Buscar

Artigo sobre o desenho Super Choque

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XIII ENPEC 
Caldas Novas, Goiás – 2021 
Nome da linha temática Arial 9pt 1 
Racismo, infância e juventude: análise do episódio 8 
do desenho animado Super Choque 
 
Resumo 
Vivemos em uma sociedade alicerçada em bases racistas, onde o utopia da democracia racial 
impera. Os mecanismos informais de discriminação racial são uma forma velada da prática 
racista, filtrando o acesso igualitários a oportunidades dos negros em detrimento ao branco 
opressor. O presente artigo aborda questionamentos relacionados ao racismo e suas vertentes, 
dando enfoque a forma de racismo que acomete crianças e jovens, destacando o papel da 
família, escola e mídia no combate a essa prática, para fundamentar o artigo, foi escolhido um 
episódio do desenho animado Super Choque, que é ambientado na cidade Dakota nos Estados 
Unidos, voltado para o público infanto-juvenil, o desenho foi escolhido pois expõe exatamente 
nocividade que o racismo causa na vida dos jovens de cor. 
Palavras chave: racismo, jovens, animação, mídia, escola, família. 
 
Abstract 
We live in a society based on racist bases, where the utopia of racial democracy prevails. 
Informal mechanisms of racial discrimination are a veiled form of racist practice, filtering equal 
access to opportunities for blacks to the detriment of oppressive whites. This article addresses 
questions related to racism and its aspects, focusing on the form of racism that affects children 
and young people, highlighting the role of family, school and media in combating this practice, 
to support the article, an episode of the cartoon was chosen animated Super Choque, which is 
set in the city Dakota in the United States, aimed at children and young people, the design was 
chosen because it exposes exactly the harmfulness that racism causes in the lives of young 
people of color. 
Key words: racism, youth, animation, media, school, family. 
 
Introdução 
 É importante destacar que o Brasil foi o último país do ocidente a abolir o regime 
escravocrata não por vontade própria, mas sim pelas imposições capitalistas que afloravam 
no mundo o país depois da abolição não foi capaz de desenvolver condições adequadas 
para inserção da população negra com dignidade na sociedade. É evidente que pessoas 
negras com fim da escravidão não tiveram a preparação necessária para concorrer com as 
pessoas brancas ficando perdidas e desajustadas às novas circunstâncias de vida, sem 
estudos e profissão e com a personalidade afetada pelo regime escravocrata inaptos a nova 
XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XIII ENPEC 
Caldas Novas, Goiás – 2021 
Nome da linha temática Arial 9pt 2 
realidade sendo vítimas do abandono do estado. Florestan em seu livro A integração do 
negro na sociedade de classes, argumentou que: 
A desagregação do regime escravocrata e senhorial se operou, no Brasil, sem que se 
cercasse a destituição dos antigos agentes de trabalho escravo de assistência e 
garantias que os protegessem na transição para o sistema de trabalho livre. Os 
senhores foram eximidos da responsabilidade pela manutenção e segurança dos 
libertos, sem que o Estado, a Igreja ou qualquer outra instituição assumisse encargos 
especiais, que tivessem por objeto prepará-los para o novo regime de organização da 
vida e do trabalho”. (FERNANDES,1978 p. 29). 
 Devido a essa problemática as pessoas negras por não terem consciência de classe 
sujeitados a acreditar que eram inferiores aos brancos e não terem sido assistidas com políticas 
públicas efetivas com o fim do regime escravocrata foram compelidas a coabitarem as margens 
da sociedade hegemônica branca opressora dominante, sociedade está que ao invés de subsidiar 
e garantir a manutenção de trabalho para as pessoas negras, estavam preocupados em 
embranquecer a população brasileira com imigrantes oriundos da Europa. 
A elite branca brasileira já tinha em sua própria sociedade os elementos necessários 
para forjar sua ideologia racial. Tinha aprendido desde o período colonial a ver os 
negros como inferiores. Tinha também aprendido abrir exceções para alguns 
indivíduos negros ou mulatos (VIOTTI, 1998, p.373). 
 O racismo estrutural é um composto de ações discriminatórias que faz-se presente 
na história e formação cultural da sociedade que sempre privilegiou algumas raças em 
detrimento de outras. Estrutural significa base que sustenta, nesse caso a base tornou-se o 
racismo que favorece pessoas brancas e negligenciam outras raças. Conforme Almeida (1998, 
p.27) “para manter a “ordem” grupos dominantes criam mecanismos que possibilitam a 
manutenção desse poder, impondo aos demais no caso os menos favorecidos, regras, padrões e 
condutas que normalizam a falsa ordem imposta pelo grupo opressor dominante. 
 Essa população sofre até hoje as consequências do racismo estrutural que assola 
suas vidas. Pires e Silva, reiteram que o racismo estrutural: 
Funciona como uma espécie de sistema de convergência de interesses, fazendo com 
que o racismo, de um lado, implique a subalternização e destituição material e 
simbólica dos bens sociais que geram respeito e estima social aos negros – ciclo de 
desvantagens – e, de outro, coloque os brancos imersos em um sistema de privilégios 
assumido como natural, como norma. (PIRES e SILVA, 2015, p. 66). 
 Criança e jovens que estão com a personalidade em formação desde terna idade 
percebem em seu cotidiano que há uma rejeição generalizada quanto sua etnia, seja na mídia, 
livros, brinquedos, arte entre outros. Esse negligenciamento da criança negra ocorre desde os 
tempos conflituosos da escravidão onde as crianças negras eram retiradas da suas mães e 
XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XIII ENPEC 
Caldas Novas, Goiás – 2021 
Nome da linha temática Arial 9pt 3 
forçadas a trabalhar, Farias (2013, p.51) “as crianças negras ao nascer eram retiradas dos braços 
das suas mães sem poderem ser amamentadas, pois as mamas de suas mães escravas eram 
usurpadas para amamentar os filhos brancos dos senhores e senhoras bem nascidos da casa 
grande. 
 O racismo é capaz de causar impactos danosos na perspectiva psicológica e social 
de toda e qualquer criança ou adolescente quando essas crianças ligam os computadores 
televisores, celulares e afins, fica evidente que o conteúdo das animações que abordam a 
representatividade de pessoas de etnia negra é insuficiente partindo do pressuposto da 
quantidade negros(as), que há no país, bem como no mundo. Nascimento (2017, p.29), 
argumenta que: 
“Ao menosprezar a diversidade étnico-racial do nosso país com relação ao universo 
infantil, a programação direcionada a eles fez com que as crianças se sentissem 
prejudicadas em relação a sua própria imagem e analisando que as imagens de 
crianças negras são usadas pela mídia, para ilustrar questões muito específicas, em 
novelas e mine series, e quando aparecem são retratadas preferencialmente ligadas a 
mazelas sociais, mas muito dificilmente para fazer parte de forma positiva que venha 
a exaltar a beleza e as qualidades de uma criança negra”. (NASCIMENTO, 2017,P.29) 
 
 De acordo com dados do IBGE 2019 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 
no ano de 2020, 54% da população brasileira é formada por pessoas negras, ou seja, mais da 
metade da população, conforme esses dados, é necessário pensar que os desenhos animados, 
deveriam ser diversificados/ multifacetados, diante da formação miscigenada que originou a 
população brasileira, mas infelizmente o que presenciamos é uma mídia engessada, pragmática 
que acompanha os ditames da sociedade vigente. 
 Esse fenômeno pode ser observado não só nos desenhos animados, como em filmes, 
comerciais e novelas que seguem essa mesma linha, da não representatividade étnico racial, a 
TV, brasileiraexiste desde a década de 50, mesmo passados mais de 70 anos, é possível 
constatar, que a população negra, ainda são tratados como coadjuvantes nos meios midiático. 
Ramos (2002) em sua obra Mídia e racismo, afirma que: “O racismo está presente em todos os 
ambientes sociais do país, e aqueles que o negam, estão carregados de sentimos como culpa, 
medo, raiva e vergonha de admiti-lo. No que se refere as crianças e jovens negros, que são 
mais suscetíveis as influencias das mídias, por estarem com a personalidade em formação, não 
conseguem associar sua imagem ao que “comercializado” na mídia, a maneira como eles se vê 
representados, não possibilita uma formação indenitária eficaz e saudável. A identidade, de 
acordo com Gomes (1995, p.39): 
...só pode ser usada no plano do discurso e aparece como um recurso para a 
criação de um nós coletivo – nós índios, nós mulheres, nós negros, nós 
homossexuais, nós professores. De acordo com a autora, esse nós se refere a 
XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XIII ENPEC 
Caldas Novas, Goiás – 2021 
Nome da linha temática Arial 9pt 4 
uma identidade (igualdade) que, na realidade, não pode ser verificada de 
maneira efetiva, mas torna-se um recurso indispensável ao nosso sistema de 
representações. Indispensável porque é a partir da descoberta, reafirmação ou 
criação cultural de suas semelhanças que um grupo social qualquer terá 
condições de reivindicar para si um espaço social e político de atuação em 
uma situação de confronto. (GOMES, 1995, p.39). 
 
 Sendo um problema que está enraizado no cerne da sociedade brasileira, as pessoas 
negras quando “representadas”, é possível perceber um padrão do: negro escravo, empregado/a 
doméstico, bandido, mulher negra hipersexualizada e da criança e jovem negro favelado. 
Muniz Sodré (2000): 
[...] com referência ao negro, a mídia, a indústria cultural, constroem 
identidades virtuais a partir, não só da negação e do recalcamento, mas 
também de um saber de um senso alimentado por uma longa tradição ocidental 
de preconceitos e rejeições. Da identidade virtual nasceram os estereótipos e 
as folclorizações em torno do indivíduo de pele escura. (SODRÉ, 2000, p. 
125). 
 
 É essencial, que ocorra o fomento de novas de lutas que propiciem fortalecimento 
da identidade racial das pessoas negras, objetivando uma representatividade e não uma 
representação do papel social das pessoas negras, sendo necessário que o meio midiático, 
coloquem negros e negras em papéis de destaque, para que aja uma ruptura da estigmatizarão 
das pessoas negras como subalternas e serviçais. Diante dessas ideias iniciais, o objetivo 
principal deste artigo é mostrar que os desenhos animados podem influenciar de forma 
positiva/ou negativa na formação das crianças e adolescentes, para isso será realizada uma 
análise da animação Super Choque, mais especificamente do episódio 8, intitulado Filhos dos 
Pais, episódio que dispõem sobre questões racistas. Realizando uma pontuação sobre, 
consequência do racismo na infância e juventude e racismo na trajetória escolar. 
 
Consequências do racismo na infância 
Primeiramente ao falar sobre racismo, é necessário discutir o fenômeno do 
embraquecimento que vem sendo imposto desde o processo de colonização dos povos pelo 
homem branco e fomentando no Brasil pelo médico Nina Rodrigues (2010, p.292)) enfatizava 
a ideologia da valorização social do grupo dominante: 
Adstrito por agora ao exame da capacidade cultural do negro brasileiro, é a 
este padrão da morosidade extrema em considerar-se que a havemos de referir, 
pois, se o futuro do Brasil dependesse de chegarem os seus negros ao mesmo 
grau de aperfeiçoamento que os brancos, muitas vezes se poderiam 
transformar antes os seus destinos de povo, se é que algum dia se houvesse de 
realizar. Ocorre, portanto, demonstrar que de fato nessa morosidade reside o 
ponto fraco da civilização dos negros. 
XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XIII ENPEC 
Caldas Novas, Goiás – 2021 
Nome da linha temática Arial 9pt 5 
 De forma destrutiva a pessoa branca opressora que compõem a elite dominante, 
acredita que está prestando um serviço compensatório as pessoas negras seja através de políticas 
públicas, campanhas em prol a conscientização ao combate ao racismo etc. Observa-se que toda 
essa “empatia” para com o povo negro pode ser caracterizada como uma maneira que o branco 
encontrou para manter seu status quo na sociedade. Conforme Bento (2002, p.4), “A teoria de 
discriminação racial, serve como interesse, para manutenção da noção de privilégio. Servindo 
também como um mecanismo que assegura a continuidade de favorecimento de um povo sobre 
o outro, de forma intencional/ ou sustentada em preconceito. 
 Várias campanhas em benefício da conscientização de combate ao racismo nos mais 
diversos segmentos são realizadas, buscando abranger os mais diversos setores sociais ainda 
vivenciamos diversas cenas de racismo contra adultos, jovens e crianças. Os jovens e as 
crianças por estarem em desenvolvimento emocional/cognitivo são mais afetados, quando 
expostas a situações que “ferem” sua imagem, bem como sua autoestima. Afirma Barbosa (apud 
Batista, 2012): “[...] a maioria das doenças que atingem a população negra é a mesma que atinge 
a população em geral. O que diferencia é seu perfil mais crítico de saúde, recorrente a diferentes 
contextos históricos, recorrência esta pautada na discriminação, no racismo e na negação de 
direitos [...]”. 
 Esses traumas que acometem crianças/jovens na primeira infância são mais 
devastadores, causando incapacidade de demonstrar sentimentos de confiar nas pessoas, as 
vítimas jovens de racismo passam a acreditar que há algo errado com elas que são culpadas, 
odiadas, desprotegidas, enfim que não são dignas de amor e proteção esses sentimentos 
intrinsicamente errados, acarretam uma baixa autoestima e vulnerabilidade. De acordo com 
Hédio e Daniel (2004, p.23): “O ambiente social que circunda a criança negra — marcadamente 
eurocêntrico e estigmatizante — e sua exposição a experiências de discriminação racial material 
e simbólica operam como fatores condicionantes de sua saúde, nomeadamente a saúde mental, 
psicológica, psíquica.” 
 Ante o exposto, fica evidente que existe a necessidade da percepção, compreensão e 
aplicação de práticas afirmativas que combatam a violência racial as quais crianças e jovens 
são expostas, oferecendo um atendimento profissional especializado objetivando a redução dos 
danos psíquicos que eles possam desenvolver caso não sejam tratados de forma significativa. 
Consequências do racismo no ambiente escolar 
 A escola por ser um ambiente que propicia a quebra de paradigmas, detentora do 
papel de trabalhar em prol da prevenção e diminuição do racismo e discriminação deve estar 
XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XIII ENPEC 
Caldas Novas, Goiás – 2021 
Nome da linha temática Arial 9pt 6 
preparada para receber o público diversificado que às compõem. Inerente a escola, Rodrigues 
(2011, p. 11) diz que: “Se a exclusão escolar tem ‘cor’, é imprescindível compreendermos o 
papel de todos os atores escolares, [...] na implementação de programas e ações de 
promoção da igualdade racial”. 
 Constantemente presenciamos situações que envolvem racismo dentro das escolas 
com casos que acometem crianças e jovens vítimas de tanto sofrimento atentam contra a própria 
vida em um ato de desespero por serem vítimas de racismo praticado pelos próprios colegas, o 
que torna o ato mais chocante. Os alunos negros são os que mais sofrem com a violência racista 
física e verbal, aumentando ainda mais o sofrimento e exclusão social desses alunos no processo 
educativo. (SILVA E XAVIER,2019, p.150).Diante do contexto fica as indagações. Qual é papel da escola no combate ao racismo? 
Medidas socioeducativas adequadas estão sendo usadas? Existem políticas públicas eficientes? 
Os docentes estão realizando ações afirmativas eficientes de combate ao racismo, e não só na 
semana da consciência negra como é de praxe nas escolas. 
 As salas de aulas atuais são compostas por turmas multicoloridas com várias nuances 
de tons de pele, devido ao processo de mistura da formação do povo brasileiro. Por isso é 
importante que as escolas estejam preparadas para combater situações racistas e 
preconceituosas. O erro para com o povo negro jamais será apagado, por isso é imprescindível 
falar, discutir sobre eles em conjunto com as gerações futuras, buscando impedir que esse erro 
jamais volte a ser cometido. 
 Dispomos de uma leis que que, regulamentam o ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira, no ambiente escolar, sendo relevante na construção indenitária da criança e jovem 
negro, o ensino da promoção a diversidade, está garantido pela Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Brasileira (LDB), Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996: 
Art. 26-AO ensino à diversidade também é garantido pela. Nos 
estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-
se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. § 1º O conteúdo 
programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História 
da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra 
brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando 
a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política 
pertinentes à História do Brasil. § 2º Os conteúdos referentes à História e 
Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo 
escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e 
História Brasileiras. A Lei nº 10.639/2003 relembra que o calendário escolar 
incluiu o dia 20 de novembro como o “Dia Nacional da Consciência Negra”. 
XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XIII ENPEC 
Caldas Novas, Goiás – 2021 
Nome da linha temática Arial 9pt 7 
Infelizmente, se analisarmos o ensino da Educação Básica, incluindo os 
dias atuais, observaremos que os conteúdos referentes à História e Cultura 
Afro-Brasileira 
 Essas leis são significativas no tocante do negligenciamento da História e Cultura 
Afro-Brasileira, que outrora sempre foi marginalizada e excluída acentuando a supremacia 
branca. Sendo assim a escola além de educar, deve cumprir seu papel de descontruir e construir 
novos conceitos e paradigmas, que ressignifiquem o racismo. 
Análise do episódio 8 do desenho Super Choque 
 Quando surgiram as primeiras histórias em quadrinhos com personagens negros eles 
eram retratados com personagens secundários: como vilões, cômicos, possuidores de força 
bruta, auxiliares dos super-heróis ou com déficit intelectual, sempre estenotipados com o viés 
racista, com o passar do tempo, impulsionados pelos movimentos civis, esse cenário começou 
a se modificar gradativamente, os personagens negros passaram a ter um pouco mais de 
representatividade/destaque, nesse ambiente antes dominado pela supremacia branca opressora. 
 Super Choque um herói negro juvenil, politizado que é capaz de manipular a 
eletricidade, conquistou uma legião de fãs no mundo inteiro, o desenho animado Super Choque 
foi criado pela editora Milestone Comics, pelos roteiristas Dwayne McDuffie, Denys Cowan, 
Michael Davis e Derek Dingle, primeiramente em quadrinhos no ano de 1993. 
Feita uma prévia análise da animação fica evidente que o objetivo de sua criação é a 
retratação da vida cotidiana de um jovem afrodescendente que lida com questões racistas, 
familiares e combate ao crime em sua cidade. Thiago e Elias (2020, p.80), frisam que o desenho 
Super Choque: 
“Super Choque” é uma obra de ação, ficção-científica e drama. Busca retratar 
a vida de um adolescente negro, Virgil Hawkins, de Dakota, Estados Unidos, 
que devido a um vazamento de gás tóxico em uma briga de gangues na 
periferia de Dakota fica eletrizado, se tornando um Super-Herói (Super-Herói 
Negro). Juntamente com seu amigo Richie vive aventuras eletrizantes como 
super-herói, mas também vive experiências de opressão, dramas familiares, 
bullying e racismo. A obra aborda temáticas de desigualdades sociais, 
envolvimento com drogas e brigas com grandes corporações. 
 
 O nome verdadeiro e o heroico do personagem, revela fatores peculiares, o nome 
verdadeiro faz uma homenagem a Virgil D. Hawkins, um homem negro que teve seu acesso a 
Universidade de Direito da Florida em 1940, por conta da sua cor, e sua identidade heroica 
(Static em inglês), foi baseada na canção homônima de James Brown. 
 
XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XIII ENPEC 
Caldas Novas, Goiás – 2021 
Nome da linha temática Arial 9pt 8 
 Figura N:01 Virgil Darnell Hawkins. 
 
 Fonte: (FIAUX, 2020). 
 
Pais e filhos 
 O episódio escolhido “pais e filhos” que faz parte da primeira temporada da série, 
retrata cenas explicitas de atos e falas racistas, contra o personagem Virgil, quando ele vai 
dormir na casa do seu melhor amigo Richard (Richei), chegando lá, ele começa a ser “atacado”, 
pelo pai de Richard, que durante o jantar, expressa atitudes preconceituosas e racistas, fazendo 
Virgil, desistir de dormir na casa do seu melhor amigo, sentindo-se humilhado e constrangido. 
 O episódio explana a dura realidade da vida corriqueira de um jovem afrodescendente 
que é “obrigado” a conviver com atos racistas que prejudicam sua autoestima, fazendo com que 
ele sinta-se coagido e inferiorizado pela sociedade supremacista branca. 
 A cena 1:começa com uma fala estereotipada de um garoto que está com seu pai no 
shopping, um vilão, uma sobra negra que engole tudo a seu redor, o garoto fala para o pai:- pai 
olha aquela coisa preta nojenta está se aproximando de nós. Ou seja usa a cor preta de forma 
pejorativa, tudo que é ruim é negro: lista negra, ovelha negra, humor negro, denegrir, a coisa tá 
preta etc., infelizmente somos condicionados a pensar/falar de forma errônea, usando a cor 
negra para adjetivar coisas ruins. 
 
 
 
 
 
 
 
XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XIII ENPEC 
Caldas Novas, Goiás – 2021 
Nome da linha temática Arial 9pt 9 
 Figura N:02 Imagem do vilão Aplle , que faz parte do desenho. 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: (Comics, 2020). 
 
 Cena 2:Virgil, pede para ir na casa de seu amigo Richard, e questiona a atitude do 
amigo de sempre se negar a leva-lo a sua casa, sua irmã mais velha Sharon, percebe que tem 
alguma coisa “errada”, e conversa com Virgil, que percebe que a irmã tem razão, logo depois 
o Richard mesmo contrariado marca uma data para Virgil dormir na sua casa. 
 A cena mais relevante ao que se propõe a discursão desse artigo é a cena 4, na qual 
ocorre as situações que envolvem atos racistas. Virgil chega na casa de seu amigo, muito 
animado não consegue perceber a tensão que está presente entre Richard e sua mãe. A mãe de 
Richard , é acometida por um susto ao perceber que seu marido chegou em casa mais cedo, o 
pai de Richard ao conhecer Virgil o trata com desprezo e mau humor, começando o jantar , 
Virgil para “quebrar” o clima tenso que está presente na mesa , onde todos estão comendo 
calados, fala sobre um CD novo de Hip Hop, que trouxe para ele e o amigo ouvirem depois do 
jantar, essa fala é o “gancho” para o pai de Richard mostrar sua verdadeira face, e proferi várias 
falas agressivas:-essas músicas nunca irão ser tocadasna minha casa;-essas músicas 
influenciam os jovens a desrespeitarem seus pais. Virgil tenta contornar a situação dizendo que 
o Hip Hop pode ser positivo, a mãe de Richard pede para o marido ser mais tolerante ficar mais 
calmo, mas o pais de Richard continua:-são um lixo; -ensinam os garotos a picharem os muros; 
-ficarem até tarde na rua; -a destruírem tudo que gente como eu constrói. Richard fala para o 
pai que ele o envergonha, Virgil tenta amenizar mais uma vez a situação dizendo que o pai dele 
também não gosta desse tipo de música, que não é uma coisa de gente branca ou negra e sim 
de gente velha. 
 
 
 
XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XIII ENPEC 
Caldas Novas, Goiás – 2021 
Nome da linha temática Arial 9pt 10 
 Figura N:03 Virgil e Richard conversando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: (Comics, 2020). 
 Em um segundo momento Virgil sai do quarto do amigo, e começa a escutar o pai de 
Richard falando que ele é uma má influência, que todos da raça dele são, que já é ruim ter que 
conviver com gente como ele (negros), todos os e que agora é obrigado a conviver com um 
dentro da sua casa, depois de escutar essas palavras, pega sua coisas e vai embora, fala para o 
amigo que nada vai mudar o que o pai do amigo disso. Richard discute com o pai, diz que seu 
pai conseguiu o que queria, que ele brigasse com seu melhor amigo, porque do racismo idiota 
dele, que o odeia. Diante disso fica evidenciado o quanto falas e atitudes racistas podem ser 
nocivas na vida de jovens negos, que enfrentam esses tipos de situações constantemente. 
 Figura Nº 04: Virgil cabisbaixo na mesa do jantar. 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: (Comics, 2020) 
 
 
 
XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XIII ENPEC 
Caldas Novas, Goiás – 2021 
Nome da linha temática Arial 9pt 11 
 Cena 5: o pai de Virgil entra no quarto e o encontra triste, Virgil fala que não 
entender como o amigo pode ter um pai racista, seu pai diz que Richard conseguiu quebrar o 
ciclo da intolerância, e diz ao filho que seu amigo irá precisar dele mais que nunca, para 
continuar lutando contra os atos racistas do seu pai. 
 Cena 6: Richard foge de casa e seu pai em um ato de desespero vai até o pai Virgil 
saber se ele tem notícias do seu filho, os dois começam a discutir a criação dos filhos, o pai de 
Richard faz acusações sobre Virgil, que não conhece os amigos do filho, e que não sabia que 
Virgil era negro. O pai de Virgil mesmo contrariado resolve ajudar, os dois pais vão para 
periferia procurar o garoto, chegando lá, o pai de Richard diz que esses garotos vivem como 
porcos, o pai de Virgil (Super Choque), intervém, diz que esses garotos vão parar naqueles 
lugares, por falta de apoio familiar, quando não são queridos em casa, quando os pais são 
omissos. Diante disso o pai de Richard pede desculpa, justifica-se dizendo que a fala dele foi 
mal interpretada por Virgil, que não estava falando da raça dele. O pai de Virgil fala que 
conhece o tipo dele, o intolerante, bom, honesto, ignorante e orgulhoso de tudo, é irônico ao 
dizer que:-seu filho Richard é maravilho, mas do jeito que o senhor é, nunca vai conhecer o 
filho inteligente que tem. A encera com uma luta, onde Super Choque salva a todos com seus 
Super poderes eletromagnéticos. 
 O episódio termina com o pai de Richard, depois de resolver a situação, indo leva-
los a um concurso onde terá pessoas fantasiadas e maquiadas até homens. A cena final deixa 
uma interrogação no ar, quando Richard diz que só que ver a cara do pai quando chegar ao 
evento e presenciar essa variedade de pessoas, sendo seu pai um homem, racista, opressor e 
homofóbico. 
 
 
 
 
 
 
 
XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XIII ENPEC 
Caldas Novas, Goiás – 2021 
Nome da linha temática Arial 9pt 12 
 Figura Nº 05:parte final do desenho, que mostra um aperto de mãos simbólico entre os personagens. 
 
 
 
 
 
 Fonte: (Comics, 2020). 
 Todo contexto do episódio, foi construído com bases em evidencias racistas que 
ocorrem com jovens negros, que estão mais suscetíveis a sofrerem abusos como este, são eles 
que são parados pela polícia, são seguidos em shoppings, são estereotipados como “ 
vagabundo”, em detrimento da suas vestimentas, músicas que ouvem, a maneira de falar de 
andar, ou seja todo comportamento do negro e mal visto pela sociedade, sociedade está que não 
conseguiu se descolonizar e aceitar o povo da etnia-negra como iguais. Gelson (2013, p.68), 
enfatiza que: Entretanto, estes histórias não são tão ‘inocentes’ assim, como aparentam. Elas 
não trazem somente o entretenimento ao seu leitor, estas histórias introduzem e abordam de 
forma vivida as questões de suma importância enfrentadas pelos seres humanos ‘normais’, em 
seu dia a dia. 
Considerações Finais 
 Nos dias atuais vivenciamos situações de cunho racista em todos ambientes sociais 
o maior quantitativo de mortes violentas acometem pessoas negras, recebem os menores 
salários, os piores empregos, enfim vivem à mercê/ margem da sociedade. 
 No decorrer do texto foram apresentados/discutidos temas correlacionados ao 
racismo estrutural e sua nocividade ao ser cometido, utilizou-se um episódio do desenho Super 
Choque para evidenciar a importância da discursão desse assunto tão propagado atualmente, 
mesmo que para muitos combater o racismo tornou-se um tendência um meio da sustentação 
do status quo ou promoção de determinados segmentos sendo a mídia um deles. 
 Os recursos visuais, são fermentas capazes de manipular e formar uma sociedade, 
constituindo um elemento determinante de conceitos, é evidente que, jovens e crianças são os 
XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XIII ENPEC 
Caldas Novas, Goiás – 2021 
Nome da linha temática Arial 9pt 13 
mais “afetados” por esses meios midiáticos, sendo significativo que desenhos como Super 
Choque que agrega valores como: jovem, negro, periférico que estuda em uma escola 
hegemônica, traga temas como racismo, que necessita ser exterminado da nossa sociedade. 
 O desenho é capaz de demonstrar que um jovem negro pode ser um Super- Herói, 
que discuti questões étnico-raciais destacando a relevância do jovem na formação da sociedade 
independentemente da etnia, credo e opção sexual. Diante disso crianças e jovens negros 
precisam estar representados nos desenhos animados por personagens que legitime sua 
identidade e realidade através de situações vivenciadas por eles bem como o seu fenótipo, 
mesmo sendo Super Choque um desenho americano, ele consegue mostrar a dura realidade da 
vida cotidiana de uma pessoa negra, independente do país que esteja. 
Agradecimentos e apoios 
 Agradeço ao professor Dr. Francisco Nascimento, pela oportunidade de ser aluna 
especial de sua disciplina, que me fez enxergar o mundo através do viés racista que muitas 
vezes está recôndito na sociedade. 
Referências 
BATISTA, L. E. Masculinidade, raça/cor e saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 2005. 
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, 
Brasília, DF, 21 dez. 1996. 
COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República: Momentos Decisivos. São Paulo. 
Editora UNESP, 1998. 
FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. 3.ed. São Paulo: 
Ática, 1978, v. 1. 
 
GOMES, Nilma L. A mulher negra que vi de perto. Maza edições.Belo Horizonte:1995. 
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa Nacional 
por Amostra de Domicílios Contínua – vários anos. Disponível em 
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/9171-pesquisa-nacional-por-amostra-de-
domicilios-continua-mensal.html?=&t=series-historicas. Acesso em: 28/12/2020 
 
FARIAS, Mabel. Infância e educação no Brasil nascente. In: Vasconcellos, Vera Maria 
Ramos de (org.) Educação da infância: história e politica. 2 ed. Niterói: Editora da UFF, 
2013. 
 
NASCIMENTO, Carolina Melo do. A Influencia da midia na construção da identidade da 
criança negra. 2019. 
XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XIII ENPEC 
Caldas Novas, Goiás – 2021 
Nome da linha temática Arial 9pt 14 
PERON, Thiago Afonso; DE MEDEIROS ELIAS, Leonardo Maciel. O desenho animado 
“Super Choque” para desenvolver práticas geográficas antirracistas. PESQUISAR–Revista 
de Estudos e Pesquisas em Ensino de Geografia, v. 7, n. 13, p. 74-88, 2020. 
PIRES, Thula e SILVA, Caroline Lyrio. Teoria crítica da raça como referencial teórico 
necessário para pensar a relação entre direito e racismo no Brasil. COMPEDI, 2015. 
Disponível em: < 
https://www.academia.edu/25974679/TEORIA_CR%C3%8DTICA_DA_RA%C3%87A_CO
MO_REFERENCIAL_TE%C3%93RICO_NECESS%C3%81RIO_PARA_PENSAR_A_REL
A%C3%87%C3%83O_ENTRE_DIREITO_E_RACISMO_NO_BRASIL> Acesso em: 
01/01/2021 
RAMOS, Silvia (Org). Mídia e racismo. Rio de Janeiro: Pallas, 2002. 
Rodrigues, Raymundo Nina. "Os africanos no Brasil." (2010). 
SILVA JUNIOR, Hédio; TEIXEIRA, Daniel. DISCRIMINAÇ ÃO RACIAL É 
SINÔNIMO DE MAUS-TRATOS:A IMP ORTÂNCIA DO EC A PARA A PROTEÇ 
ÃO DAS CRIANÇ AS NEGRAS. São Paulo: Câmara Brasileira do Livro, Sp, Brasil, 2016. 
63 p. 
SODRÉ, Muniz. Claros e escuros: identidade, povo e mídia no Brasil. Petrópolis: Vozes, 
2000. p. 125. 
WESCHENFELDER, G. V. Os Negros nas Histórias em Quadrinhos de Super-Heróis. 
Identidade! São Leopoldo, v.18, n.1, p. 67-89, jan.-jun. 2013. 
RODRIGUES, R. M. M. Educação das relações étnicos-raciais e gestão escolar. Cadernos 
ANPAE, Goiânia, v. 1, p. 1-13, 2011. 
 
 
 
 
https://www.academia.edu/25974679/TEORIA_CR%C3%8DTICA_DA_RA%C3%87A_COMO_REFERENCIAL_TE%C3%93RICO_NECESS%C3%81RIO_PARA_PENSAR_A_RELA%C3%87%C3%83O_ENTRE_DIREITO_E_RACISMO_NO_BRASIL
https://www.academia.edu/25974679/TEORIA_CR%C3%8DTICA_DA_RA%C3%87A_COMO_REFERENCIAL_TE%C3%93RICO_NECESS%C3%81RIO_PARA_PENSAR_A_RELA%C3%87%C3%83O_ENTRE_DIREITO_E_RACISMO_NO_BRASIL
https://www.academia.edu/25974679/TEORIA_CR%C3%8DTICA_DA_RA%C3%87A_COMO_REFERENCIAL_TE%C3%93RICO_NECESS%C3%81RIO_PARA_PENSAR_A_RELA%C3%87%C3%83O_ENTRE_DIREITO_E_RACISMO_NO_BRASIL

Continue navegando