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devolutiva atividade extraclasse - teoria do texto

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Prévia do material em texto

Olá alunos, 
Como estão? Espero que tudo em ordem!
Vamos as explanações, estávamos estudando a virada pragmática, ou seja, momento em que a Linguística abandona a unidisciplinaridade e passa para inter, multidisciplinaridade. Para se compreender os estudos do texto temos de compreender que linguística (1960/70) de conceitos como de um conjunto de frases/orações, ou seja, unindo as orações formamos um enunciado, a grosso modo pense em um parágrafo por exemplo:
Leia a crônica de Luís Fernando Veríssimo
Desabafo de um marido desolado...
Minha mulher e eu temos o segredo para fazer um casamento durar: Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas. Nós também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha, em SP.
Neste trecho conseguimos compreender e produzir um determinado sentido, todavia o texto está completo? O sentido ou a coerência do mesmo é total?
LEIA O TEXTO A SEGUIR
VAGUIDÃO ESPECÍFICA
Richard Gehman
-- Maria, ponha isso lá fora em qualquer parte.
-- Junto com as outras?
-- Não ponha junto com as outras, não. Senão pode vir alguém e querer fazer coisa com elas. Ponha no lugar do outro dia.
-- Sim senhora. Olha, o homem está aí.
-- Aquele de quando choveu?
-- Não, o que a senhora foi lá e falou com ele no domingo.
-- Que é que você disse a ele?
-- Eu disse pra ele continuar.
-- Ele já começou?
-- Acho que já. Eu disse que podia principiar por onde quisesse.
-- É bom?
-- Mais ou menos. O outro parece mais capaz.
-- Você trouxe tudo pra cima?
-- Não senhora, só trouxe as coisas. O resto não trouxe porque a senhora recomendou para deixar até a véspera.
-- Mas traga, traga. Na ocasião nós descemos tudo de novo. É melhor, senão atravanca a entrada e ele reclama como na outra noite.
-- Está bem, vou ver como.
Do que trata o Texto?
Diante de tais questionamentos os linguístas transfrásticos passaram para linguistas de texto, lembrem-se que período de tempo de 60 a 90, neste momento estudos sobre o texto estão sendo produzidos e são teorizados a coesão, coerência, modelo de compreensão etc.
Os estudos demonstram que para se compreender um texto, o leitor opera diferentes conhecimentos e informações em diferentes níveis quer linguístico (morfológico, sintático, semântico etc), quer cognitivo (conhecimento situacional, como e onde determinada situação se encaixa ou utilizo este ou aquele ato de fala etc)
O leitor lança mão de qualquer informação disponível relevante, de qualquer ordem e em qualquer momento durante a leitura para dar significado ao texto (ou
fragmento deste), formulando assim hipóteses provisórias sobre sua estrutura e significado. Justamente este movimento que fizeram para atribuir significado ao trecho do texto e do texto acima.
Tais hipóteses podem ser confirmadas ou descartadas durante a leitura, ou seja, como quando ocorre o intervalo de um filme que lhe prendeu a atenção, durante a pausa seu cérebro muito rapidamente cria hipóteses sobre o desenrolar do enredo, como as ações irão ocorrer e o que você/personagem faria! (são hipóteses provisórias) que ocorrem paralelamente com um modelo de situação, um modelo ou representação das ações, pessoas etc.
No texto “vaguidão específica” o modelo de situação é a conversa entre duas mulheres, uma mulher patroa outra mulher empregada, falam sobre algo. No texto “Desabafo de um marido desolado” já pelo título sabemos o modelo de situação – Desabafo de um marido será sua visão sobre o casamento e que nos remete ao conflito entre o casal.
Ao progredirmos a leitura e verificação de nossas hipóteses, esses modelos de situação orientam a nós leitores na busca das informações relevantes para a construção da coerência (compreensão) do texto que se formula não apenas pela representação construída no texto, como também o contexto social a que remete.
Minha mulher e eu temos o segredo para fazer um casamento durar: Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas. Nós também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha, em SP. 
Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta.
No trecho cria-se uma representação no texto fazer o casamento durar , praticarem as mesmas ações em dias diferentes, separados, todavia o texto progride a representação textual e social no momento em que afirma ela sempre acha o caminho de volta.
O texto vai se constituindo e construindo não apenas pelo linguístico, mas também por conhecimentos prévios (modelos de situação) do leitor que possui uma ideia sobre casamento. Dessa forma, van Dijk & Kintsch (1983, 1985) conceituam que o texto possui três níveis de representação: microestrutura, macroestrutura e superestrutura
O nível microestrutural ou microestrutura corresponde às representações semânticas (proposições) estabelecidas para sentenças ou sequências de sentenças, no nível microestrutural operam estratégias de coerência local: estratégias visando ao estabelecimento de conexões significativas entre as sentenças sucessivas do texto. Através dessas estratégias, o leitor busca as possíveis ligações entre os fatos denotados pelas suas proposições e conhecimentos prévios.
Desabafo de um marido desolado...
Minha mulher e eu temos o segredo para fazer um casamento durar: Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas. Nós também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha, em SP.
Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta. Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento, "em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse. 
O trecho apresenta algumas conexões significativas entre as sentenças e suas relações para levar a interpretação.
O nível macroestrutural ou macroestrutura refere-se ao significado ou conteúdo global do discurso, implicado nas relações explícitas e implícitas entre suas proposições, isto é, o leitor irá reconstruir o significado de porções maiores (como um parágrafo) em informações mais importantes, é a capacidade transformativa de reformular, resumir um texto ou trecho de texto.
O nível superestrutural ou superestrutura determina as formas específicas de certos tipos de discurso, definindo-os como esquemas textuais vazios, ela que vai hierarquizar e demonstrar como os texto se constitui, por exemplo:
A superestrutura da narrativa
Situação		nó	 re-ações	 desenlace	 situação
Inicial desencadeador avalições resolução final
 Fazer transformador 
A ênfase do modelo de compreensão de Kintsch & van Dijk, acima, em última instância, recai sobre os processos e estratégias de formação do texto-base e, em especial, da macroestrutura textual. Para chegar a essa macroestrutura, segundo os mesmos autores, leitores experientes lançam mão de certas regras — macrorregras — aplicadas, automática e inconscientemente, sobre o significado das sentenças ou sequências de sentenças (microproposições) expressas no texto, suprimindo-as ou combinando-as sob certas condições
Macrorregras
São regras de redução e (re)organização da informação textual que possibilitam ao leitor lidar com grande quantidade de informações (ativadas) em um texto centrando-se nas macroestruturas (pontos mais importantes do texto-base)
1. Apagamento e integração: apagamento de todo material linguístico que indica propriedades acidentais do referente do discurso, se estas não constituírem condição de interpretação para uma outra proposição subsequente. As proposições são substituídas por parte de um conceito mais amplo, os elementos do texto são partes de uma ideia mais complexa.
Desabafo de um marido desolado...
Minha mulher e eu temos o segredo para fazer um casamentodurar: Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas. Nós também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha, em SP.
Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta. Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento, "em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse. 
No trecho há o apagamento das orações:
Minha mulher e eu temos o segredo para fazer um casamento durar
Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo.
Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas.
Nós também dormimos em camas separadas:
a dela é em Fortaleza e a minha, em SP.
Integração do conceito (macroproposição) do casamento e os conflitos vividos entre homens e mulheres nele.
2. Seleção: apagamento de proposições que representam condições, componentes ou consequência normais de um fato expresso em outra proposição.
Ela tem um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico. Então, ela disse: "nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar". Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica.
Lembrem-se: o casamento é a causa número 1 para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento. Eu me casei com a "senhora certa". Só não sabia que o primeiro nome dela era "sempre".
3. Generalização: substituição de uma sequência de itens ou proposições por um único item ou proposição imediatamente superior a eles, capaz, portanto, de abrangê-los ou substituí-los, por exemplo:
CASAMENTO = MUITO CONFLITO, BRIGA
 
4. Construção: substituição de uma sequência de proposições que denotam condições normais, componentes ou consequências por uma única proposição (MACROPROPOSIÇÃO, MACROESTRUTURA)
Ex.: O casamento marca o início do relacionamento conjugal. Pode ser um ato religioso e/ou civil; contudo o texto já nos informa no seu título que para o autor o casamento não é uma aventura, e sim um “tiro no escuro” que levou ao desalento, a sentir-se arrasado.
Para o autor casamento é tristeza, sentir-se arruinado.

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