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Resumo de Immanuel Kant - Filosofia Jurídica

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Immanuel Kant: O que importa é o motivo 
Todos nós somos merecedores de respeito, não importando nenhum tipo de diferença. O que nos leva a pensar o quanto é errado sermos tratados como instrumentos da felicidade do coletivo, como os utilitaristas pensavam.
Na concepção dos libertários as pessoas não devem ser consideradas instrumentos para o bem-estar de outrem, porque isso vem contra o direito fundamental da propriedade de si. Essa ideia de que somos donos de nós mesmos, se aplica de maneira radical: o mercado se torna irrestrito sem proteção; um Estado mínimo; afasta medidas para diminuir a desigualdade social e promover o bem comum. Nem mesmo Locke defende a ideia da noção de propriedade ilimitada de nos mesmos.
A QUESTÃO DOS DIREITOS PARA KANT
Immanuel Kant não se fundamenta nessa ideia de que somos donos de nós mesmos, e nem que a nossa vida e liberdade vem de Deus. Ele parte do princípio que somos seres dotados de razão e merecedores de dignidade e respeito.
Kant publicou um livro chamado Fundamentação, no qual ele faz uma crítica a o utilitarismo. Ele argumenta que a moral não se diz respeito a felicidade ou qualquer outra finalidade. Immanuel afirma que ela está fundamentada no respeito às pessoas como fins em si mesmas.
A Fundamentação levanta duas questões, sobre moralidade e liberdade. Que suas respostas fazem parte da filosofia moral e política até hoje. Kant tem uma grande influência no pensamento contemporâneo sobre moral e política. Ao entende-lo estamos analisando pressupostos chave implícitos no nosso cotidiano. A importância atribuída por ele à dignidade, hoje define os nossos direitos humanos. 
No decorrer do livro foram expressas três abordagens de justiça. Uma delas é o utilitarismo que estaria voltado para maximizar o bem estar. A segunda abordagem é o pensamento libertário, onde regular o mercado seria injusto, porque isso vem contra a liberdade individual de escolha. E por fim a terceira que defende que a justiça é dar às pessoas o que elas moralmente merecem, onde destina recursos para recompensar a equidade, a meritocracia de Aristóteles. 
Kant condena o utilitarismo e a valorização da virtude. Para ele essas duas abordagens não respeitam a liberdade. Mas ele defende a segunda abordagem, aquela que associa justiça e moralidade a liberdade. Porém a concepção de liberdade para Kant vai além da concepção dos libertários. Para ele a liberdade não é apenas a escolha na compra de um produto, porque essa envolve somente a satisfação de desejos que não escolhemos.
O PROBLEMA DA MAXIMIZAÇÃO DA FELICIDADE
O utilitarismo, baseia os direitos em um cálculo que produzirá a maior felicidade. Kant argumenta que isso leva a uma vulnerabilidade dos direitos. Não é só porque uma coisa proporciona prazer a muitas pessoas, ela pode ser considerada correta. Se uma maioria concordar com uma determinada lei, nem por isso ela será justa.
Kant diz que a moralidade não deve ser baseada em interesses, vontades, desejos e preferências. Até mesmo o desejo da felicidade, é um entendimento errôneo do que venha a ser a moralidade. O princípio utilitarista da felicidade não contribui com a moralidade, uma vez que um homem feliz não é o mesmo que um homem bom. Fundamentar a moralidade em interesses e preferências acaba com a dignidade.
Como já foi dito, Kant diz que somos merecedores de respeito, não porque somos donos de nós mesmos, mas porque somos racionais, capazes de pensar. E seres autônomos capazes de agir e fazer escolhas livremente. Kant admite que a nossa capacidade de raciocínio não é a única que temos. Com isso ele quis dizer que respondemos aos nossos sentidos e sentimentos. Mas ele afirma que quando a razão é soberana sobre a vontade, não somos levados apenas pelos nossos desejos
O QUE É LIBERDADE?
De acordo com o pensamento de Kant, quando nós, buscamos o prazer e evitamos a dor, na verdade não estamos agindo livremente. Nós estamos sendo apenas um escravo dos nossos apetites e desejos. Pois sempre que buscamos satisfaze-los, tudo que fazemos provém de uma finalidade além de nós. Na escolha de um suco, estou exercendo o meu direito de liberdade, na realidade estou tentando saber um sabor que irá satisfazer as minhas preferências. Preferências essas que não partiram da minha escolha. Não é errado satisfaze-las, mas desta maneira não estamos agindo livremente, mas sim de acordo com uma determinação exterior. Ser livre de acordo com Kant, é agir com autonomia, seguindo a lei que imponho a mim mesmo.
PESSOAS E COISAS 
Ao entrar na faculdade com o objetivo de concluir a graduação, e ser um jurista renomado, e com isso ter muito dinheiro para adquirir bens. Estou seguindo o que Kant determina como heteronomia, fazendo uma coisa por causa de outra, agindo assim em função de finalidades externas. Porém quando agimos com autonomia, seguindo uma lei estabelecida por nós mesmos, estamos fazendo algo por fazer algo, como uma finalidade em si mesma.
Agir de maneira autônoma é o que confere o ser humano a sua dignidade especial. Estabelecendo a diferença entre pessoas e coisas. O respeito à dignidade exige que tratemos as pessoas com fins em si mesmas. Sendo assim é errado usar algumas pessoas para proporcionar um bem-estar geral.
O QUE É MORAL? PROCURE O MOTIVO
Na visão de Kant o valor moral de uma ação não consiste em suas conseguências, mas sim da intenção na realização da ação. O que importa é fazer a coisa certa, porque é certa e não por algum motivo exterior. Uma boa ação não é boa pelo que ela resulta. Ela é boa por si só, mesmo que não prevaleça.
O motivo que atribui um valor moral a uma ação é o dever, o que significa para Kant fazer a coisa certa pelo motivo certo. Quando analisamos o valor moral avaliamos o motivo da ação e não as consequências. Se agirmos por outro motivo que não seja o dever, a nossa ação será imoral. Quando entra o interesse próprio ou a tentativa de satisfazer nossas preferências, o valor moral da ação saí . Kant afirma que motivos como esses são "motivos de inclinação".
O comerciante calculista 
Uma criança entra em uma mercearia para comprar pão de forma, por se tratar de um freguês ainda inexperiente e inocente, o dono da loja poderia cobrar um valor maior sobre o produto, e a criança nada perceberia. Mas o comerciante pensa que se fizer isso, e está ação chegar ao conhecimento de outras pessoas, irá prejudicar o seu comércio. E por isso ele faz a coisa certa, cobrando o valor real do produto, mas pelo motivo errado, pois o único motivo para agir com honestidade foi para preservar o seu próprio interesse. Portanto o seu ato não tem valor moral. Entende-se com essa história que a honestidade comprada não tem valor moral.
Manter-se vivo
Kant começa dizendo que é nosso dever preservar a própria vida. E que a maioria dos cuidados que temos, não tem conteúdo moral, como usar o cinto de segurança, é um ato de prudência, não um ato moral. Fazer algo porque é certo, e não porque é agradável ou convincente, confere valor moral ao ato. Exemplo disso o suicídio. Se um homem infeliz, tão desesperado que não deseja mais viver, se ele reunir suas forças para preservar a vida, não por inclinação, mas por dever, está ação confere um valor moral.
QUAL É O PRINCÍPIO MORAL SUPREMO?
A moralidade significa agir em função do dever, resta saber em que se consiste o dever. Ao compreender isso, se compreende o princípio supremo da moralidade. Qual é o princípio supremo da moralidade? A resposta seria a relação entre: moralidade, liberdade e razão.
1 (moralidade): dever X inclinação
2 (liberdade): autonomia X heteronomia
3 (razão): imperativos categóricos X imperativos hipotéticos 
No primeiro entre dever e inclinação, apenas a motivação do dever confere valor moral ao ato. 
No segundo mostra o contraste entre a autonomia e a heteronomia, onde Kant afirma que serei livre se eu for comandado por uma lei imposta por mim, de maneira autônoma. Kant afirma que toda ação é governada por um tipo de lei. E se essas ações fossem governadas apenas pelo exterior não seriamos livres. Assimse somos livres, devemos ser capazes de agir não apenas de acordo com a lei que tenha sido dada, mas de acordo com a lei que fizemos a nos mesmos. Mas de onde viria essa lei? Kant responde que ela viria da razão. Não somos apenas seres que obedecem aos estímulos da dor e do prazer, somos também seres racionais. E se a minha razão determina a minha vontade, a minha vontade se torna então, o poder de escolher independente das regras da natureza ou da inclinação. Porém ele não afirma que a razão sempre governa a vontade.
IMPERATIVOS CATEGÓRICOS VERSUS IMPERATIVOS HIPOTÉTICOS
Kant retrata duas maneiras pelas quais a razão pode comandar a vontade. O imperativo categórico e o hipotético, sendo que o hipotético é sempre condicional e o categórico incondicional. Se a ação for boa apenas como um meio de atingir uma determinada coisa, será o imperativo hipotético. Se a ação for boa por si só, assim necessária para uma vontade que por si esteja em sintonia com a razão, o imperativo será categórico. 
Sendo que o direito categórico é o que deve prevalecer sobre quaisquer circunstâncias. Esse imperativo não está relacionado com o objetivo da ação e seus resultados, e sim com a sua forma e com o princípio do qual ele partiu. O que há de importante na ação é a disposição mental, quaisquer se sejam as consequências. Somente este pode ser chamado de imperativo da moralidade. E para ser livre no sentido autônomo, é preciso agir a partir de um imperativo categórico.
Imperativo categórico I: Universalize sua máxima
Nessa primeira ideia Kant denomina fórmula da lei universal: agir segundo a um princípio, deveria constituir lei universal. Ele considera uma "máxima" que propicia a razão para a ação de uma pessoa. Significa agir de acordo com princípios universais sem entrar em contradição. É sempre certo fazer uma promessa sabendo de não podemos cumpri-la? Uma falsa promessa poderia ser coerente ao imperativo categórico? Não pode ser coerente, ao tentar universalizar a máxima, porque toda vez que alguém precisasse de dinheiro, iria fazer um empréstimo com a promessa de quitá-lo, mesmo sabendo que será o contrário.
Se tentarmos universalizar essa máxima, descobriremos que todos fazem promessas sempre que precisam de dinheiro, sendo assim ninguém acreditará nessas promessas. Isso mostra que essas falsas promessas são moralmente erradas, incoerente com o imperativo categórico. Esse questionamento moral é uma forma de analisar se o que estamos a ponto de fazer coloca nossos interesses acima dos de qualquer pessoa.
Imperativo categórico II: Trate as pessoas como fins em si mesmas
A segunda ideia é mais clara, Kant mostra a concepção de humanidade como um fim. Ele afirma que não podemos fundamentar a lei moral em interesses próprios, porque no caso ela só seria relativa à pessoa cujo o objetivo estivesse em questão. Mas existe uma coisa que por si só tem um valor absoluto. Nesse tal valor absoluto entra a humanidade. Kant diz que o homem, existe como um fim em si mesmo, e não meramente como um meio que possa ser usado. 
Voltamos a ideia da falsa promessa, analisando por um lado diferente porque ela está errada. Quando prometo pagar, algo que eu sei que não posso. Estou usando o outro como um meio para resolver o meu problema, e não estou tratando como um fim em si mesmo, merecedor de respeito. Para Kant todos nós somos merecedores de respeito, esse princípio de respeito aplica-se também às doutrinas dos direitos humanos. E Kant afirma que a justiça nos obriga a preservar os direitos humanos de todos, independente de quem eles sejam, simplesmente porque são humanos, seres racionais, merecedores de respeito.
MORALIDADE E LIBERDADE
As noções de Kant sobre moralidade e liberdade se interligam. Agir moralmente é o mesmo que agir por dever, em conformidade com a lei moral, que consiste em um imperativo categórico, que exige que tratemos as pessoas com respeito, como fins em si mesmas. Só agimos de maneira livre quando agimos de acordo com o imperativo categórico, pois no imperativo hipotético agimos tendo em vista os nossos interesses ou objetivo externo. Isso é o mesmo que liberdade heterônoma, onde somos guiados pelos nossos desejos e preferências, nesse caso não somos verdadeiramente livres, nossa vontade não é determinada por nós. A liberdade autônoma, onde somos verdadeiramente livres, seria aquela guiada pelo imperativo categórico, no qual agimos segundo a uma lei que impomos a nós mesmos.
DOMÍNIO INTELIGÍVEL VERSUS DOMÍNIO SENSÍVEL
Há duas perspectivas que podemos considerar a faculdade humana de agir e as leis que comandam nossos atos. Podemos observar dois pontos de vista diferentes, e conhecer as leis que governam todas as nossas ações. Aqueles governados pela lei da natureza pertencem ao mundo sensível, e os que são governados por leis baseadas na razão pertencem ao mundo inteligível. Como um ser natural, pertenço ao mundo sensível. Minhas ações são determinadas pelas leis da natureza. Como um ser racional, faço parte do mundo inteligível, assim sou autônomo, ajo de acordo com as leis impostas por mim mesmo. 
Nos não habitamos apenas no inteligível, pois se fosse assim, seriamos apenas seres racionais sem nos submeter a leis que não foram criadas por nos mesmos, todos os nossos atos seriam coerentes a autonomia da vontade. Mas já que fazemos parte dos dois, o da necessidade e o da liberdade. Existirá sempre uma lacuna entre o que fazemos ou o que devemos fazer, ou como as pessoas são ou deveriam ser.
Apesar do seu discernimento à ciência (sensível) não é capaz de se ocupar com questões morais, ela pode investigar e indagar sobre o mundo empírico (inteligível), mas não responder as questões morais ou negar a livre escolha, porque a moralidade e a liberdade não são conceitos empíricos, não podemos provar que elas existem, mas também não podemos explicar a nossa vida moral, sem partir de um ideia que ela existe.
SEXO, MENTIRAS E POLÍTICA
A argumentação de Kant contra o sexo casual
A opinião de Kant é conservadora. Ele repudia qualquer prática sexual que não seja entre marido e mulher. Mesmo que consensual, com base de que o fato é degradante para ambos os parceiros, transformando-os em objetos. Para Kant o sexo casual é condenável, porque diz respeito apenas a satisfação de um desejo sexual e não respeita o parceiro como ser humano. Um desonra a natureza do outro, transformando a humanidade em um instrumento de satisfação para os desejos sexuais. No casamento ele eleva o sexo, ao considera-lo como algo além do prazer, relacionando-o com a dignidade humana. Assim só o casamento pode evitar a "degradação da humanidade". Essas pessoas não se tornam objetos pelo fato de se entregarem uma à outra integralmente.
O sexo casual se torna imoral porque não deveríamos tratar os outros, ou até mesmo nós, como meros objetos. Para que tenhamos a autonomia real é necessário que traremos o outro com respeito e que não transformemos o nosso corpo em objeto. O comércio de rins não era comum na época de Kant, mas se fosse ele diria que essa prática é uma violação dos direitos humanos. Pois uma pessoa não tem o direito de vender um membro do seu corpo. Para ele o homem não é propriedade se si mesmo, então não pode fazer o que quiser do próprio corpo, agir assim para Kant seria se tratar como um objeto de lucro. 
É errado mentir para um assassino?
Para Kant a mentira é o principal exemplo de comportamento imoral. Imaginemos a seguinte situação: uma amiga está escondida em sua casa e um assassino aparece lá procurando por ela. Não seria certo mentir para o assassino? Kant diz que não, ele afirma que o dever de dizer a verdade deve prevalecer independente das consequências. Mentir para o criminoso é errado não porque isso o prejudique, mas porque viola o princípio do que é correto. Lembrando que a moralidade de Kant não diz respeito as consequências, e sim aos princípios.
Qual seria a diferença entre mentira e dissimulação? Sem dúvida, a intenção é a mesma nos dois. Se minto para o assassino ou se esquivo com uma evasiva, a intenção é levá-loa acreditar que a minha amiga não está em casa. E na teoria de Kant o que importa é o motivo. A verdade enganosa tem dois motivos. Se eu mentir para o assassino, estarei agindo por um só motivo, proteger a vida da minha amiga. Se eu disser a ele que vi a minha amiga há pouco no mercado, estarei agindo por dois motivos, proteger minha amiga e, ao mesmo tempo, manter o dever de falar a verdade.
O que Kant diz é que, na verdade, é que uma declaração enganosa, mas ainda sim verdadeira não coage o ouvinte da mesma forma que a mentira. Existe sempre a possibilidade do ouvinte descobrir a verdade.
Kant e a justiça
A teoria política de Kant repudia o utilitarismo, em favor de uma teoria fundada no contrato social. Ele vem contra ao utilitarismo não apenas na base moral, mas também na base da lei. Uma Constituição justa tem como objetivo harmonizar a liberdade de cada um na maximização da utilidade, que não deveria intervir na determinação dos direitos básicos, a utilidade não pode ser base da justiça dos direitos. Basear a Constituição em uma concepção de felicidade (da maioria) importa a algumas pessoas valores de outras e não respeitaria o direito que cada um tem de lutar pelos próprios objetivos. Cada um deve buscar sua felicidade sem infringir a liberdade dos outros.
Kant vê o contrato social de maneira diferente de Locke, ele afirma que o contrato original, não é real e sim imaginário. Por que devemos fundamentar uma Constituição justa em contrato imaginário? As vezes é difícil provar historicamente, que o contrato social tenha sido feito. Como também os princípios morais não podem derivar apenas de fatos empíricos. Assim como a moral não pode ser fundamentada nos nossos desejos, os princípios de justiça não pode se fundamentar nos interesses ou desejos da comunidade. O contrato imaginário força o legislador a enquadrar suas leis de forma que elas pareçam ter sido criadas pela vontade unânime de uma nação. Isso obriga o cidadão a respeita-las como se ele tivesse concordado com elas.

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