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capitulo-04 auditoria avançada

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Organização da Firma 
de Auditoria Independente
Núcleo de Educação a Distância 
www.unigranrio.com.br
Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 
25 de Agosto – Duque de Caxias - RJ
Reitor
Arody Cordeiro Herdy
Pró-Reitoria de Programas de Pós-Graduação
Nara Pires
Pró-Reitoria de Programas de Graduação
Lívia Maria Figueiredo Lacerda
Produção: Gerência de Desenho Educacional - NEAD Desenvolvimento do material: Adriana Greco Ferreira
1ª Edição
Copyright © 2020, Unigranrio
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por 
fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Unigranrio.
Pró-Reitoria Administrativa e Comunitária
Carlos de Oliveira Varella
Núcleo de Educação a Distância (NEAD)
Márcia Loch
Sumário
Organização da Firma de Auditoria Independente
Para início de conversa… .................................................................. 04
Objetivo ........................................................................................... 05
1. Organizações dos Profissionais .............................................. 06
2. Comissão dos Valores Mobiliários - Registro, Suas 
 Categorias e Condições ......................................................... 15
3. Comprovação da Atividade de Auditoria - Educação 
 Profissional Continuada ........................................................ 23
Referências ....................................................................................... 28
4 Auditoria Contábil Avançada
Para início de conversa…
A auditoria independente aumenta o grau de confiança dos usuários. 
Isso é alcançado por meio da expressão de opinião do auditor sobre a 
conformidade das demonstrações contábeis em relação aos princípios e 
normas contábeis e à legislação vigente.
Para validar seu exercício, o profissional de auditoria independente deve 
cumprir com alguns requisitos, como ser um profissional de contabilidade e 
apresentar conhecimentos, habilidades e competências capazes de fundamentar 
sua opinião sobre o objeto estudado.
Além de obter a escolaridade desejável ao cargo, o auditor independente 
precisa atualizar constantemente seus conhecimentos técnicos para fornecer 
um trabalho fidedigno e competente aos diferentes usuários da informação. 
O mercado de valores mobiliários apresenta um grande volume de 
transações. Os investidores precisam de informações realísticas que possam ser 
utilizadas para sua tomada de decisão. Assim, eles utilizam as demonstrações 
contábeis das empresas participantes nesse mercado para subsidiar a escolha 
de seus investimentos. Nesse contexto, o auditor independente possui a função 
importante de abastecê-los com esse produto e apresentar registro junto à 
CVM para a prestação de serviço nessas entidades.
5Auditoria Contábil Avançada
Objetivo
Identificar a organização da firma de auditoria independente.
6 Auditoria Contábil Avançada
1. Organizações dos Profissionais
A atuação da auditoria independente fortalece a imagem das 
empresas, permitindo agregar valor às suas atividades. Ela fornece opinião 
sobre as demonstrações contábeis quanto à conformidade com normas e 
princípios contábeis, bem como com a legislação vigente. Assim, existem 
alguns órgãos relacionados à auditoria que contribuem de diferentes 
maneiras para que seu trabalho seja executado com qualidade e dentro dos 
padrões contábeis aceitos no mercado.
De acordo com Almeida (2019) e Batista (2011), os principais órgãos 
relacionados à auditoria são:
Comissão de 
Valores Mobiliários 
(CVM)
Superintendência 
de Seguros Privados 
(SUSEP)
01 02 03
06 05 04
07
Instituto dos 
Auditores 
Independentes do 
Brasil (IBRACON)
Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC) e 
Conselhos Regionais de 
Contabilidade (CRC)
Instituto dos 
Auditores 
Internos do Brasil 
(IIA Brasil)
Comitê de 
Pronunciamentos 
Contábeis (CPC)
Banco Central do 
Brasil (BCB)
Figura 1: Principais órgãos relacionados à auditoria. Fonte: Elaborada pela autora.
7Auditoria Contábil Avançada
Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
Criada em 07 de dezembro de 1976 por intermédio da Lei nº 6.385/76, 
a Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia de regime especial 
vinculada ao Ministério da Fazenda, sem subordinação hierárquica, com 
personalidade jurídica e patrimônio próprios. A CVM (2019b, n.p) informa 
que seu objetivo é “fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado 
de valores mobiliários no Brasil”.
O Portal do Investidor (2019, n.p) enumera as seguintes atribuições:
 ▪ Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores 
mobiliários;
 ▪ Promover a expansão e o funcionamento correto, eficiente e regular 
do mercado de ações, além de estimular as aplicações permanentes 
em ações do capital social de companhias abertas sob o controle de 
capitais privados nacionais;
 ▪ Assegurar e fiscalizar o funcionamento eficiente das bolsas de valores, 
do mercado de balcão e das bolsas de Mercadorias e Futuros;
 ▪ Proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do 
mercado contra: emissões irregulares de valores mobiliários; 
atos ilegais de administradores e acionistas controladores de 
companhias abertas, ou de administradores de carteira de valores 
mobiliários; e o uso de informação relevante não divulgada no 
mercado de valores mobiliários;
 ▪ Evitar ou coibir modalidades de fraude ou de manipulação que 
criem condições artificiais de demanda, oferta ou preço dos valores 
mobiliários negociados no mercado;
 ▪ Assegurar o acesso do público a informações sobre os valores 
mobiliários negociados e sobre as companhias que os tenham emitido;
 ▪ Assegurar o cumprimento de práticas comerciais equitativas no 
mercado de valores mobiliários;
 ▪ Responsável por fazer cumprir a Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 
1976 (Lei da Sociedade por Ações), em relação aos participantes do 
mercado de valores mobiliários;
 ▪ Realizar atividades de credenciamento e fiscalização de auditores 
independentes, administradores de carteiras de valores mobiliário, 
agentes autônomos, entre outros;
8 Auditoria Contábil Avançada
 ▪ Fiscalizar e inspecionar as companhias abertas e os fundos de 
investimento;
 ▪ Apurar, mediante inquérito administrativo, atos legais e práticas 
não-equitativas de administradores de companhias abertas e 
de quaisquer participantes do mercado de valores mobiliários, 
aplicando as penalidades previstas em lei;
 ▪ Fiscalizar e disciplinar as atividades dos auditores independentes; 
consultores e analistas de valores mobiliários.
A Lei nº 6.385/76 determina, no art. 26, que somente companhias de 
auditoria contábil ou auditores contábeis independentes registrados na CVM 
poderão auditar as demonstrações financeiras de companhias abertas e de 
instituições, sociedades ou empresas que integram o sistema de distribuição e 
intermediação de valores mobiliários.
Um órgão similar à CVM nos Estados Unidos é a Securities and Exchange Commission (SEC), 
que visa proteger os investidores, promover a manutenção de mercados justos, organizados 
e eficientes e facilitar a formação de capital. Para os auditores que realizam trabalhos em 
companhias multinacionais, a SEC é um órgão que influencia a sua prática.
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON)
Constituído em 13 de dezembro de 1971, o Instituto dos Auditores 
Independentes do Brasil, com sigla IAIB, surgiu por meio da união do 
Instituto dos Contadores Públicos do Brasil (ICPB) e do Instituto Brasileiro 
de Auditores Independentes (Ibai) a fim de obter uma melhor estrutura e 
representatividade em benefício do profissional de auditoria independente 
perante o poder público e a sociedade.
Em 1º de julho de 1982, o Instituto dos Auditores Independentes 
do Brasil decidiu, mediante Assembleia, abrir o quadro associativo para 
contadores e estudantes de contabilidade. Então ele se transformou no 
Instituto Brasileiro de Contadores, cuja sigla seriaIBRACON.
Em 8 de junho de 2001, foi decidido que o Instituto voltaria a focar 
sua atenção no cuidado da classe dos auditores. Como o nome IBRACON 
estava consolidado no mercado, optou-se por mantê-lo.
Curiosidade
9Auditoria Contábil Avançada
O IBRACON foi responsável por estabelecer as primeiras normas 
de auditoria independente. Esteve presente na discussão da reforma da Lei 
das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/76), contribuindo com novas ideias 
e sugestões. Ao longo dos anos, sua visão e opinião contribuíram para o 
desenvolvimento da contabilidade e da auditoria independente no Brasil. 
Além disso, o Instituto participa de eventos que envolvem o mercado de 
atuação dos profissionais de auditoria independente, cumprindo um serviço 
de dedicação à profissão e ao país.
O IBRACON tem por finalidade fortalecer a profissão no Brasil e 
das estruturas de mercado. Para conseguir isso, o Instituto desenvolveu 
fortes relacionamentos internacionais ao longo dos anos. Por exemplo, ele 
é associado da Federação Internacional dos Contadores (Ifac, na sigla em 
inglês) desde 1977 e possui parceria com a IFRS Foundation, por meio 
da qual obteve autorização para traduzir o livro Normas Internacionais de 
Relatório Financeiro – IFRS, emitido pela IASB (International Accounting 
Standards Board). Dessa maneira, ele continua participando do processo de 
convergência de normas internacionais, inclusive na criação do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis (CPC) e no desenvolvimento de seus trabalhos.
A seriedade do trabalho do IBRACON é reconhecida por 
órgãos reguladores como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), 
a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e o Banco Central, o 
que assegura referências válidas na produção técnica do Instituto e serve 
como base de sustentação para as normas emitidas por essas entidades 
(ALMEIDA, 2019).
Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e Conselhos Regionais 
de Contabilidade (CRC)
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) é uma “autarquia especial 
corporativa dotada de personalidade jurídica de direito público” (CFC, 
2019). A sua estrutura, organização e funcionamento são regulamentados 
pela Resolução CFC nº 1.370, de 8 de dezembro de 2011, que aprova o 
Regulamento Geral dos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRC). O 
CFC compreende um representante de cada estado mais o Distrito Federal, 
totalizando 27 conselheiros efetivos e igual número de suplentes. De acordo 
com CFC (2019, n.p), ele apresenta as seguintes finalidades:
10 Auditoria Contábil Avançada
 ▪ Orientar, normatizar e fiscalizar o exercício da profissão 
contábil (pessoa física) e das pessoas jurídicas, através dos 
Conselhos Regionais de Contabilidade;
 ▪ Decidir, em última instância, os recursos de penalidade 
imposta pelos Conselhos Regionais;
 ▪ Regular sobre os princípios contábeis, do Exame de Suficiência, 
do cadastro de qualificação técnica e dos programas de educação 
continuada; e
 ▪ Editar as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) técnica 
e profissional.
Os Conselhos Regionais de Contabilidade (CRC) foram criados pelo 
Decreto-lei nº 9.295/46, de 27 de maio de 1946, e estão subordinadas ao 
Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Conforme destaca o art. 10 desse 
Decreto-lei, os Conselhos Regionais possuem as seguintes atribuições:
 ▪ Expedir e registrar a carteira profissional;
 ▪ Apurar e decidir sobre as reclamações e representações escritas 
relacionadas aos serviços de registro e infrações dos dispositivos 
legais vigentes ao exercício da profissão contábil;
 ▪ Fiscalizar o exercício profissional, inibindo e penalizando infrações 
além de enviar às autoridades competentes relatórios sobre os fatos 
apurados cuja solução ou punição não seja de sua competência;
 ▪ Publicar relatório anual de seus trabalhos e a relação dos profissionais 
registrados;)
 ▪ Elaborar proposta do seu regimento interno e submetê-lo à 
aprovação do Conselho Federal de Contabilidade; e
 ▪ Representar ao Conselho Federal de Contabilidade sobre as novas 
medidas necessárias para continuidade do serviço e para fiscalização 
do exercício profissional.
O CFC dispõe sobre o Exame de Qualificação Técnica para registro 
no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI), que tem por 
finalidade medir o nível de conhecimento e a competência técnico-profissional 
11Auditoria Contábil Avançada
necessários para atuação na área da auditoria independente. É composto por 
uma prova escrita, contemplando questões objetivas e dissertativas. Essa 
avaliação abrange conhecimentos de ética profissional, legislação profissional, 
princípios de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade, auditoria 
contábil, legislação societária, legislação e normas de organismos reguladores 
do mercado e língua portuguesa aplicada.
Quando o profissional for aprovado no Exame de Qualificação 
Técnica, o CFC emitirá Certidão de Aprovação, com validade de um ano para 
o registro no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CREPALDI; 
CREPALDI, 2019).
Instituto dos Auditores Internos do Brasil (IIA Brasil)
Fundado em 20 de novembro de 1960, o Instituto dos Auditores 
Internos do Brasil (IIA Brasil) é uma sociedade civil de direito privado sem 
fins lucrativos. Seu principal objetivo é promover o desenvolvimento da 
auditoria interna por meio de reuniões, conferências, congressos, intercâmbio 
com outras instituições e divulgação da importância da auditoria interna junto 
a terceiros.
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)
Foi criado pela Resolução CFC nº 1.055/05 para suprir as 
necessidades de:
 ▪ Convergência internacional das normas contábeis.
 ▪ Centralização na emissão de normas dessa natureza.
 ▪ Representação e processo democráticos na produção dessas 
informações.
De acordo com a Resolução CFC nº 1.567, de 16 de maio de 2019, o 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis tem como objetivo:
o estudo, o preparo e a emissão de documentos técnicos sobre 
procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa 
natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora 
brasileira, visando à centralização e à uniformização do seu processo de 
12 Auditoria Contábil Avançada
produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade 
brasileira aos padrões internacionais. (BRASIL, 2019, n.p)
O CPC surgiu mediante a união dos esforços e combinação de 
objetivos das seguintes entidades:
 ▪ Associação Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA).
 ▪ Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do 
Mercado de Capitais (APIMEC Nacional).
 ▪ B3 – Brasil, Bolsa, Balcão.
 ▪ Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
 ▪ Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON).
 ▪ Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras 
(FIPECAFI).
 ▪ Entidades representativas de investidores do mercado de capitais.
O CPC é composto por dois representantes de cada entidade mencionada anteriormente, 
os quais, geralmente, possuem formação que os habilite para atuar como contadores, com 
registro ativo em Conselho Regional de Contabilidade, boa reputação e conhecimento técnico 
na área contábil e de divulgação de informações.
Para o cumprimento de seus objetivos, a Resolução CFC nº 1.567/19, 
em seu artigo 4º, estabelece que o Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
(CPC) poderá realizar as seguintes atividades:
a. desenvolver e implementar ações educativas, tais como, 
simpósios, seminários, congressos, conferências, palestras ou 
quaisquer outros eventos;
b. realizar pesquisas;
c. manter serviço de divulgação e de distribuição de informações, 
dados, trabalhos, estudos técnicos e documentos relacionados 
com os seus objetivos;
Importante
13Auditoria Contábil Avançada
d. dar ampla publicidade, via sítio da entidade, de todos os seus 
atos praticados, com a disponibilização de atas das reuniões 
regimentais realizadas;
e. colaborar ou participar de programas governamentais ou 
desenvolvidos por instituições privadas ou da sociedade civilque afetem ou sejam afins à sua área de atuação, podendo, para 
tanto, participar e/ou aceitar assentos em comitês, comissões, 
câmaras, fóruns, redes e outros;
f. subsidiar o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) nas suas 
necessidades de firmar convênios, contratos, acordos ou recorrer 
a quaisquer outras formas de colaboração ou cooperação com 
pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, nacionais ou 
estrangeiras, incluindo governamentais, associações de classe, 
organismos internacionais, setores acadêmicos, organizações 
não-governamentais e demais instituições assemelhadas;
g. realizar quaisquer outras atividades ou praticar quaisquer 
outros atos necessários ao cumprimento de seus objetivos. 
(BRASIL, 2019, n.p)
Banco Central do Brasil (BCB)
Criado por intermédio da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, o 
Banco Central do Brasil (BCB) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério 
da Fazenda, sediada em Brasília e possui atuação em todo território nacional. 
De acordo com BCB (2019, n.p), tem por finalidade:
A formulação, a execução, o acompanhamento e o controle das 
políticas monetária, cambial, de crédito e de relações financeiras 
com o exterior; a organização, disciplina e fiscalização do Sistema 
Financeiro Nacional (SFN) e do Sistema de Consórcio; a gestão 
do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e dos serviços do 
meio circulante.
Em razão da definição de políticas que interferem diretamente no 
mercado financeiro e de sua influência junto à Comissão de Valores Mobiliários, 
o BCB se tornou um órgão relacionado à auditoria (BATISTA, 2011).
14 Auditoria Contábil Avançada
A Resolução BCB nº 3.198, de 27 de maio de 2004, altera e consolida 
a regulamentação relativa à prestação de serviços de auditoria independente 
para instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar 
pelo Banco Central do Brasil. Além disso, informa que para os auditores 
independentes, são necessários o registro da Comissão de Valores Mobiliários 
e a realização de provas de conhecimentos específicos baseadas em legislações 
específicas, resoluções e circulares do BCB e da SUSEP (CREPALDI; 
CREPALDI, 2019).
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)
Por intermédio do Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, 
a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) foi criada como uma 
autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda. É um órgão responsável pelo 
“controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, 
capitalização e resseguro” (SUSEP, 2019).
A SUSEP tem a seguinte lista de atribuições:
Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação 
das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de 
Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de 
executora da política traçada pelo Conselho Nacional de Seguros 
Privados (CNSP).
Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular 
que se efetua através das operações de seguro, previdência 
privada aberta, de capitalização e resseguro.
Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados 
supervisionados.
Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos 
operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do 
Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de 
Capitalização.
Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, 
assegurando sua expansão e o funcionamento das entidades que 
neles operem.
Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o 
mercado.
15Auditoria Contábil Avançada
Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em 
especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas.
Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as 
atividades que por este forem delegadas.
Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.
A Resolução CNSP nº 118/04 dispõe sobre a prestação de serviços 
de auditoria independente e a criação do Comitê de Auditoria. Nela, 
reforça-se o papel do auditor como instrumento auxiliar de fiscalização, 
suas responsabilidades e são fornecidas hipóteses para a constituição do 
Comitê de Auditoria.
2. Comissão dos Valores Mobiliários - Registro, 
Suas Categorias e Condições
O auditor independente exerce papel essencial para assegurar a 
fidedignidade das informações contábeis divulgadas pelas entidades. Ele 
verifica se as demonstrações contábeis preparadas pela sua administração 
representam, em todos os aspectos relevantes, sua posição patrimonial e 
financeira.
A atividade de auditoria externa é importante para a proteção dos 
usuários das demonstrações contábeis e o funcionamento do mercado de 
valores mobiliários, uma vez que fortalece a confiança nas relações entre as 
companhias auditadas e suas partes interessadas.
O exercício da atividade de auditoria independente, tanto para pessoa 
física como para pessoa jurídica, é uma prerrogativa profissional dos contadores 
que são registrados pelo Conselho Regional de Contabilidade. Para exercer 
atividade no âmbito do mercado de valores mobiliários, conforme a Instrução 
CVM nº 308/99, art. 1º, o auditor independente está sujeito ao registro na 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM). É importante ressaltar que o registro 
desse profissional junto à CVM não acarreta nova categoria profissional.
Para a obtenção do registro, são necessários conhecimento e prática 
das atividades previstas na Instrução CVM nº 308/99.
16 Auditoria Contábil Avançada
Os auditores independentes que possuem registro na CVM precisam 
cumprir as normas da autarquia. Além disso, devem seguir a regulamentação 
do exercício da atividade profissional do Conselho Federal de Contabilidade 
(CFC) e as orientações técnicas do Instituto dos Auditores Independentes 
do Brasil (IBRACON). De acordo com a CVM (2019), as seguintes normas 
são aplicáveis à atividade de auditoria independente no âmbito do mercado de 
valores mobiliários:
 ▪ Lei nº 6.385/76: estabelece que somente os auditores independentes 
registrados na CVM podem auditar as demonstrações financeiras 
das companhias abertas e das instituições, sociedades ou empresas 
que integram o sistema de distribuição e intermediação de valores 
mobiliários, entre outras disposições.
 ▪ Lei nº 6.404/76: estabelece que as demonstrações financeiras 
das companhias abertas devem ser, obrigatoriamente, auditadas 
por auditores independentes registrados na CVM, entre outras 
disposições.
 ▪ Decreto-Lei n° 9.295/46 e posteriores alterações.
 ▪ Normas Brasileiras de Contabilidade profissionais e técnicas de 
auditoria independente.
 ▪ Instrução CVM nº 308/99 e Nota Explicativa à referida norma.
A Comissão de Valores Mobiliários não aceita a alegação de desconhecimento das normas 
em caso de descumprimento dos deveres estabelecidos nas normas de registro e de exercício 
da atividade de auditoria independente no âmbito do mercado de valores mobiliários.
O registro de auditor independente compreende duas categorias:
 ▪ Auditor independente – Pessoa Física (AIPF), conferido ao 
contador. 
 ▪ Auditor independente – Pessoa Jurídica (AIPJ), conferido à 
sociedade profissional, constituída sob forma de sociedade civil.
Importante
17Auditoria Contábil Avançada
A Comissão de Valores Mobiliários manterá o cadastro dos responsáveis 
técnicos autorizados a emitir e assinar parecer de auditoria em nome de cada 
sociedade no âmbito do mercado de valores mobiliários.
A Instrução CVM nº 308/99, em seu art. 3º, estabelece que o 
profissional interessado na categoria pessoa física deverá atender às 
seguintes condições:
 ▪ Possuir registro no Conselho Regional de Contabilidade, na 
categoria de contador.
 ▪ Ter executado atividade de auditoria nas demonstrações contábeis, 
dentro do território nacional, por período superior a cinco anos, 
consecutivos ou não, contados a partir da data de registro em 
Conselho Regional de Contabilidade, na categoria de contador.
 ▪ Estar exercendo atividade de auditoria independente em um 
escritório profissional legalizado,em nome próprio, com 
instalações compatíveis com o exercício da atividade, em condições 
que garantam a guarda, a segurança e o sigilo dos documentos e 
informações decorrentes dessa atividade, bem como a privacidade 
no relacionamento com seus clientes.
 ▪ Manter o conhecimento atualizado sobre o ramo de atividade, os 
negócios e as práticas operacionais e contábeis de seus clientes e 
apresentar estrutura operacional adequada ao seu número e porte.
 ▪ Aprovação em exame de qualificação técnica.
Crepaldi e Crepaldi (2019) informam que o exercício da auditoria 
poderá ser comprovado por meio da apresentação dos seguintes documentos:
 ▪ Cópias de pareceres de auditoria anexados das demonstrações 
contábeis auditadas, emitidos e assinados pelo interessado, 
publicados em jornais ou revistas especializadas, bastando uma 
publicação para cada ano.
 ▪ Cópia do registro individual de empregado ou declaração da 
sociedade de auditoria registrada na CVM, firmada por seu sócio 
representante, e cópia da carteira de trabalho do profissional.
18 Auditoria Contábil Avançada
Segundo a Instrução CVM nº 308/99, a comprovação de experiência 
em trabalhos de auditoria de demonstrações contábeis poderá ser satisfeita, 
ainda, mediante a apresentação de:
 ▪ Cópias de pareceres de auditoria e respectivos relatórios 
circunstanciados, emitidos e assinados pelo interessado, 
acompanhados das respectivas demonstrações contábeis, 
autenticados pela entidade auditada, contendo expressa autorização 
para que tais documentos sejam apresentados à Comissão de Valores 
Mobiliários, com a finalidade de comprovação da atividade de 
auditoria do interessado, bastando uma comprovação para cada ano.
 ▪ Declaração de entidade governamental, companhia aberta ou 
empresa reconhecida de grande porte, firmada por seu representante 
legal, na qual deverão constar todas as informações pertinentes ao 
vínculo de emprego, atestando haver o interessado exercido cargo 
ou função de auditoria de demonstrações contábeis.
Deverá ser comprovado o exercício, pelo prazo mínimo de dois 
anos, em cargo de direção, chefia ou supervisão na área de auditoria de 
demonstrações contábeis, a partir da data do registro na categoria de contador. 
A comprovação de atendimento desses requisitos poderá ser feita por períodos 
parciais, consecutivos ou não, desde que o somatório do período de exercício 
de atividade não seja inferior a cinco anos.
Para fins de registro profissional interessado na categoria pessoa 
jurídica, a Instrução CVM nº 308/99, em seu art. 3º, determina o atendimento 
das seguintes condições:
 ▪ Possuir inscrição no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, sob 
a forma de sociedade simples pura, constituída exclusivamente 
para prestação de serviços profissionais de auditoria e demais 
serviços inerentes à profissão de contador.
 ▪ Todos os sócios devem ser contadores, e pelo menos a metade 
desses devem ser cadastrados como responsáveis técnicos.
 ▪ Constar do contrato social, ou ato constitutivo equivalente, 
cláusula dispondo que a sociedade responsabilizar-se-á pela 
19Auditoria Contábil Avançada
reparação de dano que causar a terceiros, por culpa ou dolo, no 
exercício da atividade profissional e que os sócios responderão 
solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, depois de 
esgotados os bens da sociedade.
 ▪ Estar regularmente inscrita, bem como seus sócios e demais 
responsáveis técnicos regularmente registrados, em Conselho 
Regional de Contabilidade. 
 ▪ Autorização dos responsáveis técnicos a emitir e assinar relatórios 
de auditoria em nome da sociedade bem como ter exercido 
atividade de auditoria de demonstrações contábeis dentro 
do território nacional por período não inferior a cinco anos, 
consecutivos ou não, contados a partir da data do registro em 
Conselho Regional de Contabilidade, na categoria de contador.
 ▪ Aprovação de todos os responsáveis técnicos em exame de 
qualificação técnica.
 ▪ Manter escritório profissional legalizado em nome da sociedade, 
com instalações compatíveis com o exercício da atividade de 
auditoria independente, em condições que garantam a guarda, a 
segurança e o sigilo dos documentos e informações decorrentes 
dessa atividade, bem como a privacidade no relacionamento 
com seus clientes.
 ▪ Manter quadro permanente de pessoal técnico adequado 
ao número e porte de seus clientes, com conhecimento 
constantemente atualizado sobre o seu ramo de atividade, os 
negócios, as práticas contábeis e operacionais.
No ato do registro ou do cadastro na CVM, o auditor independente 
(pessoa física ou jurídica) ou o responsável técnico assume deveres perante 
a CVM e o mercado. Dessa maneira, é necessário encaminhar, eventual e 
anualmente, informações cadastrais, conforme exposto na Instrução CVM 
nº 308/99. Caso haja quebra de cumprimento, o auditor independente 
estará sujeito à aplicação de multa cominatória e adoção de sanções 
administrativas previstas na legislação específica. A Tabela 1, a seguir, 
apresenta as informações cadastrais que o auditor independente deve 
encaminhar à CVM:
20 Auditoria Contábil Avançada
 Auditor Independente - Pessoa Física Auditor Independente – Pessoa Jurídica
Eventualmente
Sempre que houver alteração, no prazo 
de trinta dias, contado a partir da data 
da ocorrência do fato ou evento que 
implicar em alteração de documentos ou 
informações anteriormente apresentadas 
ou prestadas, tais como: mudança de 
endereço, alteração do estado civil, entre 
outros, conforme o caso.
Nova Informação Cadastral.
No prazo de trinta dias, contado a partir 
da data da ocorrência de alteração de 
quaisquer documentos anteriormente 
apresentados, como alterações no contrato 
(independentemente da natureza da 
alteração ou modificação), admissão ou 
retirada de sócios, aumento ou redução de 
capital, mudança de endereço, abertura 
ou encerramento de filiais ou escritórios, 
entre outras:
 ▪ Informação Cadastral (anexo II) de 
novos sócios.
 ▪ Cópia da carteira de identidade 
profissional de contador ou certidão 
equivalente dos novos sócios.
 ▪ Traslado, certidão ou cópia das 
alterações do contrato social, com 
prova de inscrição e arquivamento 
no Registro Civil das Pessoas 
Jurídicas e no Conselho Regional de 
Contabilidade.
Anualmente
Até o último dia útil do mês de abril de cada 
ano, a Informação Anual (artigo 16), contendo 
as informações requeridas no Anexo VI, 
relativas ao exercício anterior.
No mês de maio de cada ano, a Declaração 
Eletrônica de Conformidade prevista na 
Instrução CVM nº 510/11.
Até o último dia útil do mês de abril de cada ano, 
a Informação Anual (artigo 16), contendo as 
informações requeridas no Anexo VI, relativas ao 
exercício anterior.
No mês de maio de cada ano, a Declaração 
Eletrônica de Conformidade prevista na 
Instrução CVM nº 510/11.
Quadro 1: Atualização das informações cadastrais do auditor independente à CVM. Fonte: Elaborado pela autora.
A Instrução CVM nº 308/99 informa que, no exercício de suas atividades 
no âmbito do mercado de valores mobiliários, o auditor independente deverá:
21Auditoria Contábil Avançada
 ▪ Verificar se as demonstrações contábeis e o relatório de auditoria 
foram divulgados nos jornais em que seja obrigatória a sua 
publicação e se estes correspondem às demonstrações contábeis 
auditadas e ao relatório originalmente emitido.
 ▪ Checar se as informações e análises contábeis e financeiras 
demonstradas no relatório da administração da entidade estão de 
acordo com as demonstrações contábeis auditadas.
 ▪ Verificar se as destinações do resultado da entidade estão em 
conformidade com as disposições da lei societária, com o seu 
estatuto social e com as normas emanadas da CVM. 
 ▪ Checar o eventual descumprimento das disposições legais e 
regulamentares aplicáveis às atividades da entidade auditada e/ou 
relativas à sua condição de entidade integrante do mercado de valores 
mobiliários, que tenham ou possam vir a ter reflexos relevantes nas 
demonstrações contábeisou nas operações da entidade auditada.
 ▪ Elaborar e encaminhar à administração e ao Conselho Fiscal, 
relatório circunstanciado que contenha suas observações em 
relação aos controles internos e aos procedimentos contábeis da 
entidade auditada, descrevendo, ainda, as eventuais deficiências ou 
ineficácias identificadas no transcorrer dos trabalhos. 
 ▪ Conservar em boa guarda pelo prazo mínimo de cinco anos, ou 
por prazo superior por determinação expressa desta Comissão 
em caso de Inquérito Administrativo, toda a documentação, 
correspondência, papéis de trabalho, relatórios e pareceres 
relacionados com o exercício de suas funções.
 ▪ Indicar com clareza, e em quanto, as contas ou subgrupos de 
contas do ativo, passivo, resultado e patrimônio líquido que estão 
afetados pela adoção de procedimentos contábeis conflitantes com 
os Princípios Fundamentais de Contabilidade, bem como os efeitos 
no dividendo obrigatório e no lucro ou prejuízo por ação, conforme 
o caso, sempre que emitir relatório de revisão de informações 
intermediárias ou relatório de auditoria adverso ou com ressalva.
 ▪ Dar acesso à fiscalização da CVM e fornecer ou permitir a reprodução 
dos documentos referidos no item III, que tenham servido de base 
à emissão do relatório de revisão de informações intermediárias ou 
relatório de auditoria.
22 Auditoria Contábil Avançada
 ▪ Possibilitar, no caso de substituição por outro auditor, resguardados 
os aspectos de sigilo e mediante prévia concordância da entidade 
auditada, o acesso do novo auditor contratado aos documentos e 
informações que serviram de base para a emissão dos relatórios de 
revisão de informações intermediárias ou relatórios de auditoria dos 
exercícios anteriores.
 ▪ Garantir que todos os sócios, diretores, gerentes, supervisores ou 
quaisquer outros integrantes com função de gerência na equipe 
destinada ao exercício da atividade de auditoria em entidades 
reguladas pela CVM tenham sido aprovados em Exame de 
Qualificação Técnica específico para a CVM.
 ▪ Comunicar os principais assuntos de auditoria nos relatórios de 
auditoria de demonstrações financeiras de todas as entidades 
reguladas ou supervisionadas pela CVM, nos termos das normas 
profissionais de auditoria independente aprovadas pelo Conselho 
Federal de Contabilidade (CFC).
De acordo com o art. 31 da Instrução CVM nº 308/99, o auditor 
independente (pessoa física ou jurídica) não pode prestar serviços para um 
mesmo cliente por prazo superior a cinco anos consecutivos, exigindo-se um 
intervalo mínimo de três anos para a sua recontratação (CVM, 1999, n.p).
O auditor independente (pessoa física ou jurídica) e seus responsáveis 
técnicos poderão ter, respectivamente, o registro e o cadastro na CVM suspensos 
ou cancelados, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis, quando:
 ▪ For comprovada a falsidade dos documentos ou declarações 
apresentadas para a obtenção do registro na Comissão de Valores 
Mobiliários.
 ▪ Houver descumprimento de quaisquer condições necessárias à sua 
concessão ou à sua manutenção ou se for verificada a superveniência 
de situação impeditiva.
 ▪ Sofrer pena de suspensão ou cancelamento do registro profissional, 
transitada em julgado, aplicada pelo órgão fiscalizador da profissão. 
 ▪ Forem, por sentença judicial transitada em julgado:
 ▪ declarados insolventes;
 ▪ condenados em processo-crime de natureza infamante, ou por 
crime ou contravenção de conteúdo econômico;
23Auditoria Contábil Avançada
 ▪ impedidos para exercer cargo público; ou
 ▪ declarados incapazes de exercerem os seus direitos civis.
O auditor independente será comunicado previamente sobre a 
decisão de suspensão ou cancelamento de seu registro pela CVM, que 
concederá a ele o prazo de dez dias úteis, contados da data do recebimento 
da comunicação, para apresentar as defesas ou regularizar o seu registro 
(CREPALDI; CREPALDI, 2019). 
A Instrução CVM nº 308/99, em seu art. 34, estabelece que os 
auditores independentes deverão manter uma política de educação 
continuada de todo o seu quadro funcional e de si próprio, de acordo com 
as diretrizes aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e 
pelo Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON), a fim de garantir a 
qualidade e o pleno atendimento das normas que regem o exercício da 
atividade de auditoria de demonstrações contábeis.
3. Comprovação da Atividade de Auditoria - Educação 
Profissional Continuada
Educação Profissional Continuada consiste em um programa do 
Conselho Federal de Contabilidade (CFC) que tem por finalidade:
manter, atualizar e expandir os conhecimentos e competências 
técnicas e profissionais, as habilidades multidisciplinares 
e a elevação do comportamento social, moral e ético 
dos profissionais da contabilidade, como características 
indispensáveis à qualidade dos serviços prestados e ao pleno 
atendimento das normas que regem o exercício da profissão 
contábil. (CFC, 2019, n.p)
A NBC PG 12 estabelece o Programa de Educação Profissional 
Continuada (PEPC) e tem como diretrizes básicas:
 ▪ Encorajar a educação profissional continuada dos profissionais 
de contabilidade.
24 Auditoria Contábil Avançada
 ▪ Ampliar parcerias com entidades de classe, regulatórias e 
fiscalizadoras, a fim de apoiar o programa.
 ▪ Estabelecer uniformidade de critérios para a estrutura de qualificação 
profissional no Sistema CFC/CRCs.
 ▪ Permitir que a capacitação possa ser realizada pelo próprio Sistema 
CFC/CRCs, por entidades capacitadoras reconhecidas ou pelo 
próprio profissional em atividades previstas nessa norma.
 ▪ Ampliar o universo de capacitadoras credenciadas a atender às 
necessidades de eventos de educação continuada.
A Educação Profissional Continuada é obrigatória para todos os 
profissionais de contabilidade que:
 ▪ Tenham inscrição no Cadastro Nacional de Auditores 
Independentes (CNAI) do CFC, exercendo ou não atividade de 
auditoria independente.
 ▪ Possuam registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), 
inclusive sócios que exerçam ou não atividade de auditoria 
independente, responsáveis técnicos e demais profissionais que 
ocupem cargos de direção ou gerência técnica nas firmas de 
auditoria registradas na CVM.
 ▪ Atuem em atividades de auditoria independente nas instituições 
financeiras e nas demais entidades autorizadas a funcionar pelo 
Banco Central do Brasil (BCB) na função de responsável técnico, 
diretor, gerente, supervisor e qualquer outro integrante, com 
função de gerência da equipe envolvida nos trabalhos de auditoria.
 ▪ Desempenhem atividades de auditoria independente nas sociedades 
seguradoras, resseguradoras, de capitalização ou nas entidades abertas 
de previdência complementar reguladas pela Superintendência 
de Seguros Privados (SUSEP) na função de responsável técnico, 
diretor, gerente, supervisor e qualquer outro integrante, com 
função de gerência da equipe envolvida nos trabalhos de auditoria.
 ▪ Exerçam atividades de auditoria independente de entidades não 
mencionadas nas alíneas (b), (c) e (d) como sócio, responsável 
técnico ou em cargo de direção ou gerência técnica de firmas 
25Auditoria Contábil Avançada
de auditoria e de organizações contábeis. Estão incluídas nessa 
obrigação as organizações contábeis que tenham explicitamente em 
seu objeto social a previsão de atividade de auditoria independente.
 ▪ Sejam responsáveis técnicos pelas demonstrações contábeis, ou 
que exerçam funções de gerência/chefia no processo de elaboração 
das demonstrações contábeis das empresas, reguladas e/ou 
supervisionadas pela CVM, pelo Banco Central do Brasil, pela 
SUSEP e, ainda, nas sociedades consideradas de grande porte 
nos termos da Lei nº 11.638/2007 e, também, nas entidades sem 
finalidade de lucros que se enquadrem nos limites monetários da 
citada lei.
 ▪ Sejam responsáveis técnicos pelas demonstrações contábeis das 
sociedades e das entidades de direito privado com ou sem finalidade 
de lucros que tiverem, no exercício social anterior, receitatotal, 
igual ou superior a R$ 78 milhões e que não se enquadram no 
item anterior.
 ▪ Sejam responsáveis técnicos pelas demonstrações contábeis ou 
exerçam funções de gerência/chefia no processo de elaboração 
das demonstrações contábeis das empresas reguladas e/ou 
supervisionadas pela Superintendência Nacional de Previdência 
Complementar (PREVIC).
 ▪ Estejam inscritos no Cadastro Nacional de Peritos Contábeis 
(CNPC) do CFC.
Os profissionais citados devem cumprir, no mínimo, quarenta pontos 
de educação profissional continuada por ano-calendário. É importante 
ressaltar que o profissional deve observar a diversificação e adequação das 
atividades, considerando seu nível de experiência e atuação profissional.
O cumprimento das exigências estabelecidas na NBC PG 12 – Programa 
de Educação Profissional Continuada deve ser comprovado mediante relatório 
de atividades e encaminhado ao CRC de jurisdição do registro principal até 31 
de janeiro do ano subsequente ao ano-base, acompanhado da documentação 
comprobatória das atividades. O profissional que não cumpra as disposições 
dessa norma, não comprove a pontuação mínima exigida anualmente e não 
entregue a documentação comprobatória de forma tempestiva comete infração 
26 Auditoria Contábil Avançada
às normas profissionais de Contabilidade e ao Código de Ética Profissional 
do Contador. Dessa maneira, será apurado um processo administrativo no 
âmbito do respectivo CRC.
A NBC PG 12 – Programa de Educação Profissional Continuada 
considera como aquisição de conhecimento as atividades presenciais, a 
distância ou mistas sobre assuntos que proporcionem melhor desempenho 
do profissional, com conteúdo de natureza técnico-profissional por meio 
de cursos e eventos credenciados, conclusão de disciplinas de cursos de 
pós-graduação (stricto ou lato sensu) oferecidos por instituições de ensino 
credenciadas pelo MEC, cursos de extensão devidamente credenciados pelo 
PEPC e disciplinas cursadas em outras graduações que pertençam a áreas 
correlatas ao curso de Ciências Contábeis (Administração, por exemplo).
É entendida como evento do programa a docência em disciplinas ou 
em assuntos relacionados ao PEPC. Além disso, é considerada a atuação em 
atividades como:
 ▪ Participação em comissões técnicas e/ou colegiados do CFC, dos 
CRCs, da FBC, da Abracicon, do IBRACON, de outros órgãos 
reguladores/supervisores técnicos ou profissionais e de entidades 
de classe de segmentos específicos, no Brasil ou no exterior. 
 ▪ Orientação de tese, dissertação, monografia ou artigos científicos.
 ▪ Participação em bancas acadêmicas.
Engloba o programa a produção intelectual impressa ou eletrônica 
relacionada ao PEPC por intermédio de:
 ▪ Publicação de matérias.
 ▪ Artigos em mídia eletrônica ou impressa em revistas regionais, 
nacionais e internacionais.
 ▪ Apresentação de estudos e de trabalhos de pesquisa em congressos 
nacionais e internacionais.
 ▪ Aprovação de teses, dissertações ou monografias de conclusão de 
pós-graduação (lato ou stricto sensu).
 ▪ Autoria, coautoria e/ou tradução de livros publicados.
27Auditoria Contábil Avançada
Estudamos que a auditoria independente possui relação com diferentes 
órgãos no Brasil, os quais contribuem com o estabelecimento de normas, 
aprimoramento da qualidade dos serviços, fortalecimento da imagem da 
auditoria independente na sociedade e fiscalização do exercício profissional. 
Vimos que a auditoria independente precisa de registro junto à Comissão 
de Valores Mobiliários quando presta serviço em companhias presentes no 
mercado de valores mobiliários. Além disso, são necessários o conhecimento 
e a prática das atividades previstas na Instrução CVM nº 308/99. Por fim, o 
Conselho Federal de Contabilidade (CFC) possui o programa de Educação 
Profissional Continuada, que tem a finalidade de manter, atualizar e expandir 
os conhecimentos e competências técnicas e profissionais, as habilidades 
multidisciplinares e a elevação do comportamento social, moral e ético dos 
profissionais da contabilidade como características indispensáveis à qualidade 
dos serviços prestados e ao pleno atendimento das normas que regem o 
exercício da profissão contábil. Dessa maneira, o auditor independente é 
obrigado a cumprir, anualmente, a quota estipulada de educação continuada.
28 Auditoria Contábil Avançada
Referências
ALMEIDA, M. C. Auditoria: abordagem moderna e completa. 9 ed. São 
Paulo: Atlas, 2019. 
BANCO CENTRAL DO BRASIL - BCB. Regimento interno do Banco 
Central do Brasil. 2019. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/content/
acessoinformacao/Documents/regimento_interno/RegimentoInterno.pdf. 
Acesso em: 14 out. 2019.
BATISTA, D. G. Manual de controle e auditoria: com ênfase na gestão 
de recursos públicos. São Paulo: Saraiva, 2011.
BRASIL. Decreto-lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946. Cria o Conselho 
Federal de Contabilidade, define as atribuições do Contador e do Guarda-
livros e dá outras providências. Disponível em: http://www1.cfc.org.br/
uparq/decretolei_9295_1946.pdf. Acesso em: 14 out. 2019.
BRASIL. Resolução CFC nº 1.567, de 16 de maio de 2019. Altera a 
Resolução CFC nº 1.055/2005, que cria o Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis (CPC). Disponível em: http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/
docs/Res_1567.pdf. Acesso em: 14 out. 2019.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Educação 
profissional continuada. 2019. Disponível em: https://cfc.org.br/
desenvolvimento-profissional-e-institucional/educacao-profissional-
continuada/. Acesso em: 15 out. 2019.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM. Auditores 
independentes. 2019a. Disponível em: http://www.cvm.gov.br/menu/
regulados/auditores_independentes/sobre.html. Acesso em: 14 out. 2019.
https://www.bcb.gov.br/content/acessoinformacao/Documents/regimento_interno/RegimentoInterno.pdf
https://www.bcb.gov.br/content/acessoinformacao/Documents/regimento_interno/RegimentoInterno.pdf
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http://www1.cfc.org.br/uparq/decretolei_9295_1946.pdf
http://www1.cfc.org.br/uparq/decretolei_9295_1946.pdf
http://www1.cfc.org.br/uparq/decretolei_9295_1946.pdf
http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/Res_1567.pdf
http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/Res_1567.pdf
http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/Res_1567.pdf
https://cfc.org.br/desenvolvimento-profissional-e-institucional/educacao-profissional-continuada/
https://cfc.org.br/desenvolvimento-profissional-e-institucional/educacao-profissional-continuada/
https://cfc.org.br/desenvolvimento-profissional-e-institucional/educacao-profissional-continuada/
http://www.cvm.gov.br/menu/regulados/auditores_independentes/sobre.html
http://www.cvm.gov.br/menu/regulados/auditores_independentes/sobre.html
http://www.cvm.gov.br/menu/regulados/auditores_independentes/sobre.html
29Auditoria Contábil Avançada
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM. Instrução nº 308, 
de 14 de maio de 1999. Dispõe sobre o registro e o exercício da atividade 
de auditoria independente no âmbito do mercado de valores mobiliários, 
define os deveres e as responsabilidades dos administradores das entidades 
auditadas no relacionamento com os auditores independentes, e revoga as 
Instruções CVM nos 216, de 29 de junho de 1994, e 275, de 12 de março 
de 1998. Disponível em: http://www.cvm.gov.br/legislacao/instrucoes/
inst308.html. Acesso em: 14 out. 2019.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM. Sobre a CVM. 
2019b. Disponível em: http://www.cvm.gov.br/menu/acesso_informacao/
institucional/sobre/cvm.html. Acesso em: 14 out. 2019.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. O Conselho. 2019. 
Disponível em: https://cfc.org.br/oconselho/. Acesso em: 14 out. 2019.
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Auditoria contábil: teoria e 
prática. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2019.
PORTAL DO INVESTIDOR. O papel da CVM. 2019. Disponível em: 
https://www.investidor.gov.br/menu/primeiros_passos/papel_CVM.
html. Acesso em: 14 out. 2019.
SUSEP. Apresentação. 2019. Disponível em: http://www.susep.gov.br/menu/a-susep/apresentacao. Acesso em: 14 out. 2019.
http://www.cvm.gov.br/legislacao/instrucoes/inst308.html
http://www.cvm.gov.br/legislacao/instrucoes/inst308.html
http://www.cvm.gov.br/legislacao/instrucoes/inst308.html
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http://www.cvm.gov.br/menu/acesso_informacao/institucional/sobre/cvm.html
https://cfc.org.br/oconselho/
https://cfc.org.br/oconselho/
https://www.investidor.gov.br/menu/primeiros_passos/papel_CVM.html
https://www.investidor.gov.br/menu/primeiros_passos/papel_CVM.html
https://www.investidor.gov.br/menu/primeiros_passos/papel_CVM.html
http://www.susep.gov.br/menu/a-susep/apresentacao
http://www.susep.gov.br/menu/a-susep/apresentacao
http://www.susep.gov.br/menu/a-susep/apresentacao
	Título da Unidade
	Objetivos
	Introdução
	Fundamentos da 
Auditoria - Natureza e Finalidade
	Para início de conversa…
	Objetivo
	1.	Filosofia da Auditoria
	2.	Papel da Auditoria
	3.	Processo de Abordagem da Auditoria
	Referências
	Aspectos Administrativos 
	e Controle de Auditoria
	Para início de conversa…
	Objetivo
	1. 	Vantagens para Administração da Empresa
	2. 	Vantagens para os Investidores
	3.	Vantagens para o Fisco
	Referências
	Auditoria Interna
	Para início de conversa…
	Objetivo
	1.	Redução de Custos
	2.	Normas de Auditoria Interna
	3.	Requisito dos Profissionais no Mercado
	Referências
	Organização da Firma de Auditoria Independente
	Para início de conversa…
	Objetivo
	1. 	Organizações dos Profissionais
	2. 	Comissão dos Valores Mobiliários - Registro, Suas Categorias e Condições
	3. 	Comprovação da Atividade de Auditoria - Educação Profissional Continuada
	Referências

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