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1 - Petição - D Civil - Temática 1 - Seção 1 - Versão 2

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DE JUSTIÇA DA COMARCA DE LONDRINA DO ESTADO DO PARANÁ
JOÃO, brasileiro, em união estável, profissão ---, portador da cédula de identidade RG nº -, inscrito no CPF nº -, e-mail: ---, residente e domiciliado à Rua das Bromélias, nº 100, CEP ---, por intermédio de seu advogado (procuração anexa), vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 1.242 do Código Civil, propor à seguinte
AÇÃO DE USUCAPIÃO RURAL
Em face de JULIÃO, nacionalidade -, casado, profissão ---, portador da cédula de identidade RG nº -, inscrito no CPF nº -, e-mail: --- e cônjuge RUTH, nacionalidade -, casada, profissão ---, portadora da cédula de identidade RG nº -, inscrita no CPF nº -, e-mail: --- residentes e domiciliados na Rua /Estado, nº -, CEP ---, expondo e requerendo o seguinte: 
I - DOs FATOs
O autor convivente em união estável homoafetiva, tomou posse, juntamente com o seu companheiro, Marcos, de um pequeno imóvel rural, de apenas 35 hectares, localizado na Rua das Bromélias, nº 100, na cidade de Londrina/PR, de propriedade de Julião e esposa Ruth.
João e Marcos, de forma mansa e pacífica, permaneceram no terreno pelos últimos 9 anos. Com o passar do tempo, o casal, que não possuía nenhum outro imóvel, construiu uma casa no referido terreno e passou a tirar da terra o sustento da família, nunca tendo aparecido qualquer pessoa para reclamar a propriedade do referido imóvel. Até mesmo os carnês de IPTU, deixados na propriedade pela prefeitura, foram pagos pelo autor, desde o início da posse.
II - DO DIREITO
A ação tem como natureza a declaração de direito estabelecido pelo magistrado, que é o que requer nesse momento, a declaração de direito de posse e propriedade, senão vejamos:
nos termos do artigo 1.239 do Código Civil, aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
No caso hora apurado, o requerente João com seu companheiro permaneceram no terreno por mais de 5 anos ininterruptos, em área de terra rural de 35 hectares do qual se tornaram possuidores. Enquanto seu período que compreende entre XX de X do ano de XXXX a XX de X do ano de XXXX (X anos, X meses e X dias), o autor exerceu posse mansa e pacifica, além de ininterrupta sob o referido imóvel, zelando e cuidando do mesmo, com “animus” de proprietário onde passou a tirar da terra o sustento da família. Requisitos legais para presente ação.
Dessa forma, culto magistrado, a declaração de direito de posse e propriedade é perfeitamente cabível com base no artigo 1.239 do Código Civil, pois se trata da usucapião ordinária na forma originária de aquisição da propriedade, pois inexiste a transmissão da propriedade do antigo proprietário para o usucapiente, onde apenas se obteve o registro em nome do antigo proprietário e a planta do respectivo imóvel, nos termos do artigo 942 da Lei 8.951/94 (documentos em anexo).
III - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência que a presente ação seja julgada PROCEDENTE, concedendo ao requerente o domínio útil do imóvel em questão, declarando por sentença a posse e o domínio do imóvel, bem como:
1. que sejam citados a qualquer momento os antigos possuidores do imóvel a ser usucapido a fim de esclarecer eventuais questões que se originem no decurso processual;
2. que sejam citados todos os confinantes, por oficial de justiça, nos termos do artigo 246, § 3º do Código de Processo Civil, para querendo, contestem a presente ação, oferecendo a resposta que tiverem no prazo legal a ser fixado pelo juízo, sob pena de não o fazendo, presumirem-se aceitos como verdadeiros os fatos alegados na peça exordial, conforme estabelece o artigo 218 § 1º do Código de Processo Civil;
3. que, nos termos do artigo 943, da Lei 8.951/94, sejam intimados, por via postal, os representantes da Fazenda Pública da União, Estados, Distrito Federal e Municípios para que manifestem eventuais interesses na causa;
4. a citação dos réus certos e incertos e terceiros interessados, por Edital nas normas do artigo 239 do Código de Processo Civil, para querendo, contestarem a presente ação, oferecendo a resposta que tiverem no prazo legal de 15 dias, sob pena de não o fazendo, presumirem-se aceitos como verdadeiros os fatos alegados nesta peça introdutória;
5. a intimação do Ministério Público, cuja manifestação se faz obrigatória no presente feito, conforme manda o artigo 178 inciso I do Código de Processo Civil;
6. que a sentença seja transcrita no registro de imóveis, mediante mandado, por constituir esta, título hábil para o respectivo registro junto ao Cartório de Registro de Imóveis, de acordo com o artigo 1.241, parágrafo único do Código Civil.
IV - DAS PROVAS
Pretende o requerente provar suas argumentações fáticas, por toda e qualquer forma de prova permitida legalmente, dando ênfase à forma documental, apresentando, desde já, os documentos acostados à peça exordial, protestando pela produção das demais provas que eventualmente se fizerem necessárias no curso do processo.
V - DO VALOR DA CAUSA
Atribui-se à causa o valor de R$ (Valor do bem)
Nestes termos, 
Pede deferimento.
Londrina/PR, data ---
Fellipe Antunes Campalle
OAB/ --- Nº ---

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