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1. De acordo com Pires, Afonso e Chaves (2006, p. 104) “Em 1668 Joachin Dalence (1640-1707)
foi o primeiro a afirmar que eram precisos dois pontos fixos para se determinar uma escala [...]”.
Com base no termômetro de etanol, estabeleceu como pontos fixos o ponto de fusão do gelo e
o da manteiga. Em 1694, Renaldini (1615-1698) trocou o ponto de fusão deste pelo de ebulição
da água, que era mais prático e reprodutível. Isaac Newton (1642-1727) publicou em 1701 um
artigo, A Scale of Degrees of Heat and Cold, onde também mencionava a ebulição da água como
segundo ponto fixo em sua escala termométrica, além da fusão do gelo (esse artigo também
menciona a lei de resfriamento que leva seu nome). A grande dificuldade neste aspecto era o
emprego de toda sorte de misturas refrigerantes (água + gelo, gelo + sal de cozinha, gelo +
cinzas, gelo + carvão, neve + etanol, neve ou gelo em fusão...) e de vários sensores de
temperatura (afora o álcool e o mercúrio, tem-se referência ao uso de alcatrão, óleo de linhaça e
de azeite de oliva). Assim, determinar a ‘temperatura’ de um corpo naquele tempo dependia do
modo de cada um construir seu instrumento.
PIRES, D. P. L.; AFONSO, J. C.; CHAVES, F. A. B. A termometria nos séculos XIX e
XX. Scielo. Rev. Brasileira de Ensino Física, São Paulo, v. 28, n. 1, p. 101-
114, 2006. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-
11172006000100013&lng=en&nrm=iso Acesso em: 22 Jan. 2020.
Com base na citação apresentada e nos conteúdos abordados ao longo da disciplina, responda:
qual a importância da padronização nas medidas de temperatura, bem como a reprodutividade
ou a facilidade de construção de uma nova escala termométrica? Para responder à questão, faça
uma pesquisa sobre o desenvolvimento das diferentes escalas termométricas, história da
termologia e sobre escalas termométricas arbitrárias.
Uma escala termométrica é composta por valores estabelecidos de forma arbitrária a partir
dos pontos de fusão e ebulição da água. A sua função é medir temperaturas, mostrando por meio
de seus valores se um corpo está quente ou frio.
Construir uma escala termométrica é algo extremamente fácil, por isso, com o desenvolvimento
dos estudos em Termologia, no século XVIII, existiam cerca de 40 escalas em uso, posto que as
comunidades de cientistas dos diversos países possuíam tradições de pesquisas bastante
distintas, o que levou ao desenvolvimento de escalas diferentes. Hoje as escalas utilizadas são
apenas três: Celsius, Fahrenheit e Kelvin.
Escala Celsius: Criada no século criada no século XVIII pelo sueco Anders Celsius, hoje
utilizada como escala termométrica oficial na maioria dos países, ela possui 100 intervalos e por
isso é conhecida por escala centígrada, os valores adotados vão de 0 a 100.
Escala Fahrenheit: Criada em 1714 pelo alemão Daniel Fahrenheit, essa escala é a mais
utilizada por países de língua inglesa. Fahrenheit criou o primeiro termômetro de mercúrio
que funcionou de forma satisfatória e, após fazer medidas baseadas no ponto de fusão da água
e na temperatura normal do corpo humano, os valores dos pontos de fusão e ebulição para a
sua nova escala foram estabelecidos. Note que essa escala não é centígrada, pois possui 180
intervalos (212 – 32 = 180).
Escala Kelvin: Conhecida como a escala absoluta por não possuir valores negativos, a escala
Kelvin foi construída pelo irlandês William Thomson (conhecido como lorde Kelvin). Essa escala
foi desenvolvida com base na mínima temperatura existente possível, o zero absoluto, que
corresponde a aproximadamente – 273 °C. Para o zero absoluto, Kelvin atribuiu o valor zero
(0K), de modo que o ponto de fusão da água ficou como 273 K e o ponto de ebulição ficou como
373K.
Por determinação do Sistema Internacional de Unidades, não se usa o símbolo de grau (°) para
a escala Kelvin.
A escala Kelvin, por apresentar 100 intervalos entre os pontos de fusão e ebulição, também é
uma escala centígrada.
Conversão entre as escalas termométricas
Como atualmente existem três escalas termométricas em uso, faz-se necessária uma equação
de conversão entre elas para que seja possível passar quaisquer valores de temperaturas de
uma escala à outra.
Veja a equação de transformação entre as escalas termométricas:
TC = Temperatura na escala Celsius;
TF = Temperatura na escala Fahrenheit;
TK = Temperatura na escala Kelvin.
Por fim, cabe colocara que a importância de uma medida universal para
aferir temperaturas se deve, principalmente, à comunicação entre estudiosos e divulgação de
dados. Digamos, por exemplo, que uma pesquisa de um físico brasileiro é divulgada usando
Celsius. Certamente, um cientista estadunidense ficaria perdido, pois lá a unidade é Fahrenheit.
Assim sendo, foi desenvolvido o S.I (sistema internacional) de forma a padronizar as informações
finais de dados e pesquisas