Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934_… 1/33 introdução Introdução DESENHO TÉCNICO E COMPUTACIONALDESENHO TÉCNICO E COMPUTACIONAL CONCEITOS DE DESENHO TÉCNICOCONCEITOS DE DESENHO TÉCNICO Autor: Esp. Ana Lív ia Abreu de Andrade Revisor : Maí lson Scherer I N I C I A R 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934_… 2/33 Nesta unidade, abordaremos os conceitos de desenho técnico, bem como o desenho e sua importância para a humanidade. Compreenderemos, ainda, a diferença entre desenho técnico e desenho artístico. Conheceremos, também, os equipamentos para desenho e como devemos utilizá- los, além de estudar as normas técnicas especí�cas aplicáveis na elaboração de desenhos técnicos. Sobre as normas técnicas, trataremos de assuntos como caracteres, tipos de linhas e suas utilidades, tamanho de papéis, layout da folha com margens, carimbo/legenda e dobragem. Por �m, a unidade traz a de�nição e os tipos de escalas que iremos trabalhar nos exercícios práticos da unidade e a cotagem dos desenhos. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934_… 3/33 Desde o período Paleolítico Superior (40.000 a.C.), o homem vem se comunicando por meio de pinturas e desenhos nas paredes e tetos das cavernas. Essas representações são chamadas de pinturas rupestres, nas quais o homem representava o mundo que o cercava, as suas sensações e tudo que considerasse importante para ser comunicado aos seus descendentes. DesenhoDesenho Figura 1.1 - Gruta de Lascaux Fonte: saxx / Wikimedia Commons. Figura 1.2 - Pintura egípcia Fonte: Nefertari / Wikimedia Commons. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934_… 4/33 Com a evolução do homem e de suas habilidades motoras e cognitivas, o conceito de desenho também evoluiu. Os egípcios, por exemplo, usavam os desenhos como escrita e para representar seus rituais, sua cultura e sua religião, o que nos ajudou a compreender muito sobre sua civilização e suas descobertas. Seus desenhos, porém, em comparação com os desenhos feitos na época do Renascimento, ainda são limitados em relação ao realismo, faltando proporção, perspectiva, sombras e profundidade. Nos dias atuais, o desenho tem várias utilidades, servindo ainda como meio de comunicação, tal como placas de trânsito, logotipos, símbolos de avisos de segurança e até como os atuais emoticons, que usamos nas mensagens. Os desenhos são usados também como forma de divertimento, podendo ser charges e HQs (histórias em quadrinhos), como forma de expressão artística com obras de arte e as artes de rua (gra�te), e como uma forma de reproduzir e/ou criar novos equipamentos e peças com o desenho técnico. Desenho Artístico x Desenho Técnico Com a evolução da humanidade, no passar das eras, a comunicação por meio do desenho foi evoluindo, dividindo-se em duas formas: o desenho artístico, que pretende comunicar ideias e sensações, estimulando a imaginação do espectador; e o desenho técnico, que tem por �nalidade a representação dos objetos o mais �el possível de sua realidade, tanto em relação à forma quanto em relação às dimensões. A maior diferença entre desenho artístico e desenho técnico consiste na necessidade do desenho técnico ser elaborado com base em diretrizes normativas estabelecidas por normas técnicas, as quais são supervisionadas internacionalmente pela ISO. Cada país possui suas próprias versões das normas técnicas. Nas engenharias, o desenho técnico é de extrema importância para a criação e a reprodução de projetos em diversas áreas, tais como desenhos mecânicos, �uxogramas químicos, projetos elétricos, desenhos de componentes de computação e projetos de edi�cações, entre outras. Para a execução desses projetos à mão livre, o uso dos instrumentos de desenhos é essencial, sendo eles: prancheta, papel (série DIN A), lápis ou lapiseira, borracha branca, esquadros, escalímetro, régua paralela, compasso etc. Figura 1.3 - Cleópatra Fonte: Michelangelo / Wikimedia Commons. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934_… 5/33 praticar Vamos Praticar Leia o trecho a seguir. “Desde os registros pré-históricos até as complexas formas que encontramos na contemporaneidade, o desenho tem nos permitido re�etir sobre o passado, imaginar o futuro, desenvolver ideias e sonhar. Em um viés mais técnico, o desenho, usado tanto na engenharia quanto na arquitetura, é uma ferramenta fundamental, pois está presente nas etapas de criação, desenvolvimento e execução de projetos”. PACHECO, B. de A. Desenho técnico. Curitiba: InterSaberes, 2017. p. 20. Considerando a citação apresentada, sobre as diferenças entre desenho artístico e desenho técnico, assinale a alternativa correta. a) O desenho artístico necessita de normas para ser executado. b) As normas técnicas são usadas no desenho artístico e no desenho técnico. c) Um desenho técnico pode ser interpretado de forma diferente por diferentes pessoas. d) As normas permitem que um desenho técnico feito no Brasil seja compreendido em outros países. Feedback: alternativa correta, pois as normas são essenciais para que os desenhos técnicos de diferentes países sejam padronizados para melhorar a compreensão e a execução. e) Nas engenharias, as normas são utilizadas nos desenhos técnicos e nos desenhos artísticos. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934_… 6/33 Em se tratando de desenho artístico, diversas são as técnicas e os equipamentos possíveis para que se garanta boa execução. Dependendo da técnica escolhida, há uma gama de instrumentos que podem ser utilizados: variados tipos de lápis e canetas, tintas, telas, pincéis etc. Cada um depende do resultado �nal em que se deseja chegar. Como nos desenhos artísticos, nas �guras a seguir, que mostram diferentes técnicas e resultados, a primeira com o uso de aquarela sem contornos e a segunda com um desenho realista usando diversos lápis para dar profundidade e sombreados. Equipamentos de DesenhoEquipamentos de Desenho Figura 1.4 - Desenho em aquarela Fonte: Konstantin Kozulko / 123RF. Figura 1.5 - Desenho realista Fonte: Engin Korkmaz / 123RF. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934_… 7/33 Com relação aos desenhos técnicos, também são utilizados equipamentos especí�cos na sua execução, cuja função é garantir uma boa execução e precisão do desenho. Sendo assim, a importância da utilização correta desses instrumentos re�ete na qualidade dos desenhos apresentados. Instrumentos de Desenho Técnico Nos cursos de Engenharia e Arquitetura, é comum a apresentação de listas de materiais nas disciplinas de desenho. Essas listas trazem os nomes e os tipos de instrumentos que serão utilizados durante a disciplina e, muitas vezes, ao longo da carreira do estudante. Esses materiais são encontrados no mercado nas mais variadas marcas e preços, os quais costumam in�uenciar na qualidade do material, re�etindo, por consequência, na qualidade dos desenhos elaborados. Vejamos, a seguir, alguns desses importantes materiais para o desenho técnico: Prancheta A prancheta é constituída por uma superfície plana que pode ser usada em diferentes inclinações, permitindo o posicionamento ideal para os seus desenhos, e pode ser encontrada nos tamanhos A1, A2 e A3. Papel As folhas de papéis, ou formatos, são usadas para esboçar ou executar os desenhos. Podemos utilizar folhas mais �nas (com gramatura baixa) de aparência transparente, como o papel manteiga ou vegetal, visualizandomelhor os traços abaixo de cada folha. Alternativamente, pode-se optar por bloco de folha sul�te, que não possui transparência, contudo oferece resistência para fazer diferentes tipos de desenhos. Lápis ou Lapiseira Normalmente, optamos pelo uso de lapiseira e gra�te, abdicando da utilização de lápis e apontador. A lapiseira é utilizada para o traçado de linhas nítidas e �nas, se girada su�cientemente durante o traçado, e para linhas relativamente espessas e fortes. Os gra�tes mais usuais encontrados para lapiseira são os de 0,3mm, 0,5mm, 0,7mm e 0,9mm. Para um bom trabalho �nal, o ideal é que a lapiseira tenha uma ponteira de aço, cuja função é proteger o gra�te (mina) da quebra quando pressionado ao esquadro, ou régua paralela, no momento do desenho. Para desenhos de esboços ou linhas guias de enquadramento, recomenda-se o uso dos gra�tes da linha H (hardness ou duros, em português), que con�guram gra�tes duros e que permitem traços mais fáceis de serem apagados, sem sujar ou rasurar o papel. Esses são classi�cados como: H, 2H, 3H etc. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934_… 8/33 Para os traços mais marcantes e de�nitivos, deverão ser utilizados os gra�tes da série B (blackness ou escuros, em português), mais macios e escuros, tais como: B, 2B, 3B. No entanto, esses gra�tes podem sujar as folhas devido à sua excessiva maciez. Existem, ainda, dois tipos de gra�tes que podemos chamar de médios ou intermediários, que são HB (entre H e B), macio e ligeiramente escuro, e F (�ne ou �no, em português), claro e ligeiramente duro, que são os mais indicados para papéis �nos como o manteiga, pois produzem pouca sujeira. Borracha Branca Ao precisar de uma borracha, use sempre uma macia, compatível com o trabalho para evitar dani�car a superfície do desenho. Preferencialmente, escolha a borracha branca, com o intuito de evitar manchas nos desenhos. Evite o uso de borrachas para canetas ou tintas, geralmente mais abrasivas para a superfície de desenho. Essas borrachas são coloridas, em sua maioria, podendo ainda manchar a folha de desenho. Com o uso contínuo, a superfície da borracha começa a �car arredondada, tornando mais difícil apagar linhas com precisão. Nessas situações, indica-se o corte por estilete para garantir bordas retas. Quando a borracha encontra-se demasiadamente suja, é recomendável a sua limpeza, buscando evitar a possibilidade de manchar a superfície do papel. Escalímetro O escalímetro é uma importante ferramenta para o desenho técnico, utilizado para converter desenhos em dimensões reais. É uma espécie de régua triangular que possui três faces e, em cada uma de suas faces, duas escalas diferentes, com um total de seis escalas de redução na unidade de metros. Pode ser encontrado com cinco gradações de escalas, que são: Escalímetro número 1 – 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100, 1:125 (mais comum e mais utilizado em desenhos arquitetônicos). Escalímetro número 2 – 1:100, 1:200, 1:250, 1:300, 1:400, 1:500. Escalímetro número 3 – 1:20, 1:25, 1:33¹, 1:50, 1:75, 1:100. Escalímetro número 4 – 1:500 1:100 1:1250 1:1500 1:2000 1:2500. Escalímetro número 5 – 3/32″ 3/16″ 1/8″ 1/4″ 3/8″ 3/4″ 1/2″ 1″ 11/2″ 3″ (utilizado em desenhos mecânicos ou para ler projetos de outros países que utilizam essas unidades). A mais utilizada e recomendada para desenhos técnicos é a número 1, que marca as escalas de 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e 1:125. O escalímetro deve ser utilizado apenas para marcação de distâncias nas escalas necessárias, não devendo ser empregado como guia para traçado de linhas, haja vista a possibilidade da dani�cação de suas marcações. Esquadros 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934_… 9/33 O “par de esquadros” é formado por duas peças transparentes de formato triangular-retangular, em plástico ou acrílico, uma com ângulos de 45º, e outra com ângulos de 30º e 60º (além do outro ângulo reto – 90º). Quando são de dimensões compatíveis (o cateto maior do esquadro de 30°/60° tem a mesma dimensão da hipotenusa do esquadro de 45°), são denominados de jogo de esquadros ou par de esquadros, ou seja, os esquadros são utilizados para o traçado das linhas verticais, horizontais e de linhas inclinadas (seguindo ângulos dos esquadros), sendo muito utilizado com o auxílio da régua paralela. Os esquadros não devem ser usados com marcadores coloridos ou canetas e, se necessário for sua limpeza, deve-se utilizar solução diluída de sabão neutro e água. Não se deve utilizar álcool em sua limpeza, visto que o produto deixa o esquadro esbranquiçado, perdendo sua transparência. Régua Paralela A régua paralela é �xada na prancheta para garantir a confecção de desenhos retos e para traçado de linhas horizontais, paralelas entre si no sentido do maior lado da prancheta. É utilizada, ainda, como base para apoiar os esquadros, permitindo traçar linhas verticais ou inclinadas (de acordo com os ângulos dos esquadros). O desenho deve ser feito de cima para baixo, evitando que o arrastar da régua movimente o papel. Caso seja necessário riscar algo sobre o desenho, opte por suspender levemente a régua ao longo do trecho desenhado. Antes da utilização (ou durante, depois de uso contínuo), recomenda-se limpar a régua com um pano ou papel macio, secos, retirando a sujeira do pó do gra�te que pode manchar o papel. Compasso O compasso é o instrumento de desenho que serve para traçar circunferências, de variados raios ou diâmetros. Para a perfeição dessas circunferências, o compasso deve oferecer um ajuste perfeito, não permitindo folgas durante a execução do traçado. Para traçar círculos ou curvas no compasso, devemos: marcar o centro do círculo e a medida do raio com um escalímetro na folha do papel; �xar a ponta seca na marcação do centro do círculo na folha; abrir o compasso �xo, até a marcação do raio no papel; segurar o compasso, na parte superior, com os dedos indicador e polegar; imprimir uma força na ponta do gra�te com movimento de rotação, até formar o círculo completo. Instrumentos de Apoio Antes de se iniciar um desenho, é necessário garantir que a prancheta, os esquadros e os escalímetros estejam limpos. Utilizam-se �anelas ou panos macios para a limpeza desses instrumentos. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 10/33 A �anela também serve para “espanar” os restos de borracha do papel, nunca devendo ser arrastada sobre a folha. Outro equipamento de apoio necessário é a �ta crepe, utilizada para prender a folha a prancheta. Deve-se alinhar a folha à régua paralela e prendê-la de forma diagonal, conforme ilustrado na Figura 1.6. A folha deve estar sempre alinhada à régua paralela para garantir que o desenho não �que torto. E essa posição da �ta garante que o papel �que esticado e não rasgue ao ser retirado de dentro para fora. praticar Vamos Praticar Os instrumentos de desenho técnico são importantíssimos para a criação do projeto, e tanto sua qualidade quanto o seu bom uso garantem desenhos mais precisos e limpos. Sobre os instrumentos de desenho técnico, assinale a alternativa correta. a) A utilização dos instrumentos de desenhos adequados resulta em desenhos mais precisos e de boa execução. Feedback: alternativa correta, pois, sem o uso dos equipamentos adequados, a qualidade do desenho �ca prejudicada. b) Em desenho técnico, a utilização de lápis é mais comum que a utilização de lapiseiras. c) Podemos usar borrachas de diferentes graus de maciez e cores na elaboração de desenhos técnicos. d) O escalímetro serve para desenhar circunferências com raios variados. Figura 1.6 - Posicionamento do formato na prancheta Fonte: Elaborada pela autora. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934…11/33 e) Devemos sempre limpar nossos equipamentos de desenho, preferencialmente com álcool. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 12/33 As normas técnicas são utilizadas com o intuito de padronizar a elaboração dos desenhos técnicos e torná-los uma linguagem grá�ca universal. São uma espécie de guia que facilita a compreensão de desenhos e projetos por pessoas de nacionalidades diferentes. Servem para simpli�car processos de produção e uni�car as características de um objeto, permitindo reproduzir várias vezes um determinado procedimento em diferentes áreas, reduzindo as possibilidades de erros. No desenho técnico, a representação grá�ca do desenho segue as normas internacionais (sob a supervisão da ISO). Vejamos a seguir exemplos de normas para desenho técnico empregadas no Brasil, as quais são elaboradas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas técnicas), fundada em 1940, e designadas Normas Brasileiras (NBRs), sendo identi�cadas por um número e sua respectiva aplicação: NBR 8402/1994 – Execução de caracter para escrita em desenho técnico. NBR 8403/1994 – Aplicação de linhas em desenhos. NBR 10068/1987 – Folha de desenho – Leiaute e dimensões. NBR 13142/1999 – Desenho técnico – Dobramento de cópia. Cabe ainda destacar a NBR 6492/1994 – Representação de projetos de arquitetura (1994). Essa norma sintetiza diversas regras quanto à execução de desenhos técnicos, tais como: execução de caracteres (caligra�a), tipos de linha, tamanho de papéis, dobragem, entre outras. No entanto, a abordagem da NBR 6492/1994 (1994) é mais resumida, sendo indicado consultar as respectivas normas especí�cas se necessário um conhecimento mais aprofundado em um tópico especí�co. Execução de Caracter A NBR 8402/1994 – Execução de caracter para escrita em desenho técnico (1994), �xa as condições que são exigidas na escrita usada em desenhos técnicos e em documentos técnicos. Nela, as Normas TécnicasNormas Técnicas 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 13/33 características mais importantes para a gra�cação das letras são LEGIBILIDADE e CONSISTÊNCIA, tanto em estilo quanto em espaçamento. Para a execução desses caracteres, é necessário que se façam linhas guias, com distâncias de 3mm e 5mm, de acordo com a importância do texto: textos de 5mm são usados para informações de maior importância que necessitam maior visibilidade (por exemplo, nome do projeto, empresa executora etc.), enquanto usam-se os textos de 3mm para as demais informações. Essas linhas garantirão que os caracteres estejam sempre na mesma altura. O executor deve desenhar o caractere tocando as linhas-guias em cima e embaixo. As linhas-guias devem ser criadas com linhas bem �nas (lapiseira nº 3), para que não se confundam com o caractere. Vejamos o exemplo na Figura 1.7. Linhas no Desenho Técnico Os diferentes tipos de linha garantem uma linguagem única nos desenhos técnicos. Sua representação pode indicar uma série de informações quanto ao desenho, tal como a proximidade do plano em relação ao observador; se o desenho está em corte ou em vista; se a aresta em questão é visível ou não visível, bem como distinguir elementos de menor e maior importância dentro do contexto do desenho. Essas padronizações auxiliam o “leitor do projeto” na interpretação dos desenhos, evitando interpretações distintas sob a ótica de diferentes “leitores”. Para que pudessem ser executadas de forma clara e com os mesmos signi�cados, foi criada uma norma de tipos de linhas e suas aplicações. Trata-se da NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos (1984), que mostra os tipos de linhas usadas em desenho técnico, como demonstradas no quadro a seguir: Figura 1.7 - Caligra�a técnica Fonte: ABNT - NBR 6492 (1994, p. 12). 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 14/33 Folhas e Layout Para garantir que os projetos sejam padronizados, as normas que regem o desenho técnico especi�cam os padrões de tamanhos de folhas e o layout dos desenhos. Assim, esses desenhos �cam com uma aparência universal e podem ser compreendidos em diferentes países. Formato do Papel Segundo a NBR 10068/1987 – Folha de desenho – Leiaute e dimensões (1987a), os formatos de papel para a execução dos desenhos técnicos devem ser padronizados. Os formatos são agrupados em séries, das quais a mais utilizada e conhecida é a série DIN A (Deutsch Industrien Normen A), originária da Alemanha. A base dessa série não é o A4, como é comum de se achar por ser o padrão mais usado e conhecido. Na verdade, é o formato A0, formado por um retângulo com as dimensões 841 mm x 1189 mm, que corresponde a, aproximadamente, 1m². O formato A4 é normalmente usado para documentos e imagens, sendo pouco usado em desenho técnico devido à sua pequena dimensão (297mm x 210mm). A escolha do formato deve ser feita de forma a não prejudicar a representação (clareza) do desenho, devendo-se escolher formatos menores sempre que possível. Quadro 1 - Tipos de linhas Fonte: ABNT - NBR 8403 (1984, p. 2). Figura 1.8 - Série DIN A – Formatos padrões para desenho técnico Fonte: Elaborada pela autora. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 15/33 O A0 é o formato que tem a maior dimensão da série e forma o segundo formato, o A1, ao ser dividido ao meio na dimensão de 1189mm. E assim também é feito com os demais formatos: A1 = 2 A2; A2 = 2 A3; e o A3= 2 A4. Ver Tabela 1.1. Tabela 1.1 - Série DIN A – Tamanhos padrões para desenho técnico Fonte: ABNT – NBR 10068 (1987a, p. 2). Nos desenhos arquitetônicos, ou de equipamentos mecânicos complexos é comum se dividir os desenhos em mais de um formato (planta em uma folha, cortes e fachadas em outra), colocando no carimbo/legenda a informação de que a folha pertence a um conjunto no projeto, por exemplo: Folha 01/02, Folha 02/02. Layout do Papel O layout é a forma como o desenho se apresenta no papel, quais áreas são destinadas para o desenho e quais são destinadas para as informações gerais do projeto, e é de�nido por: margens; carimbo/legenda. Sendo assim, possuem diferentes especi�cações, dependendo do formato das folhas. Vejamos a Figura 1.9, que mostra a posição do carimbo nos formatos A3 e A4, por exemplo: Folha Largura (mm) Altura (mm) A0 841 1189 A1 594 841 A2 420 594 A3 297 420 A4 210 297 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 16/33 Na Figura 1.10, podemos veri�car que as margens delimitam o espaço para o desenho e a legenda/carimbo, que são limitadas pelo contorno externo da folha e área para desenho. As dimensões das margens variam de acordo com o tamanho da folha, ou formato, e a margem esquerda, chamada de margem de arquivamento, é sempre de 25 milímetros, garantindo espaço su�ciente para a furação da folha após a sua dobragem. Tabela 1.2 - Dimensões das margens Fonte: ABNT - NBR 10068 (1987a, p. 3). Na Figura 1.10, observamos que a legenda ou carimbo é sempre representado dentro da margem no canto inferior direito da folha, e a direção da leitura da legenda deve corresponder à do desenho. A legenda deve ter 178 mm de comprimento, nos formatos A4, A3 e A2, e 175 mm, nos formatos A1 e A0. Além disso, deve conter dados relevantes para o projeto, como: escala, data, autoria, nome do projeto e nome da empresa, entre outras informações consideradas importantes para a execução do projeto. Não há limites para a altura do carimbo, pois depende do número de informações que queremos mostrar. Figura 1.10 - Margens em desenho técnico Fonte: Elaborada pela autora. Folha Margem esquerda (mm) Margens direita, superior e inferior (mm) A0 25 10 A1 25 10 A2 25 7A3 25 7 A4 25 7 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 17/33 Vejamos um exemplo de carimbo / legenda para papel A3, com altura sugerida de 60mm, apresentado na Figura 1.11. Dobragem As pranchas dos projetos técnicos, ao serem arquivadas, devem ser dobradas de tal modo que ocupe menos espaço e seja de fácil manejo. A NBR 13142/1999 – Dobramento de cópia (1999) orienta o dobramento de todos os tamanhos de folhas até resultarem nas dimensões padrão A4, desde o A3 (Figura 1.12) até o A0 (Figura 1.15). Figura 1.11 - Modelo carimbo / legenda Fonte: Elaborada pela autora. Figura 1.12 - Dobragem do formato A3 (297mm x 420mm) Fonte: Elaborada pela autora. Figura 1.13 - Dobragem do formato A2 (420mm x 594mm) Fonte: Elaborada pela autora. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 18/33 Ao dobrar os formatos, devemos sempre deixar o carimbo/legenda à vista, sem cortar as informações, e o dobramento é iniciado a partir do lado direito, sendo a primeira dobra sempre no carimbo. praticar Vamos Praticar Leia o trecho a seguir. “A normalização é tecnologia consolidada, que nos permite con�ar e reproduzir in�nitas vezes determinado procedimento, seja na área industrial, seja no campo de serviços, ou em programas de gestão, com mínimas possibilidades de errar, entre outros aspectos altamente positivos”. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. História da normalização brasileira. Rio de Janeiro: ABNT, 2011. p. 3. Considerando a citação apresentada, sobre normas técnicas, assinale a alternativa correta. a) As normas técnicas brasileiras são criadas e editadas pela ISO. b) Não há necessidade de executar uma escrita padrão. Precisamos, apenas, escrever textos livres com diferentes tamanhos. Figura 1.14 - Dobragem do formato A1 (594 mm x 841mm) Fonte: Elaborada pela autora. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 19/33 c) As linhas necessitam de padrões para a boa leitura do desenho técnico. Cada tipo de linha possui uma aplicação no desenho técnico. d) A NBR 13142/1999 (1999) trata sobre Folha de desenho – Leiaute e dimensões. e) A NBR 13142/1999 – Dobramento de cópia (1999), orienta o dobramento de todos os tamanhos de folhas até as dimensões padrão A3. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 20/33 A escala corresponde a uma medida usada para de�nir as dimensões proporcionais dos tamanhos reais em representações grá�cas e, segundo a NBR 8196/1999 – Desenho técnico – emprego de escalas (1999), possui as seguintes características: A designação completa de uma escala deve consistir na palavra “ESCALA” ou a abreviatura “ESC”. A escala deve ser indicada na legenda da folha de desenho. Quando for necessário o uso de mais de uma escala na folha de desenho, além da escala geral, essas devem estar indicadas junto à identi�cação do detalhe ou vista a que se referem; na legenda, deve constar a escala geral. A escolha da escala é feita em função da complexidade e da �nalidade do objeto a ser representado, devendo permitir uma interpretação fácil e clara da informação representada. A escala e o tamanho do objeto ou elemento em questão são parâmetros para a escolha do formato da folha de desenho. Existem dois tipos de escalas, sendo elas: Escala grá�ca: é a representação grá�ca de várias distâncias do desenho (mapas, imagens de editoriais, fotos etc.), sobre uma linha reta graduada. É constituída de um segmento à direita da referência zero, conhecida como escala primária, e de um segmento à esquerda da origem, denominada de Talão ou escala de fracionamento, que é dividido em submúltiplos da unidade escolhida. EscalaEscala Figura 1.16 - Escala grá�ca F t El b d l t 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 21/33 A escala grá�ca é muito utilizada em publicações junto a imagens e mapas, sendo adequado esse uso, haja vista que esse tipo de imagem sofre distorções no processo grá�co (ampliações e reduções), podendo perder a escala que seria medida com uma régua ou escalímetro, por exemplo. Ao ampliar ou reduzir uma �gura ou mapa, a marcação escala grá�ca será igualmente ampliada ou reduzida, preservando as proporções das medidas e garantido que a escala se mantenha compatível ao desenho. Escala numérica: é representada por uma fração, em que o numerador corresponde à distância representada no desenho e o denominador à distância real. Pode ser escrita das seguintes maneiras: 1/20 e 1:20. Nos dois exemplos, lê-se um para vinte. Tipos de Escala Numérica As escalas numéricas, importantes ferramentas do desenho técnico, são divididas em três tipos: escala natural, escala de ampliação e escala de redução. Escala Natural A escala natural é aquela em que o tamanho do desenho, representado no papel, corresponde ao tamanho real da peça. Sendo assim, na indicação da escala natural, os dois numerais são sempre iguais, sendo escritos na forma 1/1 (ou 1:1). ESCALA 1:1, a dimensão do objeto representada no papel é igual à dimensão real, ou seja, 1:1 (lê-se: um para um). A escala facilita a produção das peças, com um maior detalhamento e reduzindo a chance de erro. Essa escala é muito usada na engenharia mecânica com o desenho de peças mecânicas no tamanho real. Escala de Ampliação A escala de ampliação é aquela em que o tamanho do desenho, representado no papel, é maior que o tamanho real da peça. Fonte: Elaborada pela autora. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 22/33 ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1), quando a dimensão do objeto no desenho é maior que sua dimensão real, X:1, por exemplo: 2:1, 5:1, 10:1. A Figura 1.18 ilustra a aplicação de escala de ampliação em desenhos de pequenos componentes de montagem de um aparelho eletrônico, com destaque para um resistor. Sendo assim, esse desenho foi executado na escala de ampliação 2:1 (lê-se dois por um), ou seja, o tamanho do desenho corresponde ao dobro do tamanho real da peça. A escala é muito utilizada na fabricação de peças pequenas, como componentes elétricos, por exemplo. Escala de Redução A escala de redução é aquela em que o tamanho do desenho, no papel, é menor que o tamanho real da peça. ESCALA 1:X, para escala de redução (X > 1), quando a dimensão do objeto, representado no papel, é menor que sua dimensão real, por exemplo: 1:2, 1:5, 1:10. Vejamos, na Figura 1.19, um desenho técnico de um carro em escala de redução: Sendo assim, esse desenho foi feito na escala 1:20 (lê-se um para vinte). Ou seja, as medidas desse desenho são vinte vezes menores que as medidas correspondentes do rodeiro de vagão real. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 23/33 A escala de redução é muito utilizada nos projetos arquitetônicos, na engenharia civil, nos projetos mecânicos automotivos, aeroespaciais, náuticos etc., com a necessidade de reduzir edi�cações e equipamentos grandes para caberem no papel. Escalas no Escalímetro O escalímetro é um instrumento muito utilizado para a execução de diferentes escalas no desenho técnico. Seu uso dispensa a realização cálculos para descobrir em que tamanho a escala do desenho �cará em relação ao tamanho real, fazendo a conversão destas escalas de forma direta. Se precisarmos utilizar uma régua normal (escala do centímetro, 1/100) para o desenho em diferentes escalas, teremos de calcular a proporção para executar o desenho corretamente. Vejamos o exemplo apresentado na Tabela 1.3. saiba mais Saiba maisAquilo que estamos chamando de invenções foi, na verdade, projetos desenhados por Da Vinci. Sendo assim, não ganharam forma, pelo menos não à época. Nas últimas décadas, porém vários cientistas têm se debruçado na tentativa de “dar vida” aos projetos do inventor e testar a sua funcionalidade. Para saber mais, consulte o link a seguir. ACESSAR https://historiadigital.org/curiosidades/10-grandes-invencoes-de-leonardo-da-vinci/ 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 24/33 * Para desenhar na escala de 1/1, podemos usar a escala de 1/100 no escalímetro (cada unidade equivale a 1cm). ** Para desenhar ampliações com o escalímetro, podemos usar as escalas de 1/20 para ampliar 5 vezes, 1/25 para ampliar 4 vezes e 1/50 para ampliar 2 vezes. Tabela 1.3 - Uso do escalímetro Fonte: Elaborada pela autora. Para a execução de desenhos em escalas, o uso do escalímetro é essencial. As conversões que esse instrumento faz das escalas de redução reduzem muito o tempo de execução de desenhos à mão e facilitam a leitura de desenhos impressos. praticar Vamos Praticar Sobre escalas, assinale a alternativa correta. a) A escala numérica é a representação grá�ca de várias distâncias do desenho sobre uma linha reta graduada. Escala Medida no Escalímetro (unidade) Medida do desenho no papel (cm) Dimensão real representada (cm) Redução Natural* (convertida) Ampliação** (convertida) 1/20 1 5 100 20 vezes - 5/1 1/25 1 4 100 25 vezes - 4/1 1/50 1 2 100 50 vezes - 2/1 1/75 1 1,3333333 100 75 vezes - - 1/100 1 1 100 100 vezes 1/1 - 1/125 1 0,8 100 125 vezes - - 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 25/33 b) Escala natural é aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho real da peça, ou seja, 1/1. c) Escala de redução é aquela em que o tamanho do desenho técnico é maior que o tamanho real da peça. d) Escala 1:X, para escala de redução (X > 1), quando a dimensão do objeto representado no papel é maior que sua dimensão real, por exemplo: 2:1, 5:1, 10:1. e) O compasso é um instrumento utilizado para a execução de diferentes escalas no desenho técnico. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 26/33 A indicação de medidas no desenho técnico recebe o nome de cotagem. Para indicar as medidas por meio de cotas, o desenhista deve seguir as prescrições da NBR 10126/1987 – Cotagem em desenho técnico (1987b) Segundo a norma citada, o signi�cado de cota é: “Representação grá�ca no desenho da característica do elemento, através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida” (NBR 10126, 1987b, p. 1). Essa norma também de�ne como principais características da cotagem as seguintes observações: toda cotagem que for necessária para descrever uma peça ou componente deve ser representada no desenho. A cotagem deve ser feita nas vistas, cortes e seções. Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade (por exemplo, milímetro), para todas as cotas sem o emprego do símbolo da unidade. Se for necessário, para esclarecer pode- se colocar acima do carimbo as observações: cotas em milímetros, por exemplo. Cotar somente o necessário para descrever o objeto ou produto acabado. Devem ser evitadas cotas gerais repetidas. CotagemCotagem 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 27/33 A execução do desenho da cotagem é formada pelos seguintes elementos: Linha de cota: linha paralela à dimensão a ser cotada, sobre a qual se escreve o caracter da dimensão. Linha auxiliar ou linha de chamada: sempre perpendicular à dimensão a ser cotada, indicando o início e o �m da dimensão cotada. Cota: número ou caractere da dimensão cotada. Na Figura 1.20, podemos observar os elementos de linha de cota, linhas de chamadas e a cota em si. As cotas devem, ainda, atender às seguintes prescrições: Cotas lineares correspondem a dimensões de larguras, comprimentos, alturas, espessuras e diâmetros. Linhas de cota devem estar sempre fora do desenho, salvo em casos de impossibilidade. Linhas de chamada devem parar de 2mm a 3mm do ponto dimensionado. Caracteres (números) devem ter 3mm de altura, e o espaço entre eles e a linha de cota deve ser de 1,5 mm; os textos das cotas horizontais devem estar sempre acima da linha de cota e à esquerda da linha de cota nas cotas verticais. Quando a dimensão a cotar não permitir a cota na sua espessura, colocá-la imediatamente ao lado, indicando seu local exato com uma linha auxiliar. Vejamos o exemplo na Figura 1.21, em que o texto da cota não cabe entre as linhas de chamada. reflitaRe�ita Levando em consideração o que vimos sobre a de�nição de desenho técnico, re�ita sobre a importância da padronização dos desenhos, por meio das normas técnicas, no desempenho e qualidade dos projetos. Figura 1.20 - Elementos da cotagem Fonte: Elaborada pela autora. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 28/33 Nos cortes, somente marcar cotas verticais. Cotas devem ser indicadas em metro (m) para as dimensões iguais e superiores a 1m. Exemplo de cota em metros: 1.00,5.00, 10.20 (com duas casas decimais para os centímetros). E em centímetro (cm) para as dimensões inferiores a 1m. Exemplo de cota em centímetros: 1, 105, 503 (os milímetros serão representados como expoentes). Se necessitarmos indicar as cotas em outra unidade, devemos informar no desenho. No campo observação, coloca-se: medidas em centímetros. Evitar a duplicação de cotas. O Desenho no tempo das cavernas Estudos a�rmam que na pré-história as pinturas rupestres eram representações grá�cas que foram inicialmente feitas pelo “Homo neanderthalensis” ou neandertais, que viveram na região da Europa. O Homem pré-histórico representava em paredes, tetos e superfícies das cavernas diversas �guras, desde animais, técnicas de caça, até a marca de suas mãos, como uma forma de registro para seus descendentes. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 29/33 O infográ�co apresenta um resumo da evolução do desenho da Pré-história aos dias atuais, passando por períodos de evolução e de inovações. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 30/33 indicações Material Complementar LIVRO Desenho César Muniz e Anderson Manzoli Editora: LEXIKON/ 2015 Comentário: A leitura indicada destaca a importância do aprendizado do desenho técnico elaborado à mão. Com o avanço das ferramentas CAD, é importante que consigamos manter o ensino do desenho à mão nas universidades, garantindo que o estudante adquira noções espaciais e aprenda as diversas técnicas necessárias para elaboração de seus projetos. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 31/33 FILME Os pilares da Terra (The pillars of the Earth) Ano: 2010 Comentário: Os Pilares da Terra é uma minissérie de TV em oito partes, de 2010, adaptada do romance do mesmo nome de Ken Follett. O �lme trata de Tom, um pobre pedreiro/mestre-de-obras vivendo na Inglaterra do século XII com sua família. Tom tinha um grande sonho: construir uma enorme catedral. Essa catedral deveria ter uma beleza sublime e ser digna de tocar os céus. A aventura se desdobra na busca desse sonho, em que Tom, com suas habilidades, consegue convencer um monge a construir a sua sonhada catedral. Enquanto a história se passa por várias décadas, vemos todos os desdobramentos que essa construção impacta na vidadas pessoas à sua volta, a ambição de outros membros do clero que não querem permitir que seja construída em uma pequena vila tal catedral e os acontecimentos políticos que se passam nessa época sombria, entre outras coisas. Uma estória cheia de suspense, corrupção, ambição e até romance. O fato de o personagem principal se tratar de um “quase engenheiro” e de sua busca para aprender novas técnicas construtivas nos faz lembrar da importância de um projeto técnico antes da execução de qualquer obra. T R A I L E R 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 32/33 conclusão Conclusão Nesta unidade, vimos os princípios e as diretrizes normativas para a execução de desenhos técnicos, incluindo as principais ferramentas e técnicas necessárias para alcançar a qualidade na elaboração desses desenhos. Destacou-se a importância das normas técnicas para a execução de desenhos técnicos, bem como a relevância da padronização para a leitura e interpretação dos desenhos. Foram apresentados, ainda, os tamanhos de papéis utilizados na elaboração de desenhos técnicos, como devem ser feitos os carimbos e margens dos desenhos e, também, a importância do emprego adequado de escalas para a qualidade da representação grá�ca dos desenhos. Por �m, foram apresentados os procedimentos para a cotagem que �naliza o desenho e permite a confecção/produção da peça projetada segundo as especi�cações de medidas. referências Referências Bibliográ�cas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 08403: Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas – Larguras das linhas. Rio de Janeiro, 1984. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10068: Folha de desenho – Leiaute e dimensões. Rio de Janeiro, 1987a. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10126: Cotagem em desenho técnico. Rio de Janeiro, 1987b. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492: Representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro, 1994. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13142: Desenho técnico – Dobramento de Cópia. Rio de Janeiro, 1999. PACHECO, B. Desenho técnico. Curitiba: InterSaberes, 2017. 09/08/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_735934… 33/33 PIRES, W. História do desenho técnico. UFRGS. Disponível em: https://www.ufrgs.br/destec/diversos/historia-do-desenho-tecnico-2/. Acesso em: 13 dez. 2019. SEBASTIÃO, C. R. Leitura e interpretação de desenho técnico. Vitória: Senai, 1996. https://www.ufrgs.br/destec/diversos/historia-do-desenho-tecnico-2/
Compartilhar