Buscar

Medicina do Trabalho - Caso PAIR

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

UNISUL Curso de Medicina Disciplina Medicina do Trabalho 4º Semestre 
Acadêmicos: Arthur Pereira Ruiz Camara, Heloisa Van de Sand Hoffmann, Henrique Baggio Pivetta, Isabela Silva de Oliveira 
Correa, Izabela Cristina Felippe e Nathália Luisy Farias da Rosa. 
 
NOME: Rodrigo da Cruz Data: 26/09/2021 AGRAVO /PATOLOGIA: PAIR 
 
HISTÓRIA NATURAL DE QUALQUER PROCESSO MÓRBIDO NO SER HUMANO 
 
 
 
Período Epidemiológico Período Patológico 
Período pré patogênico Período pré clínico Período clínico Período de convalescença Período subsequente 
 CONSULTA INICIAL CONSULTA 1 ANO 
DEPOIS 
CONSULTA 5 ANOS 
DEPOIS 
A tríade ecológica é 
composta pelos eixos de 
causa (agente), prevenção 
(ambiente) e as 
características individuais 
(trabalhador). 
 
Agente: o trabalhador está 
exposto ao agente de ruído, 
mecânico e a eletricidade. O 
ruído é em torno de 85 dB 
diariamente. 
 
Ambiente: trabalha em um 
frigorífico na zona urbana 
como operador de máquinas 
de corte. A empresa 
disponibiliza protetores 
auriculares tipo concha, 
luvas, botas PVC e capacete. 
Trabalhador exposto ao 
ruído das máquinas, 
De acordo com o 
Programa de Conservação 
Auditiva (PCA), 
considera-se a 
possibilidade de 
prevenção da PAIR, 
mediante a participação 
dos profissionais da 
saúde, gerência industrial 
e de RH das empresas, 
além do trabalhador. 
 
A partir deste 
envolvimento, é 
necessário reconhecer e 
avaliar quais os riscos 
para a audição no 
ambiente de trabalho 
observando 
detalhadamente todo 
processo produtivo além 
de identificar os 
Anamnese: O paciente 
relata dor de cabeça pelo 
menos 3 vezes na semana, 
associada com zumbidos 
esporadicamente. Paciente 
descreve que muitas vezes 
utilizou EPIs apenas quando 
está muito próximo das 
máquinas, por achar que se 
estivesse um pouco mais 
longe não teria problema. 
No entanto, agora está 
preocupado pois acredita 
que a audição não é a 
mesma de antes, notou a 
mudança há cerca de 5 
semanas. Relata também 
intolerância a sons intensos 
e dificuldade leve de 
compreensão na sua 
comunicação oral. 
 
Exame Físico: Foi realizado 
Um ano após a constatação, 
durante o período de 
convalescença, o trabalhador 
retorna para uma nova 
avaliação onde no exame 
físico não foram constatadas 
melhorias significativas no 
aparelho auditivo, tendo, 
entretanto, uma diminuição 
considerável nas cefaleias 
recorrentes e nos acufenos 
anteriormente presentes. 
 
Desse modo, no período de 
afastamento, o trabalhador 
procurou se privar de 
estímulos sonoros que 
pudessem perpetuar sua 
condição físico-patológica, de 
modo a buscar melhoria em 
seu aparelho auditivo. 
 
 
Anamnese: Paciente 
permanece com intolerância a 
sons intensos e dificuldade da 
inteligibilidade da fala na sua 
comunicação. Encontra 
dificuldade em escutar a voz de 
terceiros, pedindo para falarem 
mais alto. Além disso, segue 
percebendo os sons de maneira 
distorcida. Contudo, o zumbido 
e a cefaleia intensa relatados 
em exames anteriores não estão 
mais presentes. 
 
Exame físico: Foi realizado o 
terceiro exame de audiometria, 
constatando o 
comprometimento das 
frequências de 2,3 e 8 KHz. 
Demonstrou certa estabilidade 
nesses 4 anos de diagnóstico e 
tratamento. Seus sinais vitais se 
mantêm normais 
 
UNISUL Curso de Medicina Disciplina Medicina do Trabalho 4º Semestre 
 
 
ao risco das correias e dos 
dentes das engrenagens, 
além da eletricidade que 
acompanha todas essas. 
 
Trabalhador: 34 anos, sexo 
masculino, cargo de 
operador de máquinas, 
jornada de trabalho de 40h 
semanais. 
 
trabalhadores a serem 
incluídos no PCA e 
classificá-los de acordo 
com o tipo de exposição, 
a fim de definir políticas 
de utilização de EPI’s 
adequados e priorizar as 
áreas de maior ruído. 
Com isso, deve-se 
desenvolver as medidas 
de proteção coletiva 
controlando a emissão na 
fonte principal de 
exposição ou risco, e 
promover atividades de 
cunho informativo a fim 
de ressaltar a importância 
da proteção individual de 
cada trabalhador. 
 
Assim, com a finalidade 
de indicar se a prevenção 
da perda auditiva 
ocupacional está sendo 
alcançada, realiza-se a 
avaliação por audiometria 
anual. 
 
exame de audiometria, com 
repouso de 14h referido pelo 
paciente e inspeção visual 
do meato acústico externo 
no momento do exame. 
Como resultado, observou-
se alterações nas 
frequências, um 
rebaixamento no limiar 
audiométrico de 3 e 4kHz. 
Não apresentou alterações 
no exame otoscópico. Sinais 
vitais normais. 
 
Hipótese diagnóstica: 
Perda auditiva leve 
relacionado ao ruído 
ocupacional. 
 
Tratamento: Recomenda-
se ao paciente o afastamento 
de 15 dias do trabalho e 
solicita-se a mudança de 
cargo a fim de diminuir a 
exposição ao ruído da 
máquina. Deve ser feito o 
acompanhamento da 
progressão da PAIR por 
meio de avaliações 
audiológicas periódicas. Foi 
dada a devida orientação 
quanto ao uso correto de 
EPIs. 
 
Assim, com as devidas 
condições e recomendações já 
propostas no primeiro 
encontro, o operador pode se 
adaptar dentro de seu 
ambiente de trabalho há 
poucos meses, alterando suas 
práticas laborais dentro da 
empresa, na tentativa de 
mitigar os danos oriundos de 
ruídos no qual está exposto 
durante a labuta. Mantém-se 
as recomendações iniciais, 
reforça-se a utilização de 
EPI’s, a realização de exames 
audiométricos regulares e o 
acompanhamento médico 
especializado durante os 
próximos anos de sua jornada 
trabalhista. 
 
Tratamento: Seguindo o 
recomendando o paciente 
alterou de cargo e se manteve 
distante da máquina. Indicado 
se manter distante da exposição 
a sons elevados e alterar 
periodicidade da audiometria 
para a cada 3 anos. 
 
Promoção Prevenção Diagnóstico/Tratamento 
precoce 
Redução de danos Reabilitação 
UNISUL Curso de Medicina Disciplina Medicina do Trabalho 4º Semestre 
Referência 
 
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE MEDICINA DO TRABALHO (São Paulo) et al. Diretrizes Básicas de um PCA (Programa de 
Conservação Auditiva): Recomendações Mínimas para a Elaboração de um PCA. Comitê Nacional de Ruído e Conservação 
Auditiva, International Archives of Otorhinolaryngology, 20 ago. 1999. Disponível em: 
http://arquivosdeorl.org.br/conteudo/acervo_port.asp?id=125. Acesso em: 22 set. 2021.

Outros materiais