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Caso 1

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Caso I – Mera Fatalidade???
Amanda Seixas Santana – T4
Iatrogenia
Iatrogenia, Iatrogenose, Iatrogênese
Do grego: 
• Iatro: médico, remédio, medicina; 
• Geno: gerar, produzir; 
• Ia: qualidade, moléstia.
Definição: dano causado pelo médico e/ou sua equipe, cuja medida, certa ou errada, justificada ou não,
resulte em consequencias prejudiciais para a saúde do paciente.
Médico: ainda que disponha dos melhores recursos tecnológicos diagnósticos e terapêuticos, é passível
de cometer iatrogenias.
Michael Balint: todo médico é, em graus variáveis, iatrogênico. 
Lidar com riscos = sujeito a cometer iatrogenias. 
Iatropatogenia: termo que enfatiza a noção maléfica do ato médico.
Abrange danos: 
• Materiais: medicamentos, cirurgias, mutilações; 
• Psicológicos: comportamento, atitudes, palavras.
Envolvidos: médico e sua equipe (enfermeiros, psicólogos, assistentes
sociais, fisioterapeutas, nutricionistas e demais profissionais).
Idosos: 2 X + afetados.
Artigo 31/1988, veda ao médico
• Deixar de assumir responsabilidade sobre procedimento médico que
indicou ou participou, mesmo quando vários médicos tenham
assistido o paciente.
Artigo 32/1988, veda ao médico
• Isentar-se de responsabilidade de qualquer ato profissional que tenha
praticado ou indicado, ainda que esse tenha sido solicitado ou
consentido pelo paciente ou seu responsável.
Artigo 34/1988, veda ao médico 
• Atribuir seus insucessos a terceiros e circunstâncias ocasionais,
exceto nos casos em que isso possa ser devidamente comprovado.
Iatrogenia
Síndrome não punível, 
caracterizada por dano inculpável, 
no corpo ou saúde do paciente, 
consequente de uma aplicação 
terapêutica, isenta de 
responsabilidade profissional.
Manifestações decorrentes do 
emprego de medicamentos, atos 
cirúrgicos ou quaisquer 
processos de tratamento feitos 
pelo médico.
Ex: amputação de MMII para que se evite o alastramento de uma infecção.
Lesão necessária proveniente de ato médico.
Ocorrência de dano previsível e necessário, que tem como pressuposto a vontade 
do médico dirigida a um determinado resultado, o qual só poderá ser alcançado 
através do procedimento técnico recomendado.
Especialidades 
Médicas que 
Mais 
Apresentam 
Processos 
Médicos
G.O. 23,2%
Cirurgia Geral 8,8%
Anestesia 6,9%
Ortopedia 6,3%
Clínica Médica 5%
Outras 16,4%
Dados remotos.
Dados atuais (2020).
Erro Médico 
(Imperícia, 
Negligência e 
Imprudência) 
CRM e CFM
Responsabilidade Profissional
Culpa
• Erro médico: dano provocado no paciente pela ação ou inação do médico, no exercício da profissão, e sem a
intenção de cometê-lo.
• 3 tipos: imprudência, imperícia e negligência, 1 deles já caracteriza culpa.
Dolo
• Conduta intencional de causar dano.
Objetiva
• Conduta do agente não é verificada.
• Dever de reparar é obrigatório, independentemente de o causador do dano ter agido com culpa ou dolo.
Subjetiva
• Exige a caracterização da culpa ou dolo para configuração do dever de reparação.
Erro Médico
Imperícia
Falta ou deficiência de 
conhecimentos técnicos e 
despreparo prático para 
exercer determinada 
atividade.
Avaliar: progressos 
científicos que sejam de 
domínio público.
Profissional: deve ter 
conhecimento para a 
utilização da técnica indicada 
para cada tipo de 
procedimento ou doença. 
Imprudência
Imprevisão: do agente em 
relação às consequências do 
seu ato ou ação. 
Médico: tem atitudes, não 
precipitadas, sem ter cautela, 
sendo resultado da não 
racionalização. 
Possui: perfeito 
conhecimento do risco, e 
ignorando a ciência médica, 
toma a decisão de agir 
mesmo assim. 
Negligência
Falta: de cuidado ou 
precaução com que se 
executam certos atos. 
Caracterizada: pela inércia, 
indolência, falta de ação e 
passividade.
Ato omissivo: oposto da 
diligência que seria agir com 
cautela, cuidado e atenção, 
evitando quaisquer 
distorções e falhas. 
Toda e qualquer falha 
ocorrida durante a 
prestação da assistência à 
saúde que tenha causado 
algum tipo de dano ao 
paciente. 
Ainda que a causa tenha sido a 
falha de um determinado 
aparelho na realização de um 
exame, indisponibilidade de 
um leito em UTI ou erro de 
outros profissionais da saúde.
Acidente Imprevisível 
Resultado lesivo, advindo de caso 
fortuito ou força maior, incapaz 
de ser previsto ou evitado, 
qualquer que seja o autor em 
idênticas circunstâncias. 
Resultado Incontrolável 
Situação incontornável, curso 
inexorável, próprio da evolução do caso, 
quando, até o momento da ocorrência, 
a ciência e competência profissional não 
dispõem de solução.
Código de Ética Médica 
• Normatiza a responsabilidade ético-disciplinar, zelando pelo cumprimento irrestrito da boa prática médica.
Conselhos Regionais de Medicina 
• Responsabilidade pela fiscalização do exercício da profissão.
Médico
• Deve agir sempre para não produzir ou produzir o < dano possível ao seu paciente.
• Cabe, obedecer ao princípio da não maleficência, ou seja, de não causar mal ou dano ao seu paciente.
• Cabe trabalhar para elevar e dignificar a vida humana, acima de tudo respeitando os valores éticos, morais, religiosos e
costumes e princípios fundamentais da humanidade, bem como o direito indisponível do homem - a vida como um bem
maior.
Medicina
• Não é uma ciência exata, nem tampouco uma atividade fim, mas sim de meio e, por isso, imprevistos ocorrem e critérios
de imprevisibilidade, que cada tratamento ou procedimento tem, deverão ser ponderados, objetivando evitar erros
inerentes à própria resposta do ser humano.
Responsabilidade
• Civil: dano causado a alguém; 
• Penal: cometer crime contra alguém.
Processo de 
Erro 
Médico na 
Justiça 
Comum
Responsabilidade Civil
Má prática médica: pode causar danos ao paciente e gerar ao
médico o dever de indenizá-lo.
Responsabilidade civil do médico ➡ recompor de alguma forma
os danos sofridos pelo paciente.
Pacientes: poderão experimentar danos materiais, morais ou
estéticos.
• Perda patrimonial.
• Danos emergentes: efetiva perda de patrimônio.
• Danos pelos lucros cessantes: o que a vítima deixou de ganhar em função do evento danoso.
• Ex: pensão devido à perda da capacidade de trabalhar da vítima (total ou parcial) ou pensão por
morte aos familiares.
• Valores: calculados de acordo com o ganho da pessoa prejudicada ou morta, levando em conta, nesse
último caso, o percentual destinado à ajuda dos familiares.
Dano Material
• Dor ou sofrimento à vítima.
• Valores: calculados de acordo com alguns critérios como a intensidade do sofrimento infligido à
vítima, circunstâncias do ato lesivo, necessidade de desestimular a reincidência do ato lesivo e
capacidade econômica do ofensor e ofendido.
Dano Moral
• Lesão à forma física ou à aparência do paciente.
• Valores: reparação tem finalidade compensatória, e não propriamente de ressarcir o prejuízo
amargado pela vítima.
Dano Estético
Também Poderão ser Responsabilizados 
• Hospitais, clínicas, laboratórios, operadoras de planos de saúde e
Estado.
Dever de Indenizar
• Para que se configure é preciso que o profissional tenha agido
com a intenção de causar o dano (dolo) ou que, mesmo sem
intenção, o profissional tenha causado dano ao paciente por sua
atuação imprudente, negligente ou imperito (artigo 14, parágrafo
4, Código de Defesa do Consumidor e artigo 951 do Código
Civil).
• Mais comum: conduta sem intenção de causar dano (culposa).
• 1. Existência de dano;
• 2. Demonstração da conduta culposa e/ou dolosa do
profissional;
• 3. Existência de nexo de causalidade entre a conduta
do médico e dano sofrido.
Para o médico seja 
responsabilizado é preciso 
que se demonstre:
• 1. Dano causado ao paciente;
• 2. Relação de causalidade entre a conduta médica e
dano do paciente.
• Esses entes são responsáveis pelos atos daqueles que
atuam em seu nome, independentemente de terem
eles atuado ou não com culpa.
Dever de reparar dos
hospitais, clínicas, laboratórios, 
operadoras de planos de 
saúde e entesestatais (União, 
Estados e Municípios) existe 
independentemente da 
intenção de causar lesão, 
bastando demonstrar:
Responsabilidade Penal
Conduta médica: caracterizada como crime.
Pena: imposição de multa até privação da liberdade.
Esfera penal: apenas o médico pode ser responsabilizado. 
Conduta criminosa: depende do agir com vontade, só pessoas físicas podem ser autoras de crime.
Crime doloso: “quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo” (Código Penal, artigo 18, inciso I). 
Crime culposo: “resultado por imprudência, negligência ou imperícia” (Código Penal, artigo 18, II). 
Má prática médica: pode causar lesão à saúde, integridade física ou morte. 
Conduta médica: poderá ser tipificada como crime de homicídio ou como crime de lesão corporal.
Perícia: meio probatório pelo qual se procurar obter conhecimentos técnico-científicos ou provas.
Perícias médico-legais: todos os exames elaborados por médicos (clínicos, laboratoriais ou
necroscópicos) e que são destinados ao uso judicial.
Perícias: exames elaborados por profissionais de outras áreas, destinados ao uso como meio de prova
em juízo.
Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto,
não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Delitos que deixam vestígios ➡ necessariamente deverá existir exame pericial, sob pena de nulidade 
processual.
Exame:
• Perícia direta (ECDD): exame na própria vítima; 
• Perícia indireta (ECDI): exame realizado por fichas hospitalares ou outros documentos.
Atuação e 
Condutas do 
Médico –
Código de 
Ética Médica
Publicidade Médica 
(Manual de Publicidade Médica)
Participação do médico: na divulgação de assuntos médicos, em qualquer meio de comunicação de massa, deve se pautar pelo caráter
exclusivo de esclarecimento e educação da sociedade, não cabendo agir de forma a estimular o sensacionalismo, autopromoção ou
promoção de outros, sempre assegurando a divulgação de conteúdo cientificamente comprovado, válido, pertinente e de interesse público.
Vedado ao Médico:
• Divulgar endereço e telefone;
• Realizar divulgação publicitária para individualizar e priorizar sua atuação ou instituição onde atua ou tem interesse pessoal; 
• Anunciar, quando não especialista, que trata de sistemas orgânicos, órgãos ou doenças específicas com indução à confusão com divulgação de especialidade;
• Garantir, prometer ou insinuar bons resultados de tratamento sem comprovação científica;
• Divulgar anúncios profissionais, institucionais ou empresariais de qualquer ordem, em qualquer meio de comunicação nos quais, se o nome do médico for citado, não 
esteja presente o número de inscrição no CRM;
• Consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa ou a distância (diferente atualmente);
• Expor a figura de paciente como forma de divulgar técnica, método ou resultado de tratamento;
• Realizar e/ou participar de demonstrações técnicas de procedimentos, tratamentos e equipamentos de forma a valorizar domínio do seu uso ou estimular a procura por 
determinado serviço, em qualquer meio de divulgação;
• Ofertar serviços por meio de consórcios ou similares, bem como de formas de pagamento ou de uso de cartões/cupons de desconto.
Anúncios veiculados: devem ter dados de identificação do médico ou diretor técnico com o mesmo impacto visual que as demais
informações, em retângulo de fundo branco, emoldurado por filete interno, em letras de cor preta ou que permita contraste adequado à
leitura.
Segurança do Paciente – Local da Cirurgia (SBCP)
Clínica particular: para realizar cirurgias é preciso ter adequado isolamento ambiental, não possuindo falhas, frestas
ou comportamento que possibilite a entrada de vetores e sujidades.
Recomenda: que o mesmo seja longe da entrada do hospital e abrigo central de resíduos, sem janelas abertas, com
entrada individualizada de profissionais e saída independente de lixo e materiais a serem esterilizados.
Estrutura mínima exigida pela vigilância sanitária: 
• Recepção;
• Vestiário de barreira;
• Estar médico com copa;
• Posto de enfermagem;
• Farmácia local;
• Arsenal de materiais cirúrgicos;
• Área de Resíduos;
• Entrada de pacientes;
• Lavabo para escovação;
• Sala de Cirurgia;
• Sala de Recuperação pós-anestésica (RPA).
Ato 
Anestésico 
– SBA
Não é atribuição exclusiva do 
médico especialista em 
anestesiologia.
Todo médico, regularmente 
inscrito junto ao Conselho 
Regional de Medicina, está apto 
para o exercício da profissão.
Prescrição 
por 
WhatsApp
Código de Ética Médica, Artigo 
37:
Proibido ao médico, prescrever 
tratamento ou outros 
procedimentos sem exame 
direto do paciente, salvo em 
casos de urgência ou 
emergência, devendo, nesse 
caso, fazê-lo imediatamente 
após cessar o impedimento.
Alta –
CREMESP
Todo paciente hospitalizado 
deve ter seu médico assistente 
responsável, desde a internação 
até a alta. 
Função da enfermaria: fazer a 
ligação entre o paciente e 
outros prestadores de 
cuidados de saúde na 
comunidade. 
Boa Prática 
Médica –
Código de 
Ética 
Médica
Conforme o Código de Ética Médica 
Atitudes Tomadas pelo Médico Foram Inadequadas
Anúncio
• Item vedados pelo CFM.
Ambiente Cirúrgico
• Não estava adequado as normas exigidas pela ANVISA;
Anestesia
• Realizada por ele próprio, é algo que legalmente pode ser realizado, mas não naquela ocasião.
• Avaliação inicial: não foi feita de maneira correta.
• Médico: não teve boa prática no procedimento (exames necessários não foram solicitados e possíveis risco não foram
avaliado).
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
• Deveria ter sido lido com atenção pela paciente e cabe ao médico e sua equipe explicar com detalhes os procedimentos e
possíveis complicações.
Alta 
• Médico: não examinou a paciente.
Consentimento 
Livre e 
Esclarecido
Art. 46 – Vedado ao médico: “Efetuar qualquer procedimento médico sem o esclarecimento e
consentimento prévios do paciente ou de seu representante legal, salvo em iminente perigo de vida”.
Art. 59 – Vedado ao médico: “Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, prognóstico, riscos e
objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta ao mesmo possa provocar-lhe dano,
devendo, nesse caso, a comunicação ser feita ao seu representante legal”.
Consentimento Informado (CI): autorização do paciente obtida pelo profissional para a realização de
procedimento médico de indiscutível necessidade.
Resolução CFM nº 10/96: “Médico: deve esclarecer o paciente sobre as práticas diagnósticas e
terapêuticas, conforme preceitua o Código de Ética Médica, não sendo considerada obrigatória a
fixação do termo escrito, mas admite que tal consentimento possa ser registrado pelo médico no
prontuário”.
Critérios para Obtenção do 
Consentimento Livre e Esclarecido
Elementos 
Iniciais
Condições prévias que 
tornam possível o 
consentimento livre e 
esclarecido. 
Liberdade do paciente 
para adotar uma decisão. 
Elementos 
Informativos
Exposição da informação 
material, com a explicação 
da situação, 
recomendações, 
indicações diagnósticas e 
terapêuticas. 
Inclui: diagnóstico, 
natureza e objetivos da 
intervenção, alternativas, 
riscos, benefícios, 
recomendações e 
duração.
Compreensão 
da Informação
Só ocorre se os 2 1ºs 
estiverem consolidados. 
Ato do consentimento: 
compreende a decisão a 
favor, ou contra.
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
Deve Conter
Justificativa, objetivos e 
descrição sucinta, clara e 
objetiva, em linguagem acessível, 
do procedimento recomendado 
ao paciente; 
Duração e descrição dos 
possíveis desconfortos no 
curso do procedimento; 
Benefícios, riscos, métodos 
alternativos e eventuais 
consequências da não 
realização do procedimento; 
Cuidados que o paciente deve 
adotar após o procedimento; 
Declaração do paciente de que 
está devidamente informado e 
esclarecido acerca do 
procedimento, com sua 
assinatura; 
Declaração de que o paciente é 
livre paranão consentir com o 
procedimento, sem qualquer 
penalização ou sem prejuízo a 
seu cuidado; 
Declaração do médico de que 
explicou, de forma clara, todo o 
procedimento; 
Nome completo do paciente e 
médico, quando couber, de 
membros de sua equipe, seu 
endereço e contato telefônico, 
para que possa ser facilmente 
localizado pelo paciente; 
Assinatura ou identificação por 
impressão datiloscópica do 
paciente ou de seu 
representante legal e assinatura 
do médico; 
2 vias, ficando uma com o 
paciente e outra arquivada no 
prontuário médico.
Medicina 
Estética na 
Qualidade 
de Vida
Práticas e sentidos relativos ao corpo ➡ ganham espaço e permitem a aproximação de valores sociais e éticos
relativos ao corpo, estética e saúde.
Movimentos: visam modelar o corpo, adequando-o às normas sociais (culto ao corpo, fitness, cirurgias estéticas, prática
de esportes radicais, modelagem do corpo).
“Saúde” = cuidar da forma, peso, aparência (pele, rugas, cabelos brancos), alimentação, dieta, calorias, manutenção da
beleza e juventude.
Preocupação com a estética ➡ passa a ser não apenas uma forma de manter a aparência ou a saúde, mas também:
• Forma de distinção social;
• Garantia da manutenção do seu lugar no mercado de trabalho;
• Forma de conquistar a mobilidade social.
Estetização: da saúde e vida cotidiana ➡ crescimento de diversas atividades comerciais ligadas às indústrias da estética
e cosmética.
Demanda crescente: serviços, medicamentos, equipamentos, profissionais (qualificados ou não), financiamentos, seguros,
atividades físicas (esportivas ou recreativas), publicidade, revistas, spas e hotéis especializados em tratamento estético.
Exigências da vida contemporânea ➡ insatisfação crescente com relação ao corpo. 
Medicamentos: regulam o humor e química corporal, fazendo do corpo um campo de testes
de produtos químicos.
Mesmo sem estar doente ➡ tomam remédios para: 
• Dormir, ficar acordados, em forma, enérgico;
• Melhorar: memória, rendimento, performance sexual;
• Suprimir: estresse, ansiedade, depressão;
• Aumentar: capacidade muscular;
• Controlar: fome, tristeza ou alegria. 
Corpo: com sua configuração atual, não corresponde às expectativas e exigências da vida,
tornando-se necessário o uso destas próteses químicas para torná-lo uma máquina confiável.
Propaganda 
(Marketing) 
no Exercício 
da 
Medicina
• Art. 111 – Participação na divulgação de assuntos médicos, em
qualquer meio de comunicação, sem caráter exclusivamente de
esclarecimento e educação da sociedade.
• Art. 112 – Divulgar informação sobre assunto médico de forma
sensacionalista, promocional ou de conteúdo inverídico.
Vedado ao Médico
• Estabelece critérios de controle sobre a informação a ser dada pelos
médicos quando da divulgação do tratamento de órgãos ou sistemas,
ou ainda doenças específicas.
Lei 4.113/42 
• 1. Nome do profissional; 
• 2. Especialidade e/ou área de atuação; 
• 3. Número da inscrição no CRM; 
• 4. Número de registro de qualificação de especialista (RQE). 
Anúncios médicos 
deverão conter, 
obrigatoriamente: 
Vedado ao Médico
Anunciar, quando não 
especialista, que trata de 
sistemas orgânicos, órgãos 
ou doenças específicas, por 
induzir a confusão com 
divulgação de especialidade; 
Anunciar aparelhagem de 
forma a lhe atribuir 
capacidade privilegiada; 
Participar de anúncios de 
empresas ou produtos 
ligados à medicina; 
Permitir que seu nome seja 
incluído em propaganda 
enganosa de qualquer 
natureza; 
Permitir que seu nome 
circule em qualquer mídia, 
inclusive na internet, em 
matérias desprovidas de 
rigor científico; 
Fazer propaganda de 
método ou técnica não 
aceito pela comunidade 
científica; 
Expor a figura de seu 
paciente, ainda que com 
autorização expressa do 
mesmo; 
Anunciar a utilização de 
técnicas exclusivas; 
Oferecer seus serviços por 
meio de consórcio e 
similares; 
Oferecer consultoria a 
pacientes e familiares como 
substituição da consulta 
médica presencial;
Garantir, prometer ou 
insinuar bons resultados do 
tratamento; 
Anúncio de pós-graduação 
realizada para a capacitação 
pedagógica, exceto quando 
estiver relacionado à 
especialidade e área de 
atuação CRM. 
Médico: pode, utilizando qualquer meio de divulgação leiga, prestar informações, dar
entrevistas e publicar artigos versando sobre assuntos médicos de fins estritamente
educativos.
Autopromoção: utilização de entrevistas, informações ao público e publicações de
artigos com forma ou intenção de:
• Angariar clientela; 
• Fazer concorrência desleal; 
• Pleitear exclusividade de métodos diagnósticos e terapêuticos; 
• Auferir lucros de qualquer espécie; 
• Permitir a divulgação de endereço e telefone de consultório, clínica ou serviço. 
Trabalhos e eventos científicos ➡ em que a exposição de figura de paciente for
imprescindível, o médico deverá obter prévia autorização expressa do mesmo ou de
seu representante legal.
Proibições Gerais
Usar expressões como “o melhor”, “o mais eficiente” ou outras com o mesmo sentido; 
Sugerir que o serviço médico ou médico citado é o único capaz de proporcionar o tratamento para o problema de saúde; 
Assegurar ao paciente ou a seus familiares a garantia de resultados; 
Sugerir diagnósticos ou tratamentos de forma genérica, sem realizar consulta clínica individualizada e com base em parâmetros da ética
médica e profissional;
Apresentar de forma abusiva, enganosa ou sedutora representações visuais das alterações do corpo humano causadas por tratamento;
Anunciar especialidades para as quais não possui título certificado ou informar posse de equipamentos, conhecimentos, técnicas ou
procedimentos terapêuticos;
Divulgar preços de procedimentos, modalidades aceitas de pagamento ou concessões de descontos;
Consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa;
Consulta por mídias sociais ➡ não se constitui ato médico completo, não pode ser remunerada (diferente atualmente). 
Atuação de 
Profissionais 
Não Médicos
Crimes Próprios
• Só o médico pode cometer.
Crimes Impróprios
• Exercício Ilegal da Medicina,Arte Dentária ou Farmacêutica
• Exercer, ainda que a título gratuito a profissão sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites:
• Detenção: 6 meses a 2 anos, se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa.
• Charlatanismo
• Qualquer pessoa, incluindo o médico, dentista e farmacêutico, que promete cura através de meios
secretos ou infalíveis.
• Detenção: 3 meses a 1 ano, e multa.
• Curandeirismo
• Pessoa qualquer, que não se passa por médico, dentista ou farmacêutico, do que a vítima tem noção,
mas que habitualmente atua para curar males alheios.
• I. Prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;
• II. Usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
• III. Fazendo diagnósticos:
• Detenção: 6 meses a 2 anos, se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Religiões e Cultos
• Constituição Federal: assegura o livre exercício dos cultos religiosos.
Figura Qualificada
• Quando há intenção de obter lucro.
• CFM + AMB + SBCP + SBD ➡ formação do dentista em universidades
ensina apenas a tratar doenças, e não questões estéticas.
• Médico: cumpre 11 anos de formação em Medicina e em cirurgia
plástica para fazer procedimentos estéticos.
• Lei do ato médico (12.842/2013): somente médicos podem realizar
procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos.
Complicações
Tríade 
de 
Virchow
Estase Venosa
Lesão Endotelial
Hipercoagulabilidade 
Trombose Venosa Profunda (TVP) e
Tromboembolismo Pulmonar (TEP)
Fator de Risco
• História de cirurgia recente;
• 20% das causas de TEP, maioria não recebeu nenhuma forma de proflaxia durante a internação hospitalar.
TVP
• Formação aguda de trombos (coágulos) no sistema venoso superficial ou profundo, provocando oclusão total
ou parcial da veia.
• Trombos: formam-se espontaneamente ou como resultado de lesãoparietal traumática ou inflamatória.
• Denominação TVP: trombos atingem o sistema venoso profundo.
• Operações de grande porte ➡ ⬆ fatores de coagulação + ⬇ atividade fibrinolítica + ⬆ estase venosa por
imobilidade no leito.
TEP 
• Trombos: formados em veias profundas e mais raramente no sistema venoso superficial podem se fragmentar e
migrar na corrente circulatória (via coração direto) e se alojar na artéria pulmonar e ramos constituindo uma
complicação grave frequentemente fatal que é a embolia pulmonar.
Perfuração Cavidades Torácicas e/ou Abdominal
Complicação de mortalidade ⬆, > 50%. 
> probabilidade de ocorrer em pacientes com: 
• Cirurgias abdominais prévias ➡ hérnias incisionais, especialmente
quando se utilizou dreno no pós-operatório ou houve infecção
do sítio cirúrgico;
• Videocirurgias abdominais ➡ algumas vezes a aponeurose não é
suturada;
• Hérnias abdominais.
Perfuração Cavidades Torácicas e/ou Abdominal
Lipoaspiração
• SBCP (2015): 6,7% dos óbitos em lipoaspiração ocorreram por perfuração intestinal.
• Perfuração em lipoaspiração ➡ pode atingir parede abdominal e torácica, vísceras, órgãos, vasos sanguíneos,
articulações, implantes, ureter, traqueia etc.
• Complicação: subestimada pela literatura médica específica.
• Exame clínico do abdome ➡ sempre prejudicado pelas características próprias da lipoaspiração (dor e edema
da parede abdominal).
• Prevenção: diagnóstico precoce, propedêutica adequada, equipe cirúrgica capacitada e disponível, adoção de
medidas imediatas para a resolução adequada do caso.
• Se a perfuração for percebida pelo cirurgião durante a lipoaspiração estará indicada a laparotomia exploradora
imediata realizada em ambiente cirúrgico seguro e por equipe médica competente, internação hospitalar,
antibioticoterapia e demais medidas cabíveis.
• Diante de tal suspeita ou de uma evolução atípica nas 1ªs horas do pós-operatório imediato deve-se iniciar, o
mais breve possível, a propedêutica para abdome agudo perfurativo (RX tórax e abdome, TC de abdome e
exames laboratoriais).
• Problemas a nível de perfuração abdominal ➡ abdome agudo perfurativo ➡ peritonite ➡ sepse.
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