a compreensão do 
conteúdo	científico.	O	contato	da	criança	com	o	objeto	do	conhecimento	
torna	a	aprendizagem	significativa.	Para	Ausubel	e	Hanesian	(1980,	
p.34),	“a	essência	do	processo	de	aprendizagem	significativa	é	que	
as ideias expressas simbolicamente são relacionadas às informações 
previamente adquiridas pelo aluno através de uma relação não arbitrária 
e substantiva (não literal)”.
Para os autores, para que a aprendizagem ocorra, é necessário que o 
novo conhecimento esteja ancorado no conhecimento existente. Somente 
assim,	ele	terá	significado.	O	novo	conhecimento	deve	ter	significativo	
para o aluno, e não ser apresentado de forma aleatória. Dessa forma, a 
ação do professor deve ser planejada, inclusive, propondo para o aluno 
o contato com o objeto de estudo.
 
• O olfato
O professor deve mostrar que o olfato é o sentido por meio do qual 
reconhecemos odores (cheiros). Os odores estão no ar que respiramos. 
O principal órgão do corpo humano responsável pelo olfato é o nariz. Ele 
apresenta duas cavidades, que são chamadas de cavidades nasais. Nas 
cavidades nasais, encontramos um muco pegajoso, que tem a função 
de	ajudar	a	purificar	as	impurezas	encontradas	no	ar	que	respiramos,	
42 UNIUBE
isso porque, no ar, estão presentes minúsculos seres vivos, poeira, que 
grudam no muco (catarro, meleca) e não vão para os pulmões.
Partículas	saídas	dos	alimentos,	de	líquidos,	de	flores,	
etc. chegam ao nosso nariz e se dissolvem no tecido 
que reveste a região interna do teto da cavidade nasal, 
a mucosa olfatória. Ali a informação é transformada, para 
ser conduzida, através do nervo olfatório, até o cérebro, 
onde	será	decodificada.	(SÓ	BIOLOGIA,	2018,	p.1).
No teto da cavidade nasal encontra-se a mucosa olfativa ou mucosa 
amarela,	que	é	formada	por	células	olfativas,	cujos	prolongamentos	ficam	
envolvidos pelo muco. Quando o ar entra pelo nariz e atinge a cavidade 
nasal, ele se dissolve no muco e atinge os prolongamentos das células 
olfativas, que por sua vez, enviam impulsos para o sistema nervoso, no 
qual as sensações olfativas são interpretadas e produzidas.
A palavra “célula” vem do latim: cellula (quarto pequeno). As células são as 
unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos. 
Para saber mais acerca desse tema, sugerimos que acesse o documentário 
“As Células”, do site Biólogo, no endereço a seguir:
biologo.com.br/bio/documentario-as-celulas 
PESQUISANDO NA WEB
É importante informar à criança que o sentido da palavra odor não está 
ligado a cheiro ruim, pois pode, também, ser um cheiro bom. O olfato está 
ligado ao paladar, por isso quando sentimos o cheiro de uma comida, 
se	esse	nos	agradar,	nossa	boca	fica	cheia	de	saliva.	Ocorre	da	mesma	
forma quando estamos gripados e não conseguimos sentir o aroma dos 
alimentos, pois consequentemente também não iremos sentir o sabor 
deles. Isso porque “durante a mastigação os aromas da comida se 
tornam ainda mais intensos. O cérebro utiliza as informações do olfato e 
do paladar para criar o ‘sabor’ da comida”. (SILVA, 2018, p.1).
 UNIUBE 43
No texto Olfato, do site Brasil Escola, temos que “O nosso olfato possui uma 
grande capacidade adaptativa, pois quando somos expostos a um forte 
odor temos uma sensação olfativa bem intensa, mas, depois de um minuto, 
a sensação já se tornou praticamente imperceptível” (BRASIL, 2018, p.1). 
Para ler o texto na íntegra, acesse:
https://brasilescola.uol.com.br/oscincosentidos/olfato.htm
SAIBA MAIS
Comparado a outros animais, o ser humano é o que possui o olfato 
menos apurado, ou seja, menos desenvolvido. O cachorro e o gato, 
por exemplo, possuem o olfato mais aguçado. O aluno não pode ser 
impedido, durante o processo de aprendizagem, de conhecer teorias e 
vivenciar novas metodologias de ensino. Nessa perspectiva, a BNCC 
(2017, p. 327) aponta que
é preciso oferecer oportunidades para que eles, de 
fato, envolvam-se em processos de aprendizagem nos 
quais possam vivenciar momentos de investigação que 
lhes possibilitem exercitar e ampliar sua curiosidade, 
aperfeiçoar sua capacidade de observação, de 
raciocínio lógico e de criação, [...], tendo como 
referência os conhecimentos, as linguagens e os 
procedimentos próprios das Ciências da Natureza.
Como estamos trabalhando na perspectiva de possibilitar ao aluno 
conseguir relacionar a prática com a teoria, veremos a seguir uma 
sugestão de atividade.
Trabalhando com perfumes
• Materiais
Nesta atividade, o educando deve trazer o perfume da mãe, do irmão, da 
irmã, do pai ou do avô, ou seja, de alguém que conviva com ele. O professor 
SAIBA MAIS
44 UNIUBE
irá rotular cada perfume com o nome da criança que o levou. Pode ser, 
também, outro cheiro característico da casa, de coisas com as quais a 
criança tenha mais convivência.
• Como proceder?
Para realização da atividade, os frascos de perfumes ou as outras coisas 
levadas pela criança deverão ser dispostos, todos, sobre a mesa. As 
crianças de olhos vendados irão, uma a uma, sentindo o odor dos objetos 
que	estão	sobre	a	mesa,	até	identificar	o	“cheiro	característico	daquilo	que	
levou”, ou seja, o perfume que a sua mãe usa – ou o cheiro do objeto levado 
pela criança (Figura 5).
Figura 5: Testando o olfato.
Fonte: Acervo EAD-Uniube. 
A atividade poderá ser realizada para introduzir o conteúdo, bem como para 
ilustrar o conteúdo estudado.
Outras atividades poderão ser realizadas, como levar os alunos para 
uma praça e pedir que listem os odores percebidos naquele ambiente. 
• A visão
É necessário elucidar aos alunos que por meio dos olhos captamos a luz. 
A energia luminosa que chega aos nossos olhos traz informações de tudo 
que nos cerca. Os olhos, por sua vez, enviam esse estímuloluminoso 
até o cérebro, que transforma essas informações, retiradas do meio, em 
 UNIUBE 45
imagens. É assim que as pessoas que possuem visão normal enxergam. 
Podemos	definir	que	o	órgão	responsável	pela	visão	são	os	olhos.	O	
olho é recoberto por três membranas: esclera, coroide e retina. A esclera 
ou o “branco do olho” é a parte mais externa do olho. Antes da esclera, 
temos a córnea, que é uma membrana transparente de formato curvo 
por onde passa a luz. 
A coroide é uma membrana que apresenta uma grande quantidade 
de vasos sanguíneos responsáveis por alimentar as células oculares. 
Anterior à coroide, debaixo da córnea, está a íris, que é a região colorida 
do olho. Na região central da íris, existe um orifício, que chamamos 
de pupila, por onde passa a luz. A cor da íris varia de acordo com a 
quantidade de melanina que a pessoa possui no corpo.
Como sugestão de atividade prática, você poderá solicitar aos alunos que 
façam o experimento do espelho. Eles deverão observar os olhos deles 
no	espelho	(Figura	6)	e,	durante	a	observação,	irão	identificando	as	partes	
observadas, esclera, córnea, íris, pupila.
AGORA É A SUA VEZ
Figura 6: Testando a visão.
Fonte: Acervo EAD-Uniube. 
46 UNIUBE
Em seguida, os alunos descreverão o que foi observado. Nesse 
momento,	o	professor	poderá	 identificar	as	partes	externas	que	
compõem os olhos.
Após a observação e descrição, o docente poderá fazer outros 
questionamentos a partir da seguinte situação:
Imagine que você está descansando em seu quarto com a luz apagada 
e, de repente, acenderam a luz, ou seja, de em um ambiente escuro 
foi-se para um ambiente claro. Neste momento, você sentiu os olhos 
ofuscados,	sentiu	certa	dificuldade	de	enxergar,	parece	que	até	doeu.
Essa situação já aconteceu com você?
Após ouvir os relatos dos alunos, você deve explicar por que essas 
sensações ocorrem. 
Isso ocorre porque a íris, região colorida de seus olhos, constitui-se 
de uma delicada musculatura, que de acordo com a quantidade luz que 
recebe,	faz	a	pupila	ficar	grande	ou	pequena.
Nesse caso do ambiente escuro, a quantidade de luz recebida é mínima, 
ou	seja,	não	estamos	enxergando	quase	nada.	A	pupila	fica	dilatada	para	
captar o máximo de luminosidade. E, no momento que a quantidade de 
luz aumenta, a nossa pupila diminui, para não receber tanta “informação” 
e com isso o nosso cérebro leva algumas frações de segundos para 
processar a imagem.
É por isso que, em uma situação como essa, no momento que passamos 
de um ambiente escuro para um ambiente claro, temos por hábito tampar 
os olhos com as mãos por alguns instantes até acostumarmos com a 
claridade e, às vezes, até falamos: “A claridade está fazendo os meus 
olhos doerem!” 
 UNIUBE 47
Você pode citar esse exemplo para as crianças!
Agora veja a sugestão de atividade prática a seguir.
A luz e a visão
• Problematização
Em que situação enxergamos melhor: com muita luz ou com pouca luz? A 
luz	interfere	na	identificação	das	cores?	
• Objetivo
Identificar	se	a	luz	interfere	na	visão	das	cores.
• Materiais
1 caixa de sapatos
Folhas de papel preto ou tinta 
Guache preta
Fita adesiva e cola
4 tampinhas de garrafa
Tintas nas cores: verde, vermelha, azul e amarela
Tesoura sem ponta
• Como proceder?
1. Forre a parte interna da caixa com papel preto, ou pinte com a tinta preta. 
No	caso	de	utilizar	o	papel,	prenda	as	bordas	com	a	fita	adesiva	ou	com	
a cola.
2. Pinte o interior de cada tampinha com uma cor diferente.
3.	Utilizando	cola	ou	fita	adesiva,	fixe	as	tampinhas	no	interior	da	caixa	de	
sapatos no lado menor.
4. Faça um furo com a tesoura no lado oposto às tampinhas.
5. Tampe a caixa (Figura 7) e olhe pelo furo. (MOREIRA, 2017).
EXEMPLIFICANDO!
48 UNIUBE
Figura 7: Testando a luz.
Fonte: Acervo EAD-Uniube. 
Depois da atividade realizada, pergunte aos alunos:
• Você	conseguiu	identificar	as	cores	das	tampinhas	com	nitidez?
• A luminosidade interfere na visão?
Depois, repita a atividade com a caixa destampada.
As respostas dos alunos devem ser registradas no caderno e, em seguida, 
discutida com todos.
O professor deve explicar que existem pessoas que não enxergam, ou 
seja,	não	possuem	visão.	São	as	pessoas	cegas.	Para	identificar	os	
objetos e as coisas, os cegos utilizam o tato, que é um sentido apurado 
para essas pessoas. A leitura dos cegos é realizada por meio de textos 
escritos ou transcritos em Braille. O mesmo acontece com a escrita, eles 
escrevem em Braille.
 UNIUBE 49
O código Braille surgiu a partir da invenção de Charles Barbier, que criou 
um código de pontos e traços em relevo feitos em papelão. Esse código 
tinha	como	finalidade	levar	informações	e	ordens	aos	militares	em	sentinela.	
Estes	deveriam	decodificá-lo	até	no	escuro.	Porém,	essa	invenção	não	
deu muito certo e Barbier fez adaptação para a leitura dos cegos, essa 
adaptação	recebeu	o	nome	de	grafia	sonora.	O	sistema,	apesar	de	permitir	
a comunicação entre os cegos, era muito complicado, porque possuía muitos 
sinais para escrever uma única palavra. 
Foi, então, que o francês Louis Braille, cego, desde os cinco anos, em 
decorrência de um acidente que perfurou uma das vistas e que ocasionou 
infecção	nos	dois	olhos,	passou	a	pesquisar	a	fundo	a	grafia	sonora	proposta	
por	Barbier.	Frente	às	limitações	da	grafia	sonora,	Louis	Braille	passou	a	
aperfeiçoá-la.	Em	1824,	o	novo	método	estava	pronto	e	ficou	conhecido	
como método Braille (JUNQUEIRA, 2017). Este foi adotado como método 
de leitura e escrita pelos cegos.
SAIBA MAIS
Para o caso de o professor receber um aluno cego ou com pouca visão 
em sua sala de aula, ele deve diagnosticar se esse aluno faz leitura em 
Braille. Se positivo, caso o professor não tenha habilidade para ajudar 
esse aluno, deverá solicitar um intérprete.
• A audição
Como sugestão para trabalhar esse tema, o professor pode dar início a 
uma atividade usando a música “Tindolelê”, da cantora Xuxa.
50 UNIUBE
Veja a letra da música:
 Tindolelê
 Xuxa
Todo mundo tá feliz? Tá feliz!
Todo mundo quer dançar? Quer dançar!
Todo mundo pede bis, todo mundo pede bis
Quando para de tocar! Mais um! Mais um! (BIS)
Batendo palma
E dando um grito, Hei!
Levanta a mão passando energia.[...]
Para visualizar a letra da canção, na íntegra, acesse:
https://www.letras.mus.br
Na roda de conversa, o docente pode perguntar aos alunos como eles 
ouviram o som e a letra da música apresentada. Assim, a partir da conversa 
informal, pode-se dar início à introdução do conteúdo. 
EXEMPLIFICANDO!
A audição e a visão são sentidos importantes para que o homem e os 
outros animais percebam o meio que os cerca. Na audição, os estímulos 
sonoros vindos do meio externo são maiores que os estímulos da visão. 
Os sons nos alertam sobre a aproximação dos riscos que corremos e, 
também, por meio deles podemos perceber a sensação de tranquilidade. 
Observe a Figura 8 a seguir.
 UNIUBE 51
Figura 8: Sistema auditivo.
Fonte: Acervo EAD-Uniube. 
O som é uma vibração do ar que é captada pela orelha externa. Ela é 
formada pelo pavilhão auricular, a parte côncava da orelha, ligada ao meato 
acústico externo. Nessa parte, o som é captado para podermos ouvi-lo, ou 
seja, o formato côncavo permite que o som entre e não se espalhe com 
facilidade. O meato acústico externo é um túnel que se inicia na orelha, com 
cerca de 2,5 cm de comprimento, e termina no tímpano. (TOMITA, 2012).
O	tímpano	é	formado	por	uma	membrana	fina	que	vibra	com	a	entrada	
do som. O som é provocado pela vibração da membrana timpânica, que 
fica	na	orelha	média.	Nesse	local,	existem	vários	ossículos:	o	martelo,	
a bigorna e o estribo. Assim, quando o tímpano vibra, essa vibração irá 
passar pelo martelo, em seguida, pela bigorna, que fará vibrar o estribo. 
O	estribo	fica	preso	em	uma	pequena	membrana	que	fecha	um	orifício	
que	tem	o	tamanho	aproximado	da	cabeça	de	um	alfinete,	a	janela	oval.	
As vibrações, depois de passarem pela janela oval, fazem vibrar a janelaredonda que se inicia na orelha interna, na qual se encontra o vestículo, 
52 UNIUBE
a cóclea e os canais semicirculares. O vestículo comunica com a orelha 
média através da janela oval. As vibrações, após passarem pela orelha 
média, vão para uma região membranosa na orelha interna, que tem o 
formato de um caracol (Figura 6). Para compreensão de como ouvimos 
os sons, Tomita (2012, p. 118) descreve que “essas vibrações estimulam 
as células especiais que transformam as vibrações em impulsos elétricos 
para os nervos auditivos”. Esses impulsos, ao chegarem na superfície 
cerebral, em uma região denominada centro auditivo, são interpretados, 
e é, dessa forma, que ouvimos os sons. 
Algumas pessoas não possuem audição, ou a audição é comprometida. 
Essas pessoas são chamadas de surdas. A comunidade surda utiliza 
como meio de comunicação a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
Para o caso de o professor receber um aluno surdo ou com pouca 
audição em sua sala de aula, ele deve diagnosticar se esse aluno faz 
leitura em Libras. Se positivo, caso o professor não tenha habilidade para 
ajudar o aluno, ele deverá solicitar um intérprete.
Os materiais2.2
O	professor	pode	começar	esse	conteúdo,	propondo	algumas	reflexões	
para o aprendiz.
O	docente	pode	começar	refletindo	com	os	alunos,	acerca	da	seguinte	
questão “De que os materiais são feitos?” e pode mediar as discussões 
pedindo para que os alunos falem e desenhem alguns materiais que 
conhecem (Figura 9).
EXEMPLIFICANDO!
 UNIUBE 53
Figura 9: Materiais.
Fonte: Acervo EAD-Uniube. 
Vale a pena ressaltar que estamos tão costumados a certos objetos e 
utensílios em nosso dia a dia que nem nos damos conta de observar de 
que material são feitos e que eles foram inventados pelo ser humano ou se 
encontram na natureza! 
Esses objetos e utensílios são feitos de diferentes materiais e cada um 
tem característica própria. Todos eles ocupam lugar no espaço e nem 
todos têm a mesma massa. O peso das massas dos corpos é medido 
por meio da balança.
O professor pode indagar aos aprendizes acerca das balanças que eles 
conhecem. (Figura 10).
EXEMPLIFICANDO!
54 UNIUBE
Figura 10: Balanças.
Fonte: Acervo EAD-Uniube
É importante oportunizar um momento para que os alunos explicitem seus 
conhecimentos!
Essas balanças podem medir grandes e pequenas quantidades de 
massas, como é o caso, por exemplo, das balanças que existem nas 
farmácias e da balança que compara a massa de dois objetos.
Para trabalhar essa temática, o professor pode realizar a seguinte 
atividade prática com a turma.
Construindo uma balança
• Materiais
1 cabide
2 copos de plásticos
2 pedaços de cordão de 40 cm cada
1 cabo de vassoura
Fita adesiva
EXEMPLIFICANDO!
 UNIUBE 55
Objetos diferentes que possam ser pesados, como: massa de modelar, 
parafusos, moedas, botões etc
• Como fazer?
1. Faça dois furos em cada copo.
2. Passe um pedaço de cordão pelo meio do cabide de forma que as 
metades	desse	cordão	fiquem	cada	uma	para	cada	lado.	
3. Amarre uma ponta do cordão em um furo do copo e a outra ponta no 
outro furo. 
4.	 Prenda	o	cordão	nas	extremidades	do	cabide	com	a	fita	adesiva.	
5. Pendure o cabide no cabo de vassoura.
6. Apoie o cabo de vassoura em duas mesas ou carteiras dos alunos.
7. A balança está pronta! (Figura 11) Coloque os objetos para serem 
pesados. 
Figura 11: Experimento sobre balança.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Com essa balança os alunos podem medir objetos diferentes e fazer a 
análise. É relevante propor o registro das observações no caderno.
As atividades práticas consistem em uma metodologia de trabalho que 
possibilita ao aluno observação, interpretação e argumentação sobre 
os fenômenos ocorridos durante o experimento. A atividade proposta 
comprovará que todos os corpos possuem massa, ou seja, peso, e 
ocupam lugar no espaço.
56 UNIUBE
2.2.1 Os materiais em nosso dia a dia 
O ser humano retira da natureza tudo o que precisa para alimentar, vestir, 
construir sua casa e fabricar seus objetos. Todas essas coisas são feitas 
de diferentes materiais, como: madeira, plástico, papel, couro e vidro. 
O professor pode conversar com os alunos mostrando que cada material 
apresenta características que lhe são próprias. O papel pode ser 
dobrado, amassado, rasgado. As lentes dos óculos são feitas de material 
transparente e, em grande parte, são feitas de vidro. O vidro é frágil e 
quebra facilmente. Os objetos como lápis, cadeiras e mesas são feitos de 
madeira. A madeira pode ser cortada e esculpida no formato desejado. 
Outro exemplo de material é o metal. Os materiais como talheres e 
chaves são feitas de metal. Esse material é resistente e não pode ser 
amassado facilmente. Veja, a seguir, a sugestão de uma atividade prática.
Para comprovar a resistência desses materiais, o professor poderá solicitar 
aos alunos que amassem papéis e tentem dobrar um talher de metal para 
comprovar a resistência de cada tipo de material. Em seguida, os alunos 
devem fazer o registro no caderno da observação acerca de cada material 
do experimento.
EXEMPLIFICANDO!
O ensino de Ciências Naturais tem solicitado um grande desempenho do 
professor na sua forma de ensinar. O planejamento das atividades não 
pode ser reduzido apenas a experimentações e observações.
No que tange ao ensino de Ciências Naturais, a 
observação e a busca por explicações são aspectos 
metodológicos desenvolvidos para o acesso ao 
conhecimento	 científico,	 tendo	 em	 vista	 que	 tais	
aspectos são fatores de essencial importância, pois 
é na observação e na construção de fatos que o 
conhecimento	científico	se	manifesta.	(ARMSTRONG,	
2012. p.108).
 UNIUBE 57
Ao propor atividades experimentais na sala de aula, é fundamental 
levantar hipóteses antes do experimento, isso porque a teoria não pode 
ser induzida. A aprendizagem acontecerá pelo diálogo entre professor e 
alunos, aluno e conhecimento.
2.2.2 Origem dos materiais
Em relação a esse conteúdo, o professor deve explicar que na 
natureza existe uma grande quantidade de materiais. Estes podem ser 
classificados	em	naturais ou sintéticos. Os materiais naturais são 
aqueles que são utilizados da forma como são extraídos da natureza, 
como, areia, lã, madeira, petróleo, algodão, carvão, látex. 
Os materiais naturais podem apresentar-se de duas formas: os 
manufaturados e os não manufaturados. Os materiais manufaturados 
são aqueles materiais que quando extraídos da natureza são 
transformados em outros materiais, mas que mantêm a origem natural, 
por exemplo: papel e vidro. Os materiais não manufaturados podem ser 
extraídos diretamente da natureza e consumidos. 
Os materiais sintéticos	são	produzidos	de	forma	artificial	pelo	homem	
em laboratórios a partir de outros materiais, como: o nylon, usado nas 
capas de chuva, as tintas, o vidro e o plástico. 
Você sabe dizer de que são feitas as bolas de bilhar?
Até	o	final	do	século	XIX,	elas	eram	feitas	de	marfim,	
retirado das presas dos elefantes. Porém, a caça 
a esses animais colocou a espécie em risco. Em 
decorrência desse fato, os fabricantes de bolas 
do	bilhar	ficaram	sensibilizados	e,	em	meados	do	
século XVII, ofereceram uma fortuna para quem 
encontrasse	um	material	que	substituísse	o	marfim	
CURIOSIDADE
58 UNIUBE
de forma satisfatória. Por volta de 1870, John Hyatt 
conseguiu elaborar certo tipo de plástico, que 
recebeu o nome de celuloide. 
Era resultado de uma mistura de nitrato de celulose 
e álcool. Hyatt descobriu que essa mistura, se 
aquecida e compactada, seria fácil de moldar, 
o que resolveria o problema das bolas de bilhar. 
Ela poderia também ser utilizada na fabricação de 
outros	produtos,	como:	filmes	fotográficos,	pentes,	
bolas de pingue-pongue, escovas de dente etc., mas 
é preciso cuidado, pois este material é altamente 
inflamável!	
Em 1909, conseguiram produzir outro plástico 
menos	inflamável,	escuro	e	rígido,	denominado	
baquelite. Com ele, passaram a ser feitas as bolas 
de bilhar, cabos de panela e interruptores elétricos.(SANTANA, FONSECA, 2006, p. 291).
2.2.3 As propriedades da matéria
A matéria é tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço. Com base 
nessa	 afirmação,	 você,	 enquanto	 professor	 (a),	 pode	 iniciar	 esse	
conteúdo	propondo	a	seguinte	reflexão.
Proponha aos alunos a experiência de adicionar óleo em um copo com água 
(Figura 12) e observar o que acontece.
EXEMPLIFICANDO!
Figura 12: Experimento sobre mistura.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
 UNIUBE 59
Ao misturarmos óleo e água, mesmo quando ambos estão no estado líquido, 
eles não irão se misturar. Quando paramos de mexer os líquidos, eles, 
rapidamente, vão se separando e cada um ocupa o seu lugar no recipiente. 
Com	essa	experiência,	observamos	que	a	água	sempre	ficará	no	fundo	e	o	
óleo por cima da água.
Esse feito demonstra que cada matéria apresenta uma ou mais 
características diferentes entre si. No caso da água, ela apresenta 
características diferentes do óleo. A essas características damos o nome 
de propriedades da matéria. 
Com essa experiência, percebemos uma das propriedades da matéria: a 
solubilidade porque a água não se misturou com o óleo e a densidade, 
porque a água e o óleo se posicionaram de forma diferente. 
Propriedades da matéria
• Materiais
Copo
Água
Óleo
Açúcar ou sal
• Como proceder?
1. Colocar água e óleo no copo e tentar misturar.
2. Colocar uma grande quantidade de açúcar ou sal em um copo com água 
e tentar misturar.
3. Colocar uma colher de sopa de açúcar ou sal em um copo de água e 
misturar. 
EXEMPLIFICANDO!
Essa atividade propiciará ao aluno analisar o que ocorreu com cada 
mistura, servindo como referência para o conteúdo a ser estudado. Essa 
60 UNIUBE
atividade poderá ser realizada antes de introduzir o conteúdo, ou para 
comprová-lo.
2.2.3.1 As propriedades gerais da matéria 
As propriedades gerais da matéria são as características físicas ou 
químicas que as compõem. Elas independem do seu estado físico, por 
exemplo, no experimento do óleo e da água, ambos estão no estado 
líquido e, devido à densidade da água e à densidade do óleo, eles não 
se misturam.
Veja, a seguir, as propriedades da matéria.
Inércia – independentemente da matéria estar em repouso ou em 
movimento, ela mantém o seu estado. Neste caso, a matéria só mudará 
se sofrer uma força externa. 
Para entender melhor a inércia, imagine uma pessoa andando de skate. 
Nesse caso, temos o skate que está em movimento e a pessoa que está 
o conduzindo está parada em cima dele. Nesta situação, o condutor 
representa o corpo que está em repouso e o skate representa o corpo 
em movimento. Independentemente do skate andar ou parar, o condutor 
permanecerá em repouso – INÉRCIA.
Para trabalhar esse assunto, sugerimos a atividade prática a seguir.
Apontando o lápis
• Material
Lápis
Apontador
EXEMPLIFICANDO!
 UNIUBE 61
• Como proceder?
Solicitar aos alunos que apontem o lápis e observem essa ação. 
Perguntar:
Quem	ficou	parado	o	lápis	ou	o	apontador?	Quem	ficou	em	movimento?
Ao	pontar	o	lápis,	o	lápis	ficará	parado	dentro	do	apontador,	que	vai	girar	em	
torno do lápis, ou seja, o apontador é que se movimenta.
É importante solicitar aos alunos que registrem essas informações.
Massa – é a grandeza que indica a quantidade de matéria de um corpo. 
 
Por meio das balanças, podemos saber a massa de uma pessoa. Por 
exemplo, a massa corporal de uma pessoa pode ser 60 Kg. 
Para trabalhar esse assunto, sugerimos a atividade prática a seguir. 
Antes de lê-la, é importante ressaltar que a antropometria é um ramo da 
antropologia que estuda as medidas e dimensões das diversas partes 
do corpo humano.
Balança
• Material
Balança antropométrica
• Como proceder?
1. Partindo do próprio corpo da criança, o professor poderá iniciar o estudo 
sobre “massa” tomando como referência o peso dos alunos. 
2. Em um segundo momento, o professor orientará os alunos na montagem 
de uma tabela com o nome de cada aluno e os dados coletados. 
EXEMPLIFICANDO!
62 UNIUBE
3. Posteriormente, com a tabela pronta, os alunos irão analisar o peso maior, 
o menor e a diferença de peso das meninas em relação aos meninos. 
É importante solicitar aos alunos que registrem essas informações.
Essa vivência propiciará a formulação do conceito de massa pelos 
alunos.
Volume – é o espaço ocupado por um corpo, ou seja, é o espaço que 
uma matéria ocupa independentemente do seu estado físico. 
O volume do suco de limão contido na jarra permanecerá o mesmo se o 
colocarmos em outro recipiente, diferente da jarra. 
Para trabalhar esse assunto, sugerimos a atividade prática a seguir.
Trabalhando o volume
• Materiais
Dois ou mais recipientes transparentes e diferentes no tamanho ou largura
Água
Areia
• Como proceder?
O professor irá apresentar aos alunos os recipientes. Em seguida, irá pedir 
a eles que descrevam a característica de cada um dos recipientes. Após as 
análises e os registros, o professor deverá solicitar aos alunos que escolham 
um dos recipientes e coloquem dentro dele uma certa quantidade de água 
ou de areia.
EXEMPLIFICANDO!
 UNIUBE 63
O passo seguinte consiste em trocar a água ou a areia do recipiente em que 
estão para outro de formato diferente, sem deixar cair nenhum pouco desses 
materiais.	Uma	vez	realizada	a	troca,	os	alunos	deverão	verificar	o	que	
ocorreu	com	as	quantidades,	isto	é,	se	modificaram	ou	se	permaneceram	
as mesmas. Outras trocas poderão ser feitas de acordo com a quantidade 
de recipientes.
Com	essa	atividade,	os	alunos	poderão	comprovar	o	significado	de	peso	
e que ele está ligado à quantidade de massa, visto que pode ter seu peso 
quantificado.
Impenetrabilidade – duas matérias não ocupam o mesmo lugar no 
espaço.
Na sala de aula, o professor pode propor que os alunos coloquem lápis 
e canetas em um mesmo recipiente. Como ilustra a Figura 13, o espaço 
ocupado pelos lápis não poderá ser ocupado ao mesmo tempo por outro 
objeto. 
EXEMPLIFICANDO!
Figura 13: Experimento sobre impenetrabilidade.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
64 UNIUBE
Outro exemplo é quando enchemos uma garrafa de água: o ar que está 
dentro da garrafa sai para dar lugar à água. 
O professor poderá utilizar a atividade do volume para comprovar a 
impenetrabilidade. Quando a água ou a areia é colocada nos recipientes, o 
ar que está dentro do recipiente sai à medida que o material vai preenchendo 
todos espaços.
Compressibilidade – a matéria tende a diminuir o espaço que estava 
quando submetida a uma força externa, como é o caso do ar que pode 
ser comprimido ou expandido. Isto é, ele pode diminuir de volume.
Podemos ilustrar esse conceito, realizando o experimento da seringa de 
injeção, como ilustra a Figura 14 a seguir. Observe.
EXEMPLIFICANDO!
Figura 14: Experimento sobre compressibilidade.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Ao tamparmos a ponta de uma seringa com o dedo e empurrarmos ou 
puxarmos	o	êmbolo	(tubo	que	fica	dentro	da	seringa),	o	ar	que	está	em	seu	
interior faz movimento de vai e vem, ou seja, ele comprime e expande.
 UNIUBE 65
Elasticidade – é a capacidade da matéria de voltar à sua forma original 
sob efeito de uma força externa. 
Observe a Figura 15:
EXEMPLIFICANDO!
Figura 15: Experimento sobre a elasticidade do ar.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Vemos a elasticidade ocorrer quando tampamos a ponta de uma seringa 
e empurramos o ar que está em seu interior com o êmbolo e, em seguida, 
puxamos o êmbolo fazendo com que o ar volte ao normal, dentro da seringa.
Divisibilidade – neste caso, a matéria pode ser dividida em várias partes 
sem alterar sua composição. 
Podemos comprovar essa propriedade se tomarmos como exemplo um bolo. 
Esse bolo pode ser dividido de diversas formas e tamanhos, os quais a sua 
composição não irá alterar. 
EXEMPLIFICANDO!
66 UNIUBE
2.2.4 Os estados físicos dos materiais
Em consequência das mudanças de temperatura no planeta, a água 
pode passar de um estado físico para outro. Estes estados físicos são: 
sólido, líquido e gasoso.
• Estado sólido
Os materiais quando estãono estado sólido	 têm	forma	definida	e	
dependem dos recipientes em que estão.
Em alguns lugares do planeta, por exemplo a Antártida, a temperatura é 
muito	baixa,	chegando	a	ficar	abaixo	de	zero.
A Antártida, cuja superfície é de 14 milhões de 
quilômetros quadrados, aproximadamente duas vezes 
o tamanho da Austrália, é um território frio e com muito 
vento. A temperatura média anual oscila entre 10 graus 
abaixo de zero no litoral e 60 graus abaixo de zero nas 
zonas mais altas do interior. (CLIMATEMPO, 2017, p. 1). 
Quando a temperatura está muito baixa, ela congela os rios, a água da 
chuva, os mares e até mesmo as montanhas. 
• Estado líquido
Quando	estão	no	estado	líquido,	os	materiais	não	têm	forma	definida.	
Eles mudam de formato conforme o recipiente em que se encontram. No 
caso da água e de outros líquidos, eles escorrem mais facilmente que os 
outros. No caso do mel, ele é líquido, porém não escorre tão facilmente 
quanto a água. 
• Estado gasoso
Os materiais no estado gasoso também adquirem o formato do recipiente 
em que se encontram, mas eles ocupam todo espaço possível, isto é, 
eles preenchem completamente todo o recipiente.
 UNIUBE 67
A água em estado gasoso não é visível. Um exemplo de água em estado 
gasoso é a fumaça que sai da panela quando abrimos a tampa.
2.2.5 A mudança do estado físico dos materiais
Para discorrer acerca dessa temática, o professor pode propor a seguinte 
experiência:
Geladinho de mousse de maracujá
• Ingredientes
1 e 1/2 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite
1 lata de suco de maracujá (a mesma do leite)
1/2 litro de leite
• Como fazer?
1.	 Coloque	todos	os	ingredientes	no	liquidificador	e	bata	por,	no	mínimo,	10	
minutos,	quanto	mais	bater,	mais	ficará	cremoso.
2. Despeje o líquido em saquinhos próprios para geladinho.
3. Leve ao freezer ou congelador (MARQUES, 2018).
EXEMPLIFICANDO!
Quando colocamos líquidos no congelador, como no caso da receita do 
geladinho, ele passa do estado líquido para o estado sólido.
Os materiais podem mudar de um estado físico para o outro, como 
demonstra a Figura 16 a seguir.
68 UNIUBE
Figura 16: Mudanças do estado físico.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Essa mudança do estado líquido para o sólido nós chamamos de 
solidificação. Quando o gelo derrete e volta para o estado líquido, nós 
temos o processo de fusão. 
Na passagem de vapor para água temos o processo de condensação, 
por exemplo, quando as nuvens se transformam em chuva.
Quando o gelo que está no estado sólido evapora, chamamos esse 
processo de sublimação. O mesmo vale para quando o vapor de água 
resfria	e	se	solidifica	–	arrefecimento	também	temos	aí	o	processo	de	
sublimação. São exemplo de sublimação, o gelo seco, a naftalina.
A água quando aquecida evapora, esse processo é chamado 
evaporação. 
E no vapor que vira água, temos o processo de condensação. São as 
 UNIUBE 69
gotinhas	de	água	que	ficam	na	tampa	da	panela	quando	o	alimento	é	
aquecido.
2.2.6 Materiais que se transformam
Os materiais sofrem transformações. O trabalho humano, o calor e a luz 
podem transformar os materiais.
Veja:
• o	papel	fica	amarelado	se	passar	algum	tempo	em	contato	direto	
com a luz e com o oxigênio; 
• o metal enferruja em contato com o oxigênio e com a umidade do ar;
• o ovo que está no estado líquido, quando é cozido, passa para o 
estado sólido;
• o ferro, aquecido em alta temperatura, derrete e passa do estado 
sólido para líquido.
Para trabalhar esse assunto, sugerimos a atividade prática a seguir.
Transformando a água
• Materiais
Bacia
Água
Panela.
• Como proceder?
1. Colocar água em uma bacia e colocar no sol.
2.	 Depois	de	algum	tempo	verificar	se	a	quantidade	de	água	está	a	mesma.	
3.	 Colocar	água	em	uma	panela	para	ferver	e	verificar	as	gotinhas	de	água	
que	ficam	na	tampa.
4. Após cada análise, em uma roda de conversa, o professor deverá solicitar 
que os alunos argumentem sobre o que observaram. 
Os registros após as observações são necessários.
EXEMPLIFICANDO!
70 UNIUBE
À medida que as atividades práticas são desenvolvidas e os conceitos 
construídos, há uma ampliação do conteúdo e consequentemente dos 
conceitos	construídos	com	significados	pelos	alunos.	
Escalas de tempo – os dias e as noites2.3
O professor pode iniciar esse assunto, em uma roda de conversa, sobre 
como os alunos percebem os dias e as noites. Durante a conversa 
explicar que durante o dia a Terra é iluminada pelo Sol e que a parte que 
não está iluminada é noite. O giro que a Terra dá em torno de si mesma, 
como um pião, tem como consequência o dia e a noite. Esse movimento 
da Terra em volta de si mesma é chamado de rotação. Por causa dele, 
a	parte	da	Terra	que	fica	iluminada	muda	ao	longo	do	dia.	Para	dar	uma	
volta completa ao redor de si mesma, a Terra leva 24 horas, ou seja, um 
dia, por isso é que dizemos que um dia tem 24 horas. 
Para trabalhar esse assunto, sugerimos a atividade prática a seguir.
Projetando o dia e a noite
Esta experiência deve ser feita na penumbra.
• Materiais
1 lanterna
1 bola de isopor ou de pingue-pongue
1 pedaço de barbante, medindo 30 centímetros
1	pedaço	de	fita	adesiva
• Como proceder?
Fixe, primeiramente, a bola na extremidade de um dos barbantes. Use para 
isso	a	fita	adesiva.	Da	mesma	forma,	fixe	a	moeda	na	extremidade	do	outro	
EXEMPLIFICANDO!
 UNIUBE 71
barbante. Depois, segurando a extremidade livre do barbante, deixe a bola 
pendurada. Usando uma lanterna, ilumine um lado da bola e observe o que 
aconteceu (Figura 17). 
Figura 17: Experiência sobre rotação.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
O lado iluminado representará o dia e a parte oposta que não recebeu luz 
será a noite. Neste caso a lanterna faz o efeito do Sol e a bola será a Terra.
Daqui da Terra, quando olhamos para o céu, podemos ver o Sol em posições 
diferentes, ora de um lado, ora no centro da Terra, ora do outro lado. Essas 
mudanças nos dão a impressão que ele se movimenta, visto que nasce de 
manhã	de	um	lado	e	se	põe	no	final	da	tarde	em	outro	lado.	Na	verdade,	o	Sol	
não se movimenta, a Terra é que gira em torno de si mesma e, à medida que 
ela gira, vemos o Sol em posições diferentes. 
O Sol é uma estrela e por ele estar perto da Terra percebemos a sua luz e 
sentimos o calor que ele libera. A variação da luz solar atinge a Terra de formas 
diferentes e esse fator determina as quatro estações do ano: primavera, verão, 
outono e inverno.
As estações do ano são determinadas devido à posição da Terra em relação ao 
Sol. A Terra, além de girar em torno de si mesma, gira em torno do Sol e esse 
movimento chamamos de translação (Figura 18). 
72 UNIUBE
Figura 18: Translação.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Quando a Terra gira em torno do Sol, ela faz inclinações e, com isso, em 
um período do ano ela recebe luz solar com mais intensidade e em outros 
com menos intensidade.
2.3.1 As estações do ano 
Nem	sempre	as	estações	do	ano	se	manifestam	de	forma	definida.	Assim,	
o professor pode mostrar que nos países da Europa, em algumas regiões 
da Ásia, nos Estados Unidos e no Canadá, as quatro estações do ano 
são dessa forma. No inverno a temperatura é muito baixa chegando a cair 
neve, já o verão é quente e os dias são mais longos, no outono as folhas 
de	muitas	árvores	ficam	amareladas	e	depois	caem.	Na	primavera,	as	
plantas	florescem	e	as	noites	vão	se	tornando	mais	curtas	do	que	o	dia.
No	Brasil,	em	suas	regiões,	as	estações	do	ano	não	são	tão	definidas.	
Na Região Nordeste, a temperatura varia muito pouco durante o ano, 
porém	as	chuvas	são	bem	definidas,	há	um	período	certo	em	que	elas	
 UNIUBE 73
ocorrem.	Por	isso,	para	os	nordestinos,	as	estações	do	ano	são	definidas	
em estação das chuvas e estação da seca.
Oficialmente	as	estações	do	ano,	em	qualquer	lugar	do	planeta,	são	
primavera, verão, outono e inverno. O que ocorre é a diferença do clima 
em cada região.
Na antiguidade, o povo egípcio usava as cheias 
do rio Nilo para estabelecer os períodos de cada 
estação do ano, pois elaseram fundamentais para 
a sobrevivência. Quando a cheia acabava e as 
águas do rio baixavam, os agricultores iniciavam 
o cultivo de suas plantações. O período de 
semear as sementes tinha que ser preciso, para 
que eles conseguissem realizar a colheita antes 
da próxima cheia. Assim, os egípcios dividiam as 
estações do ano em: a cheia, o plantio e a colheita. 
(TRIVELLATO et al., 2006.) 
CURIOSIDADE
2.3.1.1 As estações do ano no Brasil 
A primavera	é	a	estação	mais	florida	do	ano.	Ela	 inicia	em	23	de	
setembro, logo após o inverno, e vai até 21 de dezembro. A temperatura 
durante a primavera é bastante agradável.
O verão é a estação que vem depois da primavera. Inicia em 22 
dezembro e vai até 20 de março. Nesse período do ano, a Terra está 
mais próxima do Sol, o que torna a estação mais quente. No verão, é 
comum ocorrer algumas chuvas, devido à evaporação das águas por 
causa do calor.
O outono é a estação de transição entre o verão e o inverno. A 
característica dessa estação é a diminuição gradativa da luz solar. Dessa 
forma, nesse período, os dias tornam-se menores que as noites. Nessa 
74 UNIUBE
época as árvores trocam de folhas. O outono tem início em 21 de março 
e vai até 20 junho e o inverno, estação mais fria do ano, inicia em 21 de 
junho e vai até 20 de setembro. 
No Brasil, a região que apresenta maior queda de temperatura durante o 
inverno é a Região Sul e algumas áreas do Sudeste. No Centro-Oeste, 
Norte e Nordeste do país, os efeitos do inverno se apresentam pela falta 
de umidade do ar, o clima torna-se mais seco e um pouco frio.
O ambiente à nossa volta2.4
O estudo do ambiente é importante para que o aluno compreenda a 
importância da preservação do meio em que vive. Cuidar da natureza 
é responder de forma positiva aos problemas causados pelos 
desmatamentos, queimadas, poluição, entre outros. Para trabalhar esse 
assunto, sugerimos a atividade prática a seguir.
Visitando uma área externa
• Material
Caderno
Lápis de escrever preto
Lápis de cores variadas
Lupa de mão.
• Como proceder?
Forme grupo de dois a quatro alunos. Escolha um lugar para iniciar a 
observação. Procure um lugar que tenha vários elementos, para que se 
possa observar tudo que estiver ao redor, plantas, animais, o solo, se o 
tempo está frio ou quente, chuvoso ou ensolarado. Visite uma praça, um 
jardim, um zoológico e observe o que existe nestes locais.
EXEMPLIFICANDO!
 UNIUBE 75
Durante a observação os alunos deverão utilizar diversos sentidos para que 
possam perceber os cheiros, as cores, as texturas e os sons do ambiente. 
Eles deverão anotar tudo que acharem interessante para ser lembrado 
depois. 
Obs.: os alunos não devem tocar nos animais que estiverem no local, pois 
eles podem picar ou morder.
Quando retornarem à sala de aula, solicitar aos alunos que façam o registro 
no caderno de tudo que observaram. Solicite que escrevam uma frase sobre 
esse lugar e os elementos que eles encontraram.
A atividade proposta levará o aluno a perceber que o ambiente é formado 
por tudo que está ao nosso redor, os seres vivos e os componentes não 
vivos,	que	podem	ser	naturais	ou	artificiais.
Na Terra existem muitos ambientes e em cada ambiente habitam seres 
vivos próprios do local. Nos ambientes frios, com muito gelo, vivem os 
pinguins. Por outro lado, temos, também, ambientes muito quentes onde 
vivem girafa, elefante, tigre, entre outros, estes ambientes apresentam 
muita chuva e diversas plantas.
Para trabalhar esse assunto, sugerimos a atividade prática a seguir.
Terrário
• Objetivo
Construir um terrário para usar como modelo de ambiente terrestre.
EXEMPLIFICANDO!
76 UNIUBE
• Material
Aquário vazio ou qualquer recipiente transparente e de boca larga – vidros 
de conserva
1 ou 2 xícaras de pedrinhas ou argila expandida, dependendo do tamanho 
do recipiente
1 xícara de carvão ativado
Terra	de	jardim,	o	suficiente	para	completar	cerca	de	um	terço	de	altura	do	
recipiente
Mudas de plantas ou sementes
Animais de jardim
1 a 2 xícaras de água
1 pedaço de plástico transparente, maior que a boca do recipiente;
Fita adesiva e luvas
• Como proceder?
1. Vista as luvas e forre o fundo do recipiente com as pedrinhas ou a argila 
expandida. Nivele essa camada.
2. Cubra a camada de pedrinhas com areia e depois com carvão ativado. 
Deixe a camada nivelada.
3. Coloque a terra de jardim por cima de todas as camadas. Coloque no 
mínimo três dedos de terra.
4. Faça furos na terra com os dedos e plante as sementes ou mudas de 
plantas.	Atente	para	que	as	plantas	fiquem	bem	firmes.
5. Molhe a terra com a água e coloque nela os animaizinhos de jardim, por 
exemplo, minhoca, tatu-bola, caracóis, formigas...
6. Por último, tampe, vede o recipiente com o plástico transparente e feche 
com	fita	adesiva.
7. O terrário (Figura 19) deve ser mantido em um local bem iluminado, mas 
não deve ser exposto à luz do Sol.
 UNIUBE 77
Figura 19: Terrário.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Com essa atividade, os alunos poderão acompanhar como a natureza 
funciona sem a interferência do homem. Eles poderão rever conceitos já 
vistos e, também, fazer novos registros e se conscientizarem da importância 
da preservação do meio ambiente.
2.4.1 Os seres vivos e a relação com o ambiente
Vale a pena evidenciar aos alunos que, no meio ambiente, todos os 
seres vivos se relacionam com outros seres vivos e, também, com os 
componentes naturais. O ser humano além de se relacionar com outros 
seres vivos e com os componentes naturais relaciona-se, também, com 
componentes	artificiais.
Na relação entre os seres vivos e outros seres vivos, tomamos como 
exemplo	a	borboleta,	que	para	se	alimentar	busca	o	néctar	das	flores.	
EXEMPLIFICANDO!
78 UNIUBE
Na relação entre os seres vivos e os componentes naturais, temos as 
minhocas que cavam buracos no solo, deixando-o arejado. 
Para comprovar a relação entre o ser humano com os componentes 
artificiais, usaremos como exemplo os objetos construídos pelo homem. 
É importante destacar que desta relação ser humano e componentes 
artificiais	podem	ser	criados	objetos	que	afetam	a	vida	de	vários	seres	vivos.	
Por exemplo, o lixo causado pelo homem, uma vez que jogado no mar, ele 
pode prejudicar e até matar alguns seres vivos.
Os animais2.5
O professor pode iniciar essa temática mostrando que os animais são 
seres vivos: eles nascem, crescem, reproduzem, envelhecem e morrem. 
Essas são as características de todos os seres vivos. 
Em seguida, o docente pode problematizar o tema, para levar os alunos 
a	refletirem.	Veja	o	exemplo	a	seguir.		
O professor pode iniciar uma discussão na sala de aula, perguntando aos 
alunos se eles são ou não animais. Sendo assim, pode ajudá-los a levantar 
hipóteses acerca das características dos animais, levando-os a compararem-
nas com suas próprias características.
A	partir	das	reflexões	dos	alunos	e	da	mediação	docente,	o	professor	deve	
levar a turma a entender que o homem é um animal e o que o diferencia dos 
outros animais é que ele é racional!
EXEMPLIFICANDO!
 UNIUBE 79
Cada animal tem um formato diferente, pode ser no tamanho, em 
sua estrutura, na locomoção, ou na forma de viver, ou seja, possui 
características próprias.
2.5.1 O tamanho dos animais
Considerando a variedade de animais que existem no planeta, o tamanho 
e	a	forma	deles	variam	muito.	O	professor	pode	exemplificar,	mostrando	
que temos animais de porte grande, como o elefante, a baleia, o 
rinoceronte, o hipopótamo, a vaca etc. Em relação aos animais de porte 
pequeno, temos a pulga, mosquitos, tatu-bolinha, joaninha. Entre os 
animais de porte médio, destacam-se o cachorro, gato, arara, sapo etc.
Os animais que vivem na terra e os animais que podem voar são 
chamados animais terrestres. São exemplos de animas terrestres a 
cobra, o macaco, os pássaros, os insetos, o homem etc. 
Já os animais que vivem na água de mares, rios e lagos são chamados 
animais aquáticos, como a estrela-do-mar, peixes, baleia, camarão etc. 
Todos os animaisprecisam respirar, eles respiram uma substância 
chamada gás oxigênio, que está presente no ar, no solo ou misturado 
na água. Sem esse gás os animais morrem. A minhoca respira o oxigênio 
que está no solo, os peixes respiram o oxigênio presente na água e os 
animais terrestres respiram o oxigênio encontrado no ar.
Para trabalhar este conteúdo, o professor pode propor aos alunos 
pesquisas na internet. Para isso, é necessário, antes, elaborar 
conjuntamente com a turma um roteiro de pesquisa, com os 
questionamentos mais relevantes acerca da temática. Em seguida, 
o docente pode levá-los ao laboratório de informática e mediar as 
80 UNIUBE
investigações. Há muitos materiais que podem ser investigados e serem 
como efetivas fontes de conhecimento, tanto para o aluno como para o 
professor, como o artigo a seguir. 
No artigo “5 Curiosidades que talvez você não saiba sobre as minhocas”, 
Magno Oliver explica que 
Elas são amadas por muitas pessoas e odiadas 
também. São o principal atrativo de pescadores, pois 
são utilizadas como iscas para pescarem peixes, 
além disso são seres que se reproduzem de uma 
forma curiosa e são muito úteis para o solo. Existem 
embaixo da terra onde você pisa aos montes, 
de todos os tamanhos, e possuem uma forma de 
vida bem diferente. As minhocas são animais bem 
curiosos, pois não possuem uma carinha, como 
nas outras espécies de animais, não vemos suas 
bocas e nem sabemos como se reproduzem. É muito 
comum partir a minhoca em pedaços pequenos para 
se colocar em um anzol para pesca, por exemplo. 
Mas o que você não sabe dessa parte arrebentada é 
que ela pode se regenerar. Em 1972 foi comprovado 
que algumas espécies podem se regenerar em 
duas minhocas diferentes, se cortadas na metade. 
Mesmo que dependa do dano e da espécie, elas 
podem regenerar a maior parte de seus corpos e 
o	pedaço	que	sobrevive	é	a	parte	em	que	fica	a	
cabeça. As minhocas existem há cerca de milhões 
de anos, pois sobreviveram a tragédias como a que 
matou os dinossauros e a da famosa divisão dos 
continentes. Atualmente, mesmo parecendo serem 
todas iguais, existem cerca de 6 mil espécies em 
todo o mundo. 120 delas variam de tamanho e 
comportamento. As minhocas são seres que não 
possuem pulmões para a respiração. O meio de 
respiração delas é por meio da pele. Fato esse é 
o exemplo de quando acontece uma chuva forte, 
por	exemplo,	elas	chegam	a	sair	da	terra	e	ficam	
na superfície. As minhocas se alimentam de 
pequenas pedras que possuem material orgânico, 
lixo e matéria orgânica. Só por ano, elas processam 
4,5 quilos e consomem, todos os dias, a metade 
de seu peso para mais. (OLIVER, 2017, p.5).
PESQUISANDO NA WEB
 UNIUBE 81
Para ler o artigo na íntegra, acesse:
https://www.fatosdesconhecidos.com.br/5-curiosidades-que-talvez-voce-nao-
saiba-sobre-as-minhocas/
Enquanto professor, não “abra mão” do uso das Tecnologias de Informação 
e de Comunicação (TICs) na sala de aula!!!
2.5.2 Como os animais se alimentam
Todos os animais precisam se alimentar. Cada um deles come um 
determinado tipo de alimento. De acordo com o alimento, nós os 
classificamos	em:	carnívoros, herbívoros e onívoros.
Os animais que se alimentam de outros animais são chamados 
carnívoros. O homem é um animal carnívoro, pois ele se alimenta de 
carne de boi, vaca, frango e peixes. O tuiuiú é um pássaro do pantanal, 
e é um exemplo de animal carnívoro. Ele se alimenta de peixes.
Os animais herbívoros se alimentam somente de plantas. São exemplos 
de animais herbívoros, cavalo, zebra, gafanhoto, girafa, macaco, boi, 
vaca, elefante e algumas espécies de peixes que se alimentam de algas.
Os animais que comem plantas e outros animais são chamados 
onívoros. São exemplo desses animais o gambá e o urso, entre outros.
Neste	momento,	o	professor	pode	propor	aos	alunos	refletirem	acerca	da	
seguinte questão: “E nós, seres humanos, que tipo de animais somos, 
considerando nossa alimentação?” De acordo com as mediações, o 
professor pode levá-los a entender que o homem é um animal onívoro. 
Ele se alimenta de carne e de plantas!
82 UNIUBE
2.5.3 O ciclo de vida dos animais
Como já vimos, os animais nascem de outros animais, crescem, 
desenvolvem e morrem. Por isso, podemos dizer que eles têm um 
ciclo de vida. Existem animais que, ao nascerem, não apresentam 
características semelhantes às dos pais. O organismo desses animais 
sofre	modificações	durante	o	seu	desenvolvimento	até	chegar	à	fase	
adulta. Essas transformações recebem o nome de metamorfose. Nesse 
sentido, o professor pode mostrar o ciclo de vida de algum animal que 
sofre metamorfose, como o exemplo a seguir. 
Ciclo de vida da rã.
A rã adulta coloca os ovos fecundados nas plantas aquáticas. Esses ovos 
vão se tornar girinos. Quando o girino sai do ovo, ele tem apenas cabeça e 
cauda e respira por meio de brânquias, que se localizam na cabeça. Com 
mais ou menos dois meses, ele apresenta quatro pernas e uma cauda, nesta 
etapa, desenvolvem-se os pulmões e ele precisa ir à superfície da água 
para respirar. Com aproximadamente três meses, o girino já apresenta as 
características da rã adulta, porém ainda tem cauda. Quando a cauda cai, a 
rã já está na fase adulta, logo poderá reproduzir e dar origem a outras rãs. 
Como experimento prático, o professor poderá, juntamente com os 
alunos, colocar alguns girinos dentro de um aquário, com condições de 
vida para esses animais, e observar as transformações que eles irão 
sofrer. É importante que os alunos façam os registros dos períodos e as 
transformações sofridas, sempre com a mediação do professor.
EXEMPLIFICANDO!
 UNIUBE 83
Os	filhotes	podem	nascer	de	diferentes	formas.	Alguns	animais	são	
gerados	e	ficam	na barriga da mãe. Como é o caso dos seres humanos, 
do cachorro, do gato, da baleia, entre outros. Outros animais nascem de 
ovos, como a galinha, tartaruga, pato, pássaros em geral etc.
2.5.4 Animais domésticos e animais silvestres
O professor pode iniciar esse tópico perguntando aos alunos se eles 
sabem o que são animais domésticos. Neste momento, pode questionar 
se as crianças possuem esse tipo de animal, como são, quais são seus 
nomes, entre outras características, mediando as discussões na sala de 
aula. 
Depois é importante explicitar que os animais domésticos são aqueles 
que convivem em harmonia com o homem. Eles, apesar de serem 
criados para viverem soltos e livres na natureza, adaptam-se ao convívio 
familiar, como o cachorro e o gato.
Muitas pessoas criam esses animais para companhia, outros para o 
trabalho, como é o caso do cavalo. Cuidar desses animais requer muita 
responsabilidade. Eles precisam de espaço, alimentação adequada, 
higiene, cuidados de um médico-veterinário e de atenção. 
Para trabalhar esse assunto com os alunos, sugerimos a atividade prática 
a seguir.
Trabalhar os cuidados com os animais.
• Objetivo
Criar uma história que fale dos cuidados que os animais domésticos devem 
receber de seus donos. 
EXEMPLIFICANDO!
84 UNIUBE
Confeccionar um animal (gato ou cachorro) de papel com os alunos para, 
posteriormente, cuidarem dele em casa e na escola.
• Material
Lã
Agulha grossa sem ponta
Retalhos de papel
Tesoura sem ponta
Cola
Lápis de cor ou canetinhas coloridas
Folhas avulsas
• Como proceder?
Observe a Figura 20, a seguir:
Figura 20: Processo de confecção do animal.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Proponha aos alunos a atividade com os seguintes passos.
• Recortar, na folha avulsa, um retângulo de dezoito centímetros de 
comprimento e quatro centímetros de largura. 
• Escolher o animal que deseja retratar.
• Fazer o desenho da cara dele no papel. 
• Recortar a cabeça do animal e decorar usando a criatividade.
• Colar a cabeça do animal em uma das extremidades do retângulo.
• Introduzir	um	fio	de	lã	bem	comprido	na	agulha	e	dar	um	nó.	
• Espetar a agulha embaixo do nariz do animal e na outra extremidade 
do retângulo. 
• Esticar a linha de modo a curvar a tira, formando um semicírculo. 
• Para	finalizar,	dê	umnó	no	fio	para	conservar	a	forma	obtida.
 UNIUBE 85
A atividade despertará no aluno, além do interesse pelo conteúdo 
estudado, o sentimento de responsabilidade e respeito pelos animais.
2.5.5 Animais terrestres e animais aquáticos 
Para uma aula sobre o habitat dos animais, nada como um passeio no zoológico, 
fotografando os animais para fazer um álbum com os grupos de animais.
Inicialmente, o professor deverá mostrar aos alunos o objetivo do passeio, 
compondo, com eles, o roteiro da atividade. Deverá também propor a divisão 
dos grupos de alunos.
Durante o passeio, cada grupo de alunos deverá observar os animais e 
classificá-los	de	acordo	com	seu	habitat e suas características, agrupando-
os. Deve, inclusive, fotografá-los.
Observe	que	a	escolha	do	agrupamento	dos	animais	ficará	a	critério	dos	
alunos, pois, no momento da apresentação do álbum para a turma, cada 
grupo	discente	deverá	explicar	a	forma	que	escolheu	para	classificação	dos	
animais, usando as fotos.
Neste momento, o professor irá aproveitar as explicações dadas pelos 
alunos	para	iniciar	o	estudo	sobre	cada	forma	de	classificação.	Assim,	a	
partir do álbum, o docente deve mediar as discussões, possibilitando que 
reflitam	acerca	das	classificações	realizadas,	mediante	as	identificações	
do habitat e das características observadas, presencialmente e nas fotos 
analisadas.
EXEMPLIFICANDO!
Os alunos irão confeccionar o animal e cuidar dele, em casa, durante alguns 
dias. Esse será seu animal de estimação.
86 UNIUBE
Os animais aquáticos são aqueles que vivem na água do mar, nos 
rios e nas lagoas, retirando da água os alimentos que necessitam para 
sobreviver. A respiração desses animais é feita dentro da água, eles, 
como já mencionamos, absorvem o gás oxigênio presente nela, como é 
o caso dos peixes. Para trabalhar esse assunto, o professor pode usar 
a estratégia a seguir.
Construindo o brinquedo peixe 
• Material
Garrafa pet
Canetinhas
Tesoura
Papel liso
• Como proceder?
Construir com os alunos um peixinho de garrafa pet, como ilustra a Figura 21:
EXEMPLIFICANDO!
Figura 21: Peixe de garrafa pet.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Os	alunos	irão	confeccionar	o	animal	artificial	e	cuidar	dele,	em	casa,	
durante alguns dias. Esse será seu animal de estimação. 
A atividade despertará no aluno, além do interesse pelo conteúdo 
estudado, o sentimento de responsabilidade e respeito pelos animais.
Os animais terrestres vivem na terra, andando, saltando, correndo 
ou rastejando. Eles retiram do lugar onde estão os alimentos de que 
 UNIUBE 87
precisam para sobreviver. Como já falamos, utilizam o gás oxigênio do 
ar para respiração. São animais terrestres cachorro, gato, porco, cobra, 
macaco, ema, homem etc.
Para trabalhar esse assunto, o professor pode propor a atividade prática 
a seguir.
Construindo o brinquedo porco
• Material
Garrafa pet
Canetinhas
Tesoura
Papel liso
• Como proceder?
Construir com os alunos um porquinho de garrafa pet, como ilustra a Figura 
22 a seguir.
EXEMPLIFICANDO!
Figura 22: Porquinho de garrafa pet.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
À medida que os animais são confeccionados, faça a leitura das 
características de cada um.
88 UNIUBE
A atividade despertará no aluno, além do interesse pelo conteúdo 
estudado, o sentimento de responsabilidade e respeito pelos animais.
Alguns animais, como os insetos e as aves, têm a capacidade de voar. 
Eles usam as asas para locomover-se em busca de alimento, água e 
abrigo. Esses animais passam a maior parte do tempo voando, mas, 
para descansarem, eles pousam em terra, por isso estão na relação dos 
animais terrestres.
2.5.6 Animais mamíferos
O professor pode iniciar a conversa explicitando que os animais 
mamíferos,	antes	de	nascer,	ficam	na	barriga	da	mãe.	São	chamados	
assim	porque	mamam	quando	filhotes.	As	mães,	por	sua	vez,	possuem	
glândulas mamárias. Como exemplos de animais mamíferos, temos o 
homem,	o	cachorro,	o	gato,	o	bezerro,	a	baleia,	o	morcego,	o	golfinho,	
entre outros.
Tais animais possuem o corpo totalmente ou parcialmente coberto por 
pelos, possuem ossos e são endotérmicos ou de “sangue quente”, 
ou seja, a temperatura do seu corpo é estável independentemente da 
temperatura exterior.
Mais uma vez, o professor pode propor aos alunos uma pesquisa na internet. 
Como sugestão, pode propor que os aprendizes procurem e encontrem 
artigos como “Animais Mamíferos” do site Toda Biologia, que mostra o 
seguinte.
O grupo dos animais mamíferos é bastante vasto, 
fazem parte deste grupo os Marsupiais (exemplos: 
gambá, canguru e coala), espécies na qual ocorre 
o desenvolvimento da cria principalmente na parte 
PESQUISANDO NA WEB
 UNIUBE 89
externa do corpo da fêmea, dentro de uma bolsa 
chamada marsúpio.
Também se incluem neste grupo animais carnívoros 
terrestres, por exemplo, gato, cachorro e urso, assim 
como animais aquáticos, como foca, leão marinho e 
morsa. 
Há ainda outros mamíferos aquáticos como as 
baleias,	os	golfinhos,	que	fazem	parte	da	ordem	
cetácea (animais marinhos pertencentes à classe 
dos mamíferos), peixes-boi, dugongos, que são 
os menores membros da ordem Sirenia (ordem de 
mamíferos marinhos). 
Os elefantes (da ordem proboscídea) são mamíferos 
placentários, que se caracterizam pela presença 
de um nariz desenvolvido em forma de tromba; os 
morcegos, que são os únicos animais mamíferos 
(ordem Chiroptera) capazes de voar, representam 
um quarto de toda a fauna de mamíferos do mundo. 
Há ainda outros mamíferos pertencentes a outras 
diferentes ordens como a preguiça, o tatu e o 
tamanduá (ordem Edentata); o castor, a marmota, o 
porco-espinho e o esquilo (ordem Rodentia). 
Há dois grupos de animais mamíferos de casco, 
sendo eles a maior parte dos membros da ordem 
dos Perissodactyla (grupo de mamíferos terrestres 
ungulados com um número ímpar de dedos 
nas patas, que inclui os cavalos, os tapires e os 
rinocerontes) e a ordem Artiodactyla (os artiodátilos 
formam uma ordem de animais mamíferos ungulados 
com um número par de dedos nas patas, é um 
grupo muito variado, com cerca de 220 espécies 
descritas, que incluem muitos animais com grande 
importância econômica para o homem, como o boi, 
a cabra, o camelo, o hipopótamo, o porco, etc.).
Os Humanos também pertencem ao grupo 
dos animais mamíferos (ordem dos Primatas) 
e os macacos também seguem esta mesma 
ordem. (REIS, et al, 2017, p.1).
A sugestão dos apontamentos acima e da sugestão de leitura visa enriquecer 
os conhecimentos dos aprendizes acerca desses animais. Esse grupo de 
animais é grande e possui um representante para quase todos os portes.
90 UNIUBE
Para ler o artigo na íntegra, acesse:
https://www.todabiologia.com/zoologia/animais_mamiferos.htm.
As plantas2.6
Na natureza, há plantas de muitas cores, tamanhos e formas. A maioria 
delas	vivem	fixadas	no	solo,	como	as	plantas	terrestres: ipê, bananeira, 
mangueira; outras são encontradas na água, nos rios e lagos, como 
vitória-régia, olho-de-santa-luzia, aguapé; há também as que não se 
fixam	diretamente	no	solo,	e,	sim,	sobre outras plantas, como as 
bromélias, samambaias e orquídeas.
2.6.1 Partes da planta
O estudo das plantas é fundamental, visto que elas, juntamente com as 
algas, são as responsáveis pela eliminação do oxigênio necessário para 
a vida dos seres vivos. As plantas constituem a base da cadeia alimentar.
Para iniciar os estudos, o professor poderá propor aos alunos que 
assistam a um vídeo acerca dessa temática. 
Na internet, há vídeos interessantes para serem pesquisados e trabalhados 
com as crianças, sugerimos o vídeo “Plantas – suas partes e funções”, ou 
vídeos similares. 
O vídeo mostra como as plantas se desenvolvem, como são suas partes, 
como realizam a fotossíntese e, especialmente, aborda as plantas 
medicinais. Para assistir a ele, acesse:
https://www.youtube.com/watch?v=3PaqJfQzuo0&t=48s.
PESQUISANDO NA WEB
 UNIUBE 91
A raiz	fixa	a	planta	no	solo	e	retira	dele	a	água	e	os	sais	minerais	que	
servem de alimento para ela. O caulesustenta	as	folhas,	as	flores	e	os	
frutos. Ele conduz a água e os sais minerais até as folhas para produção 
do alimento para a planta. As flores são os órgãos reprodutores da 
planta.	Delas	nascem	os	frutos.	O	perfume	e	o	néctar	das	flores	atraem	
insetos e aves, que, por sua vez, possuem sementes, que darão origem 
a uma nova planta. 
Para trabalhar o conteúdo plantas, o professor pode propor a atividade 
prática a seguir.
Plantar feijão no copo
• Material
Copo de vidro
Filtro de café de papel
Algodão
Grãos de feijão
Água
• Como plantar?
Esse	procedimento	é	muito	simples,	basta	colocar	o	filtro	aberto	dentro	do	
copo.	Arrume	os	grãos	de	feijão	entre	as	paredes	laterais	do	copo	e	o	filtro.	
Em	seguida,	preencha	o	filtro,	que	está	dentro	do	copo,	com	o	algodão	bem	
umedecido e coloque 2 ou 3 sementes, pois nem todas podem germinar. 
O cuidado básico se resume a levar o copo com feijão para um lugar 
iluminado	e	cuidar	para	que	o	algodão	não	fique	seco.	Em	três	dias	as	
raízes já começam a aparecer.
A cada dois dias, o aluno deve representar, no caderno, por meio de 
desenhos, o que observou na experiência. 
EXEMPLIFICANDO!
92 UNIUBE
A atividade proposta envolve, além do plantio da semente, o cultivo 
para que ela germine, abordando a relação entre o aluno e objeto do 
conhecimento. O professor pode questionar acerca do que as plantas 
precisam para viver, mediando as discussões. Assim, o aluno irá observar, 
facilmente, que as plantas nascem, crescem, podem se reproduzir e 
morrem.	Isso	significa	que	elas	têm	um	ciclo	de	vida!
O	docente	pode,	ainda,	fomentar	as	reflexões	mostrando	que,	para	viver,	
as plantas precisam de ar, água, solo e luz. Muitas podem viver por 
muitos anos, como a mangueira e o jequitibá. Outras vivem muito pouco, 
como é o caso das margaridas. Muitas plantas nascem de sementes, 
como é o caso da laranjeira. 
Por meio desse aprendizado, o professor poderá motivar os 
alunos a ter uma postura ativa em relação à preservação do 
meio ambiente. 
Considerações finais2.7
Acreditamos que ensinar Ciências Naturais é contribuir para a formação 
de professores capazes de reconhecer que a compreensão dos 
conteúdos é de grande importância para a formação do professor dos 
anos iniciais do Ensino Fundamental. Entendemos que, ao aprender 
Ciências Naturais, os alunos estarão conhecendo diferentes formas de 
expressão da criatividade.
Neste capítulo, tentamos possibilitar uma ampliação do conhecimento 
sobre os conteúdos estudados: o corpo humano, os materiais, as escalas 
de tempo – os dias e as noites, o ambiente à nossa volta, os animais e 
as plantas. Assim, esperamos que você tenha construído conhecimentos 
sistematizados e compreendido cada temática. 
 UNIUBE 93
No item “O corpo humano”, foram abordados o corpo em movimento 
e as características dos órgãos dos sentidos. Ao discorrermos sobre 
os materiais, estudamos sobre como encontrados em nosso dia a dia 
a origem desses materiais e suas propriedades e, também, que os 
materiais podem transformar o seu estado físico.Estudamos como são 
definidas	as	estações	do	ano	no	Brasil	e	a	relação	dos	seres	vivos	com	
o	ambiente.Para	finalizar	nosso	estudo	neste	capítulo,	abordamos	sobre	
as características dos animais e das plantas. 
A proposta deste estudo é, principalmente, proporcionar, além do 
conhecimento do nível de ensino do 1º e 2º anos,	uma	reflexão	da	
metodologia a ser trabalhada na sala de aula. 
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02 jun. 2018.
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ciências naturais. Curitiba: InterSaberes, 2012.
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_______. O Joelho Juvenal. 2 ed. São Paulo: Melhoramentos, 2009. (Coleção 
Corpim).
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Introdução
Os conteúdos de Ciências 
Naturais nos anos iniciais 
do Ensino Fundamental 
– 3º e 4º anos
Capítulo
3
Neste capítulo serão abordados os conteúdos do 3º e 4º ano do 
Ensino Fundamental. Os temas apresentados estão de acordo 
com a proposta da Base Nacional Comum Curricular – BNCC 
(BRASIL, 2017). 
Vale	ressaltar	que	as	atividades	práticas	que	serão	exemplifi	cadas	
e sugeridas, no decorrer deste texto, necessitam de sua análise 
crítica, haja vista que você, enquanto professor, deverá perceber 
a sua viabilidade, em seu exercício docente, de acordo com a 
realidade dos alunos que terá. Elas são apenas sugestões e 
esperamos que você use a pesquisa e criatividade para adaptá-
las e, também, para criar outras atividades. 
Assim, a proposta deste estudo visa ao desenvolvimento de seu 
letramento	científi	co	e	prático	da	área	de	Ciências	da	Natureza.	
Isso envolve o desenvolvimento de sua capacidade para atuação 
nas aulas, enquanto professor (a), com base nos aportes teóricos 
e processuais da ciência.
100 UNIUBE
3.1 O ar
3.1.1 A elasticidade e a compressão do ar
3.1.2 A pressão do ar 
3.2 O som
3.3 Corpos luminosos e iluminados
3.3.1 Efeitos da luz nos materiais
3.3.2 As sombras
3.3.3 A decomposição da luz
Esquema
Após a leitura deste capítulo, você deverá ser capaz de:
• explicar o sons;
• mostrar diferentes sons a partir da vibração de variados 
objetos	 e	 ressaltar	 as	 variáveis	 que	 influenciam	 esse	
fenômeno;
• explicar corpos luminosos e iluminados;
• demonstrar o que ocorre com a passagem de luz através dos 
objetos transparentes;
• explicar as características da Terra e os pontos cardeais;
• demonstrar diferentes tipos de solo, sua formação e 
degradação;
• analisar a cadeia alimentar, reconhecendo a posição ocupada 
pelos seres vivos nessas cadeias;
• explicar as características e o desenvolvimento dos animais;
• desenvolver metodologias, possibilitando o processo de 
ensino-aprendizagem desses conteúdos pelos educandos.
Objetivos
 UNIUBE 101
3.4 Características da Terra
3.4.1 A Terra
3.4.2 Pontos cardeais 
3.5 Tipos de solo
3.5.1 Formação do solo
3.5.2 A degradação do solo 
3.6 Os animais
3.6.1 Características e desenvolvimento dos animais 
3.6.2 Animais vertebrados
3.6.3 Animais invertebrados
3.7 Cadeia alimentar
3.7.1 A energia na cadeia alimentar
3.8	Considerações	finais
O ar3.1
O	professor	pode	começar	a	trabalhar	essa	temática	afirmando	que	o	
ar está presente em todas as partes e que, mesmo que não seja visto, 
podemos senti-lo ao respirarmos. Em nosso dia a dia, percebemos a sua 
presença quando venta forte e balança as folhas das árvores, quando o 
sentimos tocando no nosso rosto. 
Em seguida, pode continuar a discussão mostrando que muitos esportes 
só podem ser praticados com a presença de vento, como a simples 
atividade de soltar pipa, voar de parapente, a prática do Kitesurf e do 
Windsurf.
Ao discorrer acerca dos esportes, o docente pode questionar o aprendiz 
sobre quais deles utilizam o ar. Em seguida, propor uma pesquisa na internet, 
por meio do laboratório de informática, sobre essa temática, descobrindo 
EXEMPLIFICANDO!
102 UNIUBE
diferentes modalidades, como o Kitsurf e o Windsurf. Assim, o aluno pode 
encontrar artigos, como o do site In Paradise, que explica “[...] Kitesurf se 
baseia em uma prancha que é puxada por uma pipa grande. O Windsurf é 
mais conhecido como prancha com vela e este esporte é mais conhecido e 
antigo no Brasil”. (PARADISE, 2017, p. 1).
Muitas vezes observamos as nuvens se movendo, ou seja, “andando” 
no céu e é o ar que faz as nuvens se moverem. O ar está, também, nos 
pneus dos carros e bicicletas. O ar não pode ser visto nem tocado, por 
isso dizemos que ele é incolor e invisível. E mais, o ar não tem cheiro, 
mas tem peso!
Mas como? Se o ar não tem cheiro, não podemos vê-lo, como 
podemos dizer que ele tem peso?
O ar tem peso. Ele é uma matéria e ocupa lugar no espaço e, por ocupar 
lugar no espaço, possui massa. Em consequência da ação da gravidade 
sobre a massa, o ar apresenta peso. Vale lembrar que massa é o volume 
de matéria existente em um corpo e peso é a ação da força gravitacional 
– da gravidade – sobre a matéria do corpo. 
Como atividade prática, o professor pode propor a realização da 
experiência a seguir.
Para	verificar	a	massa	do	ar,	oriente	o	aluno	a	pesar	duas	bolas	ou	duas	
bexigas vazias e anotar o que ocorreu na balança. Em seguida, ele deverá 
encher uma das bolas ou uma das bexigas de ar e pesar novamente e 
comparar os pesos (Figura 1). 
EXEMPLIFICANDO!
 UNIUBE 103
Figura 1: Massa do ar.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
A diferença de peso, entre as duas pesagens, corresponde à massa de ar 
que está dentro da bola.
O ar é mistura de gases, que são: nitrogênio, oxigênio e gás carbônico.
O gás de maior quantidade é o gás nitrogênio ou 
azoto, que forma cerca de 78% do ar. Isso quer dizer 
que, em 100 litros de ar, há 78 litros de nitrogênio. 
Depois vem o oxigênio com cerca de 21%. O 1% 
restante inclui argônio, o gás carbônico e outros 
gases. Esta é a proporção de gases no ar seco. 
Mas, normalmente, há também vapor de água (em 
quantidade variável) e poeira. Certos gases vindos das 
indústrias ou de outras fontes podem também estar 
presentes. (SÓ, 2017, p.1).
É importante que o aluno perceba que a proporção de oxigênio no ar é 
menor que a quantidade de nitrogênio também no ar. Essa comparação 
poderá	ser	analisada	por	meio	de	gráficos	como	ilustra	a	Figura	2.	
104 UNIUBE
Figura 2: Distribuição natural de gases no ar.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
O	gráfico	ilustra	que	a	quantidade	de	gás	carbônico	e	vapor	d’água	é	77%	
menor que a quantidade de nitrogênio na atmosfera, e que a quantidade 
de oxigênio é maior que o gás carbônico, porém menor que o nitrogênio.Na verdade, esses gases envolvem toda a Terra e formam uma camada 
chamada atmosfera, como ilustra a Figura 3:
Figura 3: Raios solares. 
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
 UNIUBE 105
Como representado na Figura 3, uma parte dos raios solares penetra 
na	atmosfera	e	fica	presa	e	a	outra	parte	volta	para	a	superfície	da	
atmosfera. Os raios solares que não entram na atmosfera voltam para 
o	espaço.	O	espaço	é	toda	região	que	fica	fora	da	atmosfera.	Nessa	
região não existe ar e a maior parte dela é gelada. Em virtude disso, os 
astronautas precisam de roupas e equipamentos para sobreviver nesse 
local. 
A atmosfera é muito importante para a vida no planeta. Como vimos, nela 
se encontra o gás oxigênio, que precisamos para respirar. É também 
na	atmosfera	que	os	raios	solares	são	filtrados	para	não	fazerem	mal	à	
nossa saúde. Com isso, a atmosfera mantém a temperatura da Terra. 
Sem ela, faria muito calor durante o dia e muito frio durante a noite.
3.1.1 A elasticidade e a compressão do ar
O ar pode se comprimir, apertar ou expandir. Quando o ar se expande, 
ele ocupa um lugar maior. Para ocupar esse lugar, ele tem que 
movimentar e esse movimento ou deslocamento forma uma corrente de 
ar, que chamamos de vento. A capacidade dos materiais de sofrerem 
compressão e descompressão e voltar ao estado inicial é chamada de 
elasticidade. Podemos citar, como exemplo, o que ocorre com os balões 
de ar quente.
Esse tipo de balão sobe por causa do ar quente dentro dele. Esse ar é 
aquecido pela chama de fogo e se expande formando uma corrente que 
eleva o balão. Você deve estar fazendo uma pergunta: por que o balão 
sobe e não desce?
O ar quente é menos denso, menos espesso, ou seja, é mais concentrado 
que	o	ar	frio.	O	ar	aquecido	se	expande,	suas	partículas	ficam	mais	
106 UNIUBE
espalhadas e ocupam mais espaço que o ar frio. Como ilustra a Figura 
4 a seguir:
Figura 4: Ar quente e ar frio.
Fonte: Acervo EAD-Uniube. 
 Partículas mais próximas Partículas mais afastadas 
 Ar quente Ar frio
Quando o deslocamento do ar é na horizontal ou paralelo à superfície 
terrestre, é chamado de vento, e quando ele é na vertical o chamamos de 
corrente de ar. No caso do balão ele sobe porque formou uma corrente 
de ar.
O professor pode questionar os alunos sobre a seguinte pergunta: “Por que 
o	congelador	fica	na	parte	superior	da	geladeira?”
Pode, inclusive, mediar a discussão, deixando que os alunos levantem 
hipóteses, pensem acerca delas e tentem entrar em consenso. 
Depois,	o	docente	deve	explicar	que	o	motivo	de	o	congelador	ficar	na	parte	
superior da geladeira é porque o ar que está na parte superior da geladeira 
é esfriado pelo congelador. Assim, esse ar se torna mais denso e tende a 
PARADA PARA REFLEXÃO
 UNIUBE 107
descer e o ar quente que está dentro da geladeira sobe e esfria em contato 
com o congelador. 
Dessa forma, todo ar que está no interior da geladeira vai se manter frio. Por 
isso, quando a geladeira é aberta, entra ar quente dentro dela e o processo 
se repete, gastando energia!
Conforme legisla a Base Nacional Comum Curricular – BNCC, o professor 
deve considerar e valorizar as vivências, os saberes e a curiosidade que 
o aluno já possui sobre o mundo natural e tecnológico. Assim, 
[...]	 não	 basta	 que	 os	 conhecimentos	 científicos	
sejam apresentados aos alunos. É preciso oferecer 
oportunidades para que eles, de fato, envolvam-
se em processos de aprendizagem nos quais 
possam vivenciar momentos de investigação que 
lhes possibilitem exercitar e ampliar sua curiosidade, 
aperfeiçoar sua capacidade de observação, de 
raciocínio lógico e de criação, desenvolver posturas 
mais colaborativas e sistematizar suas primeiras 
explicações sobre o mundo natural e tecnológico, e 
sobre seu corpo, sua saúde e seu bem-estar, tendo 
como referência os conhecimentos, as linguagens e 
os procedimentos próprios das Ciências da Natureza 
(BRASIL, 2017, p. 329).
O aluno, na proposta da BNCC (BRASIL,2017), tem o papel fundamental 
na construção do conhecimento. Os momentos de investigação, além 
de estimular sua curiosidade, fazem com que a aprendizagem seja 
expressiva,	pois	mostra	o	conhecimento	científico	de	forma	sistematizada.
Seguindo essa proposta de trazer para sala de aula a atividade prática, 
para trabalhar essa temática, sugerimos a seguinte.
108 UNIUBE
Volume do ar quente e frio
Material: 
Balão de ar (bexiga)
Caneta colorida
Pedaço de cordão
Régua
Geladeira
• Como fazer?
Você vai encher o balão e amarrar. 
Com a caneta, faça um contorno no balão (Figura 5) mais ou menos no meio dele.
EXEMPLIFICANDO!
Figura 5: Bexiga cortada.
Fonte: EAD- Uniube.
Passe o cordão sobre a marcação da linha até que as extremidades 
se encontrem. Com a caneta marque, no cordão, o ponto onde as 
extremidades se encontram (Figura 6).
Figura 6: Bexiga com cordão.
Fonte: EAD- Uniube.
 UNIUBE 109
Meça (Figura 7) esse comprimento com a régua. Reserve o cordão.
Figura 7: Marcação.
Fonte: EAD- Uniube.
Coloque o balão no congelador da geladeira e aguarde por, 
aproximadamente, três horas. Retire o balão do congelador e meça, 
novamente, o comprimento da linha feita com a caneta. Compare o pedaço 
de cordão com o contorno do balão. O que vai acontecer? 
O	aluno	irá	perceber	que	o	comprimento	do	cordão	ficou	maior	que	o	
contorno do balão, ou seja, o balão, ao ser retirado da geladeira, apresentou 
um volume menor. 
Neste	momento,	o	professor	irá	trazer	o	conhecimento	científico	para	os	
alunos, explicando que o fato ocorreu porque o volume de ar no balão é 
proporcional à temperatura, e como a temperatura do congelador é mais 
baixa, menor, em relação à temperatura ambiente, o volume de ar no balão 
também irá diminuir.
3.1.2 A pressão do ar 
O ar que está na atmosfera exerce pressão sobre os corpos que estão 
nela. Essa pressão é chamada pressão atmosférica. Como atividade 
prática para trabalhar essa temática na sala de aula, sugerimos a 
atividade da página seguinte.
110 UNIUBE
Pressão atmosférica
• Material
Copo com água
Uma folha de papel chamex ou de caderno
• Como fazer?
Inicialmente deve-se encher o copo com água. Em seguida, colocar a folha 
de papel sobre o copo, como mostra a ilustração a seguir. Mantenha a folha 
de papel presa sobre a boca do copo por algum tempo (Figura 8).
EXEMPLIFICANDO!
Figura 8: Folha sobre o copo.
Fonte: EAD- Uniube.
Depois de alguns segundos, vire o copo totalmente, deixando-o com a boca 
virada para baixo (Figura 9).
Figura 9: Marcação.
Fonte: EAD- Uniube.
Essa atividade é um exemplo que comprova que o ar exerce pressão por 
todos os lados ao redor do copo, até mesmo de baixo para cima, segurando 
o papel na boca do copo. 
 UNIUBE 111
Uma outra atividade, que comprova a pressão do ar e que o professor pode 
oportunizar aos alunos na escola, é imergir um copo, de boca para baixo, 
dentro de uma bacia com água. Com a atividade os alunos perceberão 
que o ar que está dentro do copo impede que a água entre nele.
O físico e matemático italiano Evangelista Torricelli (1608-1647), amigo de 
Galileu Galilei, realizou diversas experiências procurando medir a pressão 
atmosférica. Para enriquecer seus conhecimentos, enquanto professor, 
indicamos a leitura do artigo “Experimento de Torricelli”, disponível no site 
Profes. Para isso, acesse:
https://profes.com.br/Rafaela.a.f/blog/experimento-de-torricelli.
PESQUISANDO NA WEB
Os cientistas sempre estiveram atentos sobre os efeitos causados pela 
pressão atmosférica. Eles queriam saber se essa pressão variava de 
um lugar para o outro ou se ela se mantinha sempre a mesma. Foi no 
século XVII que encontraram a resposta para essa questão, por meio 
de pesquisas do cientista Torricelli. Ele conseguiu experimentalmente 
descobrir como medir a pressão atmosférica.
O professor pode mostrar que essa variação de pressão atmosférica 
é percebida pelas pessoas quando elas sobemou descem uma serra, 
quando	andam	de	avião,	pois	ficam	com	a	sensação	auditiva	diferente.	
Costumamos dizer: “Meu ouvido está tampado”. Isso acontece devido à 
diferença de pressão que ocorre quando estamos ao nível do mar ou no 
topo da montanha. 
Para medir a pressão do ar, é utilizado um instrumento chamado 
barômetro. Existem diversos modelos de barômetros, que são utilizados 
112 UNIUBE
pelos meteorologistas para medir a pressão atmosférica e auxiliar na 
previsão do tempo.
O som3.2
No ambiente, percebemos diferentes sons. O que nos permite 
percebermos esses sons é a vibração de uma membrana que existe 
dentro da orelha.
Para iniciar essa temática, o professor pode fazer os seguintes 
questionamentos e mediar as discussões:
Afinal,	o	que	é	som?
Como ele faz a membrana do ouvido vibrar? 
Existe uma relação entre o ar e o som? 
EXEMPLIFICANDO!
Para responder a esses questionamentos, o professor pode propor uma 
atividade prática, ou seja, um experimento. Veja a seguir.
Membrana vibratória
• Material
1 vasilhame redondo
1 pedaço de elástico
1 bexiga de ar
Grãos de arroz ou feijão
2 tampas de panela de metal
1 tesoura com pontas arredondadas
EXEMPLIFICANDO!
 UNIUBE 113
• Como fazer?
Cortar a bexiga, dividindo-a ao meio. Desprezando o seu bico, utilize o 
fundo da bexiga para tampar a boca do vasilhame. Prenda as laterais com 
o	elástico.	A	borracha	do	balão	cortado	deve	ficar	bem	esticada,	pois	ela	fará	
o papel da membrana do ouvido. Em seguida, espalhe os grãos de arroz ou 
feijão sobre o balão.
Chegou a hora de fazer a membrana vibrar!
Pegue as tampas de panela de metal e bata uma na outra, como se fossem 
pratos de uma bandinha. Tente fazer o ruído mais alto que puder!
Observação! Não toque na borracha (membrana), pois para provocar ruído 
poderão ser utilizadas apenas as tampas de panelas. 
O objetivo da atividade é perceber que o barulho forte, provocado ao bater 
as tampas, possibilitará um deslocamento do ar, ocasionando uma onda 
sonora que irá fazer vibrar a borracha e, com isso, os grãos que estão em 
sua superfície se deslocarão sem serem tocados. 
Ao	final,	mostre	ao	aluno	que	um	fenômeno	semelhante	a	esse	acontece	
com a membrana dentro de nossas orelhas, fazendo com que os sons sejam 
percebidos!
Para Espinoza (2010), ao propomos uma atividade prática ou um 
experimento, na escola, para o aluno, estamos trabalhando com 
um “artifício didático” que não tem como objetivo principal motivar e 
reproduzir	conhecimentos	científicos,	mas,	sim,	lidar	com	estratégias	que	
proporcionam o aprendizado do aprendiz. A proposta do experimento 
oferece vivências e possibilidades de relações teórico-práticas que 
podem ativar novas ideias e atitudes relevantes à prática pedagógica. 
E, com isso, possibilitar ao professor repensar a metodologia aplicada 
na sala de aula, levando-o a buscar, sempre, novos métodos e técnicas 
para ensinar.
114 UNIUBE
Corpos luminosos e iluminados3.3
O professor pode iniciar essa temática mostrando que os corpos podem 
ser	classificados	em	luminosos	e	iluminados,	depois,	definindo-os.
Os corpos luminosos são aqueles que possuem luz própria. As fontes 
de	luz,	tanto	naturais	ou	artificiais,	emitem	luz,	que	ilumina	o	ambiente	
que nos rodeia. A lâmpada é um corpo luminoso. 
Os corpos iluminados são aqueles que não possuem luz própria e 
somente	podem	ser	vistos	porque	refletem	a	luz	emitida	pelos	corpos	
luminosos. Os objetos que recebem a luz da lâmpada, usada como 
exemplo, são corpos iluminados. Observe a Figura 10:
Figura 10: Corpos luminosos.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Na ilustração acima (Figura 10), a luz emitida pelo corpo luminoso é 
refletida	pelo	corpo	iluminado	e	atinge	o	olho,	o	que	possibilita	enxergar.	
É por esse processo que durante o dia conseguimos enxergar tudo ao 
nosso redor. 
O Sol é um corpo luminoso e, durante o dia, irradia luz em tudo, tornando 
os objetos iluminados, e é por isso que conseguimos vê-los.
 UNIUBE 115
3.3.1 Efeitos da luz nos materiais
Para iniciar esse estudo, você pode propor aos alunos a brincadeira das 
sombras.
Para realizar a brincadeira, você deverá escolher uma fonte de luz, que 
pode ser uma lâmpada, uma lanterna ou um abajur. É importante que o local 
esteja escuro ou com pouca luz. 
Uma vez escolhido o local nessas condições, você deverá acender a fonte 
de luz escolhida. 
Posicione as mãos entre a fonte de luz e a parede. A partir desse momento, 
deve-se usar a imaginação e criar formas, mexendo com as mãos de 
maneiras diferentes para formá-las. 
Depois de mostrar essa estratégia aos alunos, proponha para que façam o 
mesmo (Figura 11)!
EXEMPLIFICANDO!
Figura 11: Sombras.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Espinoza (2010) aponta que os indivíduos, ao olharem para um mesmo 
objeto ou fenômeno, podem ter diferentes sensações e pensamentos. 
O que difere esses olhares é a interpretação espontânea do indivíduo. 
116 UNIUBE
Porém, nesses mesmos olhares, existe um ponto em comum, que é o 
conhecimento	científico	acerca	do	objeto	ou	do	fenômeno.	Esse	tipo	de	
conhecimento, pelo fato de ter sido construído por meio de investigações 
e pesquisas, permite ao estudioso fazer perguntas e encontrar respostas 
que não sejam do senso comum. Dessa forma, todo experimento deve 
ser	fundamentado	em	um	conhecimento	científico.	
Sendo assim, convido você para realizar a leitura da seguinte história 
sobre a iluminação.
Uma breve história da iluminação
Você já se perguntou sobre como os ambientes eram iluminados quando 
não existiam as lâmpadas? 
O homem utilizava a luz proveniente do fogo. Esse 
era o princípio básico de funcionamento de velas e 
de lampiões. 
A vela é um invento muito antigo. Acredita-se que as 
primeiras velas funcionavam com gordura animal, 
que	ficava	em	algum	recipiente.	A	gordura	penetrava	
em	fibras	de	vegetais,	que	serviam	de	pavio,	e	daí	
era queimada. 
Velas	feitas	de	parafina	existem	desde	o	século	XIX.	
Só que, nessa época, os lampiões a gás ou a óleo 
eram mais usados nos lares.
Os lampiões a querosene começaram a existir 
a partir de 1860. Pouco tempo depois, em 1879, 
sugiram as primeiras lâmpadas.
Atualmente, as lâmpadas incandescentes têm um 
bulbo	de	vidro,	dentro	do	qual	há	um	filamento	de	
um	metal	chamado	tungstênio.	O	filamento	é	todo	
enrolado, formando uma espécie de mola, que 
aumenta	a	eficácia	da	lâmpada.	
A luz elétrica sempre foi considerada mais segura 
e mais brilhante que a iluminação a gás ou a óleo. 
(NIGRO, 2015, p. 97).
PARADA PARA REFLEXÃO
 UNIUBE 117
O efeito da luz vai depender do corpo sobre o qual a luz vai incidir. Se a 
luz incidir sobre um corpo opaco, como parede ou chapa de madeira, 
ela não atravessará esses corpos opacos. Ela incide sobre ele e volta. 
Se a luz incidir sobre um corpo transparente, como vidro ou plástico, ela 
vai atravessar esse corpo, então nos corpos transparentes a luz passa 
por eles. 
 
Se a luz incidir sobre um corpo translúcido, aquele que nem é 
transparente e nem opaco, como a folha de papel vegetal, ela não o 
atravessará muito bem. Um exemplo são as cúpulas dos abajures. 
Algumas delas são leitosas, isso ocorre para que a luz não seja muito 
forte ao passar por elas. Esse exemplo pode ser dado aos alunos, 
instigando	suas	reflexões.
3.3.2 As sombras
Como vimos, a luz não ultrapassa os corpos opacos. No caso das 
paredes, ela incide na parede e volta iluminando o entorno daquela 
parede, como a claridade da luz na sala, no quarto etc.
Somente produziremos sombras se colocarmos um corpo opaco um 
pouco distante de outro corpo opaco e incidir luz sobre eles. Quando 
iluminamos o corpo opaco, que está na frente da luz, a parte de trás dele 
fica	escura	e	a	sua	imagem,	a sombra,	é	refletida	no	corpo	opaco	que	
está atrás dele. 
Neste	momento	da	explicação,	você	pode	exemplificar	relembrando	o	
que ocorreu na atividade prática da brincadeira das sombras, realizada 
anteriormente.	Também	pode	exemplificar	a	partir	do	uso	do	guarda-sol,	
EXEMPLIFICANDO!
118 UNIUBE
mostrandoque, nesse caso, o sol incide na parte de cima do guarda-sol e 
reflete	a	sua	sombra	no	chão.	
3.3.3 A decomposição da luz
Antes de abordarmos a decomposição da luz, vamos entender o que é 
luz. No século XVII, o físico Isaac Newton propõe a teoria do “modelo 
corpuscular da luz”, que busca explicar o que é a luz. 
Esse modelo dizia que a luz era constituída de 
partículas pequenas, que são emitidas pela fonte 
luminosa e que se propagam em linha reta e com 
velocidades muito grandes. Ao atingir o olho, essas 
partículas estimulavam uma determinada região que 
dava origem à visão (SANTOS, 2018a, p.1).
Quando falamos em decomposição da luz, estamos nos referindo a dividir 
a luz. Você deve estar perguntando: como eu posso dividir a luz, se eu 
não posso tocá-la? 
Vejamos como essa decomposição acontece: “Um objeto transparente 
com o formato de um prisma tem a propriedade de decompor a luz 
branca nas cores do arco-íris”. (PESSOA et al., 2011, p.162).
O físico e matemático inglês, Isaac Newton, com o auxílio de um prisma 
de vidro, decompôs a luz solar nas cores do arco-íris.
 UNIUBE 119
Prisma é um sólido geométrico tridimensional. Ele é formado por duas bases 
e um número limitado de faces (Figura 12).
RELEMBRANDO
Figura 12: Prisma. 
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Você deve estar perguntando: por que esse experimento foi realizado 
com o prisma? Se Newton estivesse aqui, ele diria: porque o prisma 
possui uma propriedade, uma característica própria, de decompor a luz 
branca em várias cores.Veja como ocorre a refração da luz branca dentro 
do prisma, na Figura 13:
Figura 13: Refração da luz branca dentro do prisma.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
120 UNIUBE
Para	exemplificar	a	refração	da	luz,	podemos	lembrar	o	arco-íris.	O	
arco-íris ocorre porque a luz branca, proveniente do Sol, que sai depois 
da chuva, atravessa as gotas de água que estão na atmosfera, sobre 
refração,	sendo	decomposta	em	infinitos	raios	de	luzes	de	vários	tons,	
formando as cores do arco-íris. Nós conhecemos algumas destas cores: 
vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta.
Esse processo físico constitui, portanto, a decomposição da luz 
branca.
Para demonstrar a refração da luz, o professor pode propor a seguinte 
atividade prática aos alunos.
Formando o arco-íris
Para realização dessa atividade, o dia deve estar ensolarado. Leve os 
alunos para o pátio, um pode realizar a ação a seguir, enquanto os outros 
a observam. Você deverá fazer a mediação por meio de questionamentos 
em relação a essa temática, apresentada anteriormente na sala de aula.
Proponha a um aluno que pegue uma mangueira de água, ligada a uma 
torneira, e esguiche água para cima, de modo que ela se torne pequenas 
gotas suspensas no ar. Ele deverá esguichar a água formando um leque 
aberto. Você e os alunos observarão que surgirá um pequeno arco-íris. 
A partir das mediações e intervenções feitas por você, pelos questionamentos 
e respostas dos alunos, é importante observar que essa atividade comprova 
a refração da luz, ou seja, é possível perceber o que ocorre quando a luz 
branca passa de um meio de propagação para outro.
EXEMPLIFICANDO!
 UNIUBE 121
Esse procedimento comprova que a luz branca é composta por uma 
infinidade	de	cores.	Essas	cores	mudam	de	um	meio	de	propagação	
para outros, isto é, elas variam de acordo com o meio propagação. Não 
são rigorosamente da mesma cor sempre. A que mais se aproxima da 
cor que conhecemos é a violeta; seguida das cores anil, azul, verde, 
amarela, laranja e vermelha. 
Características da Terra3.4
Para entender sobre as características da Terra, temos que situá-la no 
Sistema Solar. Assim, é importante apresentar aos alunos os planetas do 
Sistema Solar. O Sol é a estrela mais próxima da Terra. Ela é o terceiro 
dos oito planetas do nosso sistema solar. Em relação à proximidade 
com o Sol, temos: 1º Mercúrio, 2º Vênus, 3º Terra, 4º Marte, 5º Júpiter, 
6º Saturno, 7º Urano e 8º Netuno. 
O Sol, os oito planetas, outros astros e a poeira cósmica formam 
o Sistema Solar.
Veja a ordem dos planetas em relação ao Sol, observe também algumas 
de suas características.
1º Mercúrio – mais próximo do Sol. De acordo com estudos realizados, 
constatou-se que nesse planeta não há água.
2º Vênus – popularmente chamado de estrela-d’alva. De acordo com 
estudos realizados, constatou-se que nesse planeta, 
também, não há água; ele é considerado o planeta mais 
quente do Sistema Solar.
3º Terra – nosso planeta. Nele existem condições necessárias para 
existência de vida. 
4º Marte – conhecido como planeta vermelho, ele pode ser visto do 
céu, a “olho nu”, como astro vermelho.
122 UNIUBE
5º Júpiter – o maior planeta do nosso Sistema Solar.
6º Saturno – possui anéis à sua volta, que podem ser vistos com a ajuda 
do telescópio.
7º Urano – gira de modo diferente dos demais planetas (Figura 14).
Figura 14: Giro de Urano.
Fonte: EAD-Uniube.
8º Netuno – foi o primeiro planeta a ser descoberto, por meio de 
cálculos matemáticos, e depois observado em telescópio.
Veja, a seguir, uma atividade prática que pode ser proposta pelo professor 
para que os alunos compreendam melhor esse conteúdo.
Maquete do Sistema Solar
Com já temos lido sobre a importância do experimento para a construção da 
aprendizagem, após a explicação do conteúdo, o professor poderá solicitar 
aos alunos que construam uma maquete do Sistema Solar. 
Materiais
Bolas de isopor de diferentes tamanhos
Cordão
Fita crepe
Tinta guache
Alfinetes
EXEMPLIFICANDO!
 UNIUBE 123
• Como proceder?
Para a construção do Sistema Solar os alunos deverão, primeiro, pesquisar 
as características dos diferentes planetas e seus satélites, por exemplo: 
cor, tamanho, temperatura e distância em relação à Terra. Diante das 
informações colhidas por meio da pesquisa, os alunos irão pintar cada 
planeta na sua cor, atentando para suas características. 
Segundo momento da atividade: depois que todos os planetas estiverem 
pintados, os alunos irão prender esses planetas no teto da sala de aula 
utilizando	os	 cordões,	 a	 fita	 crepe	e	os	alfinetes.	Para	estabelecer	a	
disposição dos planetas, os alunos deverão primeiro posicionar o Sol no 
centro da sala. Para depois, de acordo com a distância dos planetas em 
relação ao Sol, ir posicionado cada um deles. 
3.4.1 A Terra
É importante elucidar aos alunos que a Terra (Figura 15) é o único planeta 
que possui água no estado líquido. Em sua atmosfera, encontramos 
oxigênio e nitrogênio, além de vários outros gases.
Figura 15: Planeta Terra.
Fonte: Acervo Getty Images 186019678.
124 UNIUBE
Comparando a Terra com os outros planetas localizados na órbita do 
Sol, ou seja, no entorno do Sol, a Terra é o quinto maior planeta e tem 
aproximadamente 12,5 mil quilômetros de diâmetro. É o único planeta 
que tem vida.
A superfície da Terra é composta por 70% de água, formando a chamada 
hidrosfera e 30% são terras emersas e terras recobertas pelas águas 
dos oceanos, formando, assim, a litosfera ou crosta terrestre. A crosta 
terrestre pode atingir cerca de 80 quilômetros de profundidade. 
Abaixo da crosta terrestre, temos mais duas camadas: o manto, que é 
a camada que está logo abaixo da crosta, que tem aproximadamente 80 
até	2.900	quilômetros	de	profundidade.	É	no	manto	que	fica	o	magma,	
massa mineral pastosa, em estado de fusão, que ao se movimentar dá 
origem ao vulcão. Assim, o magma é a massa “quente” da cor de fogo 
que sai de dentro do vulcão. 
Abaixo do manto encontra-se o núcleo, ou seja, o centro da Terra. No 
núcleo, a temperatura é altíssima sendo considerada a temperatura mais 
alta do planeta. Ele possui cerca de 7000 quilômetros de diâmetro.
A temperatura no interior da Terra varia de acordo com a 
profundidade. Quanto mais próxima do núcleo, mais quente. 
Segundo Baratella (2012. p. 211), “o Sol e os planetas se originaram 
juntos a partir de uma vasta nuvem de poeira e gases. Inicialmente, a 
nuvem foi comprimida pela luz das estrelas e o processo foiacelerado 
por forças gravitacionais”, ou seja, pela força da gravidade que tende a 
puxar para o centro. Nesse caso, é quando um astro gira em torno de 
outro astro e é atraído por ele, por meio dessa força gravitacional. Como 
exemplo, temos a Terra que gira em torno de si mesma e vai girando em 
torno do Sol. A força gravitacional do Sol impede a Terra de sair do lugar 
e o mesmo acontece com todos os astros.
 UNIUBE 125
3.4.2 Pontos cardeais 
O estudo dos pontos cardeais nos auxiliam na compreensão da 
localização	e	orientação	geográfica,	ou	seja,	a	partir	de	um	ponto	de	
referência, esses pontos indicam a direção a seguir para qualquer lugar 
do planeta. São eles: Norte, Sul, Leste e Oeste. Por meio do Sol, é 
possível	identificar	esses	pontos.	Considerando	que	o	Sol	nasce	a	leste	
e se põe a oeste, ao apontar o braço direito para o nascente, temos a 
referência da região leste, e ao apontar o braço esquerdo para o poente 
encontramos a região oeste. À frente temos a região oeste e atrás a 
região Sul.
Para desenvolver o tema, proponha a atividade prática a seguir.
Para	identificar	esses	pontos,	proponha	aos	alunos	a	atividade	a	seguir	
(Figura 16). Cada aluno deverá esticar o braço direito na direção em que o 
Sol nasce. Nesse ponto, temos o Leste. Sem sair do lugar, esticará o braço 
esquerdo na direção oposta, dessa forma, encontraremos o Oeste. O ponto 
Norte	é	o	que	ficará	em	sua	frente	e,	consequentemente,	o	ponto	Sul	ficará	
em suas costas, ou seja, atrás do educando. 
EXEMPLIFICANDO!
Figura 16: Pontos cardeais.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
126 UNIUBE
Os pontos cardeais não indicam as localizações exatas dos polos Norte 
e Sul e dos pontos em que o Sol nasce ou se põe, porque,
[...] durante o ano, o Sol nasce em pontos distintos. 
Sendo	assim,	não	podemos	afirmar	que	o	Sol	nasce	
sempre no ponto cardeal Leste. Portanto, essa 
metodologia indica os pontos cardeais em relação ao 
lugar em que estamos. (ESCOLA, 2017, p.1).
 
Para encontrar os pontos Norte, Sul, Leste e Oeste por meio do Sol é 
importante lembrar que ele nasce a leste e se põe a oeste. Devendo 
assim, apontar o braço direito em direção ao nascente e o esquerdo em 
direção ao poente, independentemente da posição em que o Sol esteja.
3.4.2.1 Pontos cardeais e colaterais e subcolaterais
Os pontos cardeais indicam a posição que ocupamos no espaço terrestre. 
A observação dessa posição pode ser feita por meio de instrumentos, 
como a bússola e os mapas. Além dos pontos cardeais, temos outros 
pontos, como os colaterais e os subcolaterais. Os colaterais são pontos 
mais	específicos	e	os	subcolaterais	são	mais	precisos	e	consistem	
na combinação entre os cardeais e os colaterais. Esses pontos foram 
criados a partir da movimentação dos astros em relação à Terra. 
Veja estes pontos na Tabela 1:
Tabela 1: Pontos cardeais, colaterais e subcolaterais
Pontos cardeais
4
Pontos colaterais
4
Pontos subcolaterais
8
Norte Nordeste Norte-nordeste, Leste-nordeste
Sul Sudeste Leste-sudeste, Sul-sudeste
Leste Noroeste Sul-sudoeste, Oeste-sudoeste
Oeste Sudoeste Oeste-noroeste e Norte-noroeste
 UNIUBE 127
Tipos de solo3.5
O	professor	deve	esclarecer	aos	alunos	que	o	solo	é	a	camada	superficial	
do nosso planeta. Nós a chamamos de chão ou de terra. É o local onde 
pisamos. Essa camada é formada por vários componentes, como água, 
ar, rochas e seres vivos. Um dos seres vivos que vivem debaixo da terra 
e que são nossos conhecidos são as minhocas. 
Abaixo da camada que pisamos, existem outras camadas que são 
diferentes umas das outras. Elas variam de acordo com os elementos 
pelos quais são formadas.
 
Observe a Figura 17, a seguir.
Figura 17: Estrutura da Terra.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Quando um solo é muito, muito velho, ou seja, possui centenas de anos, 
ele pode apresentar todas as camadas ilustradas na imagem acima. 
Porém, temos solos jovens que se formaram a menos tempo e que não 
possuem algumas dessas camadas. Outra curiosidade é em relação à 
espessura de cada camada do solo: ela vai depender da idade dele. 
128 UNIUBE
3.5.1 Formação do solo
A formação do solo vai depender das transformações que ocorrem na 
superfície terrestre devido às ações dos agentes naturais, como o calor 
e a água. Vale mostrar aos aprendizes que, durante muitos anos, os 
agentes naturais, como a água das chuvas, os ventos e as mudanças 
de temperaturas, contribuem para o desgaste das rochas. Com esse 
desgaste, algumas rochas transformam-se em partículas. Essas 
partículas junto com o ar, a água, os restos de vegetais, animais em 
decomposição e alguns seres vivos formam o solo. 
Para ilustrar esse estudo, você pode propor aos alunos que assistam ao 
vídeo “Erosão é problema que ameaça o solo do Nordeste”, do site Globoplay. 
Para isso, acesse:
http://g1.globo.com/pernambuco/nordeste-viver-e-preservar/videos/t/edicoes/
v/1-bloco-a-erosao-e-problema-que-ameaca-o-solo-do-nordeste/2052017/
Lembre-se de mediar as discussões!
EXEMPLIFICANDO!
É do solo que o ser humano retira muitos dos alimentos de que necessita 
para sobreviver. Para isso, o homem faz plantações, cultiva pomares e 
hortaliças. Para o plantio dos vegetais, o solo tem que ser fértil, ou seja, o 
solo deve conter água, ar e matéria orgânica em quantidades adequadas 
para o bom desenvolvimento das plantas. Quando o solo não é bom para 
o plantio, existem técnicas que podem melhorar a qualidade desse solo, 
por exemplo, a aração e a irrigação.
Aração
A aração é um recurso utilizado para facilitar a penetração de água e ar no 
solo. Com auxílio de um trator, ou animal como o cavalo, o arado é puxado e o 
solo vai sendo revirado. Essa aragem pode ser feita, também, com a enxada.
 UNIUBE 129
Irrigação
Quando temos um solo muito seco, ou quando a quantidade de água 
não	é	suficiente	para	irrigar	a	plantação,	é	preciso	utilizar	a	técnica	de	
irrigação. Com essa técnica o solo recebe a quantidade de água favorável 
para o desenvolvimento dos vegetais. 
3.5.2 A degradação do solo 
Degradação do solo é o desgaste desse solo causado por fatores naturais 
em que há a perda de nutrientes. Ela ocorre, também, pela ação do 
homem, como o desmatamento, retirada da vegetação das margens dos 
rios causando inundações e práticas agrícolas incorretas que exploram 
excessivamente o solo, sem tratamento. 
Veja, a seguir, uma atividade prática para trabalhar essa temática com 
os alunos.
Simulando um deslizamento de terras
• Materiais
Caixa de papelão ou forma retangular de bolo
Terra
Sementes de alpiste (porque germinam rapidamente)
Regador com água
• Como fazer?
Coloque a terra dentro da caixa ou da forma, acerte a terra com as mãos 
ou com uma colher. Em seguida, espalhe o alpiste sobre a terra. Coloque 
a vasilha com o alpiste já espalhado, de forma inclinada, ou seja, encoste 
um dos lados da caixa na parede e o outro apoiado no chão. Regue a terra 
com a água.
EXEMPLIFICANDO!
130 UNIUBE
Com essa atividade, os alunos irão perceber, ao regar as sementes, que 
muitas delas foram carregadas pela água em virtude da posição inclinada 
da caixa. Isso comprova que, dependendo do terreno, a ação da natureza 
interfere em sua formação.
Um exemplo concreto são os deslizamentos de terras dos morros, em época 
de chuva. 
A atividade proposta tem como objetivo fazer com que o aluno 
compreenda a importância do cuidado e da preservação não só do solo, 
mas também de todo meio ambiente. Isso porque as queimadas e a 
poluição do solo matam os pequenos seres vivos que ajudam a manter 
a terra fértil, além de provocar perda de parte de seus nutrientes.
Para	 caracterizar	 algo,	 precisamos	 classificar	 as	 semelhanças	 e	
diferenças entre o que está sendo observado. Quando vamos a um 
supermercado, podemos achar o produto que procuramos rapidamente 
porque ele está organizado, colocado em locais apropriados conforme 
critérios de cada produto. Dessa forma, se está procurando um shampoo, 
não	irá	procurá-lo	nas	gôndolas	onde	ficam	os	cereais.		Essa	organizaçãoé	feita	de	acordo	com	critérios	de	classificação.	Não	podemos	misturar	
produtos de limpeza com gêneros alimentícios. Nesse momento, vale a 
pena oportunizar aos alunos que explicitem suas experiências em relação 
ao	supermercado	e	à	identificação	desses	produtos,	pelos	critérios	de	
sua	classificação,	ajudando-os	a	entender	esse	conceito.
Quando pensamos na classificação dos animais, da mesma forma 
que o exemplo acima, temos que atribuir critérios de acordo com as suas 
características. 
Os animais3.6
 UNIUBE 131
O sueco Carl von Linné (Lineu), cientista que criou a base para a 
classificação	dos	seres	vivos,	propôs	um	sistema	de	classificação	e	
nomenclatura em que todos os seres vivos são agrupados em reinos 
diferentes. Segundo Gowdak e Martins (2002. p. 95), 
[...] Cada reino é subdividido em diversos filos. Cada 
filo	é	subdividido	em	diversas	classes. Cada classe 
é subdividida em ordens. Cada ordem é subdividida 
em famílias. Cada família é subdividida em diversos 
gêneros. Cada gênero é subdividido em diversas 
espécies, vide imagem abaixo das “Categoria 
taxonômicas”.
Observe a Figura 18 a seguir:
Figura 18:		Reino	e	filos.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Os animais pertencem ao reino dos animais, ou seja, ao reino Animalia 
ou Metazoa. Esse reino é formado por organismos heterótrofos, ou 
seja, pelos organismos que não produzem o próprio alimento. Essa 
característica é que os difere dos vegetais, que, também, são seres vivos.
132 UNIUBE
A	seguir,	veremos	a	classificação	do	reino	Animalia	ou	Metazoa,	mas	
antes convidamos você para ler e analisar a seguinte sugestão de 
atividade prática.
Aula de campo: visita ao zoológico 
Quando olhamos a natureza em nossa volta, percebemos a quantidade de 
animais que nos cercam. Nada melhor que uma visita a um zoológico para 
observar os animais mais de perto. 
• Objetivo
Identificar	e	classificar	algumas	das	diferentes	espécies	de	animais.
• Como proceder?
Antes da visita, é imprescindível que o professor, juntamente aos aprendizes, 
elabore um roteiro de observação.
Durante a visita, os alunos devem observar as características dos animais 
e realizar coletas de dados, previamente determinadas no roteiro de 
observação. Deverão, também, tirar fotos para registrar cada momento. 
Ao	final	da	visita,	os	alunos	e	o	professor	devem	socializar	os	dados	colhidos	
para, posteriormente, montarem um painel com as fotos e a descrição dos 
animais.
Ratificamos	que	a	mediação	do	professor	é	necessária	em	 todos	os	
momentos!
EXEMPLIFICANDO!
 UNIUBE 133
A observação é muito comum para os seres humanos. Olhamos tudo que 
nos cerca, mas, na maioria das vezes, não vemos os detalhes, talvez 
porque o objeto observado não despertou interesse. Dessa forma, o 
professor, antes de propor uma atividade que requer observação, deve 
elencar	os	itens	que	deverão	ser	identificados	e	analisados.	Ao	propor	
uma observação criteriosa, o docente está desenvolvendo o olhar crítico 
do aprendiz!!!
3.6.1 Características e desenvolvimento dos animais 
Observe,	na	Figura	19,	a	seguinte	classificação:
Figura 19:	Classificação	da	Animalia.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Agora, discorreremos detalhadamente acerca de 
cada conceito.
3.6.1.1 Os protistas 
Os protistas não são animais. São seres vivos 
unicelulares eucariontes, isto é, apresentam uma 
única célula com núcleo organizado e organelas 
membranosas no citoplasma. Podem ser 
representados pelas algas e pelos protozoários. 
Eucariontes: são 
seres unicelulares 
e pluricelulares que 
possuem membrana 
celular, ou seja, 
essa membrana 
separa o núcleo 
do citoplasma. 
Caracterizam-se 
pela riqueza da 
quantidade de 
membranas. 
Organelas: 
são partes do 
citoplasma que 
possuem funções 
distintas. São 
responsáveis pela 
característica de 
vida das células, 
ou seja, do material 
genético, o DNA da 
célula.
134 UNIUBE
Antes de estudarmos os animais, retrataremos sobre as características 
dos protistas: algas e protozoários.
3.6.1.2 As algas
As algas (Figura 20) são seres uni e pluricelulares, eucariontes e 
autótrofos.	Elas	realizam	fotossíntese	e	são	compostas	por	clorofila.	
Assim, são responsáveis pela liberação de oxigênio no planeta. 
Figura 20: Algas.
Fonte: Acervo Getty Images 488722843.
As algas pluricelulares se organizam em diferentes tipos de colônias, 
por	exemplo,	na	água	doce,	no	mar,	onde	elas	formam	uma	floresta.	
No mundo aquático existe uma variedade desses organismos. Eles 
apresentam diversas formas, cores e tamanhos.
As algas pluricelulares possuem o formato de um talo, não possuem raiz, 
caule ou folha. Na água, de acordo com o local em que vivem, podem 
formar populações conhecidas como fitoplâncton e fitobentos. 
O fitoplâncton constitui-se em um grande volume de microalgas 
que	flutuam	no	mar.	Elas	são	produtoras	de	alimento	orgânico	e	são	
 UNIUBE 135
responsáveis pela liberação do oxigênio na água e na atmosfera. 
Considerando a cadeia alimentar aquática, elas representam os 
produtores, ou seja, a base da cadeia.
Os fitobentos são	algas,	em	geral,	macroscópicas	que	ficam	fixas,	
principalmente, em rochas no fundo do mar.
As algas podem ser encontradas, também, em solos úmidos e em 
superfícies úmidas como troncos de árvores. Nos troncos das árvores 
elas aparecem como uma mancha branca, que é chamada de líquen. O 
líquen é formado pela associação de algas e fungos. Essa associação 
se dá por meio do processo de simbiose, em que a alga fornece matéria 
orgânica para o fungo e o fungo fornece água e sais minerais para a alga. 
3.6.1.3 Protozoários
Os protozoários são seres microscópios e não realizam fotossíntese. 
Sua reprodução pode ser assexuada ou sexuada. Os protozoários podem 
ser encontrados em diferentes ambientes aquáticos ou úmidos. Eles 
podem se locomover de um lugar para outro, por isso são considerados 
de vida livre. Podemos	classificar	os	protozoários	de	acordo	com	o	seu	
modo de locomoção. Dessa forma, temos os sarcodíneos, flagelados, 
ciliados e esporozoários.
• Sarcodíneos
Os sarcodíneos vivem em ambiente aquático e podem atingir até meio 
milímetro de comprimento. Sobre a sua locomoção, ela é realizada por 
meio de “falsos pés”, que são estruturas denominadas pseudópodes 
(pseudo – falso, podos – pés). Eles, também, são de vida livre e são 
comensais. Isso quer dizer que eles se alimentam de restos de alimentos 
136 UNIUBE
de outros seres. Um exemplo de sarcodíneo comensal é Entamoeba coli 
encontrada no tudo digestivo e a Entamoeba gengivalis encontrada em 
nossa boca, em animais como cão e gato e nas placas dentárias.
Além do que já mostramos, os sarcodíneos podem ser parasitas, ou seja, 
dependem de outros organismos para sobreviver. Os parasitas retiram 
o alimento para sua sobrevivência de outro ser vivo que é parasitado, 
como os carrapatos, os piolhos e as lombrigas. Vários desses parasitas 
provocam doenças no homem, como é o caso da Entamoeba histolytica, 
conhecida como Ameba, que causa a amebíase. 
A Entamoeba localiza-se no intestino grosso do ser 
humano, onde causa lesões que provocam fortes 
cólicas intestinais. Devido a lesões na parede do 
intestino, também ocorrem diarreias com sangue, uma 
vez que a Entamoeba “ingere” glóbulos vermelhos ou 
hemácias. (GOWDAK; MARTINS, 2002. p.130).
Observe o ciclo evolutivo da ameba no intestino grosso (Figura 21):
Figura 21: Entamoeba no intestino grosso.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
 UNIUBE 137
Sintomas, como fadiga, apatia, cólica intestinal e diarreias, servem 
de alerta para uma possível presença de vermes no organismo. A 
transmissão desse verme é feita pelas fezes. A pessoa que está infectada 
elimina o parasita nas fezes e outra pessoa, de certa forma, acaba 
engolindo-o ao ingerir água e alimentos contaminados. A transmissão 
pode ocorrer, também, quando uma pessoa evacua, não lava as mãos e, 
depois, encosta nos alimentos. A presença desses vermes no organismo 
é detectada por meio de exames laboratoriais.
• Flagelados
Os	flagelados	possuemfilamentos	longos	denominados	flagelos.	A	
imagem	a	seguir	é	uma	representação	de	um	flagelado	(Figura	22).
Figura 22: Flagelados.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Os	flagelados,	para	se	locomoverem,	impulsionam	seus	filamentos	
que	funcionam	como	chicotes,	assim,	a	cada	“chicotada”,	o	flagelo	se	
locomove.	Existem	flagelados	parasitas	(sésseis)	e	de	vida	livre.	Os	de	
vida	livre	utilizam	os	filamentos	para	nadar,	os	parasitas	“vivem	fixados	
a	objetos	submersos,	utilizando	o	movimento	do	flagelo	para	criar	
correntezas líquidas que arrastam partículas alimentares para perto de 
si” (AMABIS; MARTHO, 2002, apud BARATELLA 2018, p.240). 
138 UNIUBE
O Trichonympha collaris	é	um	flagelado	que	vive	
em mutualismo, isto é, em mútuo auxílio com o 
cupim. Enquanto este a abriga, a triconifa faz a 
digestão da celulose, já que o inseto se alimenta 
de madeira. (GOWDAK, MARTINS, 2002. p. 129).
Mutualismo – 
ligação entre dois 
organismos em 
que ambos são 
beneficiados.
Cupim – inseto que 
digere a madeira.
Nos	seres	humanos	esse	filo	pode	causar:	
- Leishmania braziliensis: Causa a leishmaniose 
tegumentar ou úlcera de Bauru ('ferida brava'). Vive 
no interior das células da pele e é transmitida pelo 
Mosquito-palha (birigui).
 
- Trypanosoma cruzi: Causa a doença de Chagas, 
comum em nosso país e na América do Sul. Ela é 
transmitida por percevejos, popularmente conhecidos 
como barbeiros. 
- Giardia lamblia: Causa a giardíase intestinal.
- Trichomonas vaginalis: Causa a tricomoníase (no 
aparelho genital). (SÓ, 2018, p.1).
• Ciliados
Os ciliados recebem esse nome devido à grande quantidade de 
minúsculos	 filamentos	 denominados	 cílios,	 que	 auxiliam	 na	 sua	
locomoção. São considerados os protozoários que se locomovem mais 
rápido. A sua maioria é de vida livre. 
Segundo Gowdak e Martins (2002), o ciliado mais conhecido é o 
paramécio (Figura 23). 
 UNIUBE 139
Figura 23:	Paramécio	do	filo	Ciliophora.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Os cílios do paramécio, além de promover a locomoção, fazem uma 
espécie de rodamoinho na água para atrair o alimento até o interior da 
célula. 
Para que serve cada um dos órgãos do paramécio?
Cílios – responsáveis pela locomoção.
Vacúolo digestivo – responsável pela digestão das substâncias ingeridas.
Vacúolo contrátil – responsável por eliminar o excesso de água que entra 
na célula, impedindo-a de estourar.
Núcleo – Contém a informação genética da célula.
SAIBA MAIS
• Esporozoários
São protozoários que não conseguem se locomover porque não possuem 
flagelos,	cílios	ou	falsos	pés	(pseudópodes).	Dessa	forma,	são	todos	os	
parasitas comuns de animais, tal como os esporozoários, o plasmódio é 
o esporozoário causador da malária. Os sintomas da malária são: febre, 
vômitos, fadiga e dores de cabeça.
140 UNIUBE
Gowdak e Martins (2002, p.132) explicam que 
A malária é causada por um esporozoário do gênero 
Plasmodium, transmitido pela picada do mosquito-
prego. A fêmea do mosquito injeta saliva antecoagulante 
quando pica. Entretanto com a saliva, os protozoários 
atingem a corrente sanguínea, passam por uma fase no 
fígado e depois voltam ao sangue, onde penetram nos 
glóbulos vermelhos.
Observe, na Figura 24, a fêmea do mosquito transmissor da malária:
Figura 24: Mosquito transmissor da Malária.
Fonte: Acervo Getty images 31078506.
Os parasitas quando já estão nos glóbulos vermelhos multiplicam-se por 
um determinado tempo e, ao saírem do plasma, parte líquida e coagulável 
do sangue, causam febre alta. Esse processo vai se repetindo toda vez 
que os esporozoários encontram outros glóbulos vermelhos. Com isso, 
ocorrem outros acessos de febre, que, se não for tratada, pode levar à 
morte. Observe a Figura 25:
 UNIUBE 141
Figura 25: Vírus da malária.
Fonte: Acervo Getty Images 914145490.
A Figura 25 ilustra alguns glóbulos vermelhos já tomados pelo parasita 
esporozoário.
Sugiro que acesse o link: http://www.planetabio.com/planetabio.html. Esse 
site é livre e poderá ser utilizado para ilustrar as aulas. Para essa aula, será 
necessário Data Show e Internet.
Siga os passos ilustrados abaixo:
Passo 01.
Você deve acessar o guia “Biodiversidade 2” e, depois, acesse “Reino 
Protista”.
Passo 02.
Em seguida vá à primeira página e leia sobre os protozoários. Em seguida, 
acesse cada item: 1, 2, 3, 4 e 5.
Nesses números, você encontrará a ilustração com animação e explicação 
sobre cada espécie do reino protista. 
PESQUISANDO NA WEB
142 UNIUBE
3.6.2 Animais vertebrados
Os animais vertebrados possuem um esqueleto que forma a sua 
estrutura.	Para	 sermos	mais	 específicos,	 podemos	dizer	 que	eles	
possuem coluna vertebral, sistema nervoso central, isto é, medula 
espinhal e cérebro. Possuem, também, um sistema muscular (músculos). 
Ainda sobre os vertebrados, eles podem ser divididos em 5 classes. 
Veja-as, a seguir.
3.6.2.1 Classe dos mamíferos 
Você deve explicar aos alunos que os mamíferos mamam logo após o 
nascimento. Geralmente têm o corpo coberto por pelos e a sua respiração 
é pulmonar. Eles são vivíparos, ou seja, o embrião se desenvolve dentro 
do útero da mãe. A temperatura do corpo desses animais, normalmente, 
não varia em relação à temperatura ambiente. No grupo dos mamíferos 
temos os seres humanos, o cachorro, os felinos, o elefante, a girafa, a 
baleia,	o	golfinho,	o	morcego,	entre	outros.	
Para que possam perceber o que acontecem ao seu 
redor, os mamíferos são dotados de cinco sentidos: 
visão, audição, olfação, gustação e tato. No entanto, 
nem todos os sentidos são igualmente desenvolvidos. 
Cada espécie desenvolve seus órgãos dos sentidos, 
de acordo com a sua necessidade de sobrevivência. 
Os cães, por exemplo, têm o olfato muito desenvolvido. 
Eles distinguem o seu dono pelo cheiro. Outros 
mamíferos enxergam e ouvem muito bem, como é o 
caso do gato, da onça, do tigre, animais predadores 
muito espertos. (PORTAL, 2018, p.1).
Como dissemos, os animais mamíferos respiram por pulmões. É 
interessante saber que esses animais sobem até a superfície da água 
para respirar.
O professor pode problematizar a questão com a seguinte pergunta: 
“A	baleia,	o	golfinho,	o	boto,	a	ariranha,	a	lontra	e	o	peixe-boi,	que	
 UNIUBE 143
são mamíferos marinhos, respiram?”, fazendo sempre as mediações 
necessárias.
A Figura 26, a seguir, ilustra um exemplar de peixe-boi, que é um 
mamífero aquático. Esses mamíferos podem pesar aproximadamente 
450 quilos e medir até 3 metros de comprimento. 
Figura 26: Peixe-boi.
Fonte: Acervo Getty Images 183769735.
As	fêmeas,	ao	dar	“de	mamar”	a	seus	filhotes,	seguram	estes	“nos	
braços”, ou seja, embaixo das nadadeiras. 
Pesquisa na internet ou em outras fontes
O professor poderá solicitar aos alunos que pesquisem, na Internet ou em 
revistas, imagens de diferentes tipos de animais mamíferos e escolham a 
imagem de um representante desses animais. Com ela, o aluno irá construir 
um quebra-cabeça para brincar com os colegas.
EXEMPLIFICANDO!
144 UNIUBE
• Como proceder?
O docente deve orientar o aluno a fazer o seguinte:
• Cole a imagem escolhida em uma cartolina e deixe secar. Depois de 
seca, recorte a imagem em, mais ou menos, dez pedaços. Os recortes 
irão depender do tamanho da imagem e deverão assemelhar-se às 
peças de um quebra-cabeça.
• Em sala de aula, junte-se a seus colegas e troque os quebra-cabeças. 
• Depois do quebra-cabeça montado, os alunos deverão observar 
as	semelhanças	e	as	diferenças	entre	os	animais,	identificando	as	
características comuns entre eles. 
O professor deverá orientar e mediar as observações dos alunos e, com 
isso, rever o conteúdo estudado.
Na visão de Dinello (2004), por meio das atividades lúdicas, as crianças 
demonstram a aprendizagem e a habilidade de argumentar, despertando 
a imaginação e a socialização. 
3.6.2.2 Classe das aves 
As aves possuem o corpo coberto por penas, possuem bico, duas asas 
e são ovíparas, ou seja, nascem de ovos. A temperatura do seu corpo, 
assim como os animais mamíferos, não altera em relação à temperaturaambiente.	O	beija-flor,	o	gavião,	a	galinha,	a	ema	e	outros	são	exemplos	
de aves. A maioria delas é capaz de voar, como o gavião, o sabiá, o 
canarinho,	o	papagaio,	a	pomba,	o	beija-flor,	entre	outros.		Porém,	
existem espécies que não voam, como é o caso da ema, do pinguim, 
da avestruz, da galinha, entre outras. 
 UNIUBE 145
Para problematizar a questão e mediar as discussões, o professor pode 
perguntar aos alunos:
Vocês sabem por que algumas aves não voam?
Aos poucos, o docente pode levar os alunos a concluírem que isso ocorre 
devido à estrutura do corpo de algumas aves não ser adaptada para o voo.
EXEMPLIFICANDO!
Para que uma ave possa voar é preciso adaptações em seu corpo que 
favoreçam o voo. Por exemplo, o seu esqueleto deve ser leve e ter um 
formato que facilite a passagem do ar. Em relação às penas que cobrem 
o corpo das aves, elas são leves e o seu formato facilita o voo. As aves 
possuem, também, sacos aéreos. Esses sacos são bolsas cheias de ar, 
que, além de auxiliar na respiração e no controle da temperatura corporal, 
ocupam espaço no corpo das aves, deixando-as mais leves. Elas 
possuem a cabeça leve, pelo fato da ausência de dentes. A respiração 
das aves é pulmonar. A ema é um exemplar de ave que não voa e o 
beija-flor	representa	as	aves	que	voam.	
As aves apresentam diferentes tipos de plumagens ao longo de seu 
desenvolvimento. Algumas espécies nascem nuas, outras apresentam 
poucas penas, o que chamamos de penugem. Após certo período, 
aparece outra plumagem, que poderá ser substituída na fase adulta.
O professor pode suscitar a discussão indagando os alunos acerca da maior 
e da menor ave que conhecem. Nesse momento, deve oportunizar aos 
aprendizes que contêm suas experiências, mostrando como essas aves são, 
como as conheceram, bem como todas suas percepções.
EXEMPLIFICANDO!
146 UNIUBE
Depois, pode mostrar algumas curiosidades, por exemplo, que o tuiuiú 
é uma das maiores aves capazes de voar que vivem no Brasil. De asas 
abertas, mede aproximadamente 2 metros e 60 centímetros e o beija-flor é 
uma das menores aves do mundo. Essa ave é a única que tem capacidade 
de voar par trás. 
3.6.2.3 Classe dos répteis 
Os répteis são animais vertebrados que têm o corpo coberto por 
escamas, carapaças ou placas. O jacaré-do-pantanal e a tartaruga-da-
amazônia são exemplos de répteis. O corpo do jacaré é formado por 
placas e o da tartaruga por carapaça.
 
Os répteis apresentam respiração pulmonar e geralmente são ovíparos. 
Assim, como os peixes, a temperatura do corpo desses animais varia 
de acordo com a temperatura ambiente. Eles adaptam-se à vida fora da 
água, em ambientes secos.
A cobra e os lagartos também são répteis. Entre eles existem espécies 
ovovivíparas,	ou	seja,	o	filhote	desenvolve-se	dentro	do	ovo	e	o	ovo	
desenvolve-se dentro do corpo da mãe. 
Segundo Cruz (2004), a temperatura na nossa mão é de 
aproximadamente 36,5º C e a temperatura dos répteis é inferior a 36º C. 
Assim, a temperatura do corpo dos répteis é inferior à temperatura de 
nossa mão. Mediante essa diferença, quando encostamos ou pegamos 
um réptil, por exemplo, uma lagartixa, sentimos o seu corpo frio. Por isso, 
falamos que os répteis são animais de sangue frio. 
 UNIUBE 147
3.6.2.4 Classe dos anfíbios 
Os anfíbios são animais vertebrados que durante o seu ciclo de vida 
passam por duas fases: aquática e terrestre. Eles geralmente têm 
pele lisa e úmida, o que os torna uma presa fácil aos predadores. Eles 
contam	com	duas	formas	de	defesa:	a	camuflagem	e	a	produção	de	
uma	substância	venenosa.	Quanto	à	camuflagem,	a	pele	desses	animais	
exibe desenhos ou cores, que se assemelham às cores do ambiente 
em que vivem. Dessa forma, eles podem passar despercebidos pelos 
predadores. Os que são venenosos, apresentam na sua pele substâncias 
que podem intoxicar o predador ao tentar comê-los. (BARATELLA, 2012).
A classe dos anfíbios pode ser dividida em três grupos:
01 - Anura: o grupo dos anuros compreendem os sapos, as rãs e as 
pererecas. Esses animais nascem na água e respiram através das 
brânquias. Enquanto larvas assemelham-se com os peixes e possuem 
cauda e a linha lateral. Eles passam por metamorfose, que é a 
transformação no seu desenvolvimento físico e morfológico.
Vale	a	pena	ressaltar	a	importância	de	o	professor	suscitar	as	reflexões	dos	
alunos a partir do que já conhecem a respeito da temática. 
O docente pode perguntar aos alunos se já ouviram falar sobre metamorfose. 
Pode começar perguntando se já viram a metamorfose de uma borboleta, 
ressaltando o processo de sua transformação: ovo – lagarta – pupa 
– borboleta. Com certeza, os alunos terão algo a dizer, assim, pouco a 
pouco, o professor vai ajudando-os a construir esse conceito e a estendê-lo 
à metamorfose do grupo anura. 
EXEMPLIFICANDO!
148 UNIUBE
A metamorfose do sapo (Figura 27) é um importante exemplo nesse sentido, 
por isso é relevante explicá-la.
Figura 27: Metamorfose do sapo. 
Quando termina a metamorfose, o sapo deixa de viver só na água e 
começa a sobreviver também na terra em ambientes úmidos.
02 – Ápoda: são anfíbios que não possuem patas, para sua locomoção 
eles rastejam como as cobras, as cobras-cegas ou cobra-de-duas-
cabeças. A cobra-cega e a cobra-de-duas-cabeças, na verdade, não 
são cobras, são assim chamadas pela sua estrutura e locomoção. Elas 
possuem a pele úmida.
03 – Urodela: esses animais, que têm o corpo alongado, possuem 
caudas e quatro pernas curtas. A cauda e as pernas quando cortadas 
podem regenerar. A fecundação é interna, isto é, ocorre dentro do 
organismo da fêmea. Aparentemente se parecem com os lagartos, a 
diferença é a pele que é lisa, e não com escamas como a dos lagartos. 
Devido à presença da cauda, também, são conhecidos como caudados. 
São animais raros, como a salamandra e o tritão.
Quanto à respiração, os anfíbios possuem pulmões, mas esses pulmões 
não conseguem fazer toda a troca gasosa necessária para sobrevivência 
 UNIUBE 149
do animal. Em consequência disso, a respiração não é realizada apenas 
pelos	pulmões,	mas	também	pela	pele,	que	é	fina	e	adaptada	para	a	
respiração. Dessa forma, a respiração dos anfíbios é pulmonar e cutânea. 
Vale	a	pena	lembrar	que	os	anfíbios	enquanto	larvas	ficam	apenas	na	
água. Nesta fase eles respiram por brânquias, que desaparecem na fase 
adulta. 
3.6.2.5 Classe dos Peixes 
Os peixes são animais vertebrados que vivem em ambientes aquáticos, 
como rios, lagos, rios ou mares. Eles têm o corpo coberto por escamas 
ou por uma pele grossa. De modo geral, eles respiram por brânquias ou 
guelras.
Os peixes toleram grandes variações de temperatura. 
Algumas espécies sobrevivem em fontes de águas 
termais, onde a água pode atingir mais de 42º C. 
Outras podem viver a temperaturas muito próximas da 
congelação. Contudo, numa mesma espécie, o limite de 
tolerância, geralmente, é muito restrito. (BARATELLA, 
2012, p. 63).
Dessa forma, a temperatura do corpo dos peixes, diferentemente 
da dos mamíferos e das aves, varia de acordo com a temperatura 
ambiente.
Para possibilitar a construção desses conhecimentos pelo aluno, o 
professor pode propor a seguinte atividade prática.
Propomos que professor e alunos adotem um peixe betta, utilizando um 
pequeno aquário, e cuidem do animal na sala de aula, para que o observem. 
Como esse peixe é bem pequeno, ele poderá ser facilmente cuidado pela 
EXEMPLIFICANDO!
150 UNIUBE
turma de alunos, assim, além de conhecerem melhor acerca da temática, 
eles terão a oportunidade de cuidar de um ser vivo, desenvolvendo 
habilidades altruístas.
O professor poderá iniciar as discussões solicitando aos alunos que citem o 
nome de peixes que conhecem.
Depois, pode propor que anotem todas as observações durante o estudo das 
características desses animais. É imprescindível que os alunos consigam 
identificar	algumas	delas	no	peixe	que	está	sendo	observado	no	aquário,	
registrando-as no caderno.
Os peixes podem apresentar estrutura cartilaginosa ou óssea.O docente 
deve explicar que a cartilagem é uma estrutura mais leve que o osso 
de cor branca ou acinzentada, como a cartilagem das nossas orelhas. 
Podemos citar, como exemplo de peixes que possuem cartilagem, 
o tubarão e as raias. Essas espécies vivem nos mares, em águas 
profundas. 
Os peixes ósseos são mais numerosos e podem viver em rios, lagoas 
e mares. As nadadeiras são caraterísticas comuns nos peixes. Elas são 
importantes para sua locomoção no ambiente aquático e possibilitam 
que os peixes locomovam-se para frente, para cima e para baixo e que 
parem rapidamente e acelerem a sua locomoção.
 UNIUBE 151
Figura 28: Acanthopagrus butcheri.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Observe as nadadeiras na Figura 28:
Segundo Baratella (2012), os peixes, como todos os vertebrados, 
possuem órgãos dos sentidos. Além desses órgãos, eles possuem um 
órgão	específico,	que	é	a	linha lateral, que serve para orientação na 
água. Possuem células que são capazes de captar as mudanças de 
pressão e as vibrações de baixa frequência da água do ambiente em 
que estão e, dessa forma, eles poderão perceber a aproximação de uma 
presa ou de um predador. 
Os peixes ósseos dispõem de bexiga natatória, ou seja, uma bolsa 
com	gases,	que	tem	a	função	de	fazer	com	que	eles	flutuem.	Essas	
bolsas controlam a densidade do corpo dos peixes. Quando eles se 
aproximam da superfície da água, os gases que estão no sangue passam 
para a bexiga natatória, enchendo e diminuindo a densidade corporal 
desses peixes, adequando-os a pequenas profundidades. O inverso 
acontece quando os peixes se deslocam para lugares mais profundos, os 
gases que estão na bexiga natatória passam para o sangue, aumentando 
a densidade corporal (AMABIS; MARTHO, 2002).
152 UNIUBE
Quanto à alimentação dos peixes, alguns são carnívoros e outros são 
herbívoros. Eles possuem tubo digestório completo com pâncreas e 
fígado. Nos peixes ósseos esse tubo termina no ânus. Já nos peixes 
cartilaginosos, o tubo digestório termina em uma única abertura, que 
funciona como órgão excretor e reprodutor. Essa abertura é chamada 
de cloaca. 
Tais conteúdos são complexos para as crianças, por isso o 
professor deve usar sua criatividade para realizar uma tradução 
didática, usando exemplos, comparações, isto é, recursos 
diversos que possibilitem a compreensão dos aprendizes!!!
Sobre a reprodução dos peixes, ela varia de acordo com a forma 
como	os	filhotes	nascem.	Podendo	ser:
• ovíparos: a	fêmea	põe	os	ovos	e	os	filhotes	se	desenvolvem	fora	
do corpo da mãe.
• vivíparos:	a	fêmea	não	põe	ovos	e	os	filhotes	se	desenvolvem	
dentro do corpo da mãe.
• ovovivíparos:	é	quando	os	filhotes	se	desenvolvem	dentro	do	ovo	
e	esse	ovo	fica	guardado	dentro	do	corpo	da	mãe	até	o	nascimento.	
Para possibilitar a construção de conhecimentos pelo aluno acerca 
desse tema, o professor pode propor a seguinte atividade prática.
O professor pode promover uma “Sessão Cinema”, solicitando, previamente, 
aos alunos que tragam pipoca e suco para sala de aula e, então, oportunizar 
que	assistam	a	filmes	infantis,	cujos	personagens	são	do	universo	aquático.	
Sugerimos	um	dos	filmes	a	seguir:	
• Procurando Nemo
EXEMPLIFICANDO!
 UNIUBE 153
• A Pequena Sereia
• Peixonauta, O Filme entre outros. 
Depois	 de	 assistirem	 ao	 filme,	 o	 docente	 deve	 instigar	 e	 mediar	 as	
discussões acerca da história, das características de cada personagem, o 
que	puderam	identificar	nos	peixes	após	o	estudo	feito.	
Pode,	inclusive,	propor	aos	alunos	que	escrevam	uma	resenha	do	filme	no	
caderno para socializar com a turma, posteriormente.
3.6.3 Animais invertebrados
Para iniciar esse estudo, o professor poderá propor a seguinte atividade.
O docente deve mostrar a imagem de um animal invertebrado, por exemplo, 
uma borboleta ou outro animal. 
Posteriormente, deve perguntar aos alunos: “O animal “X” tem coluna 
vertebral? Em seguida, após observação dos alunos, eles devem construir 
em consenso o conceito de animais invertebrados.
EXEMPLIFICANDO!
Os animais invertebrados são aqueles que não possuem coluna 
vertebral nem crânio em sua estrutura. Normalmente o corpo desses 
animais é mole. Porém, o grupo dos artrópodes possuem exoesqueleto, 
ou seja, esqueleto externo que serve para proteger os órgãos internos e 
serve de suporte para os músculos do animal. 
São animais invertebrados: besouro, minhoca, borboleta, caracol, 
lesma, água-viva, as esponjas-do-mar, escorpião, os vermes, entre 
outros.	Eles	podem	viver	em	diversos	lugares,	em	terra	firme	e	na	
água, em lugares muito frios e muito quentes. Mediante isso, a maioria 
154 UNIUBE
dos animais, que existem em nosso planeta, são invertebrados. Esse 
grupo pode ser dividido em: celenterados ou cnidários, platelmintos, 
nematelmintos, poríferos, moluscos, equinodermos, artrópodes e 
anelídeos.
3.6.3.1 Os poríferos
Esses	animais	vivem	apenas	na	água,	fixos	nas	rochas	mais	rasas	e	
nas rochas encontradas em grandes profundidades. São encontrados, 
também, em objetos submersos. O corpo desses animais não possui 
tecido	e	nem	órgãos,	ele	é	formado	por	fibras.	Podem	formar	colônias	
de cores variadas.
A alimentação desses animais baseia-se em restos orgânicos e em 
micro-organismos	que	encontram.	Ao	se	alimentarem,	filtram	a	água,	pois	
ela passa pelo seu organismo, que é formado por poros. Um exemplo de 
animal porífero é a esponja-do-mar. 
O professor pode indagar os alunos acerca do personagem de um desenho 
infantil que vive no fundo do oceano e é uma esponja-do-mar – o Bob 
Esponja. 
Ao levantarem hipóteses, espera-se que os alunos se lembrem do 
personagem.
Mas, vale destacar que, no desenho animado, o Bob Esponja tem 
características e habilidades que uma esponja-do-mar real não teria. Seria 
interessante propor aos aprendizes que eles elenquem tais características 
e realizem comparações com as características de esponja-do-mar real.
EXEMPLIFICANDO!
 UNIUBE 155
3.6.3.2 Os celenterados ou cnidários
Fazem parte desse grupo as águas-vivas, as hidras, as anêmonas-do-
mar e os corais. Esses animais destacam-se pela beleza de suas cores e 
por terem o corpo simetricamente dividido, ou seja, terem o corpo dividido 
em partes iguais.
 
3.6.3.3 Os platelmintos
São vermes que possuem o corpo mole e achatado e que podem 
apresentar diferenciações quanto à sua adaptação ao meio ambiente. 
Uns podem ser de vida livre encontrados na água. Os vermes 
encontrados na água são pequenos e medem poucos centímetros. Os 
vermes maiores, também de vida livre, podem ser encontrados em terra 
úmida, como as planárias (Figura 34), esquistossomos e a tênia.
 
Os esquistossomos são parasitas causadores da esquistossomose 
ou barriga d’água. Eles alojam-se nos caramujos que vivem em águas 
paradas. O contato com essa água provoca a contaminação por meio 
da pele provocando vermelhidão e prurido. Se não procurar um médico 
para tratar, a doença pode se agravar comprometendo o fígado e levando 
à morte. 
A Taenia solium ou Taenia saginata, popularmente chamada de Tênia, é 
um	verme	parasita	que	fica	no	tubo	digestivo.	Ele	é	muito	conhecido	como	
solitária, porque vive sozinho no intestino. Esse verme é hermafrodita, 
ou seja, realiza autofecundação e libera seus ovos nas fezes. 
Observe o ciclo evolutivo da Taenia solium (Figura 29):
156 UNIUBE
Figura 29: Ciclo evolutivo da Taenia solium.
Fonte: Acervo EAD-Uniube. 
O ciclo evolutivo da Taenia (Figura 29) ocorre da seguinte forma. O 
homem que possui essa verminose tem alojada em seu intestino a 
Taenia solium ou Taenia saginata em seu estado adulto. Os ovos desse 
verme são eliminados junto às fezes. Os animais que se alimentam de 
fezes, chamados de coprófagos, como o porco, ingerem esses ovos, que, 
quando já estão no intestino do porco, perfuram a parede do intestino 
e vão para a corrente sanguínea, alojando-se nos tecidos (na carne). 
Quando o homem se alimenta de carne suína crua ou mal cozida, ingere 
os ovos da Taenia, que acaba se alojando no intestino do indivíduo.Se 
o homem não se tratar, o ciclo se repete e acaba contaminando mais 
pessoas.
A tênia pode medir aproximadamente quinze metros, podendo ser 
encontrada na carne de boi (Taenia suginata) e na carne de porco 
(Taenia solium). A contaminação se faz pela ingestão de carne crua ou 
mal passada, visto que ela pode estar contaminada.
 UNIUBE 157
3.6.3.4 Os nematelmintos
São	vermes	de	corpo	cilíndrico	e	afilado	(fino)	nas	extremidades.	Alguns	
são de vida livre e podem ser encontrados na água e na terra. Podem ser 
herbívoros	ou	carnívoros.	O	ancilóstomo,	as	lombrigas,	a	filaria	(verme	da	
elefantíase) e o oxiúro são exemplos de nematelmintos. Esses vermes 
podem variar de tamanho.
Para compreender melhor o que é a elefantíase, sugiro o vídeo Filariose 
ou Elefantíase, de Vanessa Araújo, categoria Ciência e tecnologia de 24 
jul. 2016. 
Para isso, acesse:
https://www.youtube.com/watch?v=yKkF8RMk9Es
O vídeo explica de forma simples o que é a elefantíase, como ela é 
transmitida e as prevenções que devem ser adotadas para se prevenir a 
doença.
PESQUISANDO NA WEB
3.6.3.5 Os Anelídeos
São exemplos de anelídeo a minhoca e a sanguessuga. O corpo dos 
anelídeos é dividido em anéis. Possuem aproximadamente quinze mil 
espécies e podem ser encontradas em água doce, nos mares e em 
terra úmida. Eles podem ser de vida livre como é o caso da minhoca ou 
parasita como a sanguessuga.
3.6.3.6 Os Moluscos
Os moluscos constituem-se em mais de 150 mil espécies, algumas 
muito conhecidas, como as ostras, os caramujos, as lesmas, as lulas, 
158 UNIUBE
os polvos, entre outros. Eles podem ser encontrados em água doce, no 
mar e em terra. Os moluscos como as ostras, as lulas e os polvos vivem 
no mar e estão entre os mais rápidos e maiores invertebrados. 
Entre os moluscos temos o grupo dos cefalópodes e gastrópodes. 
Os cefalópodes são animais marinhos. Eles são animais carnívoros e, 
ao se deslocarem de um lugar para outro, expelem (jogam) jato de água, 
que	sai	dos	tentáculos,	que	apresentam	ventosas	que	ficam	presas	na	
cabeça. O polvo e a lula são exemplos de cefalópodes. A diferença entre 
a lula e o polvo é que a lula tem dez tentáculos e o polvo tem oito.
Os gastrópodes são animais encontrados na água e na terra. Como 
exemplos de gastrópodes temos os caramujos (aquáticos), os caracóis 
(geralmente terrestres) e as lesmas. Os caracóis possuem concha como 
os	caramujos,	porém,	a	sua	concha	é	mais	fina,	no	entanto	a	lesma	é	
desprovida de concha. Na cabeça, esses animais possuem tentáculos 
entre	os	olhos.	Na	região	do	ventre	fica	localizado	o	pé,	que	os	impulsiona	
para a locomoção. A respiração dos gastrópodes aquáticos é branquial e 
dos terrestres é pulmonar.
3.6.3.7 Os artrópodes
A principal característica dos artrópodes são as suas patas articuladas. 
As estruturas das patas fazem com que esses animais possam se 
movimentar de diversas formas. Além da locomoção, as patas articuladas 
auxiliam na captura de alimentos e na defesa desses animais. Eles 
possuem esqueleto externo, ou seja, exoesqueleto.
 UNIUBE 159
Como podemos ver, na imagem anterior, a formiga está utilizando as 
patas para carregar o seu alimento. Isso é muito comum em nosso dia 
a dia.
O grupo dos artrópodes pode ser dividido, considerando a divisão do 
corpo e o número de patas. Dessa forma, temos: 
Crustáceos: podemos encontrar esses animais nos mares (camarão, 
lagosta, siri, caranguejo), em água doce e na terra (tatuzinho de 
jardim). O corpo dos crustáceos é dividido em cabeça e tórax juntos, 
sem separação, e abdome. Eles possuem cinco pares de patas e duas 
antenas.
Veja, na Figura 30, a estrutura de uma lagosta:
Figura 30: Lagosta – Cefalotórax.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Aracnídeos: não possuem antenas e nem mandíbulas. Seu corpo é 
formado por cabeça e tórax juntos (cefalotórax), abdome, quatro pares 
de pernas ligadas no cefalotórax e apêndices sensoriais chamados de 
pente localizados no pré-abdômen. São exemplos de aracnídeos (Figura 
31), o escorpião, as aranhas, os ácaros e os carrapatos. 
160 UNIUBE
Figura 31: Aranha – Cefalotórax.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Quilópodes: no	corpo	desses	aninais,	o	esqueleto	não	é	calcificado	e	
os segmentos do seu corpo não são juntos. O par de pernas localizado 
no	primeiro	segmento	é	modificado	em	presas	venenosas,	que	alojam	
o veneno desses animais. A sua locomoção é feita em ziguezague, 
considerando que as suas pernas estão muito próximas do chão. Gostam 
de	ficar	em	lugares	escuros	e	úmidos,	por	exemplo,	embaixo	de	pedras,	
madeiras e entulhos. São exemplos de quilópodes: lacraia, centopeias 
e	geofilomorfos.
Diplópodes: esse grupo vive na terra, em lugares escuros e úmidos. 
A sua locomoção é lenta. O seu corpo é dividido em três segmentos: 
cabeça, tórax e abdome segmentado. Possuem um par de antenas e 
pelos táteis. O seu corpo tem o formato cilíndrico, como é o caso do 
piolho de cobra.
Insetos: a estrutura dos insetos é formada por asas, cabeça, tórax, 
abdome e três pares de pernas. Os insetos apresentam uma grande 
variedade de espécies. Algumas delas são muito conhecidas, como: 
borboletas, mosquitos, besouros, abelhas, moscas, gafanhoto, entre 
outros. 
 UNIUBE 161
O professor e alunos poderão visitar um jardim e observar os animais 
invertebrados que encontrarem. Em seguida, eles deverão escrever o nome 
dos	animais	encontrados,	analisando	suas	características	e	classificando-os.
EXEMPLIFICANDO!
3.6.3.8 Os equinodermos
São	animais	marinhos	que	possuem	tentáculos	flexíveis	que	partem	do	
corpo. Os equinodermos, para se locomover, utilizam a água do mar, que 
circula por canais em seu corpo e sai pelos pequenos tubos musculares 
que se projetam para fora do corpo, agindo como se fossem pés. Além 
da locomoção, esse sistema auxilia na respiração, circulação e excreção 
do animal. A estrela-do-mar e o pepino-do-mar são exemplos de animais 
equinodermos.
Baratella (2012) descreve que a estrela do mar possui a capacidade de 
regeneração. Se ela tiver um dos seus braços cortado, depois de um tempo, 
nascerá outro no mesmo lugar. 
CURIOSIDADE
O processo respiratório dos animais equinodermos é realizado por 
brânquias	ou	pela	superfície	fina	dos	tentáculos.		
Cadeia alimentar3.7
Antes de iniciar nossos estudos, temos que entender o que é cadeia 
alimentar!
Para possibilitar a construção desses conhecimentos pelo aluno, o 
professor pode propor a seguinte atividade prática.
162 UNIUBE
A cadeia alimentar é uma sequência que liga 
organismos através das relações de alimentação. Essa 
cadeia é formada por produtores, consumidores e 
decompositores. (SOUZA, 2018, p.1).
Na cadeia alimentar, os seres vivos se alimentam de outros seres 
vivos. Nesse momento, o professor pode questionar aos alunos sobre a 
sequência hierárquica, perguntando sobre “quem se alimenta de quem?”
Na	cadeia	alimentar,	os	seres	vivos	são	classificados	de	acordo	com	
suas formas de alimentação. Vejamos a representação de uma cadeia 
alimentar	na	figura	a	seguir:
Figura 32: Cadeia alimentar.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Nessa cadeia, na base, nós temos os seres que são produtores, ou 
seja, que produzem seu próprio alimento. Esses seres são chamados de 
AUTÓTROFOS e são eles que iniciam a cadeia alimentar. Esses seres 
são representados pelas plantas, algas azuis e verdes.
Observe os produtores (Figura 33):
 UNIUBE 163
Figura 33: Produtores.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Mas, como os seres autótrofos produzem seu próprio alimento? 
Por meio da fotossíntese, que é realizada pelas plantas.
A fotossintese,	termo	que	significa “síntese utilizando 
a	luz”,	é	geralmente	definida	como	o	processo	em	que	
a energia solar é capturada e transformada em energia 
química.	Por	meio	dela,	muitos	organismos	autotróficos	
conseguem sintetizar material orgânico, ou seja, 
produzir seu próprio alimento. (SANTOS, 2018, p.1).
Observe a Figura 34 a seguir:
Figura 34: Fotossíntese.
Fonte: Acervo EAD-Uniube. 
Além dos seres produtores, nós temos os seres que são consumidores,ou seja, não são capazes de produzir seu próprio alimento. Eles precisam 
caçar para procurar seu alimento. Esses indivíduos são chamados 
164 UNIUBE
de HETERÓTROFOS, que são: todos os animais e os fungos. Nesta 
classificação	vamos	incluir	os	animais	herbívoros, carnívoros e os 
decompositores. Podemos ordenar esses indivíduos, que não são 
produtores, em:
• Consumidor primário: é o indivíduo que se alimenta do produtor. 
São todos os animais herbívoros, ou seja, que se alimentam de 
plantas (Figura 35).
Figura 35: Consumidores primários da cadeia alimentar.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
• Consumidor secundário: alimenta-se dos consumidores primários, 
assim, podemos dizer que eles são carnívoros. Por exemplo: a 
cobra que se alimenta do rato (Figura 36).
Figura 36: Consumidores secundários da cadeia alimentar.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
 UNIUBE 165
• Consumidor terciário: alimenta-se do consumidor secundário e 
é também um animal carnívoro (Figura 37). A partir do consumidor 
secundário, todos os outros consumidores serão carnívoros.
Figura 37: Consumidor terciário da cadeia alimentar.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
• Decompositores: os decompositores são seres microscópicos que 
se alimentam de matéria morta, como: fungos e bactérias. Eles são 
muito importantes para a cadeia alimentar, porque são eles que irão 
fazer a reciclagem da matéria orgânica. Essa reciclagem consiste 
na transformação da matéria orgânica, retirada do solo (restos de 
animais mortos), para transformá-la em outros compostos, que 
acabam voltando para a cadeia alimentar. Por exemplo, as proteínas, 
os carboidratos, que quando decompostos irão se transformar em 
outras substâncias. 
3.7.1 A energia na cadeia alimentar
O professor pode iniciar a discussão perguntando aos alunos (Figura 38) 
o que é energia na cadeia alimentar? 
166 UNIUBE
Figura 38: Aluna questionando.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Assim, após a mediação das discussões, ele poderia elucidar que nós 
retiramos do alimento a energia que precisamos para sobreviver. No 
caso da cadeia alimentar representada a seguir, temos o coelho, que 
se alimenta de capim (vegetal), e, com essa ação, ele está retirando a 
energia do capim. 
Vejamos o esquema (Figura 39): 
Figura 39: Passagem de energia na cadeia alimentar.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Analisando a Figura 39, temos as setas que apontam a direção da 
energia	dentro	da	cadeia	alimentar.	O	fluxo	dessa	energia	na	cadeia	
alimentar é unidirecional, ou seja, essa energia segue em uma única 
direção.	Isso	significa	que	ela	passa	de	um	animal	para	outro.	Nesse	
processo, não há volta ou aumento de energia no meio do “caminho”. O 
 UNIUBE 167
que isso quer dizer? A energia consumida pelo coelho não volta para o 
capim,	para	o	produtor.	Esse	fluxo	de	energia	cada	vez	que	é	repassado	
de um animal para outro vai diminuindo. 
Para entender como ocorre essa diminuição de energia de um indivíduo 
para	o	outro,	vamos	estudar	uma	outra	classificação,	NÍVEL TRÓFICO 
- NT. O	nível	trófico	é	a	ordem	em	que	o	indivíduo	aparece	na	cadeia	
alimentar. Veja o esquema novamente (Figura 40).
Figura 40: Passagem de energia na cadeia alimentar.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Observe os passos do processo:
1. O produtor tem muita energia, o consumidor primário pegará um pouco 
da energia do produtor.
2. O consumidor secundário pegará uma quantidade menor de energia 
do consumidor primário.
3. O consumidor terciário pegará uma quantidade menor de energia do 
consumidor secundário.
Veja, na Figura 41, o esquema de distribuição de energia no processo:
168 UNIUBE
Figura 41: Distribuição de energia na cadeia alimentar.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Nessa lógica, quem tem mais energia é O PRODUTOR. Dos 
consumidores, quem tem mais energia é o consumidor primário e o 
que tem menos energia é o último da cadeia alimentar.
Neste momento, o professor pode questionar os alunos sobre por que 
isso acontece, mediando as discussões. Depois, pode iniciar as análises, 
considerando, primeiramente, o produtor.
Para sobreviver, os vegetais precisam de energia e para isso eles 
produzem, por meio da fotossíntese, seu próprio alimento. Assim, o 
vegetal	produz	energia	suficiente	para	sua	sobrevivência.	Quando	o	
coelho se alimenta do vegetal, ele pega apenas uma parte dessa energia. 
No processo hierárquico da cadeia alimentar, cada animal que se 
alimenta de outro animal vai consumindo uma quantidade cada vez 
menor de energia. 
Para possibilitar a construção desses conhecimentos pelo aluno, o 
professor pode propor a seguinte atividade prática.
 UNIUBE 169
Cadeia alimentar
A atividade deverá ser realizada durante os estudos sobre a cadeia alimentar. 
• Materiais
Quatro rolos de barbante ou novelo de lã
Fichas com os nomes ou imagens de diferentes animais encontrados na 
natureza
Quatro	fichas	ou	imagens	de	representantes	de	produtores
• Como proceder?
Organizar os alunos em um círculo. O professor deve posicionar-se dentro 
do círculo. Em seguida, irá escolher quatro alunos para representar os 
produtores. Cada um desses alunos receberá, além da foto ou placa com o 
nome do produtor, um rolo de barbante.
Quem está com o barbante irá escolher uma pessoa do círculo para entregar 
o	rolo.	O	aluno	escolhido	escolherá	um	componente	da	natureza	(ficha	
ou imagem) que se relaciona com o consumidor anterior na cadeia. Isso 
será	realizado	com	todos	os	alunos	e,	no	final,	se	formará	uma	teia	com	o	
barbante (Figura 42), simulando uma teia alimentar e um ecossistema.
EXEMPLIFICANDO!
Figura 42: Teia da cadeia alimentar.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
170 UNIUBE
O professor deverá escolher um aluno a ser retirado do círculo. Esse aluno 
não poderá soltar o cordão ou barbante e, com isso, ao sair irá arrastar 
outros alunos que estão segurando o barbante. 
Iniciar uma discussão sobre a interdependência dos componentes da 
natureza, enfatizando o efeito negativo da interferência humana nos 
ecossistemas, quando agredimos o meio ambiente.
Essa atividade deverá ser realizada em espaços livres e as análises e 
conclusões deverão ser registradas no caderno. (GONÇALVES, 2013).
Considerações finais3.8
Ao longo do capítulo, conhecemos um pouco dos conteúdos propostos 
para o terceiro e quarto ano do Ensino Fundamental, com base na 
proposta da BNCC. Vimos que se trata de conteúdos de fácil compreensão 
e que necessitam ser pesquisados para serem aprofundados e utilizados 
em sala de aula. Esses conteúdos podem e devem ser articulados com 
a realidade dos alunos e da escola, promovendo a discussão com os 
estudantes, com base nos conhecimentos adquiridos.
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Introdução
Os conteúdos de 
Ciências Naturais nos 
anos iniciais do Ensino 
Fundamental – 5º ano
Capítulo
4
Neste capítulo, trataremos da construção de conceitos estudados 
no quinto ano do Ensino Fundamental. Serão estudadas as 
propriedades físicas da água, o ciclo hidrológico, a nutrição do 
organismo, os hábitos alimentares e a integração entre os sistemas 
digestório, respiratório e circulatório. 
A	linguagem	usada	na	descrição	dos	conceitos	científi	cos	é	clara	
e objetiva. Além dos conceitos, no decorrer das leituras, serão 
apresentadas sugestões de atividades práticas. Segundo a Base 
Comum Curricular Nacional,
Nos anos iniciais, as crianças já se envolvem 
com uma série de objetos, materiais e 
fenômenos em sua vivência diária e na relação 
com o entorno. Tais experiências são o ponto 
de partida para possibilitar a construção das 
primeiras noções sobre os materiais, seus usos 
e suas propriedades, bem como sobre suas 
interações com luz, som, calor, eletricidade e 
umidade, entre outros elementos. (BRASIL, 
2017, p. 323).
Dessa forma, buscaremos redescobrir o processo de ensino 
aprendizagem a partir da inter-relação estabelecida entre o leitor 
176 UNIUBE
4.1 Propriedades físicas da água
4.1.1 Estado sólido
4.1.2 Estado líquido
Esquema
Ao	final	do	estudo	deste	capítulo,	esperamos	que	você	seja	capaz	de:
• possibilitar a construção de conhecimentos sobre as 
mudanças de estado físico da água;
• promover	a	elaboração	de	argumentos	que	justifiquem	a	
importância da preservação e conservação da água na 
natureza;
• mediar propostas coletivas para um consumo mais 
consciente, descarte adequado e ampliação de hábitos de 
reciclagem de materiais consumidos;
• explicar como se processa a digestão e os órgãos do sistema 
digestório;
• demonstrar como se processa a circulação do sangue no 
corpo e os órgãos do sistema circulatório;
• mostrar como se processa a circulação do sangue no corpo 
e nos órgãos do sistema circulatório;
• explicar a relação entre o funcionamento sistema circulatório, 
distribuição dos nutrientes pelo organismo e a eliminação dos 
resíduos produzidos;
• aplicar metodologias para o ensino-aprendizagem desses 
conhecimentos.
Objetivos
e o texto, com vistas à construção de aprendizagens sólidas, para 
que conhecimentos possam ser multiplicados.
 UNIUBE 177
4.1.3 Estado gasoso
4.1.4 A água como solvente
4.2 Separação de materiais da água
4.2.1 Evaporação
4.2.2 Filtração
4.2.3 Decantação
4.3 Ciclo hidrológico 
4.4 Consumo consciente da água
4.5 Reciclagem
4.5.1 Coleta seletiva e reciclagem de materiais 
4.6 Nutrição do organismo
4.6.1 As funções dos nutrientes no organismo
4.6.2 Os alimentos
4.6.3 Hábitos alimentares 
4.7 Integração entre os sistemas digestório, respiratório e 
circulatório
4.7.1 Sistema digestório
4.7.2 Sistema respiratório
4.7.3 Sistema circulatório
4.8	Considerações	finais
Propriedades físicas da água4.1
Grande parte da água encontrada no planeta está na fase líquida! Em 
consequência das mudanças de temperatura no planeta, a água pode 
passar de um estado físico para o outro. Estes estados físicos são: sólido, 
líquido e gasoso.
178 UNIUBE
A água é indispensável à vida dos seres vivos no planeta. Uma das 
caraterísticas da água é a possibilidade de encontrá-la em três estados 
em nosso ambiente: líquido, sólido e gasoso.
4.1.1 Estado sólido
Os materiais, quando estão no estado sólido,	têm	forma	definida,	que	
depende do recipiente em que estão.
Se não existisse água no estado sólido não teríamos as geleiras e a 
neve. A existência da água sólida é responsável pelo clima no planeta, 
adequado à vida da forma como a conhecemos.
Para possibilitar a construção desse conhecimento pelo aluno, o 
professor pode propor a seguinte atividade prática.
Ao iniciar as discussões, o professor pode mostrar um pequeno exemplo 
articulado à realidade dos aprendizes. Pode questioná-los se já perceberam 
as nuvens e as fumaças brancas que saem das chaleiras com água fervente 
ou durante o banho quente. Depois de mediar o levantamento de hipótese 
sobre por que isso ocorre e mediar as discussões, pode mostrar que estes 
são exemplos de vapor de água.Na realidade, esses fenômenos são 
exemplos de água líquida sob a forma de minúsculas gotículas de água em 
suspensão no ar. O vapor de água é invisível como o ar que respiramos. 
Podemos visualizá-lo, apenas, por meio de uma névoa ou fumaça. Por 
exemplo, quando a água ferve na chaleira e exala uma fumaça. 
EXEMPLIFICANDO!
 UNIUBE 179
Para comprovar a passagem da água do estado líquido para o estado sólido, 
o professor pode propor aos aprendizes colocarem água no congelador em 
forminhas ou copinhos de plástico, aguardarem aproximadamente quatro 
horas	e	verificarem	o	que	ocorreu.
EXEMPLIFICANDO!
4.1.2 Estado líquido
A água, quando está no estado líquido,	não	tem	forma	definida.	Ela	muda	
de formato conforme o recipiente em que se encontra. Há diferenças 
entre os líquidos, no caso da água, ela escorre mais facilmente; no caso 
do mel, ele é líquido, porém não escorre tão facilmente quanto a água.
Podemos encontrar água no estado líquido nos lagos, nos rios, nas 
nuvens etc.
Para possibilitar a experiência que comprova a passagem da água do 
estado sólido para o estado líquido, o professor deve, apenas, solicitar que 
as crianças retirem o gelo do congelador e o coloquem fora da geladeira. 
Elas irão perceber o gelo derretendo, ou seja, a água voltando para o estado 
líquido.
EXEMPLIFICANDO!
4.1.3 Estado gasoso
No estado gasoso, a água é invisível aos nossos olhos. Nesse estado, 
ela é responsável pela umidade do ar. Também, nesse estado, todos 
180 UNIUBE
os materiais adquirem o formato do recipiente em que se encontram, 
preenchendo-o completamente.
Um exemplo de água no estado gasoso é o ar que respiramos, uma vez 
que ele tem gotinhas de água. Atualmente, a quantidade de umidade do 
ar é caso de alerta, pois, sem ela, não conseguiríamos sobreviver por 
muito tempo.
Buscando despertar o interesse dos alunos sobre a importância 
de respirar ar puro, sem poeira e sem fumaça, o professor poderá 
propor que assistam ao vídeo “Saiba a importância do ar puro para 
sua saúde”, publicado pelo site Viver Saudável. Para isso, acesse:
https://www.youtube.com/watch?v=wU0kjWvd5Xc
Esse vídeo ilustra a realidade do ar na cidade e o ar puro dos campos. 
EXEMPLIFICANDO!
4.1.4 A água como solvente
Para iniciar essa temática, orientamos a realização de uma atividade 
prática, para ser desenvolvida com os aprendizes.
O professor pode orientar a seguinte experiência. Primeiramente, 
providenciar dois copos; um com água e açúcar e o outro com água e óleo 
(Figura 1). Com uma colher, deve mexer bem o conteúdo dos dois copos. 
Em seguida, deixar os copos em repouso por alguns minutos.
EXEMPLIFICANDO!
 UNIUBE 181
Figura 1: Copos: água e açúcar – água e óleo.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Os alunos deverão explicar o que aconteceu com o conteúdo dos dois copos.
Após as discussões acerca da experiência, o professor deve explicar 
que a água é capaz de dissolver várias substâncias. Mediante isso, ela é 
chamada de solvente universal. Como vimos na atividade acima, a água 
dissolveu o açúcar, mas não foi possível dissolver o óleo. Sabe por quê?
A água é formada por moléculas, da mesma forma que o óleo, porém 
as	moléculas	de	uma	determinada	substância	ficam	unidas	umas	às	
outras, quando entram em contato com as moléculas de uma substância 
diferente, elas podem romper as ligações que as unem e formarem outras 
moléculas (água com açúcar), porém elas podem não romper a ligação, 
permanecendo como duas moléculas diferentes, que é o caso da água 
e do óleo. 
No exemplo da água e do óleo, as ligações das moléculas da água são 
mais fortes do que as ligações que existiriam entre uma molécula de 
água e uma molécula de óleo. Dessa forma, as duas substâncias não 
se misturam, diferente da água com açúcar. Outro exemplo em que não 
é possível a mistura é o caso da água com o pó de café ou da água com 
a terra.
182 UNIUBE
Separação de materiais da água4.2
Existem três técnicas que permitem separar alguns materiais que foram 
misturados com a água, que são evaporação, filtração e decantação.
4.2.1 Evaporação
Para iniciar essa discussão, o professor pode perguntar aos alunos: de 
onde vem o sal que chega à nossa casa? Quem saberia explicar?
Após o levantamento de hipóteses dos aprendizes e a mediação da 
discussão, o professor pode continuar a explicação, mostrando que se 
analisarmos a água do mar, veremos que ela é salgada. O sal que chega 
à nossa casa vem da água do mar.
Depois, o docente pode lançar outro questionamento aos alunos: como 
separar o sal da água?
A água salgada é armazenada em tanques e, com o calor do sol, 
ela evapora, restando apenas o material sólido, nesse caso, o sal. O 
importante	é	que	o	docente	leve	os	aprendizes	a	refletirem	sobre	os	
fenômenos ocorridos.
4.2.2 Filtração
O	ato	de	filtrar	significa	coar,	ou	seja,	separar	a	parte	líquida	da	sólida.	
É o processo que retira as impurezas da água. Por exemplo, quando 
coamos	o	café,	a	água	passa	pelo	coador,	que	representa	o	filtro,	e	o	pó	
do	café	fica	retido	dentro	do	filtro.	Isso	vale	também	para	os	filtros	usados	
para	purificar	a	água	que	bebemos.	A	água	passa	por	um	filtro	poroso,	
geralmente,	formado	de	areia	fina,	areia	grossa	e	pedriscos.	A	passagem	
da	água	por	esse	material	filtrante	remove	as	impurezas	contidas	nela.
 UNIUBE 183
Construção de um filtro caseiro
O	professor	poderá	construir,	junto	aos	alunos,	um	filtro	caseiro	e	verificar	
como	ocorre	a	filtração	da	água.
• Materiais:
Vasilhame de plástico transparente com tampa
Areia	fina
Areia grossa
Pedrisco
Pedaço de canudo de aproximadamente 10 cm
• Como proceder?
O professor deve orientar os alunos a realizarem o seguinte:
• Na lateral do vasilhame, a aproximadamente 1,5 cm acima do fundo, 
faça um orifício e encaixe o canudo. 
• Vede as laterais do canudo no vasilhame.
• Meça, debaixo para cima, 8 cm e coloque o pedrisco nesse local.
• Logo acima do pedrisco, meça 5 cm e coloque a areia grossa. 
• Por	último,	coloque	50	cm	de	areia	fina.	
• Depois das camadas prontas, cubra o vasilhame com água suja. 
• Tampe	o	vasilhame	e	espere	a	água	filtrar.		
EXEMPLIFICANDO!
184 UNIUBE
Observe a Figura 2 a seguir:
Figura 2: Filtro caseiro.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
4.2.3 Decantação
A decantação é um processo de separação de misturas homogêneas 
(iguais), líquidos mais sólidos e líquidos imiscíveis (líquidos que não se 
misturam). 
Nessa técnica, a mistura é deixada em repouso e, após certo tempo, 
parte	do	material	sólido	ficará	depositado	no	fundo	do	recipiente	(Figura	
3)	ou	flutuará	na	água,	dependendo	da	sua	densidade.	
 UNIUBE 185
Figura 3: Decantação.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Por exemplo, se misturarmos água, areia e serragem, quando a mistura 
estiver em repouso, a areia, que é mais densa, irá para o fundo do 
recipiente	e	a	serragem,	por	ser	mais	leve,	flutuará	na	água.	
A técnica de decantação é utilizada nos reservatórios de água, na limpeza 
de	piscinas.	Entretanto,	nesses	casos,	utilizam-se	produtos	específicos,	
como sulfato de alumínio, para decantar as impurezas da água.
Ciclo hidrológico4.3
A	água	no	ambiente	não	fica	parada	no	mesmo	lugar,	ela	se	movimenta	
o tempo todo, basta observar o movimento da água no mar e nos rios e, 
como vimos anteriormente, ela muda de estado físico. 
186 UNIUBE
Observe a Figura 4 a seguir:
Figura 4: Ciclo da água no ambiente natural.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Vejamos como essas mudanças acontecem no planeta: a água no 
estado líquido que está no ambiente evapora e se transforma em gasosa, 
misturando-se no ar. O calor do Sol que chega até o mar, aos rios e 
aos lagos faz com que a água, que está no estado líquido, passe para 
o estado gasoso. Esse vapor de água movimenta-se e, ao alcançar as 
regiões frias da atmosfera, faz com que esse vapor se transforme em 
pequenas gotas de água no estado líquido ou em cristais de gelo, que 
formam as nuvens. 
Quando a temperatura é abaixo de 0º C, a água no estado líquido se 
transforma em água sólida, formando asgeleiras. Esse movimento da 
água e suas mudanças de estado físico é que possibilitam a circulação 
da água no planeta, o que chamamos de ciclo hidrológico (Figura 4).
 UNIUBE 187
Para possibilitar a construção deste conhecimento pelo aluno, orientamos 
que proponha, primeiramente, a atividade prática a seguir.
Geladinho de mousse de maracujá (Figura 5)
EXEMPLIFICANDO!
Figura 5: Geladinhos.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
• Ingredientes
1 e 1/2 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite
1 lata de suco de maracujá (a mesma do leite)
1/2 litro de leite
• Como fazer?
Coloque	todos	os	ingredientes	no	liquidificador	e	bata	por,	no	mínimo,	10	
minutos.	Quanto	mais	bater,	mais	cremoso	ele	ficará.
Despeje o líquido em saquinhos próprios para geladinho.
Leve-os ao freezer ou congelador.
Oportunize e medeie a discussão acerca do seguinte questionamento.
Qual era o estado dos ingredientes que foram usados na receita? Depois 
que	foram	levados	ao	freezer,	como	eles	ficaram?	
Com	esse	exemplo,	podemos	verificar	que	os	materiais	podem	mudar	de	
um estado físico para o outro.
188 UNIUBE
Quando colocamos líquidos no congelador, como no caso da receita do 
geladinho, ele passa do estado líquido para o estado sólido. 
O professor deve esclarecer que essa mudança de estado chamamos 
de solidificação. 
Quando o gelo derrete e volta para o estado líquido, temos nesse caso 
um processo de fusão. 
Nessas transformações,
Em ambas, a temperatura permanece constante 
enquanto está ocorrendo a mudança de fase. Essa 
temperatura constante é próxima de 0º C, tanto para a 
solidificação	como	para	a	fusão.	(TRIVELLATO	et al., 
2006, p. 75).
No caso do gelo, quando ele começa a derreter, a sua temperatura 
começa a subir, e isso acontece quando ele é retirado do congelador e 
colocado no ambiente natural. 
Ao iniciar a fusão, isto é, o gelo começar a derreter, até derreter 
completamente, a temperatura se manterá próxima a 0º C. Essa 
temperatura só começa a subir quando o gelo tiver derretido totalmente 
e voltar a ser água líquida.
Outro fenômeno a ser elucidado aos alunos é a evaporação. Para 
possibilitar a construção deste conhecimento pelo educando, orientamos 
que proponha, primeiramente, a atividade prática a seguir.
 UNIUBE 189
Observando a evaporação
• Materiais
Água
Álcool
Óleo
Três pires iguais
• Como fazer?
Distribuir a água, o álcool e o óleo, cada um em um pires diferente. 
Deve ser colocada a mesma quantidade de líquido em todos os pires, 
aproximadamente 10 ml. 
Deixar os pires expostos em local ao sol e com ventilação, de um dia para outro. 
No dia seguinte, observar o que aconteceu com os líquidos. 
Após o experimento, o professor deve mediar a discussão com os alunos, 
a partir dos seguintes questionamentos.
Os	líquidos	ficaram	da	mesma	forma	ou	houve	evaporação?	
Em	caso	afirmativo,	qual	evaporou	mais?	Por	quê?
EXEMPLIFICANDO!
Neste experimento, os alunos irão perceber que a evaporação não 
acontece na mesma intensidade em todos os líquidos. Há aqueles que 
evaporam mais facilmente e aqueles que demoram muito a evaporar. 
Esse fato comprova a volatilidade da água e de outros líquidos. Isto é, 
a	facilidade	que	os	líquidos	têm	de	evaporar	e	os	fatores	que	influenciam	
essa evaporação.
A água e os outros líquidos podem também passar do estado gasoso 
para o estado líquido.
190 UNIUBE
Para	iniciar	as	reflexões	acerca	do	tema	liquefação,	a	seguir,	orientamos	
a realização da seguinte atividade prática.
Abordando a liquefação
• Materiais
Saco plástico transparente ou garrafa pet vazia, com tampa e seca.
• Como fazer?
Colocar o saco plástico ou a garrafa pet tampada em um local ao sol.
Depois	de	algum	tempo,	verificar	o	que	ocorreu	com	eles.
Você e os alunos irão perceber que gotinhas de água foram formadas dentro 
da garrafa, que estava seca, e no saco plástico. 
EXEMPLIFICANDO!
Figura 6: Gotas de água no saco plástico.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
 UNIUBE 191
Esse fato se deu porque o ar, que estava dentro de cada recipiente, 
foi aquecido e a água, que estava no estado gasoso, voltou ao estado 
líquido. A esse processo damos o nome de Liquefação.
Consumo consciente da água4.4
Análogo aos experimentos e à construção de conhecimento realizados em 
relação ao tema água, é imprescindível que o professor desenvolva com 
os aprendizes a conscientização de seu uso social e suas repercussões.
No Brasil e em diversos países a produção e utilização da energia 
elétrica tem chamado a atenção. Sabemos que a falta de energia elétrica 
prejudica não apenas nossas casas, mas o prejuízo é grande inclusive 
para as indústrias e para o comércio. 
Segundo Trivellato (2012), pensar que a grande quantidade de água, 
na construção de barragens, favorece a produção de energia não está 
correto, isso traz problemas para o ambiente e para a população local. 
Dessa	forma,	temos	que	refletir,	com	urgência,	acerca	da	necessidade	
de controlar o consumo de energia elétrica.
O professor pode instigar a discussão, perguntando aos alunos sobre como 
podemos fazer o controle da energia sem desperdícios. Certamente, os 
alunos irão responder algumas das possibilidades a seguir: não deixando 
luzes acesas e a televisão ligada sem que ninguém esteja assistindo; não 
tomar banhos demorados; não abrir, a todo o momento, a geladeira. É 
importante	que	concluam	que,	se	cada	um	de	nós	fizer	a	sua	parte,	todos	
poderão aproveitar a energia elétrica por mais tempo.
EXEMPLIFICANDO!
192 UNIUBE
Vimos em nossos estudos as propriedades da água e a sua importância 
para	preservação	da	vida.	Vale	a	pena	refletir	com	os	alunos	que	a	água	
é	para	todos.	Isso	significa	que	devemos	cuidar	da	sua	preservação	para	
que possamos manter os reservatórios sempre abastecidos. 
A quantidade de água no planeta corresponde a dois terços de toda 
dimensão planetária. Essa quantidade corresponde aos rios, aos oceanos 
e às geleiras. Isso representa 1,35 milhões de quilômetros cúbicos.
Dessa quantidade, apenas uma proporção muito pequena é de água 
potável,	ou	seja,	disponível	para	o	consumo,	exemplificando,	o	que	
corresponde à quantidade de água potável em meio a toda quantidade de 
água no planeta é uma porcentagem muito pequena, é como se a água 
do planeta coubesse em um copo “americano” e a quantidade disponível 
para consumo preenchesse apenas uma colher de café!
A quantidade de água potável não é inesgotável, dessa forma, devemos 
ficar	atentos	e	evitar	desperdícios.	Muitos	estados	do	Brasil	têm	sofrido	
com a falta de água para o consumo e, para agravar a situação, a água 
que ainda resta está sendo contaminada pelas indústrias (TRIVELLATO 
et al, 2012). Observe a Figura 7:
Figura 7: Poluição da água.
Fonte: Freepik (2018a). 
 UNIUBE 193
Para	continuar	desenvolvendo	as	reflexões	acerca	do	uso	da	água,	
orientamos a realização da seguinte atividade prática.
Analisando o consumo mensal de água
• Material
Pedir aos alunos que tragam para a aula um boleto da conta de água de 
sua casa.
• Como fazer?
Com os alunos, fazer a análise do boleto da conta de água. Perguntar a eles:
• Vocês sabem a quantidade de água consumida na sua casa?
Proponha	que	verifiquem	em	sua	conta	de	água	quanto	foi	consumido	de	
água no mês anterior.
Pergunte:
• As contas de água apontam a quantidade de água consumida em m³ 
(metros cúbicos). Cada metro cúbico corresponde a mil litros. A quanto 
corresponde o consumo mensal em litros na sua casa?
• Quantas pessoas há em sua casa? Qual o consumo médio por pessoa, 
em litros?
• Quanto foi pago por litro de água consumido?
À medida que a atividade for sendo realizada, os alunos deverão registrar os 
dados no caderno e, em seguida, fazer análises sobre os dados coletados. 
EXEMPLIFICANDO!
Depois dessa atividade, o professor deve trabalhar a conscientização 
quanto ao desperdício e aos cuidados com a água.
194 UNIUBE
O professor pode, também, propor leituras e realizar a mediação das 
discussões em sala de aula. 
Sugerimos as seguintes obras, de SamuelMurgel Branco, da Editora 
Moderna:
• Iara e a Poluição das Águas
Neste livro, Iara, personagem folclórica, protetora dos rios juntamente com o 
Curupira, protetor das matas e dos animais, conta a história da poluição dos 
rios. O livro tem como objetivo mostrar que a poluição, além de prejudicar a 
natureza, é considerada crime ambiental.
• Água: origem, uso e preservação
Considerando a importância da água para os seres vivos e para toda a 
natureza, o livro traz um estudo sobre o seus ciclos e fenômenos. Por meio 
desse estudo, podemos compreeender a importância de se preservar esse 
recurso mineral. 
• Aventuras de uma gota d’água
O livro traz o diálogo entre um criança e uma gotinha de água do mar. Nesse 
diálogo, a gotinha relata para a criança todo o seu trajeto de vida, desde que 
nasceu de uma nuvem. A história é interessante porque mostra, de forma 
criativa, o ciclo da água na natureza.
EXEMPLIFICANDO!
Reciclagem4.5
Para iniciar as discussões acerca dessa temática, o professor pode, por 
exemplo, propor a atividade a seguir.
 UNIUBE 195
Em sala de aula, proponha aos alunos que elaborem questões sobre a 
história em quadrinhos a seguir (Figura 8).
EXEMPLIFICANDO!
Figura 8: Lixo no lixo.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Em seguida, cada aluno deverá entregar a sua questão a um colega para 
que ele responda oralmente ao que está sendo questionado. O professor 
deverá iniciar uma conversa informal, com os alunos, sobre as respostas 
dadas.
Faça de suas aulas um momento agradável. Não deixe elas “caírem”, 
apenas, na reprodução do conhecimento. Essa atividade trabalha com a 
leitura e a oralidade. Na história em quadrinhos, o contexto é facilmente 
entendido e as crianças adoram esse tipo de leitura!
196 UNIUBE
4.5.1 Coleta seletiva e recilclagem de materiais 
É importante esclarecer aos alunos que a coleta seletiva consiste 
no recolhimento de materiais que foram selecionados e separados 
do restante do lixo. Ela tem como objetivo encaminhar os materiais 
selecionados às usinas de reciclagem. Nessas usinas, o material passa 
por vários processos para poder ser reutilizado.
O	professor	pode	refletir	com	os	alunos	acerca	de	objetos	que	são	jogados	
no lixo e que são materiais recicláveis, por exemplo, papel, plástico, madeira 
e restos de construção. 
Pode interrogá-los sobre como a família deles descarta o lixo e mediar as 
discussões, levando-os a inferir sobre a forma adequada e a inadequada, 
mostrando a relevância da reciclagem.
EXEMPLIFICANDO!
Nessa perspectiva, o docente deve esclarecer que a reciclagem diminui 
a quantidade de resíduos que são encaminhados aos lixões e aterros 
sanitários e, também, contribui para a devastação da natureza, por meio 
da retirada de matéria-prima para fabricação de novos materiais.
A coleta seletiva pode ser realizada de diferentes formas, podendo, por 
exemplo, ser coletada na porta da nossa casa. Neste caso, somos nós 
que realizamos a seleção do lixo em sacos separados para cada tipo: 
vidro, papel, metal, plástico, baterias e orgânico. Esse lixo é recolhido e 
colocado em veículos especiais.
Outra forma de coleta seletiva são os Pontos de Entrega Voluntária – 
PEV’s, que consistem em pontos de entregas em diferentes locais na 
cidade. Neste caso, as pessoas vão até o ponto de entrega mais próximo 
e fazem o depósito do lixo em caixas apropriadas, como ilustra a Figura 9. 
 UNIUBE 197
Figura 9: Lixeiras coloridas de resíduos.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Geralmente, a empresa responsável pela coleta seletiva do lixo 
conscientiza a população para que ela faça a separação dos materiais 
que compõem o lixo em casa e depois deposite-os no lugar certo. Essa 
orientação	poderá	ser	feita	por	meio	de	panfletos	explicativos.	
 
Os materiais, após serem coletados e separados, são avaliados para 
depois serem encaminhados para as usinas de reciclagem. Uma vez na 
usina, os materiais dos produtos recicláveis passam por transformações 
para poderem ser aproveitados na fabricação de novos produtos.
Para	continuar	desenvolvendo	as	reflexões	acerca	dessa	temática,	
orientamos a realização da seguinte atividade prática.
198 UNIUBE
O professor pode propor aos alunos, em sala de aula, uma atividade de 
reciclagem de papel. Assim, depois do papel ter sido reciclado, os alunos 
poderão usar a criatividade e reutilizar esse material de diferentes formas.
Para saber como proceder, leia o texto “Receita de papel reciclado passo a 
passo” do site Revista e Artesanato, para isso, acesse:
http://www.revistaartesanato.com.br/receita-de-papel-reciclado-passo-a-
passo/
PESQUISANDO NA WEB
Os alunos, após participarem da atividade, poderão descrever como 
foi a sensação de realizar a experiência e a importância de reciclar o 
papel. O professor pode questioná-los sobre: “Qual a contribuição dessa 
reciclagem para a natureza?” e mediar as discussões.
Nutrição do organismo4.6
Todos os alimentos que comemos são muito importantes para o nosso 
organismo, poque eles possuem nutrientes que desempenham uma ou 
mais funções no organismo. Uma dessas funções é fornecer a energia 
de que necessitamos para o bom funcionamento do nosso corpo e para 
realizarmos as atividades do dia a dia, como trabalhar, andar, estudar etc.
Os principais nutrientes que encontramos nos alimentos são: 
carboidratos, proteínas, gorduras (lipídios) e sais minerais.Todos os 
alimentos industrializados trazem, em seu rótulo, as suas informações 
nuticionais, sendo assim, o professor poderá propor aos alunos a 
atividade da página seguinte.
 UNIUBE 199
Para iniciar o estudo, o professor deverá solicitar que os alunos tragam, para 
a próxima aula, rótulos de alimentos (bolachas, macarrão, sucos em pó, 
entre outros). No momento da aula, os alunos, sob orientação do professor, 
irão ler e anotar as informações contidas nesses rótulos, como as da bolacha 
fictícia	“Buono”	(Figura	10),	por	exemplo.
EXEMPLIFICANDO!
Figura 10: Nutrientes.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Depois, o docente pedirá para que comparem as informações entre os 
alimentos de uma mesma categoria, por exemplo, entre bolachas, entre 
macarrões,	entre	sucos	artificiais,	mostrando	a	diferença	de	quantidade	de	
cada nutriente (carboidratos, açúcares, proteínas etc.).
Depois das análises e anotações feitas pelos alunos, o professor irá 
aprofundar a explicação sobre a quantidade e importância dos nutrientes 
de cada alimento.
200 UNIUBE
4.6.1 As funções dos nutrientes no organismo
A seguir podemos ver alguns nutrientes importantes, sua função em 
nosso organismo e onde são encontrados.
• Carboidratos: principal fonte de energia para o organismo. São 
encontrados nos pães, cereais (arroz, milho, trigo, aveia) e nos 
tubérculos e raízes (mandioca, batata, inhame etc.).
• Proteínas: têm função construtora e ajudam no crescimento 
do corpo e na reposição de células e tecidos. São responsáveis 
pelo sistema imunológico e encontradas nas carnes, ovos, leite e 
derivados e em leguminosas como feijão, lentilha, grão de bico e 
soja.
• Gorduras ou lipídios: fornecem energia para o corpo e transportam 
as vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K). São encontradas na gordua 
animal, nas sementes como nozes, castanhas, amendoim etc. e em 
óleos vegetais.
• Vitaminas: ajudam na defesa de nosso organismo, protegendo-o 
contra doenças. São encontradas nas frutas, verduras, legumes, 
cereais integrais e farelos.
• Sais minerais: ajudam na formação dos ossos, dentes e 
células sanguíneas e no controle dos batimentos cardíacos. São 
encontradas nas frutas, verduras, legumes, ovos e leite.
4.6.2 Os alimentos
De acordo com a predominância de quantidade dos nutrientes que 
possuem,	os	alimentos	são	classificados	em	construtores, reguladores 
e energéticos. 
• Os alimentos construtores são ricos em proteínas. 
• Os alimentos reguladores são ricos em vitaminas e sais minerais. 
• Os alimentos energéticos são ricos em carboidratos e gorduras. 
 UNIUBE 201
Todos os alimentos que comemos são importantes e contribuempara 
que tenhamos uma vida saudável, assim, devemos fazer uma boa 
alimentação. Para isso ela deve ser balanceada, caso contrário, pode 
prejudicar a nossa saúde, como é o caso da obesidade, que consiste no 
acúmulo de gordura no organismo.
4.6.3 Hábitos alimentares 
Uma maneira de orientarmos uma alimentação saudável é sugerir uma 
alimentação baseada na pirâmide alimentar (Figura 11). Ela nos auxilia 
na escolha dos alimentos e na quantidade que devemos comer de cada 
um deles.
Figura 11: Pirâmide alimentar.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
202 UNIUBE
Os alimentos que devem ser consumidos em maior quantidade são os 
do Grupo 1, ricos em carboidratos e, em menor quantidade, os do Grupo 
5, ricos em açúcares e gorduras, pois o açúcar e a gordura, consumidos 
em grande quantidade, são prejudiciais à saúde, visto que alteram o 
colesterol e a glicose.
Mediante o exposto, na pirâmide alimentar, os alimentos são agrupados 
de acordo com os nutrientes que possuem em maior quantidade. Os 
alimentos que estão mais próximos da base da pirâmide alimentar devem 
ser ingeridos em maior quantidade e os que estão mais próximos do topo 
da pirâmide devem ser ingeridos em menor quantidade.
Para ilustrar esse estudo, o professor poderá construir com os alunos uma 
pírâmide alimentar, partindo dos alimentos que eles estão acostumados a 
ingerir. Nesse momento, é importante concientizar os alunos acerca da 
maneira correta de se alimentarem.
EXEMPLIFICANDO!
4.7 Integração entre os sistemas digestório, respiratório e 
circulatório
A estrutura do corpo humano é formada por células. As células são as 
menores estruturas do corpo e podem ser consideradas o primeiro nível 
de organização do nosso corpo. Além das células, o corpo humano é 
formado por tecidos, órgãos e sistemas como ilustra a Figura 12 a seguir.
 UNIUBE 203
Figura 12: Partes do corpo.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
4.7.1 Sistema digestório
Na sala de aula, o professor poderá antes de iniciar o estudo do sistema 
digestório investigar o que os alunos sabem sobre esse sistema. 
Roda de conversa
Proponha uma roda de conversa, utilizando os questionamentos a seguir.
Vocês sabem qual o nome do sistema do corpo humano responsável pela 
digestão dos alimentos?
Cite o nome de alguns órgãos que fazem parte desse sistema?
Que alimento comeu hoje?
Por que precisamos nos alimentar?
Espera-se que eles falem que os alimentos possuem substâncias que são 
muito importantes para o bom funcionamento do corpo. 
EXEMPLIFICANDO!
204 UNIUBE
Em seguida, depois de terminada a roda de conversa, apresente aos 
alunos a representação do sistema digestório. 
Para que os nutrientes possam ser absorvidos pelo organismo, o alimento 
precisa ser transformado em partículas. Esse processo é denominado 
digestão e é realizado pelo sistema digestório (Figura 13).
Figura 13: Sistema digestório.
Fonte: Freepik (2018b).
Fazem parte do sistema digestório: a boca, os dentes, a língua, as 
glândulas salivares, a faringe, o fígado, a vesícula biliar, o pâncreas, o 
estômago, o intestino delgado, o intestino grosso, o reto e o ânus.
A digestão inicia-se pela boca e nela, os alimentos são triturados pelos 
dentes e movidos pela língua. São misturados à saliva, produzida pelas 
glândulas salivares, formando o bolo alimentar.
Depois da mastigação, a língua empurra o bolo alimentar pela faringe. 
Da faringe, esse bolo alimentar é enviado para o esôfago por meio de 
movimentos dos músculos da faringe. O esôfago é um tubo que conduz o 
bolo alimentar até o estômago por meio de movimentos involuntários. Os 
movimentos são involuntários porque acontecem independentemente de 
 UNIUBE 205
nossa vontade, ou seja, quando o alimento é engolido, a sua condução 
até o estômago acontecerá de forma natural.
O bolo alimentar, quando chega ao estômago, é misturado ao suco 
gástrico produzido pelo estômago, formando uma pasta chamada quimo. 
Do estômago, o quimo vai para o intestino delgado e é misturado a outras 
substâncias digestivas. As paredes do intestino delgado absorvem as 
substâncias nutritivas, que serão levadas para as células do corpo por 
meio da corrente sanguínea.
O alimento que não é absorvido vai para o intestino grosso, que é a parte 
final	do	tubo	digestivo,	neste	órgão	ocorre	a	absorção	da	água	e	sais	
minerais. Nele, também são formadas as fezes, que serão eliminadas 
pelo organismo.
Vale ressaltar que essa temática é muito complexa para as crianças, por isso 
é importante que o professor lance mão de variados recursos didáticos que 
contribuam para a compreensão do aprendiz. Nessa perspectiva, o professor 
poderá usar vídeos sobre o sistema digestório, facilmente encontrados na 
Internet,	bem	como	entrevistas	com	profissionais	da	biologia	ou	da	saúde,	
imagens, etc.
PONTO-CHAVE
4.7.2 Sistema respiratório
Na sala de aula, o professor poderá antes de iniciar o estudo do sistema 
respiratório, investigar o que os alunos sabem sobre esse sistema.
O docente pode realizar uma roda de conversa, perguntando o seguinte: 
vocês sabem qual o nome do sistema do corpo humano responsável pela 
EXEMPLIFICANDO!
206 UNIUBE
respiração?
Cite o nome dos alguns órgãos que fazem parte desse sistema.
Que gás é essencial para a vida?
Que gás eliminamos no processo de respiração?
Qual a importância do ar para os seres humanos?
Espera-se que eles falem que a respiração é indispensável para a 
sobrevivência. 
Em seguida, depois de terminada a conversa, apresente aos alunos a 
representação do sistema respiratório. 
Por meio da respiração, o organismo absorve o oxigênio do ar. Nas 
células, o oxigênio, combinado com as substâncias nutritivas obtidas 
pela digestão, possibilita a liberação da energia ao organismo. Durante o 
processo de liberação de energia, as células produzem o gás carbônico, 
que é eliminado do organismo. O sistema respiratório auxilia no processo 
de respiração. Fazem parte do sistema respiratório: a cavidade nasal, a 
faringe, a laringe, a traqueia, o brônquio e os pulmões ( Figura 14).
Figura 14: Sistema respiratório completo.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
 UNIUBE 207
Na respiração, ocorrem trocas gasosas entre o organismo e o ambiente. 
Para que isso ocorra, são necessários dois processos: inspiração e 
expiração.
• A inspiração consiste na entrada de ar nos pulmões.
• A expiração é a saída do ar dos pulmões para o ambiente.
No processo de inspiração, o ar entra pela cavidade nasal e chega à 
faringe, que consiste em um tudo que vai levar o ar até a laringe. Da 
laringe, o ar passa pela traqueia.
A traqueia é o tubo que conduz o ar que se divide em dois canais 
chamados de brônquios.
Esses canais conduzem o ar até os pulmões, em que ocorrem as trocas 
gasosas. Nos pulmões, o sangue recebe o oxigênio do ar e transporta 
para as células do corpo. Da mesma forma que o sangue leva o oxigênio 
para o corpo, ele leva o gás carbônico para os pulmões para que seja 
eliminado do organismo por meio da expiração.
Para	continuar	desenvolvendo	as	reflexões	acerca	dessa	temática,	
orientamos a realização da seguinte atividade prática.
Construir um pulmão com garrafa pet.
Na sala de aula, o professor poderá construir, junto aos alunos, um pulmão 
caseiro e demonstrar como ocorre a entrada e saída de ar nos pulmões 
(Figura 15). 
EXEMPLIFICANDO!
208 UNIUBE
Figura 15: Pulmão com garrafa pet.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
O experimento proposto tem como objetivo demonstrar como são os 
movimentos realizados pelos pulmões, quando respiramos.
4.7.3 Sistema circulatório
Para iniciar as discussões acerca desse tema, o professor pode propor 
a leitura e a interpretação de histórias em quadrinho que contemplam a 
temática. 
Para isso, assista ao vídeo disponível em: 
http://www.manualdomundo.com.br/2014/12/como-fazer-um-pulmao-
artificial-caseiro/ 
 UNIUBE 209
Proponha a leitura da história em quadrinhos a seguir:
EXEMPLIFICANDO!
Figura 16: História em quadrinhos.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
O professor pode perguntar ao aluno se ele já vivenciouuma experiência 
semelhante à da criança da história, ou seja, se tirou sangue para fazer 
exames em algum laboratório. E em seguida, o professor pode suscitar os 
seguintes questionamentos, mediando as discussões.
• O que é sangue?
• Para que ele serve?
• Para que o coração e o pulmão servem?
210 UNIUBE
Essa atividade permitirá aos alunos levantarem hipóteses acerca do 
que é o sangue e qual a sua importância, tentando articulá-lo ao que 
entendem acerca dos órgãos. Assim, o professor poderá suscitar a 
curiosidade dos aprendizes e fazer um diagnóstico do que os alunos 
sabem para desenvolver suas intervenções em relação ao conteúdo, 
partindo do que já conhecem.
4.7.3.1 Os componentes do sistema circulatório
O sistema circulatório (Figura 17) é responsável por bombear e 
transportar o sangue por todo o corpo. Esse sangue transporta para todas 
as células do organismo as substâncias nutritivas absorvidas durante a 
digestão e o gás oxigênio absorvido pela respiração. 
Figura 17: Sistema circulatório. 
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
 UNIUBE 211
O professor pode sugerir aos alunos que segurem com a mão esquerda o 
pulso do lado direito (pode ser ao contrário) e indagar: “O que sentiram?”.
Vocês devem ter sentido a sua pulsação, isso mostra a velocidade com que 
seu coração está batendo.
O coração é o principal órgão do sistema circulatório. É ele que bombeia 
o sangue que percorre pelos vasos sanguíneos do corpo, por isso vocês 
conseguiram sentir a velocidade das batidas do coração.
EXEMPLIFICANDO!
• O sangue
O sangue possui outras funções além de transportar as substâncias por 
todo o corpo. Ele o protege dos agentes nocivos. São componentes do 
sangue: os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas 
(Figura 18).
Figura 18: Seção de vasos sanguíneos.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
212 UNIUBE
Os glóbulos vermelhos, também, chamados de hemácias, são células 
sanguíneas responsáveis pelo transporte do oxigênio e gás carbônico 
por todo o corpo.
Os glóbulos brancos ou leucócitos também são células sanguíneas. 
Elas protegem o corpo contra vírus, bactérias e outros corpos estranhos.
As plaquetas são pequenos fragmentos celulares que auxiliam na 
coagulação do sangue, evitando o sangramento.
Você já deve ter ouvido falar do plasma. O plasma é um líquido amarelado 
que constitui aproximadamente a metade do sangue do corpo humano. 
Nele há substâncias como água, proteínas, nutrientes e hormônios
• O coração
O coração, como já vimos, é o órgão que bombeia o sangue para todo o 
corpo. Ele localiza-se entre os pulmões e é protegido pela caixa torácica, 
formada pelas costelas.
• Os vasos sanguíneos
Os vasos sanguíneos são tubos pelos quais o sangue percorre por 
todas as partes do corpo. Esses vasos podem ser de três tipos: 
• Artérias: transportam o sangue por todo o corpo. O sangue que 
circula nas artérias é chamado de sangue arterial. Ele é rico em 
oxigênio.
• Veias: trazem o sangue do corpo para o coração. O sangue 
transportado pelas veias é chamado de sangue venoso. Ele é pobre 
em oxigênio. 
• Capilares:	são	vasos	sanguíneos	finos.	São	os	capilares	que	
permitem a troca de substâncias entre o sangue e as células.
 UNIUBE 213
Agora que os alunos estudaram acerca do sistema circulatório, o professor 
poderá pedir que escrevam uma história em quadrinhos acerca do que eles 
sabem sobre esse sistema. Em seguida, as histórias deverão ser lidas para a 
sala. Os alunos deverão anotar os pontos comuns de todas as histórias lidas. 
Depois, o docente deve comentar sobre essas coincidências e os pontos 
relevantes em cada história. 
EXEMPLIFICANDO!
Considerações finais4.8
Neste capítulo, estudamos conceitos propostos pela Base Nacional 
Comum Curricular – BNCC, que deverão ser trabalhados no quinto 
ano do Ensino Fundamental. A questão central deste estudo está 
na sistematização didática que visa aliar as atividades práticas aos 
conteúdos,	com	vistas	a	 levar	o	aluno	a	 refletir	 sobre	as	 relações	
existentes entre os fenômenos que ocorrem no planeta e a organização 
e integração entre os sistemas circulatório, respiratório e digestório no 
organismo humano. 
As sugestões metodológicas que foram indicadas estão de acordo 
com a compreensão das propostas atuais que partem da vivência, do 
experimento para a construção de novos conhecimentos. Em outras 
palavras, ao se tratar do trabalho em sala de aula, entendemos que a 
aprendizagem é algo que não se transmite e que só pode ser construída 
mediante a participação central do aluno. Dessa forma, procuramos criar 
situações que o professor possa utilizar para dinamizar suas aulas. 
A orientação metodológica que dá suporte ao raciocínio é de que, 
quando	se	ensina	um	conhecimento	científico,	é	preciso	possibilitar	
214 UNIUBE
ao aluno percebê-lo como início de um processo que o levará a 
adquirir conhecimentos mais amplos. Este conhecimento não pode ser 
fragmentado e apenas decorrente das propostas curriculares. 
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humano. São Paulo: Scipione, 2004.
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Anotações
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Anotações
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