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Dalton Willians S Arandas - Medicina 1 BIOFÍSICA POTENCIAIS BIOELÉTRICOS (BIOELETROGÊNESE) O potencial de membrana, ou seja, o potencial de repouso é um potencial que surge devida a difusão de alguma espécie química dotada de carga elétrica. Nas células quando constatado por meio do voltímetro sofisticado que coloca um eletrodo no meio extracelular e outro no meio intracelular, percebe-se uma diferença de potencial entre essas células, em decorrência da diferença de cargas: A célula em repouso naturalmente possui uma diferença de potencial elétrica a depender da célula o valor da diferença de potencial está entre – 70mV e -90mV. E o repouso celular é compreendido pela condição a qual a célula não está sendo estimulada. No repouso a célula possui uma diferença de carga: O potencial de repouso surge da diferença de cargas promovida pelos lados da membrana que conservam cargas diferentes entre si que são mantidas pela bomba de sódio e potássio de forma que há uma presença de diferença de potencial. Um dos principais fatores que promove o potencial de repouso é o fluxo de íons chamado de fluxo difusional que equivale a cerca de 80% da geração do potencial de repouso. Para calcular a diferença de potencial se utiliza a Lei de Nernst: Porém essa equação ainda é incompleta por levar em consideração apenas um íon na diferença de potencial e para melhorar essa fórmula surge a fórmula de Goldman que é há uma ponderação da quantidade de íons: O principal íon para a manutenção do potencial de repouso é o íon K+ (potássio) que sua saída da célula é o principal responsável pela geração do potencial de repouso. Pois a célula está mais permeável ao potássio no repouso. No repouso há a presença do gradiente eletroquímico/eletrosmótico principalmente da circulação de potássio e no equilíbrio eletroquímico a força elétrica se iguala a força osmótica. Bomba de Na+ e K+ ATPASE: que funciona colocando 3 cargas de Na+ para fora e coloca 2 cargas de K+ para o meio intracelular, promovendo a carga positiva para o meio extracelular. Diferença de concentração do íon Dalton Willians S Arandas - Medicina 2 Equilíbrio de Donnan: a maioria dos peptídeos produzidos tem carga negativa e raramente conseguem sair do meio intracelular dado seu tamanho, então acaba que esses peptídeos negativos equilibram e auxiliam no potencial de repouso por deixar o meio intracelular negativo. Os três fatores que geram potencial de ação são: Potencial de ação: é uma resposta elétrica celular a algum estímulo externo que é dividido em três fases: despolarização, em que entra muita carga positiva na célula repolarização, período em que se libera os íons positivos adquiridos e hiperpolarização que é a saída excessiva de cargas positivas e o íon sódio em especial tem um grande influxo. Ex.: a retina responde ao estímulo luminoso que dispara impulsos nervosos que permitem a visão após a interpretação do impulso nervoso no cérebro e nesse potencial a célula sai de um potencial de repouso para uma diferença de cargas que dispara o limiar mínimo para um potencial de ação. As sinapses cerebrais são possíveis graças a esse mecanismo celular. TTX – Tetrodotoxina: Toxina do baiacu que é um bloqueador dos canais de sódio irreversível, bloqueia o canal de sódio e não larga mais, pacientes em contato com a toxina injetada do baiacu vai ter uma insuficiência cardíaca e uma parada respiratória, há também uma paralisia dos brônquios pela preferência pelo tecido pulmonar por parte da toxina. Vários venenos de cobra também tem ação bloqueadora dos canais de sódio. Anestésicos locais: são potentes bloqueadores dos canais de Na+ que não permitem o influxo dos íons sódio e refreiam os impulsos nervosos advindos das terminações nervosas não deixando que o impulso chegue no cérebro pela interrupção da despolarização da célula que continua em repouso e bloqueia a dor no paciente. Doenças cardíacas: muitas ocorrem por deficiência de canais – canalopatias.
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