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Caso I – Mera Fatalidade??? Amanda Seixas Santana – T4 Iatrogenia Iatrogenia, Iatrogenose, Iatrogênese Do grego: • Iatro: médico, remédio, medicina; • Geno: gerar, produzir; • Ia: qualidade, moléstia. Definição: dano causado pelo médico e/ou sua equipe, cuja medida, certa ou errada, justificada ou não, resulte em consequencias prejudiciais para a saúde do paciente. Médico: ainda que disponha dos melhores recursos tecnológicos diagnósticos e terapêuticos, é passível de cometer iatrogenias. Michael Balint: todo médico é, em graus variáveis, iatrogênico. Lidar com riscos = sujeito a cometer iatrogenias. Iatropatogenia: termo que enfatiza a noção maléfica do ato médico. Abrange danos: • Materiais: medicamentos, cirurgias, mutilações; • Psicológicos: comportamento, atitudes, palavras. Envolvidos: médico e sua equipe (enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, nutricionistas e demais profissionais). Idosos: 2 X + afetados. Artigo 31/1988, veda ao médico • Deixar de assumir responsabilidade sobre procedimento médico que indicou ou participou, mesmo quando vários médicos tenham assistido o paciente. Artigo 32/1988, veda ao médico • Isentar-se de responsabilidade de qualquer ato profissional que tenha praticado ou indicado, ainda que esse tenha sido solicitado ou consentido pelo paciente ou seu responsável. Artigo 34/1988, veda ao médico • Atribuir seus insucessos a terceiros e circunstâncias ocasionais, exceto nos casos em que isso possa ser devidamente comprovado. Iatrogenia Síndrome não punível, caracterizada por dano inculpável, no corpo ou saúde do paciente, consequente de uma aplicação terapêutica, isenta de responsabilidade profissional. Manifestações decorrentes do emprego de medicamentos, atos cirúrgicos ou quaisquer processos de tratamento feitos pelo médico. Ex: amputação de MMII para que se evite o alastramento de uma infecção. Lesão necessária proveniente de ato médico. Ocorrência de dano previsível e necessário, que tem como pressuposto a vontade do médico dirigida a um determinado resultado, o qual só poderá ser alcançado através do procedimento técnico recomendado. Especialidades Médicas que Mais Apresentam Processos Médicos G.O. 23,2% Cirurgia Geral 8,8% Anestesia 6,9% Ortopedia 6,3% Clínica Médica 5% Outras 16,4% Dados remotos. Dados atuais (2020). Erro Médico (Imperícia, Negligência e Imprudência) CRM e CFM Responsabilidade Profissional Culpa • Erro médico: dano provocado no paciente pela ação ou inação do médico, no exercício da profissão, e sem a intenção de cometê-lo. • 3 tipos: imprudência, imperícia e negligência, 1 deles já caracteriza culpa. Dolo • Conduta intencional de causar dano. Objetiva • Conduta do agente não é verificada. • Dever de reparar é obrigatório, independentemente de o causador do dano ter agido com culpa ou dolo. Subjetiva • Exige a caracterização da culpa ou dolo para configuração do dever de reparação. Erro Médico Imperícia Falta ou deficiência de conhecimentos técnicos e despreparo prático para exercer determinada atividade. Avaliar: progressos científicos que sejam de domínio público. Profissional: deve ter conhecimento para a utilização da técnica indicada para cada tipo de procedimento ou doença. Imprudência Imprevisão: do agente em relação às consequências do seu ato ou ação. Médico: tem atitudes, não precipitadas, sem ter cautela, sendo resultado da não racionalização. Possui: perfeito conhecimento do risco, e ignorando a ciência médica, toma a decisão de agir mesmo assim. Negligência Falta: de cuidado ou precaução com que se executam certos atos. Caracterizada: pela inércia, indolência, falta de ação e passividade. Ato omissivo: oposto da diligência que seria agir com cautela, cuidado e atenção, evitando quaisquer distorções e falhas. Toda e qualquer falha ocorrida durante a prestação da assistência à saúde que tenha causado algum tipo de dano ao paciente. Ainda que a causa tenha sido a falha de um determinado aparelho na realização de um exame, indisponibilidade de um leito em UTI ou erro de outros profissionais da saúde. Acidente Imprevisível Resultado lesivo, advindo de caso fortuito ou força maior, incapaz de ser previsto ou evitado, qualquer que seja o autor em idênticas circunstâncias. Resultado Incontrolável Situação incontornável, curso inexorável, próprio da evolução do caso, quando, até o momento da ocorrência, a ciência e competência profissional não dispõem de solução. Código de Ética Médica • Normatiza a responsabilidade ético-disciplinar, zelando pelo cumprimento irrestrito da boa prática médica. Conselhos Regionais de Medicina • Responsabilidade pela fiscalização do exercício da profissão. Médico • Deve agir sempre para não produzir ou produzir o < dano possível ao seu paciente. • Cabe, obedecer ao princípio da não maleficência, ou seja, de não causar mal ou dano ao seu paciente. • Cabe trabalhar para elevar e dignificar a vida humana, acima de tudo respeitando os valores éticos, morais, religiosos e costumes e princípios fundamentais da humanidade, bem como o direito indisponível do homem - a vida como um bem maior. Medicina • Não é uma ciência exata, nem tampouco uma atividade fim, mas sim de meio e, por isso, imprevistos ocorrem e critérios de imprevisibilidade, que cada tratamento ou procedimento tem, deverão ser ponderados, objetivando evitar erros inerentes à própria resposta do ser humano. Responsabilidade • Civil: dano causado a alguém; • Penal: cometer crime contra alguém. Processo de Erro Médico na Justiça Comum Responsabilidade Civil Má prática médica: pode causar danos ao paciente e gerar ao médico o dever de indenizá-lo. Responsabilidade civil do médico ➡ recompor de alguma forma os danos sofridos pelo paciente. Pacientes: poderão experimentar danos materiais, morais ou estéticos. • Perda patrimonial. • Danos emergentes: efetiva perda de patrimônio. • Danos pelos lucros cessantes: o que a vítima deixou de ganhar em função do evento danoso. • Ex: pensão devido à perda da capacidade de trabalhar da vítima (total ou parcial) ou pensão por morte aos familiares. • Valores: calculados de acordo com o ganho da pessoa prejudicada ou morta, levando em conta, nesse último caso, o percentual destinado à ajuda dos familiares. Dano Material • Dor ou sofrimento à vítima. • Valores: calculados de acordo com alguns critérios como a intensidade do sofrimento infligido à vítima, circunstâncias do ato lesivo, necessidade de desestimular a reincidência do ato lesivo e capacidade econômica do ofensor e ofendido. Dano Moral • Lesão à forma física ou à aparência do paciente. • Valores: reparação tem finalidade compensatória, e não propriamente de ressarcir o prejuízo amargado pela vítima. Dano Estético Também Poderão ser Responsabilizados • Hospitais, clínicas, laboratórios, operadoras de planos de saúde e Estado. Dever de Indenizar • Para que se configure é preciso que o profissional tenha agido com a intenção de causar o dano (dolo) ou que, mesmo sem intenção, o profissional tenha causado dano ao paciente por sua atuação imprudente, negligente ou imperito (artigo 14, parágrafo 4, Código de Defesa do Consumidor e artigo 951 do Código Civil). • Mais comum: conduta sem intenção de causar dano (culposa). • 1. Existência de dano; • 2. Demonstração da conduta culposa e/ou dolosa do profissional; • 3. Existência de nexo de causalidade entre a conduta do médico e dano sofrido. Para o médico seja responsabilizado é preciso que se demonstre: • 1. Dano causado ao paciente; • 2. Relação de causalidade entre a conduta médica e dano do paciente. • Esses entes são responsáveis pelos atos daqueles que atuam em seu nome, independentemente de terem eles atuado ou não com culpa. Dever de reparar dos hospitais, clínicas, laboratórios, operadoras de planos de saúde e entesestatais (União, Estados e Municípios) existe independentemente da intenção de causar lesão, bastando demonstrar: Responsabilidade Penal Conduta médica: caracterizada como crime. Pena: imposição de multa até privação da liberdade. Esfera penal: apenas o médico pode ser responsabilizado. Conduta criminosa: depende do agir com vontade, só pessoas físicas podem ser autoras de crime. Crime doloso: “quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo” (Código Penal, artigo 18, inciso I). Crime culposo: “resultado por imprudência, negligência ou imperícia” (Código Penal, artigo 18, II). Má prática médica: pode causar lesão à saúde, integridade física ou morte. Conduta médica: poderá ser tipificada como crime de homicídio ou como crime de lesão corporal. Perícia: meio probatório pelo qual se procurar obter conhecimentos técnico-científicos ou provas. Perícias médico-legais: todos os exames elaborados por médicos (clínicos, laboratoriais ou necroscópicos) e que são destinados ao uso judicial. Perícias: exames elaborados por profissionais de outras áreas, destinados ao uso como meio de prova em juízo. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. Delitos que deixam vestígios ➡ necessariamente deverá existir exame pericial, sob pena de nulidade processual. Exame: • Perícia direta (ECDD): exame na própria vítima; • Perícia indireta (ECDI): exame realizado por fichas hospitalares ou outros documentos. Atuação e Condutas do Médico – Código de Ética Médica Publicidade Médica (Manual de Publicidade Médica) Participação do médico: na divulgação de assuntos médicos, em qualquer meio de comunicação de massa, deve se pautar pelo caráter exclusivo de esclarecimento e educação da sociedade, não cabendo agir de forma a estimular o sensacionalismo, autopromoção ou promoção de outros, sempre assegurando a divulgação de conteúdo cientificamente comprovado, válido, pertinente e de interesse público. Vedado ao Médico: • Divulgar endereço e telefone; • Realizar divulgação publicitária para individualizar e priorizar sua atuação ou instituição onde atua ou tem interesse pessoal; • Anunciar, quando não especialista, que trata de sistemas orgânicos, órgãos ou doenças específicas com indução à confusão com divulgação de especialidade; • Garantir, prometer ou insinuar bons resultados de tratamento sem comprovação científica; • Divulgar anúncios profissionais, institucionais ou empresariais de qualquer ordem, em qualquer meio de comunicação nos quais, se o nome do médico for citado, não esteja presente o número de inscrição no CRM; • Consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa ou a distância (diferente atualmente); • Expor a figura de paciente como forma de divulgar técnica, método ou resultado de tratamento; • Realizar e/ou participar de demonstrações técnicas de procedimentos, tratamentos e equipamentos de forma a valorizar domínio do seu uso ou estimular a procura por determinado serviço, em qualquer meio de divulgação; • Ofertar serviços por meio de consórcios ou similares, bem como de formas de pagamento ou de uso de cartões/cupons de desconto. Anúncios veiculados: devem ter dados de identificação do médico ou diretor técnico com o mesmo impacto visual que as demais informações, em retângulo de fundo branco, emoldurado por filete interno, em letras de cor preta ou que permita contraste adequado à leitura. Segurança do Paciente – Local da Cirurgia (SBCP) Clínica particular: para realizar cirurgias é preciso ter adequado isolamento ambiental, não possuindo falhas, frestas ou comportamento que possibilite a entrada de vetores e sujidades. Recomenda: que o mesmo seja longe da entrada do hospital e abrigo central de resíduos, sem janelas abertas, com entrada individualizada de profissionais e saída independente de lixo e materiais a serem esterilizados. Estrutura mínima exigida pela vigilância sanitária: • Recepção; • Vestiário de barreira; • Estar médico com copa; • Posto de enfermagem; • Farmácia local; • Arsenal de materiais cirúrgicos; • Área de Resíduos; • Entrada de pacientes; • Lavabo para escovação; • Sala de Cirurgia; • Sala de Recuperação pós-anestésica (RPA). Ato Anestésico – SBA Não é atribuição exclusiva do médico especialista em anestesiologia. Todo médico, regularmente inscrito junto ao Conselho Regional de Medicina, está apto para o exercício da profissão. Prescrição por WhatsApp Código de Ética Médica, Artigo 37: Proibido ao médico, prescrever tratamento ou outros procedimentos sem exame direto do paciente, salvo em casos de urgência ou emergência, devendo, nesse caso, fazê-lo imediatamente após cessar o impedimento. Alta – CREMESP Todo paciente hospitalizado deve ter seu médico assistente responsável, desde a internação até a alta. Função da enfermaria: fazer a ligação entre o paciente e outros prestadores de cuidados de saúde na comunidade. Boa Prática Médica – Código de Ética Médica Conforme o Código de Ética Médica Atitudes Tomadas pelo Médico Foram Inadequadas Anúncio • Item vedados pelo CFM. Ambiente Cirúrgico • Não estava adequado as normas exigidas pela ANVISA; Anestesia • Realizada por ele próprio, é algo que legalmente pode ser realizado, mas não naquela ocasião. • Avaliação inicial: não foi feita de maneira correta. • Médico: não teve boa prática no procedimento (exames necessários não foram solicitados e possíveis risco não foram avaliado). Termo de Consentimento Livre e Esclarecido • Deveria ter sido lido com atenção pela paciente e cabe ao médico e sua equipe explicar com detalhes os procedimentos e possíveis complicações. Alta • Médico: não examinou a paciente. Consentimento Livre e Esclarecido Art. 46 – Vedado ao médico: “Efetuar qualquer procedimento médico sem o esclarecimento e consentimento prévios do paciente ou de seu representante legal, salvo em iminente perigo de vida”. Art. 59 – Vedado ao médico: “Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, prognóstico, riscos e objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta ao mesmo possa provocar-lhe dano, devendo, nesse caso, a comunicação ser feita ao seu representante legal”. Consentimento Informado (CI): autorização do paciente obtida pelo profissional para a realização de procedimento médico de indiscutível necessidade. Resolução CFM nº 10/96: “Médico: deve esclarecer o paciente sobre as práticas diagnósticas e terapêuticas, conforme preceitua o Código de Ética Médica, não sendo considerada obrigatória a fixação do termo escrito, mas admite que tal consentimento possa ser registrado pelo médico no prontuário”. Critérios para Obtenção do Consentimento Livre e Esclarecido Elementos Iniciais Condições prévias que tornam possível o consentimento livre e esclarecido. Liberdade do paciente para adotar uma decisão. Elementos Informativos Exposição da informação material, com a explicação da situação, recomendações, indicações diagnósticas e terapêuticas. Inclui: diagnóstico, natureza e objetivos da intervenção, alternativas, riscos, benefícios, recomendações e duração. Compreensão da Informação Só ocorre se os 2 1ºs estiverem consolidados. Ato do consentimento: compreende a decisão a favor, ou contra. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Deve Conter Justificativa, objetivos e descrição sucinta, clara e objetiva, em linguagem acessível, do procedimento recomendado ao paciente; Duração e descrição dos possíveis desconfortos no curso do procedimento; Benefícios, riscos, métodos alternativos e eventuais consequências da não realização do procedimento; Cuidados que o paciente deve adotar após o procedimento; Declaração do paciente de que está devidamente informado e esclarecido acerca do procedimento, com sua assinatura; Declaração de que o paciente é livre paranão consentir com o procedimento, sem qualquer penalização ou sem prejuízo a seu cuidado; Declaração do médico de que explicou, de forma clara, todo o procedimento; Nome completo do paciente e médico, quando couber, de membros de sua equipe, seu endereço e contato telefônico, para que possa ser facilmente localizado pelo paciente; Assinatura ou identificação por impressão datiloscópica do paciente ou de seu representante legal e assinatura do médico; 2 vias, ficando uma com o paciente e outra arquivada no prontuário médico. Medicina Estética na Qualidade de Vida Práticas e sentidos relativos ao corpo ➡ ganham espaço e permitem a aproximação de valores sociais e éticos relativos ao corpo, estética e saúde. Movimentos: visam modelar o corpo, adequando-o às normas sociais (culto ao corpo, fitness, cirurgias estéticas, prática de esportes radicais, modelagem do corpo). “Saúde” = cuidar da forma, peso, aparência (pele, rugas, cabelos brancos), alimentação, dieta, calorias, manutenção da beleza e juventude. Preocupação com a estética ➡ passa a ser não apenas uma forma de manter a aparência ou a saúde, mas também: • Forma de distinção social; • Garantia da manutenção do seu lugar no mercado de trabalho; • Forma de conquistar a mobilidade social. Estetização: da saúde e vida cotidiana ➡ crescimento de diversas atividades comerciais ligadas às indústrias da estética e cosmética. Demanda crescente: serviços, medicamentos, equipamentos, profissionais (qualificados ou não), financiamentos, seguros, atividades físicas (esportivas ou recreativas), publicidade, revistas, spas e hotéis especializados em tratamento estético. Exigências da vida contemporânea ➡ insatisfação crescente com relação ao corpo. Medicamentos: regulam o humor e química corporal, fazendo do corpo um campo de testes de produtos químicos. Mesmo sem estar doente ➡ tomam remédios para: • Dormir, ficar acordados, em forma, enérgico; • Melhorar: memória, rendimento, performance sexual; • Suprimir: estresse, ansiedade, depressão; • Aumentar: capacidade muscular; • Controlar: fome, tristeza ou alegria. Corpo: com sua configuração atual, não corresponde às expectativas e exigências da vida, tornando-se necessário o uso destas próteses químicas para torná-lo uma máquina confiável. Propaganda (Marketing) no Exercício da Medicina • Art. 111 – Participação na divulgação de assuntos médicos, em qualquer meio de comunicação, sem caráter exclusivamente de esclarecimento e educação da sociedade. • Art. 112 – Divulgar informação sobre assunto médico de forma sensacionalista, promocional ou de conteúdo inverídico. Vedado ao Médico • Estabelece critérios de controle sobre a informação a ser dada pelos médicos quando da divulgação do tratamento de órgãos ou sistemas, ou ainda doenças específicas. Lei 4.113/42 • 1. Nome do profissional; • 2. Especialidade e/ou área de atuação; • 3. Número da inscrição no CRM; • 4. Número de registro de qualificação de especialista (RQE). Anúncios médicos deverão conter, obrigatoriamente: Vedado ao Médico Anunciar, quando não especialista, que trata de sistemas orgânicos, órgãos ou doenças específicas, por induzir a confusão com divulgação de especialidade; Anunciar aparelhagem de forma a lhe atribuir capacidade privilegiada; Participar de anúncios de empresas ou produtos ligados à medicina; Permitir que seu nome seja incluído em propaganda enganosa de qualquer natureza; Permitir que seu nome circule em qualquer mídia, inclusive na internet, em matérias desprovidas de rigor científico; Fazer propaganda de método ou técnica não aceito pela comunidade científica; Expor a figura de seu paciente, ainda que com autorização expressa do mesmo; Anunciar a utilização de técnicas exclusivas; Oferecer seus serviços por meio de consórcio e similares; Oferecer consultoria a pacientes e familiares como substituição da consulta médica presencial; Garantir, prometer ou insinuar bons resultados do tratamento; Anúncio de pós-graduação realizada para a capacitação pedagógica, exceto quando estiver relacionado à especialidade e área de atuação CRM. Médico: pode, utilizando qualquer meio de divulgação leiga, prestar informações, dar entrevistas e publicar artigos versando sobre assuntos médicos de fins estritamente educativos. Autopromoção: utilização de entrevistas, informações ao público e publicações de artigos com forma ou intenção de: • Angariar clientela; • Fazer concorrência desleal; • Pleitear exclusividade de métodos diagnósticos e terapêuticos; • Auferir lucros de qualquer espécie; • Permitir a divulgação de endereço e telefone de consultório, clínica ou serviço. Trabalhos e eventos científicos ➡ em que a exposição de figura de paciente for imprescindível, o médico deverá obter prévia autorização expressa do mesmo ou de seu representante legal. Proibições Gerais Usar expressões como “o melhor”, “o mais eficiente” ou outras com o mesmo sentido; Sugerir que o serviço médico ou médico citado é o único capaz de proporcionar o tratamento para o problema de saúde; Assegurar ao paciente ou a seus familiares a garantia de resultados; Sugerir diagnósticos ou tratamentos de forma genérica, sem realizar consulta clínica individualizada e com base em parâmetros da ética médica e profissional; Apresentar de forma abusiva, enganosa ou sedutora representações visuais das alterações do corpo humano causadas por tratamento; Anunciar especialidades para as quais não possui título certificado ou informar posse de equipamentos, conhecimentos, técnicas ou procedimentos terapêuticos; Divulgar preços de procedimentos, modalidades aceitas de pagamento ou concessões de descontos; Consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa; Consulta por mídias sociais ➡ não se constitui ato médico completo, não pode ser remunerada (diferente atualmente). Atuação de Profissionais Não Médicos Crimes Próprios • Só o médico pode cometer. Crimes Impróprios • Exercício Ilegal da Medicina,Arte Dentária ou Farmacêutica • Exercer, ainda que a título gratuito a profissão sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites: • Detenção: 6 meses a 2 anos, se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa. • Charlatanismo • Qualquer pessoa, incluindo o médico, dentista e farmacêutico, que promete cura através de meios secretos ou infalíveis. • Detenção: 3 meses a 1 ano, e multa. • Curandeirismo • Pessoa qualquer, que não se passa por médico, dentista ou farmacêutico, do que a vítima tem noção, mas que habitualmente atua para curar males alheios. • I. Prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância; • II. Usando gestos, palavras ou qualquer outro meio; • III. Fazendo diagnósticos: • Detenção: 6 meses a 2 anos, se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa. Religiões e Cultos • Constituição Federal: assegura o livre exercício dos cultos religiosos. Figura Qualificada • Quando há intenção de obter lucro. • CFM + AMB + SBCP + SBD ➡ formação do dentista em universidades ensina apenas a tratar doenças, e não questões estéticas. • Médico: cumpre 11 anos de formação em Medicina e em cirurgia plástica para fazer procedimentos estéticos. • Lei do ato médico (12.842/2013): somente médicos podem realizar procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos. Complicações Tríade de Virchow Estase Venosa Lesão Endotelial Hipercoagulabilidade Trombose Venosa Profunda (TVP) e Tromboembolismo Pulmonar (TEP) Fator de Risco • História de cirurgia recente; • 20% das causas de TEP, maioria não recebeu nenhuma forma de proflaxia durante a internação hospitalar. TVP • Formação aguda de trombos (coágulos) no sistema venoso superficial ou profundo, provocando oclusão total ou parcial da veia. • Trombos: formam-se espontaneamente ou como resultado de lesãoparietal traumática ou inflamatória. • Denominação TVP: trombos atingem o sistema venoso profundo. • Operações de grande porte ➡ ⬆ fatores de coagulação + ⬇ atividade fibrinolítica + ⬆ estase venosa por imobilidade no leito. TEP • Trombos: formados em veias profundas e mais raramente no sistema venoso superficial podem se fragmentar e migrar na corrente circulatória (via coração direto) e se alojar na artéria pulmonar e ramos constituindo uma complicação grave frequentemente fatal que é a embolia pulmonar. Perfuração Cavidades Torácicas e/ou Abdominal Complicação de mortalidade ⬆, > 50%. > probabilidade de ocorrer em pacientes com: • Cirurgias abdominais prévias ➡ hérnias incisionais, especialmente quando se utilizou dreno no pós-operatório ou houve infecção do sítio cirúrgico; • Videocirurgias abdominais ➡ algumas vezes a aponeurose não é suturada; • Hérnias abdominais. Perfuração Cavidades Torácicas e/ou Abdominal Lipoaspiração • SBCP (2015): 6,7% dos óbitos em lipoaspiração ocorreram por perfuração intestinal. • Perfuração em lipoaspiração ➡ pode atingir parede abdominal e torácica, vísceras, órgãos, vasos sanguíneos, articulações, implantes, ureter, traqueia etc. • Complicação: subestimada pela literatura médica específica. • Exame clínico do abdome ➡ sempre prejudicado pelas características próprias da lipoaspiração (dor e edema da parede abdominal). • Prevenção: diagnóstico precoce, propedêutica adequada, equipe cirúrgica capacitada e disponível, adoção de medidas imediatas para a resolução adequada do caso. • Se a perfuração for percebida pelo cirurgião durante a lipoaspiração estará indicada a laparotomia exploradora imediata realizada em ambiente cirúrgico seguro e por equipe médica competente, internação hospitalar, antibioticoterapia e demais medidas cabíveis. • Diante de tal suspeita ou de uma evolução atípica nas 1ªs horas do pós-operatório imediato deve-se iniciar, o mais breve possível, a propedêutica para abdome agudo perfurativo (RX tórax e abdome, TC de abdome e exames laboratoriais). • Problemas a nível de perfuração abdominal ➡ abdome agudo perfurativo ➡ peritonite ➡ sepse. @resumos_pbl
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