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GODOY, Marina Helena; NEVES, Amanda Fracaro

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UNIVERSIDADE CESUMAR UNICESUMAR 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERCEPÇÃO DAS MULHERES SOBRE A CIRURGIA ESTÉTICA DAS MAMAS: 
REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA 
 
 
 
MARINA HELENA GODOY 
AMANDA FRACARO NEVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARINGÁ – PR 
2020
Marina Helena Godoy 
Amanda Fracaro Neves 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERCEPÇÃO DAS MULHERES SOBRE A CIRURGIA ESTÉTICA DAS MAMAS: 
REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA) 
 
 
 
 
 
 
Artigo apresentado ao Curso de Graduação em 
Medicina da Universidade Cesumar – 
UNICESUMAR como requisito parcial para a 
obtenção do título de Bacharel(a) em 
Medicina, sob a orientação do Prof. Dr. Mirian 
Ueda Yamaguchi. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARINGÁ – PR 
2020 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
MARINA HELENA GODOY 
AMANDA FRACARO NEVES 
 
 
 
 
PERCEPÇÃO DAS MULHERES SOBRE A CIRURGIA ESTÉTICA DAS MAMAS: 
REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA 
 
 
 
Artigo apresentado ao Curso de Graduação em Medicina da Universidade Cesumar – 
UNICESUMAR como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel(a) em Medicina, 
sob a orientação da Prof. Dr. Mirian Ueda Yamaguchi. 
 
 
Aprovado em: ____ de _______ de _____. 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
__________________________________________ 
Raiane Caroline Garcia – (Prof. Me. – Universidade Cesumar – UNICESUMAR). 
 
__________________________________________ 
Mirian Ueda Yamaguchi. – (Prof. Dr. – Universidade Cesumar – UNICESUMAR). 
 
Marina Helena Godoy
Novembro
Marina Helena Godoy
09
Marina Helena Godoy
2020
 
PERCEPÇÃO DAS MULHERES SOBRE A CIRURGIA ESTÉTICA DAS MAMAS: 
REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA 
 
Marina Helena Godoy 
Amanda Fracaro Neves 
 
 
RESUMO 
 
Nos últimos anos houve um aumento importante no número de cirúrgias estéticas, com 
destaque para cirurgias de mamas. Devido à popularização destes procedimentos, este estudo 
teve como objetivo demonstrar a percepção das mulheres submetidas às cirurgias estéticas de 
mama, sob o ponto de vista da promoção da saúde. Trata-se de uma revisão sistemática de 
literatura na base de dados PubMed, realizada segundo a metodologia PRISMA (Preferred 
Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). Foram identificados 2.673 
estudos científicos, dos quais 33 foram selecionados por preencherem os critérios de inclusão. 
Os artigos foram agrupados em 7 eixos temáticos: qualidade de vida, autoestima, saúde 
mental, sintomas físicos, sexualidade, imagem corporal e satisfação com a cirurgia. Conclui-
se que as pacientes melhoraram significativamente a qualidade de vida e demais eixos 
temáticos após a cirurgia. Entretanto, são escassos na literatura estudos longitudinais de 
acompanhamento avaliando a satisfação das pacientes por longos períodos. 
 
Palavras-chave: Cirugia plástica; Qualidade de vida; Saúde da mulher; Satisfação do 
paciente. 
 
 
PERCEPTION OF WOMEN ABOUT THE AESTHETIC BREAST SURGERY: 
SYSTEMATIC LITERATURE REVIEW 
 
ABSTRACT 
 
In recent years, there has been an important increase in the number of aesthetic surgeries, with 
emphasis on breast surgeries. Due to the popularization of these procedures, this study aimed to 
demonstrate the perception of women who underwent aesthetic breast surgery, from the point of 
view of health promotion. This is a systematic review of the literature in the PubMed database, 
according to the PRISMA metodology (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and 
Meta-Analyzes). 2,673 scientific studies were identified, of which 33 were selected to fulfill the 
inclusion criteria. The articles were grouped into 7 thematic areas: quality of life, self-esteem, 
mental health, physical symptoms, sexuality, body image and satisfaction with the surgery. It is 
concluded that the patients significantly improved quality of life and other thematic areas after 
surgery. However, longitudinal follow-up studies evaluating patient satisfaction over long 
periods are scarce in the literature. 
 
Keywords: Plastic surgery; Quality of life; Woman’s health; Patient satisfaction. 
 
5 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A preocupação com a beleza está presente na humanidade há milhares de anos, desde 
o Antigo Egito. Ao longo dos séculos, os padrões de beleza sofreram mudanças influenciados 
por fatores religiosos, étnicos e sociais (Oumeish, 2001). Na Idade Contemporânea, com o 
advento da globalização e o surgimento de tecnologias de informação, a mídia presente nos 
veículos de comunicação como jornais, revistas, televisão e redes sociais, passou a propagar 
constantemente um padrão de beleza irreal, estruturado em corpos extremamente magros e 
atléticos (Aparicio-Martinez, Perea-Moreno, Martinez-Jimenez, Redel-Macías, Pagliari & 
Vaquero-Abellan, 2019). Além da mídia social, celebridades também contribuem para a 
perpetuação desses ideais; estão frequentemente divulgando imagens e vídeos nas redes 
sociais, expondo o corpo, considerado perfeito, simplesmente para obter elogios, publicidade, 
fama e prestígio social (Gracindo, 2015). 
Entretanto, esses fatores muitas vezes impactam negativamente na vida das pessoas, 
especialmente das mulheres que almejam ser incluídas e aceitas socialmente, e podem acabar 
ultrapassando os limites de seu corpo na tentativa de alcançar uma perfeição inatingível. Em 
alguns casos, essa obsessão com a aparência física pode provocar danos à saúde do indivíduo, 
como transtornos alimentares, lesões por excesso de atividade física, consequências danosas 
pelo uso de anabolizantes e medicamentos anorexígenos, além dos riscos das intervenções 
cirúrgicas estéticas, os quais podem apresentar complicações pela anestesia, infecções, 
hemorragias e cicatrizes indesejáveis. Com isso, o equilíbrio entre saúde e beleza 
frequentemente é desafiado, enquanto são cometidos verdadeiros exageros na tentativa de 
atingir os padrões de beleza definidos pela sociedade (Leal, Catrib, Amorim & Montagner, 
2010). 
A American Medical Association (AMA) define as cirurgias plásticas estéticas como 
cirurgias realizadas para remodelar estruturas normais do corpo a fim de melhorar a aparência 
6 
 
e autoestima do paciente (Nahai, 2010). Mais de 85% desses procedimentos são realizados em 
mulheres, que buscam a cirurgia de aumento de mamas para se sentirem melhor com sua 
aparência física e melhorar a forma como se sentem sobre si mesmas (International Society of 
Aesthetic Plastic Surgery, 2018; Gladfelter & Murphy, 2008). Diferentemente, outras 
procuram a redução de mamas com o objetivo de aliviar os sintomas da macromastia (dores 
nos ombros, coluna, pescoço, seios), melhorar a qualidade de vida e reduzir o desconforto 
emocional (Rogliani, Gentile, Donfrancesco & Cervelli, 2009). Por outro lado, algumas 
pacientes podem desenvolver distúrbios de imagem pelo excesso da procura por intervenções 
estéticas, a fim de corrigir imperfeições de seu corpo (Coelho, Carvalho, Paes & Ferreira, 
2017). 
Nesse sentido, nos últimos anos a medicina apresentou inúmeros avanços, 
essencialmente na área estética, capazes de promover a modificação de porções corporais por 
meio de procedimentos cirúrgicos invasivos e não invasivos. Em consequência, houve um 
aumento exponencial no número de intervenções cirúrgicas estéticas globalmente. Conforme 
dados do International Society of Aesthetic Plastic Surgery (2018), o número de cirurgias 
plásticas estéticas (CPE) teve um aumento de 15% desde 2014. Dentre elas, a cirurgia de 
aumento de mama recebe destaque, sendo esta, a mais realizada no mundo (17,6%); enquanto 
a cirurgia de redução de mama está em oitavo lugar (5%). 
Devido à popularização das cirurgias estéticas, surge o interesse pela percepção das 
mulheres que se submetem a esses procedimentos. No meio científico, há poucos estudos que 
investigam a satisfação pós-operatória das mulheres sujeitas a procedimentos cirúrgicos de 
mama e como isso afeta sua qualidade de vidae autoestima. A maior parte dos estudos, em 
geral, tem enfoque em complicações cirúrgicas, inovações e técnicas operatórias (Qureshi, 
Myckatyn & Tenenbaum, 2018; Chen, Sinelnikov & Nikolenko. 2019; Ceccarino, Di Micco 
& Cappelletti, 2019; Chopra, Kokosis, Slavin, Williams & Dellon, 2019). 
7 
 
Neste cenário, o objetivo desta revisão de literatura científica é identificar a percepção 
das mulheres que já realizaram CPE de mama, visando despertar o interesse de profissionais 
da área da saúde e da população científica sobre esta temática no contexto da promoção da 
saúde. 
 
2 METODOLOGIA 
 
Este trabalho consiste em uma revisão sistemática de literatura cujo objeto de análise é 
a produção científica sobre a satisfação das mulheres após CPE de mama. A pesquisa foi 
realizada entre os meses de março e junho de 2020, nos periódicos indexados no banco de 
dados da U.S. National Library of Medicine (Pubmed). Foram utilizadas as recomendações 
metodológicas da declaração prisma (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and 
Meta-analyses) para trabalhos de revisão sistemática de literatura, na qual aplicou-se os 
seguintes descritores: “cosmetic surgery patient-reported satisfaction”, “cosmetic surgery 
elderly women self esteem”, “cosmetic surgery midlife women self esteem” e “cosmetic 
surgery woman reported outcomes” (Moher, Liberati, Tetzlaff & Altman, 2009; Liberati, 
Altman, Tetzlaff, Mulrow, Gøtzsche & Ioannidis, 2009). Essas buscas permitiram, em um 
primeiro momento, a identificação de 2.673 estudos científicos. 
Em seguida, foram analisados os títulos e resumos das publicações de forma 
independente por dois pesquisadores, segundo os critérios de inclusão: publicações no idioma 
inglês ou português, que abordaram a percepção das mulheres sobre as CPE de mama, sem 
data específica. Foram excluídos os artigos de revisão de literatura, relato de caso e aqueles 
que tangem técnicas e complicações cirúrgicas. Após a avaliação de títulos e resumos, foram 
selecionados 35 artigos, destes, dois estavam indisponíveis no formato completo, resultando 
em 33, os quais foram incluídos no estudo e classificados segundo ano, autores, país de 
8 
 
publicação, tema central e objetivo da cirurgia (Figura 1). Os resultados encontrados nesta 
análise estão apresentados na próxima sessão. 
 
Figura 1 – Representação esquemática de identificação, triagem, elegibilidade e inclusão de 
artigos, adaptada de acordo com o PRISMA Flow Diagram. 
 
 
3 RESULTADOS 
 
Foram identificados 33 artigos que atenderam aos critérios de inclusão. Observa-se 
que a partir de 2005 houve um crescimento significativo no número de publicações científicas 
relacionadas a percepção das mulheres sobre CPE de mamas, que se manteve constante até o 
ano de 2019 (Figura 2). 
 
 
9 
 
Figura 2 – Representação gráfica do número de artigos publicados na base de dados 
PubMed segundo o ano de publicação. 
 
 
No Quadro 1, estão os artigos selecionados e classificados em relação aos seguintes 
aspectos: ano de publicação, autores, país de pesquisa, eixos temáticos e tipo de cirurgia de 
mama. Observou-se predomínio no número de estudos realizados nos Estados Unidos 
(45,4%), seguido do Brasil (9%) e Itália (9%). Dentre estes, 54,5% eram referentes à 
mamoplastia redutora, 36,3% à mamoplastia de aumento e 9% referente a mais de um tipo de 
cirurgia (correção de ptose mamária, mastopexia vertical, mamoplastia de aumento com 
mastopexia). 
 
Quadro 1 - Artigos incluídos segundo ano de publicação, autores, país de pesquisa, eixos 
temáticos e tipo de cirurgia. 
Ano Autores País Eixos Temáticos Cirurgia 
1987 Meyer L. e 
Ringberg A. 
Suécia Saúde Mental [CMPS; MNT] Mamoplastia de 
aumento 
1996 Klassen A. et 
al. 
Inglaterra Saúde mental [GHQ], autoestima [RSES] e 
qualidade de vida [SF-36] 
Mamoplastia 
redutora 
1999 Glatt B.S. et 
al. 
EUA Sintomas físicos [questionário próprio], 
imagem corporal [BCRS], saúde mental e 
imagem corporal [BDDE-SR] 
Mamoplastia 
redutora 
10 
 
2004 Breiting V.B. 
et al. 
Dinamarca Sintomas físicos [questionário 
próprio/autoadministrado] 
Mamoplastia de 
aumento 
2005 Miller B.J .et 
al. 
Canadá Qualidade de vida [SF-36], autoestima 
[RSES], sintomas físicos [SIQ] 
Mamoplastia 
redutora 
2005 Cerovac S. et 
al. 
Inglaterra Saúde mental [GHQ; HADS] e sexualidade 
[FSFI], outros [questionário semiestruturado] 
Mamoplastia 
redutora 
2007 Figueroa-Haas 
C.L. 
EUA Autoestima [RSES] e sexualidade [FSFI] Mamoplastia de 
aumento 
2007 Hölmich L.R 
et al. 
Dinamarca Satisfação com a cirurgia e Imagem corporal 
[questionário próprio] 
Mamoplastia de 
aumento 
2007 Woodman R. e 
Radzyminski 
S. 
EUA Sintomas físicos, imagem corporal, 
autoestima, satisfação com a cirurgia 
[entrevista pessoal] 
Mamoplastia 
redutora 
2008 Gladfelter J. e 
Murphy D. 
EUA Imagem corporal [questionário próprio] Mamoplastia de 
aumento 
2008 Sabino Neto 
M. et al. 
Brasil Autoestima [RSES], sintomas físicos 
[Rolland-Morris; VAS] 
Mamoplastia 
redutora 
2009 Rogliani M. et 
al. 
Itália Saúde Mental e Imagem corporal [BDDE-
SR], qualidade de vida [SF-36] e sintomas 
físicos [SIQ] 
Mamoplastia 
redutora 
2009 Saariniemi 
K.M. et al. 
Finlândia Saúde Mental [RDBI] Mamoplastia 
redutora 
2009 Klassen A. et 
al. 
Canadá Satisfação com a cirurgia e qualidade de vida 
[entrevista pessoal] 
Mamoplastia de 
aumento, redutora e 
reconstrução 
2010 Singh K. et al. EUA Qualidade de vida [questionário próprio] Mamoplastia 
redutora 
2010 Romeo M. et 
al. 
Itália Saúde mental [Ham-A; Ham-D], qualidade de 
vida [SF-36] e sexualidade [FSFI] 
Mamoplastia 
redutora 
2012 Gonzalez M.A 
et al. 
EUA Qualidade de vida [BREAST-Q] Mamoplastia 
redutora 
2012 Saariniemi 
K.M.M. et al. 
Finlândia Qualidade de vida [15D], saúde mental 
[RBDI; EDI] 
Mamoplastia de 
aumento 
2012 McCarthy C.M 
.et al. 
EUA Qualidade de vida [BREAST-Q] Mamoplastia de 
aumento 
2013 Coriddi M. et 
al. 
EUA Qualidade de vida [BREAST-Q] Mamoplastia 
redutora 
2013 Coriddi M. et EUA Qualidade de vida [BREAST-Q] Mamoplastia de 
11 
 
al. aumento 
2013 Swanson E. EUA Satisfação com a cirurgia, autoestima, 
qualidade de vida, sintomas físicos [entrevista 
pessoal] 
Mastopexia vertical, 
mamoplastia de 
aumento/mastopexia, 
mamoplastia 
redutora. 
2013 Swanson E. EUA Satisfação com a cirurgia, autoestima, 
qualidade de vida, [entrevista pessoal] 
Mamoplastia de 
aumento 
2014 Rzepa T. et al. Polônia Qualidade de vida, imagem corporal 
[questionário próprio] 
Mamoplastia de 
aumento 
2015 Kececi Y. et 
al. 
Turquia Qualidade de vida [SF-36; BRASS] e 
autoestima [RSES] 
Mamoplastia 
redutora 
2016 Duraes E.F.R. 
et al. 
EUA Qualidade de vida [BREAST-Q] Mamoplastia de 
aumento, redutora e 
correção de ptose 
mamária 
2016 Cohen W.A. et 
al. 
EUA Qualidade de vida [BREAST-Q] Mamoplastia 
redutora 
2016 Correia-Sá I. 
et al. 
Portugal Satisfação com a cirurgia [dados de 
prontuário] 
Mamoplastia de 
aumento 
2016 Alderman A. 
et al. 
EUA Qualidade de vida [BREAST-Q] Mamoplastia de 
aumento 
2017 Cogliandro A. 
et al. 
Itália Qualidade de vida [BREAST-Q] Mamoplastia 
redutora 
2017 Cabral I.V. et 
al. 
Brasil Qualidade de vida [BREAST-Q] Mamoplastia 
redutora 
2018 Fonseca C.C. 
et al. 
Brasil Saúde mental e Imagem corporal [BDDE], 
Imagem corporal [BIS; BEQ55] 
Mamoplastia 
redutora 
2019 Nuzzi L.C. et 
al. 
EUA Qualidade de vida [SF-36], sintomas físicos 
[BRSQ], autoestima [RSES], saúde mental 
[EAT-26] 
Mamoplastia 
redutora 
CMPS = Cesarec-Marke Personality Scheme; MNT = Marke-Nyman Test; GHQ = General Health Questionnaire; 
RSES = Rosenberg Self-Esteem Scale; SF-36 = Short Form-36 Health Survey; BCRS = Breast Chest Ratings Scale; 
BDDE-SR = Body Dysmorphic Disorder Examination Self-Report; SIQ = Symptoms Inventory Questionnaire; HADS = 
Hospital Anxiety and Depression Score; FSFI = Female Sexual Function Index; RMQ = Rolland-MorrisQuestionnaire; VAS = Visual Analog Scale; RBDI = Raitasalo’s modification of the Beck Depression Inventory; 
HAM-A = Hamilton Anxiety Rating Scale; HAM-D = Hamilton Depression Rating Scale; 15D = HRQoL- Health 
Related Quality Of Life Instrument; EDI = Eating Disorder Inventory; BRASS = Breast Reduction Assessed Severity 
Scale; BDDE = Body Dysmorphic Disorder Examination; BIS = Body Investment Scale; BEQ55 = Breast Evaluation 
Questionnaire; BRSQ = Breast Chest Ratings Scale; EAT-26 = Eating Attitudes Test. 
12 
 
Os estudos foram agrupados em sete eixos temáticos de acordo com os principais 
conteúdos abordados: qualidade de vida (21 artigos; 32,81%), saúde mental (10 artigos; 
15,62%), autoestima (9 artigos; 14,06%), sintomas físicos (8 artigos; 12,50%), imagem 
corporal (7 artigos; 10,93%), satisfação com a cirurgia (6 artigos; 9,37%), sexualidade (3 
artigos; 4,68%). No geral, cada artigo abordou mais de um tema. 
O eixo temático relacionado à saúde mental incluiu fatores psicossociais e distúrbios 
psiquiátricos (ansiedade, depressão, transtornos alimentares, transtorno dismórfico corporal). 
Os questionários utilizados para avaliar esse tópico foram: Raitasalo’s modification of the 
Beck Depression Inventory (RBDI), General Health Questionnaire (GHQ) e Body 
Dysmorphic Disorder Examination Self-Report (BDDE-SR). 
O tema qualidade de vida contemplou vários domínios ligados à saúde: satisfação com 
os resultados da cirurgia em geral, bem-estar físico, sexual e psicossocial, entre outros. O 
questionário mais utilizado para avaliar esse eixo temático foi o BREAST-Q. Identificado em 
nove publicações científicas; esse instrumento quantificou o impacto de diversos tipos de 
cirurgia de mama (reconstrução, aumento e redução de mamas) no bem-estar físico, 
psicossocial e sexual; e na satisfação da paciente com os seios, resultado e cuidados após a 
cirurgia (Pusic, Klassen, Scott, Klok, Cordeiro & Cano, 2009). 
Seis estudos usaram o SF-36 (Short Form-36 Health Survey), questionário que 
abrange oito domínios da qualidade de vida: capacidade funcional, aspectos físicos, dor, 
estado geral da saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental (Saris-
Baglama, Dewey & Chisholm, 2010). 
Na temática sobre imagem corporal, foram abordados os fatores relacionados à 
satisfação com o corpo e aparência das mamas no geral; sobre sexualidade, três estudos 
utilizaram o Female Sexual Function Index (FSFI). A autoestima foi avaliada pelo 
questionário Rosenberg Self-Esteem Scale (RSES) em seis artigos. Entrevista pessoal, dados 
13 
 
de prontuários e outros questionários, foram os mecanismos utilizados nos trabalhos para 
avaliar a satisfação com a cirurgia. 
Entrevistas pessoais e o Symptoms Inventory Questionnaire (SIQ) foram os métodos 
mais utilizados para avaliar a percepção das pacientes relacionada aos sintomas físicos, que 
apresentaram-se associados à macromastia, como por exemplo dores no pescoço, nas costas, 
ombros e mamas (Cerovac, Ali, Blizard, Lloyd & Butler, 2005). 
 
4 DISCUSSÃO 
 
4.1 QUALIDADE DE VIDA 
 
Qualidade de vida (QV) é uma expressão de grande complexidade que abrange 
diversos fatores na vida de um indivíduo, dentre eles, aspectos físicos, psicológicos, sociais e 
ambientais (Gordia, 2011). Neste estudo identificou-se que, dentre os artigos selecionados, 
foram utilizados diferentes instrumentos para mensurar a QV relacionada à CPE de mamas. 
Uma análise retrospectiva utilizando o instrumento BREAST-Q, demonstrou uma melhora 
significativa na QV das mulheres após a cirurgia de redução de mamas, independente do 
índice de massa corporal (IMC) pré-operatório ou da quantidade de tecido mamário removido 
(Gonzalez, Glickman, Aladegbami & Simpson, 2012). Outro estudo realizado por meio do 
questionário BREAST-Q, o qual foi aplicado aos 3 meses e 1 ano após a cirurgia, mostraram 
que as mulheres percebiam os benefícios da mamoplastia redutora na QV (Cohen, Homel & 
Patel, 2016). 
Em outro estudo, no qual utilizou-se o instrumento Short Form-36 Health Survey (SF-
36), foi demonstrado que mulheres que se submetem à mamoplastia redutora tiveram uma 
piora na qualidade de vida relacionada à saúde após a cirurgia, mas afirmam também que essa 
condição se normalizou após 6 meses. Além disso, pela ausência de mudanças na pontuação 
14 
 
do domínio de saúde mental e aumento significativo na pontuação de saúde física, foi 
sugerido que o benefício mais evidente da cirurgia foi físico (Miller, Morris & Sigurdson, 
2005). Em avaliações pós-operatórias da redução de mamas, vários estudos demonstraram, 
por meio do SF-36, melhorias significativas em todos os domínios da escala, variando os 
períodos de acompanhamento desde quatro meses até sete anos, com pacientes de diferentes 
idades (Miller, Morris & Sigurdson, 2005; Rogliani et al., 2009; Kececi, Sir & Gungor, 2015; 
Nuzzi, Firriolo, Pike, DiVasta & Labow, 2019). 
Da mesma forma, os estudos que utilizaram o BREAST-Q revelaram que após a 
mamoplastia redutora houve aumento em todos os domínios da escala (satisfação com a 
aparência da mama, bem-estar psicossocial, sexual e físico), possibilitando sugerir que há uma 
melhora na qualidade de vida desde o primeiro mês até cinco anos de pós-operatório (Coriddi, 
Nadeau, Taghizadeh & Taylor, 2013; Cohen et al., 2016; Cogliandro, Barone, Cassotta, 
Tenna, Cagli & Persichetti, 2017; e Cabral, Garcia & Sobrinho, 2018). 
Mulheres que acreditavam que a cirurgia de redução de mamas motivaria a perda de 
peso, tiveram uma perda significativa de peso, redução do tamanho do vestuário e se 
exercitaram mais no pós-operatório. Além disso, essas mulheres tiveram níveis de satisfação e 
QV significativamente maiores após a cirurgia, permitindo inferir que a motivação é um fator 
importante para atingir os melhores resultados (Singh, Pinell & Losken, 2010). 
Em relação à mamoplastia de aumento, Swanson (2013a), em seu estudo, identificou 
que as mulheres, em geral, consideraram a realização do procedimento por cinco anos antes 
de realizá-lo, mostrando que a decisão não foi impulsiva. Uma decisão bem pensada de se 
submeter à CPE de mamas parece afetar positivamente várias esferas do funcionamento 
psicossocial, autoavaliação e satisfação com a QV (Rzepa, Grzesiak, Zaborski, Modrzejewski 
& Pastucha, 2014). Seis meses após a mamoplastia de aumento, as mulheres apresentaram 
uma melhoria significativa, principalmente nos domínios de satisfação com os seios, bem-
15 
 
estar psicossocial e funcionamento sexual (McCarthy, Cano & Klassen, 2012; Coriddi et al., 
2013). 
Entretanto, em relação ao bem-estar físico, foi identificado na literatura científica que 
após a mamoplastia de aumento, existe a possibilidade de desenvolver a curto prazo, (seis 
semanas) desconforto, dor ou aperto na área das mamas, relatado por 19% das pacientes; e a 
longo prazo, dor crônica, com prevalência cumulativa de 31% nas pacientes e incidência 
maior em mulheres jovens ou com mamas pequenas (Coriddi, Angelos, Nadeau, Bennet & 
Taylor, 2013; Van Elk, Steegers, Van Der Weij, Evers & Hartman, 2009). Ambas condições, 
de certa forma, afetam a QV. 
Do ponto de vista das pacientes, a dor do pós-operatório a curto prazo se mostrou mais 
tolerável, por ser transitória e compensada pelos efeitos benéficos da cirurgia na aparência dos 
seios e em outros aspectos da vida da mulher (Coriddi et al, 2013). Um estudo realizado na 
Finlândia, com o instrumento 15D, não demonstrou qualquer mudança na QV desde o início 
até sete meses de acompanhamento após a mamoplastia de aumento (Saariniemi, Hellen, 
Salmi, Peltoniemi, Charpentier & Kuokkanen, 2012). Este fato pode ser decorrente da menor 
sensibilidade do 15D na detecção dessas mudanças em comparação aos instrumentos mais 
específicos para avaliar esta condição, quando comparado ao BREAST-Q, por exemplo 
(Cano, Klassen & Pusic, 2009). 
Por meio de 106 entrevistas em consulta,durante um mês de acompanhamento, três 
tipos de cirurgias de mama (mastopexia vertical, aumento/mastopexia, redução) mostraram 
proporcionar um alto nível de satisfação da paciente (94,3%), melhora da autoestima (89,3%) 
e qualidade de vida (69,5%) (Swanson, 2013b). Entretanto, em comparação com outras CPE, 
Duraes EF, Durand e Duraes LC (2016), em um estudo transversal, apontam que as mulheres 
que procuram CPE de mama (redução, aumento e correção de ptose), apresentam escores 
mais baixos em todos os domínios do BREAST-Q quando comparadas àquelas que procuram 
16 
 
a CPE não mamária, sugerindo, portanto, que as pacientes que pretendem fazer CPE de 
mamas, apresentam pior QV quando comparadas às que buscam por CPE não-mamária. 
 
4.2 AUTOESTIMA 
 
Existem diferentes maneiras de conceituar autoestima. Ela pode ser definida como 
uma orientação positiva ou negativa em relação a si mesmo, uma avaliação geral do próprio 
valor, na qual é possível observar o quanto uma pessoa se valoriza ou se aceita por quem ela é 
(Rosenberg, 1965; Sarwer, Nordmann & Herbert, 2000). Flynn (2004), afirma que a 
autoconfiança e a satisfação com a aparência física afetam a percepção de si mesmo e a 
interação com os outros, acrescentando que as mulheres, quando restauram sua plenitude e a 
forma de seus seios, obtém uma melhora na autoestima, bem-estar e feminilidade. 
Entre os estudos selecionados nesta revisão, a escala Rosenberg Self-Esteem Scale 
(RSES) foi o instrumento mais utilizado para avaliar a autoestima; tem sido amplamente 
aceito e utilizado em diversas populações (Cheng & Furnham, 2003). Observou-se que as 
mulheres que buscam CPE de mama, geralmente tem autoestima pré-operatória baixa. Muitas 
delas relataram que antes da cirurgia, se sentiam envergonhadas com o tamanho das mamas e 
pouco atraentes (Klassen, Fitzpatrick, Jenkinson & Goodacre, 1996; Kececi, Sir & Gungor, 
2015). Após o procedimento, as pacientes relataram, de modo geral, que se sentiram mais 
autoconfiantes, mais atraentes e bem consigo mesmas, verificando, assim, uma melhora 
significativa na autoestima. 
Os estudos que utilizaram o questionário RSES conseguiram comprovar essa melhoria 
ao verificarem um aumento da pontuação obtida no pós-operatório, em comparação ao pré-
operatório (Miller, Morris & Sigurdson, 2005; Figueroa-Haas, 2007; Woodman & 
Radzyminski, 2007; Klassen, Pusic, Scott, Klok & Cano, 2009; Swanson 2013a; 2013b). 
17 
 
Além disso, em outro estudo, Alderman, Pusic & Murphy (2016) verificaram que a melhora 
na autoestima das mulheres parece se manter ao longo do tempo após o aumento de mamas. 
Um outro estudo que avaliou complicações cirúrgicas em adolescentes e mulheres 
jovens submetidas à mamoplastia redutora, identificou que a melhora da autoestima ocorreu 
tanto nas pacientes que sofreram alguma complicação cirúrgica, como cicatriz hipertrófica e 
deiscência da ferida, quanto naquelas que não tiveram nenhuma complicação. Apenas as 
pacientes com crescimento mamário pós-operatório não alcançaram melhorias na pontuação 
do questionário RSES (Nuzzi et al., 2019). Kececi, Sir e Gungor (2015), utilizando a versão 
turca do RSES, constataram que as pacientes com baixo IMC pré-operatório tiveram um 
maior aumento na autoestima em relação àquelas com IMC maior. Mulheres magras com 
macromastia podem se sentir envergonhadas por julgar suas mamas desproporcionais, e essa 
percepção pode contribuir para que o aumento da autoestima seja maior nestas pacientes. 
Uma pesquisa multicêntrica e observacional ao longo de 10 anos, identificou que para 
a mamoplastia de aumento, as mulheres que receberam implantes mamários com 
preenchimento de silicone, tiveram uma melhora no bem-estar psicossocial 
consideravelmente maior quando comparadas às que receberam implantes preenchidos com 
solução salina (Alderman, Pusic & Murphy, 2016). Independente deste achado, não foram 
encontradas discordâncias na literatura com relação às CPE de mama e a melhora significativa 
da autoestima das pacientes. 
 
4.3 SAÚDE MENTAL 
 
Saúde mental é mais do que a ausência de transtornos mentais, é parte integrante da 
saúde, constitui um estado de bem-estar no qual um indivíduo percebe suas próprias 
habilidades, consegue lidar com as tensões normais da vida, trabalhar de forma produtiva e 
18 
 
contribuir para sua comunidade, dependendo de fatores socioeconômicos, biológicos e 
ambientais (WHO, 2014). 
No contexto da mamoplastia de aumento e a relação com a saúde mental, estudos 
realizados em diferentes épocas mostraram resultados distintos. No acompanhamento de um 
ano após a mamoplastia de aumento, dentre 36 mulheres, 33% relataram reação depressiva e 
19% apresentaram aumento dos sintomas somáticos relacionados à ansiedade (Meyer & 
Ringberg, 1987). Entretanto, em um estudo mais recente realizado com diferentes 
instrumentos de avaliação, sete meses de acompanhamento e uma amostra maior de pacientes 
(65 mulheres), a mamoplastia de aumento relacionou-se à redução percentual de 8% e 3% dos 
sinais de ansiedade e depressão, respectivamente. Após a cirurgia, houve também redução 
significativa nos sintomas relacionados aos transtornos alimentares (Saariniemi et al, 2012). 
Por outro lado, um estudo com um período mais longo de acompanhamento (20 anos), 
observou que mulheres com implante estético de mama utilizavam mais medicamentos 
antidepressivos e ansiolíticos em comparação àquelas que realizaram redução de mamas e à 
população feminina geral (Breiting, Hölmich & Brandt, 2004). 
Da mesma forma, a mamoplastia redutora mostrou ter impactos psicológicos benéficos 
após seis meses de acompanhamento; a proporção de casos com possível morbidade 
psiquiátrica caiu 30%. Assim como em um estudo clínico randomizado mais recente, 
realizado na Findândia, com o mesmo tempo de seguimento, identificou que no pré-operatório 
metade das mulheres apresentavam-se deprimidas ou ansiosas, enquanto que após a cirurgia 
80% delas não mostraram quaisquer sinais de depressão ou ansiedade (Klassen et al., 1996; 
Saariniemi, Joukamaan, Raitasalo & Kuokkanen, 2009). 
Mulheres mais jovens com macromastia tendem a relatar principalmente sintomas 
psicológicos (nervosismo, sintomas depressivos, auto-atitude negativa, baixa autoestima, 
entre outros); enquanto mulheres mais velhas se queixam mais de sintomas físicos (dor nas 
19 
 
costas, pescoço e ombros, problemas de postura, dificuldades para dormir, erupções cutâneas 
sob os seios, entre outros (Behmand, Tang & Smith, 2000; Sigurdson, Mykhalovskiv, 
Kirkland & Pallen, 2007). A cirurgia estética de redução de mamas mostra-se relacionada à 
melhora tanto dos sintomas físicos, quanto dos psicossociais, independente da idade das 
pacientes submetidas à cirurgia (Nuzzi et al, 2019). 
 
4.4 SINTOMAS FÍSICOS 
 
Os sintomas físicos estão intimamente ligados à hipertrofia mamária. Pacientes com 
essa condição tem um grande sofrimento com o tamanho aumentado de suas mamas 
(macromastia). Além das queixas de dores na coluna, ombros e seios prejudicando sua 
postura, essas pacientes relataram dificuldades para realizar exercícios físicos, encontrar 
roupas de tamanho adequado, e em graus mais avançados, até mesmo prejuízo nas suas 
atividades da vida diária, como diminuição da sua produtividade no trabalho (Pérez-Panzano 
et al, 2017; Neto, Abla & Lemos, 2012; Cabral, Garcia & Sobrinho, 2017; Benditte-Klepetko, 
Leisser & Paternostro-Sluga, 2007; Freire, Neto, Garcia, Quaresma & Ferreira, 2002). 
Um estudo retrospectivo demonstrou que mulheres obesas com macromastia tendiam a 
relatar maiores queixas relacionadas aos sintomas físicos, como irritação de pele, dor no 
pescoço e nos seios sem se exercitar; e mulheres não obesas tendiam a relatar mais sintomas 
psicológicos, como vergonha e constrangimento em público pelo tamanho dos seios (Glatt, 
Sarwer, O'hara, Hamori, Bucky & LaRossa, 1999). Outros estudos mostraram quea 
mamoplastia redutora melhora significativamente os sintomas físicos relacionados à 
macromastia (Woodman & Radzyminski, 2007; Sabino Neto, Demattê, Freire, Garcia, 
Quaresma & Ferreira, 2008; Rogliani et al., 2009; Coriddi, Nadeau, Taghizadeh & Taylor, 
2013; Swanson, 2013a; Cabral, Garcia & Sobrinho, 2018). Enquanto o tratamento 
conservador como perda de peso, fisioterapia, uso de sutiãs especiais e medicamentos não são 
20 
 
medidas tão benéficas para o alívio dos sintomas (Collins, Kerrigan, Kim, Lowery, Striplin & 
Cunningham, 2002), estudos demonstraram que os benefícios da redução de mamas no alívio 
dos sintomas e promoção de bem-estar no paciente ocorreram mesmo após pequenas reduções 
(Gonzales et al., 2010; Saariniemi, Luukkala & Kuokkanen, 2011). 
Em consulta de acompanhamento entre cinco meses e três anos após a cirurgia, nove 
mulheres foram entrevistadas com perguntas abertas e subjetivas, e relataram diversas 
melhorias na saúde física, como diminuição do uso de analgésicos pela eliminação ou redução 
dos sintomas de dor, ausência de alterações cutâneas, diminuição da frequência ou intensidade 
de enxaquecas, postura melhorada, redução da fadiga e mais disposição para realizar 
exercícios físicos e atividades com seus filhos, mais facilidade de trabalho, perda de peso, 
cessação do tabagismo, entre outros (Woodman & Radzyminski, 2007). Em um estudo 
prospectivo realizado com seis meses de acompanhamento, com a utilização de instrumentos 
validados, foi observado que, de um modo geral, o benefício da mamoplastia redutora foi 
mais significativo nos sintomas físicos do que na saúde mental (Miller, Morris & Sigurdson, 
2005). 
Breiting, Hölmich e Brandt (2004), realizaram um estudo com o objetivo de comparar 
a saúde a longo prazo de três grupos de mulheres: aquelas submetidas à mamoplastia de 
aumento, redução, e mulheres da população geral. Em um período pós-operatório médio de 
vinte anos, foi encontrado que mulheres com implantes mamários relataram ter dores nas 
mamas quase três vezes mais do que aquelas submetidas à mamoplastia redutora. Além disso, 
as pacientes que fizeram redução ou aumento de mamas relataram ter mais sintomas 
cognitivos, fadiga, e sintomas do tipo Raynaud, em comparação ao grupo da população geral. 
Aproximadamente 80% das mulheres em cada grupo do estudo relataram pelo menos um 
sintoma. 
 
21 
 
4.5 SEXUALIDADE 
 
Sexualidade é um conceito muito mais amplo do que meramente "fazer sexo". Pode 
contribuir significativamente para a qualidade de vida, realização pessoal, saúde física e 
emocional da mulher. Desempenha continuamente um papel importante na saúde e no bem-
estar das mulheres ao longo de toda a vida (Michelmore, 2005). Neste contexto, os seios são 
admirados como características sexuais e estéticas e apresentam um papel importante na 
saúde sexual da mulher (Beraldo, Veiga & Veiga-Filho, 2016; Bozola, Longato & Bozola, 
2011). Além disso, um estudo qualitativo revelou que sentimentos negativos da mulher sobre 
os seios podem interferir na forma como uma mulher se sente, quanto sua sexualidade e 
prazer sexual (Klassen et al., 2009). 
Apesar da importância desse aspecto na vida da mulher, foram encontrados poucos 
artigos na literatura científica que se preocuparam em avaliar a percepção relacionada à 
sexualidade feminina no contexto das CPE de mama. Dentre os artigos que abordaram esse 
tema, foi observado que o principal questionário utilizado foi o Female Sexual Function Index 
(FSFI), o qual tem como objetivo avaliar a disfunção erétil, sendo subdividido em seis 
domínios: desejo, excitação, lubrificação, dor, orgasmo e satisfação durante atividade ou 
relação sexual (Rosen, Brown, Heiman, Leiblum, Meston & Shabsigh, 2000). 
Um estudo retrospectivo avaliou a função sexual após um ano da mamoplastia 
redutora; das 75 mulheres incluídas (idade média de 36,7 anos), apenas 28% relataram 
melhora na função sexual (Cerovac et al, 2005). Em contrapartida, um estudo com grupo 
controle mostrou que em oito meses de pós-operatório, as mulheres que fizeram mamoplastia 
redutora atingiram o mesmo nível de satisfação sexual que mulheres na amostra da população 
média saudável (grupo controle) (Romeo, Cuccia, Zirilli, Weiler-Mithoff & Stagno 
d'Alcontres, 2010). Porém, as pacientes se sentiram mais seguras e sexualmente atraentes 
quando sem roupas, no pós-operatório (Klassen et al, 2009; Coriddi et al, 2013). 
22 
 
Outra questão relacionada à sexualidade refere-se à sensação dos mamilos, que está 
intimamente ligada à satisfação sexual e foi considerada importante durante a relação sexual 
por cerca de 80% das mulheres. Na mamoplastia redutora, 41% tiveram essa sensação 
reduzida com a cirurgia (Cerovac et al, 2005). Entretanto, alguns estudos realizados com base 
em testes sensoriais objetivos demonstraram que a sensação do mamilo retorna aos níveis pré-
operatórios dois anos após a cirurgia em 85% das pacientes (Harbo, Jorum & Roald, 2003; 
Hamdi, Greuse, DeMev & Webster, 2001; Nahabedian & Mofid, 2002). Por outro lado, 
através de outros métodos de avaliação (entrevista), estudos mostraram melhora da sensação 
mamilar tanto após a mamoplastia redutora, quanto após a mamoplastia de aumento. Essa 
melhora pode ser atribuída ao curto período de tempo de acompanhamento (um mês), devido 
à autoimagem aprimorada relacionada as mamas (Swanson, 2013a, 2013b). 
Na mamoplastia de aumento, em comparação aos dados obtidos no pré-operatório, 
num estudo descritivo com 84 participantes, foi percebido que as mulheres tiveram um 
aumento significativo nos níveis de sexualidade com um a dois meses de pós-operatório, 
sendo que o domínio da excitação foi aquele que mais aumentou (Figueroa-Haas, 2007). 
Tanto a redução quanto o aumento de mamas, mostraram melhorar a autoconfiança da 
mulher com o parceiro em situações íntimas, além de proporcionar com que elas se sintam 
mais sexualmente atraentes quando sem roupas e mais satisfeitas com sua vida sexual 
(Klassen et al., 1996; Cerovac et al., 2005; Klassen et al., 2009; Coriddi et al., 2013). 
 
4.6 IMAGEM CORPORAL 
 
A imagem corporal pode ser definida como a representação da aparência física de um 
indivíduo, resultante da combinação entre fatores ambientais, sociais, psicológicos e neuro-
perceptuais, e se expressa através do nível de cuidado e satisfação com o próprio corpo 
(Sarwer & Polonsky, 2016). A insatisfação com o tamanho ou formato das mamas, leva 
23 
 
muitas mulheres à buscarem a CPE de mamas na expectativa de melhorar sua autoimagem e 
se sentir melhor com sua aparência física. Pacientes com macromastia relataram ser 
motivadas a realizar a cirurgia pela vergonha que sentiam em atividades sociais devido ao 
grande tamanho de suas mamas. Mulheres que buscaram a cirurgia de aumento mamário, no 
pré-operatório estavam pouco satisfeitas com diversos aspectos de suas mamas e com a forma 
como os sutiãs e roupas se ajustavam no corpo (Glatt et al, 1999; Gladfelter & Murphy, 2008; 
McCarthy, Cano & Klassen, 2012; Rzepa et al, 2014). 
Diversos estudos com diferentes metodologias, observaram que as pacientes 
submetidas à mamoplastia redutora demostraram uma redução significativa na insatisfação 
com a imagem corporal, em comparação com a avaliação pré-operatória. Elas relataram que a 
cirurgia diminuiu o constrangimento com suas mamas, se sentiram mais confortáveis com sua 
aparência corporal, e ficaram felizes porque os outros não olhavam para o tamanho de seus 
seios (Glatt et al., 1999, Woodman & Radzyminski 2007; Rogliani et al. 2009; Cogliandro et 
al., 2017; Cabral, Garcia & Sobrinho 2018). 
Kececi, Sir e Gungor (2015), utilizando os escores do Breast Reduction Assessed 
Severity Scale (BRASS) observaram que as pacientes mais jovens tiveram melhora na 
percepção da autoimagem em relação às pacientes mais velhas. Em outra pesquisa, Fonseca, 
Veiga e Garcia (2018), compararam dois grupos:mulheres com mamas de tamanho normal 
não submetidas à cirurgia e aquelas que realizaram mamoplastia redutora. Os autores 
verificaram que o primeiro grupo apresentava mais sintomas positivos em relação à imagem 
corporal, enquanto o segundo, antes da cirurgia, estava insatisfeito com a mesma. Após o 
procedimento, as mulheres apresentaram um nível de satisfação ainda maior que o primeiro 
grupo, inclusive aquelas que apresentavam sintomas de transtorno dismórfico corporal, as 
quais, agora, mostraram melhora da imagem corporal e remissão dos sintomas. 
24 
 
Em investigação de pacientes por meio do questionário Breast Chest Ratings Scale 
(BCRS), o qual avalia a preferência de tamanho da mama, verificou-se que após a redução de 
mama, as mulheres ainda identificavam o tamanho de suas mamas como maior do que o das 
outras mulheres, e julgaram o tamanho ideal da mama e o tamanho preferido pelas mulheres 
consideravelmente menores do que o apresentado pela amostra normativa. Isso sugere que as 
pacientes submetidas à mamoplastia redutora preferem mamas ainda menores, o que pode 
resultar do grande sofrimento psicológico que experienciaram quando tinham mamas grandes 
(Glatt et al., 1999). 
A mamoplastia de aumento também melhorou significativamente a satisfação geral 
das pacientes com a mama, com relação ao tamanho, formato e sensação (Gladfelter & 
Murphy, 2008; Coriddi et al., 2013). As mulheres demonstraram grande satisfação com a 
forma e tamanho das mamas, relatando que após a cirurgia, obtiveram mais opções de tipos de 
sutiã, lingerie e maiô (Klassen et al., 2009; McCarthy, Cano & Klassen, 2012). As melhorias 
observadas na imagem corporal no pós-operatório permanecem estáveis ao longo do tempo 
por pelo menos quatro anos, como verificou Alderman, Pusic e Murphy (2016). Da mesma 
forma, mulheres polonesas relataram no pré-operatório da mamoplastia de aumento que 
nenhuma delas se considerava muito atraente; um ano após a cirurgia, a maioria dessas 
mulheres se sentiu mais atraente, enquanto poucas avaliaram sua atratividade como média ou 
negativa, refletindo como a cirurgia melhorou a autoimagem (Rezpa et al., 2014). 
Em um estudo de longo prazo, que utilizou de avaliação clínica após a ciurgia de 
aumento realizada por dois cirurgiões examinadores, observou-se que mais de um terço das 
mulheres avaliaram a aparência de suas mamas mais positivamente que os médicos 
examinadores, sugerindo, dessa forma, que a cirurgia de implante de mama pode trazer 
resultados de melhora psicológica e de imagem corporal (Hölmich, Breiting & Fryzek, 2007). 
 
25 
 
4.7 SATISFAÇÃO COM A CIRURGIA 
 
A satisfação das pacientes com os resultados da cirurgia de redução de mamas parece 
estar relacionada à satisfação com a aparência das mamas, bem-estar sexual, físico e 
psicossocial, satisfação com a informação recebida sobre o procedimento, e com o cirurgião 
(Coriddi et al., 2013). A maioria das mulheres que se submeteram à mamoplastia redutora 
ficaram satisfeitas, mesmo quando passaram por experiências negativas relacionadas a 
cirurgia. Além disso, a melhora na satisfação não é afetada de forma substancial com o passar 
do tempo (Woodman & Radzyminski, 2007; Gonzalez et al., 2012; Cohen, Homel & Patel, 
2016). 
Entretanto, um estudo fenomenológico realizado por meio de entrevista pessoal com 
nove mulheres, observou que todas ficaram insatisfeitas com alguns aspectos da cirurgia ou 
do pós-operatório, e relataram não estar preparadas para a anestesia, para o nível de dor que 
sentiram, as complicações, o longo tempo de recuperação, dificuldade para dormir, entre 
outros. Porém, a alta frequência de problemas na recuperação pode ter sido influenciada pela 
metodologia utilizada neste estudo, pois difere da literatura. A insatisfação relacionada à falta 
de preparação e informação das pacientes evidencia a importância de uma boa educação pré-
operatória nos diversos tipos de cirurgias de mama, preparando-as para possíveis experiências 
negativas e complicações (Woodman & Radzyminski, 2007). Outro aspecto importante 
relatado pelas pacientes foi o relacionamento com o cirurgião plástico, considerando se 
respondia às perguntas, se foi atencioso e tranquilizador (Klassen et al, 2009). 
Cerovac et al (2005), encontraram um nível maior de satisfação com a mamoplastia 
redutora entre as pacientes que estavam em um relacionamento estável, em comparação com 
aquelas em um relacionamento instável ou solteiras. Observaram ainda, que as pacientes com 
ansiedade tinham tendência três vezes maior de ficar insatisfeitas com os resultados, e as 
26 
 
pacientes com depressão, cinco vezes maior. Outro estudo verificou que mulheres que 
utilizam drogas psicotrópicas tem chance três vezes maior de ficarem insatisfeitas com a 
cirurgia de redução de mama (Correia-Sá, Cordeiro, Amarante & Marques, 2017). As 
cicatrizes são um motivo comum de insatisfação no pós-operatório, preocupando 
principalmente as pacientes mais jovens. Entretanto, outro estudo mais recente revela que 
apesar das cicatrizes, há ainda uma melhora relevante na satisfação com as mamas (Cerovac 
et al, 2005). 
Da mesma forma, na mamoplastia de aumento, os achados foram consistentes entre os 
artigos da literatura revisada, demonstrando que a maioria das pacientes ficaram satisfeitas 
com a cirurgia e repetiriam o procedimento (Hölmich, Breiting & Fryzek, 2007). A satisfação 
geral com o procedimento foi muito associada àquela com a aparência das mamas, e não se 
relacionou com o bem-estar físico (Coriddi et al, 2013). Estudo realizado na população 
polonesa, percebeu que houve maior satisfação com o aumento de mama entre as mulheres 
solteiras, entre 25 e 35 anos de idade, residentes de cidades grandes e com pelo menos 2 filhos 
(Rzepa et al, 2014). 
Hölmich, Breiting e Fryzek (2007), mostraram que as mulheres submetidas à cirurgia 
de aumento de mama há um tempo médio de 19 anos (variação entre 5 e 35 anos), 
apresentaram um nível de satisfação de 60% com os resultados gerais da cirurgia. Destaca-se 
o fato da maioria delas indicarem satisfação, considerando que a maior parte das pacientes 
teve contratura capsular. Observaram ainda que, ao longo do tempo a satisfação com a 
cirurgia melhorou em 6% das mulheres, entretanto, piorou para 21% delas. A literatura sugere 
uma correlação importante entre a satisfação da paciente e a taxa de complicações, 
especialmente a contratura capsular, a qual esteve muito associada à insatisfação com a 
cirurgia de implante mamário (Swanson, 2013a; 2013b). 
 
27 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
De modo geral, os estudos que investigaram a percepção das mulheres após a 
realização de CPE de mama, foram realizados entre um mês a sete anos após os 
procedimentos cirúrgicos. Neste cenário, para a maioria das mulheres, os benefícios da CPE 
de mamas ultrapassaram os efeitos de melhora na aparência, proporcionando também a 
restauração do bem-estar físico, sexual, psicossocial, da autoestima e um consequente 
aumento na QV. Para as pacientes submetidas à redução de mamas, o benefício mais 
significativo identificado foi referente às condições físicas; enquanto que para aquelas 
submetidas à cirurgia de aumento, se destacou a imagem corporal relacionada à aparência das 
mamas. Ambas cirurgias ocasionaram redução no grau de constrangimento público 
relacionado ao tamanho de suas mamas, e consequentemente, benefícios psicossociais. 
Entretanto, deve-se analisar estes resultados com cautela, uma vez que apenas dois 
estudos avaliaram a satisfação geral das mulheres após períodos mais longos das CPE de 
mama, e tais pesquisas apontaram importante porcentagem de mulheres que relataram 
diminuição da satisfação ao longo dos anos. Deste modo, em consequência da expectativa de 
vida aumentada e a busca pelo envelhecimento ativo por esta população, futuros estudos que 
avaliem a satisfação no contexto longitudinal da vida dessasmulheres devem ser 
incentivados, a fim de se obter respostas mais assertivas, considerando a longevidade e os 
aspectos ampliados da promoção da saúde no ciclo de vida das mulheres. 
Ainda, deve-se considerar a relevância da investigação referente à percepção e 
satisfação relacionada às CPE de mamas para todos profissionais da saúde, uma vez que 
possibilita reconhecer os possíveis impactos físicos e psicológicos que estes procedimentos 
geram na vida dessas mulheres. 
 
28 
 
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