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REDAÇÃO: Racismo estrutural e a violência policial contra negros

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REDAÇÃO
“Racismo estrutural e a violência policial contra negros”
	O historiador gaúcho Rodrigo Trespach, em sua coleção de livros “Histórias não (ou mal) contadas (2016-2018), revisita diferentes episódios da história nacional e mundial, a exemplo do período de escravização dos africanos. Por meio das análises nessas obras, pode-se constatar que o racismo estrutural e a violência policial contra negros representam desde o século passado, um desafio de ordem sociocultural, carecendo, portanto, de mudanças no cenário brasileiro. Assim, entre os princípios que sustentam essa realidade, encontram-se a falta de consciência social e a história da colonização do Brasil. 
	Nesse contexto, vale mencionar que o racismo estrutural e a violência contra negros se fazem presentes não apenas no registro de Trespach, mas também no cotidiano dos brasileiros, uma vez que a falta de consciência social solidifica esse protótipo em tupiniquim. Na obra “Literatura e Sociedade”, o crítico e sociólogo Antônio Cândido evidencia que textos da ficção mantém um constante diálogo com perspectivas da realidade. Dessa forma, no best-seller “Querido Kombini” (2018), Sayoka Murata retrata as adversidades da sociedade contemporânea, incluindo o egocentrismo humano e a falta de preocupação com a necessidade do outro. Logo, a fim de que novas trajetórias sejam descritas no universo literário, medidas interventivas são necessárias, destacando-se a relevância da criticidade na formação do cidadão.
	Ademais, é incontestável que a colonização brasileira alicerça o racismo estrutural e a violência policial contra negros. A série de documentários “Realidade brasileira”, exibida pela TV Educativa, trabalha de modo lúdico, criativo e crítico, o debate acerca da sociedade contemporânea na perspectiva de grandes pensadores como Florestan Fernandes, Darci Ribeiro e Paulo Freire. Destarte, pode-se afirmar que a violência e o preconceito sofridos pelos negros ainda na sociedade hodierna- que datam do período da ocupação do Brasil pelos portugueses- nesses vídeos, também foram abordados, salientando a indispensabilidade de reversão das maneiras como a sociedade discute temas dessa natureza. 
	Diante do exposto, enfatiza-se a importância da remodelagem desse quadro. Para tanto, os Ministérios da Cidadania e da Educação devem desenvolver projetos, voltados à comunidade educativa, que abrangem temas sociopolíticos como o racismo estrutural e a violência policial contra negros. Essas práticas devem ser realizadas por meio da contribuição direta de professores federais, estaduais e municipais das áreas de filosofia, literatura, história e sociologia, a fim de que, gradativamente, a população brasileira se torne mais crítica. Desse modo, cenas dos futuros episódios de “Realidade brasileira” tendem a ganhar uma nova configuração.

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