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DIREITOS HUMANOS CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (“PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA”) Livro Eletrônico PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Kamilla Fernandes e Larissa Carvalho SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Juliane Fenícia de Castro e Thaylinne Gomes Lima REVISOR(A): Luciana Postiglioni DIAGRAMADOR: Weverton Carvalho CAPA: Washington Nunes Chaves Gran Cursos Online SBS Quadra 02, Bloco J, Lote 10, Edifício Carlton Tower, Sala 201, 2º Andar, Asa Sul, Brasília-DF CEP: 70.070-120 Capitais e regiões metropolitanas: 4007 2501 Demais localidades: 0800 607 2500 Seg a sex (exceto feriados) / das 8h às 20h www.grancursosonline.com.br/ouvidoria TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei n. 9.610, de 19.02.1998, nenhuma parte deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recupe ração de informações ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio consentimento do detentor dos direitos autorais e do editor. © 05/2019 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br/ouvidoria http://www.grancursosonline.com.br 3 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa Convenção Americana de Direitos Humanos ..................................................5 (Pacto de San José da Costa Rica) ................................................................5 1. Introdução .............................................................................................5 2. Parte I ...................................................................................................7 2.1. Direito à Vida ......................................................................................7 2.2. Direito à Integridade Pessoal ...............................................................12 2.3. Proibição da Escravidão e da Servidão...................................................13 2.4. Direito à Liberdade Pessoal ..................................................................14 2.5. Garantias Judiciais .............................................................................16 2.6. Princípio da Legalidade e da Retroatividade ...........................................18 2.7. Direito à Indenização ..........................................................................19 2.8. Proteção da Honra e da Dignidade ........................................................19 2.9. Liberdade de Consciência e de Religião .................................................19 2.10. Liberdade de Pensamento e de Expressão ............................................20 2.11. Direito de Reunião e Liberdade de Associação ......................................21 2.12. Proteção da Família e da Criança ........................................................22 2.13. Direito à Nacionalidade .....................................................................23 2.14. Direito à Propriedade Privada e Direito de Circulação e de Residência ......23 2.15. Direitos Políticos ...............................................................................25 2.16. Igualdade Perante a Lei e Proteção Judicial ..........................................25 3. Suspensão das Garantias Previstas na CADH ............................................26 4. Órgãos de Fiscalização da CADH .............................................................28 4.1. Comissão Interamericana de Direitos Humanos ......................................28 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 4 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa 4.2. Corte Interamericana de Direitos Humanos ............................................30 Resumo ...................................................................................................31 Questões de Concurso ...............................................................................34 Gabarito ..................................................................................................49 Gabarito Comentado .................................................................................50 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 5 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA) 1. Introdução Nesta aula trataremos da Convenção Americana de Direitos Humanos, também conhecida como Pacto de San José da Costa Rica. Os livros e as bancas de concurso podem tratar a Convenção Americana de Direitos Humanos como Pacto de San José da Costa Rica. É a mesma coisa! Para facilitar a nossa aula, utilizarei a sigla CADH para tratar dessa Convenção. A CADH foi adotada no âmbito da Organização dos Estados Americanos na Con- ferência Especializada Interamericana sobre Direitos Humanos de 22 de novembro de 1969, em São José, na Costa Rica. Valério Mazzuoli destaca que: A Convenção, na sua Parte I, elenca um rol de direitos civis e políticos parecido ao do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, de 1966, a exemplo do direito à vida (art. 4º), do direito à integridade pessoal (art. 5º), do direito de não ser submetido à escravidão ou servidão (art.6º), do direito à liberdade pessoal (art. 7º), do direito de recorrer da sentença criminal a juiz ou tribunal superior (art. 8º, § 2º, h), do direito de liberdade de consciência e de crença (art. 12), do direito de liberdade de pensamento e expressão (art. 13), do direito de retificação ou resposta (art.14), do direito de reunião (art. 15), do direito ao nome (art. 18), do direito à nacionalidade (art. 20), do direito à propriedade privada (art. 21), do direito de circulação e de residência (art. 22), dos direitos políticos (art. 23), do direito à igualdade perante a lei (art. 24) e à proteção judicial (art.25). Na sua Parte II o tratado enumera os meios de alcançar a proteção dos direitos elencados na Parte I. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 6 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa Estabelece o art. 1.1 que os Estados-partes da CDAHV devem se comprometer a respeitar os direitos e liberdades nela reconhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício a toda pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, sem discriminação al- guma, por motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qual- quer outra natureza, origem nacionalou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social. Ao utilizar a expressão “a toda pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição”, a CADH deixa claro que a sua observância independe da nacionalidade da vítima. A CADH não protege pessoa jurídica! O art. 2 da CADH estabelece: CADH Art. 2º Se o exercício dos direitos e liberdades mencionados no artigo no artigo 1 ainda não estiver garantido por disposições legislativas ou de outra natureza, os Estados-Par- tes comprometem-se a adotar, de acordo com as suas normas constitucionais e com as disposições desta Convenção, as medidas legislativas ou de outras natureza que forem necessárias para tornar efetivos tais direitos e liberdades. O Brasil aderiu à CADH em 9 de julho de 1992, depositou a carta de adesão em 25 de setembro de 1992, e a promulgou por meio do Decreto n. 678/1992. Vale ressaltar que a CADH entrou em vigor para o Brasil em 25 de setembro de 1992 (data do depósito de seu instrumento de ratificação). Isso se dá devido à regra estabelecida no art. 74.2 da CADH: CADH Art. 74.2 A ratificação desta Convenção ou a adesão a ela efetuar-se-á mediante depósi- to de um instrumento de ratificação ou de adesão na Secretária-Geral da Organização dos Estados Americanos. Esta Convenção entrará em vigor logo que onze Estados houverem depositado os seus respectivos instrumentos de ratificação ou de adesão. Com referência a qualquer outro Estado que a ratificar ou que a ela aderir ulteriormente, a Convenção entrará em vigor na data do depósito do seu instrumento de ratificação ou de adesão. 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Os Estados-Partes comprometem-se a adotar providência, tanto no âmbito interno como mediante cooperação internacional, especialmente econômica e técnica, a fim de conseguir progressivamente a plena efetividade dos direitos que decorrem das normas econômicas, sociais e sobre educação, ciência e cultura, constantes da Carta da Organização dos Estados Americanos, reformada pelo Protocolo de Buenos Aires, na medida dos recursos disponíveis, por via legislativa ou por outros meios apropriados. 2. Parte I 2.1. Direito à Vida Estabelece a CADH que toda pessoa tem direito ao reconhecimento de sua per- sonalidade jurídica. O art. 4.1 da CADH aduz que: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 8 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa CADH Art. 4.1 Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser pri- vado da vida arbitrariamente. A CADH protege o direito à vida desde a CONCEPÇÃO! Olha como isso foi cobrado em prova! (PC-SP/PC-SP/ESCRIVÃO DA POLÍCIA CIVIL/2017) O Pacto de San José da Costa Rica a) permite o restabelecimento da pena de morte nos Estados. b) declara que as pessoas condenadas à pena de morte não tem direito a anistia. c) estabelece que as pessoas podem ser privadas da vida arbitrariamente. d) permite a pena de morte nos delitos comuns conexos com os delitos comuns. e) protege a vida desde a concepção. Letra e. A CADH protege a vida desde a concepção! Com relação à pena de morte, o art. 4.2 afirma que nos países que não houve- rem abolido a pena de morte, esta só poderá ser imposta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal competente e em conformidade com lei que estabeleça tal pena, promulgada antes de haver o delito sido cometido. Estabelece ainda que a pena de morte não se estenderá a delitos aos quais não se aplique atualmente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 9 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa Em outras palavras, para a CADH, nos países em que a pena de morte não te- nha sido abolida, ela só poderá ser imposta se acumular os seguintes requisitos: • ser aplicada apenas aos crimes mais graves; • ser dada em cumprimento de sentença final de tribunal competente; • estar em conformidade com legislação promulgada antes do cometimento do delito. O art. 4.3 dispõe que não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a tenham abolido. Esse dispositivo é bastante cobrado em prova! (IBADE/SEJUDH/AGENTE PENITENCIÁRIO/2017) Considerando a Convenção Ame- ricana sobre Direitos Humanos, é correto afirmar que: a) a pena de morte não pode ser restabelecida nos Estados em que tenha sido abolida. b) estabelece que o direito à reunião não se submete a qualquer restrição. c) o Brasil não é signatário desta Convenção. d) permite a escravidão e) não trata de delitos ou de direitos políticos. Letra a. Conforme acabamos de ver, não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a tenham abolido. No art. 4.4 a CADH afirma que jamais a pena de morte ser aplicada por delitos políticos, nem por delitos comuns conexos com delitos políticos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 10 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa A CADH estabelece que a pena de morte não pode ser aplicada a crimes políticos, nem crimes comuns conexos com crimes políticos. Já o art. 4.5 afirma que não se deve aplicar a pena de morte à pessoa que, no momento da perpetração do delito, for menor de 18 anos, ou maior de 70, ou mu- lher em estado de gravidez. Essas proibições (pena de morte ao menor de 18 anos, ao maior de 70 e às mulhe- res grávidas) devem ser observadas se o acusado possuía algumas dessas condi- ções no momento do delito. As bancas vão falar em “momento da condenação” para te confundir! Não caia nes- sa pegadinha! A CADH fala em momento da perpetração (momento que cometeu) do delito. Olha o que a VUNESP fez! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 11 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto deSan José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa (VUNESP/PC-SP/AGENTE POLICIAL/2018) Com relação à pena de morte, a Con- venção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”): a) prevê que, em nenhum caso, pode a pena de morte ser aplicada a delitos políti- cos, sendo autorizada a aplicação aos delitos comuns conexos com delitos políticos. b) prevê que não se deve impor a pena de morte à pessoa que, no momento da condenação, for maior de setenta anos. c) prevê que não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido. d) prevê que não se deve impor a pena de morte à pessoa que, no momento da perpetração do delito ou de sua condenação, for menor de vinte e um anos. e) não possui qualquer previsão. Letra c. Conforme estudamos, a CADH estabelece que a pena de morte não pode ser resta- belecida pelos países que já a tenham abolido. Olha a letra B falando em “momento da condenação”. Eu preciso que você leia item por item! Não tenha pressa em fa- zer sua prova! Use seu tempo. O examinador “te derruba” exatamente na falta de atenção. Vamos que vamos! O art. 4.6 da CADH afirma: CADH Art. 4.6 Toda pessoa condenada à morte tem direito a solicitar anistia, indulto ou comu- tação da pena, os quais podem ser concedidos em todos os casos. Não se pode execu- tar a pena de morte enquanto o pedido estiver pendente de decisão ante a autoridade competente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 12 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa Enquanto a decisão desses pedidos estiver pendente, a pena de morte não poderá ser executada. 2.2. Direito à Integridade Pessoal A CADH estabelece que todo ser humano tem o direito de que se respeite sua integridade física, psíquica e moral. Afirma também que ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou degradantes, e toda pessoa privada da liberdade deve ser tratada com respeito e dignidade. Uma importante informação é que, nos termos da CADH, os processados devem ficar separados dos condenados, exceto em situações excepcionais. Os menores, quando forem processados, devem ser separados dos adultos e conduzidos a tribunal especializado, com a maior rapidez possível. Lembre-se sempre: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 13 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa A CADH também afirma que as penas privativas da liberdade devem ter por fi- nalidade essencial a reforma e a readaptação social dos condenados. 2.3. Proibição da Escravidão e da Servidão Dispõe o art. 6.1 da CADH: CADH Art. 6.1 Ninguém pode ser submetido à escravidão ou a servidão, e tanto estas como o tráfico de escravos e o tráfico de mulheres são proibidos em todas as formas. Pela leitura do dispositivo, podemos constatar que a CADH proíbe em todas as suas formas: • escravidão; • servidão; • tráfico de escravos; e • tráfico de mulheres. Com relação ao trabalho forçado, estabelece a CADH no seu art. 6.2: CADH Art. 6.2 Ninguém deve ser constrangido a executar trabalho forçado ou obrigató- rio. Nos países em que se prescreve, para certos delitos, pena privativa da liberdade acompanhada de trabalhos forçados, esta disposição não pode ser interpretada no O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 14 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa sentido de que proíbe o cumprimento da dita pena, imposta por juiz ou tribunal com- petente. O trabalho forçado não deve afetar a dignidade nem a capacidade física e intelectual do recluso. Simplificando pra você: A CADH estabelece que ninguém deve ser submetido a trabalho forçado. Contudo, ela prevê uma exceção, qual seja: países em que a pena de prisão for acompanhada de trabalhos forçados, a pena for imposta por juiz ou tribunal competente e o trabalho forçado não afetar a dignidade, nem a capacidade física e intelectual do preso. A CADH também estabelece O QUE NÃO É considerado trabalho forçado: • trabalhos ou serviços normalmente exigidos de pessoal recluso em cumpri- mento de sentença ou resolução formal expedida pela autoridade judiciária competente. Contudo, esses trabalhos ou serviços devem ser executados sob a vigilância e controle das autoridades públicas, e os indivíduos que os exe- cutarem não devem ser postos à disposição de particulares, companhias ou pessoas jurídicas de caráter privado; • serviço militar e, nos países onde se admite a isenção por motivos de consci- ências, o serviço nacional que a lei estabelecer em lugar daquele; • serviço imposto em casos de perigo ou calamidade que ameace a existência ou o bem-estar da comunidade; e • trabalho ou serviço que faça parte das obrigações cívicas normais. 2.4. Direito à Liberdade Pessoal A CADH estabelece que toda pessoa tem direito à liberdade e à segurança pes- soais e que ninguém pode ser privado de sua liberdade física, salvo pelas causas e nas condições previamente fixadas pelas constituições políticas ou leis dos Esta- dos-Partes. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 15 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa Afirma também estão proibidas as detenções e encarceramento arbitrários. No seu art. 7.4, a CADH estabelece que toda pessoa detida ou retida deve ser informada das razões da sua detenção e notificada, sem demora, da acusação ou acusações formuladas contra ela. Os arts. 7.5 e 7.6 estabelecem: CADH Art. 7.5 Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou outra autoridade autorizada pela lei a exercer funções judiciais e tem direito a ser julgada dentro de um prazo razoável ou a ser posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo. Sua liberdade pode ser condiciona a garantias que assegurem o seu comparecimento em juízo. Art. 7.6 Toda pessoa privada da liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal competente, a fim de que este decida, sem demora, sobre ou tribunal competente, a fim de que este decida, sem demora, sobre a legalidade de sua prisão ou detenção e ordene sua soltura se a prisão ou a detenção forem ilegais. Nos Estados-Partes cujas leis pre- veem que toda pessoa que se vir ameaçada de ser privada de sua liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal competente a fim de que este decida sobre a legalidade de tal ameaça, tal recurso não pode ser restringido nem abolido. O recurso pode ser interposto pela própria pessoa ou por outra pessoa. O art. 7.7 afirmaque ninguém deve ser detido por dívida. Este princípio não limita os mandados de autoridade judiciária competente expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação alimentar. No que se refere à prisão civil por dívida, a CADH estabelece que é permitida ape- nas para o caso de inadimplemento de obrigação alimentar (pensão alimentícia). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 16 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa 2.5. Garantias Judiciais Dispõe o art. 8.1 da CADH: CADH Art. 8.1 Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabe- lecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou para que se determinem seus direitos ou obrigações de natureza civil, trabalhis- ta, fiscal ou de qualquer outra natureza. O art. 8.2 estabelece alguns direitos aos acusados. São eles: • que se presuma sua inocência enquanto não comprovada legalmente sua culpa; • ser assistido gratuitamente por tradutor ou intérprete quando não falar o idioma do juiz ou tribunal; • comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da acusação formulada; • tempo e meios adequados para preparar sua defesa; • defender-se pessoalmente ou ser assistido por um defensor de sua escolha e comunicar-se, livremente e em particular, com seu defensor; • direito irrenunciável de ser assistido por um defensor proporcionado pelo Estado, remunerado ou não, se o acusado não se defender nem nomear de- fensor; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 17 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa • inquirir as testemunhas presentes no tribunal e obter o comparecimento, como testemunhas ou peritos, de outras pessoas que possam lançar luz so- bre os fatos; • não ser obrigado a depor contra si mesmo, nem a declarar-se culpado; e • recorrer da sentença para juiz ou tribunal superior. Olha como esse assunto foi cobrado em prova! (IBFC / SEAP-MG / AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIO / 2018) Assinale a alternativa correta. Segundo a CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (1969), toda pessoa acusada de um delito tem direito durante o processo às se- guintes garantias mínimas: a) O processo penal deve ser privado, de modo a preservar os interesses da justiça e da sociedade. b) O direito do acusado de ser assistido gratuitamente por um tradutor ou intérpre- te, caso não compreenda ou não fale a língua do juízo ou tribunal. c) A comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da acusação formulada deve ser obrigatoriamente bilíngue (inglês e língua oficial do país, no qual aconteceu o delito). d) A concessão ao acusado do tempo e dos meios necessários à preparação de sua defesa será de 30 (trinta) dias corridos, a contar da publicação em órgão oficial. e) Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro do prazo máximo de 7 (sete) dias, por um juiz ou Tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou na determinação de seus direitos e obrigações de caráter civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza. 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Art. 8.5 O processo penal deve ser público, salvo no que for necessário para preservar os interesses da justiça. 2.6. Princípio da Legalidade e da Retroatividade CADH Art. 9 Ninguém pode ser condenado por ações ou omissões que, no momento em que forem cometidas, não sejam delituosas, de acordo com o direito aplicável. Tampouco se pode impor pena mais grave que a aplicável no momento da perpetração do delito. Se depois da perpetração do delito a lei dispuser a imposição de pena mais leve, o delin- quente será por isso beneficiado. Facilitando seu entendimento: Princípio da legalidade: ninguém pode ser condenado por ações ou omissões que, no momento em que foram cometidas, não sejam consideradas crimes. Tam- bém não se pode impor pena mais grave que a aplicável no momento da perpetra- ção do delito. Princípio da retroatividade: se, depois do crime, uma nova lei dispuser a uma pena mais leve, o delinquente será por ela beneficiado. 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Nos casos de pro- cesso em andamento, a CADH não fala em indenização. 2.8. Proteção da Honra e da Dignidade Dispõem o art. 11.1 e 11.2 da CADH que toda pessoa tem direito ao respeito de sua honra e ao reconhecimento de sua dignidade e que ninguém pode ser objeto de ingerências arbitrárias ou abusivas em sua vida privada, na de sua família, em seu do- micílio ou em sua correspondência, nem de ofensas ilegais à sua honra ou reputação. 2.9. Liberdade de Consciência e de Religião Segundo o art. 12.1 da CADH, toda pessoa tem direito à liberdade de consciên- cia e de religião. Esse direito implica a liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças, bem como a liberdade de profes- sar e divulgar sua religião ou suas crenças, individual ou coletivamente, tanto em público como em privado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br20 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa Vamos esquematizar a abrangência desse direito: Afirma a CADH que ninguém pode ser objeto de medidas restritivas que possam li- mitar sua liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças. Contudo, a liberdade de manifestar a religião e a crença está sujeita às limitações prescritas em leis e que sejam necessárias para proteger a segurança, a ordem, a saúde ou moral pública ou os direitos ou liberdades das demais pessoas. Dispõe ainda o art. 12.4: CADH Art. 12.4 Os pais, e quando forem o caso os tutores, têm direito a que seus filhos ou pupi- los recebam a educação religiosa e moral que esteja acorde com suas próprias convicções. 2.10. Liberdade de Pensamento e de Expressão Segundo o art. 13.1 da CADH, toda pessoa tem direito à liberdade de pensa- mento e de expressão. Esse direito compreende a liberdade de buscar, receber e difundir informações e ideias de toda natureza, sem consideração de fronteiras, verbalmente ou por escrito, ou em forma impressa ou artística, ou por qualquer outro meio de sua escolha. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 21 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa O exercício desse direito se sujeita a responsabilidades ulteriores necessárias para assegurar: respeito aos direitos ou à reputação das demais pessoas e a pro- teção da segurança nacional, da ordem pública, ou da saúde ou da moral pública. O art. 13.4 afirma que a lei pode submeter os espetáculos públicos à censura prévia, com o objetivo exclusivo de regular o acesso a eles, para proteção moral da infância e da adolescência. O art. 13.5 lista uma série de propagandas que devem ser proibidas por lei, são elas: • propaganda a favor da guerra; • propaganda que faça apologia ao ódio nacional, racial ou religioso; • propaganda que constitua incitação à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência. 2.11. Direito de Reunião e Liberdade de Associação Dispõe o art. 15 da CADH: CADH Art. 15 É reconhecido o direito de reunião pacífica e sem armas. O exercício de tal direi- to só pode estar sujeito às restrições previstas pela lei e que sejam necessárias a uma sociedade democrática, no interesse da segurança nacional, da segurança ou da ordem públicas, ou para proteger a saúde ou a moral públicas ou os direitos e liberdades das demais pessoas. Vamos esquematizar o direito de reunião na CADH: • o direito de reunião é reconhecido; • a reunião deve ser pacífica e sem armas; • o direito de reunião pode sofrer restrições previstas em lei, no interesse da segurança, ordem pública, proteção da saúde, da moral e da liberdade das demais pessoas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 22 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa Com relação à associação, vamos ler o que dispõem os arts. 16.1 e 16.2 da CADH. CADH Art. 16.1 Todas as pessoas têm o direito de associar-se livremente com fins ideológi- cos, religiosos, políticos, econômicos, trabalhistas, sociais, culturais, desportivos, ou de qualquer outra natureza. Art. 16.2 O exercício de tal direito só pode estar sujeito às restrições previstas pela lei que sejam necessárias, numa sociedade democrática, no interesse da segurança nacio- nal, da segurança ou da ordem públicas, ou para proteger a saúde ou a moral públicas ou os direitos e liberdades das demais pessoas. Vamos esquematizar o direito de associação na CADH: • todas as pessoas têm o direito de associar-se livremente com fins ideológi- cos, religiosos, políticos, econômicos, trabalhistas, sociais, culturais, despor- tivos, ou de qualquer outra natureza; • o direito de associação pode sofrer restrições previstas em lei, no interesse da segurança, ordem pública, proteção da saúde, da moral e da liberdade das demais pessoas. A CADH afirma também que não é proibida a imposição de restrições legais, e mesmo a privação do exercício do direito de associação, aos membros das forças armadas e da polícia. 2.12. Proteção da Família e da Criança Para a CADH a família é o elemento natural e fundamental da sociedade e deve ser protegida pela sociedade e pelo Estado. É também reconhecido o direito do homem e da mulher de se casarem e cons- tituírem família se tiverem a idade e as condições para isso exigidas pelas leis. O casamento não pode ser celebrado sem o livre e pleno consentimento dos contraentes. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 23 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa O art. 17.4 estabelece: CADH Art. 17.4 Os Estados-Partes devem tomar medidas apropriadas no sentido de assegu- rar a igualdade de direitos e a adequada equivalência de responsabilidades dos cônjuges quanto ao casamento, durante o casamento e em caso de dissolução do mesmo. Em caso de dissolução, serão adotadas disposições que assegurem a proteção necessária aos filhos, com base unicamente no interesse e conveniência dos mesmos. Outro importante aspecto apresentado pela CADH é que a lei deve reconhecer iguais direitos tanto aos filhos nascidos fora do casamento como aos nascidos den- tro do casamento. Já o art. 19 da CADH afirma que toda criança tem direito às medidas de prote- ção por parte da sua família, da sociedade e do Estado. 2.13. Direito à Nacionalidade A CADH afirma que toda pessoa tem direito a uma nacionalidade do Estado em cujo território houver nascido se não tiver direito à outra. Afirma ainda que a ninguém se deve privar arbitrariamente de sua nacionalida- de nem do direito de mudá-la. 2.14. Direito à Propriedade Privada e Direito de Circulação e de Residência Segundo o art. 21.1 da CADH, todos têm direito ao uso e gozo dos seus bens. Contudo, a lei pode subordinar esse uso e gozo ao interesse social. Afirma no art. 21.2 que nenhuma pessoa pode ser privada de seus bens, exceto mediante o pagamento de indenização justa, por motivo de utilidade pública ou de interesse social e nos casos estabelecidos em lei. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 24 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa O art. 22.1 afirma que todos que se achem legalmente no território de um Es- tado têm direito de circular nele e de nele residir. Já o art. 22.2 afirma que todos têm o direito de sair livremente de qualquer país, inclusive do próprio. Sobre os estrangeiros, dispõeo art. 22.6 da CADH: CADH Art. 22.6 O estrangeiro que se ache legalmente no território de uma Estado-Parte nesta Convenção só poderá dele ser expulso em cumprimento de decisão adotada de acordo com a lei. Acerca da concessão do asilo, esclarece a CADH que toda pessoa tem o direito de buscar e receber asilo em território estrangeiro, em caso de perseguição por de- litos políticos ou comuns conexos com delitos políticos e de acordo com a legislação de cada Estado e com os convênios internacionais. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 25 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa Neste ponto, tenha bastante atenção! Em nenhum caso o estrangeiro pode ser expulso ou entregue a outro país, seja ou não de origem, onde seu direito à vida ou liberdade pessoal esteja em risco de violação por causa da sua raça, nacionalidade, religião, condição social ou de suas opiniões políticas. Também é proibida a expulsão coletiva de estrangeiros. 2.15. Direitos Políticos CADH Art. 23.1 Todos os cidadãos devem gozar dos seguintes direitos e oportunidades: a) de participar da direção dos assuntos públicos, diretamente ou por meio de represen- tantes livremente eleitos; b) de votar e serem eleitos em eleições periódicas autênticas, realizadas por sufrágio universal e igual e por voto secreto que garanta a livre expressão da vontade dos elei- tores; e c) de ter acesso, em condições gerais de igualdade, às funções públicas de seu país. Esquematizando: 2.16. Igualdade Perante a Lei e Proteção Judicial A CADH estabelece que todos são iguais perante a lei. Por conseguinte, têm di- reito, sem discriminação, à igual proteção da lei. Trata-se aqui do princípio da IGUALDADE FORMAL. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 26 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa Se a banca falar que a CADH estabelece o princípio da igualdade no seu aspecto material, está ERRADO! A CADH traz a igualdade em sentido formal. Com relação à proteção judicial, o art. 25.1 da CADH afirma que toda pessoa tem direito a um recurso simples e rápido ou a qualquer outro recurso efetivo, perante os juízos ou tribunais competentes, que a proteja contra atos que violem seus direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição, pela lei ou pela presen- te Convenção, mesmo quando tal violação seja cometida por pessoas que estejam atuando no exercício de suas funções oficiais. 3. Suspensão das Garantias Previstas na CADH As obrigações da CADH podem ser suspensas? A resposta é sim! Vamos ver como a CADH trouxe essa matéria e depois esquematizar para faci- litar o entendimento: CADH Art. 27.1 Em caso de guerra, de perigo público, ou de outra emergência que ameace a independência ou segurança do Estado-Parte, este poderá adotar disposições que, na medida e pelo tempo estritamente limitados às exigências da situação, suspendam as obrigações contraídas em virtude desta Convenção, desde que tais disposições não sejam incompatíveis com as demais obrigações que lhe impõe o Direito Internacional e não encerrem discriminação alguma fundada em motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião ou origem social. Art. 27.2 A disposição precedente não autoriza a suspensão dos direitos determina- dos nos seguintes artigos: 3 (Direito ao Reconhecimento da Personalidade Jurídica), 4 (Direito à vida), 5 (Direito à Integridade Pessoal), 6 (Proibição da Escravidão e Servi- dão), 9 (Princípio da Legalidade e da Retroatividade), 12 (Liberdade de Consciência e de Religião), 17 (Proteção da Família), 18 (Direito ao Nome), 18 (Direitos da Criança), 20 (Direito à Nacionalidade) e 23 (Direitos Políticos), nem das garantias indispensáveis para a proteção de tais direitos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 27 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa Art. 27.3 Todo Estado-Parte que fizer uso do direito de suspensão deverá informar imediatamente os outros Estados-Partes na presente Convenção, por intermédio do Se- cretário-Geral da Organização dos Estados Americanos, das disposições cuja aplicação haja suspendido, dos motivos determinantes da suspensão e da data em que haja dado por terminado tal suspensão. Esquematizando: Situações que possibilitam a suspensão dos direitos previstos na CADH: • guerra, perigo público, ou outra emergência que ameace a independência ou segurança do país. Forma como essa suspensão ocorrerá: • a suspensão ocorrerá pelo tempo estritamente necessário às exigências da situação; • a suspensão não pode ser incompatível com as obrigações do Direito Inter- nacional; • a suspensão não pode conter discriminações de raça, cor, sexo, idioma, reli- gião ou origem social. Direitos que não podem ser suspensos: • personalidade jurídica; • vida; • integridade pessoal; • proibição da escravidão e servidão; • princípio da legalidade e da retroatividade; • liberdade de consciência e de religião; • proteção da família; • nome; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 28 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa • direitos da criança; • nacionalidade; • direitos políticos. 4. Órgãos de Fiscalização da CADH O art. 33 da CADH traz os órgãos competentes para conhecer dos assuntos relacionados ao cumprimento dos seus compromissos. São eles: a Comissão Inte- ramericana de Direitos Humanos (Comissão) e a Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte). Vamos estudar um pouco sobre esses órgãos! 4.1. Comissão Interamericana de Direitos Humanos A comissão será composta por 7 membros com alto conhecimento em Direitos Humanos. Cada Estado-Parte pode apresentar até três candidatos, nacionais ou de qual- quer outro Estado-Membro da organização dos Estados Americanos. Os membros da Comissão serão eleitos por 4 anos e só poderão ser reeleitos uma vez. Não pode fazer parte da Comissão mais de um nacional de um mesmo Estado. As funções da Comissão são: • promover a observância e a defesa dos direitos humanos; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 29 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa Essa é a função principalda Comissão. • estimular a consciência dos direitos humanos nos povos da América; • formular recomendações aos Estados-Membros para que adotem medidas em prol dos direitos humanos no âmbito de suas leis internas e seus pre- ceitos constitucionais, bem como disposições apropriadas para promover o devido respeito a esses direitos; • preparar os estudos ou relatórios que considerar convenientes ao desempe- nho de suas funções; • solicitar aos Estados-Membros informações sobre as medidas que adotarem em matéria de direitos humanos; • atender às consultas que lhe formularem os Estados-Membros sobre ques- tões relacionadas com os direitos humanos e prestar-lhes assessoramento; • atuar com respeito às petições e outras comunicações, no exercício de sua autoridade; • apresentar relatório anual à Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos. É importante ressaltar que qualquer pessoa ou grupo de pessoas, ou entidade não governamental legalmente reconhecida em um ou mais Estados-Membros da Organização, pode apresentar à Comissão petições que contenham denúncias ou queixas de violação desta Convenção por um Estado-Parte. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 30 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa 4.2. Corte Interamericana de Direitos Humanos A Corte será composta por 7 juízes, nacionais dos Estados-Membros, eleitos dentre juristas com reconhecida competência em matéria de direitos humanos. Não deve haver 2 juízes da mesma nacionalidade. Os juízes da Corte serão eleitos por um período de 6 anos e só poderão ser re- eleitos uma vez. O quórum para as deliberações da Corte é constituído por 5 juízes. A Corte tem competência para conhecer de qualquer caso relativo à interpre- tação e aplicação das disposições da CADH, desde que os Estados-Partes no caso tenham reconhecido ou reconheçam a referida competência, seja por declaração especial, seja por convenção especial. Vale ressaltar que somente os Estados-Partes e a Comissão têm direito de sub- meter caso à decisão da Corte. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 31 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa RESUMO • Os livros e as bancas de concurso podem tratar a Convenção Americana de Direitos Humanos como Pacto de San José da Costa Rica. É a mesma coisa! • A CADH foi adotada no âmbito da Organização dos Estados Americanos na Conferência Especializada Interamericana sobre Direitos Humanos de 22 de novembro de 1969, em São José, na Costa Rica. • A CADH entrou em vigor no Brasil no dia 25 de setembro de 1992. • Toda pessoa tem direito ao reconhecimento de sua personalidade jurídica. • A CADH protege o direito à vida desde a CONCEPÇÃO. • Nos países em que a pena de morte não tenha sido abolida, ela só poderá ser imposta se acumular os seguintes requisitos: ser aplicada apenas aos crimes mais graves, ser dada em cumprimento de sentença final de tribunal competente e esteja em conformidade com legislação promulgada antes do cometimento do delito. • Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a tenham abolido. • Jamais a pena de morte ser aplicada por delitos políticos, nem por delitos comuns conexos com delitos políticos. • A pena de morte é proibida à pessoa que, no momento da perpetração do de- lito, for menor de 18 anos, ou maior de 70, ou mulher em estado de gravidez. • Toda pessoa condenada à morte tem direito a solicitar anistia, indulto ou co- mutação da pena. • Todo ser humano tem o direito de que se respeite sua integridade física, psí- quica e moral. • Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, desu- manos ou degradantes e toda pessoa privada da liberdade deve ser tratada com respeito e dignidade. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 32 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa • Os processados devem ficar separados dos condenados, exceto em situações excepcionais. • Os menores, quando forem processados, devem ser separados dos adultos. • As penas privativas da liberdade devem ter por finalidade essencial a reforma e a readaptação social dos condenados. • A CADH proíbe a escravidão, a servidão, o tráfico de escravo e o tráfico de mulheres. • A CADH estabelece que ninguém deve ser submetido a trabalho forçado. Con- tudo, ela prevê uma exceção, qual seja: países em que a pena de prisão for acompanhada de trabalhos forçados, a pena for imposta por juiz ou tribunal competente e o trabalho forçado não afetar a dignidade, nem a capacidade física e intelectual do preso. • Toda pessoa detida ou retida deve ser informada das razões da sua detenção e notificada, sem demora, da acusação ou acusações formuladas contra ela. • No que se refere à prisão civil por dívida, a CADH estabelece que é permitida ape- nas para o caso de inadimplemento de obrigação alimentar (pensão alimentícia). • A confissão do acusado só é válida se feita sem coação de nenhuma natureza. • O acusado absolvido por sentença passada em julgado não poderá se subme- tido a novo processo pelos mesmos fatos. • O processo penal deve ser público, salvo no que for necessário para preservar os interesses da justiça. • Princípio da legalidade: ninguém pode ser condenado por ações ou omissões que, no momento em que foram cometidas, não sejam consideradas crimes. Também não se pode impor pena mais grave que a aplicável no momento da perpetração do delito. 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A suspensão não pode ser incompatível com as obrigações do Direito Internacional. A suspensão não pode conter discriminações de raça, cor, sexo, idioma, religião ou origem social. • Direitos que não podem ser suspensos: personalidade jurídica, vida, in- tegridade pessoal, proibição da escravidão e servidão, princípio da legalidade e da retroatividade, liberdade de consciência e de religião, proteção da famí- lia, nome, direitos da criança, nacionalidade e direitos políticos. • O art. 33 da CADH traz os órgãos competentes para conhecer dos assuntos relacionados ao cumprimento dos seus compromissos. São eles: a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (Comissão) e a Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 34 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa QUESTÕES DE CONCURSO Questão 1 (VUNESP/PREFEITURA DE SOROCABA-SP/PROCURADOR DO MUNICÍ- PIO/2018) A Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica) dispõe a respeito dos trabalhos forçados dos presos que: a) são admitidos como regra, desde que assegurada à dignidade do preso. b) podem ser impostas administrativamente, ainda que não previstas na sentença judicial, desde que também beneficie o preso c) podem ser implementados, desde que com a concordância do preso e quando este assina termo de responsabilidade. d) a única limitação para a sua implementação relaciona-se à idade do preso, que não pode ser menor do que dezoito ou maior que sessenta anos de idade. e) não são assim considerados quando exigidos do preso em cumprimento de sen- tença judicial. Questão 2 (VUNESP/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) O Pacto de São José da Costa Rica estipula que os Estados-Partes podem suspender as obrigações contraí- das em virtude do referido Pacto, como por exemplo, em situação de guerra, perigo público, ou de outra emergência que ameace a sua independência ou sua seguran- ça. Dentre os direitos que podem ser suspensos nessas hipóteses, está a) o Direito à Nacionalidade. b) o Direito de Circulação. c) o Direito ao Reconhecimento da Personalidade Jurídica. d) a Liberdade de Religião. e) o Princípio da Retroatividade da lei. 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Questão 4 (VUNESP/PC-SP/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL/2018) Assinale a alter- nativa que contempla afirmativa em consonância com a Convenção Americana de Direitos Humanos. a) Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada por delitos políticos, nem por delitos comuns cometidos por menores de 21 anos de idade. b) Toda pessoa terá direito a obter indenização decorrente de prisão ilegal, salvo por erro judiciário. c) O preso tem direito de ser assistido por um defensor oferecido pelo Estado, ve- dado ao acusado se defender ele próprio. d) O processo penal deve ser público, salvo no que for necessário para preservar os interesses da justiça. e) Se depois da perpetração do delito a lei dispuser a imposição de pena mais leve, o delinquente não poderá ser por isso beneficiado. 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Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento do nascimento. c) Os trabalhos ou serviços exigidos do preso em cumprimento de sentença de- vem ser executados sob vigilância e controle das autoridades públicas, e os que os executarem não devem ser postos à disposição de particulares, companhias ou pessoas jurídicas de caráter privado. d) Ninguém deve ser detido por dívidas. Este princípio não limita os mandados de autoridade judiciária competente expedidos em virtude de inadimplemento de obri- gação alimentar e de depositário infiel. e) Não deverá haver penas de morte. E, nos países em que a pena de morte não tiver sido abolida, esta deverá ser extinta gradualmente, no prazo de até 10 (dez) anos após a adesão ao Pacto pelo Estado Parte. Questão 6 (CESPE/PJC-MT/DELEGADO DE POLÍCIA/2017) Considere as seguintes disposições. I – Todo indivíduo tem direito à liberdade e à segurança pessoais. II – As finalidades essenciais das penas privativas da liberdade incluem a compen- sação, a retribuição, a reforma e a readaptação social dos condenados. III – Todas as pessoas têm o direito de associar-se livremente com fins ideológicos, religiosos, políticos, econômicos, trabalhistas, sociais, culturais e desportivos. IV – É proibida a expulsão coletiva de estrangeiros. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 37 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa Decorrem da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José e Decreto n. 678/1992) apenas as disposições contidas nos itens a) I e II. b) II e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) I, III e IV. Questão 7 (VUNESP/MPE-SP/ANALISTA DE PROMOTORIA/2015) A Corte Intera- mericana de Direitos Humanos é uma instituição judicial autônoma cujo objetivo é aplicar e interpretar a Convenção Americana, exercendo, dentre outras, a função contenciosa, na qual se encontra a resolução de casos contenciosos e o mecanismo de supervisão de sentenças. Para que um caso possa ser submetido à decisão da Corte, é necessário que ele seja apresentado a) por um dos Estados-Parte ou pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos. b) pelo próprio interessado oupor uma entidade internacional de direitos humanos devidamente reconhecida como tal pela Corte. c) por um Estado-Nação, integrante ou não do Sistema Internacional de Proteção aos Direitos Humanos. d) pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos ou por entidade de direitos humanos sediada no país onde o caso ocorreu. e) por um dos Estados-Parte, pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ou pelo interessado ou seus sucessores. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 38 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa Questão 8 (FUNIVERSA/PC-GO/PASPILOSCOPISTA/2015) Acerca do pacto de São José da Costa Rica, assinale a alternativa correta. a) Os menores de 18 anos não podem ser processados. b) São vedados os trabalhos ou serviços normalmente exigidos de pessoa reclusa em cumprimento de sentença ou resolução formal expedida pela autoridade judi- ciária competente. c) As penas privativas de liberdade devem ter por finalidade essencial a reforma e a readaptação social dos condenados. d) Considera-se como trabalho forçado o serviço exigido em casos de perigo ou de calamidade que ameacem a existência ou o bem-estar da comunidade. e) São proibidas as penas privativas de liberdade acompanhadas de trabalhos for- çados, ainda que esses não afetem a dignidade nem a capacidade física e intelec- tual do recluso. Questão 9 (VUNESP/PC-SP/DESENHISTA TÉCNICO-PERICIAL/2014) A Convenção Americana de Direitos Humanos, também conhecida por “Pacto de San José da Costa Rica”, foi ratificada pelo Brasil em 25 de setembro de 1992. De acordo com o mencionado tratado internacional, é correto afirmar que a) toda pessoa tem direito a um prenome e aos nomes de seus pais ou ao de um destes. A lei deve regular a forma de assegurar a todos esse direito, sendo vedada a criação de nomes fictícios. b) ninguém deve ser detido por dívidas, mesmo tratando-se de prisão do devedor de alimentos. c) as penas privativas de liberdade devem ter por finalidade essencial a reforma e a readaptação social dos condenados. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 39 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa d) é possível o restabelecimento da pena de morte nos Estados que a tenham abolido. e) toda pessoa terá o direito de sair livremente de qualquer país, exceto de seu próprio país, o que dependerá de prévia autorização da autoridade competente. Questão 10 (FGV/SEGEP-MA/AGENTE PENITENCIÁRIO/2013) O Decreto Federal n. 678/1992, que ratifica a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, estabe- lece os procedimentos que devem ser seguidos quando da prisão de uma pessoa. Sobre esses procedimentos, analise as afirmativas a seguir. I – Os processados devem ficar separados dos condenados, salvo em circunstân- cias excepcionais, e devem ser submetidos a tratamento adequado à sua condição de pessoa não condenada. II – As pessoas detentoras de diploma de nível superior devem ficar separadas dos presos com formação inferior. III – Os menores, quando puderem ser processados, devem ser separados dos adultos e conduzidos a tribunal especializado, com a maior rapidez possível, para seu tratamento. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. Questão 11 (FEPESE/SJC-SC/AGENTE PENITENCIÁRIO/2013) Assinale a alterna- tiva correta acerca da denominação da Convenção Americana de Direitos Humanos de 1969. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 40 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa a) Rio 92. b) Declaração de Lima. c) Protocolo de Olivos. d) Pacto de Viña del Mar. e) Pacto San José da Costa Rica. Questão 12 (FEPESE/SJC-SC/AGENTE PENITENCIÁRIO/2013) A Convenção Ame- ricana de Direitos Humanos (1969), mais conhecida como Pacto de San José da Costa Rica, é importante norma internacional que, ao tratar de garantias judiciais, estabelece que “Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa”. Para tanto, du- rante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a algumas garantias mínimas, dentre as quais, a) o direito do acusado de defender-se pessoalmente ou de ser assistido por um defensor de sua escolha e de comunicar-se, livremente e em particular, com seu defensor. b) o direito do acusado de ser assistido por um tradutor ou intérprete, desde que o remunere adequadamente, caso não compreenda ou não fale a língua do juízo ou tribunal. c) o acusado absolvido por sentença transitada em julgado não poderá ser subme- tido a novo processo pelos mesmos fatos, salvo se surgirem provas novas. d) o processo penal deve ser sigiloso, dele somente devendo tomar conhecimento os órgãos repressivos estatais. e) a confissão do acusado é válida, ainda que obtida mediante coação de qualquer natureza. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 41 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa Questão 13 (VUNESP/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/2014) Segundo ex- pressamente estabelecido pela Convenção Americana de Direitos Humanos, apre- sentar petições que contenham denúncias ou queixas de violação da Convenção por um Estado-parte perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos é da competência de: a) juízes criminais legalmente responsáveis para remeter o caso à Comissão b) membros da Defensoria Pública, do Ministério público, das Procuradorias Esta- duais e Federais, além de representantes governamentais investidos na função de polícia judiciária. c) qualquer pessoa ou grupo de pessoas, ou entidade não governamental legal- mente reconhecida em um ou mais Estados-membros da Organização. d) representantes do Ministério de Relações Exteriores de cada país interessado no esclarecimento da respectiva violação da Convenção. e) membros do Ministério Público legalmente investidos no respectivo cargo públi- co de qualquer Estado-membro da Organização. Questão 14 (VUNESP/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA/2014) Considerando o dis- posto expressamente no Pacto Internacional de San José da Costa Rica (Convenção Americana de Direitos Humanos de 1969), a respeito do direito à vida e do direito à integridade pessoal, é correto afirmar que: a) os processados devem ficar separados doscondenados, salvo em circunstâncias excepcionais, e devem ser submetidos a tratamento adequado à sua condição de pessoas não condenadas. b) toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida, e o direito de ser prote- gido pela lei, em geral, desde o momento do seu nascimento. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 42 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa c) todos os países estão proibidos de adotar a pena de morte e aqueles que já a adotem devem aboli-la de imediato. d) é vedada pelos Estados a adoção da pena de prisão perpétua, exceto para casos de crimes hediondos. e) a pena de trabalhos forçados será vedada unicamente a menores de vinte e um anos e a maiores de setenta anos. Questão 15 (PC-SP/PC-SP/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL/2010) A convenção Ame- ricana de Direitos Humanos disciplina: a) Toda pessoa detida pode ser informada das razões da detenção. b) Toda pessoa retida pode ser conduzida à presença de um juiz. c) Toda pessoa tem direito à liberdade e à segurança pessoais. d) Toda pessoa pode ser submetida a encarceramento arbitrário. e) Ninguém deve ser detido por dívidas. Questão 16 (CESPE/TJ-PI/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGIS- TROS/2013) Assinale a opção correta de acordo com a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica). a) A pena de morte não deve ser aplicada em nenhuma hipótese, mesmo nos paí- ses que ainda não a tenham abolido. b) Mesmo que manifeste a intenção de defender-se a si próprio, todo acusado da prática de um delito terá direito irrenunciável de ser assistido por um defensor pro- porcionado pelo Estado, remunerado ou não. c) Toda pessoa acusada de um delito tem direito à comunicação prévia e porme- norizada da acusação formulada, salvo nos casos de crime de terrorismo, quando a comunicação colocar em risco as investigações dos fatos, os interesses da justiça ou a segurança nacional. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 43 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa d) O processo penal, em qualquer hipótese, deve ser público. e) O direito à vida deve ser protegido por lei e, em geral, a partir do momento da concepção. Questão 17 (VUNESP/PC-SP/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL/2014) Dentre os direi- tos civis e políticos constantes na Convenção Americana de Direitos Humanos, também conhecida como Pacto de San José da Costa Rica, está previsto o direito a) à vida, que deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. b) à proteção da reprodução da imagem e voz humanas. c) a não ser preso em virtude de inadimplemento de obrigação alimentar. d) dos autores de permitir ou não a utilização, publicação ou reprodução de suas obras. e) a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral. Questão 18 (VUNESP/PC-SP/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL/2013) Assinale a alter- nativa cuja afirmação está de acordo com o Pacto de San José da Costa Rica no que se refere à prisão civil. a) É vedado todo e qualquer tipo de prisão civil por dívidas. b) É permitida para os casos de descumprimento de obrigação em contrato de depósito. c) É permitida por ordem judicial ou administrativa na hipótese de devedor que descumpre acordo de pagamento de pensão alimentícia devida aos filhos. d) Ela é permitida por ordem judicial em razão de inadimplemento de obrigação alimentar. e) É permitida nas hipóteses de inadimplemento de obrigação alimentar e de de- positário infiel. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 44 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa Questão 19 (COPESE-UFT/DPE-TO/ANALISTA EM GESTÃO – CIÊNCIAS JURÍDI- CAS/2012) Nos termos do previsto na Convenção Americana sobre Direitos Huma- nos, em caso de guerra, de perigo público, ou de outra emergência que ameace a independência ou segurança do Estado Parte, atendidas as demais disposições pre- vistas no referido dispositivo legal, poderão ser suspensas obrigações contraídas pelo referido Estado Parte, EXCETO aquelas relativas a: a) Direito de reunião. b) Liberdade de associação. c) Direito à propriedade privada. d) Direito à integridade pessoal. Questão 20 (FMZ-AP/SEAD-AP/AGENTE PENITENCIÁRIO/2010) A Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem, também conhecido como Pacto de San Jose da Costa Rica, estabelece que a) os direitos essenciais do homem derivam do fato de ele ser nacional de um de- terminado Estado e, por isso, merecem proteção no âmbito interno de cada país respectivamente. b) os Estados-Partes, signatários da Convenção, obrigam-se a respeitar os direitos e liberdades nela reconhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício, sem discri- minação alguma, aos seus cidadãos nacionais. c) os países que ainda não aboliram a pena de morte somente poderão impô-la aos delitos mais graves, tais como os crimes políticos, em cumprimento de sentença final de tribunal competente. d) toda pessoa tem direito a ser indenizada por erro judiciário, no caso de haver sido condenada em sentença passada em julgado, conforme a lei estabelecer. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUIS OTAVIO DOS SANTOS - 09587835603, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 45 de 80www.grancursosonline.com.br DIREITOS HUMANOS Convenção Americana de Direitos Humanos (“Pacto de San José da Costa Rica”) Prof. Daniel Barbosa e) toda pessoa que for acusada de um delito tem direito a que se presuma sua ino- cência enquanto não se comprove legalmente sua culpa, mas, quando o delito em questão disser respeito à segurança nacional, a acusação formulada permanecerá sob sigilo, tendo acesso a ela apenas o Ministério Público. Questão 21 (QUESTÃO INÉDITA) De acordo com o Pacto de San José da Costa Rica é correto afirmar: a) Apenas as pessoas honestas têm o direito de que se respeite a sua vida. b) O direito à vida deve ser protegido desde a concepção. c) O direito à vida deve ser protegido desde o nascimento. d) Os acusados por crimes graves podem ser privados da vida arbitrariamente. e) Os acusados por roubo podem ser privados da vida arbitrariamente. Questão 22 (QUESTÃO INÉDITA) De acordo com a Convenção Americana de Direi- tos Humanos é correto afirmar: a) Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser apli- cada ao delito de homicídio. b) Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser apli- cada ao delito de roubo. c) Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser apli- cada ao delito de estupro. d) Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta