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Uma célula produtora do hormonio esteroide cortisol deve apresentar grande quantidade de qual organelas

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Uma célula produtora do hormonio esteroide cortisol deve apresentar grande quantidade de qual organelas?E se a celula for produtora de Insulina, um hormonio proteico?
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Os hormônios são encaixados na classe dos lipídeos. A principal organela que produz lipídeos é o retículo endoplasmático liso. A insulina, sendo um hormônio protéico, apresenta células desenvolvidas em retículo endoplasmático rugoso e uma grande quantidade de ribossomos, a fim de que se produza enormes quantidades de proteínas.
Células produtoras de hormônios devem apresentar grande quantidade de organelas capazes de produzir e secretar os hormônios.
Na produção de hormônios esteróides como o cortisol, a principal organela envolvida é o Retículo Endoplasmático Liso (Agranular/Ergastoplasma), que não só produz como secreta o hormônio, já que também têm função de transporte de substâncias celulares.
A Insulina, como um hormônio protéico, é produzida a partir do DNA no processo de tradução, que ocorre nos ribossomos. Logo, células produtoras desse hormônio devem ter grandes quantidade de ribossomos citoplasmáticos e também retículo endoplasmático rugoso.
Retículo Endoplasmático Liso (REL) 
Constituí cavidades em forma de tubos e não possui ribossomos aderidos às suas membranas, portanto, não atua na síntese de proteínas. Porém em poucas cavidades há enzimas que sintetizam diversos tipos de lipídios, como os da membrana plasmática e os esteróides (que formam, por exemplo, os hormônios sexuais). Existem também enzimas responsáveis por uma desintoxicação do organismo, enzimas que transportam alguns medicamentos, álcool e outras substâncias tóxicas em produtos menos tóxicos e de excreção mais simples. Tal processo é realizado no fígado, na pele, nos rins e nos pulmões. Nos músculos, o retículo endoplasmático liso (conhecido como retículo sarcoplasmático) também é muito desenvolvido e serve de reservatório de íons, cálcio necessário ao mecanismo de contração.
A foliculogênese é definida como o processo de formação, crescimento e maturação folicular, iniciando-se com a formação do folículo primordial e culminando com o estádio de folículo maturado, também chamado de folículo Graafou folículo dominante.
���A função do folículo consiste em proporcionar um ambiente ideal para a manutenção da viabilidade, bem como o crescimento e a maturação do oócito. Sendo assim, a foliculogênese se dá simultaneamente à oogênese, quando o oócito se encontra entre as fases de prófase I e metáfaseII, na maior parte das espécies. Ou seja, o início da oogênese precede o início da foliculogênese e só se conclui após  a ovulação do oócito e a posteriorfecundação.
O folículo ovariano consiste em um oócito envolvido por uma ou mais camadas de células foliculares, também conhecidas como células da granulosa. Os folículos primordiais (formados durante a vida fetal) consiste em um oócito primário envolvido por uma única camada de células foliculares achatadas, sendo que a maior parte desses folículos se localiza na cortical do ovário, próximo à túnica albugínea.
A partir da puberdade, a cada dia um pequeno grupo de folículos primordiais inicia o processo de crescimento folicular, que compreende modificações dos ovócitos, das células foliculares e dos fibroblastos do estroma ovariano que envolve cada um desses folículos. Dentro do grupo de folículos primordiais, são escolhidos alguns, através de um mecanismo ainda desconhecido, para saírem do estado quiescente e entrarem na fase de crescimento, que é estimulado pelo hormônio folículo estimulante (FSH).
O crescimento do oócito é muito rápido durante a primeira parte do crescimento folicular. As células foliculares se dividem por mitose formando uma camada única de células cubóides e neste momento, o folículo passa a ser chamado de folículo primário unilaminar. A proliferação das células foliculares continuam dando origem à um epitélio estratificado conhecido como camada granulosa, sendo que o folículo passa a receber o nome de folículo primário multilaminar ou folículo pré-antral. Ao redor do oócito, é secretada uma camada de glicoproteínas, denominada zona pelúcida.
Ao passo que os folículos crescem, eles se movem para áreas mais profundas da região cortical e, uma certa quantidade de líquido, conhecido como líquido folicular, começa a se acumular entre as células foliculares. Os pequenos espaços que contêm esse fluído se unem e as células que fazem parte da camada granulosa se reorganizam dando origem ao antro folicular que é uma grande cavidade. Esses folículos passam a receber o nome de folículos secundários ou folículos antrais.
Durante a reorganização das células da granulosa para a formação do antro, algumas células dessa camada se concentram em determinado local da parede do folículo originando um pequeno espessamento, chamado de cumulus oophorus, que tem como função servir de apoio para o oócito. Além dessa estrutura, existe um grupo de células foliculares que envolvem o oócito, constituindo a corona radiata, acompanhando este quando ele sai do ovário devido à ovulação.
Ao mesmo tempo que ocorrem essas modificações, o estroma localizado ao redor do folículo se modifica para formar as tecas foliculares, que possui duas camadas: a teca interna e a teca externa. As células da primeira camada, quando completamente diferenciadas, apresentam características ultra-estruturais de células produtoras de hormônios esteróides. Estas células sintetizam a androstenediona (hormônio esteróide) que é transportada para as células da granulosa. Estas células, sob influência do hormônio FSH, sintetizam uma enzima que transforma a androstenediona em esteróide. Este, por sua vez, difunde-se até o estroma ao redor dos folículos, cai na corrente sanguínea e é distribuído por todo o organismo.
Geralmente, durante cada ciclo menstrual, um folículo cresce muito mais do que os outros, tornando-se o folículo dominante, que pode vir a alcançar o estágio mais desenvolvido e ovular, passando a ser chamado de folículo de Graaf ou folículo ovulatório. Os outros folículos que fazem parte do grupo que estavam crescendo com uma certa sincronia, entram em atresia. Como resultado do acúmulo de líquido, a cavidade folicular aumenta e a camada de células da granulosa da parede do folículo torna-se mais delgada. O processo total de crescimento folicular na mulher é de aproximadamente 90 dias.
Fontes:
http://www.glowm.com/index.html?p=glowm.cml/section_view&articleid=340
Histologia Básica – Luiz C. Junqueira e José Carneiro. Editora Guanabara Koogan S.A. (10° Ed), 2004.
Biotécnicas Aplicadas à Reprodução Animal – Paulo Bayard Dias Gonçalves, José Ricardo de Figueiredo e Vicente José de Figueiredo Freitas. Ed: 2° (2008). Editora Roca.
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Síntese, secreção e ações metabólicas dos hormônios tireóideos
1- Introdução:
A glândula tireóide é responsável pela síntese dos hormônios T3 e T4,triiodotironina e tiroxina respectivamente, por intermédio da captação de iodeto, os quais são responsáveis pela regulação da taxa metabólica corporal em geral. Sua função depende, também, da absorção do iodo, elemento químico essencial na síntese de seus dois hormônios mais importantes: T4 e T3. Esses dois hormônios são responsáveis, respectivamente, por 90% e 10% do débito total da tireóide. Além desses dois, a tireóide produz o chamado T3 reverso, ou rT3.
Esses três funcionam de maneira conjugada. O T4 funciona, sobretudo como um pré-hormônio, sendo que a monodeiodinação do anel externo de sua estrutura molecular fornece 75% da produção diária de T3, que é o principal hormônio ativo. Alternativamente, a monodeiodinação do anel interno fornece rT3, que é biologicamente inativo.
Ela é crítica para o desenvolvimento e crescimento normais. Tem origem do endoderma, localiza-se na região anterior do pescoço e divide-se em dois lobos que ficam em cada lado da traquéia.
2- Síntese e liberação
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Possuem uma única camada de células epiteliais cubóides produtoras de T4 e T3 forma um folículo circular, e célulasC (células parafoliculares) as quais são responsáveis pela síntese de calcitonina. Dentro da luz folicular os hormônios recentemente sintetizados são armazenados na forma de um material colóide. São sintetizados a partir de tirosina e iodeto pelo complexo enzimático da peroxidase. A tirosina é incorporada em ligações peptídicas dentro da glicoproteína (tireoglobulina) . Sofrem iodação, duas moléculas de de iodotirosina são ligadas para formar iodotironinas (hormônios tireoidianos).
A Secreção de T4 e T3 armazenada requer tireoglobulina da luz do folículo por endocitose. Para apoiar a síntese hormonal, o iodeto é conservado reciclando as moléculas de iodotirosinas.
3- Controle da secreção dos hormônios tireoidianos e transporte no sangue (T3 e T4)
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A atuação da tireóide é controlada pela ação do TSH (hormônioestimulante da tireóide), que é um hormônio produzido pela hipófise, que por sua vez é estimulada pelo TRH (tireotropina) produzido no hipotálamo.
A partir da 11ª a 12ª semana de idade gestacional ela é capaz de sintetizar e secretar hormônios tireoidianos sob estímulo do (TSH) fetal. Tanto o TSH quanto o hormônio tireoidiano fetais são necessários para o desenvolvimento intra-uterino normal do sistema nervoso central (SNC) e do esqueleto.
A regulação da secreção de hormônio tireoidiano pelo TSH está sob controle por retoalimentação negativa (efeito feedback). O T3 e T4circulantes agem na hipófise para diminuir a secreção de TSH; se os níveis destes caírem, a secreção de TSH aumenta. O T3 e T4 quando livres, e não as porções ligadas a proteínas, regulam o débito hipofisário de TSH. A hipófise é capaz de desiodar T4 em T3, e este último age como a efetora final do bloqueio do TSH.
Na circulação a forma do hormônio em maior quantidade é o T4, devido a sua menor velocidade de depuração metabólica e renovação fracional em comparação à T3.
O T3 e o T4 circulam quase inteiramente ligados a proteínas, porém é a fração livre que é ativa, ou seja, T3 é a molécula responsável pela maioria das ações tissulares do hormônio tireoidiano, pois é ela que é ativa. A proporção de T4 entre T3 e rT3 regula a
disponibilidade do hormônio tireóideo ativo.
A principal proteína de fixação é a globulina fixadora de tiroxina (TBG), que é uma globulina sintetizada no fígado. Além de transportar os hormônios, ele também tampona as modificações agudas na função da tireóide e evita que os hormônios, que são moléculas relativamente pequenas, sejam perdidos na urina, ajudando a conservar o iodeto.
4- Principais efeitos metabólicos dos hormônios tireóideos no organismo.
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Aumentam a atividade metabólica de quase todos os tecidos do organismo. O metabolismo basal pode aumentar até 100% acima do normal, quando é secretada grande quantidade desses hormônios. O hormônio tireoidiano aumenta e é um grande regulador da taxa metabólica basal. Utilização de oxigênio, produção de CO2 e termogênese são estimuladas por mecanismos que inclusive o de desacoplamento entre a síntese de ATP e a oxidação de substratos, aumento no tamanho e número de mitocôndrias, atividade aumentada de Na+, K+ -ATPase e taxas aumentadas de oxidação e síntese de glicose e ácidos graxos.
O aumento do número e tamanho das mitocôndrias por sua vez aumenta o número da atividade das mitocôndrias, que por sua vez aumenta a velocidade de formação de ATP (trifosfato de adenosina) para energizar a função celular, aumentando a temperatura corporal. Entretanto, pode representar tanto o resultado da atividade aumentada das células como a causa do aumento.
A estimulação do metabolismo dos carboidratos pelo efeito do hormônio tireóideo, provavelmente resulta no aumento global das enzimas metabólicas celulares.
E no metabolismo das gorduras, aumentam estimulando a concentração de ácidos graxos livres no plasma e acerelam acentuadamente a oxidação dos ácidos graxos livres pelas células.
Segundo BERNE; LEVY 2003, o efeito metabólico geral do hormônio tireoidiano é descrito como o de acelerar a resposta ao jejum.
Os hormônios tireoidianos causam grandes efeitos no sistema cardiovascular, como o aumento do fluxo sangüíneo e do débito cardíaco, aumento da freqüência e da força cardíaca.
A forma ativa, ou seja, T3 também aumenta a síntese protéica e, com isso, a síntese de enzimas, aumenta o tamanho e o número de mitocôndrias na maioria das células, aumenta a atividade contrátil do coração, promove a absorção rápida de glicose
pelas células e, por fim, incrementa a glicólise, a gliconeogênese e a mobilização de lipídios, aumentando a disponibilidade de ácidos graxos livres para oxidação como forma de obtenção de energia. O T3 tem papel importante na maturação, estimulando a
ossificação endocondral, o crescimento linear do osso e a maturação dos centros ósseos epifisários.
Além disso, o T3, especificamente, pode acelerar o crescimento facilitando a síntese e secreção do (hormônio gonadotrófico) GH (Berne & Levy, 2003; Guyton & Hall, 2006).
Em exercício, a liberação de TSH aumenta, no entanto, esse aumento na liberação de hormônio tireóideo não acontece imediatamente depois do aumento da liberação de TSH, pois acontece um atraso. Além disso, durante sessões de exercício submáximas prolongadas, os níveis de T4 permanecem relativamente constantes em aproximadamente 35% a mais do que os níveis de repouso, depois de um pico inicial no começo do exercício, e os níveis de T3 tendem a aumentar.
5. Bibliografia
1. GUYTON, A.C.; HALL, J.E.Tratado de Fisiologia Médica. 11ª Ed.
Trad. Edit. Saunders Elsevier Ltda. Rio de Janeiro-RJ, 2006.
2. BERNE; LEVY, M.N.; Fundamentos de Fisiologia.
A. Stanton, 2003.

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