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Sacro Império Romano Germânico

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SACRO IMPÉRIO ROMANO-GERMÂNICO pix.internacionalizando@gmail.com 
 
1 
Sacro Império Romano-
Germânico: Reforma Luterana 
Internacionalizando Segue nosso perfil! 
 
 
Sacro Império Romano-Germânico: A Reforma Luterana 
 
O grande rompimento iniciou-se na Alemanha, região do Sacro Império Romano-
Germânico. A Alemanha era ainda basicamente feudal, agrário, com alguns enclaves 
mercantis e capitalistas ao norte. A Igreja era particularmente poderosa no Sacro Império, 
onde possuía cerca de um terço do total das terras. A nobreza alemã, por essa razão, 
encontrava-se ansiosa por diminuir a influência da instituição, além de cobiçar suas 
propriedades, o que estimulou ainda mais o rompimento. 
A Reforma teve início com Martinho Lutero (1483-1546), membro do clero e professor 
da Universidade de Wittenberg. Crítico, pregava a teoria agostiniana da predestinação, 
negando os jejuns e outras práticas comuns apregoadas pela Igreja. 
Em 1517, em Wittenberg, o monge insurgiu-se contra a venda de indulgências realizada 
pelo dominicano João Ttzel, escrevendo um documento, conhecido como As 95 teses, 
que radicalizava publicamente suas críticas à igreja e ao próprio papa. Em 1520, o papa 
Leão X redigiu uma bula condenando Lutero, exigindo sua retratação e ameaçando-o de 
excomunhão. 
Queimando a bula em público, a reação de Lutero agravou a situação, ampliando suas 
consequências. Estabeleceu-se uma verdadeira crise política, na qual a nobreza alemã 
dividiu-se, em parte a favor, mas, em sua maioria, contra o papa. 
O imperador Carlos V convocou uma assembleia, a chamada Dieta de Worms, em 1521, 
na qual o monge foi considerado herege. Acolhido por parte da nobreza, Lutero passou a 
dedicar-se à tradução da Bíblia do latim para o alemão e a desenvolver os princípios da 
nova corrente religiosa. Mais tarde, em 1530, a Confissão de Augsburgo fundamentou a 
doutrina luterana. Seu conteúdo incluía: 
 O princípio da salvação pela fé, rejeitando o tomismo; 
 
 Livre leitura da Bíblia, vista como único dogma da nova religião (daí 
a importância de tê-la traduzida para o idioma comum do povo); 
 
 
 
SACRO IMPÉRIO ROMANO-GERMÂNICO pix.internacionalizando@gmail.com 
 
2 
 Supressão do clero regular, do celibato clerical e das imagens 
religiosas (ícones); 
 
 Manutenção de apenas dois sacramentos: batismo e eucaristia; 
 
 Utilização do alemão, em lugar do latim, nos cultos religiosos; 
 
 
 Negação da transubstanciação (transformação do pão e vinho no corpo 
e sangue de Cristo), aceitando-se a consubstanciação (pão e vinho 
representam o corpo de Cristo); 
 
 Submissão da igreja ao Estado. 
Ao subordinar a igreja ao Estado, Lutero atraiu a simpatia de grande parte da nobreza 
alemã, ampliando o apoio à nova doutrina. Entretanto, essas mesmas ideias serviram para 
inspirar a revolta camponesas dos anabatistas Liderados por Thomas Münzer, 
camponeses viram, na quebra da autoridade religiosa, uma possibilidade de romper com 
a estrutura feudal, passando a confiscar terras, inclusive da nobreza. 
 
Lutero, entretanto, condenou violentamente os anabatistas, pregando a utilização da força 
para exterminá-los. Repeliu também a burguesia, pois considerava o dinheiro um 
instrumento do demônio para a disseminação do pecado. 
 
Em 1529 reuniu-se a assembleia dos nobres alemães na Dieta de Spira com o Imperador 
Carlos V para tentar restringir a expansão da nova doutrina. Seguiram-se guerras 
religiosas que só foram concluídas em 1555, pela Paz de Augsburgo, que estabeleceu o 
princípio de que cada governante dentro do Sacro Império poderia escolher escolher sua 
religião e a de seus súditos (cujus regis ejus religio). 
 
 
 /Internacionalizando 
 
Referências: 
NAPOLITANO, M. VILLAÇA, M. História - editora saraiva, 2015 
VICENTINO, C. DORIGO, G. História Geral e do Brasil v.2 editora Scipione, 2012 
 
https://www.youtube.com/channel/UC1V_4cmkVpO_0Cqpi2GwKhA

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