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Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 1 O processo de transição demográfica está intimamente elencado com a queda da taxa de mortalidade (principalmente da mortalidade infantil), queda da taxa de fecundidade e natalidade, e um progressivo aumento da proporção de idosos (↓ mortalidade) favorecem o aumento de doenças crônico-degenerativas. Avaliar somente a ↓ taxa de mortalidade não permite concluir que a população envelheceu. Com o aumento da longevidade passou a se debater mais sobre a promoção de saúde, a qual engloba áreas muito abrangentes, para além da medicina. A morte é inerente ao ser humano, mas a ideia de promoção de saúde é de justamente aumentar a qualidade de vida, no aspecto mais amplo da ideia, até que onde o corpo humano permitir. → saúde física e mental, alimentação, atividade física, laser, educação, moradia, etc. De acordo com Perez (2005), ao final do século XIX e princípios do XX, partindo dos interesses por aprofundar nas tendências da população, sobretudo na procura de uma explicação na diminuição dos níveis de fecundidade em muitos países da Europa Ocidental, tinha lugar o surgimento que se denomina a “Teoria da Transição Demográfica”. O marco que determinou o início da transição demográfica que vivemos até hoje foi a Revolução Industrial → êxodo urbano; falta de saneamento; mulher no mercado de trabalho → ↓ fecundidade e natalidade ↑ aglomeração ↑ epidemias e pandemias EPIDEMIOLOGIA Transição Epidemiológica Es ti m at iv a d o c re sc im en to h is tó ri co d a p o p u la çã o m u n d ia l, em d if er en te s p er ío d o s h is tó ri co s e m o d o s d e p ro d u çã o ( 1 d .C . a 2 0 5 0 ) Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 2 Outra característica da transição demográfica é que, hoje em dia, se trabalha mais com os indicadores de morbidade e de qualidade de vida, pois ter apenas o dado da mortalidade é algo não muito “concreto”, tem-se a necessidade de trabalhar com outros dados concomitantemente. → Exemplo: É importante saber de que decorre as mortalidades, morrer por covid é diferente de morrer por suicídio ou feminicídio – são dados importantes para se avaliar qualidade de vida, gestão de saúde e planejamento de políticas públicas. Na fase 4 a tendência é que a população praticamente zere sua taxa de natalidade, por isso, os governos desses países precisam estar atentos para estimular previamente o aumento da taxa de fecundidade nesse país, a fim de que se mantenham com um número bom de população economicamente ativa (PEA). Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 3 Mortalidade infantil (BR) X Esperança de vida ao nascer (BR) Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 4 ❖ Transição epidemiológica Laurentti (1990) define como transição epidemiológica o processo de mudança na incidência ou na prevalência de doenças, bem como nas principais causas de morte ao longo do tempo. Segundo Miguel (2007), a transição epidemiológica refere-se às modificações, em longo prazo, dos padrões de morbidade, invalidez e morte que caracterizam uma população específica e que, em geral, ocorrem em conjunto com outras transformações demográficas, sociais e econômicas. Principais mudanças básicas de uma transição epidemiológica → com o Brasil isso é um pouco diferente • Substituição de doenças transmissíveis por doenças não-transmissíveis e causas externas o Principalmente na população mais jovem • Deslocamento da carga de morbimortalidade dos grupos mais jovens para os grupos mais idosos • Predominância da morbidade (o adoecer, doenças crônicas e degenerativas) Existem 5 estágios que perpassam a transição epidemiológica, porém no Brasil essa transição não é retilínea/unilateral, em momentos o Brasil tem características de estágio 3, em outros momentos no estágio 1. Isso ocorre pois no Brasil tem-se uma tripla carga de doenças (presença concomitante das doenças infecciosas e carenciais, das causas externas e das doenças crônicas) e há várias agendas não concluídas, o que demanda tempo e dinheiro para investimento. ↑ qualidade de vida Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 5 metabólicas Transição nutricional
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