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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO 
 CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE ANGICOS- CMA 
 CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
1 
 
SISTEMA DE DRENAGEM URBANA 
 
ALEXANDRE SARAIVA RUFINO, UFERSA; ANA LUIZA DE ARAÚJO, UFERSA; 
ANDREZA THAISY SOUZA DA COSTA, UFERSA; ANDRIELE BARROS BARBOSA, 
UFERSA; LÍDIA CRISTINA, UFERSA; SIMPLÍCIA LUANA DANTAS, UFERSA. 
 
Resumo 
O processo de urbanização gera grandes alterações no ambiente natural, principalmente 
quanto ao uso do solo, intensificando problemas de enchentes. A falta de um sistema de 
drenagem urbana de águas pluviais ocasiona sérios problemas para a sociedade, ambiente e 
economia, através de alagamentos, prejuízos de bens materiais, destruição da pavimentação, 
erosões, deslizamentos e doenças de veiculação hídrica. Nesse contexto, o presente trabalho 
expõe um seguimento histórico de concepção de obras de drenagem, abordando as práticas de 
manejo de águas urbanas com microdrenagem e macrodrenagem. Diante disto, foi analisado o 
sistema de drenagem urbana de águas pluviais da cidade de Assú/RN e Santa Cruz/RN, onde 
os resultados do trabalho foram alcançados através de pesquisas bibliográficas. Com relação 
ao sistema de drenagem de Assú, foram abordados os efeitos da urbanização, onde essa 
interfere diretamente no desempenho da bacia hidrográfica. No entanto, foi constatado que em 
alguns locais da cidade o sistema de drenagem urbana existente é prejudicado com o 
lançamento de resíduos sólidos e de esgotos doméstico em canais de escoamento, o que causa 
entupimento de bocas de lobo, galerias, gerando impactos de poluição difusa causando 
alagamentos e doenças. Em contrapartida o sistema empregado na cidade de Santa Cruz, foi 
baseado em soluções de baixo impacto visando à implantação adequada de um sistema de 
drenagem com menor interferência ao meio ambiente, onde apresentou um sistema bem 
satisfatório, no qual a própria declividade da cidade contribuiu para o funcionamento da 
microdrenagem e macrodrenagem. 
 
Palavras-chave: Urbanização, Drenagem urbana, Sistemas pluviais. 
 
 
 
 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO 
 CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE ANGICOS- CMA 
 CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
2 
 
1. INDRODUÇÃO 
 
Com o surgimento da urbanização os investimentos em infraestrutura se tornaram algo 
de extrema importância, devido a necessidade de existência de empregos, moradias de 
qualidade, saneamento, bem como a drenagem de águas pluviais contra enchentes e 
alagamentos, que merecem maior precaução visto que é um dos maiores problemas das 
grandes cidades, pois devido possuírem áreas extensas revestidas por concreto e asfalto, surge 
a dificuldade da infiltração da água no solo (BEZERRA, et al., 2016). 
Drenagem é definida como o conjunto de operações de infraestrutura e instalações 
operacionais de drenagem de águas pluviais, de transporte, de retenção das águas da chuva 
para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais 
drenadas nas áreas urbanas, e deve estar incluída nos Planos Diretores onde as atividades 
devem ser colocadas a prestação do serviço público (PHILIPPI JR et al., 2005). 
O sistema de drenagem é processo de expansão urbana mais estimado, ou seja, o que 
mais facilmente comprova a sua ineficiência, logo após as precipitações consideráveis, 
trazendo transtornos à população quando surgem inundações e alagamentos (FUNASA, 
2006). 
Ainda segundo a FUNASA (2006), esses problemas gerados, também propiciam o 
surgimento de doenças como a leptospirose, diarréias, febre tifoide e malária Por isso estas 
águas deverão ser drenadas e como medida preventiva adotar-se um sistema de escoamento 
eficiente que possa sofrer melhorias, para atender à evolução urbana, que surge com o 
decorrer dos anos. 
Diante disto, é indispensável que o poder público responsável pelo setor de drenagem 
tome medidas preventivas, criando um plano diretor de drenagem adequado para evitar os 
impactos causados pela criação de um sistema inadequado. 
O presente trabalho tem como objetivo explanar conceitos acerca da drenagem urbana, 
bem como mostrar os benefícios de um sistema que atenda as necessidades da crescente 
urbanização, mostrando casos em que a drenagem foi realizada e seus impactos sobre o meio 
ambiente. 
 
 
 
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 CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE ANGICOS- CMA 
 CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
3 
 
2. REFERENCIAL TÉORICO 
 
2.1 HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA DRENAGEM 
 
A arte da drenagem de águas superficiais e subterrâneas é tão antiga quanto à origem 
das civilizações. O fim da vida nômade e o estabelecimento do homem em localidade fixa 
foram possíveis no momento em que ele pôde inventar técnicas de manejo da água sobre o 
solo e utilizar seu poder de percolação para estabelecer os primeiros processos de irrigação e 
produção de alimentos, independentemente de condições atmosféricas (MATOS, 2003). 
Ainda conforme Matos (2003), a experiência dos antigos foi aprimorada pelos 
fenícios, gregos e romanos. Obras de drenagem de grande porte foram realizadas no tempo do 
Império Romano, como as do Vale do Pó, na Itália, e as do Fens, na Inglaterra. Na Idade 
Moderna, nos Estados Unidos, as terras pantanosas da costa do Atlântico, as terras baixas 
próximas ao rio Sacramento, na Califórnia, e os pântanos meridionais dos grandes lagos. 
Webster (1962) refere, por exemplo, o sistema de drenagem com coletores principais e 
drenos do aglomerado de Mohengo-Doro, cidade que pertenceu a Civilização do Vale do 
Hindu, os Drávidas, localizado atualmente no Paquistão, berço da civilização Indiana. 
Desenvolvido pela civilização Hindu, as ruínas desse antigo sistema que se destinava, 
sobretudo à drenagem de escoamento das vias, e que data de 3000 A.C., espanta pela atenção 
e o cuidado colocados, na altura, com a construção desse tipo de infraestruturas. Os coletores 
dispunham mesmo de caleiras adaptadas ao escoamento dos caudais mais reduzidos. 
Maner (1966) refere à atividade da Civilização Mesopotâmica nos anos 2500 a. C., 
que planeou e construiu, designadamente nas cidades de Ur e Babilônia, infraestruturas de 
drenagem, incluindo uma espécie de sarjetas e sumidouros para a coleta de águas de 
superfície e encaminhamento para os coletores. Os materiais de construção então utilizados 
foram, tipicamente, o tijolo e o asfalto. Em 800 a. C., o rei Senaquerib, que governava a 
Assíria, decidiu construir, em Nineveb, o chamado palácio “sem rival”. É conhecido o fato de, 
para isso, ter desviado o curso do rio Tebiltu e ter levado a cabo obras de abastecimento 
d’água ao palácio. 
Em Cnossos, urbe da ilha de Creta e centro da época egeia (3000 a 1000 a. C.), ainda 
atualmente se pode admirar, ao sul da cidade de Iraklian, o famoso palácio, com seu 
majestoso terraço, seus pátios inferiores, sua decoração mural, seu gigantismo e seu sistema 
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de drenagem. As ruínas existentes revelaram o recurso a desenvolvidos sistemas de drenagem 
construídos em pedra e terracota, com um coletor ou emissário final das águas residuais 
(águas pluviais e de excreta) que descarregava o efluente a uma distância considerável da 
origem (WEBSTER, 1962). 
Hodge (1992) refere que foi construído um sistema separativo em Jerusalém, datado 
por volta de 1000 a. C., que cobria uma pequena parte da cidade. Refere-se, ainda, à época do 
Império Romano até o século XVII; as estratégias de drenagem e saneamento em meio urbano 
não sofreram na Europa praticamente nenhum avanço. Em termos sanitários, pode mesmo 
falar-se em “regressão” ao longode pelo menos, uma parte da Idade Média – a higiene e 
limpeza eram completamente ignoradas pela maior parte dos cidadãos. Em regra, os primeiros 
trabalhos relevantes de drenagem e de evacuação de “águas pestilentas” ocorrem nas 
principais cidades europeias, entre os séculos XIV e XVIII. 
De acordo com Matos (2003), o desenvolvimento industrial, com a consequente 
concentração populacional nas grandes cidades, contribuiu para que só no século XIX fosse 
autorizada a ligação das águas residuais domésticas às redes de drenagem pluvial existente, o 
que agravou enormemente os riscos de transmissão de doenças de origem hídrica, em 
consequência das condições precárias daquelas redes. Foi o caso das cidades de Boston em 
1883, Londres em 1847, Nova York em 1854 e Paris em 1880. 
Um dos maiores exemplos da pratica da drenagem em grande escala é o dos Países 
Baixos, onde foi iniciado o grande projeto Zuiderzee (1924) que compreendeu a construção 
de um dique de 29km de comprimento e 5,50 de altura, na foz de um rio, com objetivo de 
impedir o acesso das aguas do mar do norte. Isolada, a área passou a ser dessecada por meio 
de um sistema de canais e bombas, o que permitiu o aproveitamento de novas terras aráveis, 
em um total de mais de dois mil quilometro quadrados (FERNANDES, 2002). 
Segundo TIM (2008), as primeiras cidades a adotarem sistemas de drenagem pluvial 
generalizados, segundo conceitos que ainda são empregados atualmente, foram Hamburgo, 
Londres e Paris. Salientando que esses sistemas continuam em operação até os dias de hoje, 
alguns com mais de 150 anos de funcionamento. 
 
 
 
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5 
 
2.2 IMPORTÂNCIA SANITÁRIA 
 
Segundo o Manual do Saneamento (2007) sob o ponto de vista sanitário, a drenagem 
visa desobstruir os cursos d’água dos igarapés e riachos, evitando a formação de lagoas 
combatendo a malária bem como a veiculação de doenças de origem hídrica, ou seja, a 
ausência da drenagem pode causar inundações e criar transtornos e prejuízos financeiros à 
população. 
 As enchentes são definidas pela elevação do nível d’água no canal de drenagem 
devido ao aumento da vazão, atingindo a cota máxima do canal, mas sem transbordar. Trata-
se de algo natural, que geralmente não afeta a população (FÁTIMA, 2013). 
 O alagamento é um acúmulo momentâneo de águas em determinados locais por falhas 
no sistema de drenagem. O escoamento superficial concentrado e com alta energia de 
transporte, que pode ou não estar associado a áreas de domínio dos processos fluviais é 
denominada de enxurrada (FÁTIMA, 2013). 
Conforme o IBGE (2010) o manejo de águas pluviais diz respeito ao sistema de 
drenagem e tem importância fundamental no planejamento das cidades e objetiva desenvolver 
o controle do escoamento das águas de chuva. 
Santos (2012) diz que o manejo de águas pluviais é o sistema de drenagem que 
contém pavimentação de rua, implantação de redes superficiais e subterrâneas de coleta de 
águas pluviais e destinação final de afluentes. 
Tal sistema serve para evitar os efeitos adversos, como: inundações, empoçamentos, 
erosões e assoreamentos, principalmente nas áreas mais baixas das comunidades propícias a 
alagamentos que podem representar sérios danos ao meio ambiente em questão e à saúde da 
sociedade (IBGE, 2010). 
Um sistema de drenagem urbana apropriado, de águas superficiais ou subterrâneas, 
proporcionará uma série de vantagens citadas no quadro 1 abaixo: 
Quadro 1 - Benefícios de um sistema de drenagem urbana 
Desenvolvimento do 
sistema viário 
Escoamento acelerado das 
águas superficiais 
Rebaixamento do lençol 
freático 
Valorização das 
propriedades existentes na 
área em questão 
Extermínio de águas 
paradas e lamaçais 
Segurança e conforto para 
a população 
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Redução de gastos com 
manutenção das vias 
públicas 
Diminuição dos problemas 
na mobilidade urbana 
devido as precipitações 
Recuperação de áreas 
alagadas e/ou alagáveis 
Fonte: Adaptado de Ribeiro e Rooke (2010) 
 
2.3 DRENAGEM URBANA NO BRASIL 
 
Os sistemas de drenagem urbana no Brasil sempre se basearam na busca do sistema 
hidraulicamente mais eficiente. Focado em uma visão higienista, a noção do saneamento (no 
sentido de tornar o ambiente são) representa a necessidade de “sempre drenar”, criando 
estruturas de micro e macrodrenagem para conduzir a água para fora das cidades (SOUZA, 
2013). 
Esta abordagem resulta no próprio conceito de sistema de drenagem urbana 
empregado no Brasil, presente na maioria dos manuais de drenagem urbana: conjunto de 
elementos destinados a recolher as águas pluviais precipitadas sobre uma determinada região 
e que escorrem sobre sua superfície, conduzindo-as a um destino final (SOUZA, 2013). 
De acordo com Botelho (1998), os sistemas de drenagem pluvial devem ser 
dimensionados com base na máxima “pegar e largar depressa”, ou seja, recolher as águas da 
chuva e conduzi-las rapidamente para jusante. Em uma visão simplista, o problema é apenas 
de calcular vazões e dimensionar os condutos e galerias para transportá-las. 
As enchentes nas áreas urbanas do Brasil vêm, ao longo de várias décadas, tornando-
se um problema crônico. Este cenário foi se construindo ao longo dos anos, principalmente, 
pela falta de planejamento apropriado dos sistemas de drenagem e pela inadequação dos 
projetos de engenharia à real dimensão das necessidades das cidades brasileiras. 
A distribuição dos serviços de drenagem urbana pelos municípios segundo as Grandes 
Regiões do Brasil confirma as situações mais favoráveis nas áreas mais desenvolvidas. No 
caso das Regiões Sul e Sudeste, onde se concentram os melhores atendimentos pelo serviço 
de drenagem urbana. Situação oposta é a visualizada para a Região Norte, onde a proporção 
de municípios com rede de drenagem é sensivelmente menor (IBGE,2011). 
A PNSB 2008 mostrou que 5 256 municípios brasileiros possuem algum serviço de 
manejo de águas pluviais, o que corresponde a 94,5% do universo dos municípios do País. No 
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entanto, apenas 12,7% dos municípios declararam possuir dispositivos coletivos de detenção e 
amortecimento de vazão das águas pluviais urbanas. 
 
2.4 MICRODRENAGEM E MACRODRENAGEM 
 
 O sistema de coleta de águas pluviais abrange as obras de captação superficial de 
água, iniciando-se pelo transporte até chegar à rede de drenagem. Para realizar este serviço 
dispõe-se estruturalmente dos mecanismos de microdrenagem e macrodrenagem (PHILLIPI 
JR., 2005). 
A microdrenagem é o sistema encarregado de captar as águas das chuvas e conduzi-las 
até o sistema de macrodrenagem, que será explanado posteriormente (SOUZA et. a., 2017). 
Segundo o Manual de Saneamento (2007) esse sistema é constituído por: 
 Boca de lobo: dispositivos para captação de águas pluviais, localizados nas sarjetas; 
 Sarjetas: elemento de drenagem das vias públicas. A calha formada é a receptora das 
águas pluviais das vias públicas e que para elas escoam; 
 Poço de visita: dispositivos localizados nas galerias que permitem mudança de 
direção, declividade, bem como a limpeza das canalizações; 
 Tubos de ligações: canalizações designadas a conduzir as águas pluviais captadas nas 
bocas de lobo para a galeria ou para os poços de visita; 
 Condutos: Utilizados na condução das águas superficiais coletadas. 
A figura (1) abaixo mostra a representação dos elementos constituintes de um sistema 
de microdrenagemurbana. 
1
Figura 1 – Sistema de Microdrenagem 
 
 
 
 
1
 Disponível em: http://fabianekrolow.blogspot.com.br/ Acesso em: 06 de out. de 2017. 
Fonte: Blog Construção Civil (2010)
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Segundo Tucci (2005), os principais dados necessários à elaboração de um projeto de 
rede pluvial de microdrenagem são os seguintes: 
 Mapas: Os principais mapas necessários aos estudos são os mapas de situação da 
localização da área dentro do município, planta geral da bacia contribuinte (escalas 1:5.000 ou 
1:10.000), juntamente com a localização da área de drenagem (caso não exista planta plani-
altimétrica da bacia, deve ser delimitado o divisor topográfico por poligonal nivelada) e planta 
plani-altimétrica da área do projeto na escala 1:2.000 ou 1:1.000, com pontos cotados nas 
esquinas e em pontos notáveis. 
 Levantamento Topográfico: Nivelamento geométrico em todas as esquinas, 
mudança de direção e mudança de greides das vias públicas; 
 Cadastro: Abrangendo os esgotos pluviais e outros serviços que possam interferir na 
área de projeto; 
 Urbanização: Seleção dos elementos relativos à urbanização da bacia contribuinte 
abrangendo o tipo de ocupação das áreas, a porcentagem de área impermeável e a ocupação e 
recobrimento do solo nas áreas não urbanizadas pertencentes à bacia. 
 Dados relativos ao curso de água receptor: No que diz respeito as indicações sobre 
o nível de água máximo do canal que irá receber o lançamento final e levantamento 
topográfico do local de descarga final. 
Segundo Souza et al. (2010) as redes de microdrenagem podem ser mistas e 
unitárias. As mistas transportam as águas pluviais e o esgoto doméstico. Já as redes unitárias 
conduzem apenas o escoamento superficial. 
No Brasil as redes unitárias de microdrenagem são unitárias, porem devido às baixas 
condições de saneamento e ausência de uma boa educação ambiental, é comum a presença de 
esgotos clandestinos que trazem prejuízos aos sistemas de drenagem (SOUZA et al., 2010). 
A macrodrenagem (Figura 2) é um conjunto de obras que visam aprimorar as 
condições de escoamento, reduzindo os problemas de erosões, assoreamento e inundações. 
Ela é responsável pelo escoamento das águas, e é formada por canais naturais ou artificiais, 
galerias de grandes dimensões e estruturas auxiliares (FUNASA, 2006). 
 
 
 
 
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Figura 2 - Obra de Macrodrenagem em Natal, RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em uma zona urbana a macrodrenagem diz respeito à rede de drenagem natural pré-
existente nos terrenos antes da ocupação, sendo integrada por igarapés, córregos, riachos e 
rios localizados nos talvegues (fundos de vale) e valas (MANUAL DO SANEAMENTO, 
2006). 
Um exemplo de macrodrenagem são as bacias de estocagem que tratam-se de uma 
alternativa para acumular água em regiões com potencial para sofrerem enchentes. Além de 
eficiente, pode ser um sistema integrado ao ambiente urbano, contribuindo para o microclima 
e embelezamento urbano (MASCARÓ, 2005). 
Conforme Tucci (2005) no estudo de planejamento do controle da drenagem urbana de 
uma bacia são recomendadas as seguintes etapas de desenvolvimento: 
 Caracterização da bacia: Avaliação da geologia, tipo de solo, hidrogeologia, relevo, 
ocupação urbana, população caracterizada por sub-bacia; Drenagem: definição da bacia e sub-
bacias, sistema de drenagem natural e construído, com as suas características físicas 
principais; Dados hidrológicos: precipitação e verificação a existência de dados de chuva e 
vazão que permitam ajustar os parâmetros dos modelos utilizados; dados de qualidade da água 
e produção de material sólido. 
 Definição dos cenários de planejamento: Os cenários de planejamento são definidos 
de acordo com o desenvolvimento previsto para a cidade, representado pelo Plano Diretor de 
Desenvolvimento Urbano e Ambiental (PDDUA), bem como as áreas ocupadas que não 
foram previstas e áreas não ocupadas. 
Fonte: G1 Globo (2015) 
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 Escolha do risco da precipitação de projetos: Análise do tempo de retorno do 
dimensionamento e no caso de prejuízos maiores e riscos de vida, este tempo de retorno pode 
ser aumentado. 
 Determinação da precipitação de projeto: Determinação da precipitação com 
duração igual ou maior que o tempo de concentração da bacia. Esse valor deve ser menor ou 
igual a 1/5 do tempo de concentração da bacia. 
 Simulação dos cenários de planejamento com modelo hidrológico: O modelo 
hidrológico utilizado deve ser capaz de representar a região hidrográfica da simulação da 
forma mais realista possível dentro do provável cenário, identificando se o sistema tem 
capacidade de comportar os acréscimos de vazão gerados pela evolução urbana. 
 Seleção de alternativas para Controle: Identificação das limitações existentes no 
sistema e os locais onde ocorrem (caso não exista, esta etapa não é realizada). Deve-se buscar 
alternativas de controle, que não transfiram para jusante os acréscimos de vazão máxima. 
 Simulação das alternativas de controle: Simulação das alternativas da fase 
anterior, verificando se a alternativa de controle também evita as inundações das ruas para 
riscos menores ou iguais ao de projeto. 
 Avaliação qualidade da água: São realizadas nessa etapa a determinação da carga 
proveniente do cloacal que não é coletada pela rede de esgotamento sanitário, determinação 
da carga de resíduo sólido; determinação da carga produzido pelo pluvial; e avaliação da 
capacidade de redução das cargas em função das medidas de controle previstas nas 
alternativas. 
 Avaliação econômica: Quantificação de custos, permitindo analisar a alternativa 
mais econômica para controle da drenagem. 
 Seleção da alternativa: Estabelecimento de etapas para projeto executivo, 
sequência de implementação das obras e programas que sejam considerados necessários. 
Segundo o Manual do Saneamento (2007), a macrodrenagem é importante, nos centros 
urbanos, pois melhora o saneamento de áreas alagadiças e evita o aumento da sedimentação 
causado pelo desmatamento, manejo inadequado dos terrenos e lixos lançados sobre os leitos. 
O maior problema causado pela macrodrenagem é causado pela falta de manutenção e 
má utilização de seus mecanismos. A deposição de sedimentos, lixo e esgotos geram a 
impermeabilização e o assoreamento do solo do espaço utilizado, auxiliando então o 
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transbordamento da água dos locais destinados à captação e inundação das áreas 
circunvizinhas (SOUZA et al.,2010). 
Na figura (3) abaixo tem-se o sistema de drenagem abrangendo as etapas da micro e 
macrodrenagem. 
Figura 3 – Etapas da macrodrenagem e microdrenagem 
 
2.5 LEGALIZAÇÃO PARA OBRA DE DRENAGEM 
 
As legislações que envolvem a drenagem urbana estão relacionadas com recursos 
hídricos, uso do solo e licenciamento ambiental. Toda atividade ou empreendimento a ser 
executado, que faça uso de recursos naturais, ou sejam poluidores ou que possam causar a 
degradação ambiental, é necessário apresentar um licenciamento ambiental, que pode ser de 
esfera federal, estadual ou municipal (FEAM, 2006). 
Conforme a resolução CONAMA 237/1997, o licenciamento ambiental é o 
procedimento administrativo realizado peloórgão ambiental respectivo a atividade, 
deliberando licenças quando observadas a natureza, características e particularidades da 
atividade, conciliando as etapas de planejamento, implantação e operação. 
Vale ressaltar que as licenças ambientais estabelecem as condições para que a 
atividade ou o empreendimento cause o menor impacto possível ao meio ambiente. Por isso, 
qualquer alteração deve ser submetida a novo licenciamento, com a solicitação de Licença 
Prévia. 
Sistemas de Drenagem - IFSUL (2016) 
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Nos instrumentos de regulação são definidos os tipos de projetos, os estudos 
necessários (de acordo com as características dos mesmos), dando destaque à adequação 
ambiental e controle da poluição, do qual a drenagem é um componente importante 
(VIOLA,2008). 
Para Sistemas de Drenagem de Águas Pluviais são necessários na documentação 
conter 6 documentos. Conforme o IDEMA RN, os documentos são eles: 
 CA - Sistemas de Drenagem de Águas Pluviais; 
 RelDoc - Sistemas de Drenagem de Águas Pluviais; 
 IT - Sistemas de Drenagem de Águas Pluviais (LS ou LSIO); 
 IT - Sistemas de Drenagem de Águas Pluviais (LRO) 
 IT - Sistemas de Drenagem de Águas Pluviais (LP ou LSP); 
 IT - Sistemas de Drenagem de Águas Pluviais (LI). 
 
2.6 NORMAS PERTINENTES DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS (ABNT) PARA OBRAS DE DRENAGEM 
 
As obras de drenagem deve ser executadas atendendo as seguintes normas: 
 NBR 9794 - Tubo de concreto armado de seção circular para águas pluviais – 
Especificação; 
 NBR 9814 - Execução de rede coletora de esgoto sanitário – Procedimento; 
 NBR 5580 - Tubos de aço-carbono para rosca Whitworth gás para usos comuns na 
condução de fluidos – Especificação; 
 NBR 5645 - Tubo cerâmico para canalizações – Especificação; 
 NBR 5885 - Tubos de aço para usos comuns na condução de fluidos – Especificação; 
 NBR 6184 - Produtos de cobre e ligas de cobre em chapas e tiras - Requisitos gerais – 
Especificação; 
 NBR 6663 - Chapas finas de aço-carbono e de aço de baixa liga e alta resistência - 
Requisitos gerais – Padronização; 
 NBR 8056 - Tubo coletor de fibrocimento para esgoto sanitário – Especificação; 
 NBR 8161 - Tubos e conexões de ferro fundido para esgoto e ventilação - Formatos e 
dimensões – Padronização; 
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 NBR 9793 - Tubo de concreto simples de seção circular para águas pluviais – 
Especificação. 
 
2.7 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO 
 
Conforme Fundação centro tecnológico hidráulico (FCTH), um projeto de drenagem 
deve possuir um roteiro visando orientar o projetista de obras de drenagem e indicar uma 
sequência metodológica de abordagem dos diferentes assuntos a serem considerados no 
decorrer do projeto, bem como indicações sobre o conteúdo e forma da documentação final de 
apresentação do projeto. Evidentemente são orientações gerais e podem ir se adequando em 
função da magnitude do projeto. 
Sendo assim, para a FCTH o projeto para sistemas de drenagem urbana, segue o seguinte 
roteiro: 
 Dados básicos; 
 Características físicas da bacia; 
 Estudos hidrológicos; 
 Concepção de alternativas de arranjo de obras; 
 Projeto hidráulico; 
 Documentação do projeto. 
 
2.7.1 Dados básicos 
 
O projetista deverá reunir e sistematizar todos os dados e informações básicas que 
servirão de subsídio para elaboração do projeto, sejam eles já existentes, ou seja, elementos 
novos obtidos através de levantamentos de campo. 
Para isto, são necessários os principais assuntos a serem abordados são: 
 Planta da bacia de drenagem 
 Características da faixa de implantação das obras; 
 Drenagem lateral; 
 Interferências principais e utilidades públicas; 
 Condições previstas de desenvolvimento futuro; 
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 Cobertura vegetal e condições de ocupação da bacia atual e futura; 
 Características geológicas da bacia; 
 Características geotécnicas e do lençol freático da faixa de implantação das 
obras; 
 Informações sobre chuvas intensas na área da bacia; 
 Estudos anteriores; 
 Outras informações. 
 
2.7.2 Características Físicas da Bacia 
 
É necessário fazer uma análise com o objetivo fornecer os elementos característicos da 
bacia que influem no regime de cheias da mesma, envolvendo aspectos geológicos, 
morfológicos, cobertura vegetal e tipo de ocupação existente e previsível. Neste sentido os 
tópicos básicos a serem considerados são: 
 Características morfológicas da bacia; 
 Características de ocupação e de cobertura vegetal; 
 Características geológicas e dos solos da bacia; 
 Avaliação das condições de permeabilidade regionais. 
 
2.7.3 Estudos Hidrológicos 
 
Os estudos hidrológicos têm por objetivo fornecer as vazões máximas a serem adotadas 
para projeto, bem como de hidrogramas de cheias quando houver a necessidade de 
dimensionar ou analisar o efeito de reservatórios de detenção existentes. Nos casos de bacias 
alongadas que possuam tributários de porte apreciável em sua porção de jusante, embora não 
possuindo reservatório, é recomendável estabelecer os respectivos hidrogramas individuais 
por sub-bacias e efetuar em seguida a composição do hidrograma global afluente a cada ponto 
de interesse ao longo do canal principal (FUNASA, 2015). 
 Os tópicos básicos a serem considerados são os seguintes: 
 Critérios de projeto; 
 Chuvas de projeto; 
 Subdivisão da bacia em áreas hidrologicamente homogêneas; 
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 Parâmetros morfológicos característicos das sub-bacias; 
 Cálculo de vazões máximas e/ou hidrogramas de cheias; 
 Estudo de reservatórios de detenção. 
 
2.7.4 Concepção de alternativas de arranjo de obras 
 
Neste item deverão ser desenvolvidas as idéias básicas de arranjo de obras considerados 
possíveis. Os tópicos básicos a serem abordados são os seguintes: 
 Traçado em planta; 
 Escolha do tipo de conduto a adotar e seções transversais; 
 Alternativas de arranjo em perfil longitudinal. 
 
 2.7.5 Projeto hidráulico 
 
O projeto hidráulico das obras envolve o pré-dimensionamento das mesmas e a 
verificação de funcionamento do conjunto para as condições e critérios previamente 
estabelecidos, como também a análise de desempenho hidráulico das singularidades e obras 
especiais, efetuando as alterações e ajustes necessários. 
Os tópicos principais a serem abordados no projeto são os seguintes: 
 Critérios de projeto; 
 Dimensionamento de seções transversais das obras de canalização; 
 Estabelecimento do perfil longitudinal final das obras; 
 Características preliminares das singularidades e obras especiais; 
 Cálculo de linhas d'água; 
 Análise hidráulica e estabelecimento da configuração final das singularidades e 
obras especiais; 
 Projeto hidráulico dos reservatórios de detenção. 
 
2.7.6 Documentação do projeto 
A documentação de projeto compreende a sistematização, organização e apresentação 
de todos os elementos que deverão constituir a documentação básica de projeto em sua versão 
final. 
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O conteúdo básico que deve constituir a documentaçãode projeto é a seguinte: 
 Relatório Técnico; 
 Desenhos de Projeto; 
 Memória de Cálculo; 
 Especificações Técnicas; 
 Inserção do Projeto dentro de um Plano Diretor. 
 
2.8 IMPACTOS ORIUNDOS DE OBRAS DE DRENAGEM 
 
Com o crescimento urbano das cidades brasileiras desde a segunda metade do século 
XX, têm-se intensificado os problemas na população e no meio ambiente, devido à 
interferência humana no ciclo hidrológico, que desencadeia o aumento de inundações, 
prejudicando a qualidade da água, e consequentemente a qualidade de vida da população, 
visto que fazendo uso de uma agua de má qualidade, o ser humano pode acabar contraindo 
doenças de veiculação hídrica (PLUVIAIS, 2005). 
Estes problemas têm aumentado em consequência da forma que se deu o crescimento 
urbano, sem planejamento, que produz efeito direto sobre a infraestrutura de água: 
abastecimento, esgotamento sanitário, águas pluviais (drenagem urbana e inundações 
ribeirinhas) e resíduos sólidos (TUCCI, 2005). 
A insuficiência dos serviços de drenagem causa impactos ambientais negativos como, 
por exemplo, a contaminação de corpos d’água pela emissão do esgoto sanitário (sem 
tratamento) e dos resíduos sólidos pela distribuição inapropriada (OLIVEIRA, 2013). 
Segundo Oliveira (2013), as condições inadequadas dos serviços de saneamento 
podem gerar índices significativos de morbidade causada pela transmissão de doenças 
infecciosas. Como exemplo, as enfermidades transmitidas através da carência dos serviços 
destinados à drenagem urbana. 
Das várias vantagens da adoção de um sistema de drenagem urbana com um 
planejamento adequado, segundo a Lei 13.430 de 13 de setembro de 2002, pode-se destacar as 
seguintes (VIOLA, 2008): 
 A drenagem garante o equilíbrio entre absorção, retenção e escoamento de águas 
pluviais; 
 Redução dos riscos de inundação e de descarga de poluentes para o meio receptor; 
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 Redução do risco de enchentes, que diminui o risco de perdas de vida e bens materiais, 
a interrupção das atividades econômicas, da disseminação de doenças de veiculação hídrica; 
 O desenvolvimento de projetos de drenagem que considerem, entre outros aspectos, a 
mobilidade de pedestres e portadores de deficiência física, a paisagem urbana e o uso para 
atividades de lazer; 
 A implantação de medidas não-estruturais de prevenção de inundações, tais como 
controle de erosão, especialmente em movimentos de terra, controle de transporte e deposição 
de entulho e lixo, combate ao desmatamento, assentamentos clandestinos e a outros tipos de 
invasões nas áreas com interesse para drenagem; 
 Desassorear, limpar e manter os cursos d’água, canais e galerias do sistema de 
drenagem; 
 Possibilidade de aproveitamento de uma nova fonte de água, livre de cobrança, com 
um balanço energético mais favorável, aumentando a oferta hídrica e reduzindo os custos de 
ampliação da capacidade do sistema de abastecimento. 
Agora, quando há uma má administração das águas pluviais (sistema de drenagem), 
pode surgir vários impactos negativos a população e ao ecossistema urbano, tais como, 
desestabilização do regime de escoamento, desequilíbrio na fauna e flora, enchentes, que 
geram interrupção das atividades econômicas, perdas de vidas, perdas materiais, proliferação 
de doenças, dentre outros impactos que correspondem aos impactos da urbanização brasileira 
no ciclo hidrológico (VIOLA, 2008). 
A urbanização brasileira é caracterizada pela impermeabilização excessiva do solo por 
meio de telhados, ruas, calçadas e pátios, com isso a água que antes infiltrava, passa a escoar, 
aumentando o escoamento superficial. O volume que escoava lentamente pela superfície do 
solo e tinha parte do seu volume retido pelas plantas, agora pelos efeitos da urbanização, 
passa a escoar através de superfícies impermeáveis, condutos e canais, com maior velocidade 
e com um volume maior, já que há a redução das plantas com a urbanização, exigindo maior 
capacidade de escoamento e aumento das seções e declividade do conduto ou canal (TUCCI 
2005). 
Em síntese, a urbanização desequilibra o fluxo natural das águas, seja ela mesmo 
alterando os volumes dos diversos processos hidrológicos, seja interpondo-se ao caminho 
natural delas: 
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 Com a redução da infiltração provocada pelas ações humanas, há um aumento das 
inundações. 
 Inundação das Áreas ribeirinhas: os rios geralmente possuem dois leitos: o leito 
menor, onde a água escoa na maior parte do tempo; e o leito maior, que é inundado em média 
a cada 2 anos. O impacto devido à inundação ocorre quando a população ocupa o leito maior 
do rio, ficando sujeita à enchentes; 
 Confinamento dos cursos d’água pela ocupação ribeirinha; 
 Mistura das águas pluviais com esgotos; 
 Os sistemas de drenagem convencionais são responsáveis por até 50% da poluição dos 
rios; 
 Qualidade da água de escorrências pluviais; 
 Com sólidos em suspensão; 
 Metais pesados; 
 Outros poluentes; 
 Contaminação da água pela inundação de depósitos de material tóxico, estações de 
tratamentos entre outros. 
Essas alterações podem ser anuladas ou, pelo menos, minimizadas, implementando 
várias medidas e procedimentos, de entre os quais se incluem os seguintes (PLUVIAIS, 
2005): 
 Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU) deve ser planejada em conjunto com os 
outros sistemas, principalmente o plano de controle ambiental, esgotamento sanitário, 
disposição de material sólido e tráfego; 
 O plano de controle da drenagem urbana deve contemplar as bacias hidrográficas 
sobre as quais a urbanização se desenvolve; 
 Nas áreas ribeirinhas, o controle de inundações é realizado através de medidas 
estruturais e não-estruturais, que dificilmente estão dissociadas; 
 O controle deve ser realizado considerando a bacia como um todo e não em trechos 
isolados; 
 É essencial uma gestão eficiente na manutenção de drenagem e na fiscalização da 
regulamentação. 
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Uma outra medida que foi criada visando diminuir os impactos devido a urbanização 
foi Desenvolvimento de Baixo Impacto (LID) que tem como objetivo o planejamento 
integrado para que haja o total desenvolvimento de uma área e das atividades em que nela 
serão realizadas dando ênfase nas características hidrológicas do local (CANHOLI, 2005). 
Portanto a LID trata-se de um termo que reduz a possibilidade de falha ao incluir 
subdivisões básicas das características dos projetos de infraestrutura, tais como reduzir o uso 
das tubulações, das lagoas, dos meios-fios e das calhas; mantendo áreas de infiltração e de 
armazenamento (PLANENGE, 2014). 
Segundo Canholi (2005), os principais benefícios causados pela adoção do LID em 
uma zona urbana estão definidos a seguir: 
 Diminuição da terraplanagem e limpeza do terreno: Redução da erosão e 
assoreamento; 
 Redução dos escoamentos superficiais pela implantação de revestimentos 
impermeáveis como ruas e calçadas: Possibilidade de utilização de vias com menor largura 
e emprego de asfaltamento convencional de em menor escala; 
 Diminuição das áreas diretamente conectadas à rede de drenagem: Possibilidade 
de telhados e pisos drenando para superfícies permeáveis ou vegetações; 
 Aumento do caminhamento das águas de forma a aumentar o tempo de 
concentração: Aumento da rugosidade e declividade de pré-desenvolvimento; 
 Diminuição das áreas impermeáveis: Emprego de telhados não convencionais.3. ESTUDO DE CASO 
 
3.1 SISTEMA DE DRENAGEM URBANA NA CIDADE DE ASSÚ/RN 
 
Segundo Tucci (1995) o principal objetivo do Plano Diretor de Drenagem Urbana é 
criar os mecanismos de gestão da infraestrutura urbana, relacionados com o escoamento das 
águas pluviais, dos rios e arroios em áreas urbanas. O planejamento adequado desses 
mecanismos aliado ao uso e ocupação do solo adequado contribuirá para melhorar as 
condições de saneamento, qualidade do meio ambiente e urbano, redução de perdas 
econômicas. 
 
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De acordo com Bezerra (2016) foi observado que poucos bairros possuem sistema de 
drenagem urbana, pois o plano diretor passou a ser regulamentado somente no ano de 2006 
(Bezerra, 2016). 
 
Segundo Bezerra (2016) a água precipitada é escoada de forma natural, pela força da 
gravidade, ou seja, quando precipita nos pontos mais altos, desce superficialmente para os 
pontos mais baixos até chegar ao corpo receptor, no caso o Rio Piranhas Açu (Bezerra, 2016). 
Quando há uma forte precipitação na cidade de Assú-RN, alguns bairros encontram-se 
alagados. Nesses locais, a água precipitada não escoa, ela fica retida até evaporar-se 
completamente. A água acumulada provoca vários problemas à população, como: transtorno 
na mobilização, doença de veiculação hídrica e problemas econômicos, como também 
prejuízos à pavimentação das ruas (Bezerra, 2016), como mostra as figuras 3 e 4. 
 
Figura 3 – Precipitação em Assu-RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Blog Assu Todo Dia (2016) 
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Figura 4 – Consequências de Precipitação em Assu - RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1.1 Medidas Estruturais Existentes 
 
O plano diretor da cidade de Assú passou a entrar em vigor a partir do ano de 2006, onde 
é solicitado a todas as construtoras, prestadoras de serviço da prefeitura municipal, projetos 
complementares de infra estrutura, entre eles o de drenagem de águas pluviais (Bezerra, 
2016). 
 
 Sarjetas 
 
As sarjetas é o componente da microdrenagem que existem em maior número na cidade. 
A maioria das ruas pavimentadas possuem sarjetas bem definidas. Em muitos locais elas são 
utilizadas para despejos de efluentes domésticos, provocando poluição difusa nos corpos 
hídricos e doenças de veiculação hídrica (Bezerra, 2016). 
 
 Bocas de Lobo 
 
 
Encontra-se quase inexistentes e as que existem encontra-se em estado de mal 
funcionamento, devido ao acumulo de resíduos sólidos, provocando entupimentos, 
inundações, doenças de veiculação hídrica e poluição (Bezerra, 2016). 
 
Fonte: Blog Assu Todo Dia (2016) 
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 Lagoas de Captação 
 
Os bairros Maestro Dantas, Irmã Lindalva, Porto Seguro e Janduís são os únicos da cidade 
que possuem um sistema de lagoas de captação próprio, além de todo o sistema completo de 
drenagem (Bezerra, 2016). 
 
 Bueiro 
 
A cidade de Assú também sofre com os seus bueiros, por seu mal uso, onde nela são 
depositados resíduos sólidos e em seu entorno há uma demonstração do mal uso e ocupação 
do solo, podendo causar danos significativos a população e ao meio ambiente, como doenças 
de veiculação hídrica e mal cheiro devido (Bezerra, 2016). 
 
A verdade é que a grande maioria das cidades brasileiras sofrem com a ineficiência ou 
até mesmo com a falta de saneamento público, e na cidade de Assú/RN não foi diferente. 
Ficou constatado que os problemas encontram-se na maioria das áreas de estudo apresentadas. 
 
A urbanização mal projetada, como o uso impróprio do solo e grandes áreas 
impermeabilizadas, provocam um volume de escoamento superficial enorme e esses motivos 
ecoam no sistema de drenagem urbana da cidade. 
 
O sistema de drenagem na maior parte da cidade e composto apenas pelas sarjetas. Em 
outros pontos, continham bocas de lobos, galerias e bueiros, mas algumas sarjetas e bocas de 
lobo possuíam acúmulos de resíduos sólidos, podendo provocar em eventos de precipitação 
alagamentos. 
 
Para a minimização dos impactos ocasionados por cheias se faz necessário a 
implantação de medidas estruturais e não estruturais na cidade. 
 
As medidas ditas estruturais abrangem: sarjetas, bocas de lobos, galerias, bacias de 
captação e retenção, valas de infiltração dentre outros. Já as medidas ditas não estruturais são: 
elaboração de um Plano de Drenagem Urbana para a regulamentação do manejo das águas, 
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23 
 
Plano de Uso e Ocupação do Solo para fazer o zoneamento da cidade evitando assim 
construções em locais inapropriados. 
 
3.2 SISTEMA DE DRENAGEM URBANA NA CIDADE DE SANTA CRUZ/RN 
 
O funcionamento do sistema de drenagem urbana da cidade de Santa Cruz é através de 
Canais de Concreto, Canais de Pedra Argamassada e Córregos Naturais. Todos afluem para o 
Rio Trairi, transportando em suas cargas orgânicas lixos, resíduos com riscos de 
contaminação bacteriológica, para a população. 
A parte urbana da cidade apresenta soluções de macrodrenagem por meio de canais e 
de microdrenagem através da sarjeta como canal de escoamento superficial. A cidade 
apresenta inclinação que favorece a esse escoamento, porem desperdiça a ocasião de retenção 
ou escoamento subsuperficial. Dessa forma é aproveitado esse diagnóstico para mostrar o que 
a literatura vem colocando como as chamadas soluções de baixo impacto que retendo 
(amenizando o clima) ou evaporando (reduzindo os deflúvios superficiais e consequentemente 
as inundações de jusante) ou até mesmo criando lagoas ou lagos artificiais, reduzem as vazões 
de pico. (PLANENGE, 2014) 
Abaixo nas figuras 5 e 6 e 7 temos alguns canais da cidade, com suas respectivas 
localizações e o tipo de construção. 
Figura 5 – Canal do Maracujá 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Planenge (2014) 
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Figura 6 - Canal Vila de Todos 
 
Fonte: Planenge (2014) 
 
Figura 7 - Canal da Avenida Rio Branco 
 
Outra alternativa que pode ser implantada como o sistema de drenagem são os barris 
de chuva. Serve para a retenção da agua das chuvas das casas da população. Podem ser 
utilizados barris de plástico, madeira, barris vazios de empresas de bebidas, entre outros. É de 
responsabilidade de quem vai utilizar, a conservação, manter limpo, em lugares sombreados, 
para evitar a proliferação de musgos. A água aparada desses barris pode ser utilizada para 
usos domésticos, como lavar louça, roupa, limpezas em geral (PLANENGE, 2014). 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Considerando os resultados apresentados no presente trabalho, verificou-se os 
impactos positivos da implantação de um sistema de drenagem numa cidade. E também os 
Fonte: Planenge (2014) 
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impactos negativos quando não feito um estudo adequado para implantação desse e o serviço 
acaba sendo insuficiente. 
Na cidade de Santa Cruz foi implantado o Desenvolvimento de Baixo Impacto (LID), 
que visa, desde o planejamento, uma adaptação às característicashidrológicas de determinado 
local. Dessa forma evitando que o ambiente e a população sofram com as consequências de 
um sistema de drenagem insuficiente. 
Enquanto que na cidade de Assú, foram implantados primeiramente alguns 
mecanismos de microdrenagem em alguns pontos da cidade, onde foi identificada a 
necessidade, para só depois instaurar o Plano Diretor de Drenagem Urbana. Ou seja, as 
atividades foram invertidas, e em razão dessa inversão a cidade sofre com os impactos 
causados por uma drenagem insuficiente que foi implantada sem um planejamento. 
5. REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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